Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
r ANALISE , CEFALOMETRICA DE McNAMARA CELSO DE CAMARGO BARROS ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE McNAMARA 349 INTRODUÇÃO Com o advento da radiografia e mais espe- cificamente a telerradiografia, foram se suce- dendo os mais diversos métodos de Análises Cefalométricas. A maior parte delas foi dire- cio nada ao estudo das alterações alveolares e dentais das más oclusões e estudo do cresci- mento. As Análises Cefalométricas, até a década de 70, não admitiam grandes alterações craniofa- ciais através do tratamento ortodôntico. Com o desenvolvimento da Ortodontia nos dois últi- mos decênios, os novos conceitos a respeito de planejamento e tratamento ortodôntico, as no- vas técnicas de cirurgia ortognática e os moder- nos conceitos sobre as alterações craniofaciais, foi necessário que as radiografias cefalométri- cas sofressem uma nova leitura e fossem estuda- das de maneira diferente. Assim, McNamara elaborou sua análise di- recionando-a melhor aos modernos métodos de cirurgia ortognática e terapia funcional, onde não são possíveis alterações a nível den- tal, como também a nível ósseo. Segundo pa- lavras suas, elaborou uma análise precisa, mo- derna e principalmente de fácil entendimen- to, tanto pelo clínico geral como pelos pais do paciente. Utilizou-se de algumas medidas obtidas de outras Análises Cefalométricas, principalmente de Ricketts e Harvold. Baseou-se em cefalogramas obtidos de três grupos distintos de pacientes com boa harmo- nia entre dentes, ossos e perfil mole. Os grupos estudados foram: crianças compreendidas den- tro do padrão Bolton; crianças do Centro Orto- dôntico de Burlington e um grupo reunindo 111 adultos jovens tratados na Universidade de Michigan. A análise de McNamara é feita num cefalo- grama lateral, onde ele procura difereciar os componentes esqueléticos e dentoalveolares. I. RELAÇÃO DA MAXILA COM A BASE DO CRÂNIO I . AVALIAÇÃO DOS TECIDOS DUROS Para relacionar a maxila com a base do crâ- nio procede-se da seguinte maneira: A) Traça-se o plano horizontal de Frankfurt: utiliza-se os pontos Po (pório anatômico), loca- lizado no meato acústico externo na sua parte mais superior e o orbital. O pório metálico, encontrado através da oliva auricular do cefa- lostato, é pouco confiável em sua localização (Fig. 17.1). Fig. /7./ • Plano horizontal de Frankfurt. B) A partir do ponto N (násio) traça-se uma linha vertical cruzando perpendicularmente o Plano Horizontal de Frankfurt. Chamaremos N-PERP. C) Demarca-se em seguida o ponto A (Downs). D) Faz-se a medição linear do ponto A até a linha N perpendicular (N-PERP.). Segundo McNamara: Na dentadura mista o ponto A deve estar coincidente com a linha N-Perpendicular. Na dentadura permanente o ponto A deverá estar 1 mm à frente da linha N perpendicular. Nota: Quando o ponto A estiver atrás da linha N-PERP, a medição linear levará sinal negativo (Ex: -3 mm). Se estiver à frente o sinal será positivo. Nos casos de Classe I1I, devido à pequena base cranial anterior, poderá haver retrusão do ponto N; a construção da linha N-PERP é falsa, dando um posicionamento falso da maxila e mandíbula. Na Classe 11 divisão 2", também tem-se um falso posicionamento do ponto A. Este está co- locado mais à frente, devido à verticalização ex- cessiva do incisivo central. Com a correção des- sa inclinação, o ponto A é levado mais ou me- nos 2 mm para trás. Portanto nestes casos deve ser feita essa correção para se medir a distância de A a N-PERP (Figs. 17.2-A e 17.2B). 350 ORTODONTIA· DIAGNÓSTICO EPLANEJAMENTO CLíNICO Fig. , 7.2-A - N - Perpendicular - A 2 - AVALIAÇÃO DOS TECIDOS MOLES Para tanto faz-se a medição do ângulo naso- labial e da inclinação do lábio superior. A) Ângulo Nasolabia1: obtém-se através do tra- çado de uma linha tangenciando a base do na- riz, e de outra tangenciando o lábio superior. Sheidemann (1980) encontrou nas amostras de indivíduos com perfil facial normal e harmôni- co um ângulo nasolabial de 110°, com variação para menos nos homens (Fig. 17.3). Fig. , 7.3 - Ângulo nasolabial 81 82 83 Fig. , 7.2-8 - Medida N-PERP ao ponto A: 81 - Maxila retruída em relação à N-PERP; 8, - Maxila normal em relação à N-PERP na dentadura decídua e mista; 83 - Maxila protruída em relação à N-PERP. A protrusão de Imm é normal na dentadura permanente. Um ângulo agudo indica protusão maxilar, e um ângulo obtuso indica retrusão maxilar. Figs. 17.4A a 17AC. B) Inclinação do Lábio Superior: o lábio superior é relacionado com a face. Em suas pesquisas, Mc amara diz que ele deve formar um ângulo de 14° com a li- nha -PERP. O lábio superior deve ser li- geiramente proeminente. Quando estiver retruído ou verticalizado, contra-indica-se a distalização da maxila ou dos dentes su- periores. ..- ,; ,; \ \ \ \ \ \\ \ \ A1 \ A2\ A3\\ \ '",; ,; , ,; ,; Fig. , 7.4-A - Ângulo nasolabial. A I - Ângulo agudo. A, - Ângulo normal. A3 - Ângulo obtuso. ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE McNAMARA 351 Fig. /7.48 - Ângulo nasolabial obtuso Fig. 17.4C - Ângulo nasolabial agudo Fig. /7.5 - Ângulo de inclinação do lábio superior. Para sua obtenção traça-se uma linha tangenciando o lábio superior (de LS ao ângulo formado pela base do nariz e lábio superior) - a -. O ângulo é obtido no encontro desta linha com a linha N-PERP (b), sendo 140 sua norma clínica. 352 ORTODONTIA· DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLÍNICO 11 - RELAÇÃO DA MANQíBUlA COM A BASE DO CRANIO Traça-se a linha N-PERP e marca-se o pon- to P (pogônio). A medida linear de N-PERP ao P mostrará a posição da mandíbula em relação à base do crânio, cujos valores pa- drão são: Na dentadura mista o ponto P deverá estar 6 a 8 milímetros atrás da linha N-PERP. Fig. /7.6A· N-Perpendicular - P . 111- RELAÇÃO ENTRE MAXilA . E MANDíBULA I .COMPRIMENTO EFETIVO DA MAXilA Mede-se linearmente a distância entre os pontos Condílio (Co) e ponto A. . Ao se medir o comprimento efetivo da maxi- la, deve-se levar em consideração a posição do ponto A em relação à linha N-PERP. Se o ponto A estiver localizado corretamente, a medição do comprimento efetivo da maxila será feito sem correções. Caso o ponto A esteja protruído ou retruído em relação a norma clínica e haja poss- sibilidade de alteração ântero-posterior do mes- mo pela mecânica ortodôntica/ ortopédica, esti- maremos sua posição pós-correção, para então calcularmos as demais medidas. Por exemplo, se o ponto A estiver adiantado 5mm em relação à linha N-PERP na dentição mista (o normal é Omm), deve-se recuar o pon- to A em 5mm a fim de se proceder à medição do comprimento efetivo da maxila. Assim, se essa maxila estivesse com um comprimento efetivo de 90mm, estando 5mm 1 a dentadura permanente (mulheres) o pon- to P deverá passar 4mm atrás da linha N-PERP ou coincidir com a mesma (Omm). Na dentadura permanente (homens) o ponto P deverá estar 2mm aquém da linha N- PERP ou 2mm à frente dessa linha. Nota: sempre que o ponto P estiver atrás da linha -PERP a medição linear levará sinal ne- gativo (Ex: - 4mm). Se estiver à frente o sinal será positivo (Figs. 17.6A e 17.6B). N N N B, Fig. 17.6B· Medida N-PERP ao ponto P: B I-Mandíbula retruída em relação a N-PERP.A retrusão de -6 a -8mm é normal na dentadura decídua e mista .. B,. Mandíbula normal em relação a N-PERP . B3- Mandíbula protruída em relação a N-PERP. Na dentadura permanente as mulheres podem apresentar valores entre-4 e Omm e os homens valores entre -2 e +2mm . à frente da linha N-PERP, ela estaria exagera- damente grande (5mm a mais), quando o comprimento efetivo dela deverá ser 85mm. O mesmo raciocínio vale para quando a maxi- la está retruída (Fig. 17.7). 2 • COMPRIMENTO EFETIVO DA MANDíBULA Mede-se igualmente o comprimento da mandíbula a partir do ponto condílio (Co) até o ponto Gn (gnátio). Existe uma propor-cionalidade entre o comprimento efetivo da maxila e da mandíbula, independentemente da idade e sexo. Para um determinado tama- nho de maxila existe um tamanho de mandí- bula diretamente proporcional. À medida que se tem uma maxila maior, a diferença entre o comprimento dela e da mandíbula será proporcionalmente maior (Fig. 17.8). IV - ALTURA FACIAl ÂNTERO-INFERIOR É a denominada dimensão vertical. Sua me- dida é obtida da distância entre os pontos ENA ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE McNAMARA 353 !7J Co O ~ !7J Co O ~ Fig. /7.7 - Comprimento efetivo da maxila (Co-A) Fig. /7.8 - Comprimento efetivo da mandíbula (Co-Gn) TABELA I DIFERENCIAL ENTRE MAXILA E MANDíBULA: -Indivíduos em dentadura mista: Maxila: 85mm Mandíbula: 105 a 108mm Diferença maxilomandibular: 23mm -Indivíduos medianos (mulher adulta): Maxila: 94 mm Mandlbula: 121 a 124mm Diferença maxilomandibular: 27 a 30mm -Indivíduos grandes (homem adulto): Maxila: 100mm Mandlbula: 130 a 133mm Diferençamaxilomandibular:30 a 33mm 354 ORTODONTIA· DIAGNÓSTICO EPLANEJAMENTO CLíNICO TABELA 11 NORMAS COMPOSTAS COMPRIMENTO MAXILAR COMPRIMENTO MANDIBULAR ALTURA FACIAL MÉDIA (mm) (Co-Gn) ANTEROINFERlOR (mm) (Co-Ponto A) (ENA-M) 80 97-100 57-58 81 99-102 57-58 82 101-104 58-59 83 103-106 58-59 84 104-107 59-60 85 105-108 60-62 86 107-110 60-62 87 109-112 61-63 88 111-114 61-63 89 112-115 62-64 90 I 13-116 63-64 91 115-118 63-64 92 117-120 64-65 93 119-122 65-66, 94 121-124 66-67 95 122-125 67-69 96 124-127 67-69 97 126-129 68-70 98 128-131 68-70 99 129-132 69-71 100 130-133 70-74 101 132-135 71-75 102 134-137 72-76 103 136-139 73-77 104 137-140 74-78 105 138-141 75-79 (espinha nasal anterior) e M (mentoniano). Esta medida linear também está correlacionada com a maxila. Com o avanço da idade esta medida aumenta (Fig. 17.9). À correlação entre maxila e mandíbula cor- responde um aumento ou diminuição da altura facial anterior (AFAI). Se a mandíbula, por exemplo, rodou no sentido horário, para baixo e para trás, o ponto P ficará distante de N- PERP, havendo um aumento da AFAI. A man- díbula, possivelmente devido à inclinação para baixo e para trás, parecerá menor do que real- mente é.1á o avanço da mesma, rodando-a no sentido anti-horário, com conseqüente adianta- mento do ponto P, a altura facial anterior infe- rior será diminuída e a mandíbula parecerá maior. No entanto ela tem o mesmo tamanho de antes. Por outro lado, nos casos de ClasseII 2' divisão, possivelmente teremos uma AFAI diminuída, e uma mandíbula aparentemente normal em seu ta- Fig. /7.9 - Altura facial anteroinferior (ENA-M) ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE McNAMARA 355 manho. A AFAI porém está mascarando a defi- ciência mandibular que realmente existe. Com o aumento da altura facial anterior inferior, pela ro- tação mandibular para baixo e para trás, o pogô- nio recuará em relação à linha N-PERP,mostran- do assim um retrognatismo mandibular e aparên- cia de uma mandíbula menor que o normal. Em síntese, quando a AFAIestiver aumentada, a mandíbula estará retrognata (nem sempre esta mandíbula será menor que o normal). Quando a AFAI estiver diminuída, a mandíbula estará bem posicionada ou prognata (nem sempre esta man- díbula terá um tamanho normal, geralmente ela é menor que o normal) (Fig. 17.10). A -c,,,~,~,~,~ '(,~ M M M Fig. /7./ O - Relação entre a altura facial anteroinferior (AFAI) e a posição da mandíbula. A - Mandíbula retrognata produz AFAI maior. B - Mandíbula prognota produz AFAI menor. VI - ÂNGULO DO EIXO FACIAL Esta medida angular foi obtida da Análise de Ricketts. Para a construção deste ângulo utiliza-se a linha N-Ba (Násio-Básio) e o eixo facial. O eixo facial é traçado a partir do ponto PTM (ponto mais posterosuperior da fissura pteri- gomaxilar) ao Gn (gnátio). O ângulo forma- do (Ba. PTM.Gn) é o ângulo do eixo facial. Se o ângulo for 90°, indica um crescimento harmônico. Se for menor que 90°, indica crescimento vertical e dá-se um sinal negati- vo ao valor angular da diferença, por exem- plo: -9°. Se maior que 90°, estará indicando crescimento horizontal e o sinal será positi- vo, por exemplo: 6° (Fig. 17.12). Como norma teremos: Indivíduos na dentadura mista: AFAI=60 a 62mm Indivíduos medianos: AFAI=66 a 67mm Indivíduos grandes: AFAI=70 a 74mm (ver Tabela li) V - ÂNGULO DO PLANO MANDIBULAR Este ângulo é formado pelo Plano Horizon- tal de Frankfurt (Po-Or) e o Plano Mandibular (Go-M) (Fig. 17.11), sendo a norma clínica 25° Fig. 17.1 I - Ângulo do Plano Mandibular Fig. /7./2 - Ângulo do Eixo Facia/ (Ba PTM.Gn) ~-~. .•. -' ..-;r~ "::J.,. -:»: <: ;;-;::: 356 ORTODONTIA· DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO CLíNICO VII - RELAÇÃO .00 INCISIVO SUPERIOR A MAXILA I -ANTEROPOSTERIORMENTE Para se avaliar a posição do incisivo superior em relação à maxila, no sentido horizontal, tomam-se as seguintes providências: Traça-se a linha A: é uma linha paralela a N-PERP, passando pelo ponto A. Mede-se em seguida a distância da linha A até a superfície vestibular do incisivo superior (Fig. 17.13). ..~- .......•• "- '.._.;' ., _.Flg. /7./3 - Relação do incisivo superior à maxila - anteroposterior ~, .' _ A medida padrão é: linha A - 1= 4mm a ./6mm. , ,- , .~. J Às vezes pode-se cometer erros na avaliação da posição do incisivo superior, dependendo da posição da maxila. Se ela estiver retruída, o incisivo superior, apesar de bem posicionado, poderá parecer protuído. Se a maxila estiver protuída, ele poderá parecer retruído. 2 - VERTICALMENTE Faz-se uma análise da posição vertical do inci- sivo superior: se ele está bem posicionado, ex- truído ou intruído. Com os lábios em repouso, procede-se à medida da distância que vai da borda incisal do incisivo superior até a borda inferior do lábio superior. Valor normal: 2mm a 3mm. Nota: é sempre bom observar a musculatura funcional do lábio superior e a inclinação axial do incisivo superior. Quando o lábio é hipotô- nico ou o incisivo está extremamente inclina- do, pode-se ter uma leitura ou medição falsa (Fig.17.14). , LI .•.•, \ ~ Flg. 17./4 - Relação do incisivo superior à maxila - vertical VIII - RELAÇ~O DO I~CISIVO INFERIOR A MANDIBULA I -ANTERO-POSTERIORMENTE Faz-se a avaliação da posição ântero-poste- rior do incisivo inferior, e se o mesmo está bem posicionado, retruído ou protuído. Traça-se a linha A-P (ponto A ao Pogônio). Mede-se a distância da superfície vestibular do incisivo inferior até a linha A-P. Valor normal: o incisivo deverá estar de lmm a 3mm à frente da linha A-P (Fig. 17.15). F/g. 17. 15 - Relação do incisivo inferior à mandíbula - ântero-posterior ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE McNAMARA 357 2 - VERTICALMENTE Através da posição vertical do incisivo infe- rior faz-se a avaliação se o mesmo está bem po- sicionado, extruído ou intruído em relação ao Plano Oclusal Funcional (Ricketts). Traça-se o plano oclusal funcional, que tan- gencia as faces oclusais dos dentes posteriores inferiores, e mede-se o quanto o incisivo infe- rior está intruído ou extruído em relação ao mesmo. Valor normal: 1,3 mm acima do plano. Mede-se desde a incisal do incisivo até o plano oclusal. Para se avaliar corretamente a posição do in- cisivo inferior, deve-se, antes de mais nada, ana- lisar a altura facial ântero-inferior (AFAl). As- sim, por exemplo, se existe uma sobremordida, e a AFAl está diminuída, opta-se pela extrusão dos dentes posteriores, o que ao mesmo tempo corrige a AFAl e a sobremordida. Se, por outro lado, junto à sobremordida temos uma AFAl normal ou aumentada, opta-se pela intrusão dos incisivos inferiores (Fig. 17.16). 77 Flg. 17.16 - Relação do incisivo inferior à mandíbula - vertical IX . ANÁLISE DAS VIAS AÉREAS Utilizam-se duas medidas para avaliar as vias aéreas:I -NASOFARINGE Também chamada faringe superior. A lar- gura da nasofaringe é medida linearmente de um ponto médio da parede posterior do pala- to mole até a parede posterior da faringe, onde houver maior fechamento da passagem aérea. É nesse local que se localizam as ade- nóides, diminuindo a largura da nasofaringe (Figs. 17.17A e 17.17B). Valores normais: Dentadura mista: 12mm Dentadura permanente: 17,4mm 2 - OROFARINGE Avaliada pela largura da faringe no ponto onde, radiograficamente, a borda posterior da língua cruza com a borda inferior da mandíbula até a parede posterior da faringe. Valor normal: 10 a 12mm para todas as idades. Observação: se este valor estiver diminuído o fato é irrelevante. Se, porém, acontecer o contrário, isto é, a medida estiver aumentada, poderá indicar um posicionamerrto anterior da língua, que pode ser postural ou provocado por amígdalas hiper- trofiadas, dando como resultado: prognatismo mandibular, mordida cruzada anterior ou bi- protrusão. Para que as interpretações não sejam fal=, . sas ~u incorret~s na a~aliação das vias aéreas,! ~ o cliente devera ter a língua em repouso quan-l:'~. ~ ~ do da tomada da radiografia, com o palato . ~ = #',1) - mole descansando sobre a borda da língua::B ':) ~ (Fig. 17.17A e 17.17B). ~ ~ g ~O","~om~Oc%zm o-t~ ~~r-Ç>g8 -,;:>~t, ~, o ~ Fig. 17.17-A - Vias aéreas: 1- nasofaringe. 2- orofaringe 358 ORTODONTIA· DIAGNÓSTICO EPLANEJAMENTO CLÍNICO Fig. /7./7-8 - Vias aéreas. Presença de adenóides hipertro(ladas na nasofaringe. ,', ,'" .' Fig. /7./8 - Cefa/ograma de McNamara ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE McNAMARA 359 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS l. Capelozza F. - Leopoldino - Anotações de Aula 2. Ellis, E. Y].A. McNamara, Jr. Components of adult Class III malocclusion. Am.]. Oral Max. Surg. 42:295-305, 1984a. 3. Ellis, E. y].A. Mc amara, Jr. Components of adult Class III open bite malocclusion. Am. ]. Orthod. 86:277-290, 1948b. 4. Ellis, E. y].A. McNamara, Jr. Cephalometric re- ference planes Selia nasion vs Frankfurt hori- zontal. lnt.]. Adult Orthodont. Oral Surg. 3:81- 87, 1988. 5. Long, R.E. y].A. McNamara, Jr. Facial growth following pharyngeal flap surgery: Skeletal as- sessment on serial lateral cephalometric ra- diographs. Am.]. Orthod. 87:187-196, 1985. 6. McNamara Jr., ].A. - A metod of cephalometric evaluation. Am.]. Orthod., 86 - Dec. 1984. 7. McNamara,].A.,Jr. Components ofClass II ma- locclusion in children 8-10 years of age. Angle Orthod. 51:177-202, 1981a. 8. McNamara, ].A., Jr. lnfiuence of respiratory pattern on craniofacial growth. Angle Orthod. 51:269-300,1981b. 9. McNamara, ].A., Jr. Dentofacial adaptations in adult patients following functional regulator therapy. Am.]. Orthod. 85:57-71, 1984. 10. MCl amara, ].A., Jr. e E. Ellis. Cephalometric analysis of untreated adults with ideal facial and occlusal relationships. lnt.]. Adult Orthodont. Oral Surg. 3:221-231, 1988.
Compartilhar