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Sistema nervoso de pequenos animais

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1 
 
 
 
 
Sistema nervoso central: 
O sistema nervoso central (SNC) está localizado 
dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal 
vertebral) e o sistema nervoso periférico (SNP) está 
fora. 
Alguns gânglios (conjunto de corpos celulares, 
localizado fora do SNC) estão localizados dentro do 
esqueleto axial. O encéfalo é a parte do SNC que fica 
dentro do crânio; já a medula se localiza dentro do 
canal vertebral. 
 
 
 
Encéfalo: 
Cada hemisfério cerebral contém quatro lobos 
cerebrais: (1) frontal; (2) temporal; (3) parietal e (4) 
occipital. 
Lobo frontal: são processadas as atividades 
intelectuais, de aprendizagem e as atividades motoras 
finais e precisas. Em primatas, essa região também 
tem grande importância no processamento de 
atividades motoras básicas. O lobo frontal também 
influencia o estado de alerta e a integração do animal 
com o meio ambiente. 
Lobo parietal: é responsável pelas informações 
sensitivas, tais como dor, propriocepção e toque. No 
entanto, os animais não parecem depender do lobo 
parietal para processar muitas sensações, como 
ocorre no homem, uma vez que o tálamo (localizado 
no diencéfalo) é capaz de processar mais informações 
sensitivas nos animais. 
Lobo occipital: é necessário para a visão e para 
processar a informação visual. 
Lobo temporal: processa informação auditiva e é 
também responsável por alguns comportamentos 
complexos; partes do córtex do lobo frontal e 
temporal estão incluídas no sistema límbico. Este é 
responsável por muitas emoções e por 
comportamentos inatos de sobrevivência, tais como 
proteção, reações maternas e sexuais. A área 
periforme do lobo temporal é responsável pela 
agressividade. A amígdala é um grande núcleo 
localizado sobre o lobo temporal, sendo parte do 
sistema límbico e responsável por muitas reações de 
medo. 
 
O diencéfalo compreende as seguintes partes: 
1. Tálamo 
@medvetge 
2 
 
2. Hipotálamo 
3. Epitálamo 
4. Subtálamo 
O hipotálamo modula o controle do sistema nervoso 
autônomo de todo o organismo. 
O tálamo é um complexo de muitos núcleos com 
funções intrincadas, das quais as principais estão 
relacionadas com dor e propriocepção. Parte do 
sistema ativador reticular ascendente (SARA) projeta-
se do mesencéfalo, pelo tálamo, difusamente, para o 
córtex cerebral. 
Tratos motores: 
Os tratos motores podem ser divididos em dois 
grupos: os responsáveis pelo movimento voluntário 
(flexores) e aqueles para postura e sustentação do 
corpo (extensores). O cerebelo modula a atividade dos 
sistemas flexores e extensores e produz flexão e 
extensão suaves e coordenadas. 
Tratos sensitivos: 
Os tratos espinocerebelares carregam informação 
proprioceptiva inconsciente para o cerebelo, 
fornecendo impulsos aferentes necessários para 
coordenar o movimento muscular. 
Sistema nervoso central: 
Medula espinhal: 
Composta por uma substância cinzenta no meio e 
branca nas periferias. 
Cinzenta: corpos celulares dos nervos. 
− Porção dorsal: neurônios somáticos aferentes 
e neurônios viscerais aferentes. 
− Porção ventral: neurônios somáticos eferentes 
e neurônios viscerais eferentes. 
Branca: fibras nervosas mielinizadas. As bainhas de 
mielina são formadas por oligodendrócitos, que 
aferem a cor esbranquiçada à substância branca. 
− Divididas em três funículos: dorsal, lateral e 
ventral. 
− Os funículos são compostos por fibras 
nervosas ascendentes e descendentes que 
agrupados formam fascículos ou tratos. 
 
Porção dorsal: estimulo chega pela raiz dorsal 
(recebe). 
Porção ventral: envia a resposta 
 
As fibras nervosas responsáveis pela condução da dor 
superficial estão localizadas na substância branca da 
medula. 
O trator motor vestíbulo-espinhal localiza-se no 
funículo ventral. 
Trato sensitivo (fascículos grácil e cuneiforme): 
funículo dorsal – propriocepção. 
 
@medvetge 
3 
 
 
Líquor: 
− Claro, incolor formado a partir de uma 
ultrafiltragem do plasma sanguíneo feita pela 
barreira hematoencefálica. 
− Produzido pelo plexo coróide nos ventrículos. 
− Composto por eletrólitos; baixa quantidade de 
glicose e rico em proteínas. 
− Encontrado no espaço subaracnóide 
− Mantém SNC e medula “suspensos” 
Função: sustentação, proteção, nutrição, 
tamponamento químico, eliminação de produtos de 
degradação e atua com difusor de substâncias 
neuroendócrinas e neurotransmissoras. 
Meninges: 
Todas as meninges formam bainhas ao redor das 
raízes de nervos. 
Dura-máter: membrana mais externa e mais rígida. 
Forma um tubo livre e distinto da parede do canal 
vertebral, chamado espaço epidural (entre o periósteo 
do osso e a dura-máter). 
Aracnoide: membrana média, delicada, separada por 
um espaço capilar. Parte externa forma uma 
membrana continua com a dura-máter; a parte mais 
interna se une a pia-máter por diversas trabéculas e 
filamentos e tendo aspecto de teias de aranha. 
Pia-máter: ligada a medula e ao encéfalo. Muitas 
artérias dentro da pia-máter penetram o tecido 
encefálico e medula. 
 
Sistema nervoso periférico: 
É o sistema que irá responder ao sistema nervoso 
central. 
Composto por: 
- Neurônios efetores (eferentes) 
− Motores e autônomos 
- Neurônios sensitivos 
Fibras aferentes (sensorial) e eferentes (motora) de 
nervos periféricos: 
− 12 pares nervos cranianos 
− 36 pares nervos espinhais 
 
Nervos cranianos: 
I par, nervo olfatório. Nervo sensitivo, cujas fibras 
conduzem impulsos olfatórios, originados nas fossas 
nasais. 
II par, nervo óptico. Formado por um feixe de fibras 
nervosas, que se originam na retina e são responsáveis 
pela percepção visual, e por um componente sensitivo 
do reflexo pupilar à luz. Cada nervo óptico une-se com 
o do lado oposto, formando o quiasma óptico, no qual 
há cruzamento parcial de suas fibras. 
A via visual inclui o nervo óptico, o quiasma óptico, os 
tratos ópticos, os corpos geniculados laterais, as 
radiações ópticas e o lobo occipital do córtex cerebral. 
Nos cães e nos gatos, 75 a 65% das fibras do nervo 
óptico cruzam, respectivamente, o quiasma óptico. 
Algumas fibras saem do trato óptico e fazem sinapse 
no núcleo pré-tectal e, posteriormente, no núcleo de 
Edinger-Westphal no mesencéfalo. As fibras desse 
@medvetge 
4 
 
último passam pelo nervo oculomotor (III par), 
provendo inervação parassimpática para a 
musculatura lisa da íris. Portanto, ao testar o reflexo 
pupilar à luz, está sendo testada parte do II e do III 
par. 
III par, nervo oculomotor; IV par, nervo troclear; VI 
par, nervo abducente. Nervos motores que penetram 
na órbita, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do 
globo ocular, quais sejam: 
− Elevador da pálpebra superior 
− Reto dorsal 
− Reto ventral 
− Reto medial 
− Reto lateral 
− Obliquo dorsal 
− Obliquo ventral 
 
Todos esses músculos são inervados pelo nervo 
oculomotor, com exceção do reto lateral e do oblíquo 
dorsal, inervados, respectivamente, pelos nervos 
abducente e troclear. 
Quando a fixação do olhar em um objetivo tende a 
ser rompida por movimentos do corpo ou da cabeça, 
existe um reflexo de movimentação dos olhos que 
tem por finalidade manter essa fixação. Por exemplo, 
se um animal está correndo e fixa os olhos em 
determinado objetivo a sua frente, a cada trepidação 
da cabeça em decorrência da corrida, o olho se move 
em sentido contrário, mantendo o olhar fixo no 
objetivo. Assim, quando a cabeça se move para baixo, 
os olhos se movem para cima e vice-versa. 
Nistagmo é o movimento oscilatório dos globos 
oculares, caracterizado por um componente rápido 
(mesma direção) e outro lento (direção oposta). 
V par, nervo trigêmeo. O nervo trigêmeo é um nervo 
misto, contendo uma raiz sensitiva e uma raiz motora. 
A raiz sensitiva apresenta três ramos ou divisões: (1) 
nervo oftálmico, (2) nervo maxilar e (3) nervo 
mandibular, responsáveis pela sensibilidade dos 
pavilhões auriculares, pálpebras, córnea, face, cavidade 
oral e mucosa do septo nasal. A raiz motora do nervo 
trigêmeoinerva os músculos da mastigação. O nervo 
trigêmeo localiza-se na ponte. 
VII par, nervo facial. O nervo facial contém uma raiz 
motora, responsável pela atividade dos músculos 
faciais, e uma raiz sensitiva e visceral, responsável 
pela inervação das glândulas lacrimal, submandibular 
e sublingual e pela inervação do palato e dos dois 
terços craniais da língua (fornecendo paladar). O 
nervo facial tem grande importância clinica em 
virtude de suas reações com o nervo vestibulococlear 
e com estruturas da orelha média e interna, em seu 
trajeto intrapetroso, e com a glândula parótida em seu 
trajeto extrapetroso. O nervo facial passa pelo meato 
acústico interno, juntamente com o nervo 
vestibulococlear, passando depois pelo canal facial do 
osso petroso e orelha média, saindo do crânio pelo 
forme estilomastóideo. 
VIII par, nervo vestibulococlear. trata-se de um 
nervo sensitivo, composto de uma porção 
vestibular e uma coclear que, embora unidas em 
um tronco comum, têm origem, funções e 
conexões centrais diferentes. A parte vestibular 
conduz impulsos nervosos relacionados com o 
equilíbrio, originados em receptores da porção 
vestibular da orelha interna. A parte coclear é 
constituída de fibras que conduzem impulsos 
nervosos relacionados com a audição. 
IX par, nervo glossofaríngeo. Trata-se de um nervo 
misto, que inerva músculos da faringe e estruturas 
palatinas, em conjunto com algumas fibras do nervo 
vago e que supre a inervação sensitiva para o 
terço posterior da língua e mucosa faringeana. Este 
nervo também contém fibras parassimpáticas para as 
glândulas zigomática e parótida. Os nervos 
glossofaríngeo, vago e acessório originam-se de um 
núcleo comum, o núcleo ambíguo, localizado no bulbo. 
X par, nervo vago. É o maior dos nervos cranianos – 
é misto e essencialmente visceral; emerge do 
crânio e percorre o pescoço e o tórax, terminando no 
abdome. Nesse trajeto, o nervo vago dá origem a 
numerosos ramos que inervam a laringe e a faringe, 
controlando também a vocalização e a função 
laringeana. Sua principal função é fornecer inervação 
parassimpática para as vísceras torácicas e 
abdominais, exceto aquelas da região pélvica. 
@medvetge 
5 
 
XI par, nervo acessório. É formado por uma raiz 
craniana (bulbar) e uma raiz espinal (originária das 
raízes ventrais dos segmentos cervicais de C1-C5). 
Fibras da raiz craniana unem-se ao nervo vago e 
distribuem-se com ele, inervando músculos da 
laringe. Fibras da raiz espinal inervam os músculos 
trapézio e parte dos músculos esternocefálico e 
braquiocefálico. Esses músculos sustentam o pescoço 
lateralmente e participam dos movimentos dos o 
membros e parte superior dos membros torácicos. 
XII par, nervo hipoglosso. Trata-se de um nervo motor, 
apresenta seu núcleo localizado no bulbo e inerva 
músculos extrínsecos e intrínsecos da língua. 
Arco-reflexo: 
Um arco reflexo é a via de transmissão que um 
reflexo nervoso segue, como o reflexo patelar. 
1. Uma pancada suave no joelho estimula os 
receptores sensitivos, criando um sinal 
nervoso. O sinal viaja ao longo de um nervo 
até a medula espinhal. 
2. Na medula espinhal, o sinal é transmitido de 
um nervo sensitivo até um nervo motor. 
3. O nervo motor envia, de novo, o sinal a um 
músculo na coxa. 
4. O músculo contrai-se, fazendo com que a 
parte inferior da perna salte. 
5. O reflexo todo ocorre sem envolver o cérebro. 
 
Não é processado no encéfalo, somente na medula. 
 
− Neurônio motor superior (NMS) 
− Neurônio motor inferior (NMI) 
 NMS regula o NMI 
Lesão NMS: 
− ↑ tônus NMI 
− Paresia espástica e hiperreflexia 
(espasticidade reduz com o tempo) 
Lesão NMI: Paresia flácida (↓tônus) 
− Paresia (perda parcial) 
− Paralisia (perda total) 
Sistema nervoso autônomo: 
Funciona automaticamente, através dos nervos 
cranianos e espinais. 
− Composto por plexos, gânglios e pequenos 
nervos. 
− Responsável pela inervação motora dos 
músculos lisos e funcionamento das vísceras. 
− Dividido em sistema simpático e 
parassimpático. 
− Ambos os sistemas contam com pares de 
neurônios que conectam o SNC ao tecido. 
As fibras são divididas em pré-ganglionares e pós 
ganglionares. 
@medvetge 
6 
 
 
 
Simpático: 
Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares na 
lateral da medula espinhal. 
→ Seus axônios estão nas raízes ventrais dos nervos 
espinhais. 
 → Duas cadeias de gânglios vertebrais que se divide 
em quatro partes: 
Ajusta o organismo para suportar situações de perigo, 
esforço intenso, stress físico e psíquico. Mobiliza o 
corpo para atividade! 
Parassimpático: 
Os neurônios pré-ganglionares estão localizados em 
alguns nervos cranianos e medula espinhal sacral. 
Responsáveis pelos processos de "descanso ou 
digestão". Resguarda energia! 
Convulsões: 
Convulsão é um distúrbio desencadeado por uma 
descarga elétrica neuronal anormal e excessiva, 
provocando ou não perda de consciência, movimentos 
motores e fenômenos viscerais, sensoriais e psíquicos, 
caracterizando-se, pois, por atividade nervosa 
qualitativa ou quantitativamente alterada, em parte ou 
em todo o cérebro. 
Pode ser desencadeada por um estímulo sensorial, 
químico ou elétrico, ou ainda por enfermidades 
intrínsecas do SNC. Devido às características 
eletroencefalográficas e clínicas, as convulsões são 
classificadas em generalizadas ou primárias e em 
parciais ou focais. 
As convulsões generalizadas manifestam-se 
principalmente em decorrência de distúrbios 
metabólicos, intoxicações, deficiências nutricionais e 
epilepsia hereditária. Caracterizam-se por uma 
descarga elétrica difusa no córtex cerebral, ocorrendo 
ao mesmo tempo manifestações clínicas simétricas e 
sincrônicas em todo o corpo. Podem ou não causar 
perda de consciência – se não houver, são ditas leves; 
do contrário, graves. 
A convulsão é dividida em três ou quatro fases, 
dependendo do autor: (1) pródromo, (2) aura, (3) icto; 
e (4) pós-icto. 
Pródromo é um período de duração variável (de 
minutos a dias) que antecede o episódio convulsivo e 
que pode ou não ser identificado pelo proprietário; 
nessa fase, o animal pode exteriorizar nervosismo, 
ansiedade, temor inusitado ou extrema atividade 
física. 
Aura, esse termo se refere ao início da convulsão, 
conscientemente vivenciado por humanos. Por esse 
motivo, não pode ser identificado em animais, os quais 
são incapazes de comunicar verbalmente esse 
fenômeno. 
Icto é a convulsão propriamente dita e tem duração 
variável, de segundos a minutos. Podem ocorrer várias 
manifestações, tais como perda de consciência, queda, 
convulsões tônico-clônicas, movimentos anômalos dos 
membros (pedalar), relaxamento de esfíncteres, 
salivação excessiva e movimentos mastigatórios. 
Pós-icto é a fase do episódio convulsivo que, por sua 
duração geralmente longa, é muitas vezes confundida 
com o icto. Ela se manifesta por um quadro típico de 
exaustão ou sonolência, agressividade, temor 
exagerado, não reconhecimento do proprietário, 
cegueira transitória e desorientação. Muitas vezes, o 
animal mostra-se extremamente ativo e deambula 
@medvetge 
7 
 
continuamente, urina e defeca em grande quantidade 
e frequência, mostra-se sedento e esfomeado. 
Deve-se determinar como começam as convulsões: 
− São focais (apenas uma porção do corpo, por 
exemplo, um membro) e depois se tornam 
generalizadas (todo o corpo) ou se são 
generalizadas desde o início 
− Há ou não perda de consciência 
− O animal cai, urina, defeca ou vocaliza durante 
a convulsão 
− Existe salivação intensa 
− As convulsões são tônicas (rigidez) ou tônico-
clônicas (contrações musculares bruscas). 
Devo medicar ou não? Depende, o que vai guiar é a 
frequência da crise. 
Exame neurológico: 
→Determinar se existe disfunção (primária x 
secundária) 
→ Estabelecer localização e extensão 
→ Estabelecer diagnóstico e prognóstico 
Identificação do animal: 
− Idade 
−Predisposições 
Anamnese: 
− Determinar ao início e evolução da doença 
− Nível de consciência 
− Mudança de comportamento, personalidade 
ou convulsões 
− Avaliação de nervos craniais e locomoção 
− Antecedentes mórbidos 
− Ambiente onde vive 
− Manejo 
− Tratamentos anteriores 
Início da doença: 
A descrição do início da doença pode ser um dado 
importante para o diagnóstico. Quando o início é 
súbito, os sinais desenvolvem-se rapidamente, 
geralmente alcançando sua intensidade máxima em 
24h. Assim, podem sugerir, por exemplo, traumatismos, 
intoxicações ou acidente vascular cerebral. 
Mudanças de comportamento: 
Deve-se obter o máximo de informações do 
proprietário (ex: se houve alguma mudança de 
comportamento do animal); animais com lesões no 
lobo periforme, por exemplo, podem apresentar 
agressividade excessiva. Lesões no lobo frontal podem 
incapacitar o animal em reconhecer o próprio dono e 
causam incapacidade para o aprendizado. 
Exame físico geral: 
− Parâmetros vitais 
− Inspeção abdominal 
− Mucosas 
− TPC 
− Estado de hidratação 
− Frequência cardíaca e pulmonar 
− Linfonodos 
− Avaliação das mamas 
Exame físico especifico: 
O objetivo é descrever as anomalias neurológicas 
apresentadas pelo paciente e, principalmente, localizar 
a lesão. 
Uma vez determinado a lesão, apontaremos os 
possíveis diagnósticos diferenciais adequados ao caso 
clinico observado. Para tanto, pode-se utilizar o 
acrônimo “DINAMITV”. 
 
Considerando os diagnósticos diferenciais para o 
paciente, o clinico deverá escolher os exames 
complementares, serão necessários para o diagnostico 
definitivo e prognóstico do paciente: 
@medvetge 
8 
 
Os exames complementares frequentemente 
utilizados são: 
− Líquor 
− Mielografia 
− Mielotomografia 
− Exames laboratoriais 
− Biópsias 
− RX 
− TC 
− RM 
− Eletro diagnóstico 
Exame físico mental e comportamental: 
Os instrumentos abaixo estão relacionados com a 
avaliação física mental e comportamental em 
relação aos aspectos neurológicos. 
− Martelo neurológico 
− Lanterna 
− Haste de algodão 
− Pinça hemostática 
Os principais componentes a serem avaliados são: 
1. Estado mental e comportamento 
2. Postura e atitude 
3. Locomoção 
4. Nervos craniais 
5. Reações posturais (propriocepções – como o 
animal irá se comportar naquele ambiente) 
6. Reflexos espinhais 
7. Sensibilidade dolorosa 
Obs: em pacientes politraumatizados, a ordem deve 
ser alterada para minimizar movimentações 
excessivas que põem agravar as lesões. 
Avaliação de estado mental: 
Preciso associar o estado mental ao seu 
comportamento: 
− Agressividade 
− Andar compulsivo 
− Delírio 
Obs: deixar o animal andar livremente pelo ambiente. 
 
 
Postura e atitude: 
É realizado por meio da avaliação do olho e da cabeça 
do animal em relação à posição do restante do corpo. 
Head tilt (o animal balança a cabeça só para um lado) 
e Head press (a cabeça do animal é pressionada sobre 
a parede) posições anormais e frequentemente 
observadas. 
 Held Tilt 
A postura deve ser avaliada observando-se todo o 
corpo do animal. 
Posturas anormais: 
Rigidez de descerebração: 
− O animal apresenta opistótono (posição 
anormal causada por fortes espasmos 
musculares), extensão rígida dos 4 membros 
e alteração de estado mental, estupor ou 
coma. 
− Causas: lesões no tronco encefálico 
Rigidez de descerebelação: 
− O animal apresenta opistótono, aumento do 
tônus extensor em membros torácicos, quadril 
flexionado e estado mental normal. 
− Causas: lesões cerebelares 
 
 
@medvetge 
9 
 
Postura de Schiff-Sherrington: 
− Animal apresenta aumento do tônus extensor 
em membros torácicos, sinais de neurônio 
motor superior em membros pélvicos 
(alterações em membros posteriores 
também). 
− Causas: lesões na medula espinhal torácica ou 
lombar cranial. 
 
Outras alterações de postura: 
Cifose, lordose e escoliose podem indicar dor cervical 
ou tóraco-lombar, fraqueza de músculos epaxiais e má 
formação congênita. 
Postura com base ampla podem indicar doenças 
cerebelares ou vestibulares (afeta o equilíbrio do 
animal). 
Posições palmígrada ou plantígrada (o animal anda 
com a “palma da mão”) podem indicar doenças do 
sistema nervoso periférico como, por exemplo, a 
polineuropatia. 
Lateralização da cabeça 
 
Marcha: 
Importante que o animal caminhe em superfície 
plana e não escorregadia, fazendo voltas e desvios. 
Verificamos: 
− A marcha do paciente está normal? 
− Caso esteja anormal, quais os membros 
acometidos? 
− Qual é o problema? 
Os problemas de locomoção mais frequentes em 
animais com alterações neurológicas são: 
− Claudicação 
− Paresia/plegia 
− Ataxia 
− Andar em círculos 
Classificação do paciente em relação á avaliação 
da marcha e aos membros afetados: 
Tetra (paresia/plegia): paralização de membros 
torácicos e pélvicos. 
Para (paresia/plegia): paralização de membros 
pélvicos. 
Hemi (paresia/plegia): paralização de membros 
torácicos e pélvicos do mesmo lado. 
Mono (paresia/plegia): paralização de apenas um dos 
membros. 
Ataxia e movimentos anormais: 
A ataxia ocorre quando o animal não é capaz de 
realizar a atividade motora normal e coordenada 
devido a lesões no cerebelo, sistema vestibular ou 
em tratos proprioceptivos gerais (medula espinhal 
e tronco cerebral caudal). 
Tipos de ataxia: 
Proprioceptiva: o anima perde a noção da localização 
dos membros no espaço. Pode apresentar estação 
em base ampla e arrasta e cruza os membros 
acometidos ao andar. 
Cerebelar: o animal apresenta inabilidade para 
controlar a taxa e amplitude de movimentos. A 
estação é em base ampla com ocorrência de 
oscilações do tronco, tremores de intenção na 
cabeça e hipermetria. 
Vestibular: o animal pode apresentar lateralização da 
cabeça, postura agachada com base ampla, perda de 
equilíbrio com inclinação, queda, rolamento lateral e 
andar em círculos. 
@medvetge 
10 
 
Durante o exame neurológico, os animais também 
podem apresentar movimentos normais que devem 
ser caracterizados pelo clínico, entre eles: tremores, 
miotomias, mioclonias. 
 
Pares de nervos cranianos: 
Geralmente se avalia até o oitavo nervo craniano. 
 
Nervo olfatório: o teste é feito cobrindo-se os olhos 
do paciente e aproximando-se um pouco de alimento 
diante de suas narinas. Animais saudáveis farejam o 
alimento. 
Obs: substancias com odor forte, como amônia ou 
álcool não devem ser utilizadas no teste, pois podem 
estimular terminações nervosas do trigêmeo, 
causando falsos resultados. 
 
 
 
 
 
Nervo óptico: o teste é feito por reflexo de ameaça 
em que o clinico deve tampar um dos olhos do animal 
com uma das mãos. Com a outra mão, faz um 
movimento de ameaça e aproximação repentina em 
direção aos olhos do animal. Animais saudáveis 
respondem fechando a pálpebra. 
 
O teste de algodão também é utilizado para verificar 
a integridade nervo óptico. Pode ser feito colocando-
se um chumaço de algodão no alto, ao lado do cão, 
soltando-o para verificar se o paciente acompanha 
ou segue o movimento do objeto. 
 
Ao avaliar o posicionamento ocular, o médico deve 
verificar se os dois pontos de reflexão da luz 
nas córneas localizam-se no mesmo local do globo 
ocular; em animais estrábicos, isso não acontece. 
 
Para avaliação do reflexo óculo-cefálico, é 
necessário movimentar a cabeça do animal de 
um lado para o outro e de cima para baixo. O 
objetivo é observar se o globo ocular faz movimentos 
rápidos na mesma direção do movimento da cabeça. 
 
A avaliação do reflexo pupilar à luz é feita 
tampando-se ambos os olhos do paciente com 
uma das mãos enquanto aguarda-se a ocorrência 
de midríase (pupila dilatada) bilateral. 
Em seguida, o clínico deve manter um dos olhos 
do paciente fechado e remover a posição da mãodo outro olho, iluminando-o com a luz de uma 
lanterna. Espera -se que ocorra a miose. 
 
@medvetge 
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5º par de nervo craniano – trigêmeo: 
É dividido em duas porções: motora e sensitiva. 
A porção motora do trigêmeo pode ser avaliada com 
o exame de palpação dos músculos temporais e 
masseter, em busca de atrofia ou assimetria, e 
abrindo- se a boca do animal para verificar o tônus 
muscular. 
Animais com lesão na parte motora do trigêmeo 
podem não ser capazes de fechar a boca. 
 
A porção sensitiva do trigêmeo é dividida em três 
ramos: oftálmico, maxilar e mandibular. 
Para avaliar o ramo oftálmico, utiliza-se a haste de 
algodão tocando a comissura palpebral medial, 
nessa avaliação, a resposta do animal saudável é 
piscar. 
Pode-se também embeber a haste de algodão 
em solução fisiológica estéril e tocar a córnea 
do animal. A resposta, em animais saudáveis, é a 
retração do globo ocular que depende da função 
normal do nervo abducente. 
 
Para avaliar o ramo maxilar do trigêmeo, a haste 
de algodão deverá tocar a comissura lateral do olho 
e a resposta normal do paciente é piscar. 
O ramo mandibular do trigêmeo é avaliado tocando-
se com a haste de algodão em região próxima 
à base da orelha do animal. A resposta, em animais 
saudáveis, é piscar. 
 
Outros testes que avaliam os ramos oftálmico e 
maxilar são feitos com a haste de algodão tocando o 
septo nasal, porção externa da narina. Os olhos 
do animal deverão estar cobertos e sua resposta 
deverá ser o movimento de afastar a cabeça. 
 
O exame neurológico do par de nervos facial é 
feito ao verificar se o animal apresenta assimetria 
facial, como por exemplo, ptose de orelha, ptose de 
pálpebra e ptose de lábios. Observe na imagem 
a seguir, como a lesão do par de nervos facial levou 
o animal a desenvolver ptose em várias regiões da 
face: 
 
O nervo facial também é responsável pela enervação 
da glândula lacrimal. Por isso, animais com lesão 
nesse par tendem a apresentar ceratoconjuntivite 
seca de origem neurogênica. Nesse sentido, o teste 
lacrimal de Schirmer é indicado para avaliação do 
nervo facial. 
O nervo vestibulococlear apresenta duas porções: 
coclear e vestibular. 
Durante a avaliação do ramo coclear, o 
examinador produz um barulho atrás do animal. 
Esse deve responder virando a cabeça ou as 
orelhas em direção ao barulho. É importante 
conversar com o proprietário a respeito de 
mudanças na capacidade auditiva do animal. 
@medvetge 
12 
 
Para avaliar o ramo vestibular, o clínico deve verificar 
a ocorrência de inclinação de cabeça, estagna a 
normal e estrabismo posicional. 
Para avaliar a presença de head tilt ou inclinação 
da cabeça, é necessário posicionar uma folha de 
papel na altura dos olhos do animal e observar o 
posicionamento dos olhos em relação à folha. 
Além disso, pode-se observar o g lobo ocular do 
animal par a determinar a presença de nistagmo 
patológico. O veterinário deverá determinar se o 
nistagmo é horizontal, vertical ou rotacional; se 
ocorre mudança de direção e qual é o lado da fase 
rápida do nistagmo. 
Otites média-internas são a causa mais comum de 
SVP. Prognóstico é bom se mantido antibioticoterapia 
prolongada (mínimo 3 meses). Algumas vezes há 
necessidade de drenagem do conteúdo a partir 
de uma osteotomia de bula timpânica. 
Pólipos nasofaríngeos inflamatórios são frequentes 
em felinos d e 1 a 5 anos de idade e podem 
apresentar sinais vestibulares além de déficits 
auditivos e sinais respiratórios. Normalmente há 
necessidade de retirada cirúrgica. 
Doenças vestibulares idiopáticas nos cães idosos 
são também conhecidas com o “doença vestibular 
do cão idoso” e frequentemente referidas como 
“AVCs” por seu início agudo em animais de idade 
mais avançada. O diagnóstico é feito pela exclusão 
de todas as outras causas de SVP. O tratamento 
é de suporte e o prognóstico é bom. A melhora 
costuma acontecer em 2 ou 3 semanas podendo 
permanecer alguma inclinação de cabeça. 
Reações posturais: 
Esses testes determinam se os indivíduos podem 
reconhecer o posicionamento de seus membros no 
espaço (propriocepção). 
Teste de propriocepção em cães: 
Para avaliação da propriocepção consciente, é 
importante que o animal esteja fora da mesa de 
exame. A avaliação dos membros pélvicos ocorre 
com o médico posicionando a mão embaixo da 
pelve do paciente para sustentar o peso do 
animal. Em seguida, o clínico puxa a ponta de 
um dos membros pélvicos do paciente e, soltando-
a, verifica o seu retorno à posição normal no 
chão. 
 
 
Teste de saltitar: 
Teste de saltitar e teste de posicionamento tátil 
em felinos 
Em felinos, os testes de reações posturais podem 
ser feitos em cima da mesa, desde que sua 
superfície seja revestida com material 
antiderrapante. 
O teste de saltitar é feito segurando-se o 
paciente e permitindo que apenas um dos 
membros pélvicos esteja liberado para o teste. 
Deve se fazer o movimento lateral com o animal e 
observar se o membro liberado saltita. 
 
O teste de posicionamento tátil é feito segurando-
se o animal no colo e liberando um dos membros 
( pélvico ou torácico) para o teste. 
Posicione o paciente lateralmente em relação à 
mesa, encostando levemente a parte superior de 
um dos membros na beirada da mesma. Erga um 
pouco o animal roçando na mesa. O paciente deve 
responder erguendo o membro e colocando-o acima 
da mesa. 
@medvetge 
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O teste de posicionamento tátil também deve 
ser feito, da mesma maneira, com os membros 
torácicos. 
Durante a verificação do posicionamento tátil, o 
médico não deve permitir que o animal veja a 
mesa. O paciente deve apenas sentir a sua 
superfície. 
 
Reflexos espinhais: 
A avaliação dos reflexos espinhais é a forma mais 
confiável para classificar distúrbios neurológicos 
relacionados à lesão de neurônio motor superior 
(NMS) ou lesão de neurônio motor inferior (NMI), 
sendo que: 
NMS: leva o animal a apresentar paresia ou plegia 
com membros espásticos, presença de tônus 
muscular aumentado e reflexos espinhais normais 
ou aumentados. 
NMI: causa paresia ou plegia com membros flácidos, 
diminuição ou ausência do tônus muscular e 
reflexos espinhais reduzidos ou ausentes. 
Para que o clínico possa fazer a avaliação de 
reflexos espinhais, o animal deve estar contido 
em decúbito lateral, calmo e relaxado. Para 
avaliação dos reflexos espinhais, são realizados os 
seguintes testes: 
− Avaliação do tônus muscular 
− Avaliação do reflexo patelar 
− Reflexos de retirada de membros torácicos e 
pélvicos 
− Reflexo cutâneo do tronco 
− Reflexo perineal 
Reflexo de retirada de membros torácicos e pélvicos: 
Deve-se pinçar o espaço interdigital do dígito 
lateral e do dígito medial dos membros pélvicos e 
torácicos do animal. Em resposta, o animal deve 
tentar flexionar todo o membro. 
 
Caso o animal apresente lesão de neurônio motor 
superior, pode-se observar a ocorrência do reflexo 
extensor cruzado, ou seja, à medida que o animal 
flexiona o membro pinçado, estica o membro 
contrário. 
 
Nos membros torácicos do animal, os reflexos mais 
confiáveis para avaliação neurológica são o reflexo 
flexor e o reflexo de retirada. Repete-se o mesmo 
movimento de pinçar o espaço interdigital do 
dígito lateral do membro torácico e aguardar a 
resposta de retração por parte do animal. 
 
Reflexo cutâneo do tronco: 
A avaliação do reflexo cutâneodo tronco é feita com 
o auxílio de uma pinça hemostática. Pinça-se a 
pele do animal na altura da região lombossacra 
e espera-se que haja contração bilateral do 
músculo cutâneo do tronco. Se o reflexo estiver 
presente na região lombossacra, não há 
necessidade de continuar o exame cranialmente. 
@medvetge 
14 
 
 
Reflexo perineal: 
Utiliza-se a pinça hemostática para pinçar a região 
perineal do cão e verificar a ocorrência de 
contração dos músculos do períneo e da cauda. 
 
Palpação da coluna: 
Exames que podem provocar dor no animal, tais 
como palpação da coluna vertebral e avaliação da 
sensibilidade dolorosa, devem ser realizados ao final 
do exame neurológico. 
A palpação epaxial (acima do eixo do esqueleto) 
da coluna tem como objetivo a diferenciação 
entre doenças neurológicas com ou sem a 
presença de dor espinhal. Os seguimentos 
vertebrais torácico, lombar e lombossacro devem 
ser palpados durante o exame. 
A palpação se inicia nas vértebras T1 e T2 
seguindo em direção caudal, sempre mantendo os 
dedos em formato de V invertido, posicionando-
os no espaço intervertebral para pressionar as 
raízes nervosas. 
A palpação da coluna é realizada em três fases: 
− Palpação leve 
− Palpação mediana 
− Palpação intensa 
Palpação leva: avaliar a presença de crepitação, 
dores muito intensas e desvios angulares da 
coluna. Caso algumas dessas alterações 
manifestem, a coluna deve ser palpada com 
extremo cuidado, e, se houver necessidade, deve-
se interromper o exame. 
 
Próxima etapa, na palpação mediana e palpação 
intensa aplica-se maior pressão durante o exame 
com o objetivo de investigar pontos de dor na 
coluna espinhal. 
A palpação da coluna cervical é feita palpando-
se a face ventral do pescoço do animal. 
 
Em animais com dores cervicais, deve-se evitar 
a manipulação excessiva do pescoço, tais como 
elevar a cabeça do animal ou mover o pescoço 
de um lado para o outro, para não piorar a 
sensação de dor no paciente e agravar a lesão 
na coluna cervical. 
Dor profunda: 
Ao final do exame neurológico, é avaliada a presença 
ou ausência de dor profunda. 
O teste de dor profunda é realizado 
principalmente em pa cientes com paralisias ou 
em animais com graves déficits motores. Utilize 
uma pinça hemostática e pince a extremidade 
distal dos dígitos dos membros - torácicos e 
pélvicos - do animal. 
Deve-se observar o comportamento e a resposta 
do paciente : vocalização, virar a cabeça em 
direção ao membro, tentar morder o examinador. A 
resposta positiva ao teste envolve mais ações por 
parte do paciente que simplesmente a flexão e 
retirada do membro. 
 
@medvetge 
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O exame de dor profunda é um importante 
parâmetro para indicar o prognóstico de doenças, 
sendo que, animais que não sentem dor apresentam 
prognóstico pior que animais capazes de sentir dor 
profunda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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