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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
GABRIEL DA SILVA SOUZA
Turma 01
RELATÓRIO DA PRÁTICA DE LABORATÓRIO 05
DOSAGEM RACIONAL DE CONCRETO
Brasília, Janeiro, 2023
GABRIEL DA SILVA SOUSA
RELATÓRIO DE PRÁTICA DE LABORATÓRIO 05
Relatório técnico apresentado para critério de
avaliação da disciplina materiais de construção
civil do curso de engenharia civil da universidade
de Brasília.
Profª Drª Valdirene Maria Silva Capuzzo
Brasília, Janeiro, 2023
RESUMO
O ensaio de dosagem de concreto tem por objetivo a obtenção de uma boa proporção de
cimento,areia,brita e água de forma a garantir propriedades necessárias para a obra,tendo em
vista o custo da mesma. Os métodos utilizados para o ensaio foram os estabelecidos em norma,
que são basicamente a NBR 5738/2015 - concreto - procedimento para moldagem e cura de
corpos de prova; NBR 5739/2018 - concreto - ensaio de compressão de corpos cilíndricos; NM
67/1998 - concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone; NBR
9833/2008 - concreto fresco - determinação da massa específica,do rendimento e do teor de ar
pelo método gravimétrico; NBR 7222/1994 - argamassa e concreto - determinação da resistência
a tração por compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos. O ensaio obteve como
resultados o traço necessário para um slump de 120 10 mm, a resistência do concreto no ensaio±
de compressão(fcj) e sua massa específica. Posteriormente foi calculado o consumo de cimento.
Concluiu-se deste ensaio a importância de uma boa dosagem do concreto que garante a
segurança e a qualidade de uma obra.
Palavras-chave: concreto. traço. teor de argamassa. slump. resistência. lei de Abrams.lei
de Molinari. Lei de Lyse. trabalhabilidade.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 DESENVOLVIMENTO 8
2.1 OBJETIVO 8
2.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 9
2.3.1 Procedimentos necessários antes do experimento 9
2.3.2 ensaio do abatimento do tronco de cone(slump test) 9
2.3.3 ensaio para obtenção da massa específica do concreto 11
2.3.4 ensaio de resistência a compressão e tração do concreto 12
2.4 RESULTADOS 13
2.4.1 determinação do traço fixando o slump 13
2.4.2 cálculo da massa específica do concreto 14
2.4.3 ensaio de resistência a compressão e tração por compressão diametral 14
2.4.4 deteminação dos gráficos da lei de Abrams, Lyse e Molinari: 15
3 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 18
REFERÊNCIAS 20
 
1 INTRODUÇÃO
O concreto, bastante utilizado no ramo da construção civil, é constituído basicamente
pela mistura de um aglomerante(cimento portland), agregados miúdos, agregados graúdos e água
em adequadas proporções. Para garantir um bom desempenho, esse material deve possuir
características primordiais como resistência mecânica no estado endurecido e plasticidade no
estado fresco permitindo uma boa mistura, lançamento e acabamento.(CAPUZZO,
VALDIRENE, 2022)
No estado fresco o concreto possui propriedades desejadas como consistência, textura,
trabalhabilidade, integridade de massa(baixa segregação), retenção de água (baixa exsudação) e
massa específica. A consistência está relacionada com a maior ou menor fluidez do concreto,ou
seja, a maior ou menor capacidade que o concreto tem de se deformar e o principal fator que
determinar a consistência do concreto é o teor de água. A textura do concreto depende
principalmente dos agregados em questão e basicamente está relacionada ao grau de quanto a
superfície é lisa ou áspera. Essa textura depende de vários fatores como forma dos grãos,
granulação, composição mineralógica dos agregados, entre outros. A segregação que é definida
como a separação dos componentes de uma mistura heterogênea de modo que não haja mais
distribuição uniforme gerando falta de coesão. A exsudação é a tendência da água presente na
mistura de vir a superfície por ter menor massa específica que os outros componentes da mistura,
gerando um concreto poroso e consequentemente menos
resistente.(CAPUZZO,VALDIRENE,2022)
Assim surge o termo trabalhabilidade que é o conjunto de práticas que realiza-se no
concreto visando a maior facilidade na prática e maior homogeneidade do material. Esse
conjunto de práticas divide-se basicamente em mistura, lançamento, adensamento e acabamento.
Para isso é necessário haver boa consistência, textura, baixa segregação e exsudação que garanta
uma boa qualidade na execução da obra. Existem,em geral, 4 ensaios de medida da
trabalhabilidade do concreto e cada tipo de ensaio é usado em uma situação específica a
depender da trabalhabilidade que se deseja. Esses ensaios são: ensaio do consistômetro de Vebe,
do fator de compactação, de espalhamento e o ensaio do abatimento do tronco de cone sendo
este último o ensaio realizado em laboratório. ( CAPUZZO,VALDIRENE,2022)
No estado endurecido do concreto as principais propriedades que se leva em conta é a
resistência à compressão e a deformabilidade. A relação água/cimento é o principal fator que
influencia na resistência a compressão do material. Quanto maior a relação água/cimento, menor
a resistência e maior a trabalhabilidade. Muitas vezes é necessário diminuir a trabalhabilidade
do concreto em detrimento da resistência já que em elementos estruturais principalmente de
fundação necessitam de uma maior resistência. O processo inverso também é válido, ou seja, em
outras situações diminui a resistência em detrimento da trabalhabilidade. Há também o custo
envolvido que depende do cimento e do tipo de agregados envolvidos na mistura que vai
influenciar, por exemplo, no consumo de pasta de cimento.(CAPUZZO, VALDIRENE,2022)
Diante da quantidade de variáveis é necessário estabelecer uma quantidade de cada
material(dosagem) de forma que se aproxime mais as características de que ele precisa ter para a
qualidade da obra. A dosagem é feita tendo como valor um traço piloto 1:m onde m é a
quantidade de agregados presente no concreto e a representação 1:m indica 1 unidade de cimento
para m unidades de agregados. A dosagem tem como base as 3 leis clássicas da tecnologia de
concreto que são lei de Abrams, que relaciona resistência com a relação água/cimento, lei de
lyse, que relaciona consistência e quantidade de água e a lei de molinari que relaciona consumo
de cimento e massa de agregados. Essas leis são representadas graficamente e são muito
importantes para relacionar as importantes variáveis que vão influenciar na qualidade e custo do
concreto para uma dada aplicação. Observe a imagem abaixo:
imagem 01 - as 3 leis clássicas da tecnologia de concreto graficamente
fonte-ResearchGate,2011. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Diagrama-de-dosagem-dos-concretos-de-cimento-Port
land-O-Modelo-de_fig2_304628287>.acesso em:06 fev.2023.
Nesse caso, fcj é a resistência à compressão obtida em laboratório, a/c é a relação água
cimento, m é a massa de agregados finos e graúdos e C é o consumo de cimento, obtido pela
equação abaixo:
C = (1.1)ρ
1+𝑚+ 𝑎𝑐
onde: p é a massa específica do concreto.
Tendo em vista a importância do concreto para a engenharia civil, é necessário o uso de
normas que regulamentam e asseguram a qualidade de execução de certa obra. Dentre essas
normas,as principais são: NBR 5738/2015 - concreto - procedimento para moldagem e cura de
corpos de prova; NBR 5739/2018 - concreto - ensaio de compressão de corpos cilíndricos; NBR
12655/2015 - concreto de cimento portland - preparo,controle,recebimento e aceitação -
procedimento; NM 67/1998 - concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco
de cone; NBR 9833/2008 - concreto fresco - determinação da massa específica,do rendimento e
https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Diagrama-de-dosagem-dos-concretos-de-cimento-Portland-O-Modelo-de_fig2_304628287
https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Diagrama-de-dosagem-dos-concretos-de-cimento-Portland-O-Modelo-de_fig2_304628287
do teor de ar pelo método gravimétrico; NBR 7222/1994 - argamassa e concreto- determinação
da resistência a tração por compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 OBJETIVO
O objetivo deste experimento foi a obtenção de dados relacionados ao concreto no que se
diz respeito a sua resistência à compressão e tração ,o teor de argamassa para uma boa
consistência do material obtida visualmente, o valor da relação água/cimento, a massa
específica do concreto e por fim o consumo de cimento por para 3 traços piloto levando em𝑚3
conta que o slump ,ou seja, o abatimento do tronco de cone, foi fixado no experimento.
2.2 APARELHAGEM E INSTRUMENTAÇÃO
•Água
•Balança com capacidade de 10000g e precisão de 0,1g;
•Balança com capacidade de 5000g e precisão de 0,01g;
•Balança com capacidade de 60kg e precisão de 0,1g;
•Betoneira de eixo vertical com tambor;
•Haste de adensamento feita de aço liso com 16mm de diâmetro, tolerância igual a 0,2 mm e 600
mm de comprimento;
•Molde tronco de cone normatizado (diâmetro da base inferior igual a 200±2 mm, diâmetro da
base superior igual a 100±2 mm e altura igual a 300±2 mm);
•Moldes Cilíndricos com diâmetro 10 cm e altura de 20 cm;
•Placa de Base para o molde de tronco de cone;
•Prensa com medidor digital de valor de pico (Capacidade de 10 tf e precisão de 10kg);
•Prensa por tração com capacidade 200000 kg com medidor digital de valor de pico;
•Régua metálica para rasamento dos corpos de prova;
•Régua plástica de 30 cm (precisão igual a 1 mm);
•Retífica;
•Vibrador
2.3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
2.3.1 Procedimentos necessários antes do experimento
Uma forma de se obter uma boa dosagem segue o método de Helene e Terzian que é um
conjunto de passos que é necessário para se ter uma boa dosagem. Antes da realização dos
ensaios de resistência à compressão e do abatimento do tronco de cone foi necessário definir o
Dmáx do agregado graúdo a depender da obra e no caso de uso de mais de um tamanho de
agregado graúdo deve-se fazer a composição granulométrica dos agregados graúdos . A
proporção ótima é obtida experimentalmente no laboratório com a determinação da massa
unitária no estado compactado seco. Além disso foi necessário a escolha do valor do abatimento
e da resistência em que se quer obter dependendo também da obra em questão.
2.3.2 ensaio do abatimento do tronco de cone(slump test)
Para o ensaio em questão foi um utilizado como base um traço intermediário de 1:5, ou
seja, 1 unidade de cimento para 5 unidades de agregados, um slump de 120 10 mm e um±
agregado graúdo com dimensão máxima característica de 19 mm. Antes da realização da mistura
do concreto foi fixado um ( teor de argamassa) em 48%. O teor de argamassa basicamenteα 
serve para medir a porcentagem de agregado miúdo em relação à quantidade total de agregados,
como mostrado na fórmula abaixo:
= (2.1)α 1+𝑎1+𝑚
m = a + p (2.2)
onde a: quantidade de areia
m: quantidade de agregados
p: quantidade de brita
Tendo um teor de argamassa inicial, foi possível achar um valor para o traço unitário.
Assim, o traço inicial foi do tipo 1:a:p. Fixado o valor da brita em 26 kg, foi possível determinar
a quantidade de cimento e areia necessária para satisfazer o traço inicial. Usando o traço inicial, o
cimento,areia e a brita foram colocados na betoneira vertical. Assim, misturados os materiais foi
verificada visualmente a consistência da mistura, observando se a massa estava coesa e boa para
realização de acabamentos. Devido a falta de coesão da mistura, foi necessário colocar mais areia
e água, fixando assim um =51% e posteriormente um =54% que foi o valor no qual a misturaα α 
na betoneira estava consistente e coesa.
Atingida uma trabalhabilidade visualmente interessante no procedimento de dosagem do
concreto, retirou-se parte de uma amostra da betoneira, que é colocada na forma que tem formato
de um tronco de cone oca em uma placa metálica nivelada. Tanto a forma quanto a placa foram
previamente umedecidas. As peças foram fixadas e o realizador do ensaio colocou os pés na aba
do tronco, mantendo firmeza e estabilidade no conjunto.
Em seguida, foi preenchido o cone inicialmente numa primeira camada de 1/3 da altura
da forma, aplicando-se 25 golpes com o soquete. Depois, adicionou-se mais concreto até que
chegasse a 2/3 da altura do cone e novamente aplicou-se 25 golpes de forma a não atingir a
camada inferior. Por fim, foi repetido o procedimento uma terceira vez, totalizando três
camadas, sendo a terceira mais alta que a borda do cone (utilizando-se o complemento cônico
superior). Esse complemento cônico superior foi removido e rasou-se o excesso da superfície.
Foi retirado então, o molde com velocidade constante durante 8 segundos, invertendo-se e
posicionando o molde ao lado do concreto. A haste de adensamento foi colocada na horizontal
sobre o molde, possibilitando a medição da distância entre a base da haste e a parte superior do
concreto. Esse procedimento não deve durar mais que 150 segundos, conforme a NBR NM
67/1998.
Obtido o slump desejado, o próximo passo foi a medida da relação água/cimento.
Utilizando um balde com água suficiente para a mistura do concreto, esse balde é colocado em
balança e o equipamento é zerado tendo como 0 kg o conjunto balde-água. À medida de água
necessária para a mistura é o valor de água retirado desse balde, dado como um valor negativo na
balança, visto que foi retirado.
2.3.3 ensaio para obtenção da massa específica do concreto
1° etapa (preenchimento): foi colocado parte do concreto produzido na betoneira em um
recipiente de volume cilíndrico conhecido ( V= 14,25 L). O concreto foi colocado no recipiente
em camadas, de acordo com o método de adensamento utilizado: em três camadas (manual) ou
em duas camadas (vibrado). No ensaio, o concreto foi colocado apenas em 1 camada para o caso
do uso do vibrador.
2° etapa (adensamento manual): foi utilizada uma haste e realizado o adensamento em
cada uma das três camadas de igual altura. Foi aplicado uma sequência de 25 golpes por camada
O adensamento conforme a NBR 9833/2008 deve ser realizado na direção vertical, com o
extremo semi-esférico da haste, distribuindo os golpes uniformemente sobre toda a superfície,
tomando o cuidado necessário na primeira camada para não golpear o fundo do recipiente e, nas
seguintes, para atravessar no máximo 25 mm da espessura da camada anterior. É necessário
Golpear suavemente com o martelo várias vezes as paredes externas do recipiente, na altura
correspondente a cada camada adensada, até que não se observem, na superfície do concreto,
marcas deixadas pela haste de adensamento.
3° etapa (adensamento vibrado): Utilizou-se o vibrador para essa tarefa. Conforme a NBR
9833/2008 é necessário adensar cada camada inserindo o vibrador em três pontos uniformemente
distribuídos sobre a superfície do concreto, penetrando cerca de 20 mm na camada anterior e
tomando o devido cuidado ao vibrar, para não tocar o fundo ou as paredes do recipiente. O
adensamento só foi obtido quando obteve-se uma superfície lisa e de aparência vítrea.
4° etapa (cálculo da massa específica): Com a mistura adensada, pesou-se em balança e
com o valor de massa e volume calculou-se a massa específica.
2.3.4 ensaio de resistência a compressão e tração do concreto
A moldagem dos corpos de prova foi feita com o traço definido na etapa anterior, sendo
feitos 6 corpos de prova. Assim os corpos de prova foram colocados em recipientes cilíndricos e
adensados. Após isso esses corpos foram tampados por placas de vidro durante 24 horas, e
posteriormente desmoldados e levados à câmera úmida, onde permaneceram em cura por 7 dias.
Passados 7 dias retirou-se os corpos de prova e utilizou-se a retificadora para regularizar os
corpos, que foram encaminhados para os ensaios de resistência à compressão e de resistência à
tração por compressão diametral.
Preliminarmente, seleciona-se 4 dos 6 corpos de prova e limpa-se cada um, assim como
as bases da prensa. Em seguida, posiciona-se o corpo naprensa corretamente, e com ela
aplica-se carga até a ruptura de cada um dos corpos de prova. Então o tipo de ruptura deve ser
analisado.
As tensões de ruptura (fcj) dos corpos de prova deve ser calculada, em MPa, utilizando-se
a seguinte equação: fcj = F/A. Onde F é a carga máxima, em N e A é área da base superior do
corpo de prova, em mm².
Para o ensaio de tração do concreto, foi utilizado 1 dos 6 corpos de prova moldados.
Colocou-se o corpo-de-prova na prensa, de modo que ficasse em repouso ao longo de uma
geratriz. Foi colocado entre os pratos e o corpo-de-prova em ensaio, duas tiras de chapa dura de
fibra de madeira conforme especificado na NBR 10024, de comprimento igual ao da geratriz do
corpo-de-prova de forma a garantir a aplicação da força ao longo de todo o comprimento do
material. Assim foi medida a carga de ruptura e a tensão (ft,D) foi calculada mediante a seguinte
fórmula:
ft,D = (2.3)2·𝐹Π·𝑑·𝐿
Onde F: carga de ruptura
d: diâmetro do corpo de prova
L: altura do corpo de prova
2.4 RESULTADOS
2.4.1 determinação do traço fixando o slump
Com o slump fixo no valor de 120 ± 10 mm e traço piloto 1:5, atribuiu-se valores para
alfa (teor ideal de argamassa), iniciando-se com o alfa 48 %. A quantidade de brita foi
determinada em 26 kg de acordo com o tamanho comportado pela betoneira visando a eficiência
e economia de material, para isso calcula-se as quantidades de cimento e areia, além do traço
unitário.
Para o cálculo do traço unitário utilizou-se as equações 2.1 e 2.2 para achar o valor de a e
p. Após o cálculo do traço unitário, fixado a quantidade de brita, determinava-se por meio das
equações a seguir a quantidade de cimento e areia:
brita = c . p (4.1)
onde c é a quantidade de cimento em kg e p o valor de brita no traço unitário;
areia= c . a (4.2)
onde a é o valor de areia no traço unitário.
Com isso foi utilizado além do alfa 48%, um alfa de 51% e 54%. Observou-se que o teor
ideal de argamassa, por observação visual, foi de 54 %. O Slump correspondente à esse alfa foi
de 120 mm, que estava dentro do esperado, e foi alcançado com 5,67 kg de água.
A tabela a seguir mostra os valores encontrado para os 3 teores de argamassa fixados no
ensaio (48 %,51 % , 54 %):
tabela 01 - traço do concreto para 3 valores de alfa
alfa(%) c a p
cimento
(kg)
areia
(kg)
brita
(kg)
var.
cimento
(kg)
var.
areia
(kg)
48 1 1,88 3,12 8,333 15,666 26,000 0,000 0,000
51 1 2,06 2,94 8,844 18,218 26,000 0,511 2,552
54 1 2,24 2,76 9,420 21,101 26,000 0,577 2,884
É importante notar que conforme aumenta-se o teor de argamassa, a proporção de areia
em relação a brita aumenta e o concreto vai ganhando em coesão portanto isso mostra que o
principal elemento coesivo da mistura é a areia. Porém deve-se ter controle na sua quantidade,
pois é um dos produtos de maior gasto na construção além do cimento.
2.4.2 cálculo da massa específica do concreto
Para o cálculo da massa específica do concreto utilizou-se um recipiente de volume
conhecido de 14,25 L como mencionado no procedimentos experimentais. Assim, pesou-se na
balança a massa de concreto e obteve-se o valor de 33,34 kg e assim calculou-se a sua massa
específica:
ρ = 𝑚𝑣 =
33,34
14,25 = 2339 𝑘𝑔/𝑚
3
2.4.3 ensaio de resistência a compressão e tração por compressão diametral
A tabela a seguir mostra a resistência a compressão de 4 corpos de provas e a resistência a
tração por compressão diametral do 5° corpo:
tabela 02 - resistência a compressão e tração por compressão diametral
cp idade
(dias)
peso
(kg)
diâmetro
(mm)
altura
(mm)
carga
(N)
tensão
(mpa)
tipo de
ruptura
adensa
mento
1 7 3,66 100,20 198,01 107600 13,6 D vibrador
2 7 3
,70
1
00,74
1
98,80
1
06100
1
3,3
D v
ibrador
3 7 3
,73
1
01,79
1
98,15
1
07600
1
3,2
D m
anual
4 7 3
,68
1
00,31
1
98,72
1
05800
1
3,4
E v
ibrador
5 7 3
,77
1
00,18
2
02,29
5
7000
1
,8
- v
ibrador
Essa tabela mostra propriedades características importantes acerca do concreto que é a
boa resistência à compressão e a baixa resistência a tração, cerca de 10 % da resistência à
compressão. Observe que para calcular tensão de tração basta utilizar a equação 2.3 vista antes.
2.4.4 deteminação dos gráficos da lei de Abrams, Lyse e Molinari:
1° traço intermediário (1:5) :
Calcula-se primeiro a resistência média dos corpos sujeitos a compressão:
med= = 13,4 MPaσ 13,6+13,3+13,2+13,44 
Após isso determina-se a água do traço com correção já que a areia e a brita possui uma
absorção de 1 % e 0,5 %, respectivamente e essa água não fica disponível para hidratação do
cimento:
água corrigida = = 5,328 kgá𝑔𝑢𝑎 − 𝑎 . 1100 − 𝐵. 
0,5
100 
Onde a é a quantidade de areia do traço (A=21,101 kg) e B é a quantidade de brita(B= 26
kg).
Logo: =𝑎𝑐
5,328
9,42 = 0, 57
Obtido a relação água/cimento, calculou-se a relação água/ materiais secos (H) e
posteriormente o consumo de cimento:
H = = 0,095
𝐴
𝐶
1+𝑀
C = = 356,01 kg/ρ
1+𝑚+ 𝑎𝑐
𝑚3
2° traço rico (1:3,5) :
Adotou-se uma resistência média = 18 MPa e como houve alteração no traço piloto, foi
necessário calcular a novo traço unitário, fixando o valor de e H, já que para esses valoresα
obteve-se uma boa consistência e coesão do concreto:
a = 1,43;0, 54 = 1+𝑎1+3,5 →
m = a + p p = 2,07;→
= 0,43;0, 095 =
𝑎
𝑐
1+3,5 →
𝑎
𝑐
traço unitário = 1:1,43:2,07:0,43.
Fixado a quantidade de brita em 26 kg, foi possível por meio da equação 4.1 e 4.2
determinar o valor de cimento e areia. Assim, obteve-se um traço de 12,56:17,96:26:5,4.
Ao obter um valor de quantidade de 5,4 kg é necessário corrigi-la já que esse é o valor
necessário para a hidratação do cimento e não o valor para se alcançar um slump de 120 10 mm.±
Para a correção basta somar em vez de subtrair a absorção da brita e da areia.
água do traço corrigida = = 5,7 kgá𝑔𝑢𝑎 + 𝑎 . 1100 + 𝐵. 
0,5
100 
Utilizando o mesmo valor de massa específica do traço intermediário, calculou-se o
consumo de cimento:
C = = 474,4 kg/23391+3,5+0,43 𝑚
3
3° traço pobre (1:6,5) :
Os procedimentos realizados para esse traço seguiu o mesmo padrão do traço rico, ou
seja, fixou-se o e H, calculou o a e p, a relação água/cimento, os traços, a quantidade de águaα
corrigida e o consumo de cimento. Os dados abaixo mostram esses valores:
a = 3,05;
p = 3,45;
a/c = 0,71;
traço unitário = 1:3,05:3,45:0,71;
traço = 7,54:23:26:5,35;
água do traço corrigida = 5,71 kg;
C = 284,9 MPa.
obs:Para o ensaio do traço pobre, foi adotado um valor de resistência média igual a 8,5
MPa.
A tabela a seguir ilustra de forma esquemática os valores de relação , resistência média𝑎𝑐
e consumo de cimento encontrados para os 3 traços utilizados, fixados e H.α
tabela 03 - valores de a/c, resistência média e consumo de cimento para o traço 1:3,5;1:5 e
1:6:5
TRAÇO 1:3,5 TRAÇO 1:5 TRAÇO 1:6,5
RELAÇÃO A/C 0,43 0,57 0,71
RESISTÊNCIA
MÉDIA(MPa)
18,0 13,4 8,5
CONSUMO DE
CIMENTO(KG/ )𝑀3
474,4 356,0 284,9
Com os valores obtido nos 3 traços, é possível determinar os gráficos das 3 leis clássicas
da tecnologia de concreto mostrados na imagem abaixo:
imagem 02 - gráficos da lei de Abrams,lei de Lyse e lei de Molinari com os dados obtidos e
calculados em laboratório
Os gráficos mostra que ao aumentar a relação a/c terá uma queda na resistência média do
concreto, ao passo que se houver uma diminuição dessa relação, haverá um aumento na
resistência, comprovando assim a lei de Abrams. Ao aumentar a relação a/c no gráfico, eu terei
também um maior slump visto que o concreto estará mais fluido, comprovando também a lei de
Lyse. O gráfico mostra também que ao aumentar a relação massa seca de agregados/cimento
haverá uma queda no consumo de cimento, mostrando uma proporção inversa entre eles e
comprovando a lei de Molinari.
3 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Os ensaios feitos acerca da dosagem do concreto foram positivos visto que o concreto
atingiu ao slump predefinido e os resultados obtidos estiveram em conformidadecom as 3 leis
clássicas do concreto. Com relação à resistência é necessário saber o fck definido pelo projetista
estrutural para determinar se o fcj (resistência em laboratório) está em conformidade ao previsto
em norma.Uma recomendação para esse seria a boa moldagem dos corpos de prova, pois isso
influencia no ensaio de resistência a compressão e tração e uma má modelagem gera problemas
no resultado, pois gera uma falsa ruptura. Esses ensaios são de fundamental importância para a
engenharia civil, visto que numa obra é necessário a padronização da proporção dos produtos que
formam o concreto de forma a garantir valores de resistência e trabalhabildade do concreto
necessários para determinada aplicação numa obra. É necessário o engenheiro predeterminar as
propriedades necessárias que ele quer ter do concreto, calcular a proporção de materiais
necessário para isso e posteriormente a quantidade de material necessário para produção de uma
obra levando em conta fatores limitantes como o custo. Os resultados encontrados em laboratório
mostram propriedades importantes do concreto como o slump, teor de argamassa, relação a/c,
consumo de cimento,resistência à tração e compressão e outras propriedades que são necessárias
para a formação acadêmica e exercício profissional do engenheiro, pois são atividades do
cotidiano de um engenheiro civil.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 5738/2015. - concreto -
procedimentos para moldagem e cura dos corpos de prova – . Rio de Janeiro, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 5739/2018.-
concreto - ensaio de compressão de corpos cilíndricos – . Rio de Janeiro, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 12655/2015.–
concreto de cimento portland– preparo,controle,recebimento e aceitação - procedimento
. Rio de Janeiro, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NM 67/1998.–concreto–
determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone . Rio de Janeiro, 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR
9833/2008.–concreto fresco– determinação da massa específica, do rendimento e do teor
de ar pelo método gravimétrico . Rio de Janeiro, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR
7222/1994.–argamassa e concreto– determinação da resistência a tração por compressão
diametral de corpos de prova cilíndricos . Rio de Janeiro, 1994.
Material em PDF: Dosagem dos concretos de cimento Portland da Profa. Dra.Valdirene
Maria Silva Capuzzo.
Material em PDF: Concreto de cimento Portland no estado fresco da Profa. Dra.Valdirene
Maria Silva Capuzzo.

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