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Atribuições do Analista, Técnico e Assessor Jurídico

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Prévia do material em texto

ATRIBUIÇÕES DO ANALISTA, DO TÉCNICO E 
DO ASSESSOR JURÍDICO 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Prof. Ma. Raiza Eloa Brambilla Catanio 
 
● Mestra em Ciências Jurídicas, pela UniCesumar (Universidade Cesumar); 
● Bacharel em Direito (UniCesumar); 
● Pós-graduanda em Docência no Ensino Superior (Uniasselvi); 
● Assessora de Magistrado no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR). 
 
Olá aluno (a)! Tudo bem? 
 
Nessa Unidade do Curso seguiremos juntos um caminho acerca das atribuições 
do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário e, antes de qualquer 
conteúdo, que me apresentar a vocês, explicando um pouquinho da minha trajetória 
profissional. 
Sou a prof. Raiza, graduada em Direito, Mestra em Ciências Jurídicas e pós-
graduanda em Docência no Ensino Superior. No ano de 2016, ainda durante a 
graduação, fui contratada como estagiária voluntária junto a Secretaria da 7ª Vara Cível 
de Maringá, local onde atuei com analistas e técnicos por quase um ano, aprendendo 
sobre as funções, andamentos de processos e atendimento ao público. 
No ano seguinte, em 2017, fui aprovada em processo seletivo para vaga de 
estágio remunerado junto ao Gabinete da 4ª Vara Criminal de Maringá, onde permaneci 
até concluir minha graduação, em 2018, aprendendo sobre as atividades do magistrado, 
bem como as atividades de assessoramento. 
Em 2019, após a terminar a graduação, já estava aprovada como Bolsista CAPES 
no programa de Mestrado da UniCesumar, em Ciências Jurídicas, mesmo ano em que 
fui convidada pelo Magistrado Titular do Gabinete da 4ª Vara Criminal, para 
desempenhar a função de sua assessora de gabinete. 
Desde então, ocupo esse cargo e atuo como servidora comissionada no Tribunal 
de Justiça do Paraná, razão pela qual, tenho muito conteúdo e conhecimento a oferecer. 
Espero que nossa jornada aqui seja de muito sucesso. 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
E prezado(a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, esse 
já é o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Proponho, 
junto com você, construir nosso conhecimento sobre as atribuições das atividades de 
assessor jurídico, técnico e analista judiciário, abordando conceitos fundamentais sobre 
as temáticas. Além de conhecer seus principais conceitos e definições vamos explorar 
os campos de atuação, requisitos e deveres inerentes a cada cargo. 
Na unidade I começaremos a nossa jornada a partir de uma breve conceituação 
geral sobre os cargos, esta noção é necessária para que possamos trabalhar as 
próximas unidades do livro de maneira mais completa. Na sequência, partiremos ao 
estudo atinente ao analista judiciário, o conceito do cargo, as funções que lhe são 
atribuídas, bem como seus deveres. 
 Já na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre as atividades do 
técnico jurídico, abordando as características gerais do cargo, suas funções e 
atribuições, bem como seus deveres. Ao final, faremos uma diferenciação acerca dos 
cargos de analista e técnico jurídico. 
A III unidade, é destinada ao estudo da carreira do assessor jurídico, ocasião em 
que também abordaremos todos os conceitos atinentes ao cargo, suas respectivas 
atribuições, deveres e funções, além da captação para a vaga de assessor jurídico no 
direito público e no direito privado. 
E por fim, trataremos sobre a responsabilidade civil, administrativa e penal dos 
servidores aqui estudados, nas unidades anteriores, abordando as nuances gerais da 
responsabilidade civil, administrativa e penal, no exercício das atividades de analista, técnico e 
assessor jurídico, finalizando este material com a exemplificação com casos práticos destas 
responsabilidades. 
Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta 
jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos 
abordados em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e 
profissional. 
Muito obrigada e bom estudo! 
1 
 
 
UNIDADE I 
DOS CARGOS E DO ANALISTA JURÍDICO 
Prof. Ma. Raiza Eloa Brambilla Catanio1 
 
Plano de Estudo desta Unidade: 
 
 
● Das características gerais sobre os cargos; 
 
 
● Da conceituação de analista jurídico; 
 
 
● Das funções atribuídas ao analista; 
 
 
● Dos deveres atinentes à função de analista 
jurídico. 
 
 
Objetivo de Aprendizagem: 
 
 Prezado (a) aluno (a), esta primeira unidade acerca do estudo das 
atribuições do analista, do técnico e do assessor jurídico será dividida nos 04 
tópicos acima elencados, sendo que em cada um deles aprenderemos questões 
básicas e gerais atinentes a cada cargo como uma breve introdução ao conteúdo 
da disciplina e, na sequência, adentraremos no estudo mais aprofundado em 
relação ao cargo de analista jurídico, abordando os conceitos necessários, suas 
respectivas funções e quais seus deveres enquanto analista. 
Desta forma, por meio da compreensão destas profissões, serão 
estabelecidas suas respectivas importâncias para o sistema judiciário brasileiro 
e a prestação jurisdicional como forma de acesso à justiça. 
 
1 Mestra em Ciências Jurídicas pela Universidade Cesumar – UniCesumar, pós-graduanda em 
Docência no Ensino Superior, pela Uniasselvi, Assessora Jurídica no Tribunal de Justiça do 
Estado do Paraná – TJPR. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6265742338541943. E-mail: 
raizaeloa@hotmail.com. 
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Caro (a) aluno (a), com esse material, espero contribuir para seu 
aprendizado, conceituando e contextualizando o tema, proporcionando a 
compreensão das atividades dos servidores públicos, sobretudo, do analista, 
profissional a ser abordado neste momento. E desta forma, por meio do ensino, 
estabelecer a importância desta função ao judiciário e contribuir para seu 
crescimento pessoal e profissional. 
Então vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
TÓPICO I 
Das características gerais sobre os cargos 
 
 
● Você sabe quem é o analista, o técnico e o assessor jurídico? 
 
Em linhas gerais, os analistas, técnicos e assessores jurídicos são 
servidores públicos, que atuam em órgãos governamentais, integrados em 
cargos do Distrito Federal, Estados e da União. 
A Constituição Federal do Brasil de 1988, em seu artigo 125 diz que os 
Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos na 
Carta e que a competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, 
sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. 
Ou seja, desse dispositivo extrai-se que 
os Tribunais possuem grande autonomia para 
regular suas atividades e necessidades, 
podendo estabelecer normas próprias com lei 
estadual de organização judiciária. Assim, 
todos os Tribunais do país, e seus respectivos 
juízos podem criar mecanismos de 
regulamentação de suas peculiaridades, 
como decretos, portarias, entre outros. 
Mas o que são os Tribunais? O Tribunal 
refere-se ao órgão soberano cuja finalidade é resolver litígios e conflitos 
necessários à sociedade e ao convívio social, ou seja, é onde há o efetivo 
exercício da jurisdição, da aplicabilidade das leis, da regulamentação da vida em 
sociedade. 
No Brasil, podemos constatar a existência do Superior Tribunal federal 
(STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunais de Justiça Estaduais (TJPR, 
TJSC, TJSP, entre outros), Tribunais Regionais Federais, Tribunais do Trabalho, 
etc., presentes em todos os Estados da Federação e também em todas as 
regiões. 
 
Fonte: Shutterstock 
 
Figura 1 - Deusa da Justiça 
4 
 
Assim, é importante esclarecer que a justiça se divide em vários territórios 
de jurisdição, em várias competências. Existe a justiça estadual, a justiça federal, 
a justiça do trabalho, etc. e toda essa divisão se deve pela necessidade de 
organização jurisdicional, a fim de garantir a presteza da atividade jurídica.Diante dessa necessidade de organização, para funcionamento da justiça, 
existem leis federais que versam sobre servidores públicos e suas respectivas 
carreiras e por isso podemos afirmar que, que apesar de cada Estado elaborar 
sua própria organização e regulamentação quanto aos tribunais e órgãos 
judiciais, não existem diferenças discrepantes, na medida que Leis Federais 
atuam como um norte dessa divisão e organização. 
 Neste sentido, podemos citar a Lei nº. 8.112, de 11 de setembro de 1990, 
que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das 
autarquias e das fundações públicas federais. 
Já em seus artigos iniciais, a lei conceitua o servidor como pessoa legalmente 
investida em cargo público e, na sequência, afirma que cargo público é o 
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um servidor, sendo que estes cargos 
são criados por meio de leis, com denominação própria e vencimento pago pelos 
cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão, acessíveis 
a todos os brasileiros. 
E ainda, a Lei nº. 11.416 de dezembro de 2006 regulamenta as carreiras 
dos servidores do poder Judiciário da União, ocasião em que em seu artigo 2º, 
prevê a existências dos cargos de analista judiciário, técnico judiciário e auxiliar 
judiciário. 
Do mesmo modo, a Lei Federal nº. 11.415, de 2006, versa sobre as 
carreiras dos servidores do Ministério Público e também em seu artigo 2º, trata 
da existência dos cargos de analista, técnico e assessor jurídico. 
Assim, afere-se que cada Estado da União possui suas próprias normas 
de regulamentação quanto à atividade da justiça e organização jurisdicional, no 
entanto, apesar de várias, guardam similitude, sobretudo diante da existência de 
leis federais que regulamentam de forma geral o assunto. 
Ademais, os requisitos de ingresso nas carreiras são estabelecidos em lei 
federal e também porque as necessidades de trabalho são semelhantes, mesmo 
que de um Estado para outro. As maiores variações não dizem respeito ao 
5 
 
trabalho em si, mas sim na distribuição e lotação dos servidores, todavia, as 
qualificações e requisitos exigidos nos editais de concurso tendem a ser 
parecidos, se não semelhantes. 
O ingresso nessas carreiras pode se dar de duas formas: 
1. Mediante concurso público de títulos ou de provas; 
2. Ou por nomeação em cargos de comissão (conhecidos como cargos 
de confiança). 
Em relação aos cargos de comissão, cabe dizer que nesta modalidade os 
servidores podem ser nomeados e exonerados a qualquer tempo (ad nutum), 
não possuindo estabilidade, devendo ser ressaltado que qualquer pessoa pode 
ser nomeada, desde que preencha os requisitos necessários. 
O Estatuto dos Funcionários do Poder Judiciário do Estado do Paraná (Lei 
nº. 16.024/08), em seu art. 6º, §2º, dispõe que “Os cargos de provimento em 
comissão envolvem atribuições de direção, de assessoramento e de assistência 
superior e são de livre nomeação e exoneração, satisfeitos os requisitos fixados 
em lei ou regulamento”. 
Sobre os cargos de confiança, por assim o serem – de livre nomeação – 
existem alguns requisitos legais que devem ser observados, como o nepotismo, 
a teor do que dispõe a Súmula nº. 13 do Supremo Tribunal de Justiça, aprovada 
em Sessão Plenária no ano de 2008, que disciplinou a questão e firmou o 
entendimento de que: 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo 
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal. 
 
E ainda, para a investidura em cargo público, devem estar contemplados 
também, os seguintes requisitos do art. 5º, da Lei 8.112/90: 
 
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
6 
 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
 
 E mencionada lei, em seus parágrafos seguintes ainda faz ressalvas no 
que concerne aos requisitos para ingresso em cargo público, ao prever que a 
depender do cargo, suas respectivas atribuições podem justificar a exigência de 
outros requisitos estabelecidos em lei; define que às pessoas portadoras de 
deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para 
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de 
que são portadoras e que para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por 
cento) das vagas oferecidas no concurso; bem como que as universidades e 
instituições de pesquisa científica e tecnológica federais podem prover seus 
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as 
normas e os procedimentos desta Lei. (Art. 5º, §§ 1º, 2º e 3º, Lei 8.112/90). 
As funções desses servidores são essenciais para a prestação 
jurisdicional, na medida em que cada vez mais se busca uma celeridade dos 
processos, sobretudo diante do aumento das demandas judiciais. 
Cada um destes servidores, dentro dos seus quadros de atuação, 
desenvolve atividades indispensáveis ao Poder Judiciário e por consequência, 
para toda a sociedade, na resolução de conflitos, assessoramento, andamento 
processual, suporte técnico, operacional, jurídico e administrativo, na proteção 
de interesses individuais e coletivos. 
Resumidamente, podemos afirmar que as atividades profissionais do 
analista, do técnico e do assessor contribuem para o funcionamento e 
aperfeiçoamento da justiça, garantindo a prestação jurisdicional e o andamento 
processual. 
 
SAIBA MAIS 
 
O termo “assessoramento” não se aplica somente em relação ao assessor! 
Assessorar é prestar assistência, e tanto os técnicos quanto os analistas 
judiciários prestam, também, atividades de assessoramento à atividade 
judiciária, ao conferir prazos de processos, numerar autos, arquivar e organizar 
7 
 
documentos, triar processos, entre outras funções. Então, caso vejam esse 
termo em materiais de apoio, livros ou outros meios, lembrem-se dessa 
observação para não se confundirem e achar que todo aquele que faz 
“assessoramento” é de fato assessor (MASSAD, 2016, p. 38). 
 
#SAIBA MAIS# 
 
● Quem pode ser analista, técnico e assessor jurídico? 
Antes de adentrarmos em cada função, faremos uma breve diferenciação 
destes profissionais, para então termos uma noção melhor de quem são, quais 
suas principais características e funções, sem causar confusões entre eles, pois, 
mesmo que suas atividades por vezes se confundam, são distintas. 
Conforme Fernanda Marinela (2010, p. 543-544) 
 
Os servidores públicos constituem o grupo de servidores estatais que 
atuam nas pessoas jurídicas da Administração Pública de direito 
público, nas pessoas da Administração Direta (entes políticos: União, 
Estados, Municípios e Distrito Federal) e nas pessoas da 
Administração Indireta (as autarquias e fundações públicas de direito 
público). Para esses servidores, a relação de trabalho é de natureza 
profissional de caráter não eventual, sob o vínculo de dependência com 
as pessoas jurídicas de direito público. 
 
 A carreira de analista judiciário é bastante diversificada e possui várias 
áreas de especialidade. O requisito para o cargo é ter diploma em nível superior 
na área de atuação a ser ocupada em instituição de ensino reconhecida pelo 
Ministério da Educação (diploma em engenharia civil, em psicologia, medicina,biblioteconomia). (MASSAD, 2016). Ex: necessária conclusão de curso em 
psicologia para cargo de analista judiciário em Vara da Infância e Juventude. 
 O assessor judiciário, da mesma maneira, precisa de formação em nível 
superior, mas neste caso, restrita a área do direito, uma vez que atua 
diretamente com processos judiciais, pesquisa de jurisprudências, doutrinas e 
legislações, pré-análises de processos e elaboração de pareceres jurídicos. 
Portanto, para o assessor judiciário é indispensável a formação no curso de 
Direito, em instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação 
(MEC). 
8 
 
 Para ser técnico judiciário, por sua vez, é necessária somente a 
formação em nível médio ou curso técnico equivalente, em instituição de ensino 
reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). Sua atuação por vezes se volta 
mais às áreas administrativas e de suporte técnico do Poder Judiciário, podendo 
também, trabalhar em cartórios judiciais, varas, gabinetes, etc. 
 
● Estrutura de um Gabinete e Secretarias 
 
Primeiramente, o que é um gabinete? 
 
Trata-se de um espaço físico, uma estrutura, onde os magistrados, 
procuradores, promotores, desembargadores e seus colaboradores (entre os 
quais, o assessor) exercem suas atividades. 
Assim, podemos afirmar que o gabinete é o local de trabalho dos juízes, 
promotores e outros membros do Poder Judiciário e, portanto, ali são realizadas 
quase todas as funções exercidas nessas carreiras, como por exemplo: a 
elaboração de peças jurídicas, decisões, despachos, arquivamento de feitos, 
andamento processual, organização de documentos, triagem de processos, 
verificação de prazos, etc. 
No Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) cada gabinete de 
desembargador tem uma disponibilidade de cargos, conforme o quadro abaixo: 
 
Quadro 1 – Disponibilidade de Cargos TJPR 
 
CARGO 
 
 
QUANTIDADE 
 
SIMBOLOGIA* 
 
REQUISITO 
Secretário de 
desembargador 
 
01 
 
DAS-4 
Formação em 
curso superior de 
qualquer área 
Assessor de 
desembargador 
 
01 
 
DAS-4 
Graduação 
específica em 
Direito 
Assessor II de 
desembargador 
 
01 
 
DAS-5 
Graduação 
específica em 
Direito 
Assistente de 
desembargador 
 
01 
 
1-C 
Graduação 
específica em 
Direito 
9 
 
Assistente II de 
desembargador 
 
01 
 
3-C 
Carteira de 
habilitação válida, 
categoria “B” 
Oficiais de 
gabinete de 
desembargador 
 
02 
 
1-C 
Ensino médio 
completo 
 
*A simbologia diz respeito às denominações de letras e números dos cargos e atuam como referências ao 
enquadramento e à remuneração do servidor. 
Fonte: (MASSAD, 2016, p. 27) 
 
A estrutura dos gabinetes dos magistrados, em especial, de primeiro grau, 
varia muito de acordo com a comarca e a vara em que atuam. A estrutura e o 
número de funcionários disponibilizados deve ser proporcional ao número de 
feitos que tramitam. No gabinete de Juiz de Entrância Final, conforme 
informações do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (Lei nº. 20.329 - 24 de 
setembro de 2020): 
 
Quadro 2 - Disponibilidade de Cargos TJPR – Entrância Final 
 
CARGO 
 
 
QUANTIDADE 
 
SIMBOLOGIA* 
 
REQUISITO 
 
Servidor efetivo 
 
01 
 
- 
Desde que 
bacharel em 
Direito 
Assistente II de 
Juiz de Direito 
 
02 
 
1-C 
Graduação 
específica em 
Direito 
Assistente III de 
Juiz de Direito 
 
01 
 
3-C 
Graduação 
específica em 
Direito 
Estagiário de 
Graduação 
 
02 
 
- 
Cursando 
graduação em 
Direito 
 
*A simbologia diz respeito às denominações de letras e números dos cargos e atuam como referências ao 
enquadramento e à remuneração do servidor. 
Fonte: Lei nº. 20.329/20, art. 15, online. 
 
Todos os cargos de gabinete são comissionados e podem ser 
preenchidos por funcionários do quadro da Secretaria do Tribunal de Justiça, 
inclusive, há uma orientação do Conselho Nacional de Justiça – instituição 
pública que atua para o aperfeiçoamento do sistema judiciário brasileiro, 
controlando sua atuação administrativa e financeira – dispondo que pelo menos 
vinte por cento dos cargos em comissão da área de apoio direto à atividade 
10 
 
judicante e cinquenta por cento da área de apoio indireto à atividade judicante 
deverão ser destinados aos servidores das carreiras judiciárias. 
 
BREVE CONSIDERAÇÃO: diferente do que ocorre nos gabinetes de 2º grau, 
onde o assessor não possui tanta participação nos atos processuais, no primeiro 
grau, o assessor ou assistente do magistrado tem ampla participação na 
movimentação dos processos e se torna peça imprescindível, sobretudo em 
razão da concentração do juiz nos autos de audiência e envolvimento com as 
partes (MASSAD, 2016). 
 
E o que é uma secretaria (ou cartório judicial)? 
 
Por cartório judicial se entende o local onde o servidor da Justiça exerce 
seu ofício (seu trabalho) e também o local onde são armazenados os processos, 
documentos relativos aos feitos judiciais e demais objetos que sejam 
necessários e/ou pertinentes a algum processo e que devem permanecer em 
cartório judicial, ou apreendidos. Nas secretarias a lotação dos servidores varia 
de acordo com a entrância (inicial, intermediária ou final), bem como pela 
demanda de trabalho. Uma secretaria é composta por pelo menos 01 
analista/escrivão e técnicos judiciários. 
Nos termos do § 1º, do art. 14 da Lei nº. 20.329/20, por Secretaria haverá 
um cargo em comissão de Chefe de Secretaria e um cargo em comissão de 
Supervisor de Secretaria, sendo que o § 2º define que nas unidades em que 
houver Analista Judiciário Sênior, a estes será destinado o cargo de Chefe de 
Secretaria. 
Ou seja, na secretaria, servidores públicos investidos no cargo por 
concurso público, também podem receber cargos em comissão. Por exemplo: 
um analista que recebe um cargo de chefia: ele continua sendo analista, mas em 
cargo de Chefe de Secretaria. 
A título de exemplificação da estruturação (quantidade de servidores), 
uma Vara Cível da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba possui uma 
distribuição anual média de 1.900 processos, sendo seu quadro de servidores 
composto por 01 analista e 07 técnicos judiciários (além de estagiários e do 
gabinete). 
11 
 
Veja o quadro abaixo: 
 
Quadro 3 - Lotação Paradigma de Servidores por Secretaria - Triênio 2018, 
2019 e 2020 – TJPR
 
Fonte: TJPR, online. 
 
● Síntese deste tópico 
A atividade jurisdicional necessita de colaboradores para seu bom 
funcionamento e daí, então, surgem os cargos de técnicos, analista e assessor 
judiciários e, ao mesmo tempo em que são funções distintas, também são 
complementares diante de suas finalidades finais: a garantia da prestação 
jurisdicional. 
As atividades jurídicas dentro de um fórum não dependem exclusivamente 
dos magistrados e desembargadores, mas sim em conjunto com as funções 
desempenhadas por todos os servidores. 
Cada gabinete e serventia deve respeitar a distribuição de competência e 
de jurisdição e atuar naquilo em que estiver designado, de forma que suas 
respectivas atuações sejam delimitadas e organizadas, garantindo-se a presteza 
da Justiça. 
12 
 
Dadas essas breves considerações gerais acerca do tema, partiremos 
agora ao estudo mais detalhado sobre os conceitos da função de analista 
jurídico, seus deveres e atribuições. Seguimos! 
 
13 
 
 
 
TÓPICO II 
Da conceituação de Analista Jurídico 
 
 
● Do Analista Jurídico 
O analista judiciário, como já salientado anteriormente, deve ter formação 
em nível superior em qualquer área de graduação (a depender do cargo). Pode 
ser da área do Direito e trabalhar em cartórios, ou com juízes, desembargadores 
e promotores, auxiliando na movimentação de processos e pareceres jurídicos. 
O art. 4º da Lei nº. 11.416/06, que disciplina as carreiras dos servidores 
do poder Judiciário da União determina que incumbe Analista Judiciário as 
atividades de planejamento; organização; coordenação; supervisão técnica;assessoramento; estudo; pesquisa; elaboração de laudos, pareceres ou 
informações e execução de tarefas de elevado grau de complexidade. 
Por sua vez, o art. 5º, inciso III da Lei nº. 16.748, de dezembro de 2010, 
que reestrutura os quadros de pessoal do Poder Judiciário do Estado do Paraná 
e as carreiras de seus servidores, dispõe que integram o respectivo quadro de 
servidores do TJPR os: 
 
[...] Auxiliares da Justiça de Nível Superior (AJS) composta por cargos 
de provimento efetivo de Analista Judiciário, Psicólogo Judiciário e 
Assistente Social Judiciário, destinados à área de apoio direto à 
prestação jurisdicional, com atribuições de elaboração e execução de 
atos processuais e laudos, cujo requisito de ingresso é a formação 
superior correlacionada com a especialidade e com habilitação legal, 
se for o caso. 
 
A Constituição do Estado do Paraná, em seu art. 243-B, define que o 
assessoramento jurídico do Poder Judiciário, bem como a supervisão dos seus 
órgãos de consultoria e de assessoramento jurídicos, serão exercidos, 
privativamente, por bacharéis em Direito, desta forma, é possível concluir que 
para o analista judiciário é necessária a formação em Direito, já para o Psicólogo 
Judiciário, por exemplo, é necessária a formação na área da Psicologia. 
 Na área judiciária o profissional deve realizar os serviços relativos à área 
jurídica, abrangendo o processamento de feitos, análise e pesquisa de 
legislações, consulta a jurisprudências, doutrinas e demais atualizações 
 
14 
 
pertinentes ao Direito, além de elaborar pareceres, certidões, e informações 
jurídicas nos processos em que estiver incumbido de fazê-lo. 
O próprio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na Lei nº. Lei 20.329, 
de 24 de setembro de 2020 que alterou em partes os dispositivos da Lei nº. 
16.023/08, versa sobre a existência de analistas nas áreas da psicologia e da 
assistência social, denominando-os, respectivamente, como Psicólogo Judiciário 
e Assistente Social Judiciário, que assim como o Analista Judiciário, voltam-se 
ao apoio direto à prestação jurisdicional, naquilo que lhes couber. 
Outrossim, referida lei ainda trata dos profissionais de Apoio 
Especializado Superior, que também se enquadram como analistas e é 
composta por servidores cuja especializadas seja nas áreas de apoio indireto à 
prestação jurisdicional de análise de sistemas, contabilidade, engenharia, 
economia, estatística e medicina, cujo requisito de ingresso é a formação em 
curso superior correlacionado com a especialidade e com habilitação legal, se 
for o caso. 
Cabe dizer que profissionais, digamos, “fora da área do direito” são 
necessários na medida em que o direito versa sobre quase todas as áreas da 
vida e por vezes são necessários laudos técnicos sobre o assunto, a serem 
confeccionados por profissionais capacitados, assim como outros estudos, 
exames e pareceres. 
Isso ocorre porque os magistrados e representantes do Ministério Público 
não possuem conhecimento em diversas áreas quem muitas vezes estão 
relacionadas às ações judiciais que lhes são incumbidas, sendo que o 
conhecimento técnico sobre o assunto é fundamental na resolução de conflitos 
e indispensável para que o juiz forme sua convicção e para que as partes se 
manifestem nos autos. 
Veja o art. 5º da Lei 20.329/2020: 
 
Lei nº. 20.329/2020 - Art. 5º - Divide a estrutura funcional da parte 
permanente do Quadro de Pessoal do Poder Judiciário do Estado do 
Paraná nas seguintes carreiras, organizadas segundo os requisitos de 
investidura, atribuições, complexidade, grau de responsabilidade e 
peculiaridades do cargos: 
[...] 
II - Apoio Especializado Superior (AES) composta por cargos de 
provimento efetivo com atribuições especializadas nas áreas de apoio 
indireto à prestação jurisdicional de análise de sistemas, contabilidade, 
engenharia, economia, estatística e medicina, cujo requisito de 
15 
 
ingresso é a formação em curso superior correlacionado com a 
especialidade e com habilitação legal, se for o caso; 
III - Auxiliares da Justiça de Nível Superior (AJS) composta por cargos 
de provimento efetivo de Analista Judiciário, Psicólogo Judiciário e 
Assistente Social Judiciário, destinados à área de apoio direto à 
prestação jurisdicional, com atribuições de elaboração e execução de 
atos processuais e laudos, cujo requisito de ingresso é a formação 
superior correlacionada com a especialidade e com habilitação legal, 
se for o caso; 
[...]. (grifo não original) 
 
Portanto, mesmo sem possuírem formação jurídica, esses profissionais 
que se enquadram como analistas são indispensáveis para a prestação 
jurisdicional. 
O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, em seu site, traz 
considerações acerca do cargo de Analista Jurídico, asseverando que o requisito 
escolar para investidura no cargo é ser portador de diploma de curso superior 
em Direito e descreve as atribuições do servidor, que serão vistas no próximo 
tópico desta Unidade. 
Outrossim, a Lei Complementar nº. 406 de 2008, alterada pela Lei 
Complementar nº. 699/17, em seu artigo 1º, §2º, assevera que resta 
estabelecida, no citado Tribunal de Justiça, a seguinte habilitação profissional 
para a categoria funcional de Analista Administrativo. Segue a transcrição: 
 
“Portador de diploma de curso superior em Administração, Ciências 
Contábeis, Ciências Econômicas ou Direito". 
§ 3º As atribuições das categorias funcionais de Analista Jurídico e 
Analista Administrativo serão definidas por resolução do Presidente 
do Tribunal de Justiça do Estado. 
 
Não diferente, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, com a Lei nº. 
13.807 de 2011, atualizada pela Lei nº. 14.722 de 2015 dispõe sobre a criação 
do cargo de Analista Judiciário para lotação preferencial em cargos de 
provimento efetivo, oportunidade que dispõe que referidos cargos serão 
distribuídos conforme as seguintes áreas de atividade: 
 
I - Área Judiciária – abrangendo, em termos gerais, processamento dos 
feitos, análise e pesquisa de legislação, doutrina e jurisprudência, elaboração de 
textos jurídicos, e demais atribuições previstas em regulamento; 
16 
 
II - Área Administrativa – atividades relacionadas com recursos humanos, 
material e patrimônio, orçamento e finanças, contratos e licitações, transporte e 
segurança e demais funções complementares de apoio administrativo; e 
III - Área de Apoio Especializado – atividades a demandar dos titulares, 
registro no órgão fiscalizador do exercício da profissão ou que exijam o domínio 
de habilidades específicas, a critério da administração, tais como: saúde, 
contadoria, arquitetura, engenharia, comunicação social, biblioteconomia, 
informática, programação visual, taquigrafia, assistência social, administração e 
economia, dentre outras. 
 Exemplificando, na área especializada necessita-se que os serviços 
sejam efetuados por profissionais capacitados na área, com a devida formação, 
registro no órgão fiscalizador do exercício da profissão ou o domínio de 
habilidades específicas, a critério da administração. 
Um analista da área de apoio especializado, que seja assistente social, 
trabalhe com serviço social, ele poderá atuar nas varas e promotorias de direito 
de família, na proteção da criança e do adolescente, idosos, vítimas de violências 
sexual, doméstica, etc. 
Já na área do apoio administrativo, o profissional deve efetivar a 
formalização de determinados atos processuais de mero expediente (mero 
andamento), certificações em geral, escrituração, finanças, segurança, ou seja, 
atua no andamento da justiça sob um viés administrativo, em complementação 
à área judiciária e de apoio especializado. 
Por fim, a área do analista judiciário com formação exclusiva em Direito é 
voltada à atuação na área jurídica, no processamento de feitos, entre outras 
atividades relativas aos processos e que demandam conhecimento técnico e 
jurídico. 
Desta forma, emsíntese podemos concluir que há um leque de atuação 
para o cargo de analista, podendo este ter formação em direito, ou em outras 
áreas que serão determinadas de acordo com as necessidades de cada ente da 
federação e seus respectivos órgãos. 
Aqui neste material foi abordado um pouco sobre as legislações relativas 
ao analista na região sul do país, sendo possível constatar pequenas diferenças 
de nomenclatura, de cargos e áreas, a depender das necessidades de cada 
região. 
17 
 
É importante salientar que o Brasil possui 27 unidades federativas e em 
cada uma delas existirão diferenças, mas, além disso, muitas semelhanças. 
Por isso, é impossível tratar de todos os temas conforme a 
regulamentação de cada Estado! Este material elenca apenas alguns Estados, 
como forma de expor a existência de legislações sobre a carreira, a sua 
importância e necessidade. 
Os exemplos fornecem uma base sólida e útil ao seu aprendizado, na 
medida em que as regulamentações são parecidas nas diversas unidades 
federativas e como salientado no início desta unidade, a teor do que leciona a 
Constituição Federal de 1988, é dever de cada Estado organizar sua justiça e 
leis de organização judiciária (art. 125). 
 
REFLITA 
 
Por que a atuação do analista judiciário é tão relevante para a atividade 
jurisdicional? Existe uma relação de interdependência entre as funções de 
analista, técnico e assessor judiciário? 
 
Fonte: a autora. 
 
#REFLITA# 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICO III 
Das funções atribuídas ao Analista 
 
 
18 
 
Neste tópico, depois de assimiladas as conceituações sobre o analista 
judiciário, passaremos a trabalhar suas atribuições junto ao seu local de trabalho. 
O papel do analista é de auxiliar 
na elaboração de peças técnicas nas áreas de sua especialidade (ex: contador, 
pedagogo, assistente social, etc.), jurídicas e/ou administrativas, no 
acompanhamento processual, em atos processuais, audiências, atendimento ao 
público, etc. 
O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, em sua página na 
Web traz algumas informações sobre 
as atribuições do analista jurídico 
portador de diploma em graduação no 
curso de Direito, descrevendo que lhe 
incumbe, dentre outras coisas as 
atividades de planejamento, 
organização, coordenação, 
supervisão técnica, estudo, pesquisa, 
elaboração de laudos, pareceres ou 
informações e execução de tarefas de 
elevado grau de complexidade. 
Acrescentando como objetivo fundamental da carreira, fornecer suporte 
jurídico-administrativo aos órgãos do Tribunal de Justiça e da Justiça de Primeiro 
Grau, e também, atuar como conciliador ou mediador, por designação da 
autoridade judiciária a que estiver subordinado2. 
Exemplos típicos de atribuições da categoria: 
a) Dar andamento a processos administrativos e judiciais e ao expediente 
do órgão em que estiver lotado; 
b) Elaboração de certidões, informações, relatórios, pareceres e 
expedientes diversos, de acordo com a natureza do órgão no qual estiver 
lotado; 
c) Atendimentos às partes e interessados, em processos judiciais e 
administrativos; 
 
2 TJSC. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Analista Jurídico. Disponível em: 
https://www.tjsc.jus.br/web/servidor/analista-juridico. 
Figura 2 - Ilustração Justiça 
Fonte: Shutterstock 
 
19 
 
d) Análise e pesquisa de legislação, doutrina e jurisprudência; 
e) Orientação e execução de tarefas e elaboração de estudos e projetos nos 
assuntos relacionados à sua área de formação; 
f) Exercer, quando designado pela Direção do Foro, a Chefia de Cartório, 
nos termos da Lei Complementar 406/08, com os encargos de fedatário; 
g) Outras atividades correlatas e de mesma natureza e grau de 
complexidade. 
E passaremos a tratar das atividades de assessoramento do analista, 
recapitulando neste ponto, uma observação dos tópicos anteriores, onde explica-
se que o termo “assessoramento” não se aplica somente ao assessor! Nessas 
atividades desde o servidor auxiliar a atuação dos magistrados e dos membros 
do Ministério Público. 
Com a Reforma do Judiciário, ocorrida em 2004, houve a implementação 
de medidas de celeridade processual e duração razoável do processo, pois como 
bem aponta Cappelletti e Garth (1988, p. 20-21): 
 
Uma justiça que não cumpre suas funções em um prazo razoável é, para 
muitas pessoas, uma Justiça inacessível. 
 
Neste sentido foi que se passou a dar mais atenção e ênfase aos analistas 
(bem como técnicos e assessores judiciários), na medida em que a função de 
assessoramento por eles desempenhada contribui de forma grandiosa para a 
celeridade processual, sendo uma de suas principais atribuições junto ao local 
onde está lotado, a triagem dos feitos. 
Todo processo possui um início (seja a petição inicial, o recebimento de 
denúncia, etc), um meio (produção de provas, audiência de instrução e 
julgamento, etc.) e um fim (o julgamento, a sentença, a condenação, a 
absolvição, etc.) 
E todos esses processos tramitam independente de suas fases, 
necessitando de diferentes decisões, manifestações e movimentações. A 
triagem atua como uma forma de otimizar o serviço e incumbe ao analista 
jurídico, por exemplo, dar o devido seguimento ao feito, auxiliando o magistrado 
da causa ou membro do Ministério Público. 
 
20 
 
Ainda, cada processo possui suas peculiaridades, prazos e custas 
processuais, que devem ser observados atentamente pelo servidor. 
E, apesar de o analista judiciário ter um cargo bastante reconhecido, por 
vezes recebendo função comissionada de chefia, ele não precisa estar sempre 
envolvido em funções estritamente técnicas, elaborando peças jurídicas em um 
gabinete apertado ou, se for área não-jurídica, escrevendo pareceres e 
estudando casos apresentados. 
O analista não precisa estar sempre envolvido em funções estritamente 
técnicas: nada impede que um analista judiciário com formação jurídica atenda 
ao público, e isso não é nenhum demérito! 
Pelo contrário, o contato com pessoas é estimulante e necessário, tanto 
por parte do usuário do serviço público, que quer ser bem atendido, quanto para 
quem atende. O atendimento ao público é muitas vezes o primeiro contato entre 
o cidadão e a justiça, razão pela qual é de suma importância que o servidor aja 
com lisura, com eficiência (art. 37, da CF) e também que se faça compreender, 
pois o acesso deve ser para todos. 
Para atender o público, cuide de sua linguagem, seja comunicativo, 
atencioso e objetivo. Conforme o CNJ (resolução 215/2015), todos os “órgãos 
administrativos e judiciais do Poder Judiciário devem garantir às pessoas 
naturais e jurídicas o direito de acesso à informação, mediante procedimento 
objetivo e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil 
compreensão”. 
O Poder Judiciário se divide em diferentes órgãos de atuação na 
prestação jurisdicional, com a competência definida pela Constituição Federal de 
1988. Existem variações quanto ao funcionamento de todos os órgãos da Justiça 
(tribunais, colegiados, etc.). 
A atuação do analista judiciário é de suma importância para o 
funcionamento da justiça, seja diante de sua atuação em gabinetes, em varas, 
cartórios judiciais, no primeiro ou no segundo grau de jurisdição. 
Não se esqueça que essa é uma profissão versátil, varia de acordo com 
a competência, jurisdição, conveniência e necessidade de serviço. Trata-se de 
uma atividade com muita atuação e exigido grau de responsabilidade. Engana-
se aquele que acha que o analista, seja da área do direito ou de áreas 
especializadas tem uma atuação mecânica e monótona. 
21 
 
No primeiro e no segundo grau de jurisdição, os analistas ainda podem 
participar das sessões de audiência (ou de julgamento). 
 
SAIBA MAIS 
 
É importante ressaltar que a função de analista não está restrita ao Poder 
Judiciário Estadual!! Na Justiça Federal, na Justiça do Trabalho, na Justiça 
Eleitoral e demaisTribunais Superiores também existe referida profissão de 
analista. 
 
Fonte: (MASSAD, 2016). 
 
#SAIBA MAIS# 
 
Requisitos de ingresso ao cargo de analista: 
 
1. Requisito exigido para cargo de analista judiciário em concurso 
realizado pelo Tribunal Regional Federal 
 
Área e especialidade Requisito 
 
 
Judiciária – judiciária 
Diploma ou certificado, devidamente 
registrado, de conclusão de curso 
superior em Direito, fornecido por 
instituição de nível superior 
reconhecida pelo MEC. 
 
 
Judiciária – oficial de justiça avaliador 
federal 
Diploma ou certificado, devidamente 
registrado, de conclusão de curso 
superior em Direito, fornecido por 
instituição de nível superior 
reconhecida pelo MEC. 
 
 
Diploma ou certificado, devidamente 
registrado, de conclusão de curso 
22 
 
 
 
Analista da área de apoio 
especializado – informática 
superior completo, em qualquer área 
de formação, fornecido por instituição 
de nível superior reconhecida pelo 
MEC, acompanhado de curso de 
especialização com carga horaria 
mínima de 360 (trezentos e sessenta) 
horas na área de Análise de Sistemas, 
ou qualquer curso superior de 
Informática devidamente reconhecido. 
Fonte: (MASSAD, 2016, p. 55-56) 
 
2. Requisito exigido para cargo de analista judiciário em concurso 
realizado pelo Tribunal de Justiça do Paraná 
 
Especialidade Requisito 
 
Judiciário 
Diploma ou certificado de curso de 
nível superior em Direito, reconhecido 
pelo MEC. 
 
Psicologia 
Diploma ou certificado de curso de 
nível superior em Psicologia, 
reconhecido pelo MEC. 
 
Contabilidade 
Diplomas ou certificados de curso de 
nível superior em Contabilidade, 
reconhecido pelo MEC. 
 
Assistência Social 
 
Diplomas ou certificados de curso de 
nível superior em Assistência Social, 
reconhecido pelo MEC. 
Fonte: (MASSAD, 2016, p. 58) 
23 
 
 
 
TÓPICO IV 
Dos deveres atinentes à função de analista jurídico 
 
E passaremos agora ao último tópico desta Unidade sobre o cargo de 
analista judiciário, ocasião em que trabalharemos sobre a ética, o sigilo 
profissional, segredo de justiça e demais deveres do analista. 
 
● Da Ética 
 
Tem-se por ética um conjunto de valores morais e princípios que norteiam 
a conduta humana e da sociedade. Atua como um instrumento de equilíbrio, para 
que ninguém saia prejudicado. 
E não confunda a ética com leis!! Ela está mais relacionada a um 
sentimento de justiça social. E por ser uma construção social, baseada em todo 
um contexto histórico e sociocultural (e também econômico) a ética é consagrada 
como um ramo da ciência que estuda os valores e princípios morais humanos e 
da sociedade, de forma que é possível, portanto, se falar em ética nas relações 
profissionais. 
Uma coisa que se deve ter em mente é de que os servidores públicos 
(seja analista, assessor, juiz, promotor) são profissionais que detém um vínculo 
de trabalho profissional com órgão e entidades do governo, e todas as atividades 
de órgãos do governo, afetam a vida em sociedade, sendo de extrema relevância 
que os servidores apliquem em seu trabalho valores éticos, para que então, toda 
a sociedade possa acreditar na eficiência e lisura dois serviços públicos. 
E por esta razão, a lei inclusive prevê sanções e mecanismos que 
penalizam servidores que ajam em desacordo com suas atividades e condutas 
profissionais. 
Um exemplo é a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 
101/2000), assim como a Lei nº. 8.027/1990, que trata-se do Código de ética dos 
servidores públicos, e dispõe sobre normas de conduta dos servidores públicos 
 
24 
 
civis da união, das autarquias e das fundações públicas. Veja o art. 2º da Lei nº. 
8.027/1990: 
 
Art. 2º São deveres dos servidores públicos civis: 
 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares 
inerentes ao cargo ou função; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas pelo sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para a defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
VI - zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio 
público; 
VII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição, desde que envolvam 
questões relativas à segurança pública e da sociedade; 
VIII - manter conduta compatível com a moralidade pública; 
IX - ser assíduo e pontual ao serviço; 
X - tratar com urbanidade os demais servidores públicos e o público 
em geral; 
XI - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 
 
A referida norma ainda trata sobre desvios de conduta, faltas e infrações, 
versando sobre possíveis punições administrativas (que mais à frente serão 
estudadas). 
No Estado do Paraná, a Lei n° 16.024, de 19 de dezembro de 2008, 
Estatuto dos Funcionários do Poder Judiciário elenca vários deveres do 
funcionário público, sendo eles: 
 
Art. 156. São deveres do funcionário: 
 I - assiduidade; 
II - pontualidade; 
 III - urbanidade; 
IV - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
V - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
VI - lealdade e respeito às instituições a que servir; 
VII - observar as normas legais e regulamentares; 
VIII - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais; 
IX - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as 
informações requeridas, ressalvadas às protegidas por sigilo; b) à 
expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições 
para a defesa da Fazenda Pública; 
X - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de 
que tiver ciência em razão do cargo; 
25 
 
XI - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio 
público; XII - guardar sigilo sobre assunto da repartição 
XII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
XIII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder; 
XIV - atender prontamente às convocações para serviços 
extraordinários; 
XV - zelar pela manutenção atualizada dos seus dados cadastrais 
perante a administração pública; 
XVI - apresentar-se convenientemente trajado em serviço ou com 
uniforme determinado; 
XVII - proceder na vida pública e na vida privada de forma a dignificar 
o cargo ou a função que exerce; 
XVIII - cumprir os prazos previstos para a prática dos atos que lhe são 
afetos ou que forem determinados pela autoridade administrativa ou 
judiciária a que estiver vinculado; 
XIX - comunicar à Secretaria do Tribunal de Justiça e restituir 
imediatamente os valores que perceber indevidamente como 
remuneração; 
XX - frequentar os cursos instituídos pela administração do Tribunal de 
Justiça para aperfeiçoamento ou especialização; 
XXI - submeter-se à inspeção médica quando determinada pela 
autoridade competente. 
 
 
O que se deve ter como ponto de referência em relação à ética do servidor 
público é a busca por um padrão de comportamento ético, para que a partir disso, 
se possa julgar a atuação dos servidores. Para tanto, o artigo 37, da CF/88 traz 
alguns princípios que regem a Administração Pública: legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência. 
Portanto, o servidor deve sempre agir pautado nesses princípios. 
 
● Sigilo Profissional 
 
A Lei nº. 8.027/1990, em seu art. 2º, VII, dispõe que é dever do servidor 
guardar sigilo sobre assuntos da repartição, desde que envolvam questões 
relativas à segurança pública e da sociedade, e assim, o sigilo se constitui como 
um dever a ser cumprido pelo analista, 
sendo que o seu descumprimento 
implica em punições, a teor do que 
prescreve a Lei nº. 8.112/1990. 
 O servidor público tem o dever de 
procederde forma a agir com discrição 
e à salvaguarda de documentos 
Figura 3 - Profissional do Direito 
26 
 
sigilosos, preservando em ambiente apropriado as informações afetas ao seu 
trabalho. Não pode o analista, por exemplo, tornar públicas as decisões ou 
demais atos sigilosos executados 
dentro de seu ambiente profissional. 
 
● Segredo de Justiça 
 
Também é dever do analista zelar pelo sigilo de processos judiciais ou 
demais investigações e atos que sejam uma exceção ao princípio da publicidade, 
na medida em que pode envolver a intimidade de alguma pessoa, seus dados 
pessoais, sigilos fiscais, de dados, de telefonia, etc. 
Em determinadas situações admite-se a publicidade restrita aos 
envolvidos no processo, preservando-se a dignidade das pessoas. Sendo dever 
do analista, a garantia desse segredo de justiça (MASSAD, 2016). 
 
● Documentos Oficiais e Participação em Atos Oficiais 
 
E encerrando essa Unidade, vamos trabalhar os documentos a serem 
elaborados pelo analista e sua participação em atos oficiais. 
Atualmente, a maioria dos processos são eletrônicos. A modernização 
dos sistemas de integração e de comunicação permitiram uma maior agilidade 
nos feitos e na comunicação, aperfeiçoando a prestação jurisdicional. 
Há exemplo disso, no TJPR os servidores têm acesso a um chat particular 
de comunicação online, um sistema de comunicação por mensagens 
(mensageiro) e o sistema Hércules onde são agilizados diversos requerimentos 
e procedimentos internos, dispensando a impressão de papel, deslocamentos, 
etc. 
Todavia, apesar dessa modernização, a redação das comunicações e 
contatos oficiais deve respeitar os preceitos de cada órgão do Poder Judiciário 
em que estiver atuando. A redação é elemento essencial e os pronomes de 
tratamento devem ser sempre observados. Além dos pronomes de tratamento, 
outro ponto importante, é a impessoalidade da redação, o uso padrão e culto de 
linguagem, a clareza, concisão, formalidade e uniformidade do texto. 
Fonte: Shutterstock 
27 
 
E já por ato processual, se entende como qualquer ato praticado por 
quaisquer das pessoas envolvidas na relação jurídica processual, com vistas a 
produzir uma consequência jurídica. Incluem, portanto, petições, recursos e 
movimentações. No Novo CPC encontram-se previstos no Livro IV, nos arts. 188 
a 293. 
Com mais especificidade, os arts. 206 a 211 trazem sobre os atos do 
escrivão ou do chefe de secretaria: 
 
Seção V 
Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria 
Art. 206. Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe 
de secretaria a autuará, mencionando o juízo, a natureza do processo, 
o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, 
e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação. 
 Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e rubricará 
todas as folhas dos autos. 
Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério 
Público, ao defensor público e aos auxiliares da justiça é facultado 
rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem. 
 Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes 
constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe 
de secretaria. 
Art. 209. Os atos e os termos do processo serão assinados pelas 
pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem 
ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria 
certificará a ocorrência. 
§ 1º Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado 
em autos eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do 
juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente 
digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante 
registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo 
escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das 
partes. 
§ 2º Na hipótese do § 1º, eventuais contradições na transcrição 
deverão ser suscitadas oralmente no momento de realização do ato, 
sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o 
registro, no termo, da alegação e da decisão. 
 Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro 
método idôneo em qualquer juízo ou tribunal. 
 Art. 211. Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em 
branco, salvo os que forem inutilizados, assim como entrelinhas, 
emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas. 
 
 
28 
 
Desta forma, visualiza-se que os analistas têm em suas atribuições o 
dever de praticar atos de documentação, de comunicação e de logística. 
Os atos de comunicação são aqueles onde o analista ou escrivão 
transfere para determinado suporte as declarações emitidas pelos sujeitos do 
processo. Ex: a representação que dá início ao processo e é autuada pelo 
analista, que insere as informações pertinentes do processo e lavra os termos 
necessários. 
Já os atos de comunicação são aqueles realizados com o intuito de dar 
ciência às partes, dar conhecimento sobre algum acontecimento do processo. É 
um ato indispensável. Ex: intimação e citação. Os termos mais comuns redigidos 
pelo escrivão são os de juntada, vista, conclusão e recebimento, que fazem o 
processo “caminhar”. O analista dá o andamento no processo, faz o intermédio 
de comunicação entre as partes. 
O ato de juntada é quando o analista certifica o ingresso de alguma 
petição ou documento nos autos. 
Vista é o ato de franquear o auto às partes para que se manifestem sobre 
algum evento. 
Conclusão é quando o processo é encaminhado ao juiz, para alguma 
deliberação. 
E por fim, o recebimento se configura como sendo o ato em que o 
analista ou escrivão documenta o momento em que os autos voltaram ao cartório 
após uma vista ou conclusão. 
E já os atos de logística dizem respeito ao recebimento e depósito de 
valores entregues pelas partes, a presença em audiências lavrando termos, as 
certidões do analista certificando o que correu em sua presença. 
 
SAIBA MAIS 
 
Você sabia que o analista possui fé pública? Pois é!! Ele possui e todo ato e 
documentação por ele realizada são cobertos por presunção de verdade. 
 
Fonte: a autora. 
 
#SAIBA MAIS#
29 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Nesta Unidade pudemos pincelar o que seria o técnico, o assessor e o 
analista judiciários, adentrando com mais afinco no estudo relativo ao analista. 
Trata-se este de um servidor indispensável à prestação jurisdicional, que detém 
inúmeras atribuições e deveres, que devem ser cumpridos e respeitados, 
sobretudo diante das imposições constitucionais. 
Como bem visto cada Ente da Federação pode dispor sobre suas próprias 
regras de organização, distribuição e demais normativas relativas à justiça, 
sendo que apesar de serem diferentes em cada Estado, guardam muitas 
semelhanças. 
O analista judiciário, servidor de nível superior, auxilia em sua área de 
formação. E em tendo formação na área jurídica, pode auxiliar na elaboração de 
peças processuais, e demais andamentos relativos ao processo, podendo 
inclusive ser chamado para preencher o cargo de assessor de magistrado, 
desembargador, promotor, etc. (a depender de onde esteja lotado). 
Foi possível com esse aprendizado, compreender a importância do 
analista judiciários, da triagem de feitos, análise e andamento processual, 
verificação de prazos, pagamento de custas, fases do processo, etc. É uma 
atividade de grande importância para a prestação jurisdicional, além de ser uma 
ótima carreira a ser seguida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
LIVRO 
 
Título: Atribuições do assessor jurídico, do analista 
judiciário e do técnico judiciário. 
Autor: Carlos Eduardo Massad. 
Editora: Intersaberes 
Sinopse: Quais são as atribuições de assessores 
jurídicos, analistas judiciários e técnicos judiciários? 
Quais requisitos esses profissionais precisam preencher 
para ingressar nessas carreiras? Em que áreas atuam?Sem dúvida, as atividades desempenhadas por esses 
profissionais são de extrema importância para o bom funcionamento da estrutura 
jurídica de nosso país. Conhecendo melhor as responsabilidades desses cargos, 
você poderá compreender como o trabalho de assessores jurídicos e analistas 
e técnicos judiciários é relevante para a sociedade no que diz respeito ao acesso 
do cidadão à justiça. O conteúdo que você encontrará neste livro ampliará sua 
percepção sobre o funcionamento do Poder Judiciário no Brasil. 
 
 
 
Título: Acesso à Justiça 
Autor: Mauro Cappelletti; Bryant Garth 
Editora: Fabris 
Sinopse: Nesta obra, os autores sugerem três 
movimentos (ou ondas) que podem contribuir para o 
acesso à justiça e solucionar problemas da prestação 
jurisdicional, sendo eles: a assistência judiciária, a 
representação jurídica para os interesses difusos e 
enfoque de acesso à Justiça. Trata-se de um livro 
interessantíssimo e de grande utilidade para aqueles 
que desejam ingressar na carreira dos concursos públicos ou cargos 
comissionados na área jurídica. 
 
 
31 
 
FILME/DOCUMENTÁRIO 
 
Documentário: JUSTIÇA 
Direção e Roteiro: Maria A. Ramos 
Data de Lançamento: 2004 
Sinopse: Este documentário (disponível no YouTube) 
expõe o dia a dia do Tribunal de Justiça do Rio de 
Janeiro e todos seus personagens (servidores públicos, 
réus, familiares, etc.) e oferece ao público uma reflexão 
sobre o sistema judicial brasileiro e as estruturas de 
poder vigentes no país. 
 
 
32 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
Artigo: O Servidor Público no Mundo do Trabalho do Século XXI 
Autores: Carla Vaz dos Santos Ribeiro e Deise Mancebo 
Revista Psicologia: Ciência e Profissão 
Disponível em: 
<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141498932013000100015&script=sci_a
rttext&tlng=pt> 
Resumo: O texto aborda as repercussões do discurso depreciativo da sociedade 
dirigido ao servidor público – em muito intensificado pelas mutações no mundo 
do trabalho na virada do século XX para o XXI – na subjetividade dessa categoria 
e investiga como esses trabalhadores convivem com a utilização corrente de 
estereótipos negativos que desqualificam e desvalorizam a sua atividade laboral. 
O texto discute ainda como a falta de reconhecimento e de valorização interfere 
no sentido atribuído pelos servidores públicos à sua vida profissional. O texto 
analisa também as transformações ocorridas no setor público nas últimas 
décadas, em especial, as mudanças provocadas a partir da implementação da 
Reforma do Estado, de 1995, no Brasil, constata que a crise do Estado-
providência influência de maneira decisiva as políticas, as estruturas e a cultura 
das organizações estatais e identifica um novo cenário que gera significativos 
impactos na produção da subjetividade da categoria; por fim, questiona se ainda 
há espaço para o servidor público no mundo do trabalho contemporâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Código de Processo Civil (2015). Brasília, DF: Senado, 2015. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição Federal. Brasília, 1988. 
BRASIL. Lei nº 11.415, de 15 de dezembro de 2006. Brasília, 2006. 
BRASIL. Lei nº 11.416, de 15 de dezembro de 2006. Brasília, 2006. 
BRASIL. Lei nº 8.027, de 12 de abril de 1990. Brasília, 1990. 
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de setembro de 1990. Brasília, 1990. 
CAPPELLETTI, M.; GARTH, B. Acesso à justiça. Porto Alegre: Sergio Antonio 
Fabris Editor, 1988. 
 
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução do CNJ nº 215, de 16 de 
dezembro de 2015. Brasília, 2015. 
 
MARINELA. F. Direito Administrativo. Niterói: Impetus, 2010. 
PARANÁ. Constituição (1989). Constituição do Estado do Paraná, de 05 de 
outubro de 1989. Curitiba, 1989. 
PARANÁ. Lei Estadual nº 16.023, de 19 de dezembro de 2008. Curitiba, 
2008. 
PARANÁ. Lei Estadual nº 16.024, de 19 de dezembro de 2008. Curitiba, 
2008. 
PARANÁ. Lei Estadual nº 16.024, de 19 de dezembro de 2008. Estatuto dos 
Funcionários do Poder Judiciário. Curitiba, 2008. 
PARANÁ. Lei Estadual nº 16.748, de 29 de dezembro de 2010. Curitiba, 2010. 
PARANÁ. Lei Estadual nº 20.329, de 24 de setembro de 2020. Curitiba, 2020. 
 RIO GRANDE DO SUL. Lei Estadual nº 13.807, de 17 de outubro de 2011. 
Porto Alegre, 2011. 
SANTA CATARINA. Lei Complementar nº 406, de 25 de janeiro de 2008. . 
Florianópolis, 2008. 
SHUTTERSTOCK. Imagem. Disponível em: 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/lady-justice-blindfolded-beam-
balance-sword-1917918482. Acesso em: 19 maio 2021. 
SHUTTERSTOCK. Imagem. Disponível em: 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/law-justice-notary-work-concept-
young-1819449371. Acesso em: 19 maio 2021. 
34 
 
SHUTTERSTOCK. Imagem. Disponível em: 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/black-holding-weighing-scale-
inclined-other-285432824. Acesso em: 19 maio 2021. 
STF. Súmula Vinculante nº 13, de 29 de agosto de 2008. Brasília, Disponível 
em: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menusumario.asp?sumula=1227. 
Acesso em: 26 maio 2021. 
TJPR. Lotação Paradigma de Servidores por Secretaria - Triênio 2018, 
2019 e 2020 – TJPR. 2020. Disponível em: 
https://www.tjpr.jus.br/documents/13302/17194517/Anexo+I+-
+Quadros+I+e+II+-+11.05.2021.pdf/f9cdc093-f5de-6bab-e43a-44ecd22df6ab. 
Acesso em: 24 maio 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
UNIDADE II 
DO TÉCNICO JURÍDICO 
Prof. Ma. Raiza Eloa Brambilla Catanio1 
 
Plano de Estudo desta Unidade: 
 
 
● Das características gerais do cargo de técnico 
jurídico; 
 
 
● Das funções/atribuições do técnico jurídico; 
 
 
● Dos deveres da função de técnico jurídico; 
 
 
● Das diferenças e similitudes entre analistas e 
técnicos jurídicos 
 
 
Objetivo de Aprendizagem: 
 
Prezado (a) aluno (a), agora daremos início aos estudos relativos ao cargo 
de técnico judiciário, tema este, que faz parte da Unidade II da nossa disciplina 
de Atribuições do Analista, do Técnico e do Assessor Jurídico. 
Dividiremos esse material em 04 tópicos, onde abordaremos as 
características gerais deste cargo, quais suas funções e atribuições, bem como 
seus deveres, sendo que por fim, trabalharemos as semelhanças e diferenças 
entre o técnico judiciário e o analista (função estudada na unidade anterior). 
 
 
 
 
1 Mestra em Ciências Jurídicas pela Universidade Cesumar – UniCesumar, pós-graduanda em 
Docência no Ensino Superior, pela Uniasselvi, Assessora Jurídica no Tribunal de Justiça do 
Estado do Paraná – TJPR. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6265742338541943. E-mail: 
raizaeloa@hotmail.com. 
2 
 
INTRODUÇÃO 
 
Caro (a) aluno(a), essa unidade tem como objetivo principal elucidar todas 
questões relativas ao tema e desta forma, acrescentar conteúdo e sabedoria à 
sua jornada acadêmica. 
Será uma nova unidade de conceituação, contextualização e novos 
aprendizados acerca desta profissão em crescente demanda e que diariamente 
têm se demonstrado como uma atividade essencial à prestação jurisdicional, 
sendo, portanto, merecedora de nossa atenção e estudo. 
Então seguimos adiante, para mais uma unidade com muito estudo e 
conhecimento! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
TÓPICO I 
Das características gerais do cargo de técnico jurídico 
 
 
● Você sabe quem é o técnico jurídico? 
 
 
Recapitulando brevemente o tema da unidade anterior, os analistas, 
técnicos e assessores jurídicos são servidores públicos e atuam em órgãos 
governamentais, integrados em cargos do Distrito Federal, Estados e da União. 
O cargo de técnico jurídico, assim como 
o do analista, está previsto na Lei nº. 11.416 de 
dezembro de 2006, que regulamenta as 
carreiras dos servidores do poder Judiciário da 
União, bem como, pela Lei Federal nº. 11.415, 
de 2006, versa sobre as carreiras dos 
servidores do Ministério Público. 
Importante relembrarmos que cada Ente 
Federativo possui autonomia paracriar e editar 
suas normas de regulamentação em relação às atividades da justiça, conforme 
o art. 125 da Constituição Federal de 1988. 
E da mesma forma que ocorre com os analistas, os técnicos jurídicos 
trabalham para que a prestação jurisdicional ocorra como deve ser: com 
celeridade e amplo acesso. Sua atividade é essencial e indispensável para a 
Justiça e também para toda a sociedade. 
Existem duas formas de ingresso nas carreiras jurídicas de analista, 
assessor e técnico, sendo que para esta última, é necessária somente a 
formação em nível médio ou curso técnico equivalente, em instituição de ensino 
reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). 
Anteriormente à Carta Maior de 1988 (Constituição Federal) as atribuições 
anteriormente estudadas relativas ao cargo de Analista Judiciário, eram 
privativas dos Servidores que detinham destaque na prestação do serviço 
 
Figura SEQ Figura \* ARABIC 1 - 
Técnico Jurídico 
4 
 
público e investiam em seu aperfeiçoamento técnico e acadêmico, e 
consequentemente profissional. 
Era realizado um procedimento interno de concurso e em caso de 
aprovação, referidos profissionais davam sequência à suas carreiras junto ao 
Ente Público, mas agora na função de Analista Judiciário. Sucintamente, tratava-
se de uma promoção do servidor que trabalhava com eficiência e presteza, 
sobretudo diante do aumento de sua remuneração e de suas responsabilidades 
(ARAÚJO, c2006-2021). 
Com o passar dos anos, a carreira de analista foi dividida em duas: 
Analista e Técnico Judiciário, sendo que durante a inscrição em concurso público 
já há a diferenciação entre os cargos, a depender da qualificação do candidato 
(formação em nível superior). 
A atuação do técnico jurídico, por vezes, se volta mais às áreas 
administrativas e de suporte técnico do Poder 
Judiciário, podendo também, trabalhar em 
cartórios judiciais, varas, gabinetes. 
São servidores que prestam grande 
auxílio no andamento dos processos e 
atendimento ao público. 
Trata-se o Técnico Judiciário de um 
servidor público, cuja atuação se dá nos tribunais e demais espaços da Justiça, 
ou seja, é um profissional que pode trabalhar junto à Justiça Federal (TRF), 
Estadual (TJ), Justiça do Trabalho (TRT) ou 
Justiça Eleitoral (TRE). 
É um cargo que possui ampla concorrência, haja vista a dispensa de 
diploma em nível superior e as excelentes remunerações e gratificações e 
também por possuir ampla área de atuação. Geralmente referidas áreas podem 
ser (MASSAD, 2016): 
 
● Área Administrativa (somente ensino médio completo) 
● Área Administrativa – Especialidade Contabilidade (ensino médio + 
Curso técnico de Contabilidade) 
● Área Administrativa – Especialidade Enfermagem (ensino médio + 
Curso técnico de Enfermagem) 
Figura SEQ Figura \* ARABIC 2 - 
Técnica Jurídica 
Fonte: shutterstock 
5 
 
● Área Administrativa – Tecnologia da Informação (ensino médio + 
Curso técnico de Informática) 
 
Na área de apoio especializado ou técnico (ensino médio + curso 
técnico) os serviços serão realizados somente por servidores devidamente 
aprovados no concurso público para o cargo de Técnico Judiciário que 
apresentem o devido registro, nos respectivos órgãos fiscalizadores do exercício 
da profissão ou o domínio de habilidades específicas. Exemplo: Especialidade 
Enfermagem (ensino médio + diploma em curso técnico de Enfermagem) 
Já quanto à área de apoio administrativo, os serviços dizem respeito a 
formalização de atos processuais, escrituração em livros, digitalização de 
documentos, certificação dos atos processuais, de ofícios e demais 
comunicações pertinentes ao processo, atendimento ao público, entre outras. 
Ainda, além de o técnico judiciário desempenhar inúmeras funções no 
Poder Judiciário brasileiro, também pode atuar junto ao Ministério Público e, 
muito embora seja um profissional sem formação em nível superior de graduação 
em Direito, deve possuir conhecimentos sobre a estrutura e funcionamento dos 
órgãos onde está lotado atuando como servidor. 
A Lei nº. 11.416/2006, que dispõe sobre a carreira dos servidores do 
Poder Judiciário da União, prescreve em seu art. 8º, inciso II, que é requisito de 
escolaridade para o ingresso no cargo de técnico judiciário, o curso de ensino 
fundamental. 
O art. 4º, inciso II da referida Lei, leciona que a atribuição da carreira de 
técnico judiciário está voltada para a execução de tarefas de suporte técnico e 
administrativo. 
No Estado do Paraná, as Leis nº. 16.023/2008, nº. 16.748/2010 e nº. 
20.329/2020 tratam das carreiras dos funcionários públicos do quadro pessoal 
do Poder Judiciário, e determinam como requisito para ingresso no cargo de 
técnico jurídico a conclusão de cursos de ensino médio ou curso técnico 
equivalente ou ainda curso superior correlacionado com a especialidade da área 
de apoio, em sendo o caso. Vejamos: 
 
Art. 5°. Divide a estrutura funcional da parte permanente do Quadro de 
Pessoal do Poder Judiciário do Estado do Paraná nas seguintes 
carreiras, organizadas segundo os requisitos de investidura, 
6 
 
atribuições, complexidade, grau de responsabilidade e peculiaridades 
dos cargos: (Redação dada pela Lei 20329 de 24/09/2020). [...] 
Art. 6°. Divide a estrutura funcional da parte suplementar do Quadro de 
Pessoal do Poder Judiciário do Estado do Paraná nas seguintes 
carreiras: (Redação dada pela Lei 20329 de 24/09/2020).[...] 
III - Auxiliares da Justiça (AUJ) composta por cargos de provimento 
efetivo com atribuições de suporte técnico e administrativo relativos a 
diligências externas e cumprimento de atos processuais, de 
fiscalização de crianças e adolescentes e da execução das leis que os 
assistem e de apregoamento, cujo requisito de ingresso é a formação 
em curso de ensino médio; (Incluído pela Lei 20329 de 24/09/2020). 
IV - Intermediária (INT) composta por cargos de provimento efetivo com 
atribuições técnicas nas áreas de apoio direto e indireto à prestação 
jurisdicional, cujo requisito de ingresso é a formação em curso de 
ensino médio, ou curso técnico equivalente, correlacionado com a 
especialidade, se for o caso. (Redação dada pela Lei 20329 de 
24/09/2020). 
 
 
E aqui novamente citando a página da Web do Tribunal de Justiça do 
Estado de Santa Catarina, referido site, ao dispor sobre a função de Técnico 
Judiciário traz algumas informações e denominações da categoria2: 
 
Ou seja, descreve sumariamente que ao técnico judiciário ficam 
incumbidas as atividades relacionadas com serviços de organização, execução 
e controle de serviços técnicos-administrativos, bem como atuar como 
conciliador ou mediador, por designação da autoridade judiciária a que estiver 
subordinado. 
 
2 TJSC. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Técnico Judiciário. Disponível em: 
https://www.tjsc.jus.br/web/servidor/tecnico-judiciario-auxiliar. 
Fonte: (TJSC, online) 
Figura SEQ Figura \* ARABIC 3 - Site TJSC 
7 
 
Já o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul ao dispor sobre 
a carreira de técnico judiciário, a divide em três áreas (Lei nº. 13.807 de 17 de 
outubro de 2011, atualizada até a Lei nº. 14.722, de 19 de agosto de 2015): 
● Da área judiciária; 
● Da área administrativa; 
● Da área de apoio especializado 
 
E como já explicado na Unidade anterior, os técnicos judiciários podem 
exercer suas funções nos cartórios judiciais, locais estes onde o servidor da 
Justiça exerce seu ofício (seu trabalho) e também o local onde são armazenados 
os processos, documentos relativos aos feitos judiciais e demais objetos que 
sejam necessários e/ou pertinentes a algum processo e que devem permanecer 
em cartórios judiciais, ou apreendidos. 
Nas secretarias a lotação dos servidores varia de acordo com a entrância 
(inicial, intermediária ou final), bem como pela demanda de trabalho. Uma 
secretaria é composta por pelo menos 01 analista/escrivão e técnicos judiciários. 
Devendo ser ressaltadonovamente, que a quantidade de técnicos por 
comarca, vara, secretaria, etc. varia de acordo com a demanda processual, 
distribuição de feitos e competências. 
 
Requisitos de ingresso ao cargo de técnico: 
 
1. Edital 001/2017 – Concurso Público para provimento de vagas do 
cargo de Técnico Judiciário do quadro de pessoal do 1º Grau de 
Jurisdição do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná: 
 
Cargo Requisito 
 
Técnico Judiciário 
Certificado de conclusão de Ensino 
Médio, fornecido por instituição de 
ensino reconhecida pelo Ministério da 
Educação e Cultura - MEC. 
Fonte: TJPR, online. 
 
8 
 
2. Edital 01/2020 – Concurso Público para o provimento de cargos 
vagos e à formação de cadastro de reserva do quadro de pessoal 
efetivo do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina: 
 
Cargo Requisito 
 
 
Técnico Judiciário Auxiliar 
Certificado, devidamente registrado, 
de conclusão de curso de nível médio 
(antigo 2º grau) expedido por 
Instituição de Ensino reconhecida por 
Conselho Estadual de Educação ou 
por Conselho Nacional de Educação. 
Fonte: Edital 01/2020, TJSC, online. 
 
3. Requisitos exigidos para cargos de técnico judiciário em concurso 
realizado pelo Tribunal Regional Federal: 
 
Especialidade Requisito 
 
Administrativa 
Comprovante de conclusão de ensino 
médio ou equivalente, devidamente 
reconhecido por órgão competente 
para tal. 
 
 
Segurança e Transporte 
Comprovante de conclusão de ensino 
médio ou equivalente, devidamente 
reconhecido por órgão competente 
para tal e carteira nacional de 
habilitação, no mínimo, categoria “D”. 
 
 
Contabilidade 
Conclusão de curso de ensino médio 
ou equivalente e curso de técnico de 
contabilidade, devidamente 
reconhecidos por órgão competente 
para tal, e registro no Conselho 
Regional de Contabilidade (CRC). 
9 
 
 
Tecnologia da Informação 
Comprovante de conclusão de ensino 
médio ou equivalente, devidamente 
reconhecido por órgão competente 
para tal. 
Fonte: (MASSAD, 2016, p. 56-57) 
 
 
 As atividades administrativas e técnicas realizadas pelos servidores são 
de grande valia para a prestação jurisdicional e têm sua relevância, dadas às 
necessidades de cada órgão e Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
TÓPICO II 
 Das funções/atribuições do técnico jurídico 
 
 
Neste tópico, depois de assimiladas as conceituações sobre o técnico 
judiciário, quem é, qual a forma de 
ingresso na carreira, etc., passaremos a 
trabalhar suas atribuições e funções 
junto ao seu local de trabalho. 
O papel do técnico é prestar apoio 
às áreas do Poder Judiciário e desta 
forma, desempenhar atividades gerais, 
de cunho administrativo ou 
especializado, a depender de sua 
especialidade ou formação. 
Como salientado, fazem parte de suas tarefas o atendimento ao público 
em geral, instruir as partes sobre o processo, fornecer informações, redigir 
documentos judiciais e administrativos, bem como podem realizar atividades 
relacionadas com as funções de administração de recursos humanos, materiais 
e patrimoniais, orçamentários e financeiros e controle interno da repartição, 
desde que aptos para tanto (2021). 
O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, em sua página na 
Web traz algumas informações sobre as atribuições do técnico jurídico portador 
de diploma em ensino médio ou curso técnico, devidamente reconhecimento 
pelo MEC3. Exemplos típicos de atribuições da categoria: 
 
Atribuições gerais 
a) Atender aos advogados e ao público, prestando as informações 
solicitadas; 
b) Elaborar atas de julgamento e de sorteios de jurados; 
 
3TJSC. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Técnico Judiciário. Disponível em: 
https://www.tjsc.jus.br/web/servidor/tecnico-judiciario-auxiliar. 
 
 
Figura SEQ Figura \* ARABIC 4 - Técnico Jurídico 
Fonte: shutterstock 
11 
 
c) Autuar inquéritos, cartas precatórias, ações, execuções fiscais e demais 
processos; 
d) Fazer juntada de documentos nos processos; 
e) Digitar audiências, quando indicado pelo Escrivão, e demais expedientes 
do cartório; 
f) Realizar o cadastramento dos processos em andamento, partes e 
testemunhas, vinculando-as ao processo; 
g) Registrar e acompanhar a movimentação de processos e respectiva 
localização no cartório; 
h) Providenciar o acondicionamento físico dos processos no cartório, de 
acordo com o respectivo registro lançado no sistema; 
i) Elaborar e controlar a carga e remessa de processos; 
j) Emitir carga de mandado e expedientes diversos; 
k) Receber e remeter petição intermediária; 
l) Providenciar o apensamento, desapensamento e reunião de processos; 
m) Executar mudança de classe de processos; 
n) Cadastrar e emitir pauta de audiência; 
o) Conferir registro de objetos e valores apreendidos; 
p) Manter atualizados os registros no sistema, pertinentes às suas 
atribuições; 
q) Executar outras tarefas correlatas a critério de seu superior imediato. 
Na função de depositário público 
a) Guardar, conservar e administrar os bens a si confinados; 
b) Requerer a cautela bens deterioráveis e sujeitos a depreciação; 
c) Sugerir a locação dos imóveis desocupados sob sua administração; 
d) Promover com a renda dos imóveis sob sua guarda, as reparações dos 
mesmos, mantendo-os segurados contra o fogo e pagar os tributos, com 
autorização do juiz da causa; 
e) Diligenciar despejo dos prédios confinados à sua guarda, e cobrança 
judicial dos aluguéis em mora; 
f) Efetuar a inscrição no registro competente, do ato determinante do 
depósito de imóveis, quando omissas as partes; 
12 
 
g) Prestar informação ao juiz e aos interessados, quando solicitado, 
permitindo o exame dos objetos depositados; 
h) Submeter os livros ao exame do juiz e do órgão do ministério público; 
i) Registrar em livro próprio os depósitos recebidos e entregues, bem como 
os deixados em mãos de particulares; 
j) Escriturar, em livro especial para cada vara, a receita e despesa dos 
depósitos, remetendo o balanço mensal da escrituração ao juiz 
competente no prazo legal; 
k) Executar outras tarefas correlatas a critério de seu superior imediato. 
Na função de partidor 
a) Fazer o esboço de partilha ou sobre partilha judiciais; 
b) Executar outras tarefas correlatas a critério de seu superior imediato. 
Na função de porteiro de auditórios 
a) Apregoar a abertura e o encerramento das sessões do júri; 
b) Apregoar as pessoas chamadas às audiências e sessões do júri; 
c) Apregoar os bens nas hastas públicas e vendas judiciais, animando os 
respectivos atos; 
d) Cumprir as determinações do juiz para a manutenção da ordem, disciplina 
e fiscalização do foro; 
e) Afixar e desafixar editais; 
f) Executar outras tarefas correlatas a critério de seu superior imediato. 
Outros exemplos típicos 
a) Elaborar, datilografar e/ou digitar, conferir instruções, ordens de serviços, 
pareceres, ofícios memorandos, boletins, relatórios, acórdãos, 
declarações, certidões, formulários, tabelas, atos, editais, quadros, mapas 
estatísticos, termos de audiência, pauta de julgamentos, carta de ordem, 
carta de sentença, traslado de agravo de instrumento, processamento dos 
recursos extraordinário, especial, ordinário e outros documentos em geral; 
b) Elaborar e processar as alterações necessárias em terminais de 
computador e sistema usuário; 
13 
 
c) Participar de Comissões em geral, secretariando ou servindo como 
membro; 
d) Efetuar o cadastramento de fornecedores; 
e) Atender ao público em geral, recebendo e prestando informações; 
f) Preparar processos para julgamento, bem como calcular custas 
processuais; 
g) Operar em terminais de computador, máquina composer, telex, fax, 
micros e microfilme; 
h) Processar a movimentação e ascensão funcional, judicial e extrajudicial, 
executando os atos necessários para a sua concretização; 
i) Emitir empenhos e efetuar os respectivos depósitos

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