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R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001 1 1) Em 1998, o professor Joel Cláudio da Rosa Martins também foi entrevistado por esta revis- ta e em uma das questões for- muladas falou sobre o Grupo de Araraquara. Foi justamente o senhor que lhe fez a pergunta. Agora eu gostaria que também falasse, passados já 3 anos, so- bre este grupo de Araraquara. Lídia Parsekian Martins Prezada Lídia, agradeço a sua par- ticipação nesta entrevista e com esta pergunta me dá a oportunidade de homenagear o professor Joel Cláudio da Rosa Martins, seu marido, que ao longo dos anos foi um colaborador incansável, crítico, inteligente e aci- ma de tudo amigo. Infelizmente quis o destino que partisse prematuramen- te do nosso convívio, mas tenho a certeza que, está olhando para o nos- so grupo, o Grupo de Araraquara, que ele ajudou a formar. De tudo o que ele escreveu naquela entrevista gostaria de acrescentar que o nosso Grupo se caracteriza também pela amizade dos seus membros, pela maneira humana como tratam os seus pares e os seus alunos, acima dos conhecimentos adquiridos pelas experiências como professores no Entrevista A Ortodontia brasileira possui vários ícones importantes que alicerçaram a evolução técnico-científica. Verdadeiro guia, como tal, assumiu o papel de professor que educa, ensina e orienta os passos. Foi exatamente com este ideal que com o Prof. Dr. Tatsuko Sakima surgiu o espírito “família” do grupo de Araraquara. Existe uma contaminação do senso de amizade e humanismo que o caracteriza. As experiên- cias como professor visitante na Universidade de Connecticut, EUA, de 1985 a 1987, também abriu novas fronteiras para que todos do grupo tivessem esta experiência (Prof. Joel - Baylor, EUA, Prof. Ary - Baylor, EUA, Prof. Luiz Gandini - Baylor, EUA, Prof. Dirceu - Toronto, Canadá e agora com a ida do Prof. Maurício - Ahrus, Dinamarca ). Galgando a carreira acadêmica, chegou a Professor Titular e também a Diretor da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP, sem, no entanto, deixar o consultório particular, uma verdadeira escola. Suas experiências técnicas e científicas, principalmente como introdutor da Técnica do Arco Segmentado no Brasil, juntamente com professores renomados como o Dr. Rohit Sachdeva, Dr. Michael Marcotte, Dra. Birte Melsen e o próprio Dr. Charles Burstone, fizeram crescer o interesse clínico e acadêmico pela técnica, com cursos de pós-graduação ministrados pelos professores de Araraquara. Os inúmeros trabalhos científicos produzidos, demonstram a preocupação crescente no nível de grandeza da Ortodon- tia no Brasil e exterior. Dr. Hélio Hissashi Terada Brasil e no exterior. Esta amizade quase familiar é que faz a força do grupo, que quando um deles sai para o exterior traz sempre algo de novo para acrescentar na filosofia de tra- tamento que se desenhou ao longo desses anos, e que procuramos re- passar para os nossos alunos nos cursos de pós-graduação e especiali- zação. A pós-graduação em nível de mestrado e doutorado é onde os co- nhecimentos científicos, adquiridos em centros altamente categorizados, são colocados em prática e como re- sultado temos trabalhos de alto nível científico que estão sendo desenvolvi- dos pelos nossos alunos orientados pelos professores do Grupo, alguns já defendidos e com publicação no exte- rior. 2) Quais são suas expectativas em relação à Ortodontia e à Or- topedia Funcional dos Maxilares nos cursos de Especialização, uma vez que a tendência é a for- mação de cursos distintos para Especialidades tão afins? Lídia Parsekian Martins A nossa especialidade é Ortodon- tia e Ortopedia Facial pela resolução da I ANEO, acontecido no Rio de Ja- neiro. Entendemos que a Ortopedia Facial é quando conseguimos inter- ferir no crescimento e desenvolvimen- to crânio facial, através de procedi- mentos que interceptem o apareci- mento ou desenvolvimento de uma má-oclusão. O que importa é o con- ceito e não a maneira de como fazê- lo. A Ortopedia Facial é dividida em ortopedia mecânica, quando utiliza- mos aparelhos como o “quad-helix”, os aparelhos disjuntores, AEB re- movível, e mesmo os aparelhos Tatsuko Sakima 2 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001 créditos formais. Acredito que em de- terminadas áreas do conhecimento até seja possível programas de Pós- Graduação à distância. 5) Como ficam os programas de cursos de mestrado (acadêmi- co e profissionalizante), com a nova filosofia do Governo Fede- ral? Tieo Takahashi Parece-nos que existe um equívo- co na nossa área sobre os cursos profissionalizantes, que deveriam ser aplicados para áreas emergentes e não para áreas consagradas do co- nhecimento. Esta distorção que está acontecendo na nossa área é preju- dicial para os cursos de mestrado aca- dêmico, que tem um programa sério. É impossível cumprir todos os crédi- tos de um mestrado acadêmico em cursos de final de semana ou mesmo de uma semana por mês. Estes cur- sos estão sendo criados para regula- rizar a situação de docentes, já con- tratados e que não possuem ainda o título de mestre. Dar o mesmo valor para o mestrado acadêmico e profis- sionalizante é no mínimo injusto para os alunos que se preparam em tempo integral, buscando o conheci- mento científico. O que deveríamos fazer como professores é orientar os nossos alunos de graduação e ficar alerta na hora de contratação de novos docentes. 6) Qual seria a tendência e o papel dos cursos de especializa- ção na Pós-Graduação do futu- ro? Tieo Takahashi A especialização, que é a pós-gra- duação “latu sensu” está muito des- gastada, pois temos mais de 90 cur- sos de especialização e tantos outros cursos de “typodonts” e atualização que soltam no mercado profissionais não habilitados para exercer uma boa ortodontia e que concorrem com os especialistas, com preços baixos. Os cursos de especialização deveriam ter como objetivo formar bons especia- listas, para tratar casos mais com- plexos, onde conhecimentos de Reika, que gerou os três filhos Mau- rício, Paulo e Alexandre e a filha Ra- quel, todos dentistas e todos ortodontistas, que ao longo destes anos de convívio só nos tem dado ale- gria. Na educação dos filhos estou bastante convicto da importância do papel da mãe, nesse processo, pois é ela que fica mais próxima dos filhos desde a concepção e acompanha mais de perto a evolução física e psicológi- ca. O pai tem de dar apoio psicológico e ser exemplo para os filhos. O papel do professor se asseme- lha muito ao papel de pai, e tem de ser por vocação, pois o professor além de ensinar tem de educar para uma pro- fissão. Como docente sempre assumi- mos as oportunidades surgidas den- tro da carreira universitária, seja aca- dêmica ou administrativa. Do lado acadêmico, cheguei a professor titular e do lado administrativo até a Diretor da Faculdade de Odontologia de Araraquara, posições que me orgulho. Mantive consultório particular por 20 anos, e mesmo em regime de tur- no completo, galguei todos os postos da carreira e devo isso a minha ati- vidade privada, pois sempre procurei documentar os casos clínicos do con- sultório, que serviam para ilustração das aulas teóricas. 4) Qual a sua opinião sobre o ensino à distância nos progra- mas de curso de Pós-Gradua- ção? Tieo Takahashi Hoje com a “internet” e a globalização o ensino à distância não fica tão distante assim. Para os cur- sos de Pós-Graduação, “latu” e “strictu sensu” na nossa área é praticamente impossível o ensino à distância, pois a parte prática laboratorial ou clínica deve ser vivenciada pelos alunos e não virtualmente. Nos programas de Doutoramento, poder-se-ia fazer um projeto misto, onde os alunos acom- panhariam parte do programa na sua faculdade de origem, principalmente a parte da pesquisa, e enviar para o orientador os dados e resultados e parte na Faculdade para cumprir os extrabucais com forças ortopédicas e a ortopedia funcional dos maxila- res quando usamos aparelhos, como o Bionator de Balters, os aparelhos de Bimler, Frankel, as pistasde Pla- nas, etc., que aproveitam a muscu- latura para promover as alterações faciais. A literatura mostra que os efeitos de um aparelho ortopédico funcional para classe II tem pratica- mente o mesmo efeito que um apare- lho extrabucal. Entendemos que es- ses aparelhos promovem a remoção do bloqueio, favorecendo o cresci- mento e desenvolvimento da maxila e da mandíbula num determinado momento, fazendo com que o desen- volvimento da oclusão volte a ter o seu curso normal. A mandíbula vai crescer até onde determinar o código genético de cada paciente, seja com um aparelho ortopédico funcional ou um aparelho extrabucal, se indicado corretamente. Para o nosso curso de Pós-Graduação ou de Especialização nada vai mudar, pois já ministramos estes conceitos há muito tempo, mes- mo antes da incorporação do termo Ortopedia Facial à Ortodontia. O que lamentamos é que esta nova espe- cialidade, denominada Ortopedia Funcional dos Maxilares tenha sido criado mais por uma razão política do que de conceitos e objetivos. 3) É difícil encontrar, em um só profissional, características re- levantes como educador e clíni- co. Sabemos que o senhor é con- siderado por toda a Sociedade Odontológica como um emérito educador e um clínico por exce- lência. O senhor poderia deixar registradas suas experiência mais significantes nestes dois campos? Lídia Parsekian Martins Agradecido pelos elogios, mas não fazemos nada mais que obriga- ção de pai e de professor. Quando se decide constituir família e ter fi- lhos é nossa obrigação educá-los da melhor maneira possível e encaminhá-los para a vida. Agra- deço a Deus por ter a minha esposa R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001 3 Prof. Antenor, agradeço a sua participação e é com grande prazer que coloco aqui a minha opinião so- bre a cirurgia ortognática. A cirurgia ortognática no Brasil começou a sua evolução na década de 80, quando você voltou dos Estados Unidos e começou a fazer e difundir as técni- cas mais avançadas nas cirurgias de displasias esqueléticas. Antes, as ci- rurgias ortognáticas eram realizadas somente na mandíbula, nos casos de Classe III, pela técnica de Castro, e sem um planejamento ortodôntico que realizamos atualmente, nos três planos do espaço. A ortodontia mo- derna não caminha sem a cirurgia ortognática. Hoje podemos dizer que não existem casos insolúveis, pois podemos utilizar da ortopedia facial, na dentadura decídua e mista para orientar o crescimento das displasias esqueléticas; na fase ortodôntica, de 10 a 14 anos, utilizamos a mecâni- ca ortodôntica, procurando camuflar as displasias, quando não for possí- vel corrigir dentro do ideal e nos ca- sos mais complexos lançamos mão da cirurgia ortognática. Cada vez mais os ortodontistas estão indican- do as cirurgias ortognáticas para os seus pacientes. Os fatores limitantes são a falta de cirurgiões nas cidades brasileiras de médio porte e o custo, que é ainda um pouco elevado para as condições econômicas da maioria dos brasileiros. No entanto existem alguns planos de saúde que cobrem também casos de cirurgias ortogná- ticas, o que é muito bom para o pa- ciente e para o cirurgião. 10) Sabemos que o senhor é um grande conhecedor da biome- cânica e uns dos difundores da Técnica do Arco Segmentado no Brasil. Sendo a grande maioria dos tratamentos ortodônticos- cirúrgicos realizados em pa- cientes adultos, ou seja, sem crescimento, como os princí- pios dessa técnica podem auxi- liar num preparo ortodôntico pré-operatório? Antenor Araújo usamos o “bull loop” em fios retan- gulares ou mecânica de deslizamento com “alastik” em cadeia, ancorado com extra bucal, se necessário. Nos casos mais complicados montamos o sistema da mecânica do arco seg- mentado, complementando com arco lingual e barra palatina e utilizando molas “T” de TMA, escolhendo a con- figuração mais conveniente. Nos ca- sos de mordida profunda em pacien- tes braquicefálicos temos usado a mecânica de intrusão/retração pro- posta por Bhavna e Burstone. Após o fechamento de espaços a finalização é realizada com fios de aços inoxidável .019x.025, com co- ordenação e dobras de finalização. 8) Quais as principais diferen- ças Biomecânicas entre se rea- lizar a retração anterior de ca- nino a canino, ou seja, em bloco e retrair os caninos totalmente com posterior retração dos in- cisivos? Osmar Aparecido Cuoghi A diferença está no tempo de tra- tamento. Para a retração em mas- sa dos seis dentes anteriores e so- mente a retração dos caninos, o tempo é praticamente o mesmo. Nos casos onde os pacientes forem bons colaboradores, que usam bem o AEB, a retração em massa está bem indicada. Nos casos de anco- ragem máxima podemos retrair to- talmente os caninos e depois os dentes anteriores. Na mecânica de retração intrusão é necessário re- trair antes os caninos e depois intruir e retrair os quatro incisivos superiores. 9) A cirurgia ortognática conco- mitante à ortodontia sofreu uma grande evolução nas últimas décadas. No Brasil, essa cons- tante evolução também esteve presente. No seu ponto de vis- ta, hoje qual a influência da ci- rurgia ortognática nos tratamen- tos ortodônticos e qual o futuro do tratamento ortodôntico-ci- rúrgico? Antenor Araújo ortopedia facial, mecânica ortodôn- tica e cirurgia ortognática deveriam ser ensinados, independentemente da filosofia do curso. O futuro da espe- cialidade depende dos especialistas, que deverão estar constantemente se atualizando. A filiação a uma associ- ação de especialistas que tem a con- dição e competência para orientar a população é fundamental. Essa orien- tação deveria ser mais constante e mais abrangente. 7) Levando-se em consideração os aspectos biológicos e mecâ- nicos, quais os tipos de fios que o Senhor adota para as distin- tas etapas do tratamento orto- dôntico, ou seja, retração inicial de caninos, nivelamento, retra- ção anterior e finalização? Por que? Osmar Aparecido Cuoghi Levando-se em consideração os aspectos biológicos e mecânicos, usa- mos a retração parcial de caninos, nos casos com extrações dentárias, para aliviar o apinhamento anterior e evitar o movimento de vai/vem des- ses dentes. Devemos usar qualquer dispositivo que proporcione uma pro- porção baixa entre carga e deflexão. A eleição do dispositivo para a retra- ção dos caninos depende da posição axial desses dentes. Se esses dentes estiverem bem posicionados até as molas calibradas de niti podem ser uma boa opção, mas se estiverem em axiversão, o ideal seria corrigir a in- clinação do dente, com uma alça re- tangular de TMA, para depois retra- ir. Se o espaço conseguido for sufici- ente para nivelar e alinhar os dentes anteriores, então entramos com um fio com memória de forma, que pode ser o niti .014 ou .016 redondos, de- pendendo do grau de apinhamento. Usamos esses fios até a completa cor- reção do apinhamento, utilizando o máximo da sua capacidade de traba- lho. A fase de alinhamento e nivela- mento segue a seqüência de fios .016, .018 e .020 de aço inoxidável, para preservar a forma do arco. Se o caso for padrão, sem muita complicação, A técnica do Arco Segmentado, proposta pelo prof. Burstone tem como base a Mecânica Ortodôntica e se você conhecer os princípios des- sa mecânica pode tratar de uma sé- rie de situações clínicas, às vezes im- possíveis de se resolver de outra ma- neira. A mecânica é aplicada na den- tição permanente, seja em adolescen- tes ou em adultos. Os casos de cirur- gia ortognática devem ser planejados juntamente com o ortodontista, mes- mo antes do início do tratamento. Nos casos de perdas dos primeiros mola- res permanentes, com inclinações de outros dentes, a mecânica pode ser empregada para corrigí-los sem dei- xar efeitos colaterais. O preparo pode ser feito em segmentos, se a cirurgia da maxila for realizada em três pe- ças e isso evita efeitos colaterais se tivermos alterações no plano oclusal, principalmente no eixo Z. Existe uma série enorme de opções onde a TAS pode ser empregada facilitando o tra- balho do cirurgião. 11) A má-oclusãoClasse III pode ser diagnosticada precoce- mente. A ortopedia Facial nos proporciona diferentes oportu- nidades de tratamento, entre elas a mentoneira. Qual seu pro- tocolo de tratamento da má- oclusão da Classe III quando diagnosticado precocemente e qual o limite do tratamento en- tre a Ortodontia e Ortopedia Facial e a Cirúrgia Ortognática? Antenor Araújo As más oclusões de Classe III e as mordidas abertas esqueléticas são o “calcanhar de Aquiles” dos ortodon- tistas, principalmente se a opção ci- rúrgica for descartada pelo paciente. A classe III pode ser classificada di- daticamente em dentária ou alvéolo dentária, que são as mordidas cru- zadas nos casos de classe I, que não deve ser de muita preocupação, prin- cipalmente se o paciente não apre- sentar antecedentes familiares carac- terísticos da classe III. A Classes III funcional, ambiental, provocada por desvios mandibulares, devido a con- tatos prematuros ou por outras afecções como amígdalas e adenóides hipertrofiados, poderá ser tratada pela remoção da causa e a colocação de aparelhos ortopédicos. Nos casos de Classe III esqueléticas, já caracte- rizada como classe III, em qualquer fase da dentição deve ser visto com cautela pelo profissional. O exame clí- nico cuidadoso, incluindo a anamnese minuciosa, onde constam os antecedentes familiares para esse tipo de má-oclusão, e os exames fun- cionais em RC e MIH, complementa- do com a documentação ortodôntica vão auxiliar muito na decisão do tra- tamento. O padrão esquelético é um outro ponto que devemos estar aten- tos, porque dele pode depender o diagnóstico e o prognóstico. Nas fa- ses das dentaduras decídua ou mis- ta, em determinados casos podemos usar a mentoneira e casquete após o descruzamento dos dentes anteri- ores. Esse descruzamento pode ser realizado com o aparelho progênico modificado, ou pelos aparelhos or- topédicos tipo FR III. Nos casos de deficiência maxilar usamos o apa- relho para tração reversa, que pode ser acoplada aos disjuntores de Haas. Na fase ortodôntica, as Clas- ses III esqueléticas, quando passí- veis de tratamento ortodôntico, são por camuflagem, ou seja, haverá um aumento na altura facial anterior inferior, inclinação vestibular dos incisivos superiores e lingual dos inferiores. É importante salientar que nunca podemos garantir, aos pais, os tratamentos de Classe III, nessas fases, porque não sabemos o com- portamento do crescimento facial desses pacientes, que depende do código genético de cada um. Em determinados casos é preferível aguardar para encaminhar para a cirurgia ortognática no momento oportuno. 12) Além de sua formação como educador, um período de sua carreira foi dedicado a parte administrativa da Odontologia. Na sua opinião qual a posição da Odontologia no Brasil em seu caráter sócio-econômico? Ante- nor Araújo Se considerarmos a vasta exten- são territorial do Brasil, podemos di- zer que a existência de 153 faculda- des existentes pode ser compatível, mas se considerarmos onde elas es- tão localizadas podemos verificar que temos faculdades de odontologia em excesso. Infelizmente não existe uma política planejada quando da apro- vação dessas faculdades. Como vi- vemos num país democrático, onde as decisões não são tomadas pela razão, mas sim pelo poderio econô- mico, vamos ter ainda muitas facul- dades de odontologia onde não é necessário e falta em outras regiões carentes. Essa má distribuição faz com que tenhamos muitos dentistas em determinadas regiões e falta em outras, principalmente nos sertões e periferia das grandes cidades. Como em outros setores, temos uma peque- na camada da população bem servi- da, a maioria razoavelmente servida e a uma grande parte excluída. Mes- mo assim o índice de cáries no Brasil diminuiu, mas não é criando mais faculdades de odontologia que iremos resolver o problema. 13) A Pós-Graduação em Orto- dontia em Araraquara se tornou referência no Brasil. Anualmen- te vários profissionais são pre- parados e se dispersam por todo país para atuar no ramo da ortodontia. Gostaria de saber quais os tópicos considerados essenciais na formação ortodôn- tica de um aluno? Antenor Araújo Consideramos, hoje a nossa Pós- Graduação bem estruturada, onde todos os docentes tiveram vivência em outros bons centros estrangeiros, trazendo para cá o que viram de im- portante na área de ensino e da pes- quisa. Nos nossos cursos de pós-gra- duação “strictu” e “latu sensu” os alu- nos têm a prática e a vivência clínica 4 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001 oclusão dos dentes posteriores. Se o problema da dor tem a sua origem na DTM, é provável que os sintomas melhorarão. Se não houver dentes para serem movimentados indicamos para um reabilitador bucal para a co- locação de uma placa mio-relaxante e provavelmente ajuste oclusal. Nos ca- sos ortodônticos após a fase aguda iniciamos o tratamento, tomando o cuidado de verificar sempre os conta- tos prematuros que podem advir da movimentação dentária. 18) Sabendo que a introdução, divulgação e aperfeiçoamento da técnica do arco segmentado no Brasil foram devido ao seu esforço e empenho, gostaria de ouvir seu relato de como e porque isto ocorreu. Ary dos San- tos Pinto Logo que voltamos dos Estados Unidos, isto foi em julho de 1987, voltei convicto que tinha aprendido uma boa filosofia de tratamento e que valeria a pena divulgar e praticar. Trouxemos no início o Prof. Rohit Schdeva, por duas vezes, a quem devemos muito pela calibração da equipe e por introduzir a técnica para uma seleta platéia de professores e especialistas. Entendi também que não era possível divulgar a técnica sem ter um curso formal de pós-gra- duação como suporte. Daí surgiu a oportunidade de assumirmos a dire- ção da Faculdade, e tive então a opor- tunidade de conhecer a tramitação da criação dos cursos de pós-graduação. Trabalhamos arduamente no pro- cesso, estimulei outras áreas para a pós-graduação e na minha gestão foram criados cursos na área de Or- todontia, de Periodontia com o Prof. Egbert C. de Toledo e de Endodontia com o Prof. Mário Roberto Leonar- do, nomes já consagrados nas res- pectivas áreas, no nosso meio. A Pós- graduação deu o motivo e a oportu- nidade de vocês irem para os Esta- dos Unidos e trazerem subsídios para fortalecer os ensinamentos na área do ensino e da pesquisa. Agradeço a mordida aberta, usamos o mesmo tipo de aparelho, com a tração oblí- qua (TS), se problema for maxilar. Nos casos em que o problema se lo- caliza na mandíbula é indicado o apa- relho ortopédico Bionator de Balters, acoplado a um AEB, utilizando como tração o IHG ou o TS, tomando o cuidado de não desgastar o aparelho de modo convencional. Na fase or- todôntica, utilizamos o IHG ou o TS, no auxílio da ancoragem, ou mesmo como efeito ortopédico. Nos casos de Classe III, mesmo ainda na fase da dentadura decídua ou mista a mentoneira e casquete é bem indica- da, após o descruzamento dos den- tes anteriores. 16) Qual sua opinião e sua im- portância sobre a posição orto- pedicamente estável da mandí- bula (RC não forçada), para diagnóstico, tratamento e finalização de um caso ortodôn- tico? Jurandir Barbosa É um conceito onde está assen- tada toda ortodontia moderna, que não considera a oclusão estática. É muito importante observarmos os nossos pacientes em RC e MIH em todas as fases do tratamento orto- dôntico, principalmente durante o exame clinico inicial e na fase de finalização. 17) Tem aumentado a procura de pacientes com dor Orofacial. Qual sua conduta perante esses casos? Jurandir Barbosa Observamos que a cada dia au- mentam os pacientes com dores oro- faciais, principalmente adultos, aque- les que têm uma atividade muito estressante. Observamos se a dor é muscular ou de ATM e verificamos se existe interferência oclusal. No primei- ro momento orientamos o paciente, principalmente quanto ao apertamento dentário e a sua relação com o estresse, que pode ser a causa princi- pal. A seguir construímos um platô de canino a canino superior, diretamen- te na bocado paciente, para aliviar a da mecânica ortodôntica no trata- mento das más-oclusões, da ortodontia preventiva, onde se inse- re a ortopedia facial e da cirurgia or- tognática, onde os alunos preparam os casos, planejam e acompanham a cirurgia. Consideramos importan- tes na formação do aluno o diagnós- tico e planejamento, o planejamento mecânico do aparelho que vai utili- zar e o planejamento cirúrgico dos casos que vai tratar. Saber diferenci- ar um caso padrão de um caso com- plicado e qual mecânica utilizar é tam- bém importante para a formação do especialista. 14) Qual a sua opinião a respei- to do movimento que busca re- conhecer a Ortopedia Facial como especialidade? Jurandir Barbosa A nossa especialidade chama-se ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL, a proposta foi a criação da especialidade “Ortopedia Funcional dos Maxilares”, porque como você sabe, a Ortopedia Facial pode ser di- vidida em ortopedia mecânica e or- topedia funcional dos maxilares, como colocado na resposta de nº 2 da Prof. Lídia. Como disse o movi- mento é mais político do que de obje- tivos, que é resolver os problemas das más-oclusões. 15) Qual ou quais dispositivos o Sr. usa para controle vertical posterior em pacientes com tendência para crescimento no sentido horário? Jurandir Barbo- sa O tratamento ortodôntico de pa- cientes que apresentam padrão es- quelético dolicofacial é sempre mais problemático, em qualquer tipo de má- oclusão e em qualquer idade. Nos casos de Classe I com mordida aber- ta, em pacientes em crescimento usa- mos o aparelho de Thurow, com gra- de e às vezes com torno expansor, com tração bem vertical utilizando o casquete de Interlandi (IHG), inver- tido. Nos casos de classe II, ainda com R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001 5 Segmentado, que nos dá mais possi- bilidade de movimentação sem mui- tos efeitos colaterais dentro de um planejamento mecânico e nos casos impossíveis de se realizar só com o tratamento ortodôntico empregamos a cirurgia ortognática para resolver o problema. 23) Como o Sr. compara o tra- tamento ortodôntico em duas fases versus o mesmo em uma única fase. Se o Sr. acredita em vantagens na primeira opção, quais seriam estas? Luiz Gonza- ga Gandini Jr. A revista da A.J.O.D.O., na sua edição de janeiro de 1998, é dedicada quase que integralmente à discussão dos tratamentos ortodônticos em uma ou duas fases. O tratamento em duas fases é in- dicado sempre que haja a possibili- dade e necessidade do crescimento crânio facial para a correção da má- oclusão, e na grande maioria das vezes iniciados na dentadura mista. A grande vantagem de se iniciar mais cedo o tratamento é que há maior possibilidade de evitarmos extrações dentárias para a correção, pois os pacientes nessa fase são mais cola- boradores. Fazemos o tratamento em duas fases, no consultório, des- de a década de 70 e as conclusões da reunião ocorrida em Quebec, e relatada nesta revista de 1998 são as mesmas que já divulgávamos nos cursos de ortodontia preventiva e in- terceptora que tivemos a oportuni- dade de ministrar em várias cidades brasileiras de norte a sul do Brasil, desde 1976. 24) Há aproximadamente 15 anos a sua escola vem utilizan- do a técnica do arco segmen- tado. Como o Sr. situa essa fi- losofia de tratamento na orto- dontia atual, considerando-se que cada vez mais os objetivos são tratamentos simplistas, com dispositivos pré-formados e seguindo-se uma receita pré- Charles Burstone e Peter Buchang, por duas vezes; Kazuo Tanne, Samir Bishara, Emil Russeaux, Jeryl English e Wick Alexander, que conheceram o nosso programa classificando-o entre os melhores que eles tiveram contato. 21) Qual sua visão a respeito da tendência de parte dos ortodon- tistas brasileiros em iniciar tra- tamentos muito cedo, estenden- do-o por um tempo demasiada- mente longo, muitas vezes en- volvendo três fases? Ary dos San- tos Pinto Iniciar o tratamento mais cedo para segurar o paciente é simples- mente lamentável, mas sabemos que existe. Há situações que realmente devemos intervir numa fase bem pre- coce, como nos casos de mordidas cruzadas, pois se não corrigidas po- dem interferir no crescimento crânio- facial, trazendo como conseqüência desvios, às vezes irreversíveis. Nos casos de classe II, iniciar o tratamento na fase da dentadura mista é justifi- cável, pois podemos utilizar aparelhos ortopédicos, ou ortodônticos para orientar o crescimento maxilo-man- dibular. O que fazemos com freqüên- cia é espaçar as visitas quando o re- lacionamento maxilo mandibular foi conseguido, no aguardo da erupção dos dentes permanentes para nova avaliação e ver a necessidade ou não de aparelhagem fixa. Existem casos que é melhor tratar em uma única fase. 22) Qual a filosofia de tratamen- to corretivo que tem emprega- do na sua prática clínica? Ary dos Santos Pinto Casos simples, filosofia do “feijão com arroz”, utilizamos bráquetes pré- ajustados e os recursos do “Straigh- Wire”, e os conceitos da mecânica ortodôntica para acertar a posição dos dentes na base óssea, para de- pois iniciarmos o nivelamento e ali- nhamento dos dentes; nos casos mais complexos a Técnica do Arco você Ary por encampar as pesquisas dos alunos de pós-graduação, sem- pre com incentivo e orientação nos planejamentos e execução dos proje- tos. 19) Pela sua experiência e vivência dos rumos que a orto- dontia brasileira tomou desde o seu início como ortodontista, qual sua expectativa para o fu- turo da profissão, principalmen- te com a divisão da Ortodontia e Ortopedia Facial? Ary dos San- tos Pinto Na verdade a especialidade foi desmembrada da Or toped ia Facial. O que podemos antever é a criação de mais cursos de espe- cialização, para se somar aos 91 já existentes com os mesmos ob- jetivos, ou seja, tratar a má- oclusão. Para nós, em termos de ensino nada vai mudar. Devemos ficar atentos com a propaganda que está sendo divulgada, nos jor- nais e revistas, inclusive pelo jor- nal da SPO, que a ortodontia só movimenta dentes; no mínimo não conhecem a definição de Ortodontia ditada por Moyers. 20) Qual a filosofia que o Sr. im- plantou em Araraquara que tem possibilitado um crescimento do grupo que lidera e angariando respeito em nível nacional e in- ternacional? Ary dos Santos Pinto A filosofia do Grupo de Arara- quara, muito bem definida pelo Prof. Joel na sua entrevista, tem crescido bastante em função do ensino e pes- quisa desenvolvidos pelos alunos e docentes e também pelo intercâm- bio com os professores estrangeiros que aqui vieram ministrar cursos, conviver e avaliar a nossa pós-gra- duação. Desde a implantação da pós-gra- duação, tivemos os seguintes pro- fessores visitantes, para ministrar cursos: Rohit Sachdeva, por duas vezes; Michael Marcotte, por três ve- zes; Birte Melsen, por duas vezes; 6 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001 des autônomas - a ortodontia e a ortopedia facial? Décio Rodri- gues Martins Prof. Décio a nossa especialidade chama-se Ortodontia e Ortopedia Facial, e o que ocorreu foi um des- membramento, sendo criada a Orto- pedia Funcional dos Maxilares. Ago- ra temos duas especialidades para tra- tar os mesmos problemas que é a Má- Oclusão. Este desmembramento foi político, como ficou bem claro na reu- nião preparatória, promovida pelo CRO, em São Paulo. O que deveria ter sido feito pelo CFO, quando da mudança do nome de Ortodontia para Ortodontia e Ortopedia Facial, era habilitar àqueles que já faziam a ortopedia através de provas e casos clínicos, como foi feito quando da cri- ação da especialidade Ortodontia. É lamentável que isso tenha aconteci- do, pois as duas especialidades ago- ra vão disputar os mesmos pacien- tes e com uma agravante que vai ser a criação de vários cursos de espe- cialização nessa área poluindo ainda mais a nossa área, já com muitos profissionais sem habilitação colo- cando “aparelhos” para tentar corri- gir as más-oclusões. Agradeço à DENTAL PRESS, e em especial ao professor Laurindo Furquim, pela oportunidadedesta entrevista, que nos abriu a possibili- dade de divulgar o que o Grupo de Araraquara realiza e a todos os pro- fessores entrevistadores pelas exce- lentes perguntas, que procurei res- ponder sinceramente, dentro da mi- nha vivência no campo da Ortodon- tia e Ortopedia Facial. estabelecida? Luiz Gonzaga Gandini Jr. O nosso Grupo conseguiu definir bem uma filosofia de tratamento, que engloba o que há de melhor em cada técnica e em cada filosofia de trata- mento e muito bem explicada, pelo Prof. Joel na sua entrevista, quando fala do Grupo de Araraquara. A téc- nica do arco segmentado nos dá o embasamento da mecânica ortodôn- tica que nos possibilita aplicar esses conceitos em qualquer técnica ou fi- losofia quando necessários. Assim o uso do arco lingual e da barra palati- na na fase de retração dos dentes anteriores durante o fechamento de espaço evita efeitos colaterais, os tu- bos duplos retangulares nos primei- ros molares inferiores e triplos nos superiores são auxiliares para a co- locação de “cantilevers”, para a mo- vimentação individual e que podem ser aplicadas em qualquer técnica para evitar os efeitos colaterais durante o nivelamento e alinhamento dos den- tes. O ortodontista consciente não pode confiar somente nas receitas pré-estabelecidas, pois as prescrições nem sempre são adequadas para to- dos os pacientes e as má-oclusões nem sempre respondem da mesma forma ao tratamento. 25) Com mais de trinta anos como professor e clínico na área ortodôntica qual a sua expecta- tiva em termos de evolução da ortodontia como especialidade nessa próxima década? Luiz Gon- zaga Gandini Jr. A ortodontia evoluiu muito nos últimos 15 anos em função dos no- vos materiais que temos à disposi- ção no mercado e está em franca evo- lução quando vemos os aparelhos “invisíveis”, tipo aparelho lingual e o “invisalign”, que estão sendo intro- duzidos atualmente. Acredito, ainda, que os procedimentos cirúrgicos na ortodontia ganharão força, com as distrações osteogênicas e os implan- tes para ancoragem. Isto poderá mudar o rumo dos nossos atuais pla- nos de tratamentos, com menos ex- trações e menos cirurgias ortognáti- cas. 26) Quais as vantagens da me- cânica com os arcos segmetados em comparação com a mecâni- ca dos arcos contínuos? Décio Rodrigues Martins Professor Décio, agradeço pela sua participação nesta entrevista. Não co- locamos como vantagens ou desvan- tagens de uma técnica em relação à outra e sim como indicações em situ- ações específicas. Nos casos “redon- dos”, ou seja, naqueles casos-padrão utilizamos os arcos contínuos, mas nos casos mais complexos utilizamos a técnica do arco segmentado, que nos dá uma gama imensa de possibilida- des mecânicas, como por exemplo, nos casos de mordidas profundas em pacientes braquicefálicos, classe II, a mecânica de intrusão é importante para a resolução do problema. Nos casos de tração de caninos inclusos pelos cantilevers apoiados nas barras palatinas, evitam os efeitos colaterais nos laterais e nos caninos. A vanta- gem ou desvantagem da técnica do arco segmentado é que o profissional tem de pensar antes de colocar qual- quer elemento ativo. 27) Qual a porcentagem de or- todontistas que utilizam a me- cânica com arcos segmentados, nacionais e internacionalmente? Décio Rodrigues Martins Acredito que são muito poucos os profissionais que fazem a técnica pura, mesmo nacional ou internacio- nalmente, esta a grande vantagem de não ficar preso a nenhuma técni- ca ou filosofia pura. Os conceitos emitidos na técnica do arco segmen- tado, na parte referente à mecânica, podem ser aplicados a qualquer filo- sofia, como explicado na pergunta 24, formulada pelo professor Gandini. 28) Qual é a sua opinião sobre a recente deliberação da 2a ANEO criando duas especialida- R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001 7 8 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 6, n. 6, p. 1-8, nov./dez. 2001 Antenor Araújo - Doutor em Ciências – Cirurgia, pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos. - Fellow in Oral Surgery – Título concedido pela University of Texas Health Science Center at Dallas, U.S.A. - Livre Docente – Cirurgia, pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos. - Professor Titular – Cirurgia, pela Faculda- de de Odontologia de São José dos Cam- pos. Ary dos Santos Pinto - Professor Assistente Dou- tor da Disciplina de Orto- dontia Preventiva e Coor- denador do Curso de pós- graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Arara- quara - UNESP - Pós-Doutorado na Baylor College of Dentistry - Dallas, Tx. Décio Rodrigues Martins - Curso de Pós-graduação em Ortodontia pela University Oregon Dental School - USA (Setembro/1968 - Junho/1970). - Professor Titular em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo desde 1983. - Coordenador do Curso de Pós-graduação em Ortodontia, em nível de mestrado e doutorado, da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo, de 1973 a 1984. - Coordenador dos Cursos de Especialização em Ortodontia promovido pela Sociedade de Promoção Social do Fissurado Lábio- Palatal - PROFIS/Bauru de 1979 a 1987. Luiz Gonzaga Gandini - Professor Assistente do Departamento de Clínica Infantil - Disciplina de Ortodontia Preventiva da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. - Doutorado em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. Lídia Parsekian Martins - Professora Assistente, da disciplina de Ortodontia, no Departamento de Clínica Infantil da Facul- dade de Odontologia da Universidade Estadual Paulista, Campus de Araraquara. Jurandir Barbosa - Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da USP – Bauru. - Professor do Curso de Especialização promovi- do pela APCD de Campinas – São Paulo. Tieo Takahashi - Professor Titular da Disci- plina de Ortodontia do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina. - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortope- dia Facial da Universidade Estadual de Londrina. - Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial dos Maxilares promovido pela Associação Odontológica do Norte do paraná - Lon- drina. - Prof. da Disciplina de Ortodontia da Universidade Paranaense UNIPAR - Umuarama. Osmar Aparecido Cuoghi - Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontolo- gia de Bauru - USP. - Professor Doutor do De- partamento de Odontolo- gia Infantil e Social - Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP.
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