Prévia do material em texto
TECNOLOGIA DAS FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS: PÓS E CÁPSULAS Prof.ª. Ms Jaqueline Moreira Forma Farmacêutica https://www.youtube.com/watch?v=qrS5fsCbphc Forma Farmacêutica - Pó Os pós são preparações para uso EXTERNO E INTERNO. São compostos por uma mistura de fármacos FINAMENTE DIVIDIDOS e secos. Podem ser classificados em simples, quando derivados de uma droga ou em compostos quando derivados de uma MISTURA de duas ou mais drogas. Os pós são preparações farmacêuticas constituídas por partículas sólidas são obtidos a partir da mistura de fármacos e ou substâncias químicas finamente divididas e na forma seca. Pós - Definição (PRISTA et al, 2002) “É a forma farmacêutica sólida contendo um ou mais princípios ativos secos e com tamanho de partícula reduzido, com ou sem excipientes” (Farmacopéia Brasileira V ed.) Misturas secas de fármacos e/ou excipientes finamente divididos que podem ser destinados ao uso interno (pós orais) ou externo (pós tópicos)" (ALLEN Jr et al, 2013; USP 31) Pós medicamentosos - Usos Pós Sólidas Grânulos, Cápsulas e Comprimidos Semissólidas Pomadas, pastas, supositórios e óvulos Líquidas Soluções e suspensões Pós medicinais - Acondicionamento Pós a granel Pós acondicionados em recipientes de boca larga para facilitar a saída dos pós Ex.: antiácidos Pós divididos Pós acondicionados em pequenas embalagens para 1 dose (sachês) Ex.: pós efervescentes (antiácidos) Pós em polvilhador múltipla dose Recipiente com tampa que facilita a aplicação do pó na pele Ex.: antisépticos, antimicrobianos e desodorizantes Pós - Vantagens Em relação aos comprimidos Aumento da superfície de contato; Facilita a dissolução; Rápida absorção: tamanho reduzido das partículas e facilidade de dissolução nos fluidos corporais. Em relação às formas líquidas Maior estabilidade (devido à ausência de água – menor risco de hidrólise); Maior precisão de dose*por unidade: pós divididos * quando já dividido – se for multidose Secos e pouco volumosos → são acondicionados, transportados e armazenados mais facilmente do que as suspensões ou soluções. Podem sofrer degradação por exposição às condições atmosféricas (grande área de superfície exposta) Contaminantes na composição ( TALCO – Amianto) Presença de metais pesados ( corantes/ Cosméticos) Sabores desagradáveis devem ser mascarados quando dispensados na forma de pós para dissolução (sachês) Efervescentes Pós - Desvantagens Pó de Licopódio https://youtu.be/FQD5xeHxzvo https://youtu.be/FQD5xeHxzvo Sequência de Operações – Operações Unitárias Trituração Tamisação Pesagem Mistura de pós Envase Preparo de Pó Medicamentoso ➢Facilita a extração de substâncias naturais ➢Aumenta a velocidade de dissolução ➢Auxilia na obtenção de Forma Farmacêutica aceitáveis ➢Aumenta a absorção de fármacos ➢Garante mistura homogênea ➢Facilitar a encapsulação/ envase Redução do tamanho de partículas Escolha do método depende: ➢Grau de divisão necessário (partículas ou micropartículas) ➢Escala da produção Pequena – Farmácia de Manipulação Grande – Indústria Farmacêutica ➢Características físico-químicas do fármaco Polimorfismo – Estrutura cristalina é mais difícil de triturar do que a amorfa. Polimorfismo acontece quando a estrutura apresenta varias formas em um mesmo composto. Redução do tamanho de partículas • TRITURAÇÃO: moagem do material com uso de gral e pistilo • LEVIGAÇÃO: utilização de um líquido levigante no pó insolúvel como auxiliar do processo de redução de partículas. Levigantes mais utilizados: glicerina, propilenoglicol. • RECRISTALIZAÇÃO: Utilizado para pós com estrutura cristalina de difícil solubilização. Técnica: Solubilização do pó em um líquido volátil, que é triturado até evaporação do solvente e formação de pequenas partículas. Ex.: cânfora e etanol, peróxido de benzoíla e acetona Redução do tamanho de partículas • Moinhos de facas • Moinho de martelo http://wwwo.metalica.com.br/artigos-tecnicos/britadores-e- moinhoshttps://portal.scanmagnetics.com/eng/pp7.htm Redução do tamanho de partículas - INDÚSTRIA • Moinhos de facas https://www.youtube.com/watch?v=oiOESQG2xjQ Redução do tamanho de partículas https://www.youtube.com/watch?v=oiOESQG2xjQ • Moinhos de martelos Redução do tamanho de partículas Grande escala – Indústria Farmacêutica • Moinho de rolos • Moinho de bolas Khadka P, et al., 2014 Redução do tamanho de partículas • Moinho de rolos Redução do tamanho de partículas • Moinho de bolas https://www.youtube.com/watch?v=MikiTYpg2aQ Redução do tamanho de partículas https://www.youtube.com/watch?v=MikiTYpg2aQ • Spray drying O funcionamento do spray dryer é simples: ele realiza uma secagem de diferentes produtos líquidos utilizando uma corrente de ar quente controlada que é forçada por meio de ventiladores para dentro de uma câmara de secagem com um volume previamente determinado. Redução do tamanho de partículas • Spray drying https://www.youtube.com/watch?v=3DZr5cOgWEg Redução do tamanho de partículas https://www.youtube.com/watch?v=3DZr5cOgWEg Sequência de Operações – Operação unitária Trituração Tamisação Pesagem Mistura de pós Envase Preparo de Pó Medicamentoso Tamisação Tem por finalidade obter pós com a mesma tenuidade (tamanho médio similar). É feita em tamises que são classificados como está descrito na tabela. is no (Mesh) Abertura (mm) Pó 2 9,52 Muito grosso 8 2,38 Muito grosso 10 2,00 Muito grosso 20 0,84 Grosso 30 0,59 Grosso 40 0,42 Moderadamente grosso 50 0,297 Moderadamente grosso 60 0,250 Fino 80 0,177 Muito fino 120 0,125 Muito fino 200 0,074 Micronizados 325 0,044 Micronizados Tamisação https://www.youtube.com/watch?v=QHbzZWm_Tds https://www.youtube.com/watch?v=QHbzZWm_Tds Sequência de Operações Trituração Tamisação Pesagem Mistura de pós Envase Preparo de Pó Medicamentoso Equipamentos/ utensílios para operação de misturas Pequena escala (Farmácia de manipulação): gral e pistilo Grande escala (indústria) Misturadores industriais Mistura de pós Por Difusão ou Tombamento Por Convecção Mistura por Difusão ou Tombamento (ex: misturador em Y, em V, Bin e Duplo cone) Tipo tombamento → a mistura se dá de forma mais lenta sem muita agressividade ou agitação constante. Técnicas de Mistura Imagens: http://www.pharmatech.co.uk Duplo cone Técnicas de Mistura https://www.youtube.com/watch?v=C1dTSgNuaeI https://www.youtube.com/watch?v=C1dTSgNuaeI Misturador planetário https://youtu.be/aF6luhQLY64 Técnicas de Mistura https://youtu.be/aF6luhQLY64 Misturador helicoidal Fonte: ALLEN Jr et al, 2013 Técnicas de Mistura Sequência de Operações Preparo de Pó Medicamentoso Trituração Tamisação Pesagem Mistura de pós Envase Sachê Envase de pós Envase de pós https://www.youtube.com/watch?v=qt2QReKVldw https://www.youtube.com/watch?v=qt2QReKVldw Forma Farmacêutica Sólidas: Cápsulas Profa Jaqueline M Wuo Cápsulas É a forma farmacêutica sólida em que o princípio ativo e os excipientes estão contidos em um invólucro solúvel duro ou mole, de formatos e tamanhos variados, usualmente, contendo uma dose única do princípio ativo. Uso interno – via gastrointenstinal (Farmacopéia Brasileira V ed.) Cápsulas de gelatina dura Classificação Cápsulas de gelatina mole Pós Semissólidos Líquidos (LICAPSTM) Cápsulas menores Comprimidos Soluções Suspensões Vantagens e Desvantagens ➢depende da idade e se a pessoa não tem dificuldade) ➢ Fácil identificação ➢Mascaramento do sabor desagradável ➢Boa estabilidade ➢ Fácil formulação ➢Rompem-se facilmente liberando o IFA ➢Não fracionáveis ➢Adesão na parede do estômago* (presença de água) ➢ Sensibilidade a temperatura e umidade (cápsula mole) ➢ Incompatível com substâncias: ▪Higroscópicas ▪Deliquescentes - Material ou substância que se dissolve com apenasa água que absorve do ambiente. ▪Que formem misturas eutéticas (misturas com baixo ponto de fusão) Cápsulas duras ➢ Invólucro de gelatina (animal ou vegetal) ➢Vários tamanhos/ capacidades ➢ Transparentes ou opacas ➢Devem estar completamente cheias (adição de excipiente - diluente) Cápsulas de gelatina dura no tamanho real. Da esquerda para a direita, tamanhos 000, 00, 0, 1, 2, 3, 4 e 5. Fonte: ALLEN Jr et al, 2013 Produção do invólucro de gelatina Fonte: ALLEN Jr et al, 2013; http://www.farmacapsulas.com; Empty capsule production 1 – Imersão 2 – Secagem 3 – Remoção 4 – União de corpo e tampa Cápsulas Duras Ver após 6min Cápsulas duras: material de enchimento Pós Pellets Cápsula Comprimido Sistema de liberação modificado Diagrama de fluxo da preparação de cápsulas em equipamentos automatizados Fonte: ALLEN Jr et al, 2013 Preparação de cápsulas de gelatina dura Encapsuladeira - automatizada https://www.youtube.com/watch?v=Huq7SeTVFhk https://www.youtube.com/watch?v=Huq7SeTVFhk Preparação de cápsulas de gelatina dura 1. Desenvolvimento e preparação da formulação e seleção do tamanho da cápsula. 2. Preenchimento dos invólucros. 3. Selagem das cápsulas (opcional). 4. Limpeza e polimento das cápsulas cheias. Preparação de cápsulas de gelatina dura Cápsulas moles ➢ São preparadas com películas de gelatina as quais se acrescentou glicerina ou um álcool poli-hídrico como o sorbitol, para tornar a gelatina elástica ou parecida com um plástico ➢ Essas cápsulas, que podem ser oblongas, ovais ou redondas, podem conter líquidos, suspensões, materiais pastosos ou pós secos Cápsulas moles - Vantagens ➢ Permitem acondicionamento de IFAs líquidos ou semissólidos ➢ Grande capacidade industrial ➢ Aumentam a biodisponibilidade ➢ Uniformidade de dose ➢ Atraentes e facilmente deglutidas Cápsula mole- produção https://www.youtube.com/watch?v=Hrt3FfVgKpQ https://www.youtube.com/watch?v=Hrt3FfVgKpQ Cápsula Mole- produção Cápsula mole- verificação do filme https://www.youtube.com/watch?v=LQY86-Ft_po https://www.youtube.com/watch?v=LQY86-Ft_po Testando os conhecimentos Marque V (verdadeiro) ou F (Falso) nas afirmativas a seguir: A FF pó é muito vantajosa quando comparada aos comprimidos e formulações liquidas ( ) Os pós não podem ser administrados secos ( ) Os pós não apresentam instabilidades química ( ) Os pós não são considerados produto acabado ( ) As cápsulas não tem quantidade de dose correta ( ) As cápsulas podem ser fracionadas ( ) As cápsulas só podem conter pó em seu interior ( ) As cápsulas moles não são seguras ( ) Há uma grande variação na quantidade de ativos que podem ser produzidos em cápsulas mole ( )