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Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 1 Fundamentos da Termodinâmica: Lei Zero: Temperatura e 1a Lei: Conservação da Energia Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 2 Algumas perguntas ● Por que nós nos sentimos mais refrescados quando está muito quente e seco e nós nos molhamos? ● Por que esta sensação não ocorre quando o dia está muito quente e úmido? ● Que tipo de reação é responsável pela energia que usamos para andar, viver...? ● Que tipo de reação é responsável pelo envelhecimento da pele e do corpo? ● Como se obtém ferro do minério de ferro? ● Por que o ferro enferruja? O que é ferrugem? ● Por que um espelho embaça quando expiramos sobre ele? ● Por que o álcool evapora? Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 3 Também empregamos a termodinâmica para: ● A previsão do tempo meteorológico. ● A preparação de alimentos. ● Um copo de refrigerante gelado. ● A geladeira, o ar condicionado, o aquecedor. ● A combustão, a formação de ferrugem. ● A obtenção de um metal a partir do óxido/sulfeto. ● A separação de contaminantes de um efluente. ● A bateria de carro, a célula a combustível. ● A destilação da gasolina, a síntese de um composto orgânico, ou inorgânico. Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 4 O que é termodinâmica? ● Uma abordagem dos fenômenos da natureza envolvendo energia, calor e trabalho (origem da palavra: calor + força/potência (gr.)). ● Uma descrição simplificada e macroscópica dos fenômenos da natureza que condicionam a matéria: térmico, mecânico, químico, superficial, gravitacional, elétrico, magnético... (Robert DeHoff) ● Um formalismo matemático sobre fenômenos da natureza fundamentado em um pequeno número de postulados. Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 5 Por que precisamos da Termodinâmica? Sistema de 1 componente que se movimenta livremente com choques elásticos no interior de uma caixa. Posição: x(t), y(t), z(t) Momento: mvx(t), mvy(t), mvz(t) 6 variáveis em função do tempo Sistema com 1 mol ( No=6,023.1023 ) componentes que se movimentam livremente com choques elásticos no interior de uma caixa. Número de variáveis = 6 x 6,023.1023 Computador com relógio de 10 GHz=1010 Hz Tempo de cálculo = 6 x 6,023.1023 x 10-10 = 3,614.1014s Equivale a 11,46.109 anos Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 6 Abordagens termodinâmicas ● Fenomenológica – aborda os fenômenos observados experimentalmente que ocorrem nos materiais. ● Estatística – explica e prediz as propriedades dos materiais a partir da sua estrutura atômica. ● Quântica – explica e prediz as propriedades dos materiais a partir das soluções de equações quânticas. Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 7 Sistemas termodinâmicos SimSimSimAberto SimNão (adiabática) SimSim (diatérmica) NãoFechado NãoNãoNãoIsolado[1] TrabalhoCalorMatériaSistema Interação com a vizinhança [1] Todo sistema isolado é naturalmente adiabático. Sistema Termodinâmico: Uma região do universo sob estudo contendo matéria e limitada por uma superfície. Vizinhança: Toda região externa ao sistema termodinâmico. Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 8 Uma definição de termodinâmica ● A termodinâmica é parte das ciências físicas e químicas que procura determinar as condições de equilíbrio e o sentido das reações, ou transformações, de sistemas contendo um grande número de átomos, ou moléculas, sem que seja necessário conhecer exatamente a condição de cada átomo, ou molécula. Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 9 Classificação de Sistemas Termodinâmicos ● Com relação à troca de matéria e calor com a vizinhança: aberto, fechado, ou isolado. ● Com relação ao número de componentes: unário, binário, ou multi-componente. ● Com relação à presença de fases: monofásico, ou multi-fásico. ● Com relação à existência de reações químicas: sem reação, ou reativo ● Com relação à presença de outros efeitos: simples, ou complexo (campos elétricos, magnéticos, etc. Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 10 Exemplos de Classificação ● Alumínio puro ● Banho de aço líquido e escória líquida ● Forno elétrico a arco carregado e operacional ● Água a 25oC ● Água fervente a 1 atm ● Café dentro de um garrafa térmica perfeita ● Queimadores a gás ● Queimadores a óleo Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 11 Mais Exemplos de Sistemas ● Garrafa térmica – Isolado e, portanto, adiabático para tempos curtos – Fechado e diatérmico, para tempos longos ● Garrafa PET de refrigerante – Fechado e diatérmico, para tempos curtos – Aberto, para tempos longos ● Efluente industrial chegando numa lagoa – Aberto, para tempos médios e grandes massas. – Fechado, para tempos curtos e pequenas massas Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 12 Estados Termodinâmicos 1/2 Dependem unicamente de suas propriedades. Não dependem do caminho percorrido para alcançá-los A B C Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 13 Estados Termodinâmicos 2/2 A variação de uma função de estado ao longo de um circuito fechado é zero. A B C Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 14 Matemática das Funções de Estado ∮ f x , y=0 A integral da função ao longo de um caminho fechado é zero. df x , y= ∂ f ∂ x y d x∂ f ∂ y x d y A função f possui uma diferencial exata ∂2 f ∂ x∂ y = ∂ 2 f ∂ y∂ x Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 15 Diferenciais Inexatas e Exatas 1/3 d G x , y =2y dx2x dy=L x , y dxM x , y dy ∂L ∂ y =2 é igual a 2=∂M ∂ x É diferencial exata!! d F x , y = x2 y dx y2 x dy=Lx , y dxM x , y dy ∂L ∂ y =x2 é diferente de y2=∂M ∂ x Não é diferencial exata!! G x , y =2xyConstante A integral desta função não depende do percurso proposto. Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 16 Diferenciais Inexatas e Exatas 2/3 Dois caminhos distintos: A) De (0,0) até (1,0) e de (1,0) até (1,1) B) De (0,0) até (1,1) em linha reta y=x (1,0) (1,1) (0,0) y x B : y=x=t logo ∫0 1 t 2 . t.dt∫0 1 t2 . t.dt=∫0 1 2.t 3dt= 1 2 d F x , y = x2 y dx y2 x dy A : ∫0 1 x2 .0.dx∫0 1 y2 .1.dy=1 3 Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 17 Diferenciais Inexatas e Exatas 3/3 Dois caminhos distintos: A) De (0,0) até (1,0) e de (1,0) até (1,1) B) De (0,0) até (1,1) em linha reta y=x (1,0) (1,1) (0,0) y xd G x , y =2 ydx2x dy A : ∫0 1 2.0.dx∫0 1 2.1.dy=2 B : y=x=t logo ∫0 1 2.t.dt∫0 1 2.t.dt=∫0 1 4.t dt=2 ∫0,0 1,1 dG x , y =[G x , y ]0,0 1,1 =G1,1−G 0,0=2.1.1=2 Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 18 Exemplos de transformações termodinâmicas: Potenciais Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 19 Propriedades Termodinâmicas ● Variáveis de Estado não dependem do caminho de transformação/reação – Propriedades Intensivas (T, P, ) ● Não depende do tamanho do sistema – Propriedades Extensivas (N, n, m, V, H, G, S) ● Depende do Tamanho do Sistema ● Variáveis de Processo dependem do caminho Kilograma (kg) tonelada, mol massa Litro (L)metro cúbico (m3)Volume Atmosfera (atm)bar e PascalPressão Celsius (oC)Kelvin (K)Temperatura Unidades ToleradasUnidade SI Propriedade Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 20 Leis Termodinâmicas Abordagem Fenomenológica ● Lei Zero – existe uma medida experimental capaz de distinguir corpos quentes e frios. Temperatura. Calor flui da maior para a menor temperatura. ● Primeira Lei – Energia é conservada.– Toda substância possui uma energia interna e a energia interna de um sistema é conservada. – Calor e Trabalho são maneiras de expressar o transporte de energia ● Segunda Lei – Entropia ● Terceira Lei – Valor absoluto da entropia Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 21 Lei Zero: Temperatura ● Existe uma medida experimental capaz de distinguir quão mais quente, ou mais frio, um corpo está quando comparado com outro. ● Se um sistema A estiver em equilíbrio térmico com um sistema B e o sistema B estiver em equilíbrio térmico com o sistema C, então o sistema A estará em equilíbrio térmico com C. ● Sistemas que estão em equilíbrio térmico possuem a mesma temperatura. Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 22 Energia Interna U=N o 1 2 mv2 U= 3 2 n RT Sólidos – energia devida ao movimento vibracional das partículas. (osciladores harmônicos) sólido de Einstein sólido de Debye Gases - energia cinética devida ao movimento livre das partículas. Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 23 Energia Interna de um Gás Ideal: dedução aproximada 1/2 Energia(1 particula)=U 1= 1 2 mv 2 tempo para impacto=τ= lv mudança de momento=Δ p=2mv Força=mudança de momento tempo de impacto = Δ p τ = 2mv2 l Velocidade constante, Todas as partículas com a mesma velocidade, Recipiente é um cubo Pressão(1 partícula)= Força Área =2mv 2 l3 =2mv 2 V Lado do cubo=l Volume do cubo=V=l 3 Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 24 Energia Interna de um Gás Ideal: dedução aproximada 2/2 Lado do cubo=l Volume do cubo=V=l 3 Cubo possui 6 lados, logo 1/6 das partículas deverão estar colidindo com uma determinada parede. U=N AU 1 Pressão( N A 6 partículas)=P= N A 6 2mv2 V Para 1 mol de partículas, a energia total será dada por 1 2 RT P= N A 6 4U 1 V P V=23 U →U= 3 2 PV= 3 2 RT Partição da energia por grau de liberdade da partícula Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 25 Variação da Energia Interna Quando um processo desloca um sistema do estado termodinâmico I para outro estado termodinâmico F, a energia é conservada durante todo o processo. UI UF Entra calor Q Executa trabalho W U F=U IQW U=U F−U I=QW Tipos de trabalho: mecânico, elétrico, magnético, químico, etc. dU=QW Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 26 Convenção de Sinais ● Transferência de Calor – Q é positivo quando o sistema absorve calor, o processo é endotérmico. – Q é negativo quando o sistema libera calor, o processo é exotérmico. ● Execução de Trabalho – W é positivo quando o sistema sofre um trabalho da vizinhança. – W é negativo quando o sistema realização um trabalho sobre a vizinhança. Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 27 Trabalho mecânico W=∫Força .deslocamento=∫F x.dx W=∫ FA Adx=∫P dV ou W=P.dV P é a pressão hidrostática (Pa = N/m2) V é o volume (m3) Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 28 Processo a Volume Constante Volume constante não produz trabalho mecânico, portanto, todo o calor que entra, ou sai, do sistema altera a energia interna do sistema. U=U I−U F=Q Transferência de energia térmica altera a temperatura do sistema. Capacidade calorífica a volume constante CV= QV d T = dU dT V Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 29 Processo a Pressão Constante O trabalha realizado pelo sistema sobre a vizinhança por uma pressão constante será dado pela expressão W=∫P.dV=P.V f−V i=P.V Logo, a variação da energia interna é dada por: U=Q−P. V U f−U i=Q−P.V f−V i Q=U f−U iP.V f−V i=U fP.V f −U iP.V i EntalpiaQ=H f−H i= H H=UP.V Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 30 Entalpia, H Entalpia é uma medida da quantidade de calor liberada, ou absorvida, durante um processo a pressão constante. A Primeira Lei se aplica naturalmente para a Entalpia. Capacidade Calorífica a Pressão Constante: H=UP.V CP= QP d T = dH dT P Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 31 Tipos de entalpia Variação da entalpia devido a mudança de temperatura, ou Calor Sensível. H=∫T i T f cPdT Variação da entalpia devido a uma transformação de fase, ou Calor Latente. H T , Variação da entalpia resultante de uma reação química. H T , AB=AB Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 32 Circuito Fechado Entalpia uma Função de Estado H 14 H 43 H 32 H 21=0 H 21=∫ T fus T final CpdT1 solH(Tfus) Temperatura En ta lp ia 2 3 4 H 43=∫ T final T fus Cp dT H 32= solH T fus H 14=−H 41 H 41= solH T fus∫ T fus T final Cp−Cp dT Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 33 Circuito Fechado para o Cálculo de Funções Termodinâmicas ●Arbitra-se um sentido para caminhar ●Numera-se o circuito em todos os pontos de descontinuidade (reações de primeira ordem) ●Se o sentido coincidir com números crescentes, a entalpia é positiva, caso contrário, ela é negativa. ●A soma de todas as variações de entalpia precisa ser nula, porque a entalpia é um função de estado. Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 34 Variação da Entalpia de Formação do Ferro ●Observar o valor da entalpia das diferentes substâncias a 298,15K. ●A variação da entalpia para a formação do óxido de ferro é a diferença ponderada entre os valores suberiores e o valor inferior. Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 35 Estado de Referência para Entalpia Entalpia não possui um valor absoluto porque é uma medida de energia, somente possui significado como valor relativo. Estado Padrão: Pressão de 1 bar (aceitável 1 atm), temperatura de interesse Estado de Referência: Temperatura de 25°C (298,15 K) opcional (0 K) A entalpia dos elementos na sua forma mais estável no estado padrão e na temperatura de referência de 25°C é arbitrada como ZERO http://www.codata.org/ Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 36 Entalpias Padrão a 298.15 K (25oC) Ferro (Fe) é cúbico de corpo centrado a 298.15 K H oFe ,298K=H oFe ,298K=0 Oxigênio é gasoso, O2, a 298.15 K H oO2, 298K=H oO2, 298K=0 Entalpia do óxido de Ferro, Fe2O3, a 298.15 K 2Fe3 2 O 2=Fe2O3 f H oFe2O 3 ,298K =H oFe2O 3 ,298K −2H oFe ,298K − 3 2 H oO2 ,298K f H oFe2O3 ,298K=H oFe2O3 ,298K Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 37 Exemplo: Variação da Entalpia de substância pura Elemento na sua forma mais estável, Fe, Cu, O2, N2, sem mudar de fase. Aquecimento, ou resfriamento, é calor sensível: H oCu ,298800K = H oCu ,298∫298 800 cPCu , cfcdT Com mudança de fase: H oCu ,298T = H oCu ,298∫298 T fusao cPCu ,cfc dT H oCu , fusao ,T fusao∫T fusao T final cPCu , liqdT Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 38 Exemplo: Variação de entalpia de uma reação Sn(cr,branco)+0,5 O2(g) = SnO(cr) fHo(SnO,298,15) = -280,71kJ/mol Sn(cr,branco) + O2 = SnO2(cr) fHo(SnO2,298,15) = -577,63 kJ/mol SnO + 0,5 O2 = SnO2 rHo(298,15) = fHo(SnO2,298,15) – fHo(SnO,298,15) = -296,92 SnO = Sn(cr,branco) + 0,5 O2 fHo(SnO,298,15) = 280,71 kJ/mol Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 39 Equilíbrio Térmico entre dois corpos Tf TqTf T 111 2 1 2 Corpos estão inicialmente isolados Corpos entram em contato térmico H 1T f H 2T q=H 1T H 2T 0=H 1T −H 1 T f H 2T −H 2T q m1 .C p1 . T−T f m2.C p2 . T−T q=0 Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Robertode Avillez 40 Calorimetro Adiabático de Queda Tq Calorímetro Forno TC M C .CP .T−T C H T −H T q=0 M C .CPCapacidade Térmica do Calorímetro Dados Conhecidos Temperatura inicial do calorímetro Temperatura final do calorímetro e amostra Temperatura inicial da amostra T C T T q Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 41 Balanço de Massa Massa é conservada (Reator) Acumula Entra Sai M entra=M acumM saiProcesso Estático Processo Dinâmico M entra tempo = M acum tempo M sai tempo Transformar massa em número de moles de cada elemento que a constitui. Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 42 Balanço Energético Energia (Entalpia) é conservada (Reator) Acumula Entra Sai H entra=H acumH saiProcesso Estático Processo Dinâmico H entra tempo = H acum tempo H sai tempo Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 43 Balanço Térmico Depende o sistema de interesse Normalmente inclui balanço de massa Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 44 Balanço Térmico de um Forno de Reaquecimento Forno de Reaquecimento Tarugos, 1400 K130000 kg/h Tarugos, 298 K 130000 kg/h Ar com excesso, 25% 298 K Combustível, 298 K Gases efluentes com 4,6% O2, 1500K Ar infiltrado 100 kg/h Perda térmica Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 45 Forno de Reaquecimento 1/6 H Queima estequiométrica do combustível libera 40000kJ/kg Composição do combustível 85% C - 14% H - 1% S (% em massa, wt%) Consumo de combustível 100 kg/h 85 kg C => 85000/12 moles de C; 1 C => 1 CO2 => 1 O2 14 kg H => 14000/1 moles de H; 2 H => 1 H2O => 0,5 O2 1 kg S => 1000/32 moles de S; 1 S => 1 SO2 => 1 O2 A queima estequiométrica requer: n O2= 85000 12 0,5. 14000 2 1000 32 =10614,58 Moles de O2 Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 46 Forno de Reaquecimento 2/6 A quantidade de ar injetado está associado ao consumo de oxigênio estequiométrico e a quantidade de oxigênio em excesso (isto é, além da estequiometria da queima). 1 mol de ar = 0,21 mol de O2 + 0,79 mol de N2 nari nO2i = n ar i 13268,23 = 1 0,21 ⇒n ar i=63182,04 Naturalmente a quantidade de Nitrogênio é dada por: n N 2i=0,79.n ar i=49913,81 25% excesso de oxigênio n O2xc=0,25×10614,58=2653,65 n O2i=1,25×10614,58=13268,23 Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 47 Forno de Reaquecimento 3/6 Balanço de Massa A queima estequiométrica produz a 25°C: 1 C => 1 CO2, logo 85 kg C => 85000/12 moles de CO2 2 H => 1 H2O, logo 14 kg H => 14000/2 moles de H2O 1 S => 1 SO2, logo 1 kg S => 1000/32 moles de SO2 Nitrogênio total (não reagido) => 49913,81 + 0,79.n(ar infiltrado) Oxigênio total (não reagido) => 2653,65 + 0,21.n(ar infiltrado) Aço aquecido => 130.000.000/56 moles de Fe Na realidade deveria ser calculado a massa molecular do aço com sua composição correta, mas esta é uma aproximação. Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 48 Forno de Reaquecimento 4/6 A quantidade de ar infiltrado (inf) pode ser determinada com auxílio da fração de oxigênio medida nos gases efluentes porque conhecemos as quantidades exatas de todos os gases injetados e reagidos, somente desconhecemos a quantidade de ar infiltrado f O 2= n (O2)xc+ 0,21n(ar )inf n(O 2)xc+ n (N 2)i+ n(ar )inf + n(CO2)+ n (H 2O)+ n(SO 2) A quantidade de ar infiltrado é importante porque este ar também precisa ser aquecido da temperatura ambiente até a temperatura de saída dos gases efluentes. Resulta em perda térmica! Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 49 Forno de Reaquecimento 5/6 Balanço térmico Inicial A queima a 25°C fornece 40000 kJ por kg de combustível 100 kg de combustível resultam em H(25°C, combustão) = 4.000.000 kJ Esta entalpia será empregada para aquecer todos os gases resultantes da queima e de excesso de ar mais o aço que entra o forno mais o próprio forno e suas perdas H (Fe)=n(Fe)[H (Fe ,T final)−H (Fe ,25 oC) ] H (N 2)=n(N 2)t [H (N 2,T final)−H (N 2, 25 oC )] H (O2)=n(O 2)t [H (O2,T final)−H (O2, 25 oC )] Se a temperatura inicial, T inicial, for diferente de 25°C, é necessário incluir a entalpia associada com o calor sensível para aquecer os gases de entrada e o ferro (aço). Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 50 Forno de Reaquecimento 6/6 Balanço térmico Final Como a entalpia é conservada, toda a entalpia disponível na condição inicial do forno também deverá estar disponível para qualquer condição final. Esta entalpia será empregada para aquecer todos os gases resultantes da queima e de excesso de ar mais o aço que entra o forno mais o próprio forno e suas perdas H N 2=n N 2t aquecH N 2, 298até1500K H H 2O=nH 2O [ f H H 2O ,25 oC aquecH H 2O , 298até1500K ] H CO2=nCO2[ f H CO2, 25 oC aquecH CO2, 298 até1500K ] H SO 2=nSO2[ f H SO2, 25 oC aquecH SO2, 298até1500K] H Fe=nFeaquecH O2, 298até 1400K H O2=n O 2xc aquecH O2, 298 até1500K Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 51 Diagrama de Sankey Forno de Reaquecimento Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 52 Forno de Reaquecimento com Recuperador Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 53 Forno de Reaquecimento com recuperador Diagrama de Sankey Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 54 Composição de Gases Ideais Condições Normais de Temperatura e Pressão, CNTP: 0oC, ou 273.15 K, e 1 atm, ou 101325 Pa V=22,414.10-3 m3/mol (Sistema Internacional recomenda 1 bar = 100000 Pa V=22,711.10-3 m3/mol Composição fornecida em termos de fração molar (percentagem), ou fração volumétrica (percentagem). Estes dois valores são idênticos. Volume de gás empregado em qualquer temperatura e pressão é sempre recalculado nas CNTP. Se os gases forem ideais, emprega-se a equação de estado para realizar a conversão. Roberto R. de Avillez Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 55 Definindo Composições 1/2 Fração Molar do componente A é igual ao número de moles deste componente (elemento, ou composto) dividido pelo número total de moles de todos os componentes presentes no sistema Para um sistema binário com mA moles do componente A ,com massa molecular MA, e mB moles do componente B ,com massa molecular MB. w A= mA mAmB x A= mA M A mA M A mB M B Fração em massa Fração molar Fevereiro/2012 Termodinâmica-Fundamentos-Roberto de Avillez 56 Definindo Composições 2/2 Molaridade = moles do componente A em 1 L (1 dm 3) de solução [A]= mA/M A mAmsolvente é a massa específica da solução em unidades [g/L], ou [kg/L], ou corrigida de modo apropriado. Molalidade = moles do componente A em 1 kg de solvente [A]= mA/M A msolvente onde msolvente=1 kg Roberto R. de Avillez Medidas de Concentração em Moles ● Concentração Molar: moles por volume de solução – a quantidade de solvente (normalmente água) e completar com o solvente até o volume desejado. – A principal dificuldade teórica é determinar a densidade correta da solução, que é função do teor do composto dissolvido. – Molaridade ● Concentração Molal: moles por massa de solvente – Preparação experimental um pouco mais elaborada mas fornece um valor que permite uma comparação teórica mais correta. – Molalidade
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