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Dra Angelica dos Santos Vianna 20 e 21 dezembro 2012 Disciplina de Saúde do Trabalho temperaturas extremas Efeitos sobre a saúde devido à exposição aos agentes físicos: TEMPERATURAS EXTREMAS TEMPERATURAS EXTREMAS � Pelas normas regulamentadoras (NR), temperaturas fazem parte dos riscos físicos e ergonômicos (NR 9 e NR 17) � NR 9 e 15 (anexo 3 e 9)- temperaturas extremas!!! � NR 15: atividades e operações insalubres, anexo 9 (FRIO) Atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio � NR 17 – temperatura entre 20º e 23º C umidade não inferior a 40% velocidade do ar não superior a 0,75m/s CALOR TEMPERATURAS EXTREMAS � A exposição ao calor deve ser avaliada por meio do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" - IBUTG � Medição com e sem exposição solar TEMPERATURAS EXTREMAS REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO (por hora) TIPO DE ATIVIDADE LEVE MODERADA PESADA Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0 45 minutos trabalho 15 minutos descanso 30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9 30 minutos trabalho 30 minutos descanso 30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9 15 minutos trabalho 45 minutos descanso 31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0 Não é permitido o trabalho, sem a adoção de medidas adequadas de controle acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0 TEMPERATURAS EXTREMAS � PROBLEMAS – SÍNDROMES HIPERTÉRMICAS TEMPERATURA CORPORAL > 37,2ºC SÍNDROMES DE LESÃO PELO CALOR > 40ºC I- CAIMBRAS II- EXAUSTÃO PELO CALOR III- INTERMAÇÃO IV- COLAPSO PELO CALOR TEMPERATURAS EXTREMAS � FATORES PREDISPONENTES: 1- DO PACIENTE: febre, idade, destreinado, excesso de vestimentas, desidratação 2- AMBIENTAIS: altas temperaturas, alta umidade, falta de vento 3- CONDIÇÕES CLÍNICAS: obesidade, esclerodermia, diabetes, doenças psiquiátricas, tireotoxicose 4- DROGAS: anfetaminas, anticolinérgicos, barbitúricos, betabloqueadores, diuréticos, fenotiazinas TEMPERATURAS EXTREMAS � I- CAIMBRAS: mais benigna 1- indivíduos jovens não aclimatados 2- clima quente (com ou sem exposição ao sol) 3- atividade de alta intensidade 4- perda excessiva de sódio, cloreto e água 5- náuseas, vômitos e fadiga 6- músculos endurecidos e com espasmos que podem durar de 1 a 3 minutos. afetam os grupamentos musculares mais solicitados, geralmente pernas e coxas 7- temperatura corporal normal ou discretamente aumentada, sudorese normal ou excessiva TEMPERATURAS EXTREMAS � II- EXAUSTÃO PELO CALOR 1- mais comum 2- pode ser precedida por caimbras 3- indivíduos não aclimatados 4- clima quente e úmido 5- atividade extenuante 6- grave desidratação e perda de eletrólitos 7- cefaleia, fadiga e vômitos 8- apáticos, palidez cutânea, hipotensão arterial, TEMPERATURAS EXTREMAS � III- INTERMAÇÃO 1- de esforço (jovens) ou não relacionada ao esforço (idosos, debilitados, intoxicados) 2- indivíduo não aclimatado em clima quente 3- alteração dos mecanismos termorregulatórios 4- cefaleia, vertigem, desconforto abdominal, confusão, prostração, delirium 5- pele quente e seca, hipoidrose, temperatura retal ≥ 41ºc, temperatura interna ≥ 44,4ºc, taquicardia, hiperventilação, hipotensão arterial, flacidez muscular, redução dos reflexos profundos 6- complicações: rabdomiolise, IC, IRA, insuf hepática aguda, HDA 7- laboratório: hipercalemia, hipocalcemia, aumento da creatinina, leucocitose, CID, acidose láctica, hipoglicemia, proteinúria TEMPERATURAS EXTREMAS � IV- COLAPSO (SÍNCOPE) PELO CALOR 1- atividade física de alta intensidade por > 2 horas 2- perda de consciência transitória e do tônus postural 3- pele fria e pegajosa 4- hipotensão arterial (PAS<100mmhg) e taquicardia FRIO TEMPERATURAS EXTREMAS � PROBLEMAS - SÍNDROMES HIPOTÉRMICAS TEMPERATURA CORPORAL < 35ºC PODE SER INCIDENTAL (ambiente frio) OU SECUNDÁRIA (disfunção da termorregulação hipotalâmica) I- URTICÁRIA PELO FRIO II- FENÔMENO DE RAYNAUD III- PERNIOSE IV- PÉ DE TRINCHEIRA V- GELADURA VI- HIPOTERMIA TEMPERATURAS EXTREMAS � FATORES PREDISPONENTES: 1- DO PACIENTE: alteração do estado mental, idade, vestimentas inadequadas, roupas úmidas, imobilidade 2- AMBIENTAIS: baixas temperaturas, vento 3- CONDIÇÕES CLÍNICAS: encefalopatia, desnutrição, mixedema, hipoglicemia, uremia, cirurgia prolongada, demência, fenômeno de Raynaud 4- DROGAS: anestésicos, antidepressivos, narcóticos, bloqueadores musculares, antitireoideanos TEMPERATURAS EXTREMAS � I- URTICÁRIA PELO FRIO 1- hipersensibilidade familiar (autossômica dominante) ou adquirida (associada a medicamentos ou à infecção) 2- áreas expostas 3- diagnóstico: pedra de gelo no antebraço (volar) por 4 minutos e observar por 10 minutos TEMPERATURAS EXTREMAS � III- PERNIOSE (FERIDA PELO FRIO) 1- mais comum na face, dorso das mãos e dos pés 2- prurido, sensação de queimação, dor e eritema 3- edema e formação bolhosa 4- sem congelamento dos tecidos TEMPERATURAS EXTREMAS � IV- PÉ DE TRINCHEIRA (PÉ DE IMERSÃO) 1- exposição ao frio úmido, < 10ºc, > 10 a 12 horas 2- fase pré hiperêmica: frio e anestesiado 3- fase hiperêmica: eritema, queimação e dor 4- fase pós hiperêmica: palidez ou cianótico 5- complicações: gangrena de liquefação, lesão de nervo, linfangite, celulite e tromboflebite TEMPERATURAS EXTREMAS � V- GELADURA 1- áreas acrais (dedos dos pés e das mãos, orelhas e nariz) 2- temperatura do tecido <0ºc 3- acometimento superficial, intermediário ou profundo 4- superficial com pele branca, redução da sensibilidade e prurido 5- intermediária com acometimento de pele e subcutâneo. pele branca, pegajosa, anestesiada e com redução do enchimento capilar 6- compremetimento profundo até músculo (3º grau) ou tendões e ossos (4º grau). tecido endurecido e sem enchimento capilar. pode evoluir para amputação. exposição > 7 horas a temperaturas < 6,7ºc TEMPERATURAS EXTREMAS � VI –HIPOTERMIA graus de hipotermia (temperatura retal ): ► leve > 33ºC ► moderada a severa < 33ºC 1- anestesia no local da exposição (temperatura do tecido <10ºc) com pele rosada 2- vasoconstricção periférica, diurese de frio, vasoconstricção generalizada 3- taquicardia, aumento da pressão arterial média, aumento do débito cardíaco 4- broncorreia e broncoespasmo 5- irritabilidade, confusão, reflexos pupilares e profundos lentificados 6- laboratório: acidose metabólica, hipercalemia, hiponatremia, hiperglicemia, hiperfosfatemia TEMPERATURAS EXTREMAS � VI –HIPOTERMIA 7- complicações: rabdomiólise, íleo paralítico, hda, pancreatite aguda, cid e insuf hepática ECG: 1- bradicardia sinusal, 2- prolongamento de QT, 3- alargamento de QRS, 4- inversão da onda T, 5- fibrilação ventricular, 6- clássica onda Osborne(32ºC) Referências 1. Site Ministério do Trabalho e Emprego: www.mte.gov.br/normas regulamentadoras 2. Harrison Textbook of Medicine, section 2 chapter 16 and 19, 17th edition
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