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CONTABILIDADE DE CUSTOS Autor Delma da Silva Indaial – 2021 1a Edição Indaial – 2021 Contabilidade de Custos Prof. Delma da Silva 1a Edição Copyright © UNIASSELVI 2021 Elaboração: Prof. Delma da Silva Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: apresentação Olá, estudante! Seja bem-vindo(a) à disciplina de Contabilidade de Custos! Neste material, você conhecerá os conceitos básicos relacionados ao tema e sua aplicabilidade no dia a dia de uma empresa industrial e no comércio. A temática é importante porque a competitividade afeta todos os tipos de organizações, independentemente de seu segmento. Além disso, atualmente, os consumidores estão mais espertos e exigentes, procurando aliar qualidade e preço. Assim, as empresas precisavam alcançar a lucratividade a partir de baixos custos e gastando pouco para não perder a qualidade de seus produtos, tendo os fornecedores como aliados, a fim de gerar vendas significativas. Para que isso seja uma realidade, a empresa precisa conhecer as necessidades do mercado. Portanto, a fim de melhorar as informações internas, os gestores utilizam estratégias ligadas à contabilidade de custos, área em que se concentram os cálculos para explicar o custo dos produtos fabricados ou vendidos e os serviços prestados. Nesse sentido, diante desse contexto, fique atento ao conteúdo que preparamos para aprender conceitos, terminologias e demais aplicabilidades da contabilidade de custos, bem como os melhores elementos utilizados para a tomada de decisão. Bons estudos! Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi- dades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra- mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida- de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun- to em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela um novo conhecimento. Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen- tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento. Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo. Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada! LEMBRETE sumário UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento ...........................................................................................9 TÓPICO 1 - Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos ...........................13 TÓPICO 2 - Tipificação de custos e despesas ....................................................................................25 TÓPICO 3 - Diferença entre gastos e custos......................................................................................37 UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque ................................45 TÓPICO 1 - Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida ....49 TÓPICO 2 - Contabilidade de Custos Industrial e Comercial .........................................................63 TÓPICO 3 - Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC ....................................................73 UNIDADE 3 - Prática da Contabilidade de Custos ...........................................................................87 TÓPICO 1 - Apuração dos custos de fabricação ................................................................................91 TÓPICO 2 - Formação de preço .........................................................................................................105 TÓPICO 3 - Contabilização de custos ...............................................................................................113 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................129 1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações. CHAMADA Entendendo o Planejamento UNIDADE 1 Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados. TÓPICO 1 - Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos TÓPICO 2 - Tipificação de custos e despesas TÓPICO 3 - Diferenças entre gastos e custos. A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • entender o propósito da atividade da contabilidade de custos; • identificar a importância da área para a gestão de uma empresa; • conhecer as terminologias da contabilidade de custos; • compreender a relevância do objetivo da contabilidade de custos em au- xiliar no planejamento das empresas; • analisar as informações que o setor de custo das organizações detêm para a determinação do processo de produção. 22 3 Introdução da unIdade A contabilidade de custos é uma parte da ciência contábil dedicada ao estudo coerente dos custos incorridos para se obter vendas ou bens de consumo, sejam eles produtos ou mercadorias, sejam eles serviços. O departamento com a função financeira é responsável por acumular, organizar, analisar e interpretar o custo de produtos, estoques, serviços, componentes organizacionais, planos operacionais e atividades de distribuição. Assim, pode-se determinar os lucros, controlar as operações e auxiliar as operações, permitindo aos gestores estarem mais cientes no processo de tomada de decisão (MARTINS, 2018). Desse modo, com esta unidade, você aprenderá a determinar com precisão o custo de produtos e serviços, entenderá como aplicar seu conhecimento em custos de produtos e serviços para determinar preços de venda, licitar contratos e analisar a lucratividade relativa dos itens desejados. Além disso, aprenderá como utilizar a tecnologia para medir gerentes e subordinados no desempenho do departamento da organização, como projetar um sistema de contabilidade adequado para os sistemas de produção e distribuição da organização e como usar o sistema de contabilidade enquanto uma ferramenta para motivar os gerentes a perseguirem as metas organizacionais. 4 5 UNIDADE 1 1. Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos TÓPICO 1 1.1 Introdução do tópico Vamos iniciar nossa trilha de conhecimento e aprendizado sobre a contabilidade de custos estudando a respeito de definições e terminologiasrelacionadas ao assunto. Dessa maneira, antes da largada para os cálculos — que serão inúmeros ao longo da disciplina! —, iniciaremos compreendendo o conceito da contabilidade de custos. Provavelmente você já deve ter ouvido ou, até mesmo, conhece esse conceito, mas, aqui, irá entender sua aplicabilidade na rotina de uma empresa e/ou de um comércio. No decorrer da leitura, imagine-se um empresário, sedo que cada operação e transação devem ser visualizadas como se estivessem ocorrendo em tempo real. Vamos, então, desbravar esse seu lado empresário? Acompanhe o conteúdo! 1.2 Introdução à contabilidade de custos A contabilidade de custos nos fornece uma compreensão abrangente quanto aos conceitos de custos, seu comportamento e às técnicas relacionadas ao tema. Também nos possibilita o entendimento de como essas particularidades são aplicadas nas empresas de manufatura e serviços. Eliseu Martins (2018, p. 10), em seu livro Contabilidade de Custos, define os custos da seguinte forma: O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o custo da matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado até sua venda. De modo geral, as entidades consomem todos os dias matéria-prima, materiais de embalagens, energia elétrica e demais insumos. As despesas, então, podem ser usadas para gerenciar, vender produtos, produzir, contratar transportadoras, pagar salários de colaboradores, transportar e treinar funcionários, gerenciar um projeto ou uma área, realizar a manutenção de equipamentos, pagar o aluguel, entre outras possibilidades. UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 6 Figura 1 - Sistema de informações gerenciais Sistema de informações gerenciais Contabilidade financeira Contabilidade gerencial Contabilidade de custos Sistema orçamentário Fonte: Martins (2018, p. 15). Em suma, não importa se o escopo de negócios da empresa é comercial, prestadora de serviços ou indústria. Sempre envolverá muitas despesas. Estudiosos acreditam que a contabilidade de custos surgiu na Revolução Industrial, com o objetivo de avaliar a quantidade de estoque das empresas por meio do processo de inventário das matérias-primas utilizadas no processo produtivo, bem como a quantidade de produtos que estão em processo de fabricação ou que já foram finalizados. A respeito desse assunto, Martins (2018, p. 3) nos explica que, “Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a contabilidade financeira (ou geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava razoavelmente bem estruturada para servir as empresas comerciais”. Figura 2 - Contabilidade de custos Fonte: Pixabay (2021). Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos 7 Logo, temos que a contabilidade de custos fornece dados de custos detalhados necessários para que o gestor tenha controle das operações atuais e consiga planejar o futuro. Ela é a base de todas as atividades empresariais, utilizada como ferramenta para planejar e controlar a produção dos produtos, assim como para tomar decisões quanto aos custos indiretos e diretos das matérias-primas e de mão de obra. De acordo com Martins (2018), a fórmula aplicada para estoque, por exemplo, é dada por compras, menos estoque, resultando no custo de mercadorias vendidas. ATENCAO Temos, ainda, que princípios e convenções são utilizados na contabilidade de custos, como competência, registro pelo valor original e prudência (conservadorismo). Observe a figura a seguir para entender melhor! Figura 3 - Princípios e convenções aplicados à contabilidade de custos Princípio da Competência Convenção do Conservadorismo Convenção da Materialidade Princípio da Prudência (Conservadorismo) Princípio do Registro pelo Valor Original Princípios e Convenções Contábeis Fonte: Elaborada pela autora (2021). A grosso modo, os princípios e as competências funcionam do seguinte modo: • princípio da competência: estabelece que os efeitos das transações e demais eventos sejam confirmados dentro do prazo em que são cotados, independentemente de recebimento ou pagamento; • princípio do registro pelo valor original: estabelece que os componentes do patrimônio devem ser registrados primeiramente no valor original da transação, expresso em moeda nacional; • princípio da prudência (conservadorismo): sempre que forem propostas alternativas de alteração do valor patrimonial líquido que sejam efetivas, deve-se determinar o menor valor do ativo e o maior valor do passivo; UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 8 • convenção do conservadorismo (uniformidade): os padrões utilizados na convenção para determinar fatos e ações administrativas não devem ser alterados com frequência, ou seja, após um período, métodos e padrões uniformes devem ser usados para registrar fatos contábeis e preparar demonstrações financeiras; • convenção da materialidade (relevância): do ponto de vista de registro e controle, certas contas não devem ser relacionadas a valores ou fatos não relacionados. Os princípios da contabilidade de custos foram desenvolvidos para permitir que os fabricantes consigam lidar com muitos custos diferentes associados à fabricação, fornecendo seus próprios recursos de controle. Figura 4 - Aplicabilidade da contabilidade de custos Fonte: Anna Nekrashevich, Pexels (2021). As informações geradas pelo sistema de contabilidade de custos fornecem uma base para determinar os custos dos produtos e preços de venda, ajudando a administração a planejar e controlar as operações organizacionais. Com essa pequena introdução da contabilidade de custos, já podemos perceber quantas definições e quantos termos podem ser relacionados à área, não é mesmo? Por isso, no próximo item, conheceremos a definição da contabilidade de custos. Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos 9 1.3 Definição da contabilidade de custos Quando o processo produtivo da empresa se dava de forma totalmente manual, o cálculo do custo de produção era alcançado a partir de dois fatores: mão de obra e matéria-prima consumida. Para Martins (2018, p. 11): Pela própria definição de custo, podemos entender, ainda mais sabendo da origem histórica, por que se generalizou a ideia de que contabilidade de custos se volta predominantemente para a indústria. É aí que existe a produção de bens e onde a necessidade de seu custeamento se torna presença obrigatória. Em inúmeras empresas de serviços, todavia, passou-se a utilizar seus princípios e suas técnicas de maneira apropriada em função da absoluta similaridade de situação, principalmente nas entidades em que se trabalha por projeto (empresas de engenharia, escritórios de auditoria, de planejamento etc.). Com o crescimento da economia e das empresas, o acirramento da concorrência e os recursos cada vez mais escassos, houve a necessidade de aprimoramento dos mecanismos de planejamento e controle das atividades empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de uso de fatores de produção determinam mudanças quase ilimitadas no comportamento dos custos de renda. Figura 5 - Mão de obra Fonte: Free-Photos, Pixabay (2021). UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 10 Portanto, a contabilidade de custos é essencial para qualquer empresa, principalmente em uma economia capitalista e competitiva como a nossa. Desse modo, sem conhecimento, é difícil tomar decisões confiáveis e assertivas para obter uma margem de segurança satisfatória. Nesse sentido, as informações sobre custos de produção e/ou comercialização — desde que organizadas,resumidas e reportadas de forma adequada — são essenciais. Ainda, existem muitos métodos de aplicação, o qual irá variar de acordo com a finalidade do custeio. 1.4 Terminologias da contabilidade de custos No trançado da contabilidade de custos, nos deparamos com nomes e termos para conceituar e especificar o processo produtivo em uma empresa, a prestação de serviço, entre outras denominações. Diante disso, vamos conhecer algumas dessas terminologias e seus exemplos para uma melhor compreensão? Um dos termos mais comentados diz respeito aos gastos, os quais estão ligados à aquisição de produto e/ou serviço, gerando para a empresa um sacrifício. Temos como exemplos os gastos com mão de obra ou compra de matéria-prima. Em contrapartida, o custo está relacionado ao gasto para aquisição de bem e/ou serviço para utilização no processo produtivo da empresa. Nesse caso, podemos citar como exemplos a energia elétrica e o pagamento do aluguel de espaço. Já a despesa é um serviço e/ou bem de consumo direto ou indireto que gerará receita. Podemos mencionar como exemplo a comissão de vendedores. O desembolso, por sua vez, está ligado ao pagamento de bem e/ou serviço. Importante destacar que a empresa, para fazer o registro de recebimentos e pagamentos, adota dois regimes, a saber: regime de caixa (registro do recebimento ou pagamento no momento da transição comercial) e regime de competência (registro da transição comercial após o seu pagamento). Temos, ainda, o investimento, que são os gastos para a aquisição de bens, direitos ou serviços (ativos da empresa); e a perda, que são os restos decorrentes do processo produtivo, de maneira previsível. Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos 11 A utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento e a comunicação. De acordo com Martins (2018), custo e despesa não são sinônimos, tendo sentido próprio, assim como investimento, gasto e perda. O gasto é a compra de um produto ou serviço que gera desembolso para a entidade. Já o desembolso é o pagamento da aquisição do bem ou serviço. Investimento é o gasto em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a um período futuro. Custo é o gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. A despesa é o bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para se obter receitas. Por fim, a perda é o bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. NOTA Relevante mencionar, também, que podemos classificar os custos de várias maneiras, de acordo com a sua finalidade. Essa classificação é aplicada no cálculo de sistemas de custos variáveis. O importante é diferenciá-los dos custos fixos, a fim de obter subsídios com base nas flutuações dos custos para definir os preços de venda. 12 AUTOATIVIDADE 1. Como já pudemos descobrir, a contabilidade de custos é uma área da contabilidade que tem por objetivo calcular os valores para que a empresa, a partir da transformação de matéria-prima, consiga produzir seus produtos. Nesse sentido, relacione os termos listados a seguir às suas respectivas características. I - Custo. II - Investimento. III - Gastos. IV - Despesa. V - Desembolso. ( ) Atividades com base na vida útil ou nos benefícios que podem ser atribuídos a períodos futuros. ( ) Bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receita. ( ) Pagamentos para a compra de bens ou serviços que podem ser feitos antes, durante ou depois da entrada dos utilitários comprados. ( ) Bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária. ( ) Compra de algo que trará prejuízo financeiro para a empresa a partir de um sacrifício representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos. Agora, assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) I, III, V, II e IV. ( ) IV, II, I, III e II. ( ) II, I, V, IV e III. ( ) I, II, III, IV e V. 13 2. Ao longo de nossos estudos, pudemos identificar algumas diferenças entre determinadas terminologias utilizadas com frequência na contabilidade de custos. Entre essas terminologias, temos as despesas e os custos. Diante desse contexto, o que são as despesas para uma empresa industrial e o que são os custos para um comércio? Cite exemplos das suas situações. 3. Para alguns especialistas, a contabilidade de custos fornece informações para a contabilidade financeira quanto à contabilidade gerencial. A partir desses dados obtidos, o gestor da empresa consegue se orientar para a tomada de decisão. Diante disso, com base em nossos estudos a respeito do assunto, analise as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas. I - Por medir e avaliar os custos de acordo com os padrões contábeis, a contabilidade de custos é usada para atingir os objetivos da contabilidade financeira PORQUE II - quando usada internamente, pode satisfazer a contabilidade de gerenciamento fornecendo informações de custos sobre produtos, clientes, serviços, projetos, processos, atividades etc. Agora, assinale a alternativa correta. ( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. ( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. ( ) As afirmativas I e II são proposições falsas. ( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 14 AUTOATIVIDADE 4. O objetivo da contabilidade é estudar o patrimônio da empresa. Suas principais funções são: registrar, organizar, provar, analisar e seguir as modificações de igualdade devido à atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico. Sendo assim, descreva o princípio da competência e sua aplicabilidade na contabilidade de custos. 15 5. Normalmente, o processo de produção está diretamente ligado aos custos de matérias-primas, mas é possível transformar um custo indireto em custo direto, caso possamos quantificar o objeto de custo. Nesse contexto, pensando a respeito das terminologias da contabilidade de custos, analise as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas. I - Custo é todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação de um serviço PORQUE II - tudo que é usado para produzir um bem ou serviço para ser vendido no mercado. Agora, assinale a alternativa correta. ( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. ( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. ( ) As afirmativas I e II são proposições falsas. ( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 16 UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 17 TÓPICO 2 UNIDADE 1 2. Tipificação de custos e despesas 2.1 Introdução do tópico A competição no mercado está se tornando cada vez mais acirrada, ao passo que os consumidores estão exigindo preços mais baixos todos os dias. No entanto, normalmente, é o mercado que determina o preço de um produto ou serviço, não apenas o empresário que o está produzindo. Figura 6 - Tipificação de custos Fonte: falovelykids, Pixabay (2021). No contexto de concorrência generalizada, é importante identificarmos se estamos “ganhando dinheiro” quando produzimos e vendemos nossos produtos e/ou serviços. Isso porque, se não tivermos lucro, a empresa não conseguirá continuar no mercado competitivo. No tópico anterior, pudemos conhecer a definição de dois termos muito utilizados na contabilidade, que é a despesa e o custo. Agora, a partir deste momento, conheceremos os tipos de custos e despesas aplicados na contabilidade de custo. Para tanto, buscaremos novos contextos para que possa entender a importância dessa área não apenas para o lado empresarial, mas para o seu dia a dia também. 18 UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento Em uma empresa, muitos gastos estão envolvidos. Estes podem ser divididos em despesas e custos, sendo que, dentro do âmbito dos custos, ainda podemos dividi-los em custos diretos,indiretos, fixos e variáveis. As despesas, por sua vez, podem ser divididas em ficas e variáveis. Para complementar essa definição, vale mencionar que o custo se trata das despesas da empresa relacionadas aos produtos ou serviços produzidos por ela. Portanto, está diretamente relacionado às atividades da organização. Figura 7 – Influência do custo e da despesa no balanço patrimonial Custo Integra o produto, vai para o estoque e aumenta o ativo circulante. Despesa Reduz o lucro e vai para o resultado, reduzindo o patrimonio líquido Fonte: Ribeiro (2016, p. 19). Diante disso, vamos estudar cada tipo de custo e despesa para compreender de que forma eles influenciam na contabilidade de custos? Acompanhe o conteúdo! 2.2 Custos diretos O custo direto é aquele que pode ser diretamente atribuível a determinado produto ou serviço. No entanto, também podemos dizer que é o custo diretamente incluído no cálculo do valor do produto fornecido. Assim, estamos nos referindo aos custos que podem ser medidos de forma clara e objetiva. É possível citar como exemplos de custos diretos as matérias-primas utilizadas diretamente no processo produtivo, bem como a mão de obra relacionada e os serviços terceirizados, mas estes estão diretamente ligados à atividade fim da empresa. Tipificação de custos e despesas 19 2.3 Custos indiretos Ao contrário dos custos diretos, os custos indiretos se referem aos incorridos com o cálculo do valor da mercadoria fornecida por rateio. Nesse sentido, podemos dizer que os custos indiretos estão ligados aos custos que não podem estar diretamente relacionados à atividade fim da organização. Diante dessa definição, temos como exemplos de custos indiretos os gastos com energia, água, aluguel etc. Estes interferirão nos produtos fornecidos pela empresa, mas não estão diretamente relacionados a eles. Isto é, os gastos com custos indiretos não serão incluídos diretamente nos custos do produto, pois é necessário realizar uma avaliação para inclui-los no preço final. Martins (2003) nos apresenta os seguintes custos de produção: Figura 8 - Custos de produção Matéria-prima Embalagens $ 2.500.000 $ 5.600.000 $ 1.000.000 $ 600.000 $ 100.000 $ 400.000 $ 300.000 $ 500.000 $ 200.000 Materiais de Consumo Mao-de-obra Salários da supervisão Depreciação das Máquinas Energia Elétrica Aluguel do Prédio Total Fonte: Martins (2003, p. 31). A matéria-prima e as embalagens podem ser apropriadas aos produtos que a empresa em questão está produzindo, pois foi possível identificar quando cada um consumiu desses itens. Os materiais de consumo, por sua vez, podem estar ligados aos lubrificantes das máquinas, por exemplo. Dessa maneira, eles não podem ser associados a cada produto diretamente. Além disso, outros desses materiais são de pequeno valor, então é provável que também não serão associados (MARTINS, 2003). A mão de obra, por outro lado, pode estar relacionada a cada produto oferecido pela organização, pois normalmente se contabiliza o quanto cada trabalhador se empenhou na produção e o quanto esses colaboradores custam para a empresa. Entretanto, importante mencionar que parte dessa mão de obra está ligada aos chefes de equipes de produção, sendo que, nesse caso, não conseguimos verificar quanto atribuir disso diretamente aos produtos (MARTINS, 2003). 20 UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento Já os salários de supervisão são ainda mais complicados de alocar por meio de uma verificação direta e objetiva que a mão de obra dos chefes de equipes de produção. Afina, essa supervisão é a geral da fábrica. Nesse sentido, Martins (2003) nos explica que esse custo representa o gasto com a supervisão dos chefes de equipes. No caso da depreciação das máquinas, é comum que as empresas depreciem linearmente em valores iguais por período, mas não por produto. Ela até poderia ser apropriada ao produto, mas precisaria ser contabilizada de outra maneira. Martins (2003) cita que parte da energia elétrica pode ser alocada em alguns produtos, já que as máquinas envolvidas podem consumir mais força por possuírem um medidor próprio. Com isso, a empresa consegue verificar quanto consome cada item produzido. Contudo, o restante da energia é medido de forma geral. Por exemplo, dos R$ 500 mil apresentados, R$ 350 mil podem ser alocáveis, mas R$ 150 mil não. Finalmente, temos o aluguel do prédio, que é impossível de ser medido diretamente o quanto pertence a cada produto. Com base nessas explicações e no exemplo dado pelo autor, podemos chegar à conclusão de que algumas despesas podem ser alocadas diretamente aos produtos e/ou serviços oferecidos pela organização, necessitando do consumo exato (quantidade de quilos consumidos, embalagem, horas consumidas, eletricidade consumida etc.). 2.4 Custos fixos Os custos fixos têm certa regularidade e não mudam de acordo com as necessidades de produção. Exemplos claros desse tipo são os custos indiretos, o que pode incluir o espaço ocupado pela empresa locada, como o escritório; e um salário semanal fixo, ou seja, o salário e as funções da equipe de gerenciamento que não serão alterados com as mudanças nas vendas. A depreciação do equipamento também é quase sempre considerada uma despesa fixa. Vamos entender a respeito do custo fixo realizando uma aplicação de cálculo? Confira o recurso a seguir com atenção! Tipificação de custos e despesas 21 Imagine que a empresa de embalagem Doces e Travessuras, no mês de setembro de 2019, teve seus custos fixos totalizando R$ 5.000,00. No mês de outubro do mesmo ano, ela produziu R$ 2.000,00 em produtos para vender. Dessa maneira, o cálculo diante das informações apresentadas é feito da seguinte maneira: • somam-se todos os custos fixos (R$ 5.000,00); • somam-se todos os itens produzidos (R$ 2.000,00); • divide-se o custo fixo pela quantidade de itens produzidos ( ), a fim de obter o valor médio para a produção de cada item (R$ 2,50 por item). No exemplo em questão, portanto, o custo para fabricar cada item vendido pela empresa é de R$ 2,50. Assim, fica clara a importância de sabermos os custos para definir o custo de venda dos produtos no mercado! UNI Alguns custos fixos podem ser reduzidos para melhorar o fluxo de caixa, mas isso exige que algumas decisões sejam tomadas, como mudar para um local de trabalho mais barato ou reduzir o número de funcionários. Por outro lado, outros custos fixos — a exemplo da depreciação — não melhorarão o fluxo de caixa da organização, mas podem melhorar o balanço patrimonial. Para a maioria das empresas, um bom exemplo de custo fixo é o aluguel do local onde a organização exerce suas funções. Independentemente da produção, esse aluguel é sempre o mesmo, ainda que se tenha um mês de alta ou baixa demanda. 2.5 Custos variavéis Os custos variáveis são aqueles que dependem diretamente dos requisitos de produção para definir o seu valor. Eles incluem itens como: • matérias-primas (insumos diretos): quanto mais materiais diretos a empresa comprar, mais gastará com eles; • embalagens: quanto mais mercadorias a serem enviadas, maiores serão os custos envolvidos em envio e embalagem; • impostos diretos sobre as vendas: ICMS, simples, ISS, PIS, COFINS, IPI, IRPJ ou contribuição social; • mão de obra industrial: quanto mais produtos ou serviços a empresa oferecer, mais tempo os funcionários trabalharão; • comissões: quanto mais os vendedores vendem, mais comissões serão pagas. 22 UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento A fórmula para encontrarmos os custos variáveis totais é dada pelo número total de um bem ou serviço vendido, vezes o custo variáveis por unidade. Vamos aplicar esse cálculo para uma melhor absorção do conteúdo? Acompanhe! Suponha que a empresa Traçados e Linhas possui um negócio que vende camisetas. Ela vende 1.800 camisetas por mês. O custo por unidade ou para ser vendida cada camiseta é de R$ 17,75. Assim, os custos variáveis totais são dados por . Isto é, o custo variávelserá de R$ 31,95. UNI Porém, vale ficarmos atentos à relação entre custos variáveis e vendas, pois se estas aumentarem, os custos variáveis também aumentarão. Do contrário, se as vendas caírem, consequentemente os custos variáveis cairão. O aumento dos custos variáveis nem sempre é uma má notícia para o negócio. Isso porque, como mencionamos, quando as vendas aumentam, é preciso fabricar mais produtos ou se preparar para realizar mais serviços. O valor gasto em custos variáveis aumentará. No entanto, esse aumento nas vendas trará mais receita para o negócio. Importante ressaltar, em contrapartida, que a receita precisa crescer mais rápido que as despesas. Se os custos variáveis aumentarem mais rápido que a receita, não haverá lucro. Outro fator importante para determinar a lucratividade em uma empresa é a margem de contribuição variável (receita marginal). Ela é conhecida pela diferença entre a receita e os custos variáveis. A respeito da margem de contribuição variável, para determiná-la, precisamos seguir um passo a passo, conforme exposto na sequência: • primeiro, deve-se encontrar o preço de um produto e/ou serviço ou a quantidade desse produto vendido para a empresa; • depois, determina-se o custo variável do produto ou serviço. Os custos variáveis variam de acordo com as vendas, incluindo materiais diretos, mão de obra direta e custos de transporte; • por fim, é preciso subtrair os custos variáveis do preço. A receita marginal variável é a solução para esse cálculo (custo variável - preço). Tipificação de custos e despesas 23 Imagine que, na pastelaria Massa Roma, o valor do pastel grande à moda da casa é de R$ 15,00. Para fazer e embalar, o proprietário do negócio tem um custo de R$ 5,50. Diante disso, podemos mencionar que a margem de contribuição variável do pastel é de R$ 9,50, pois R$ 15,00 – R$ 5,50 = R$ 9,50. UNI Podemos utilizar a receita marginal variável para analisar quanto dinheiro resta para cobrir os custos fixos. Conforme o resultado, é possível comparar o custo fixo total com o benefício marginal variável. Se o custo fixo for menor que a receita marginal variável, conseguimos identificar quanto lucro líquido se alcançou. Figura 9 - Custo fixo x custo variável Custo fixos São aqueles cujos valores permanecem constantes dentro de determinada capacidade de produção Custos variaveis São aqueles diretamente relacionados à produção.≠ Fonte: Elaborada pela autora (2021) Agora, sabendo a diferença entre cada tipo de custo, podemos observar que os custos são pontos críticos para a saúde financeira da empresa. Práticas erradas podem levar a perdas, como preços e planejamento de orçamento de negócios ruins. Assim, eles fazem parte da ferramenta de negócios, uma vez que não existe produto sem custo. Logo, devemos implementar estratégias de redução de custos para melhorar a rentabilidade do empreendimento. Com isso em mente, o relatório contábil utilizado de forma gerencial se tornará um importante suporte para se saber quando e quando é gasto, a fim de verificar a origem do maior custo do recurso. Os custos variáveis são os mais difíceis para cortar, pois estão diretamente relacionados à produção, mas não são impossíveis. Por meio de análise, pesquisa e planejamento aprofundado, resultados frutíferos podem ser alcançados. 24 UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 2.6 Despesas variaveis e fixas No que diz respeito às despesas, podemos definir como todas aquelas relacionadas à gestão da empresa, a exemplo de negócios, marketing, desenvolvimento de produtos e finanças. São, portanto, gastos necessários para manter o bom funcionamento da estrutura, mas que não contribuem diretamente para a produção de novos itens a serem comercializados pela organização. As despesas afetam as demonstrações contábeis financeiras, especialmente a demonstração do resultado, que relata o desempenho financeiro durante um período específico. No caso das despesas variáveis, tratam-se daquelas proporcionais ao volume de vendas (quanto maior o volume de vendas, maior o gasto). Elas permanecem inalteradas em seus aspectos unitários. Alguns exemplos de despesas variáveis são os fretes e as multas por atraso na entrega de produtos aos clientes, as comissões de venda, o gasto com combustível dos veículos da empresa e os incidentes ou acidentes na produção. Dizemos que as despesas variáveis estão em algum lugar entre o custo e a despesa. Isso porque, por não estarem diretamente relacionadas à quantidade de produtos produzidos ou vendidos, aparecem como “despesas”, mas ainda mantêm uma relação estreita com as atividades de produção e vendas. Já as despesas fixas não mudarão com a quantidade produzida ou vendida. Isso significa que uma taxa mensal será cobrada, independentemente de a empresa ter um bom desempenho nos negócios ou não. Alguns exemplos seriam as contas de água, energia elétrica e telefone, o salário dos funcionários, o aluguel do imóvel onde o negócio se localiza, as taxas bancárias e outros gastos frequentes da empresa. Figura 10 – Despesas Fonte: stevepb, Pixabay (2021). Tipificação de custos e despesas 25 Para calcular as despesas fixas e variáveis em uma empresa, o gestor precisará fazer duas coisas: mapear todas as entradas e saídas de dinheiro e estar familiarizado com alguns conceitos financeiros. Apesar da simplicidade, a maioria dos gestores ainda perde a oportunidade de se familiarizar com os termos financeiros e ignora esse ponto enquanto parte de uma decisão importante para o desenvolvimento do negócio. Lembre-se de que, se você aprender a classificar as despesas e controlar receitas e despesas mensais, alcançará seus objetivos financeiros com maior facilidade. Para tanto, precisa entender as definições financeiras de despesas (fixas e variáveis) e receitas (receita líquida, receita total e lucro). DICAS Para finalizarmos e você ter em mente os conceitos a que estamos nos referindo, vale anotar o seguinte para sempre consultar quando necessário: • receita bruta: é, basicamente, todo o dinheiro que entra na empresa; • receita líquida: é o resultado da receita bruta, menos suas devoluções, os impostos destacados na nota fiscal e os descontos comerciais; • lucro: é definido como a diferença entre receita líquida, menos todos os custos e as despesas envolvidos. Não é necessariamente bom ou ruim para uma empresa ter mais despesas fixas ou variáveis. No fim, tudo dependerá da combinação das variações de lucro e custo do produto e/ou serviço produzido e comercializado pela organização! 26 AUTOATIVIDADE 1. Considerando nosso material de estudos, podemos afirmar que os custos estão relacionados à atividade fim da empresa, ou seja, ao que ela produz, ao passo que as despesas não estão ligadas a essa atividade. Diante disso, no ambiente de uma empresa, podemos afirmar que: ( ) os custos diretos são apropriados aos produtos, como a matéria- prima. ( ) os custos indiretos podem ser alocados em cada produto, como a embalagem. ( ) os custos variáveis não variam no produto em seu processo produtivo, como o frete de mercadorias. ( ) os custos fixos têm relação direta com a quantidade produzida, como o aluguel. 2. O gerente de uma empresa terá maior controle sobre os custos e as despesas quando tem ao seu alcance um programa de otimização de recursos contínuo, tornando a organização mais competitiva em seu mercado comercial. Diante disso, com base em nossos estudos, temos alguns tipos de custos que podem ser analisados. Cite exemplos de custos variáveis. 3. Conhecer e entender os custos e as despesas que incorrem no processo produtivo de uma empresa é fundamental para que os gestores possam tomar decisões assertivas e, principalmente, para identificar a rentabilidade dos negócios. Sendo assim, considerando as terminologias estudadas, conceitue e exemplifique os custos fixos e as despesas variáveis. 4. Muitas despesas são automaticamente convertidas em despesas,enquanto outras entram primeiro no estágio de custo. Também temos aquelas que passam pelos estágios de investimento, custo, investimento e, em seguida, tornam-se despesas, de fato. Diante disso, com base em nossos estudos a respeito do assunto, analise as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas. I - Entre as principais vantagens de um cálculo correto de custos e despesas, podemos destacar a análise da margem de contribuição por produto 27 PORQUE II - esse cálculo ajuda as empresas a melhorarem os preços e, consequentemente, a margem opressiva. Agora, assinale a alternativa correta. ( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. ( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. ( ) As afirmativas I e II são proposições falsas. ( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 5. Suponha que uma empresa gratifique seus vendedores exclusivamente por meio de um percentual incidente sobre o valor das vendas realizadas. Nesse caso, quanto mais eles venderem, mais serão bonificados. Nesse sentido, considerando nossos estudos a respeito do assunto, podemos dizer que a remuneração dos vendedores, para a empresa, é: ( ) uma despesa variável. ( ) um custo fixo. ( ) uma despesa fixa. ( ) um custo variável. 28 UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 29 TÓPICO 3 UNIDADE 1 3. Diferença entre gastos e custos 3.1 Introdução do tópico Muitas pessoas confundem os conceitos de despesas, custos e gastos, uma vez que eles parecem estar relacionados à mesma coisa, não é? No entanto, a verdade é que cada um traz sua definição adequada. Assim, entender a diferença entre essas terminologias é fundamental para equilibrar as finanças empresariais e pessoais, o que permite uma maior tranquilidade financeira. Pensando nisso, ao longo deste tópico, estudaremos qual é a diferença entre gastos e custos, uma vez que já compreendemos quanto às despesas. 3.2 Diferença entre gastos e custos De forma simples, podemos dizer que o gasto é a despesa financeira e todo sacrifício feito pela entidade para obter bens ou serviços. Por outro lado, o conceito de despesa é muito amplo e difícil de ser colocado em poucas palavras. Como exemplos de gastos, podemos citar a compra de máquinas, equipamentos, veículos, móveis e ferramentas. As despesas podem se tornar um investimento, sendo que este, por sua vez, tornará-se um custo e uma despesa ao mesmo tempo. Ribeiro (2016, p. 19) faz a definição de despesas e custos para que possamos entender que há uma diferença na linguagem da contabilidade de custos: Essas duas palavras (despesa e custos), embora, quando utilizada pela contabilidade de custo tecnicamente representem coisas diferentes, quando utilizadas na nossa linguagem comum ou integrando terminologias de outras profissões, em certos casos, podem representar coisas semelhantes. Custo é um gasto, ou seja, um sacrifício financeiro que uma entidade suporta quando usa fatores de produção para realizar bens ou serviços. No comércio, a aquisição de mercadorias é o custo, enquanto que, na indústria, essa mesma aquisição é entendida como de matérias-primas, insumos e mão de obra na produção de mercadorias. 30 UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento Figura 11 – Gastos e custos Fonte: stevepb, Pixabay (2021). Conforme Ribeiro (2016), o gasto pode ser definido como uma parte da despesa e parte custo. Isso nos deixa um pouco confusos, não é? Esse assunto é complexo, mas a contabilidade de custos envolve os custos que beneficiam tanto as áreas de produção quanto as áreas administrativa e comercial. Assim, é necessário separar a parte que será classificada como despesa da parte que será classificada como custo. Suponha que a empresa Linhas e Traçados comprou 4.000 unidades de matéria-prima, mas utilizou apenas 1.800 unidades no processo de transformação em determinado período, sendo a diferença ativada a título de estoque de matéria-prima. Desse modo, o gasto foi relativo às 4.000 unidades, ao passo que o custo foi de 1.800 unidades. UNI Diferenças entre gastos e custos 31 O custo não deve considerar apenas o ganho com dinheiro, visto que há outros meios de se obter o que é necessário, como a força física. Diante dessas definições, é possível concluir que há uma mudança a qual pode causar confusão, mas vamos simplificar da seguinte forma: as despesas podem se tornar um investimento, mas este se torna um custo e uma despesa ao mesmo tempo. Devemos diferenciá-los considerando a finalidade dos produtos e/ou serviços consumidos, bem como seus impactos no orçamento. E mais importante do que defini-los, é saber controlá-los, independentemente de ser despesas, gastos ou custos! 32 AUTOATIVIDADE 1. No conceito contábil, despesas, custos e gastos não representam a mesma coisa. Entender essa diferença é importantíssimo para qualquer empresa, em especial para que se possa identificar o que deve ser ajustado ou o que pode ser mantido. Diante desse contexto, imagine a seguinte situação: a empresa Pascoina, no mês de fevereiro de 2021, iniciou a produção para a páscoa de 40.000 unidades de salgados. Ela teve os seguintes gastos: Chocolate meio amargo (CV) 1.000,00 Margarina (CV) 80,00 Depreciação do fogão (CF) 200,00 Comissão do vendedor (CV) 2.000,00 Ovos (CV) 70,00 Salário do pessoal da produção (CF) 2.480,00 Embalagem (CF) 150,00 Gás (CF) 20,00 Honorários fixos (CF) 3.000,00 Fonte: Elaborada pela autora (2021). Com base nos dados da tabela anterior, qual é o custo variável total e o custo fixo total? 2. Como bem sabemos, a contabilidade de custos atua nas empresas como uma investigadora das informações que irão ajudar na decisão e no planejamento do custo de produção para a formação do preço de venda. Assim, considerando a temática e nossos estudos a respeito, por que é correto afirmar que gastos são quaisquer despesas realizadas por indivíduos ou entidades, a fim de obterem produtos ou serviços? 33 3. Suponha o seguinte caso: o gestor da empresa Camiseta & Bermunda Ltda. apresentou as seguintes informações relacionadas ao seu processo de produção de dois produtos, informando o custo unitário e a quantidade produzida. Camiseta baby Quantidade produzida Custo unitário Custo total 2.000 unidades R$ 7,00 R$ 14.000,00 3.000 unidades R$ 7,00 R$ 21.000,00 4.000 unidades R$ 7,00 R$ 28.000,00 Camiseta lange Quantidade produzida Custo unitário Custo total 2.000 unidades R$ 15,00 R$ 30.000,00 3.000 unidades R$ 10,00 R$ 30.000,00 3.750 unidades R$ 8,00 R$ 30.000,00 Fonte: Elaborada pela autora (2021). Com base nas informações dispostas, podemos dizer que os custos das camisetas baby e lange, em relação à unidade de produto, são, respectivamente: ( ) variável e fixo. ( ) fixo e fixo. ( ) fixo e direto. ( ) variável e variável. 34 AUTOATIVIDADE 4. As empresas industriais são caracterizadas por suas atividades de produção, ou seja, por transformarem matérias-primas em produtos industriais. Tal atividade de transformação é conhecida como produção industrial. Nesse sentido, podemos dizer que os custos de amortização e depreciação dos equipamentos que a empresa utiliza no processo produtivo de mais de um produto, os salários de supervisores de produção, o aluguel de fábrica e a eletricidade (que não podem ser associados ao produto) devem ser classificados como custos: ( ) com materiais diretos. ( ) diretos. ( ) variáveis. ( ) indiretos. 5. Imagine a seguinte situação: a empresa Trânsito & Confusão mantém, entre os diversos itens componentes de sua estrutura de gastos mensais, itens como a taxa mensal constante de energia elétrica, a matéria-prima consumida, o aluguel do galpão da fábrica, a depreciação de equipamentos calculada com base em unidades produzidas e o contrato de seguro do prédio da administração geral. Nesse sentido, podemos afirmar que: ( ) a taxa mensalde energia elétrica e a matéria-prima consumida são custos fixos. ( ) o aluguel do galpão da fábrica e a depreciação de equipamentos são custos diretos. ( ) a matéria-prima consumida é um custo variável. ( ) o contrato de seguro do prédio da administração geral é um custo direto. RESUMO Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo. CHAMADA A contabilidade de custos possui diversos objetivos básicos. Por sua vez, a aplicação do pensamento sistêmico explora e tenta provar a conexão entre os objetivos ideais da organização e os reais. Em alguns casos, esses objetivos podem ser determinados por ações em vez de ideais imaginários. As empresas adquirem matéria-prima para serem transformadas em produtos, sendo que o produto final é o resultado da agregação de diferentes materiais e esforços de produção. Diante dessa realidade, as pessoas acharam necessário revitalizar o sistema contábil estabelecendo uma metodologia de controle de custos, a qual fornece informações para usuários externos e investidores. No entanto, saber o custo de cada item utilizado e envolvido é essencial para entender se o produto a ser oferecido é lucrativo por determinado preço. Do contrário, deve-se analisar a possibilidade de reduzir os custos para alcançar resultados melhores. Assim, ao longo de nossos estudos sobre a contabilidade de custos, o desenrolar dos conceitos e a aplicabilidade se tornarão pontos de fácil compreensão, incluindo outras variáveis relacionadas ao tema, como os métodos de custeio. 45 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações. CHAMADA Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque UNIDADE 2 Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados. TÓPICO 1 - Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida; TÓPICO 2 - Contabilidade de custos industrial e comercial; TÓPICO 3 - Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC. A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • visualizar a aplicação dos métodos de custeios; • compreender a contabilidade de custos na visão do comércio; • analisar a contabilidade de custos sob a visão da indústria. 46 47 Introdução da unIdade O objetivo da contabilidade é acumular informações financeiras para serem utilizadas na tomada de decisões econômicas. Logo, pode-se definir que a finalidade da contabilidade financeira é coletar dados que possam ser aplicados para preparar as demonstrações financeiras, atendendo às necessidades de investidores, credores e outros usuários externos quanto às informações financeiras da organização. As declarações incluem balanço, demonstração de resultados, demonstração de resultados retidos e demonstração de fluxo de caixa. Embora tais demonstrações financeiras sejam úteis para gerentes e usuários externos, elas não são suficientes. Assim, outros relatórios, listas de verificação e análises devem ser considerados para uso interno em planejamento e controle. A gestão passa muito tempo avaliando os problemas e as oportunidades dos vários departamentos da empresa, em vez de verificar a organização como um todo. Como resultado, as demonstrações financeiras externas pouco ajudam a administração nos momentos das tomadas de decisões diárias. A contabilidade de custos, por sua vez, fornece outras informações necessárias para esses relatórios especiais de gerenciamento, bem como dados preciosos para preparar as demonstrações financeiras. Por isso, nesta unidade, conheceremos a contabilidade de custos na indústria e no comércio. O material exigirá um pouco mais de atenção da sua parte, mas, com uma leitura atenta, certamente irá tirar de letra! UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque 48 49 UNIDADE 2 1. Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida TÓPICO 1 1.1 Introdução do tópico Os empresários devem considerar a contabilidade como uma aliada do negócio, mas, para além disso, os profissionais contábeis devem entender quanto aos recursos relacionados e garantir informações precisas para que os gestores possam tomar as decisões corretas, firmando uma vantagem competitiva. O fato é que, independentemente de ser na indústria, nos negócios ou nos setores de serviços, a visão das contas corporativas não pode ser tão pragmática. A relação entre vendas e faturamento deve incluir um item essencial: o custo. Na prática, isso significa que os custos de produção ou compra de produtos e prestação de serviços devem ser subtraídos das vendas. Assim, eis que surge o custo dos produtos vendidos (CPV), o custo das mercadorias vendias (CMV) e o custos dos serviços vendidos (CSV). Esses três indicadores calculam o custo direto de produção e compra de produtos ou serviços da empresa em determinado período. Por esse motivo, além dos custos operacionais específicos, os saldos inicial e final dos estoques ou serviços em andamento também estão incluídos nessas contas. Dessa forma, CPV, CMV e CSV não considerarão o custo dos produtos em estoque ou dos serviços que ainda estão sendo implementados, mas consideram os itens que foram vendidos ou serviços prestados. Vamos nos aprofundar a respeito? 1.2 Custo dos produtos vendidos (CPV) O custo dos produtos vendidos (CPV) inclui todos os custos de produção e armazenamento do produto até a sua venda. Quando vendemos o produto, o valor da transação é incluído na conta da loja, certo? Porém, para saber o lucro dessa venda, é necessário deduzir do preço final as despesas que gastamos na produção ou obtenção do produto e armazenamento do produto. Tais despesas podem ser calculadas como o custo dos produtos vendidos para mostrar o lucro bruto, que é a diferença entre a despesa e a receita da transação. UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque 50 Figura 12 - Custo de vendas Fonte: Freepik (2021). Importante lembrar que, deduzindo o custo das vendas do produto do preço de venda, conseguimos obter um lucro bruto. Para saber o lucro líquido, é necessário descontar outros valores, como aluguel e salários. O CPV está diretamente relacionado aos processos industriais, por isso, além do saldo de estoques, despesas gerais de fabricação, custos de matéria- prima e mão de obra, o indicador também é utilizado como variável. A fórmula do CPV é dada por , sendo que: = custo dos produtos vendidos; = estoque inicial; = insumos (matérias-primas, materiais de embalagem e outros) aplicados nos produtos vendidos; = mão de obra direta aplicada nos produtos vendidos; = gastos gerais de fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de obra indireta etc.) aplicados nos produtos vendidos; = estoque final (inventário final). Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida 51 Por exemplo, imagine que determinada empresa queira apurar o lucro bruto do primeiro mês em que seu novo produto ficou no mercado. Para tanto, ela deve calcular o custo dos produtos vendidos e compará-lo com o faturamento, que foi de R$ 450.000,00. A contabilidade repassou os seguintes dados: • estoque inicial de R$ 150.000,00; • insumos de R$ 70.000,00; • mão de obra de R$ 20.000,00; • gastos gerais de fabricação de R$ 30.000,00; • estoque final de R$ 15.000,00. Com tais informações, podemos realizar as substituições necessárias na fórmula anterior. Logo, temos o seguinte cálculo: Dessa maneira, temos que o custo dos produtos de vendidos da empresa, no mês em questão, foi de R$ 255.000,00. Para chegar ao lucro bruto, faremos o seguinte cálculo: R$ 400.000 - R$ 255.000= R$ 195.000,00. Ribeiro (2016, p. 31), quanto aos custos dos produtos vendidos, menciona que: Os produtos que tiveram seus processos de fabricação iniciados em períodos anteriores e encerrados no período atual receberão cargas de custos proporcionais ao processo de fabricação em cada um dos períodos durante os quais estiveram em fabricação. Essas cargas de custos são atribuídas no final de cada período, para que os referidos produtos inacabados possam ser devidamente avaliados para integrar os estoques finais de produtos em elaboração no término de cada um desses períodos. Portanto, temos que o custo dos produtos vendidos nos ajuda a realizar um controle financeiro correto, mostrando a situação real da empresa e auxiliando na formulação de preços adequados de acordo com a meta de lucro da empresa. UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque 52 Ribeiro (2016) apresenta em sua obra o modelo da demonstração do custo dos produtos vendidos, assim como as expressões técnicas utilizadas para o preenchimento dessa demonstração. Observe o quadro na sequência. Quadro 1 - Demonstração do custo dos produtos vendidos 1 Estoque inicial de matérias-primas 2 (+) Compras líquidas de matérias-primas 3 (=) Custo das matérias-primas disponíveis (1 + 2) 4 (–) Custo das matérias-primas não aplicadas na produção 5 Estoque final de matérias-primas 6 Custo das vendas de matérias-primas 7 Subprodutos acumulados no período 8 Outros 9 (=) Custo das matérias-primas aplicadas (3 - 4) 10 (+) Mão de obra direta 11 (=) Custo primário (5 + 6) 12 (+) Outros custos diretos 13 Materiais secundários 14 Materiais de embalagem 15 Outros materiais 16 Gastos gerais de fabricação diretos 17 (=) Custos diretos de fabricação (7 + 8) 18 (+) Custos indiretos de fabricação 19 Materiais indiretos 20 Mão de obra indireta 21 Gastos gerais de fabricação indiretos 22 (=) Custo de produção do período (9 + 10) 23 (+) Estoque inicial de produtos em elaboração 24 (=) Custo de produção (11 + 12) 25 (–) Estoque final de produtos em elaboração 26 (=) Custo da produção acabada no período (13 - 14) 27 (+) Estoque inicial de produtos acabados 28 (=) Custo dos produtos disponíveis para venda (15 + 16) 29 (–) Estoque final de produtos acabados 30 (=) Custo dos produtos vendidos (17 - 18) Fonte: Adaptado de Ribeiro (2016). Na figura a seguir, podemos observar algumas expressões utilizadas na demonstração do custo dos produtos vendidos e o que cada uma representa. Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida 53 Figura 13 - Expressões técnicas utilizadas no DCPV Custo das matérias-primas disponíveis Custo da produção acabada no período • Compreende o custo de produção, menos o estoque final de produtos em elaboração. • Fórmula dada por CPA = CP – EFPE Custo de produção • Compreende o custo de produção do período, mais o estoque inicial de produtos em elaboração. • Fórmula dada por CP = EIPE + CPP Custo de produção do período • Compreende a soma dos custos incorridos na produção do período dentro da fábrica. • Fórmula dada por CPP = Materiais + MO + GGF Custo primário • Compreende os gastos com matérias-primas aplicadas, mais os gastos com mão de obra direta. • Fórmula dada por CP = MP + MOD • Compreende o total das matérias-primas que a empresa teve à sua disposição durante o período para aplicar na produção. • Fórmula dada por CMPD = EIMP + CLMP Custo das matérias-primas aplicadas • Custo das matérias-primas disponíveis diminuído da somatória dos seguintes valores: custo do estoque final de matérias-primas, custo das vendas de matérias-primas, valor dos subprodutos acumulados durante o período (parte do custo dos subprodutos derivada de sobras de matérias-primas) e outros eventos que venham a reduzir o custo das matérias-primas disponíveis, como as baixas por perecimento, sinistro, furtos etc. • Fórmula dada por CMPA = CMPD – EF – V – SP – O' Custo de transformação • Embora o título não esteja evidenciado na DCPV, compreende a soma dos gastos com mão de obra (direta e indireta) e gastos gerais de fabricação (diretos e indiretos) aplicados na transformação dos materiais em produtos. • Fórmula dada por CT = MOT + GGFT Fonte: Adaptada de Ribeiro (2016). Agora que pudemos entender sobre o custo dos produtos vendidos, no próximo item estudaremos quanto ao custo das mercadorias vendidas. 1.3 Custo das mercadorias vendidas (CMV) O custo das mercadorias vendidas (CMV) é mais utilizado no comércio, porém pode incluir quaisquer atividades que não sejam necessárias ao setor, bastando que as empresas adquiram alguns produtos para revenda, como aqueles vendidos por salões de beleza aos clientes. Esse custo representa o custo do revendedor, distribuidor ou fabricante, desde a compra do produto até a sua venda ao cliente. Portanto, se o resultado for negativo, a receita de vendas, menos o custo das mercadorias vendidas, representará o lucro ou prejuízo bruto. O CMV se trata, então, de um cálculo de gerenciamento utilizado para medir o custo direto de produção e compra de um produto durante um período. IMPORTANT E UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque 54 O CMV é amplamente utilizado por grandes empresas como um indicador para medir a lucratividade das vendas. Ele é relatado na demonstração de resultados do ano corrente e pode ser tratado como uma despesa durante o período contábil. A fórmula do CMV é dada por , sendo que: = custo das mercadorias vendidas; = estoque inicial; = compras; = estoque final (inventário final). Peguemos o exemplo anterior. Suponhamos, agora, que a empresa queira apurar o lucro bruto do mês de abril de 2021, quando o produto novo foi para o mercado. Seu faturamento no mês de março do mesmo ano foi de R$ 160.000,00. Além disso, temos: • estoque inicial de R$ 40.000,00; • compras de R$ 100.000,00; • estoque final de R$ 25.000,00. Com tais informações, também podemos realizar as substituições necessárias na fórmula anterior. Dessa maneira, temos o seguinte cálculo: Dados postos, conseguimos chegar ao resultado, sendo que o custo da mercadoria de vendidas no mês em questão foi de R$ 155.000,00. Já para chegarmos ao lucro bruto, faremos o seguinte cálculo: R$ 160.000 - R$ 115.000 = R$ 45.000,00. Ao combinar os custos incorridos com a receita de vendas, o princípio da consistência contábil pode ser alcançado. Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida 55 Portanto, a fórmula CMV é particularmente importante para a gestão porque não só pode ser utilizada como um indicador de lucratividade, mas, também, pode ajudar os gestores da empresa a analisarem o modo como compram e vendem produtos. Geralmente, os cálculos melhoram esses processos e aprimoram o controle operacional. Figura 14 - Mercadorias vendidas Fonte: sunnygb5, Freepik (2021). Sem dúvida, o cálculo do custo das vendas é uma etapa muito relevante na avaliação da situação financeira da empresa. Contudo, vale mencionar que essa medida também pode trazer outros benefícios para o negócio. Uma delas é verificar se a política de compras está de acordo com as tendências de consumo. Por exemplo, uma empresa pode investir demais em um produto que não é mais atraente para o público-alvo. Desse modo, quando observamos essa situação, podemos gerenciar mais facilmente as despesas, comprando bens ou matérias- primas. Além disso, os cálculos CMV também são úteis para uma melhor gestão de estoque. Uma vez que existem informações relevantes sobre os produtos mais vendidos ou que ficaram mais tempo no armazém. A empresa, então, poderá tomar medidas para utilizar o espaço disponível, ajudando na redução de custos e no aumento da receita. UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque 56 1.4 Custo dos serviços vendidos (CSV) O custo dos serviços vendidos diz respeito a um cálculo que pode mostrar o quanto a empresa gastarápara vender cada um de seus produtos em determinado período. Assim, ao descobrir quanto custará a execução de cada serviço vendido, o empresário poderá analisar melhor sua gestão. A fórmula do CSV é dada por , sendo que: = custo dos serviços vendidos; = saldo inicial dos serviços em andamento; = mão de obra direta aplicada nos serviços vendidos; = gastos diretos (locação de equipamentos, subcontratações etc.) aplicados nos serviços vendidos; = gastos indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de equipamentos etc.) aplicados nos serviços vendidos; = saldo final dos serviços em andamento. Por exemplo, imaginemos que determinada empresa queira mensurar os custos de seus serviços vendidos no mês de abril de 2021 para outra organização. Os dados apurados podem ser observados a seguir: • saldo inicial de R$ 30.000,00; • mão de obra direta de R$ 20.000,00; • gastos diretos de R$ 8.000,00; • gastos indiretos de R$ 6.000,00; • saldo final de R$ 10.000,00. Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida 57 Novamente, fazendo as substituições na fórmula de CSV, temos que: Com os cálculos realizados, podemos entender que o valor de R$ 54.000,00 é referente aos custos dos serviços vendidos no mês de abril de 2021. Ao compará- los ano a ano, conseguimos, inclusive, monitorar o aumento ou a diminuição dessas despesas. Ribeiro (2016) complementa que o CSV pode ser entendido como o valor do salário e dos encargos do trabalhador que executou a tarefa. Com ele, conseguimos verificar qual departamento está mudando ou exigindo mais atenção e, se necessário, traçar estratégias para reduzir despesas sem perder a produtividade. A Receita Federal brasileira distingue os serviços vendidos dos serviços prestados, levando em consideração que os primeiros dizem respeito a quando os segundos estão relacionados à mão de obra de terceiros, como os médicos em hospitais. Nesse caso, o que é disponibilizado é o tempo para a prestação direta de serviços. Outro exemplo seria a instalação de aparelhos de ar-condicionado ou a pintura de casas. No entanto, essa distinção não tem implicações financeiras. 58 AUTOATIVIDADE 1. Considerando o que estudamos até o momento, imagine a seguinte situação: a empresa Parafusos e Pregos S.A., no mês de março de 2021, teve movimentações de compra e venda de mercadorias conforme a tabela a seguir. Data Operação Valor 02/03/2021 Compra R$ 300,00 10/03/2021 Venda R$ 70,00 15/03/2021 Compra R$ 250,00 17/03/2021 Compra R$ 500,00 25/03/2021 Compra R$ 600,00 25/03/2021 Venda R$ 750,00 Fonte: Elaborada pela autora (2021). Considerando os dados anteriores e sabendo que os estoques no final dos meses de fevereiro e março de 2021 foram de R$ 950,00 e R$ 1.650,00, respectivamente, qual foi o custo de mercadoria vendida (CMV) da empresa? 2. Suponha o seguinte caso: a empresa Tuca e Tucano presta serviços de instalação de fibra óptica na cidade de Menorzinha do Sul. Devido à pandemia do COVID-19, no mês de outubro de 2020, a organização faturou R$ 395.000,00. Além disso, temos mais algumas informações para nos ajudar com os cálculos: • saldo inicial dos serviços em andamento de R$ 60.000,00; • mão de obra direta de R$ 90.000,00; • gastos diretos de R$ 10.250,00; • gastos indiretos de R$ 3.500,00; • saldo final dos serviços em andamento de R$ 29.650,00. Considerando os dados apresentados e nossos estudos, qual foi o custo do serviço vendido (CSV) pela empresa em questão? 59 3. Imaginemos o seguinte: a empresa Ômega Máscaras Ltda., devido à pandemia do COVID-19, precisou apurar o lucro bruto referente ao mês de novembro de 2020, considerando o lançamento de um produto. Seu faturamento foi de R$ 375.000,00, mas ainda temos outros valores a contabilizar: • estoque inicial de R$ 50.000,00; • insumos de R$ 35.000,00; • mão de obra de R$ 19.560,00; • gastos gerais de fabricação de R$ 24.250,00; • estoque final de R$ 15.000,00. Diante disso, qual é o custo dos produtos vendidos (CPV) pela empresa em questão? ( ) R$ 120.657,00. ( ) R$ 113.810,00. ( ) R$ 115.765,00. ( ) R$ 98.867,00. 60 AUTOATIVIDADE 4. O cálculo dos custos de mercadorias vendidas é muito importante para a empresa. Com ele, a organização consegue identificar algumas informações que, muitas vezes, auxiliam nas tomadas de decisões assertivas, gerando vantagens competitivas. Nesse sentido, como podemos conceituar o custo de mercadoria vendida? ( ) É a soma das despesas para produzir e armazenar uma mercadoria até que a venda seja efetivada. ( ) É um cálculo utilizado considerando a medição de custo, a qual está diretamente relacionada ao processo de produção ou à distribuição do produto. ( ) É o valor médio pago pelo cliente quando este clica em um anúncio patrocinado. ( ) É o custo ideal por clique, o qual será determinado pelo ROI desejado ou pelo investimento que se quer fazer. 5. Como pudemos estudar até o momento, a empresa, para realizar uma contabilização correta de seus gastos e custos envolvidos na produção e venda de seus itens, precisa contar com a usa de indicadores e cálculos específicos. Nesse sentido, com base em nossos estudos sobre a temática, relacione os itens listados a seguir aos seus respectivos exemplos. I - Custo de mercadoria vendida (CMV). II - Gastos diretos. III - Gastos indiretos. IV - Insumos. V - Gastos gerais de fabricação. 61 ( ) Mão de obra indireta, luz e depreciações de equipamentos. ( ) Materiais de embalagem, matérias-primas e outros materiais. ( ) Energia, depreciações, aluguéis e mão de obra indireta. ( ) Saldo de estoque final, compras e estoque final são utilizados para seu cálculos. ( ) Subcontratações e locação de equipamentos. Agora, assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) I, III, IV, V, II. ( ) V, II, I, IV, III. ( ) II, IV, III, I, V. ( ) III, I, IV, V, II. 62 UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque 63 TÓPICO 2 UNIDADE 2 2. Contabilidade de Custos Industrial e Comercial 2.1 Introdução do tópico Para a fabricação de um produto ou a realização de um serviço, precisamos considerar que materiais, trabalho, eletricidade, combustível, entre outros itens são necessários no processo. Portanto, o custo é a união de todas as despesas para a produção de um bem ou o fornecimento de um serviço. O custo difere das despesas, uma vez que os custos são utilizados em produção, enquanto as despesas são aplicadas direta ou indiretamente para se obter renda. Pensando nesse contexto, ao longo deste tópico, estudaremos em mais detalhes sobre a contabilidade de custo em dois cenários: industrial e comercial. Aliás, você saberia dizer qual é a diferença envolvida nos dois âmbitos? Vamos descobrir! 2.2 Contabilidade de custo industrial A contabilidade industrial é a aplicação dos princípios contábeis gerais para registrar e gerenciar o capital de empresas industriais. A exceção é a contabilidade, que é a única diferença de uma conta empresarial. Figura 15 - Operacionalização do custo industrial FINANCEIRO PRODUÇÃO COMERCIAL Fonte: Elaborada pela autora (2021). 64 UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque Em essência, as empresas industriais usam inteligência de negócios e política tributária, resultando em contabilidade industrial em três níveis da indústria, a saber: • ciclo industrial ou de produção: inclui todas as atividades envolvidas para transformar os insumos em produtos; • ciclo mercantil ou comercial: consolida todas as operações, desde a compra de matéria-prima até a entrega ao cliente; • ciclo financeiro: envolve todas as operações e transações financeiras. Os preços industriais são ajustados ao custo total gerado na produção durante determinado período. Os custos consistem em três componentes: materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação (CIF). A contabilidade de custo industrial,define como material direto todo produto (insumo) que faz parte do processo produtivo de uma empresa, de acordo com os custos e a finalidade de melhorar a cadeia produtiva, otimizando-a. Podemos classificar como materiais diretos: • matéria-prima: é o principal ingrediente utilizado no produto final, mas isso muda no processo de fabricação. Em muitos aspectos, os materiais são amplamente usados na produção. Os recursos da terra, por exemplo, são aplicados como bens diretamente em produto, tornando-se custos industriais quando convertidos de matérias- primas em sistemas industriais. A madeira é usada para fazer móveis; • material secundário: não é o material original do equipamento, mas pode ser facilmente identificado. Temos como exemplo os pregos em uma fábrica de móveis, os quais são utilizados para firmar os materiais primários; • material de embalagem: é utilizado para preparar produtos ou embalagens para embarque. Temos como exemplo o papelão que envolve os móveis prontos. Contabilidade de custos industrial e comercial 65 Importante apontar, nesse contexto, que a maioria das empresas tem o padrão de adotar centro de custos para realizar uma gestão eficiente do custo na administração e, até mesmo, do financeiro da organização. Vamos ver para frente como é operacionalização, no tópico Método de Custeio. ESTUDOS FU TUROS Já a mão de obra direta, como podemos imaginar, está ligada diretamente ao processo produtivo. Ribeiro (2016) a define como sendo o esforço do ser humano aplicado no processo de fabricação dos produtos. Podemos dizer, então, que o custo da mão de obra direta não envolve apenas salários, mas todos os cargos, como INSS, FGTS, férias etc., além de benefícios legais, como seguro saúde, despesas de transporte, fundos de pensão e benefícios adicionais (seguro de vida especial, por exemplo). Trazendo o conceito de mão de obra direta pela visão de Martins (2018, p. 121), podemos afirmar que se trata daquela […] relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer alocação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação por meio de estimativas ou divisões proporcionais, desaparece a característica de “direta”. Figura 16 - Mão de obra direta Fonte: yanalya, Freepik (2021). 66 UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque Vale distinguirmos que o custo de mão de obra direta diz respeito aos salários do setor produtivo, ou seja, ao que é pago aos trabalhadores que estão ligados diretamente ao processo produtivo (mão de obra). Sendo assim, pode ocorrer variação de acordo com a produção, sendo que a folha de pagamento do setor produtivo é fixa. Temos, ainda, os custos indiretos de fabricação, que são os gastos aplicados no processo produtivo e que dão origem ao produto ou serviço de forma direta ou indireta. A contabilidade de custos caracteriza como custos indiretos de fabricação, por exemplo, o gasto com a depreciação das máquinas, os gastos para a manutenção dos equipamentos utilizados no processo produtivo, entre outras possibilidades. Vamos realizar um cálculo para entendermos os conceitos na prática? Peguemos, por exemplo, o gasto com energia elétrica de determinada empresa, sendo que todo consumo é informando em apenas uma fatura de energia. Vamos supor que o rateio do consumo de energia elétrica um certo mês foi de R$ 1.500,00 para três produtos que a empresa produz (200 unidades de camisa verde, 100 unidades de calça azul e 10 unidades de casaco marrom). Considerando os dados mencionados, precisamos dividir o consumo total (R$ 1.500,00) pela quantidade de produtos (três). Desse modo, chegamos ao valor de R$ 500,00. A produção total resultou em 310 unidades. Assim, fazendo mais uma divisão (R$ 1.500 310), encontramos o valor de cada item: R$ 4,83. Agora, precisamos calcular o valor do consumo de energia elétrica para cada produto, conforme a quantidade produzida. Acompanhe a tabela a seguir! Tabela 1 - Cálculos do exemplo Produto Quantidade produzida Total Camisa verde 200 unidades R$ 4,83 200 = R$ 967,74 Calça azul 100 unidades R$ 4,83 100 = R$ 483,87 Casaco marrom 10 unidades R$ 4,83 10 = R$ 48,39 Fonte: Elaborada pela autora (2021). Para finalizarmos, precisamos entender, também, que o custo indireto de fabricação representa os gastos com a função de produção para a comercialização, ou seja, não pode ser associado ao produto em si. Contabilidade de custos industrial e comercial 67 2.3 Contabilidade de custo comercial Um comércio é basicamente composto pela compra, pelo título e pela venda de mercadorias. A princípio, esse processo pode parecer simples, mas envolve pequenas ações que visam à rentabilidade, ou seja, ao resultado. Entre as pequenas ações envolvidas, temos os controles, que são os registros de todos os custos de uma empresa para que se possa entender como eles ocorrem. Porém, o que se percebe é que os empreendedores são muito mais hábeis em comprar e vender do que manter o controle de custos. Na contabilidade de custo comercial, para a apuração deste, é necessário o empresário levar em consideração alguns critérios, como: • registro das mercadorias no controle de inventário, sendo que, caso a empresa já esteja informatizada, essas contas serão realizadas com maior agilidade; • cálculo do preço de venda de mercadorias, sendo que outras despesas ainda devem ser contabilizadas nesse caso, a exemplo dos impostos de vendas, das comissões de vendedores e dos encargos fixos; • acompanhamento e avaliação dos resultados de vendas, em que se observa o volume que a empresa vende e verifica se ele está gerando lucro ou não; • acompanhamento do ganho bruto de cada produto vendido, a fim de verificar a necessidade de se criar uma promoção para reduzir o estoque e/ou liquidar o estoque parado. Com esses dados em mãos e contabilizados adequadamente, consegue- se apurar a contabilidade comercial e identificar o que pode ser melhorado ou permanecer como está. Do contrário, pode ocorrer de o empresário tomar decisões equivocadas ou que lhe trarão prejuízos no longo prazo. 68 AUTOATIVIDADE 1. Imagine a seguinte situação: a empresa Bare & Bare quer elaborar o orçamento dos custos indiretos de fabricação. Ela nos traz três cenários, sendo que, no primeiro, foram produzidas 10 mil peças, no segundo, 20 mil peças e, no terceiro, 40 mil peças. Além disso, os custos indiretos variáveis são de R$ 5,00 por peça, enquanto os custos indiretos fixos totalizam R$ 50.000,00. Nesse sentido, com base em nossos estudos e nas informações dispostas anteriormente, como fica o orçamento da empresa por peça? 2. Suponha o seguinte caso: a empresa Mate & Suco, fabricante de bebidas, apresentou as seguintes informações quanto ao ano de 2020. Receita de vendas R$ 280.000,00 Mão de obra direta R$ 60.000,00 Mão de obra indireta R$ 77.000,00 Depreciação dos equipamentos R$ 1.500,00 Seguro do parque fabril R$ 300,00 Energia elétrica da empresa R$ 1.200,00 Compras de matéria-prima R$ 94.000,00 Materiais indiretos R$ 2.600,00 Fonte: Elaborada pela autora (2021). Para complementar o cálculo, a empresa também informou o estoque referente ao ano de 2019 e 2020, como podemos observar na próxima tabela. Estoque 2019 2020 Matéria-prima R$ 40.000,00 R$ 36.000,00 Produtos acabados R$ 32.600,00 R$ 24.000,00 Fonte: Elaborada pela autora (2021). Considere que o custo primário é igual à matéria-prima, mais a mão de obra direta. Já o custo de transformação é igual à mão de obra, mais os gastos gerais de transformação. Com isso em mente, qual o valor total de custo primário e custo de transformação? 69 3. A contabilidade de custos do produto visa processar o custo do item em desenvolvimento, bem como os custos total e unitário de produtos e serviços para fins administrativos. Também pode cobrir