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Livro Contabilidade de Custos Uniasselvi Tecnico Contabil

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Prévia do material em texto

CONTABILIDADE 
DE CUSTOS
Autor
Delma da Silva
Indaial – 2021
1a Edição
Indaial – 2021
Contabilidade de 
Custos
Prof. Delma da Silva
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Delma da Silva
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
apresentação
Olá, estudante!
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Contabilidade de Custos! 
Neste material, você conhecerá os conceitos básicos relacionados 
ao tema e sua aplicabilidade no dia a dia de uma empresa industrial e no 
comércio. 
A temática é importante porque a competitividade afeta todos os 
tipos de organizações, independentemente de seu segmento. Além disso, 
atualmente, os consumidores estão mais espertos e exigentes, procurando 
aliar qualidade e preço. Assim, as empresas precisavam alcançar a 
lucratividade a partir de baixos custos e gastando pouco para não perder 
a qualidade de seus produtos, tendo os fornecedores como aliados, a fim 
de gerar vendas significativas. Para que isso seja uma realidade, a empresa 
precisa conhecer as necessidades do mercado. 
Portanto, a fim de melhorar as informações internas, os gestores 
utilizam estratégias ligadas à contabilidade de custos, área em que se 
concentram os cálculos para explicar o custo dos produtos fabricados ou 
vendidos e os serviços prestados.
Nesse sentido, diante desse contexto, fique atento ao conteúdo que 
preparamos para aprender conceitos, terminologias e demais aplicabilidades 
da contabilidade de custos, bem como os melhores elementos utilizados para 
a tomada de decisão.
Bons estudos!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento ...........................................................................................9
TÓPICO 1 - Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos ...........................13
TÓPICO 2 - Tipificação de custos e despesas ....................................................................................25
TÓPICO 3 - Diferença entre gastos e custos......................................................................................37
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque ................................45
TÓPICO 1 - Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida ....49
TÓPICO 2 - Contabilidade de Custos Industrial e Comercial .........................................................63
TÓPICO 3 - Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC ....................................................73
UNIDADE 3 - Prática da Contabilidade de Custos ...........................................................................87
TÓPICO 1 - Apuração dos custos de fabricação ................................................................................91
TÓPICO 2 - Formação de preço .........................................................................................................105
TÓPICO 3 - Contabilização de custos ...............................................................................................113
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................129
1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
Entendendo o Planejamento 
UNIDADE 1 
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um 
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos 
apresentados.
TÓPICO 1 - Introdução, definição e terminologias da contabilidade 
de custos
TÓPICO 2 - Tipificação de custos e despesas
TÓPICO 3 - Diferenças entre gastos e custos.
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender o propósito da atividade da contabilidade de custos;
• identificar a importância da área para a gestão de uma empresa;
• conhecer as terminologias da contabilidade de custos;
• compreender a relevância do objetivo da contabilidade de custos em au-
xiliar no planejamento das empresas;
• analisar as informações que o setor de custo das organizações detêm para 
a determinação do processo de produção.
22
3
Introdução da unIdade
A contabilidade de custos é uma parte da ciência contábil dedicada 
ao estudo coerente dos custos incorridos para se obter vendas ou bens de 
consumo, sejam eles produtos ou mercadorias, sejam eles serviços.
O departamento com a função financeira é responsável por 
acumular, organizar, analisar e interpretar o custo de produtos, estoques, 
serviços, componentes organizacionais, planos operacionais e atividades de 
distribuição. Assim, pode-se determinar os lucros, controlar as operações 
e auxiliar as operações, permitindo aos gestores estarem mais cientes no 
processo de tomada de decisão (MARTINS, 2018). 
Desse modo, com esta unidade, você aprenderá a determinar 
com precisão o custo de produtos e serviços, entenderá como aplicar seu 
conhecimento em custos de produtos e serviços para determinar preços de 
venda, licitar contratos e analisar a lucratividade relativa dos itens desejados. 
Além disso, aprenderá como utilizar a tecnologia para medir gerentes 
e subordinados no desempenho do departamento da organização, como 
projetar um sistema de contabilidade adequado para os sistemas de produção 
e distribuição da organização e como usar o sistema de contabilidade 
enquanto uma ferramenta para motivar os gerentes a perseguirem as metas 
organizacionais. 
4
5
UNIDADE 1
1. Introdução, definição e terminologias da 
contabilidade de custos
TÓPICO 1
1.1 Introdução do tópico
Vamos iniciar nossa trilha de conhecimento e aprendizado sobre a 
contabilidade de custos estudando a respeito de definições e terminologiasrelacionadas ao assunto. Dessa maneira, antes da largada para os cálculos — 
que serão inúmeros ao longo da disciplina! —, iniciaremos compreendendo o 
conceito da contabilidade de custos. Provavelmente você já deve ter ouvido ou, 
até mesmo, conhece esse conceito, mas, aqui, irá entender sua aplicabilidade na 
rotina de uma empresa e/ou de um comércio.
No decorrer da leitura, imagine-se um empresário, sedo que cada operação 
e transação devem ser visualizadas como se estivessem ocorrendo em tempo real. 
Vamos, então, desbravar esse seu lado empresário? Acompanhe o conteúdo!
1.2 Introdução à contabilidade de custos
A contabilidade de custos nos fornece uma compreensão abrangente 
quanto aos conceitos de custos, seu comportamento e às técnicas relacionadas ao 
tema. Também nos possibilita o entendimento de como essas particularidades são 
aplicadas nas empresas de manufatura e serviços. 
Eliseu Martins (2018, p. 10), em seu livro Contabilidade de Custos, define os 
custos da seguinte forma: 
O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, 
como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens 
e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um 
serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que 
imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo 
de sua estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um 
bem, surge o custo da matéria-prima como parte integrante do bem 
elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica 
ativado até sua venda.
De modo geral, as entidades consomem todos os dias matéria-prima, 
materiais de embalagens, energia elétrica e demais insumos. As despesas, 
então, podem ser usadas para gerenciar, vender produtos, produzir, contratar 
transportadoras, pagar salários de colaboradores, transportar e treinar 
funcionários, gerenciar um projeto ou uma área, realizar a manutenção de 
equipamentos, pagar o aluguel, entre outras possibilidades.
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
6
Figura 1 - Sistema de informações gerenciais
Sistema de informações gerenciais
Contabilidade
 financeira
Contabilidade 
gerencial
Contabilidade 
de custos
Sistema 
orçamentário
Fonte: Martins (2018, p. 15).
Em suma, não importa se o escopo de negócios da empresa é comercial, 
prestadora de serviços ou indústria. Sempre envolverá muitas despesas.
Estudiosos acreditam que a contabilidade de custos surgiu na Revolução 
Industrial, com o objetivo de avaliar a quantidade de estoque das empresas 
por meio do processo de inventário das matérias-primas utilizadas no processo 
produtivo, bem como a quantidade de produtos que estão em processo de 
fabricação ou que já foram finalizados. A respeito desse assunto, Martins (2018, 
p. 3) nos explica que, “Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia 
a contabilidade financeira (ou geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, 
estava razoavelmente bem estruturada para servir as empresas comerciais”.
Figura 2 - Contabilidade de custos
Fonte: Pixabay (2021).
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
7
Logo, temos que a contabilidade de custos fornece dados de custos 
detalhados necessários para que o gestor tenha controle das operações atuais e 
consiga planejar o futuro. Ela é a base de todas as atividades empresariais, utilizada 
como ferramenta para planejar e controlar a produção dos produtos, assim como 
para tomar decisões quanto aos custos indiretos e diretos das matérias-primas e 
de mão de obra.
De acordo com Martins (2018), a fórmula aplicada para estoque, por 
exemplo, é dada por compras, menos estoque, resultando no custo de mercadorias 
vendidas. 
ATENCAO
Temos, ainda, que princípios e convenções são utilizados na contabilidade 
de custos, como competência, registro pelo valor original e prudência 
(conservadorismo). Observe a figura a seguir para entender melhor!
Figura 3 - Princípios e convenções aplicados à contabilidade de custos
Princípio da 
Competência
Convenção do 
Conservadorismo
Convenção da
 Materialidade
Princípio da 
Prudência 
(Conservadorismo)
Princípio do Registro
 pelo Valor Original
Princípios e 
Convenções 
Contábeis
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
A grosso modo, os princípios e as competências funcionam do seguinte 
modo:
• 	 princípio da competência: estabelece que os efeitos das transações 
e demais eventos sejam confirmados dentro do prazo em que são 
cotados, independentemente de recebimento ou pagamento;
• 	 princípio do registro pelo valor original: estabelece que os 
componentes do patrimônio devem ser registrados primeiramente no 
valor original da transação, expresso em moeda nacional;
• 	 princípio da prudência (conservadorismo): sempre que forem 
propostas alternativas de alteração do valor patrimonial líquido que 
sejam efetivas, deve-se determinar o menor valor do ativo e o maior 
valor do passivo;
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
8
• 	 convenção do conservadorismo (uniformidade): os padrões 
utilizados na convenção para determinar fatos e ações administrativas 
não devem ser alterados com frequência, ou seja, após um período, 
métodos e padrões uniformes devem ser usados para registrar fatos 
contábeis e preparar demonstrações financeiras;
• 	 convenção da materialidade (relevância): do ponto de vista de 
registro e controle, certas contas não devem ser relacionadas a valores 
ou fatos não relacionados.
Os princípios da contabilidade de custos foram desenvolvidos para 
permitir que os fabricantes consigam lidar com muitos custos diferentes 
associados à fabricação, fornecendo seus próprios recursos de controle. 
Figura 4 - Aplicabilidade da contabilidade de custos
Fonte: Anna Nekrashevich, Pexels (2021).
As informações geradas pelo sistema de contabilidade de custos fornecem 
uma base para determinar os custos dos produtos e preços de venda, ajudando a 
administração a planejar e controlar as operações organizacionais.
Com essa pequena introdução da contabilidade de custos, já podemos 
perceber quantas definições e quantos termos podem ser relacionados à área, não 
é mesmo? Por isso, no próximo item, conheceremos a definição da contabilidade 
de custos.
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
9
1.3 Definição da contabilidade de custos
Quando o processo produtivo da empresa se dava de forma totalmente 
manual, o cálculo do custo de produção era alcançado a partir de dois fatores: 
mão de obra e matéria-prima consumida. Para Martins (2018, p. 11): 
Pela própria definição de custo, podemos entender, ainda mais 
sabendo da origem histórica, por que se generalizou a ideia de que 
contabilidade de custos se volta predominantemente para a indústria. 
É aí que existe a produção de bens e onde a necessidade de seu 
custeamento se torna presença obrigatória.
Em inúmeras empresas de serviços, todavia, passou-se a utilizar 
seus princípios e suas técnicas de maneira apropriada em função da 
absoluta similaridade de situação, principalmente nas entidades em 
que se trabalha por projeto (empresas de engenharia, escritórios de 
auditoria, de planejamento etc.).
Com o crescimento da economia e das empresas, o acirramento da 
concorrência e os recursos cada vez mais escassos, houve a necessidade de 
aprimoramento dos mecanismos de planejamento e controle das atividades 
empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de uso de fatores de 
produção determinam mudanças quase ilimitadas no comportamento dos custos 
de renda.
 Figura 5 - Mão de obra
Fonte: Free-Photos, Pixabay (2021).
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
10
Portanto, a contabilidade de custos é essencial para qualquer empresa, 
principalmente em uma economia capitalista e competitiva como a nossa. 
Desse modo, sem conhecimento, é difícil tomar decisões confiáveis 
e assertivas para obter uma margem de segurança satisfatória. Nesse sentido, 
as informações sobre custos de produção e/ou comercialização — desde que 
organizadas,resumidas e reportadas de forma adequada — são essenciais. 
Ainda, existem muitos métodos de aplicação, o qual irá variar de acordo com a 
finalidade do custeio.
1.4 Terminologias da contabilidade de custos
No trançado da contabilidade de custos, nos deparamos com nomes e 
termos para conceituar e especificar o processo produtivo em uma empresa, a 
prestação de serviço, entre outras denominações. Diante disso, vamos conhecer 
algumas dessas terminologias e seus exemplos para uma melhor compreensão?
Um dos termos mais comentados diz respeito aos gastos, os quais estão 
ligados à aquisição de produto e/ou serviço, gerando para a empresa um sacrifício. 
Temos como exemplos os gastos com mão de obra ou compra de matéria-prima.
Em contrapartida, o custo está relacionado ao gasto para aquisição de 
bem e/ou serviço para utilização no processo produtivo da empresa. Nesse caso, 
podemos citar como exemplos a energia elétrica e o pagamento do aluguel de 
espaço.
Já a despesa é um serviço e/ou bem de consumo direto ou indireto que 
gerará receita. Podemos mencionar como exemplo a comissão de vendedores.
O desembolso, por sua vez, está ligado ao pagamento de bem e/ou serviço. 
Importante destacar que a empresa, para fazer o registro de recebimentos e 
pagamentos, adota dois regimes, a saber: regime de caixa (registro do recebimento 
ou pagamento no momento da transição comercial) e regime de competência 
(registro da transição comercial após o seu pagamento).
Temos, ainda, o investimento, que são os gastos para a aquisição de bens, 
direitos ou serviços (ativos da empresa); e a perda, que são os restos decorrentes 
do processo produtivo, de maneira previsível.
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
11
A utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento 
e a comunicação. De acordo com Martins (2018), custo e despesa não são sinônimos, 
tendo sentido próprio, assim como investimento, gasto e perda. O gasto é a compra 
de um produto ou serviço que gera desembolso para a entidade. Já o desembolso é o 
pagamento da aquisição do bem ou serviço. Investimento é o gasto em função de sua 
vida útil ou de benefícios atribuíveis a um período futuro. Custo é o gasto relativo a um 
bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. A despesa é o bem 
ou serviço consumido direta ou indiretamente para se obter receitas. Por fim, a perda é 
o bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária.
NOTA
Relevante mencionar, também, que podemos classificar os custos de 
várias maneiras, de acordo com a sua finalidade. Essa classificação é aplicada no 
cálculo de sistemas de custos variáveis. O importante é diferenciá-los dos custos 
fixos, a fim de obter subsídios com base nas flutuações dos custos para definir os 
preços de venda.
12
AUTOATIVIDADE
1. Como já pudemos descobrir, a contabilidade de custos é uma área 
da contabilidade que tem por objetivo calcular os valores para que a empresa, 
a partir da transformação de matéria-prima, consiga produzir seus produtos. 
Nesse sentido, relacione os termos listados a seguir às suas respectivas 
características.
I - Custo.
II - Investimento.
III - Gastos.
IV - Despesa.
V - Desembolso.
( ) Atividades com base na vida útil ou nos benefícios que podem ser 
atribuídos a períodos futuros.
( ) Bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção 
de receita.
( ) Pagamentos para a compra de bens ou serviços que podem ser 
feitos antes, durante ou depois da entrada dos utilitários comprados.
( ) Bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária.
( ) Compra de algo que trará prejuízo financeiro para a empresa a 
partir de um sacrifício representado pela entrega ou promessa de entrega de 
ativos.
Agora, assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) I, III, V, II e IV.
( ) IV, II, I, III e II. 
( ) II, I, V, IV e III.
( ) I, II, III, IV e V. 
13
2. Ao longo de nossos estudos, pudemos identificar algumas diferenças 
entre determinadas terminologias utilizadas com frequência na contabilidade de 
custos. Entre essas terminologias, temos as despesas e os custos.
Diante desse contexto, o que são as despesas para uma empresa industrial 
e o que são os custos para um comércio? Cite exemplos das suas situações.
3. Para alguns especialistas, a contabilidade de custos fornece informações 
para a contabilidade financeira quanto à contabilidade gerencial. A partir desses 
dados obtidos, o gestor da empresa consegue se orientar para a tomada de decisão. 
Diante disso, com base em nossos estudos a respeito do assunto, analise 
as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.
I - Por medir e avaliar os custos de acordo com os padrões contábeis, 
a contabilidade de custos é usada para atingir os objetivos da contabilidade 
financeira
PORQUE
II - quando usada internamente, pode satisfazer a contabilidade de 
gerenciamento fornecendo informações de custos sobre produtos, clientes, 
serviços, projetos, processos, atividades etc.
Agora, assinale a alternativa correta.
( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa 
da I.
( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
( ) As afirmativas I e II são proposições falsas.
( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
14
AUTOATIVIDADE
4. O objetivo da contabilidade é estudar o patrimônio da empresa. 
Suas principais funções são: registrar, organizar, provar, analisar e seguir 
as modificações de igualdade devido à atividade econômica ou social que a 
empresa exerce no contexto econômico.
Sendo assim, descreva o princípio da competência e sua aplicabilidade 
na contabilidade de custos.
15
5. Normalmente, o processo de produção está diretamente ligado aos 
custos de matérias-primas, mas é possível transformar um custo indireto em 
custo direto, caso possamos quantificar o objeto de custo. 
Nesse contexto, pensando a respeito das terminologias da contabilidade 
de custos, analise as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.
I - Custo é todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação 
de um serviço
PORQUE
II - tudo que é usado para produzir um bem ou serviço para ser vendido 
no mercado. 
Agora, assinale a alternativa correta.
( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
( ) As afirmativas I e II são proposições falsas.
( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
16
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
17
TÓPICO 2
UNIDADE 1
2. Tipificação de custos e 
despesas
2.1 Introdução do tópico
A competição no mercado está se tornando cada vez mais acirrada, ao 
passo que os consumidores estão exigindo preços mais baixos todos os dias. No 
entanto, normalmente, é o mercado que determina o preço de um produto ou 
serviço, não apenas o empresário que o está produzindo.
Figura 6 - Tipificação de custos
Fonte: falovelykids, Pixabay (2021).
No contexto de concorrência generalizada, é importante identificarmos se 
estamos “ganhando dinheiro” quando produzimos e vendemos nossos produtos 
e/ou serviços. Isso porque, se não tivermos lucro, a empresa não conseguirá 
continuar no mercado competitivo.
No tópico anterior, pudemos conhecer a definição de dois termos muito 
utilizados na contabilidade, que é a despesa e o custo. Agora, a partir deste 
momento, conheceremos os tipos de custos e despesas aplicados na contabilidade 
de custo. Para tanto, buscaremos novos contextos para que possa entender a 
importância dessa área não apenas para o lado empresarial, mas para o seu dia a 
dia também.
18
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
Em uma empresa, muitos gastos estão envolvidos. Estes podem ser 
divididos em despesas e custos, sendo que, dentro do âmbito dos custos, ainda 
podemos dividi-los em custos diretos,indiretos, fixos e variáveis. As despesas, 
por sua vez, podem ser divididas em ficas e variáveis.
Para complementar essa definição, vale mencionar que o custo se trata das 
despesas da empresa relacionadas aos produtos ou serviços produzidos por ela. 
Portanto, está diretamente relacionado às atividades da organização.
Figura 7 – Influência do custo e da despesa no balanço patrimonial
Custo
Integra o produto, vai para 
o estoque e aumenta o ativo
circulante.
Despesa
Reduz o lucro e vai para 
o resultado, reduzindo o 
patrimonio líquido
Fonte: Ribeiro (2016, p. 19).
Diante disso, vamos estudar cada tipo de custo e despesa para compreender 
de que forma eles influenciam na contabilidade de custos? Acompanhe o conteúdo!
2.2 Custos diretos
O custo direto é aquele que pode ser diretamente atribuível a determinado 
produto ou serviço. No entanto, também podemos dizer que é o custo diretamente 
incluído no cálculo do valor do produto fornecido. Assim, estamos nos referindo 
aos custos que podem ser medidos de forma clara e objetiva.
É possível citar como exemplos de custos diretos as matérias-primas 
utilizadas diretamente no processo produtivo, bem como a mão de obra 
relacionada e os serviços terceirizados, mas estes estão diretamente ligados à 
atividade fim da empresa.
Tipificação de custos e despesas
19
2.3 Custos indiretos
Ao contrário dos custos diretos, os custos indiretos se referem aos 
incorridos com o cálculo do valor da mercadoria fornecida por rateio. Nesse 
sentido, podemos dizer que os custos indiretos estão ligados aos custos que não 
podem estar diretamente relacionados à atividade fim da organização. 
Diante dessa definição, temos como exemplos de custos indiretos os 
gastos com energia, água, aluguel etc. Estes interferirão nos produtos fornecidos 
pela empresa, mas não estão diretamente relacionados a eles. Isto é, os gastos com 
custos indiretos não serão incluídos diretamente nos custos do produto, pois é 
necessário realizar uma avaliação para inclui-los no preço final.
Martins (2003) nos apresenta os seguintes custos de produção:
Figura 8 - Custos de produção
Matéria-prima
Embalagens
$ 2.500.000
$ 5.600.000
$ 1.000.000
$ 600.000
$ 100.000
$ 400.000
$ 300.000
$ 500.000
$ 200.000
Materiais de Consumo
Mao-de-obra
Salários da supervisão
Depreciação das Máquinas
Energia Elétrica
Aluguel do Prédio
Total
Fonte: Martins (2003, p. 31).
A matéria-prima e as embalagens podem ser apropriadas aos produtos 
que a empresa em questão está produzindo, pois foi possível identificar quando 
cada um consumiu desses itens. Os materiais de consumo, por sua vez, podem 
estar ligados aos lubrificantes das máquinas, por exemplo. Dessa maneira, eles 
não podem ser associados a cada produto diretamente. Além disso, outros 
desses materiais são de pequeno valor, então é provável que também não serão 
associados (MARTINS, 2003).
A mão de obra, por outro lado, pode estar relacionada a cada produto 
oferecido pela organização, pois normalmente se contabiliza o quanto cada 
trabalhador se empenhou na produção e o quanto esses colaboradores custam 
para a empresa. Entretanto, importante mencionar que parte dessa mão de 
obra está ligada aos chefes de equipes de produção, sendo que, nesse caso, não 
conseguimos verificar quanto atribuir disso diretamente aos produtos (MARTINS, 
2003).
20
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
Já os salários de supervisão são ainda mais complicados de alocar por 
meio de uma verificação direta e objetiva que a mão de obra dos chefes de equipes 
de produção. Afina, essa supervisão é a geral da fábrica. Nesse sentido, Martins 
(2003) nos explica que esse custo representa o gasto com a supervisão dos chefes 
de equipes.
No caso da depreciação das máquinas, é comum que as empresas 
depreciem linearmente em valores iguais por período, mas não por produto. Ela 
até poderia ser apropriada ao produto, mas precisaria ser contabilizada de outra 
maneira.
Martins (2003) cita que parte da energia elétrica pode ser alocada em 
alguns produtos, já que as máquinas envolvidas podem consumir mais força por 
possuírem um medidor próprio. Com isso, a empresa consegue verificar quanto 
consome cada item produzido. Contudo, o restante da energia é medido de forma 
geral. Por exemplo, dos R$ 500 mil apresentados, R$ 350 mil podem ser alocáveis, 
mas R$ 150 mil não.
Finalmente, temos o aluguel do prédio, que é impossível de ser medido 
diretamente o quanto pertence a cada produto.
Com base nessas explicações e no exemplo dado pelo autor, podemos 
chegar à conclusão de que algumas despesas podem ser alocadas diretamente aos 
produtos e/ou serviços oferecidos pela organização, necessitando do consumo 
exato (quantidade de quilos consumidos, embalagem, horas consumidas, 
eletricidade consumida etc.).
2.4 Custos fixos 
Os custos fixos têm certa regularidade e não mudam de acordo com as 
necessidades de produção. Exemplos claros desse tipo são os custos indiretos, o 
que pode incluir o espaço ocupado pela empresa locada, como o escritório; e um 
salário semanal fixo, ou seja, o salário e as funções da equipe de gerenciamento que 
não serão alterados com as mudanças nas vendas. A depreciação do equipamento 
também é quase sempre considerada uma despesa fixa. 
Vamos entender a respeito do custo fixo realizando uma aplicação de 
cálculo? Confira o recurso a seguir com atenção!
Tipificação de custos e despesas
21
Imagine que a empresa de embalagem Doces e Travessuras, no mês de 
setembro de 2019, teve seus custos fixos totalizando R$ 5.000,00. No mês de outubro 
do mesmo ano, ela produziu R$ 2.000,00 em produtos para vender. Dessa maneira, o 
cálculo diante das informações apresentadas é feito da seguinte maneira:
• somam-se todos os custos fixos (R$ 5.000,00);
• somam-se todos os itens produzidos (R$ 2.000,00);
• divide-se o custo fixo pela quantidade de itens produzidos ( ), a fim de 
obter o valor médio para a produção de cada item (R$ 2,50 por item).
No exemplo em questão, portanto, o custo para fabricar cada item vendido pela empresa 
é de R$ 2,50. Assim, fica clara a importância de sabermos os custos para definir o custo 
de venda dos produtos no mercado!
UNI
Alguns custos fixos podem ser reduzidos para melhorar o fluxo de caixa, 
mas isso exige que algumas decisões sejam tomadas, como mudar para um local 
de trabalho mais barato ou reduzir o número de funcionários. Por outro lado, 
outros custos fixos — a exemplo da depreciação — não melhorarão o fluxo de 
caixa da organização, mas podem melhorar o balanço patrimonial.
Para a maioria das empresas, um bom exemplo de custo fixo é o aluguel do 
local onde a organização exerce suas funções. Independentemente da produção, 
esse aluguel é sempre o mesmo, ainda que se tenha um mês de alta ou baixa 
demanda. 
2.5 Custos variavéis 
Os custos variáveis são aqueles que dependem diretamente dos requisitos 
de produção para definir o seu valor. Eles incluem itens como:
•  matérias-primas (insumos diretos): quanto mais materiais diretos a 
empresa comprar, mais gastará com eles; 
•  embalagens: quanto mais mercadorias a serem enviadas, maiores 
serão os custos envolvidos em envio e embalagem; 
•  impostos diretos sobre as vendas: ICMS, simples, ISS, PIS, COFINS, 
IPI, IRPJ ou contribuição social; 
•  mão de obra industrial: quanto mais produtos ou serviços a empresa 
oferecer, mais tempo os funcionários trabalharão;
•  comissões: quanto mais os vendedores vendem, mais comissões 
serão pagas.
22
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
A fórmula para encontrarmos os custos variáveis totais é dada pelo 
número total de um bem ou serviço vendido, vezes o custo variáveis por unidade. 
Vamos aplicar esse cálculo para uma melhor absorção do conteúdo? Acompanhe!
Suponha que a empresa Traçados e Linhas possui um negócio que vende 
camisetas. Ela vende 1.800 camisetas por mês. O custo por unidade ou para ser 
vendida cada camiseta é de R$ 17,75. Assim, os custos variáveis totais são dados por
 . Isto é, o custo variávelserá de R$ 31,95.
UNI
Porém, vale ficarmos atentos à relação entre custos variáveis e vendas, 
pois se estas aumentarem, os custos variáveis também aumentarão. Do contrário, 
se as vendas caírem, consequentemente os custos variáveis cairão. 
O aumento dos custos variáveis nem sempre é uma má notícia para o 
negócio. Isso porque, como mencionamos, quando as vendas aumentam, é 
preciso fabricar mais produtos ou se preparar para realizar mais serviços. O valor 
gasto em custos variáveis aumentará. No entanto, esse aumento nas vendas trará 
mais receita para o negócio. 
Importante ressaltar, em contrapartida, que a receita precisa crescer mais 
rápido que as despesas. Se os custos variáveis aumentarem mais rápido que a 
receita, não haverá lucro. Outro fator importante para determinar a lucratividade 
em uma empresa é a margem de contribuição variável (receita marginal). Ela é 
conhecida pela diferença entre a receita e os custos variáveis.
A respeito da margem de contribuição variável, para determiná-la, 
precisamos seguir um passo a passo, conforme exposto na sequência:
•  primeiro, deve-se encontrar o preço de um produto e/ou serviço ou a 
quantidade desse produto vendido para a empresa;
•  depois, determina-se o custo variável do produto ou serviço. Os 
custos variáveis variam de acordo com as vendas, incluindo materiais 
diretos, mão de obra direta e custos de transporte;
•  por fim, é preciso subtrair os custos variáveis do preço. A receita 
marginal variável é a solução para esse cálculo (custo variável - preço).
Tipificação de custos e despesas
23
Imagine que, na pastelaria Massa Roma, o valor do pastel grande à moda 
da casa é de R$ 15,00. Para fazer e embalar, o proprietário do negócio tem um custo de 
R$ 5,50. Diante disso, podemos mencionar que a margem de contribuição variável do 
pastel é de R$ 9,50, pois R$ 15,00 – R$ 5,50 = R$ 9,50.
UNI
Podemos utilizar a receita marginal variável para analisar quanto dinheiro 
resta para cobrir os custos fixos. Conforme o resultado, é possível comparar 
o custo fixo total com o benefício marginal variável. Se o custo fixo for menor 
que a receita marginal variável, conseguimos identificar quanto lucro líquido se 
alcançou.
Figura 9 - Custo fixo x custo variável
Custo fixos
São aqueles cujos valores 
permanecem constantes 
dentro de determinada 
capacidade de produção
Custos variaveis
São aqueles diretamente 
relacionados à produção.≠
Fonte: Elaborada pela autora (2021)
Agora, sabendo a diferença entre cada tipo de custo, podemos observar 
que os custos são pontos críticos para a saúde financeira da empresa. Práticas 
erradas podem levar a perdas, como preços e planejamento de orçamento de 
negócios ruins. Assim, eles fazem parte da ferramenta de negócios, uma vez que 
não existe produto sem custo. Logo, devemos implementar estratégias de redução 
de custos para melhorar a rentabilidade do empreendimento. 
Com isso em mente, o relatório contábil utilizado de forma gerencial se 
tornará um importante suporte para se saber quando e quando é gasto, a fim de 
verificar a origem do maior custo do recurso. Os custos variáveis são os mais 
difíceis para cortar, pois estão diretamente relacionados à produção, mas não 
são impossíveis. Por meio de análise, pesquisa e planejamento aprofundado, 
resultados frutíferos podem ser alcançados.
24
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
2.6 Despesas variaveis e fixas
No que diz respeito às despesas, podemos definir como todas aquelas 
relacionadas à gestão da empresa, a exemplo de negócios, marketing, 
desenvolvimento de produtos e finanças. São, portanto, gastos necessários para 
manter o bom funcionamento da estrutura, mas que não contribuem diretamente 
para a produção de novos itens a serem comercializados pela organização. 
As despesas afetam as demonstrações contábeis financeiras, especialmente 
a demonstração do resultado, que relata o desempenho financeiro durante 
um período específico. No caso das despesas variáveis, tratam-se daquelas 
proporcionais ao volume de vendas (quanto maior o volume de vendas, maior o 
gasto). Elas permanecem inalteradas em seus aspectos unitários.
Alguns exemplos de despesas variáveis são os fretes e as multas por 
atraso na entrega de produtos aos clientes, as comissões de venda, o gasto com 
combustível dos veículos da empresa e os incidentes ou acidentes na produção.
Dizemos que as despesas variáveis estão em algum lugar entre o custo e 
a despesa. Isso porque, por não estarem diretamente relacionadas à quantidade 
de produtos produzidos ou vendidos, aparecem como “despesas”, mas ainda 
mantêm uma relação estreita com as atividades de produção e vendas.
Já as despesas	 fixas não mudarão com a quantidade produzida ou 
vendida. Isso significa que uma taxa mensal será cobrada, independentemente 
de a empresa ter um bom desempenho nos negócios ou não. Alguns exemplos 
seriam as contas de água, energia elétrica e telefone, o salário dos funcionários, o 
aluguel do imóvel onde o negócio se localiza, as taxas bancárias e outros gastos 
frequentes da empresa.
Figura 10 – Despesas
Fonte: stevepb, Pixabay (2021).
Tipificação de custos e despesas
25
Para calcular as despesas fixas e variáveis em uma empresa, o gestor 
precisará fazer duas coisas: mapear todas as entradas e saídas de dinheiro e 
estar familiarizado com alguns conceitos financeiros. Apesar da simplicidade, a 
maioria dos gestores ainda perde a oportunidade de se familiarizar com os termos 
financeiros e ignora esse ponto enquanto parte de uma decisão importante para o 
desenvolvimento do negócio. 
Lembre-se de que, se você aprender a classificar as despesas e controlar 
receitas e despesas mensais, alcançará seus objetivos financeiros com maior facilidade. 
Para tanto, precisa entender as definições financeiras de despesas (fixas e variáveis) e 
receitas (receita líquida, receita total e lucro).
DICAS
Para finalizarmos e você ter em mente os conceitos a que estamos nos 
referindo, vale anotar o seguinte para sempre consultar quando necessário:
•  receita bruta: é, basicamente, todo o dinheiro que entra na empresa;
•  receita líquida: é o resultado da receita bruta, menos suas devoluções, 
os impostos destacados na nota fiscal e os descontos comerciais;
•  lucro: é definido como a diferença entre receita líquida, menos todos 
os custos e as despesas envolvidos.
Não é necessariamente bom ou ruim para uma empresa ter mais despesas 
fixas ou variáveis. No fim, tudo dependerá da combinação das variações de lucro 
e custo do produto e/ou serviço produzido e comercializado pela organização!
26
AUTOATIVIDADE
1. Considerando nosso material de estudos, podemos afirmar que 
os custos estão relacionados à atividade fim da empresa, ou seja, ao que ela 
produz, ao passo que as despesas não estão ligadas a essa atividade.
Diante disso, no ambiente de uma empresa, podemos afirmar que:
( ) os custos diretos são apropriados aos produtos, como a matéria-
prima.
( ) os custos indiretos podem ser alocados em cada produto, como a 
embalagem.
( ) os custos variáveis não variam no produto em seu processo 
produtivo, como o frete de mercadorias.
( ) os custos fixos têm relação direta com a quantidade produzida, 
como o aluguel.
2. O gerente de uma empresa terá maior controle sobre os custos e 
as despesas quando tem ao seu alcance um programa de otimização de 
recursos contínuo, tornando a organização mais competitiva em seu mercado 
comercial. 
Diante disso, com base em nossos estudos, temos alguns tipos de 
custos que podem ser analisados. Cite exemplos de custos variáveis.
3. Conhecer e entender os custos e as despesas que incorrem no processo 
produtivo de uma empresa é fundamental para que os gestores possam tomar 
decisões assertivas e, principalmente, para identificar a rentabilidade dos 
negócios. 
Sendo assim, considerando as terminologias estudadas, conceitue e 
exemplifique os custos fixos e as despesas variáveis.
4. Muitas despesas são automaticamente convertidas em despesas,enquanto outras entram primeiro no estágio de custo. Também temos aquelas 
que passam pelos estágios de investimento, custo, investimento e, em seguida, 
tornam-se despesas, de fato. 
Diante disso, com base em nossos estudos a respeito do assunto, 
analise as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.
I - Entre as principais vantagens de um cálculo correto de custos e 
despesas, podemos destacar a análise da margem de contribuição por produto
27
PORQUE
II - esse cálculo ajuda as empresas a melhorarem os preços e, 
consequentemente, a margem opressiva.
Agora, assinale a alternativa correta.
( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa 
da I.
( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
( ) As afirmativas I e II são proposições falsas.
( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
5. Suponha que uma empresa gratifique seus vendedores exclusivamente 
por meio de um percentual incidente sobre o valor das vendas realizadas. Nesse 
caso, quanto mais eles venderem, mais serão bonificados.
Nesse sentido, considerando nossos estudos a respeito do assunto, 
podemos dizer que a remuneração dos vendedores, para a empresa, é:
( ) uma despesa variável.
( ) um custo fixo. 
( ) uma despesa fixa. 
( ) um custo variável.
28
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
29
TÓPICO 3 
UNIDADE 1
3. Diferença entre gastos e custos
3.1 Introdução do tópico
Muitas pessoas confundem os conceitos de despesas, custos e gastos, uma 
vez que eles parecem estar relacionados à mesma coisa, não é? No entanto, a 
verdade é que cada um traz sua definição adequada. Assim, entender a diferença 
entre essas terminologias é fundamental para equilibrar as finanças empresariais 
e pessoais, o que permite uma maior tranquilidade financeira.
Pensando nisso, ao longo deste tópico, estudaremos qual é a diferença 
entre gastos e custos, uma vez que já compreendemos quanto às despesas. 
3.2 Diferença entre gastos e custos 
De forma simples, podemos dizer que o gasto é a despesa financeira e 
todo sacrifício feito pela entidade para obter bens ou serviços. Por outro lado, o 
conceito de despesa é muito amplo e difícil de ser colocado em poucas palavras. 
Como exemplos de gastos, podemos citar a compra de máquinas, 
equipamentos, veículos, móveis e ferramentas. As despesas podem se tornar um 
investimento, sendo que este, por sua vez, tornará-se um custo e uma despesa ao 
mesmo tempo.
Ribeiro (2016, p. 19) faz a definição de despesas e custos para que possamos 
entender que há uma diferença na linguagem da contabilidade de custos: 
Essas duas palavras (despesa e custos), embora, quando utilizada pela 
contabilidade de custo tecnicamente representem coisas diferentes, 
quando utilizadas na nossa linguagem comum ou integrando 
terminologias de outras profissões, em certos casos, podem representar 
coisas semelhantes.
Custo é um gasto, ou seja, um sacrifício financeiro que uma entidade 
suporta quando usa fatores de produção para realizar bens ou serviços. No 
comércio, a aquisição de mercadorias é o custo, enquanto que, na indústria, essa 
mesma aquisição é entendida como de matérias-primas, insumos e mão de obra 
na produção de mercadorias.
30
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
Figura 11 – Gastos e custos
Fonte: stevepb, Pixabay (2021).
Conforme Ribeiro (2016), o gasto pode ser definido como uma parte da 
despesa e parte custo. Isso nos deixa um pouco confusos, não é? Esse assunto 
é complexo, mas a contabilidade de custos envolve os custos que beneficiam 
tanto as áreas de produção quanto as áreas administrativa e comercial. Assim, é 
necessário separar a parte que será classificada como despesa da parte que será 
classificada como custo.
Suponha que a empresa Linhas e Traçados comprou 4.000 unidades de 
matéria-prima, mas utilizou apenas 1.800 unidades no processo de transformação em 
determinado período, sendo a diferença ativada a título de estoque de matéria-prima. 
Desse modo, o gasto foi relativo às 4.000 unidades, ao passo que o custo foi de 1.800 
unidades.
UNI
Diferenças entre gastos e custos
31
O custo não deve considerar apenas o ganho com dinheiro, visto que há 
outros meios de se obter o que é necessário, como a força física. 
Diante dessas definições, é possível concluir que há uma mudança a qual 
pode causar confusão, mas vamos simplificar da seguinte forma: as despesas 
podem se tornar um investimento, mas este se torna um custo e uma despesa ao 
mesmo tempo. Devemos diferenciá-los considerando a finalidade dos produtos 
e/ou serviços consumidos, bem como seus impactos no orçamento. E mais 
importante do que defini-los, é saber controlá-los, independentemente de ser 
despesas, gastos ou custos!
32
AUTOATIVIDADE
1. No conceito contábil, despesas, custos e gastos não representam 
a mesma coisa. Entender essa diferença é importantíssimo para qualquer 
empresa, em especial para que se possa identificar o que deve ser ajustado ou 
o que pode ser mantido.
Diante desse contexto, imagine a seguinte situação: a empresa 
Pascoina, no mês de fevereiro de 2021, iniciou a produção para a páscoa de 
40.000 unidades de salgados. Ela teve os seguintes gastos:
Chocolate meio amargo (CV) 1.000,00
Margarina (CV) 80,00
Depreciação do fogão (CF) 200,00
Comissão do vendedor (CV) 2.000,00
Ovos (CV) 70,00
Salário do pessoal da produção (CF) 2.480,00
Embalagem (CF) 150,00
Gás (CF) 20,00
Honorários fixos (CF) 3.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Com base nos dados da tabela anterior, qual é o custo variável total e 
o custo fixo total? 
2. Como bem sabemos, a contabilidade de custos atua nas empresas 
como uma investigadora das informações que irão ajudar na decisão e no 
planejamento do custo de produção para a formação do preço de venda.
Assim, considerando a temática e nossos estudos a respeito, por que é 
correto afirmar que gastos são quaisquer despesas realizadas por indivíduos 
ou entidades, a fim de obterem produtos ou serviços? 
33
3. Suponha o seguinte caso: o gestor da empresa Camiseta & Bermunda 
Ltda. apresentou as seguintes informações relacionadas ao seu processo de 
produção de dois produtos, informando o custo unitário e a quantidade 
produzida.
Camiseta 
baby
Quantidade produzida Custo unitário Custo total
2.000 unidades R$ 7,00 R$ 14.000,00
3.000 unidades R$ 7,00 R$ 21.000,00
4.000 unidades R$ 7,00 R$ 28.000,00
Camiseta 
lange
Quantidade produzida Custo unitário Custo total
2.000 unidades R$ 15,00 R$ 30.000,00
3.000 unidades R$ 10,00 R$ 30.000,00
3.750 unidades R$ 8,00 R$ 30.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Com base nas informações dispostas, podemos dizer que os custos das 
camisetas baby e lange, em relação à unidade de produto, são, respectivamente:
( ) variável e fixo. 
( ) fixo e fixo. 
( ) fixo e direto. 
( ) variável e variável.
34
AUTOATIVIDADE
4. As empresas industriais são caracterizadas por suas atividades 
de produção, ou seja, por transformarem matérias-primas em produtos 
industriais. Tal atividade de transformação é conhecida como produção 
industrial.
Nesse sentido, podemos dizer que os custos de amortização e 
depreciação dos equipamentos que a empresa utiliza no processo produtivo 
de mais de um produto, os salários de supervisores de produção, o aluguel de 
fábrica e a eletricidade (que não podem ser associados ao produto) devem ser 
classificados como custos:
( ) com materiais diretos. 
( ) diretos. 
( ) variáveis. 
( ) indiretos.
5. Imagine a seguinte situação: a empresa Trânsito & Confusão mantém, 
entre os diversos itens componentes de sua estrutura de gastos mensais, itens 
como a taxa mensal constante de energia elétrica, a matéria-prima consumida, 
o aluguel do galpão da fábrica, a depreciação de equipamentos calculada 
com base em unidades produzidas e o contrato de seguro do prédio da 
administração geral.
Nesse sentido, podemos afirmar que:
( ) a taxa mensalde energia elétrica e a matéria-prima consumida são 
custos fixos. 
( ) o aluguel do galpão da fábrica e a depreciação de equipamentos 
são custos diretos. 
( ) a matéria-prima consumida é um custo variável. 
( ) o contrato de seguro do prédio da administração geral é um custo 
direto.
RESUMO
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem pensando 
em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e 
veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
A contabilidade de custos possui diversos objetivos básicos. Por sua vez, 
a aplicação do pensamento sistêmico explora e tenta provar a conexão entre os 
objetivos ideais da organização e os reais. Em alguns casos, esses objetivos podem 
ser determinados por ações em vez de ideais imaginários. 
As empresas adquirem matéria-prima para serem transformadas em 
produtos, sendo que o produto final é o resultado da agregação de diferentes 
materiais e esforços de produção. Diante dessa realidade, as pessoas acharam 
necessário revitalizar o sistema contábil estabelecendo uma metodologia 
de controle de custos, a qual fornece informações para usuários externos e 
investidores.
No entanto, saber o custo de cada item utilizado e envolvido é essencial 
para entender se o produto a ser oferecido é lucrativo por determinado preço. 
Do contrário, deve-se analisar a possibilidade de reduzir os custos para alcançar 
resultados melhores.
Assim, ao longo de nossos estudos sobre a contabilidade de custos, 
o desenrolar dos conceitos e a aplicabilidade se tornarão pontos de fácil 
compreensão, incluindo outras variáveis relacionadas ao tema, como os métodos 
de custeio.
45
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
Contabilidade de Custos: Métodos 
de Inventário de Estoque
UNIDADE 2 
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um 
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos 
apresentados.
TÓPICO 1 - Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da 
mercadoria vendida;
TÓPICO 2 - Contabilidade de custos industrial e comercial;
TÓPICO 3 - Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC.
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• visualizar a aplicação dos métodos de custeios;
• compreender a contabilidade de custos na visão do comércio;
• analisar a contabilidade de custos sob a visão da indústria.
46
47
Introdução da unIdade
O objetivo da contabilidade é acumular informações financeiras para 
serem utilizadas na tomada de decisões econômicas. Logo, pode-se definir 
que a finalidade da contabilidade financeira é coletar dados que possam 
ser aplicados para preparar as demonstrações financeiras, atendendo às 
necessidades de investidores, credores e outros usuários externos quanto às 
informações financeiras da organização.
As declarações incluem balanço, demonstração de resultados, 
demonstração de resultados retidos e demonstração de fluxo de caixa. 
Embora tais demonstrações financeiras sejam úteis para gerentes e usuários 
externos, elas não são suficientes. Assim, outros relatórios, listas de verificação 
e análises devem ser considerados para uso interno em planejamento e 
controle. 
A gestão passa muito tempo avaliando os problemas e as 
oportunidades dos vários departamentos da empresa, em vez de verificar a 
organização como um todo. Como resultado, as demonstrações financeiras 
externas pouco ajudam a administração nos momentos das tomadas de 
decisões diárias.
A contabilidade de custos, por sua vez, fornece outras informações 
necessárias para esses relatórios especiais de gerenciamento, bem como 
dados preciosos para preparar as demonstrações financeiras. Por isso, nesta 
unidade, conheceremos a contabilidade de custos na indústria e no comércio. 
O material exigirá um pouco mais de atenção da sua parte, mas, com uma 
leitura atenta, certamente irá tirar de letra! 
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
48
49
UNIDADE 2
1. Custos dos serviços prestados, do 
produto vendido e da mercadoria vendida 
TÓPICO 1
1.1 Introdução do tópico
Os empresários devem considerar a contabilidade como uma aliada do 
negócio, mas, para além disso, os profissionais contábeis devem entender quanto 
aos recursos relacionados e garantir informações precisas para que os gestores 
possam tomar as decisões corretas, firmando uma vantagem competitiva. 
O fato é que, independentemente de ser na indústria, nos negócios ou nos 
setores de serviços, a visão das contas corporativas não pode ser tão pragmática. 
A relação entre vendas e faturamento deve incluir um item essencial: o custo. 
Na prática, isso significa que os custos de produção ou compra de produtos e 
prestação de serviços devem ser subtraídos das vendas. Assim, eis que surge o 
custo dos produtos vendidos (CPV), o custo das mercadorias vendias (CMV) e o 
custos dos serviços vendidos (CSV).
Esses três indicadores calculam o custo direto de produção e compra de 
produtos ou serviços da empresa em determinado período. Por esse motivo, 
além dos custos operacionais específicos, os saldos inicial e final dos estoques ou 
serviços em andamento também estão incluídos nessas contas.
Dessa forma, CPV, CMV e CSV não considerarão o custo dos produtos em 
estoque ou dos serviços que ainda estão sendo implementados, mas consideram 
os itens que foram vendidos ou serviços prestados. Vamos nos aprofundar a 
respeito?
1.2 Custo dos produtos vendidos (CPV)
O custo dos produtos vendidos (CPV) inclui todos os custos de produção 
e armazenamento do produto até a sua venda. Quando vendemos o produto, o 
valor da transação é incluído na conta da loja, certo? Porém, para saber o lucro 
dessa venda, é necessário deduzir do preço final as despesas que gastamos na 
produção ou obtenção do produto e armazenamento do produto. 
Tais despesas podem ser calculadas como o custo dos produtos vendidos 
para mostrar o lucro bruto, que é a diferença entre a despesa e a receita da 
transação. 
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
50
Figura 12 - Custo de vendas
Fonte: Freepik (2021).
Importante lembrar que, deduzindo o custo das vendas do produto do 
preço de venda, conseguimos obter um lucro bruto. Para saber o lucro líquido, é 
necessário descontar outros valores, como aluguel e salários.
O CPV está diretamente relacionado aos processos industriais, por isso, 
além do saldo de estoques, despesas gerais de fabricação, custos de matéria-
prima e mão de obra, o indicador também é utilizado como variável. 
A fórmula do CPV é dada por , sendo que:
= custo dos produtos vendidos;
= estoque inicial;
= insumos (matérias-primas, materiais de embalagem e outros) 
aplicados nos produtos vendidos;
= mão de obra direta aplicada nos produtos vendidos;
= gastos gerais de fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de 
obra indireta etc.) aplicados nos produtos vendidos;
= estoque final (inventário final).
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
51
Por exemplo, imagine que determinada empresa queira apurar o lucro 
bruto do primeiro mês em que seu novo produto ficou no mercado. Para tanto, 
ela deve calcular o custo dos produtos vendidos e compará-lo com o faturamento, 
que foi de R$ 450.000,00. A contabilidade repassou os seguintes dados:
•  estoque inicial de R$ 150.000,00;
•  insumos de R$ 70.000,00;
•  mão de obra de R$ 20.000,00;
•  gastos gerais de fabricação de R$ 30.000,00;
•  estoque final de R$ 15.000,00.
Com tais informações, podemos realizar as substituições necessárias na 
fórmula anterior. Logo, temos o seguinte cálculo:
Dessa maneira, temos que o custo dos produtos de vendidos da empresa, 
no mês em questão, foi de R$ 255.000,00. Para chegar ao lucro bruto, faremos o 
seguinte cálculo: R$ 400.000 - R$ 255.000= R$ 195.000,00.
Ribeiro (2016, p. 31), quanto aos custos dos produtos vendidos, menciona 
que: 
Os produtos que tiveram seus processos de fabricação iniciados em 
períodos anteriores e encerrados no período atual receberão cargas 
de custos proporcionais ao processo de fabricação em cada um dos 
períodos durante os quais estiveram em fabricação. Essas cargas de 
custos são atribuídas no final de cada período, para que os referidos 
produtos inacabados possam ser devidamente avaliados para integrar 
os estoques finais de produtos em elaboração no término de cada um 
desses períodos.
Portanto, temos que o custo dos produtos vendidos nos ajuda a realizar 
um controle financeiro correto, mostrando a situação real da empresa e auxiliando 
na formulação de preços adequados de acordo com a meta de lucro da empresa.
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
52
Ribeiro (2016) apresenta em sua obra o modelo da demonstração do custo 
dos produtos vendidos, assim como as expressões técnicas utilizadas para o 
preenchimento dessa demonstração. Observe o quadro na sequência.
Quadro 1 - Demonstração do custo dos produtos vendidos
1 Estoque inicial de matérias-primas
2 (+) Compras líquidas de matérias-primas
3 (=) Custo das matérias-primas disponíveis (1 + 2)
4 (–) Custo das matérias-primas não aplicadas na produção
5 Estoque final de matérias-primas
6 Custo das vendas de matérias-primas
7 Subprodutos acumulados no período
8 Outros
9 (=) Custo das matérias-primas aplicadas (3 - 4)
10 (+) Mão de obra direta
11 (=) Custo primário (5 + 6)
12 (+) Outros custos diretos
13 Materiais secundários
14 Materiais de embalagem
15 Outros materiais
16 Gastos gerais de fabricação diretos
17 (=) Custos diretos de fabricação (7 + 8)
18 (+) Custos indiretos de fabricação
19 Materiais indiretos
20 Mão de obra indireta
21 Gastos gerais de fabricação indiretos
22 (=) Custo de produção do período (9 + 10)
23 (+) Estoque inicial de produtos em elaboração
24 (=) Custo de produção (11 + 12)
25 (–) Estoque final de produtos em elaboração
26 (=) Custo da produção acabada no período (13 - 14)
27 (+) Estoque inicial de produtos acabados
28 (=) Custo dos produtos disponíveis para venda (15 + 16)
29 (–) Estoque final de produtos acabados
30 (=) Custo dos produtos vendidos (17 - 18)
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2016).
Na figura a seguir, podemos observar algumas expressões utilizadas na 
demonstração do custo dos produtos vendidos e o que cada uma representa.
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
53
Figura 13 - Expressões técnicas utilizadas no DCPV
Custo das 
matérias-primas 
disponíveis
Custo da produção 
acabada no período
• Compreende o custo de produção, menos o estoque final de produtos em elaboração.
• Fórmula dada por CPA = CP – EFPE
Custo de produção
• Compreende o custo de produção do período, mais o estoque inicial de produtos 
em elaboração.
• Fórmula dada por CP = EIPE + CPP
Custo de produção
 do período 
• Compreende a soma dos custos incorridos na produção do período dentro da fábrica.
• Fórmula dada por CPP = Materiais + MO + GGF
Custo
primário
• Compreende os gastos com matérias-primas aplicadas, mais os gastos com 
mão de obra direta.
• Fórmula dada por CP = MP + MOD
• Compreende o total das matérias-primas que a empresa teve à sua disposição durante 
o período para aplicar na produção.
• Fórmula dada por CMPD = EIMP + CLMP
Custo das 
matérias-primas 
aplicadas
• Custo das matérias-primas disponíveis diminuído da somatória dos seguintes valores: 
custo do estoque final de matérias-primas, custo das vendas de matérias-primas, valor 
dos subprodutos acumulados durante o período (parte do custo dos subprodutos derivada
de sobras de matérias-primas) e outros eventos que venham a reduzir o custo das 
matérias-primas disponíveis, como as baixas por perecimento, sinistro, furtos etc.
• Fórmula dada por CMPA = CMPD – EF – V – SP – O'
Custo de 
transformação
• Embora o título não esteja evidenciado na DCPV, compreende a soma dos gastos com 
mão de obra (direta e indireta) e gastos gerais de fabricação (diretos e indiretos) 
aplicados na transformação dos materiais em produtos.
• Fórmula dada por CT = MOT + GGFT
Fonte: Adaptada de Ribeiro (2016).
Agora que pudemos entender sobre o custo dos produtos vendidos, no 
próximo item estudaremos quanto ao custo das mercadorias vendidas. 
1.3 Custo das mercadorias vendidas (CMV)
O custo das mercadorias vendidas (CMV) é mais utilizado no comércio, 
porém pode incluir quaisquer atividades que não sejam necessárias ao setor, 
bastando que as empresas adquiram alguns produtos para revenda, como 
aqueles vendidos por salões de beleza aos clientes. Esse custo representa o custo 
do revendedor, distribuidor ou fabricante, desde a compra do produto até a sua 
venda ao cliente. Portanto, se o resultado for negativo, a receita de vendas, menos 
o custo das mercadorias vendidas, representará o lucro ou prejuízo bruto. 
O CMV se trata, então, de um cálculo de gerenciamento utilizado para medir 
o custo direto de produção e compra de um produto durante um período.
IMPORTANT
E
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
54
O CMV é amplamente utilizado por grandes empresas como um 
indicador para medir a lucratividade das vendas. Ele é relatado na demonstração 
de resultados do ano corrente e pode ser tratado como uma despesa durante o 
período contábil. 
A fórmula do CMV é dada por , sendo que:
= custo das mercadorias vendidas;
 = estoque inicial;
= compras;
= estoque final (inventário final).
Peguemos o exemplo anterior. Suponhamos, agora, que a empresa queira 
apurar o lucro bruto do mês de abril de 2021, quando o produto novo foi para o 
mercado. Seu faturamento no mês de março do mesmo ano foi de R$ 160.000,00. 
Além disso, temos: 
•  estoque inicial de R$ 40.000,00;
•  compras de R$ 100.000,00;
•  estoque final de R$ 25.000,00.
Com tais informações, também podemos realizar as substituições 
necessárias na fórmula anterior. Dessa maneira, temos o seguinte cálculo:
Dados postos, conseguimos chegar ao resultado, sendo que o custo 
da mercadoria de vendidas no mês em questão foi de R$ 155.000,00. Já para 
chegarmos ao lucro bruto, faremos o seguinte cálculo: R$ 160.000 - R$ 115.000 = R$ 
45.000,00. Ao combinar os custos incorridos com a receita de vendas, o princípio 
da consistência contábil pode ser alcançado. 
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
55
Portanto, a fórmula CMV é particularmente importante para a gestão 
porque não só pode ser utilizada como um indicador de lucratividade, mas, 
também, pode ajudar os gestores da empresa a analisarem o modo como 
compram e vendem produtos. Geralmente, os cálculos melhoram esses processos 
e aprimoram o controle operacional.
Figura 14 - Mercadorias vendidas
Fonte: sunnygb5, Freepik (2021).
Sem dúvida, o cálculo do custo das vendas é uma etapa muito relevante 
na avaliação da situação financeira da empresa. Contudo, vale mencionar que 
essa medida também pode trazer outros benefícios para o negócio. Uma delas é 
verificar se a política de compras está de acordo com as tendências de consumo. 
Por exemplo, uma empresa pode investir demais em um produto que não é mais 
atraente para o público-alvo. Desse modo, quando observamos essa situação, 
podemos gerenciar mais facilmente as despesas, comprando bens ou matérias-
primas.
Além disso, os cálculos CMV também são úteis para uma melhor gestão 
de estoque. Uma vez que existem informações relevantes sobre os produtos mais 
vendidos ou que ficaram mais tempo no armazém. A empresa, então, poderá 
tomar medidas para utilizar o espaço disponível, ajudando na redução de custos 
e no aumento da receita.
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
56
1.4 Custo dos serviços vendidos (CSV)
O custo dos serviços vendidos diz respeito a um cálculo que pode 
mostrar o quanto a empresa gastarápara vender cada um de seus produtos em 
determinado período. Assim, ao descobrir quanto custará a execução de cada 
serviço vendido, o empresário poderá analisar melhor sua gestão. 
A fórmula do CSV é dada por , sendo 
que:
= custo dos serviços vendidos;
 = saldo inicial dos serviços em andamento;
= mão de obra direta aplicada nos serviços vendidos;
= gastos diretos (locação de equipamentos, subcontratações etc.) 
aplicados nos serviços vendidos;
= gastos indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de 
equipamentos etc.) aplicados nos serviços vendidos;
= saldo final dos serviços em andamento.
Por exemplo, imaginemos que determinada empresa queira mensurar os 
custos de seus serviços vendidos no mês de abril de 2021 para outra organização. 
Os dados apurados podem ser observados a seguir:
•  saldo inicial de R$ 30.000,00;
•  mão de obra direta de R$ 20.000,00;
•  gastos diretos de R$ 8.000,00;
•  gastos indiretos de R$ 6.000,00;
•  saldo final de R$ 10.000,00.
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
57
Novamente, fazendo as substituições na fórmula de CSV, temos que:
Com os cálculos realizados, podemos entender que o valor de R$ 54.000,00 
é referente aos custos dos serviços vendidos no mês de abril de 2021. Ao compará-
los ano a ano, conseguimos, inclusive, monitorar o aumento ou a diminuição 
dessas despesas.
Ribeiro (2016) complementa que o CSV pode ser entendido como o 
valor do salário e dos encargos do trabalhador que executou a tarefa. Com ele, 
conseguimos verificar qual departamento está mudando ou exigindo mais 
atenção e, se necessário, traçar estratégias para reduzir despesas sem perder a 
produtividade. 
A Receita Federal brasileira distingue os serviços vendidos dos serviços 
prestados, levando em consideração que os primeiros dizem respeito a quando 
os segundos estão relacionados à mão de obra de terceiros, como os médicos em 
hospitais. Nesse caso, o que é disponibilizado é o tempo para a prestação direta 
de serviços. Outro exemplo seria a instalação de aparelhos de ar-condicionado ou 
a pintura de casas. No entanto, essa distinção não tem implicações financeiras.
58
AUTOATIVIDADE
1. Considerando o que estudamos até o momento, imagine a seguinte 
situação: a empresa Parafusos e Pregos S.A., no mês de março de 2021, teve 
movimentações de compra e venda de mercadorias conforme a tabela a seguir.
Data Operação Valor
02/03/2021 Compra R$ 300,00
10/03/2021 Venda R$ 70,00
15/03/2021 Compra R$ 250,00
17/03/2021 Compra R$ 500,00
25/03/2021 Compra R$ 600,00
25/03/2021 Venda R$ 750,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Considerando os dados anteriores e sabendo que os estoques no final 
dos meses de fevereiro e março de 2021 foram de R$ 950,00 e R$ 1.650,00, 
respectivamente, qual foi o custo de mercadoria vendida (CMV) da empresa?
2. Suponha o seguinte caso: a empresa Tuca e Tucano presta serviços 
de instalação de fibra óptica na cidade de Menorzinha do Sul. Devido à 
pandemia do COVID-19, no mês de outubro de 2020, a organização faturou 
R$ 395.000,00. Além disso, temos mais algumas informações para nos ajudar 
com os cálculos:
•  saldo inicial dos serviços em andamento de R$ 60.000,00;
•  mão de obra direta de R$ 90.000,00;
•  gastos diretos de R$ 10.250,00;
•  gastos indiretos de R$ 3.500,00;
•  saldo final dos serviços em andamento de R$ 29.650,00.
Considerando os dados apresentados e nossos estudos, qual foi o 
custo do serviço vendido (CSV) pela empresa em questão?
59
3. Imaginemos o seguinte: a empresa Ômega Máscaras Ltda., devido 
à pandemia do COVID-19, precisou apurar o lucro bruto referente ao mês de 
novembro de 2020, considerando o lançamento de um produto. Seu faturamento 
foi de R$ 375.000,00, mas ainda temos outros valores a contabilizar:
•  estoque inicial de R$ 50.000,00;
•  insumos de R$ 35.000,00;
•  mão de obra de R$ 19.560,00;
•  gastos gerais de fabricação de R$ 24.250,00;
•  estoque final de R$ 15.000,00.
Diante disso, qual é o custo dos produtos vendidos (CPV) pela empresa 
em questão?
( ) R$ 120.657,00.
( ) R$ 113.810,00.
( ) R$ 115.765,00.
( ) R$ 98.867,00.
60
AUTOATIVIDADE
4. O cálculo dos custos de mercadorias vendidas é muito importante 
para a empresa. Com ele, a organização consegue identificar algumas 
informações que, muitas vezes, auxiliam nas tomadas de decisões assertivas, 
gerando vantagens competitivas.
Nesse sentido, como podemos conceituar o custo de mercadoria 
vendida?
( ) É a soma das despesas para produzir e armazenar uma mercadoria 
até que a venda seja efetivada.
( ) É um cálculo utilizado considerando a medição de custo, a qual 
está diretamente relacionada ao processo de produção ou à distribuição do 
produto.
( ) É o valor médio pago pelo cliente quando este clica em um anúncio 
patrocinado.
( ) É o custo ideal por clique, o qual será determinado pelo ROI 
desejado ou pelo investimento que se quer fazer.
5. Como pudemos estudar até o momento, a empresa, para realizar 
uma contabilização correta de seus gastos e custos envolvidos na produção 
e venda de seus itens, precisa contar com a usa de indicadores e cálculos 
específicos.
Nesse sentido, com base em nossos estudos sobre a temática, relacione 
os itens listados a seguir aos seus respectivos exemplos.
I - Custo de mercadoria vendida (CMV).
II - Gastos diretos.
III - Gastos indiretos.
IV - Insumos.
V - Gastos gerais de fabricação.
61
( ) Mão de obra indireta, luz e depreciações de equipamentos.
( ) Materiais de embalagem, matérias-primas e outros materiais.
( ) Energia, depreciações, aluguéis e mão de obra indireta.
( ) Saldo de estoque final, compras e estoque final são utilizados para seu 
cálculos.
( ) Subcontratações e locação de equipamentos.
Agora, assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) I, III, IV, V, II.
( ) V, II, I, IV, III.
( ) II, IV, III, I, V. 
( ) III, I, IV, V, II.
62
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
63
TÓPICO 2
UNIDADE 2
2. Contabilidade de Custos 
Industrial e Comercial
2.1 Introdução do tópico
Para a fabricação de um produto ou a realização de um serviço, precisamos 
considerar que materiais, trabalho, eletricidade, combustível, entre outros itens 
são necessários no processo. Portanto, o custo é a união de todas as despesas para 
a produção de um bem ou o fornecimento de um serviço. 
O custo difere das despesas, uma vez que os custos são utilizados em 
produção, enquanto as despesas são aplicadas direta ou indiretamente para se 
obter renda. 
Pensando nesse contexto, ao longo deste tópico, estudaremos em mais 
detalhes sobre a contabilidade de custo em dois cenários: industrial e comercial. 
Aliás, você saberia dizer qual é a diferença envolvida nos dois âmbitos? Vamos 
descobrir!
2.2 Contabilidade de custo industrial
A contabilidade industrial é a aplicação dos princípios contábeis gerais 
para registrar e gerenciar o capital de empresas industriais. A exceção é a 
contabilidade, que é a única diferença de uma conta empresarial. 
Figura 15 - Operacionalização do custo industrial
FINANCEIRO
PRODUÇÃO
COMERCIAL
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
64
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Em essência, as empresas industriais usam inteligência de negócios e 
política tributária, resultando em contabilidade industrial em três níveis da 
indústria, a saber:
•  ciclo industrial ou de produção: inclui todas as atividades envolvidas 
para transformar os insumos em produtos;
•  ciclo mercantil ou comercial: consolida todas as operações, desde a 
compra de matéria-prima até a entrega ao cliente;
•  ciclo financeiro: envolve todas as operações e transações financeiras.
Os preços industriais são ajustados ao custo total gerado na produção 
durante determinado período. Os custos consistem em três componentes: 
materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação (CIF).
A contabilidade de custo industrial,define como material direto todo 
produto (insumo) que faz parte do processo produtivo de uma empresa, de acordo 
com os custos e a finalidade de melhorar a cadeia produtiva, otimizando-a. 
Podemos classificar como materiais diretos:
•  matéria-prima: é o principal ingrediente utilizado no produto final, 
mas isso muda no processo de fabricação. Em muitos aspectos, os 
materiais são amplamente usados na produção. Os recursos da terra, 
por exemplo, são aplicados como bens diretamente em produto, 
tornando-se custos industriais quando convertidos de matérias-
primas em sistemas industriais. A madeira é usada para fazer móveis;
•  material secundário: não é o material original do equipamento, mas 
pode ser facilmente identificado. Temos como exemplo os pregos 
em uma fábrica de móveis, os quais são utilizados para firmar os 
materiais primários;
•  material de embalagem: é utilizado para preparar produtos ou 
embalagens para embarque. Temos como exemplo o papelão que 
envolve os móveis prontos.
Contabilidade de custos industrial e comercial
65
Importante apontar, nesse contexto, que a maioria das empresas tem 
o padrão de adotar centro de custos para realizar uma gestão eficiente do custo na 
administração e, até mesmo, do financeiro da organização. Vamos ver para frente como 
é operacionalização, no tópico Método de Custeio.
ESTUDOS FU
TUROS
Já a mão de obra direta, como podemos imaginar, está ligada diretamente 
ao processo produtivo. Ribeiro (2016) a define como sendo o esforço do ser 
humano aplicado no processo de fabricação dos produtos. Podemos dizer, então, 
que o custo da mão de obra direta não envolve apenas salários, mas todos os 
cargos, como INSS, FGTS, férias etc., além de benefícios legais, como seguro 
saúde, despesas de transporte, fundos de pensão e benefícios adicionais (seguro 
de vida especial, por exemplo).
Trazendo o conceito de mão de obra direta pela visão de Martins (2018, p. 
121), podemos afirmar que se trata daquela 
[…] relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto 
em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo 
despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem 
necessidade de qualquer alocação indireta ou rateio. Se houver 
qualquer tipo de alocação por meio de estimativas ou divisões 
proporcionais, desaparece a característica de “direta”.
Figura 16 - Mão de obra direta
Fonte: yanalya, Freepik (2021).
66
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Vale distinguirmos que o custo de mão de obra direta diz respeito aos 
salários do setor produtivo, ou seja, ao que é pago aos trabalhadores que estão 
ligados diretamente ao processo produtivo (mão de obra). Sendo assim, pode 
ocorrer variação de acordo com a produção, sendo que a folha de pagamento do 
setor produtivo é fixa.
Temos, ainda, os custos indiretos de fabricação, que são os gastos 
aplicados no processo produtivo e que dão origem ao produto ou serviço de forma 
direta ou indireta. A contabilidade de custos caracteriza como custos indiretos de 
fabricação, por exemplo, o gasto com a depreciação das máquinas, os gastos para 
a manutenção dos equipamentos utilizados no processo produtivo, entre outras 
possibilidades.
Vamos realizar um cálculo para entendermos os conceitos na prática?
Peguemos, por exemplo, o gasto com energia elétrica de determinada 
empresa, sendo que todo consumo é informando em apenas uma fatura de 
energia. Vamos supor que o rateio do consumo de energia elétrica um certo mês 
foi de R$ 1.500,00 para três produtos que a empresa produz (200 unidades de 
camisa verde, 100 unidades de calça azul e 10 unidades de casaco marrom). 
Considerando os dados mencionados, precisamos dividir o consumo total 
(R$ 1.500,00) pela quantidade de produtos (três). Desse modo, chegamos ao valor 
de R$ 500,00. A produção total resultou em 310 unidades. Assim, fazendo mais 
uma divisão (R$ 1.500 310), encontramos o valor de cada item: R$ 4,83.
Agora, precisamos calcular o valor do consumo de energia elétrica para 
cada produto, conforme a quantidade produzida. Acompanhe a tabela a seguir!
Tabela 1 - Cálculos do exemplo
Produto Quantidade produzida Total
Camisa verde 200 unidades R$ 4,83 200 = R$ 967,74
Calça azul 100 unidades R$ 4,83 100 = R$ 483,87
Casaco marrom 10 unidades R$ 4,83 10 = R$ 48,39
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Para finalizarmos, precisamos entender, também, que o custo indireto de 
fabricação representa os gastos com a função de produção para a comercialização, 
ou seja, não pode ser associado ao produto em si.
Contabilidade de custos industrial e comercial
67
2.3 Contabilidade de custo comercial
Um comércio é basicamente composto pela compra, pelo título e pela 
venda de mercadorias. A princípio, esse processo pode parecer simples, mas 
envolve pequenas ações que visam à rentabilidade, ou seja, ao resultado. 
Entre as pequenas ações envolvidas, temos os controles, que são os 
registros de todos os custos de uma empresa para que se possa entender como 
eles ocorrem. Porém, o que se percebe é que os empreendedores são muito mais 
hábeis em comprar e vender do que manter o controle de custos. 
Na contabilidade de custo comercial, para a apuração deste, é necessário 
o empresário levar em consideração alguns critérios, como:
•  registro das mercadorias no controle de inventário, sendo que, caso 
a empresa já esteja informatizada, essas contas serão realizadas com 
maior agilidade;
•  cálculo do preço de venda de mercadorias, sendo que outras despesas 
ainda devem ser contabilizadas nesse caso, a exemplo dos impostos 
de vendas, das comissões de vendedores e dos encargos fixos;
•  acompanhamento e avaliação dos resultados de vendas, em que se 
observa o volume que a empresa vende e verifica se ele está gerando 
lucro ou não;
•  acompanhamento do ganho bruto de cada produto vendido, a fim 
de verificar a necessidade de se criar uma promoção para reduzir o 
estoque e/ou liquidar o estoque parado.
Com esses dados em mãos e contabilizados adequadamente, consegue-
se apurar a contabilidade comercial e identificar o que pode ser melhorado ou 
permanecer como está. Do contrário, pode ocorrer de o empresário tomar decisões 
equivocadas ou que lhe trarão prejuízos no longo prazo.
68
AUTOATIVIDADE
1. Imagine a seguinte situação: a empresa Bare & Bare quer elaborar o 
orçamento dos custos indiretos de fabricação. Ela nos traz três cenários, sendo 
que, no primeiro, foram produzidas 10 mil peças, no segundo, 20 mil peças e, 
no terceiro, 40 mil peças. Além disso, os custos indiretos variáveis são de R$ 
5,00 por peça, enquanto os custos indiretos fixos totalizam R$ 50.000,00.
Nesse sentido, com base em nossos estudos e nas informações dispostas 
anteriormente, como fica o orçamento da empresa por peça?
2. Suponha o seguinte caso: a empresa Mate & Suco, fabricante de 
bebidas, apresentou as seguintes informações quanto ao ano de 2020. 
Receita de vendas R$ 280.000,00
Mão de obra direta R$ 60.000,00
Mão de obra indireta R$ 77.000,00
Depreciação dos equipamentos R$ 1.500,00
Seguro do parque fabril R$ 300,00
Energia elétrica da empresa R$ 1.200,00
Compras de matéria-prima R$ 94.000,00
Materiais indiretos R$ 2.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Para complementar o cálculo, a empresa também informou o estoque 
referente ao ano de 2019 e 2020, como podemos observar na próxima tabela. 
Estoque 2019 2020
Matéria-prima R$ 40.000,00 R$ 36.000,00
Produtos acabados R$ 32.600,00 R$ 24.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Considere que o custo primário é igual à matéria-prima, mais a mão 
de obra direta. Já o custo de transformação é igual à mão de obra, mais os 
gastos gerais de transformação. Com isso em mente, qual o valor total de 
custo primário e custo de transformação?
69
3. A contabilidade de custos do produto visa processar o custo do item 
em desenvolvimento, bem como os custos total e unitário de produtos e serviços 
para fins administrativos. Também pode cobrir

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