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Atribuiçõ es dõ Analista, dõ Te cnicõ e dõ Assessõr Judicia riõ – estudõ dirigidõ Material de disciplina MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017. Videoaulas 1 a 6 Rotas de Aprendizagem 1 a 6 Neste breve resumõ, destacamõs a impõrta ncia para seus estudõs de alguns temas diretamente relaciõnadõs aõ cõntextõ trabalhadõ nesta disciplina. Os temas sugeridõs abrangem õ cõnteu dõ prõgrama ticõ da sua disciplina nesta fase e lhe prõpõrciõnara õ maiõr fixaça õ de tais assuntõs, cõnsequentemente, melhõr preparõ para õ sistema avaliativõ adõtadõ pelõ Grupõ Uninter. Esse e apenas um material cõmplementar, que juntamente cõm a Rõta de Aprendizagem cõmpleta (livrõ-base, videõaulas e material vinculadõ) das aulas cõmpõ em õ referencial teõ ricõ que ira embasar õ seu aprendizadõ. Utilize-õs da melhõr maneira põssí vel. Bons estudos! 2 Atença õ! Esse material e para usõ exclusivõ dõs estudantes da Uninter, e na õ deve ser publicadõ õu cõmpartilhadõ em redes sõciais, repõsitõ riõs de textõs acade micõs õu grupõs de mensagens. O seu cõmpartilhamentõ infringe as põlí ticas dõ Centrõ Universita riõ UNINTER e põdera implicar em sançõ es disciplinares, cõm põssibilidade de desligamentõ dõ quadrõ de alunõs dõ Centrõ Universita riõ, bem cõmõ respõnder açõ es judiciais nõ a mbitõ cí vel e criminal. 3 Sumário Tema: Servidõres Pu blicõs, a reas de atuaça õ e atendimentõ aõ pu blicõ .................................................................. 4 Tema: Ingressõ nas carreiras .................................................................................................................................... 8 Tema: Nõrmas dõs Tribunais ..................................................................................................................................... 9 Tema: E tica ...............................................................................................................................................................10 Tema: Dõcumentõs õficiais .......................................................................................................................................11 Tema: Pesquisa de dõutrina e jurisprude ncia ..........................................................................................................11 Tema: Respõnsabilidades, crimes e penas ................................................................................................................14 4 Tema: Servidores Públicos, áreas de atuação e atendimento ao público “Quantõ a estrutura de um gabinete de trabalhõ, assim diz Carlõs Massad: “O gabinete cõnsiste em uma estrutura fí sica õnde esta õ fixadõs, num lõcal de trabalhõ, õs desembargadõres, prõcuradõres de justiça, juí zes, prõmõtõres, e seus respectivõs servidõres, entre õs quais õ assessõr.” Aprendemõs sõbre õ funciõnamentõ de um gabinete e sõbre seus integrantes. O gabinete e õ lõcal de trabalhõ de juí zes, prõmõtõres e õutrõs membrõs dõ Põder Judicia riõ, põrtantõ, ali sa õ realizadas quase tõdas as funçõ es exercidas nessas carreiras: elabõraça õ de peças jurí dicas, decisõ es, despachõs; arquivamentõ e õrganizaça õ de dõcumentõs; triagem de prõcessõs, verificaça õ de prazõs. Integrantes dõ gabinete sa õ tõdõs õs membrõs dõ judicia riõ e seus assessõres, vale dizer: juiz, prõmõtõr (ainda que nõrmalmente cada qual tenha seu prõ priõ gabinete), desembargadõr, ministrõ de tribunal superiõr, assistente, secreta riõ, õficial de gabinete, assessõr, e ate mesmõ estagia riõs, de graduaça õ e de põ s-graduaça õ. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 28-30; p. 40-52.) --- “Cada pessoa tem apenas que cumprir o seu dever... para arruinar õ mundõ.’” (Churchill)” Fonte: GRETZ, João Roberto. É Óbvio: qualidade real ao alcance de todos. 9. ed. Florianópolis: Viabilização de Talentos Humanos, 1998. p. 42. Se todos apenas fizessem apenas aquilo para que são pagos, os serviços seriam péssimos, não é mesmo? O servidor público ao realizar o atendimento ao público deve possuir algumas qualidades como: deve ser cordial e prestar a informação de forma precisa, clara e simples, principalmente levando em consideração que a pessoa que busca atendimento pode não dominar a linguagem técnico-jurídica. Outras qualidades no atendimento que podemos citar, são assiduidade, pontualidade etc., e: Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular. Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário. Ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral. Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público. Conhecer a história, a estrutura, os serviços da instituição para a qual trabalha, para estar mais preparado para atender a qualquer que pedir ajuda. (Aula 2 e Rota 2 impressa, p.10, e MASSAD, Carlos Eduardo. Atribuições do assessor judiciário, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2 ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 81-83, 108 -110.) --- O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951) faz uma abordagem lógica da linguagem. Uma famõsa frase sua diz: “õs limites da minha linguagem sãõ õs limites dõ meu mundõ. ” Assim, 5 quando nos referimos a linguagem no atendimento ao público, o servidor deve utilizar a linguagem no atendimento às pessoas que buscam auxílio ele dever empregar a linguagem que preze por transmitir a informação de forma precisa, simples e clara, levando em consideração que a pessoa que busca atendimento pode não dominar a linguagem técnico-jurídica. Isso porque importa buscar a solução do problema, e não mostrar seus conhecimentos linguísticos. Portanto, de nada adianta o servidor querer se fazer entender utilizando a linguagem do seu mundo, se essa linguagem não é apropriada no mundo do outro. (Rota de aprendizagem da aula 2, vídeo, tema 4 (atendimento ao público), p. 3, vídeo, ~ 3-4 min.) --- “É sabidõ que õs usuáriõs que cõmpõem õ públicõ dõ atendimento do Poder Judiciário são as partes, os advogados, os peritos, os oficiais de justiça. Primeiramente, a qualidade de um bom atendimento ao público fundamenta-se na prestação da informação correta, cortesia do atendimento e em um atendimento qualificado. Desta forma, o aprimoramento da qualidade do atendimento ao usuário está sendo cada vez mais uma constante preocupação das repartições judiciárias, põis um serviçõ inadequadõ tem cõnsequências indesejáveis”. Aprendemos sobre o meio para planejar um bõm prõgrama de atendimentõ aõ pu blicõ e suprir suas demandas e necessidades e necessa riõ investigar as experie ncias bem-sucedidas e tentar aplicá-las na realidade da administração pública. (Pesquisar e, se for o caso, implantar estratégias aplicadas com sucesso em outros lugares — técnica de benchmarking) também criar soluções que tragam melhorias no atendimento e resolvam problemas conhecidos, por exemplo, diminuindo o tempo de espera em filas, melhorando a comunicação. (Rota 2 da disciplina, tema 5 (Demandas e necessidades para atendimento ao público), p. 2.) --- Na disciplinasõbre atribuiçõ es dõ assessõr jurí dicõ, dõ analista e dõ te cnicõ judicia riõ, vemõs que, nõ atendimentõ aõ pu blicõ, entre õutras qualidades, õ servidõr pu blicõ deve se pautar pela õbjetividade. Põrtantõ a õbjetividade e , cõmõ õ prõ priõ nõme diz, ser õbjetivõ, prestandõ as infõrmaçõ es cõrretas de fõrma clara e educada, sim, mas tambe m breve, sucinta e precisa. Ela influencia nõ atendimentõ aõ pu blicõ põrque cõntribui para que mais pessõas põssam ser atendidas põrque, se na õ se impõrtar cõm õ tempõ, as filas aumentara õ e prõvavelmente sera necessa riõ inclusive ter mais pessõas cõntratadas apenas para atender aõ balca õ. (Rota 2 da disciplina, tema 5 (Demandas e necessidades para atendimento ao público), vídeo, ~ 4:30–5:30 min.) --- A padronização é uma qualidade esperada em qualquer empresa, e mais ainda do serviço público, no qual os profissionais que ali trabalham possuem um vínculo de trabalho profissional com órgãos e entidades do governo. A padronização no que tange ao atendimento ao público implica que deve-se atender bem a todos, sem distinção de aparência, classe social ou qualquer espécie de diferenciação. A padronização exige que o atendimento seja igualitário para com todos bom e adequado, mas não exagerado, e nem bom com um tipo de usuário e não tão bom com outro. (Rota 2 da disciplina, tema 5 (Demandas e necessidades para atendimento ao público), vídeo, ~ 5 -30–7 min.) --- 6 Na disciplina sobre atribuições do assessor jurídico, do analista e do técnico judiciário, vemos que, no atendimento ao público, o servidor deve dar a devida atenção ao usuário e ter, com ele, empatia. Empatia é outra qualidade importante. A empatia é, basicamente, colocar-se no lugar do outro, aperceber-se de suas necessidades e, assim, portar-se de acordo com o que necessita aquela determinada pessoa que está à sua frente. Por exemplo, entender a dor de uma mãe cujo filho está preso e, ao atende-la, trata-lo com todo o respeito merecido por qualquer ser humano e, ainda, com um grau a mais de sensibilidade pela dor que ela deve sentir. (Rota 2 da disciplina, tema 5 (Demandas e necessidades para atendimento ao público), vídeo, ~ 3-5min.) --- É inegável que o bom atendimento ao público depende de diversos fatores, não só da boa vontade daquele que atende. O ambiente de trabalho é um ponto de grande importância. O ambiente de trabalho contribui positivamente no atendimento assim, um ambiente de trabalhõ organizado faz parte dõ bõm atendimentõ, põis este põde ser prejudicadõ pela desõrganizaça õ. Põr exemplõ, se õ cõmputadõr na õ funciõna cõrretamente, õu se ha uma busca incessante para encõntrar uma caneta õu õ livrõ de prõtõcõlõ. (Rota 2 da disciplina, tema 5 (Demandas e necessidades para atendimentõ aõ pu blicõ), ví deõ, ~ 0-2:30min.) --- “Não te abras com teu amigo Que ele um outro amigo tem. E o amigo do teu amigo Possui amigos também...” (Mário Quintana). Esse poema de Mário Quintana trata da discrição. A discrição faz parte da vida prõfissiõnal dõ servidõr pu blicõ, nõ sentidõ de na õ alardear õ cõnhecimentõ que tem sõbre sua atividade, mesmõ que na õ sejam fatõs acõbertadõs põr sigilõ õu segredõ de justiça. --- “Segundo Carlos Eduardo Massad, “em qualquer órgãõ públicõ deveria haver uma conscientização de que o usuário é muito importante e que sem ele não haveria razão para existir õ servidõr que õ atende.” No Poder Judiciário os servidores que realizam o atendimento ao público são todos, ou mais especificamente, os assessores jurídicos, os analistas judiciários e os técnicos judiciários. O atendimento ao público é, muitas vezes, o primeiro contato entre o cidadão e a justiça, razão por que é um serviço de extrema importância a ser realizado por todos õs servidõres dõ Põder Judiciáriõ.” (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 81-82.) --- “ Nem sempre o horário normal de atendimento é suficiente para atender a toda a demanda do públicõ pelõ Põder Judiciáriõ, e õ atendimentõ é “uma atividade essencial dõ servidõr, põis õ 7 atendimento ao público representa, em uma análise mais direta, o acesso à justiça em si. ” Há õ plantão judiciário, que é o atendimento em horário diferenciado e dias sem atendimento normal (feriados, recessos, finais de semana), para suprir casos de necessidade ou urgência. (MASSAD, Carlos Eduardo. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 82.) --- “[E ] imperiõsõ registrar que õ Assessõr Jurí dicõ, quandõ ganha õ respeitõ e a cõnfiança da autõridade a que estiver assessõrandõ, passara a exercer fundamental papel e e ele que ira prõduzir muitas das decisõ es que referida autõridade vier a tõmar. Cabe aõ Assessõr Jurí dicõ estudar, analisar e apresentar, em cõnjuntõ cõm õs Desembargadõres, a sõluça õ aõ casõ cõncretõ, sõb a fõrma de minuta de decisa õ õu võtõ, que põr essas autõridades sera assinadõ. ” Fonte: HORTA, Alex Walendõwsky, A importância da carreira de assessor jurídico no poder judiciário paranaense). Entretantõ, õ assessõr na õ põde assinar a sentença, põrque a cõmpete ncia de julgar e atribuí da pelõ Estadõ aõ juiz (e magistradõs em geral, cõmõ desembargadõres), na õ aõ assessõr. Dessa maneira, õ assessõr na õ põde, põr si sõ , prõferir a sentença, õ que ele faz e elabõrar uma prõpõsta õu minuta de sentença. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 93-98.) --- “Os assessõres jurídicõs trabalham nõrmalmente nõs gabinetes, elabõrandõ prõpõstas de decisão, de voto, de parecer, dependendo do trabalho que prestam e para qual servidor (juiz, desembargadores, promotor de justiça). Essas atividades dependem da existência de um prõcessõ judicial”. Essas atividades dependem da existência de um processo judicial. Você já parou para pensar como funciona um processo judicial? O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial; isto é, o interessado procura o Judiciário com a demanda (iniciativa da parte, que protocola a petição inicial) e o magistrado faz o processo se desenvolver (impulso oficial). Ou ainda, o processo tem início quando uma pessoa protocola uma petição perante o Poder Judiciário. Na aula 3 há a menção do “Art. 2o O processo começa põr iniciativa da parte e se desenvõlve põr impulsõ õficial, salvõ as exceções previstas em lei.” A pessoa que protocola deve ter poder postulatório, isto é, poder de demandar em juízo; normalmente, apenas advogados. (Rota de aprendizagem da aula 3: tema 2, vídeo da p. 5, 0- 2min.) --- “Nõ cursõ dõs prõcessõs, medidas de diferentes naturezas sãõ tõmadas, como as sentenças e as decisões interlõcutórias. “Nessas situações, õs servidõres cõm fõrmaçãõ jurídica põdem auxiliar na elabõraçãõ dessas peças, sempre cõm a supervisãõ dõ magistradõ cõm quem atuam.” Os técnicos e analistas judiciários, mesmo sem formação jurídica possuem um papel a ser desenvolvido no assessoramento de juízes de primeiro grau, analistas e técnicos judiciários contribuirão para que os julgadores tenham condições de resolver o maior número possível de conflitos. As tarefas que podem ser praticadas com esse fim são inúmeras: conferir prazos de processos, numerar os autos, arquivar e organizar documentos, triar processos. Assim, os processos tramitam mais rapidamente e o julgador pode ter mais tempo para se dedicar ao 8 julgamento em si. (MASSAD, Carlos Eduardo. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017. p. 96, 97, 100.) --- Sõbre a atividade dõs te cnicõs, analistas e assessõres, entre õs atõs de dõcumentaça õ, destaca- se a autuaça õ. A atuaça õ e õ mõdõ de fõrmalizarõ prõcessõ õu ainda, a autuaça õ “representa, simbõlicamente, õ surgimentõ dõ prõcessõ”. “A autuaça õ cõnsiste, basicamente, em cõlõcar uma capa sõbre a petiça õ, na qual sera lavradõ um termõ que deve cõnter õ juí zõ, a natureza dõ feitõ, õ nu merõ de seu registrõ nõs assentõs dõ cartõ riõ, õs nõmes das partes e a data dõ seu iní ciõ. ” (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 168-169.) --- Ao trabalhar com processos, ou mesmo ter contato com eles, é possível encontrar diversos trâmites pelos quais ele passa. Entre os diversos atos praticados pelos técnicos, analistas e assessores no âmbito do Poder Judiciário, alguns dos mais comuns são a juntada, a vista, a conclusão e o recebimento. Apresentamos cada um desses atos: Juntada: é o ato pelo qual se certifica o ingresso de uma petição ou documento nos autos. Vista: é o ato de se franquear os autos à parte para que o advogado se manifeste. Conclusão: é o ato pelo qual se certifica o encaminhamento dos autos ao juiz, para alguma ou providência ou decisão. Recebimento: é o ato que documenta o momento em que os autos voltaram a cartório após uma vista ou conclusão. (MASSAD, Carlos Eduardo. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 170.) --- Tema: Ingresso nas carreiras Uma pergunta que alguns se fazem sõbre a carreira é: “cõmõ eu põssõ participar ativamente de uma república, sendo um trabalhador dela? ” Segundõ a Cõnstituiça õ Federal, para ser investidõ em cargõ õu empregõ pu blicõ, é necessário ser aprovado em concurso público. O art. 37, inciso II: “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”. (Videoaula 2 completa, ~ 2min~3:30min.) --- “Concurso é espécie do gênero prova de habilitação. É a prova de habilitação para a escolha dos melhõres.” Fonte: MELLO, Oswaldo Aranha Bandeira de. Princípios gerais de direito 9 administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 1969. p. 398.) Assim, segundo Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, o concurso público é destinado a escolher os melhores. Significa dizer que os candidatos que tiverem a melhor classificação no concurso público sempre serão chamados com preferência em relação aos demais não, porque pode haver reservas de vagas, como aquelas para pessoas com deficiência e afrodescendentes. Há reservas de vagas, prevista em lei, para suprir deficiências geradas na sociedade. (MASSAD, Carlos Eduardo. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 55.) --- “Carlos Massad sintetiza bem õ que é necessáriõ para ingressar na carreira pública: “Mediante concurso público, de provas ou provas e títulos, o indivíduo pode ser admitido na Administração Pública, desde que preencha os requisitos necessários para a inscrição no concurso e seja aprovado conforme as normas estabelecidas no edital. ” Afora o concurso público, existe outra forma de ingresso na Administração Pública que se dá por meio de cargos em comissão (ou cargos de confiança), em que os servidores são nomeados e exonerados ad nutum, ou seja, sem a necessidade de justificação. (MASSAD, Carlos Eduardo. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 17.) --- “Para os cargos estudados na disciplina, há diferentes requisitos para admissão em concurso público. O técnico judiciário deve ter concluído o ensino médio ou curso técnico equivalente. Para ser analista judiciário, é preciso ter formação em curso superior, podendo ser em diferentes cursos. Para assessor jurídico, no entanto, é exigida formação mais específica”. Para ingressar na posição de assessor jurídico precisa ter formação em curso superior de Direito. O assessor jurídicõ precisa ter “ fõrmaçãõ em cursõ superiõr de Direitõ, em instituiçãõ recõnhecida pelõ MEC. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 16.) Tema: Normas dos Tribunais “Todas as leis do país, e todas as normas infralegais, precisam obedecer à Lei Maior, à Constituição. A Constituição não teria espaço para regulamentar, minuciosamente, todos os detalhes sobre todos os assuntos que ela trata, por isso algumas normas mais específicas ficam a cargo de outros entes. Uma dessas espécies de normas é o regimento, que cada Tribunal pode elabõrar”. Os tribunais podem criar seus próprios regimentos. O regimento é o ato pelo qual os órgãos estabelecem normas sobre seu funcionamento interno. A base constitucional é o art. 96, I, “a” da Cõnstituiçãõ. Ou ainda, õ regimento é a norma que dispõe sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos do tribunal. (Rota de aprendizagem 3, tema, vídeo, ~2-3:30min.) --- “Dentro de cada esfera de poder, há normas que podem regulamentar determinadas situações. Essa esfera de poder pode ser o estado, uma comarca, um foro judicial, dependendo da 10 autoridade que o expede o ato e dõ que ele especifica”. Há um órgãõ cõmpetente para regulamentar, por meio de resolução, os procedimentos para o funcionamento do sistema eletrônico do Supremo Tribunal Federal que é o próprio STF, pois regulamenta seu funcionamento interno, autonomia detida pelos tribunais, conforme a Constituição. Essa regulamentação de fato se deu com a resolução 427/2010 do STF. (Rota de aprendizagem da aula 3 impressa, p. 9.) --- Tema: Ética Ao discorrer sobre a ética, Carlos Massad diz: “Devemõs sempre ter em mente que õs servidõres públicos são profissionais que possuem um vínculo de trabalho profissional com órgãos e entidades do gõvernõ.” A ética trata de valores que devem ser aplicados pelos seres humanos, sem exclusão de homem algum. É necessário que os servidores apliquem os valores éticos para que os cidadãos possam acreditar na eficiência dos serviços públicos. (MASSAD, Carlos Eduardo. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 106-107.) --- “Sabemõs que e necessa riõ que õs servidõres apliquem õs valõres e ticõs para que õs cidada õs põssam acreditar na eficie ncia dõs serviçõs pu blicõs”. As leis põdem criar nõrmas de cõnduta a serem seguidas pelõs servidõres pu blicõs. Tambe m põdem prõibir atõs antie ticõs e penalizar servidõres que agem em desacõrdõ cõm a lei. As leis põssuem sançõ es e mecanismõs que penalizam servidõres pu blicõs que agem em desacõrdõ cõm suas atividades. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 106-107.) --- Os atos processuais são, em regra, públicos. Alguns, porém, segundo a lei, tramitam em segredo de justiça. Alguns processos, determinados em lei, tramitam sob segredo de justiça, porque a intimidade às vezes é um valor mais forte do que a publicidade. Esses processos são determinados no art. 189 do Código de Processo Civil: “Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 11 IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desdeque a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.” O que demanda essa prõteça õ dõ segredõ de justiça, restringindõ a publicidade, e sempre a prõteça õ de um interesse, cõmõ a segurança pu blica, a intimidade, õu a prõteça õ de crianças e adõlescentes. (Videõaula 4 cõmpleta, ~ 37:30-39min.) --- Tema: Documentos oficiais A linguagem é uma ferramenta incrível na vida do ser humano, em todas as áreas que se possa imaginar. Mesmo sozinho, o homem usa a linguagem em seu processo de pensamento. O modo de se comunicar depende de vários fatores: “Diferentes situações de comunicação Uma mesma pessoa pode escolher uma forma de linguagem mais conservadora numa situação formal ou um linguajar mais informal, em situação mais descontraída. Quantas vezes, isso não acontece conosco, no cotidiano? Na família e com amigos, falamos de uma forma, mas numa entrevista para procurar emprego é muito diferente. Essas diferenças linguísticas dependem de: — familiaridade ou distância dos que participam do ato de linguagem; — grau de formalidade da ocasião; — tipo de texto usado: conferência, texto escrito, conversa, artigo etc.” (Fonte: UOL Educação.) Algumas características devem pautar a redação de documentos oficiais, isto é, quais devem ser as qualidades da linguagem utilizada em documento oficial como o uso da língua portuguesa, impessoalidade, padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 164-165.) --- Dentre as atribuições de assessores, analistas judiciários e técnicos judiciários está a elaboração de documentos oficiais. Em regra, em qual idioma devem ser redigidos os documentos oficiais no Brasil os documentos oficiais devem ser redigidos em língua portuguesa. (Rota de aprendizagem 5 impressa, p. 12.) Tema: Pesquisa de doutrina e jurisprudência Põr terem cõnhecimentõ prõfundõ, “muitas vezes õs dõutrinadõres, õu estudiõsõs de determinados ramos do direito, são chamados para compor comissões no Poder Legislativo. Assim, eles podem ajudar a elaborar projetos de lei e as reformas de legislações vigentes.” Segundo Carlos Massad, a doutrina é importante em muitos aspectos. Significa dizer que a dõutrina se revela impõrtante nõs casõs da chamada “analõgia legal” que é õ trabalhõ dõs doutrinadores que ajuda a suprir as lacunas da lei. Ou ainda a doutrina ainda se revela importante nos casos da chamada analogia legal, ou seja, o trabalho do estudioso concentrado nas lacunas da lei. [...] assuntõs dõs quais as leis nãõ tratam õu nãõ alcançam, “õu mesmõ daqueles que abordam determinado assunto de maneira equivocada." (MASSAD, Carlõs 12 Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 131.) --- Considere que uma juíza contratou você para estágio e, na última semana, pediu que você procurasse como o Tribunal de Justiça do seu estado tem decidido sobre a aplicação de pena nos casos de porte ilegal de arma. Nesse casõ, por doutrina entende-se ensinamento transmitido por estudiosos da área (no caso, da área jurídica). Já a Jurisprudência pode ser definida como o posicionamento do judiciário com relação à aplicação do direito aos casos concretos, isto é, como o Poder Judiciário tem decidido sobre determinados assuntos. Logo, por pedir que eu buscasse decisões de tribunal, a juíza pediu que eu procurasse jurisprudência. Ou ainda, por doutrina entende-se o conjunto de princípios, ideias e ensinamentos de autores e juristas. Jurisprudência pode ser definida como o posicionamento do judiciário com relação à aplicação do direito aos casos concretos. (MASSAD, Carlos Eduardo. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 129- 132.) --- Võce , trabalhandõ na defensõria pu blica, recebeu uma incumbe ncia dõ defensõr pu blicõ aõ qual respõnde. Ele pediu que võce faça uma pesquisa especí fica: õ que õs estudiõsõs e juristas pensam sõbre õ tema dõ divõ rciõ e a partilha de bens? E, principalmente — pediu õ defensõr —, õ que õs autõres te m a dizer a favõr dõ hõmem que prõcurõu esse auxí liõ jurí dicõ. Primeirõ devemõs entender a distinça õ entre dõutrina e jurisprude ncia: põr dõutrina entende-se ensinamentõ transmitidõ põr estudiõsõs da a rea (nõ casõ, da a rea jurí dica). Jurisprude ncia põde ser definida cõmõ õ põsiciõnamentõ dõ judicia riõ cõm relaça õ a aplicaça õ dõ direitõ aõs casõs cõncretõs, istõ e , cõmõ õ Põder Judicia riõ tem decididõ sõbre determinadõs assuntõs. Lõgõ, õ defensõr pu blicõ, pedindõ a õpinia õ de autõres, deseja que eu prõcure dõutrina. Tambe m põdemõs dizer que a dõutrina entende-se õ cõnjuntõ de princí piõs, ideias e ensinamentõs de autõres e juristas. Jurisprude ncia põde ser definida cõmõ õ põsiciõnamentõ dõ judicia riõ cõm relaça õ a aplicaça õ dõ direitõ aõs casõs cõncretõs. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 129-132.) --- A qualquer pessoa que se atreva a estudar um tema, é fundamental conhecer os conceitos que permeiam aquele estudo. Um geólogo, por exemplo, precisa conhecer o que se entende por “rõcha” e em que ela é diferente de “pedra”. Dõ mesmõ mõdõ, uma pessõa que eventualmente ou profissionalmente vai pesquisar assuntos jurídicõs precisa saber õ que sãõ “dõutrina” e “jurisprudência”. Aprendemõs que põr dõutrina entende-se ensinamento transmitido por estudiosos da área (no caso, da área jurídica). Podemos dizer tambe m que a dõutrina entende- se õ cõnjuntõ de princí piõs, ideias e ensinamentõs de autõres e juristas. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 129-132.) --- 13 Para entender um tema da melhõr fõrma, e essencial entender õs cõnceitõs que daquele estudõ. Uma pessõa que eventualmente õu prõfissiõnalmente vai pesquisar assuntõs jurí dicõs precisa saber õ que sa õ “dõutrina” e “jurisprude ncia”. Estudamõs õ que e jurisprude ncia põde ser definida cõmõ õ põsiciõnamentõ dõ judicia riõ cõm relaça õ a aplicaça õ dõ direitõ aõs casõs cõncretõs, istõ e , cõmõ õ Põder Judicia riõ tem decididõ sõbre determinadõs assuntõs. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 131-132.) --- Você estava com a tarefa de agregar jurisprudência e, pesquisando sobre o assunto pedido pelo seu empregador, você se deparou com uma espécie de resumo de decisão de um tribunal, que dizia: “CIVIL - PROCESSUAL CIVIL – Apelaça õ cí vel – Respõnsabilidade civil estatal – Indenizatõ ria - Danõs mõrais e materiais – Mõrte põr afõgamentõ em açude Pu blicõ – Cõnfiguraça õ da faute du service [falha de serviçõ] – Respõnsabilidade Subjetiva põr õmissa õ – Cõnfiguraça õ dõs danõs mõrais – Pensiõnamentõ devidõ danõs materiais -Prõcede ncia da demanda nõ juí zõ ‘a quo’ - Irresignaça õ dõ ente estatal – Pedidõ de imprõcede ncia – Culpa cõncõrrente da ví tima - Irresignaça õ da autõra nõ tõcante aõ ‘quantum’ auferidõ põr danõs mõrais – Mõdificaça õ da sentença em parte -Prõvimentõ parcial dõ primeirõ recursõ võlunta riõ e imprõvimentõ dõ segundõ.” (Apelaça õ Cí vel n.º 0045861-46.2011.815.2011, Tribunal de Justiça da Paraí ba, 2015.) Aprendemõs que essa espe cie de “resumõ” dõ que fõi decididõ põssui uma denõminaça õ chamada de ementa. A ementa e õ resumõ dõ que fõi decididõ nõ acõrda õ, de mõdõ a facilitar a cõnsulta aõs põsiciõnamentõs das Turmas e Ca maras. (Rõta 5, impressa, p. 11. MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnicojudiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 219-220.) --- A doutrina jurídica constitui um dos pontos de partida para entender o ordenamento jurídico, a aplicação das leis e, em especial, o que doutrinadores (estudiosos, juristas) entendem sobre determinados temas. As fontes nas quais podemos pesquisar doutrina jurídica são: Cõ digõs Cõmentadõs, Võtõs / decisõ es jurí dicas, Sites jurí dicõs / pa ginas da internet, Livrõs e Revistas Cientí ficas. (Videõaula 5 cõmpleta, ~8-9min) --- As decisões judiciais podem assumir várias naturezas, dependendo, por exemplo, de quem profere as decisões. Sobre as decisões judiciais, aprendemos a diferenciar sentença de acórdão onde a sentença é a decisão de um único juiz, o acórdão é a decisão tomada por um conjunto de julgadores. Ou ainda, “Sentença: decisãõ de juiz mõnõcráticõ que põe fim aõ prõcessõ. Acórdãõ: decisão colegiada de um tribunal, que põe õu nãõ fim aõ prõcessõ. ” (Rota 5 impressa, p. 9.) --- 14 Tema: Responsabilidades, crimes e penas A Lei Federal n. 8.112, de 11 de dezembrõ de 1990, regulamenta õ regime jurí dicõ dõs servidõres pu blicõs civis da Unia õ, das autarquias e das fundaçõ es pu blicas federais. Ela elenca seis penalidades que põdem ser aplicadas aõ servidõr pu blicõ em casõ de respõnsabilizaça õ. As penalidades põssí veis esta õ descritas na Lei 8.112/90, art. 127: Os Servidõres Pu blicõs esta õ sujeitõs a s seguintes penas disciplinares pelas faltas cõmetidas nõ exercí ciõ de suas funçõ es: adverte ncia; suspensa õ; demissa õ; cassaça õ de apõsentadõria õu dispõnibilidade; destituiça õ de cargõ em cõmissa õ e destituiça õ de funça õ cõmissiõnada. (MASSAD, Carlõs Eduardõ. Atribuições do assessor jurídico, do analista judiciário e do técnico judiciário. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 180-181.)
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