Buscar

Coletânea de Execução penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. OBJETIVOS E PRESSUPOSTO DA EXECUÇÃO PENAL 
Art. 1º “A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou 
decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do 
condenado e do internado” (LEP). 
 
Art. 59 “O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem 
como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente 
para reprovação e prevenção do crime”: (CPB) 
1.1 - Objetivo 
No Brasil a pena é polifuncional, isto é, tem tríplice finalidade: retributiva, preventiva 
(geral e especial) e reeducativa. 
TEORIAS DA (FINALIDADE DA ) PENA 
1) ABSOLUTA: Pena como retribuição do injusto, ou retribuição do "mal com o 
mal", ou como "negação da negação" ao ordenamento jurídico; 
2) RELATIVA: Pena como forma de prevenir a prática de crimes. Que pode ser: 
 a) PREVENÇÃO GERAL (Recai sobre a coletividade): 
 POSITIVA: a punição como imposição de agir com respeito extremo à ordem 
jurídica; 
 NEGATIVA: a punição como forma de intimidação de condutas contrárias ao 
Direito (abster-se de descumprir a lei). 
 b) PREVENÇÃO ESPECIAL (Recai sobre o indivíduo): 
 POSITIVA: a punição como indutora de ressocialização/transformação do 
indivíduo; 
 NEGATIVA: a punição como forma de evitar a reincidência delitiva por meio 
da neutralização do indivíduo. 
3) MISTA OU ECLÉTICA: Adotada pelo Código Penal Brasileiro no art. 59, 
representa o somatório dos conceitos da TEORIA ABSOLUTA + TEORIA 
RELATIVA, isto é, pena como retribuição (reprovação) e prevenção do crime. 
4) REEDUCATIVA: o caráter reeducativo atua somente na fase de execução. Nesse 
momento, o escopo é não apenas efetivar as disposições da sentença (concretizar a 
punição e prevenção), mas, sobretudo, a ressocializaçáo do condenado, isto é, reeducá-
lo para que, no futuro, possa reingressar ao convívio social. 
Referências Bibliográficas: 
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal, vol. 1, Parte Geral. 17ª. ed. Rio de Janeiro: 
Impetus, 2015. 886 p. 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, vol. 1, Parte Geral. 19ª. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2015. 643 p. 
BARROS, Flávio Monteiro de (Direito Penal - Parte Geral, Ed. Saraiva, p. 435). 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS 
1 – (VUNESP / PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Atendente de Necrotério 
Policial ) 
 As teorias absolutas da pena também são conhecidas por teorias da:
 A) reeducação. 
 B) restauração. 
 C) retribuição. 
 D) prevenção. 
 E) ressocialização. 
2 – (VUNESP / PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia) 
Tendo o Direito Penal a missão subsidiária de proteger os bens jurídicos e, com isso, o 
livre desenvolvimento do indivíduo, e, ainda, sendo a pena vinculada ao Direito Penal e 
à Execução Penal, após a reforma do Código Penal Brasileiro, em 1984, é correto 
afirmar que a finalidade da pena é: 
A) repreensiva e abusiva. 
B) punitiva e reparativa. 
C) retributiva e preventiva (geral e especial). 
D) ressocializadora e reparativa. 
E) punitiva e distributiva. 
 
1.2 - Pressuposto 
 Adotado o sistema vicariante pelo legislador penal, e considerando que a 
execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão 
criminal, constitui pressuposto da execução a existência de sentença criminal que 
tenha aplicado pena, privativa de liberdade ou não, ou medida de segurança, consistente 
em tratamento ambulatorial ou internação em hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico. 
 Visa-se pela execução fazer cumprir o comando emergente da sentença penal 
condenatória ou absolutória imprópria. 
 A nosso ver, também estão sujeitas à execução as decisões que homologam 
transação penal em sede de Juizado Especial Criminal, mas atualmente prevalece 
entendimento diverso no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, 
onde se tem decidido ser cabível o ajuizamento de ação penal caso a transação 
homologada não seja cumprida. 
 A propósito desse tema, foi editada a Súmula Vinculante 35, que tem o 
seguinte enunciado: “A homologação da transação penal prevista no art. 76 da Lei n. 
9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a 
situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da 
persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito 
policial”. 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-sp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-pc-sp-atendente-de-necroterio-policial
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-pc-sp-atendente-de-necroterio-policial
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-sp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-pc-sp-delegado-de-policia
 Por fim, vale mencionar que, tendo em vista que só se faz possível a execução 
provisória da pena em relação àquele que se encontrar preso em razão de prisão 
preventiva — nos moldes analisados em tópicos anteriores —, e observado o disposto 
no art. 147 da LEP, que expressamente exige o trânsito em julgado da condenação, a 
rigor, não é cabível a execução provisória de penas restritivas de direitos. 
Súmula 643: "A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado 
da condenação" 
 
1.2.1 – Pressuposto e a Execução Provisória 
A única modalidade de prisão cautelar capaz de sujeitar o réu à possibilidade de 
execução provisória é a prisão preventiva, que poderá ter sido decretada durante a 
investigação ou no curso do processo (arts. 311 a 316 e 413, § 3º, todos do CPP), desde 
que mantida por ocasião da sentença condenatória, ou a originariamente decretada neste 
momento (arts. 387, § 1º, do CPP e 59, da Lei n. 11.343, de 23-8-2006 — Lei de 
Drogas). 
 Incogitável a execução provisória por encarceramento resultante de prisão 
 temporária (Lei n. 7.960, de 21-12-1989), dada sua exígua limitação. 
 Não obstante a literalidade da redação que se verifica na primeira parte do 
parágrafo único do art. 2º da Lei de Execução Penal, a execução provisória da sentença 
 criminal sempre despertou controvérsias na doutrina e na jurisprudência. 
 É possível a execução provisória em relação ao preso cautelar, assim 
entendido aquele contra quem foi decretada a prisão preventiva, inclusive decisão 
para ambas as partes, já que na hipótese a sentença não poderá ser reformada para piorar 
 a situação do réu.
 Conforme decidiu o Pleno do Supremo Tribunal Federal: “Ofende o princípio da 
não culpabilidade a execução da pena privativa de liberdade antes do trânsito em 
julgado da sentença condenatória, ressalvada a hipótese de prisão cautelar do réu, desde 
que presentes os requisitos autorizadores previstos no art. 312 do CPP” .
 A execução provisória pressupõe, nesses termos, o encarceramento cautelar 
decorrente da decretação de prisão preventiva e a existência de sentença penal 
condenatória, sem trânsito em julgado definitivo . 
 Assim, não havendo recurso do Ministério Público, do assistente da acusação ou 
do querelante, restando somente o da defesa, a execução pode ser realizada em caráter 
 provisório. 
 A esse respeito, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula 716, verbis: 
“Admite-se a progressão de regime de cumprimento de pena ou a aplicação imediata de 
regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença 
 condenatória”. 
 A Suprema Corte também editou a Súmula 717 nos seguintes termos: “Não 
impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sentença não transitada 
em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial”. 
 
1.2.2 - Execução provisória quando pendente de julgamento Recurso Especialou 
 Extraordinário
 Durante longo período a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do 
Supremo Tribunal Federal admitiu a execução provisória da pena quando pendente de 
julgamento recurso especial ou extraordinário, porquanto desprovidos de efeito 
suspensivo .
 A propósito desse tema foi editada a Súmula 267 do STJ com o seguinte 
enunciado: “A interposição de recurso, sem efeito suspensivo, contra decisão 
 condenatória não obsta a expedição de mandado de prisão”.
 Só que, à vista do turbilhão de demandas e da pressão social, os tribunais 
começara a oscilar no passar do tempo, vejamos o que prevaleceu em cada período: 
 
 a) Período até fev/2009, era possível a execução provisória da pena:
“Até fevereiro de 2009, o STF entendia que era possível a execução provisória da pena. 
Desse modo, se o réu estivesse condenado e interpusesse recurso especial ou recurso 
extraordinário, teria que iniciar o cumprimento provisório da pena enquanto aguardava 
o julgamento. Os recursos extraordinário e especial são recebidos no efeito devolutivo. 
Assim, exauridas estão as instâncias ordinárias criminais é possível que o órgão 
julgador de segundo grau expeça mandado de prisão contra o réu” (STF. Plenário. HC 
 68726, Rel. Min. Néri da Silveira, julgado em 28/06/1991).
 b) Período De fev/2009 a fev/2016, não era possível a execução provisória da 
 pena:
“No dia 05/02/2009, o STF, ao julgar o HC 84078 (Rel. Min. Eros Grau), mudou de 
 posição e passou a entender que não era possível a execução provisória da pena. 
Obs: o condenado poderia até aguardar o julgamento do REsp ou do RE preso, mas 
desde que estivessem previstos os pressupostos necessários para a prisão preventiva 
 (art. 312 do CPP). 
Dessa forma, ele poderia ficar preso, mas cautelarmente (preventivamente) e não como 
 execução provisória da pena.
 Principais argumentos:
• A prisão antes do trânsito em julgado da condenação somente pode ser decretada a 
 título cautelar. 
• A execução da sentença após o julgamento do recurso de apelação significa restrição 
 do direito de defesa. 
 • A antecipação da execução penal é incompatível com o texto da Constituição.
 Esse entendimento durou até fevereiro de 2016”.
 
c) Período de fev/2016 a nov/2019, era possível a execução provisória da pena: 
 
No dia 17/02/2016, o STF, ao julgar o HC 126292 (Rel. Min. Teori Zavascki), retornou 
para a sua primeira posição e voltou a dizer que era possível a execução provisória da 
pena. 
Principais argumentos: 
• É possível o início da execução da pena condenatória após a prolação de acórdão 
condenatório em 2º grau e isso não ofende o princípio constitucional da presunção da 
inocência. 
• O recurso especial e o recurso extraordinário não possuem efeito suspensivo (art. 637 
do CPP). Isso significa que, mesmo a parte tendo interposto algum desses recursos, a 
decisão recorrida continua produzindo efeitos. Logo, é possível a execução provisória 
da decisão recorrida enquanto se aguarda o julgamento do recurso. 
• Até que seja prolatada a sentença penal, confirmada em 2º grau, deve-se presumir a 
inocência do réu. Mas, após esse momento, exaure-se o princípio da não culpabilidade, 
até porque os recursos cabíveis da decisão de segundo grau ao STJ ou STF não se 
prestam a discutir fatos e provas, mas apenas matéria de direito. 
• É possível o estabelecimento de determinados limites ao princípio da presunção de não 
culpabilidade. Assim, a presunção da inocência não impede que, mesmo antes do 
trânsito em julgado, o acórdão condenatório produza efeitos contra o acusado. 
• A execução da pena na pendência de recursos de natureza extraordinária não 
compromete o núcleo essencial do pressuposto da não culpabilidade, desde que o 
acusado tenha sido tratado como inocente no curso de todo o processo ordinário 
criminal, observados os direitos e as garantias a ele inerentes, bem como respeitadas as 
regras probatórias e o modelo acusatório atual. 
• É necessário equilibrar o princípio da presunção de inocência com a efetividade da 
função jurisdicional penal. Neste equilíbrio, deve-se atender não apenas os interesses 
dos acusados, como também da sociedade, diante da realidade do intrincado e complexo 
sistema de justiça criminal brasileiro. 
• “Em país nenhum do mundo, depois de observado o duplo grau de jurisdição, a 
execução de uma condenação fica suspensa aguardando referendo da Suprema Corte”. 
 
d) Período de nov/2019 até os dias atuais, não é possível a execução provisória da 
pena: 
 
No dia 07/11/2019, o STF, ao julgar as ADCs 43, 44 e 54 (Rel. Min. Marco Aurélio), 
retornou para a sua segunda posição e afirmou que o cumprimento da pena somente 
pode ter início com o esgotamento de todos os recursos. 
Assim, é proibida a execução provisória da pena. 
Vale ressaltar que é possível que o réu seja preso antes do trânsito em julgado (antes do 
esgotamento de todos os recursos), no entanto, para isso, é necessário que seja proferida 
uma decisão judicial individualmente fundamentada, na qual o magistrado demonstre 
que estão presentes os requisitos para a prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP. 
Dessa forma, o réu até pode ficar preso antes do trânsito em julgado, mas cautelarmente 
(preventivamente), e não como execução provisória da pena. 
Principais argumentos: 
• O art. 283 do CPP, com redação dada pela Lei nº 12.403/2011, prevê que “ninguém 
poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da 
autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada 
em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão 
temporária ou prisão preventiva.”. Esse artigo é plenamente compatível com a 
Constituição em vigor. 
• O inciso LVII do art. 5º da CF/88, segundo o qual “ninguém será considerado culpado 
até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, não deixa margem a dúvidas 
ou a controvérsias de interpretação. 
• É infundada a interpretação de que a defesa do princípio da presunção de inocência 
pode obstruir as atividades investigatórias e persecutórias do Estado. A repressão a 
crimes não pode desrespeitar e transgredir a ordem jurídica e os direitos e garantias 
fundamentais dos investigados. 
• A Constituição não pode se submeter à vontade dos poderes constituídos nem o Poder 
Judiciário embasar suas decisões no clamor público. 
 3. PRINCÍPIOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
 
3.1 – PRINCÍPIOS 
 De acordo com a doutrina de Paulo Lúcio Nogueira “é indispensável a existência 
de um processo, como instrumento viabilizador da própria execução, onde devem ser 
observados os princípios e as garantias constitucionais a saber: legalidade, 
jurisdicionalidade, devido processo legal, verdade real, imparcialidade do juiz, 
igualdade das partes, persuasão racional ou livre convencimento, contraditório e ampla 
defesa, iniciativa das partes, publicidade, oficialidade e duplo grau de jurisdição, entre 
outros. Em particular, deve-se observar o princípio da humanização da pena, pelo qual 
deve-se entender que o condenado é sujeito de direitos e deveres, que devem ser 
respeitados, sem que haja excesso de regalias, o que tornaria a punição desprovida da 
 sua finalidade” (Paulo Lúcio Nogueira, Comentários à Lei de Execução Penal, p. 7.).
 De fundamental relevância, ainda, o princípio da personalidade, também 
denominado princípio da intranscendência, segundo o qual o processo e a pena, bem 
como a medida de segurança, não podem ir além da pessoa do autor da infração (art. 5º, 
 XLV, da CF).
a) Legalidade: Em vários dispositivos da LEP a legalidade é anunciada. No art. 2º, por 
exemplo, “A jurisdição penal dos Juizes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o 
Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformidade desta 
Lei e do Código de Processo Penal”. O art. 3º, por sua vez: “Ao condenado e ao 
internado serão asseguradostodos os direitos não atingidos pela sentença ou pela 
lei ”.
b) Igualdade: “Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou 
política” (art. 3º, parágrafo único, LEP). Assegura que na execução da pena não serão 
concedidas restrições ou privilégios de modo indiscriminado, por origem social, 
 política, de raça, cor, sexo etc.
c) Individualização da pena: “Os condenados serão classificados, segundo os seus 
antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal” (art. 
5º da LEP). Em síntese, a pena será individualizada conforme a personalidade e 
antecedentes do agente, bem como o tipo de delito por ele praticado (item 26 da 
Exposição de Motivos da LEP). 
d) Princípio da jurisdicionalidade: o processo de execução será conduzido por um juiz 
de direito, como estabelecido no art. 2º: “A jurisdição penal dos Juizes ou Tribunais da 
Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida...”. A natureza 
jurisdicional da execução se extrai, ainda, da simples leitura do art. 194: “O 
procedimento correspondente às situações previstas nesta Lei será judicial, 
desenvolvendo-se perante o Juízo da execução”. 
ATENÇÃO: a lei reserva à autoridade administrativa a decisão sobre pontos 
secundários da execução da pena, tais como: horário de sol, cela do preso, alimentação 
etc. Mesmo nesses casos, resguarda-se sempre o acesso do prejudicado ao judiciário. 
 
3.2 – GARANTIAS 
 Dentre outros, são assegurados aos executados os seguintes direitos: 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos da Constituição Federal (art. 5º, caput, da CF); de Igualdade entre homens e 
mulheres em direitos e obrigações, nos termos da Constituição (art. 5º, I, da CF); de 
sujeição ao princípio da legalidade (art. 5º, II, da CF); de integridade física e moral, não 
podendo ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante (art. 5º, III e 
XLIX, da CF; Lei n. 9.455, de 7-4-1997); liberdade de manifestação do pensamento, 
sendo vedado o anonimato (art. 5º, IV, da CF); direito de resposta, proporcional ao 
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem (art. 5º, V); 
liberdade de consciência e de crença, assegurado o livre exercício dos cultos religiosos 
(art. 5º, VI, da CF); de não ser privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política (art. 5º, VIII, da CF); expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença (art. 5º, 
IX, da CF); inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação (art. 5º, X, da CF); inviolabilidade do sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer (art. 5º, XII, da 
CF); plenitude da liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar (art. 5º, XVII, da CF); o direito de propriedade (material ou imaterial), ainda 
que privado, temporariamente, do exercício de alguns dos direitos a ela inerentes (art. 
5º, XXII, da CF); o direito de herança (art. 5º, XXX, da CF); o direito de petição aos 
Poderes Públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder, e 
obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento 
de situação de interesse pessoal (art. 5º, XXXIV, a e b, da CF); direito à 
individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF); ao cumprimento da pena em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do 
apenado (art. 5º, XLVIII, da CF); relacionados ao processo penal em sentido amplo (art. 
5º, LIII a LVIII, entre outros, todos da CF); direito de impetrar habeas corpus, mandado 
de segurança, mandado de injunção e habeas data (art. 5º, LXVIII, LXIX, LXXI e 
LXXII, da CF), com gratuidade (art. 5º, LXXVII, da CF); à assistência jurídica integral 
gratuita, desde que comprove insuficiência de recursos (art. 5º, LXXIV, da CF); 
indenização por erro judiciário, ou se ficar preso além do tempo fixado na sentença (art. 
5º, LXXV, da CF). 
A Lei n. 12.984, de 2 de junho de 2014, define o crime de discriminação dos portadores 
do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doentes de AIDS. 
 
4 - DO CONDENADO E DO INTERNADO. 
4.1 - DA CLASSIFICAÇÃO 
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e 
personalidade, para orientar a individualização da execução penal. 
Art. 6
o
 A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o 
programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou 
preso provisório. 
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será 
presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) 
psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à 
 pena privativa de liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será 
integrada por fiscais do serviço social. 
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime 
fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos 
 necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado 
ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, 
observando a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do 
 processo, poderá:
 I - entrevistar pessoas;
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a 
 respeito do condenado;
III - realizar outras diligências e exames necessários. 
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a 
pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime 
sexual contra vulnerável, será submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil 
genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada 
e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional. (Redação dada 
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 1
o
 A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, 
conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 
12.654, de 2012) 
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados 
genéticos, observando as melhores práticas da genética forense. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 2
o
 A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no 
caso de inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil 
genético. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados 
constantes nos bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia 
de custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela 
defesa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido 
submetido à identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento 
prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da 
pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12654.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12654.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12654.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e exclusivo fim 
de permitir a identificação pelo perfil genético, não estando autorizadas as práticas de 
fenotipagem genética ou de busca familiar. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) (Vigência) 
§ 6º Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida nos termos do 
caput deste artigo deverá ser correta e imediatamente descartada, de maneira a impedir 
a sua utilização para qualquer outro fim. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) (Vigência) 
§ 7º A coleta da amostra biológica e a elaboração do respectivo laudo serão realizadas 
por perito oficial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) 
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de 
identificação do perfil genético. 
 
1. NOÇÕES GERAIS 
 O art. 5º, XLVI, da Constituição Federal é taxativo ao determinar que “a lei 
regulará a individualização da pena…”. 
 A individualização da pena, como se sabe, deve ocorrer em três 
momentosdistintos. Primeiro, na cominação, elaborada pelo legislador; segundo, na 
aplicação diante do caso concreto, feita pelo julgador; e, por fim, na execução da pena, a 
cargo do juiz da execução penal. Temos, assim, a individualização legislativa ou 
formal, a individualização judicial ou do caso concreto e a individualização executória 
ou execucional. 
 A classificação dos condenados é requisito fundamental para demarcar o início 
da execução científica das penas privativas da liberdade e da medida de segurança 
detentiva. 
 Visa a assegurar os princípios da personalidade e da proporcionalidade da 
pena, elencados no rol dos direitos e garantias constitucionais. 
 Adequada a classificação, cada sentenciado terá conhecida a sua personalidade, 
recebendo o tratamento penitenciário adequado, atendendo também ao princípio da 
individualização da pena e da medida de segurança. 
 Tal como determina o art. 6º da Lei de Execução Penal, a classificação será feita 
por Comissão Técnica de Classificação, que elaborará o programa individualizador da 
pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. 
 Com o advento da Lei n. 10.792, de 1º de dezembro de 2003, que, entre outras 
providências, modificou pontualmente a Lei de Execução Penal, as atividades das 
Comissões Técnicas de Classificação foram mitigadas se comparadas àquelas previstas 
na redação original do art. 6º da Lei de Execução, onde se assegurava, além do que hoje 
se tem previsto, que às Comissões Técnicas de Classificação também competia 
acompanhar a execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, 
devendo propor à autoridade competente as progressões e regressões dos regimes, bem 
como as conversões. A modificação introduzida restringiu consideravelmente o rol das 
atividades das Comissões. 
 
APLICAÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
01. (Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária - SEAP-RJ - 2012) 
Consoante a Lei de Execução Penal, os condenados serão classificados, segundo seus 
antecedentes e sua personalidade, para orientar a individualização da execução penal. 
 Essa classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação presidida pelo:
 a) Diretor do estabelecimento
 b) Juiz da Execução
 c) Promotor de Justiça
 d) Secretário de Justiça
 e) Presidente do Conselho Criminal
02. (Analista de Promotoria I - VUNESP - 2010 - MP/SP) Determina a Lei de 
Execução Penal (Lei n® 7.210/84) que, a fim de orientar a individualização do 
cumprimento da pena do sentenciado condenado à privação de liberdade, os 
estabelecimentos prisionais devem contar com Comissão Técnica de Classificação, a 
qual obrigatoriamente deve ser composta, entre outros, por 
I. psiquiatra; 
II. psicólogo; 
III. assistente social. 
É correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
03. (Promotor de Justiça - ES - 2009 - Adaptada) Eduardo foi condenado a 25 anos 
de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática do crime de homicídio 
qualificado com o uso de veneno. Transitada em julgado a condenação, o sentenciado 
foi recolhido a estabelecimento prisional em Vitória, no Espírito Santo. A partir dessa 
situação hipotética e com base na legislação aplicável às execuções penais, analise o 
item a seguir: 
Para orientar a individualização da execução penal, Eduardo deve ser submetido à 
classificação a cargo de comissão técnica, presidida pelo juízo das execuções, 
responsável por elaborar o programa individualizador da pena privativa de liberdade 
adequada ao condenado. A aplicação desse programa condiciona-se à aquiescência e 
aprovação do membro do MP com atuação junto à vara de execuções penais. 
CERTO 
ERRADO 
 2. EXAME CRIMINOLÓGICO E EXAME DE PERSONALIDADE
 O exame criminológico tem natureza jurídica de perícia .
 Trata-se de perícia que tem por enfoque a dinâmica do delito praticado, e seu 
conteúdo deve estar constituído — a depender de sua finalidade, sempre atrelada ao 
 momento em que se realiza — de diagnóstico e de prognóstico criminológico.
 O diagnóstico — ensina Alvino Augusto de Sá — “consiste em avaliar todo o 
contexto complexo do preso, a saber, suas condições pessoais, orgânicas, psicológicas, 
familiares, sociais e ambientais em geral, que estariam associadas à sua conduta 
criminosa e nos dariam subsídios para compreender tal conduta. Tal natureza, assim 
definida, não pressupõe necessariamente nenhuma concepção ontológica de crime” .
 O prognóstico, quando necessária e possível sua realização, diz respeito à 
probabilidade de determinado comportamento futuro do preso, tendo em conta as 
 constatações do diagnóstico levado a efeito.
 Embora não se desconheça a dificuldade de se realizar o prognóstico, 
considerando as bases científicas — da psiquiatria, psicologia e serviço social — de que 
se valem os profissionais envolvidos na realização do exame, não é acertado afirmar, 
como se tem feito amiúde e sem muito critério ou fundamento acolhível, tratar-se de 
 exercício de futurologia ou adivinhação.
 Necessário distinguir, nesse ponto, o exame criminológico de entrada — assim 
compreendido aquele que se deve realizar com vistas à inicial individualização 
execucional da pena — do exame criminológico para obtenção de determinado 
benefício no curso da execução.
 De maneira irretocável, referindo-se ao exame criminológico de entrada, 
ensina Alvino que “sua finalidade é oferecer subsídios para a individualização da 
execução da pena. Ele pode se restringir tão somente ao diagnóstico, ao qual a equipetécnica por certo acrescentará suas sugestões de programação de execução, a serem 
encaminhadas à Comissão Técnica de Classificação (CTC), órgão tecnicamente 
 encarregado pelo planejamento da individualização (v. art. 6º da LEP)”.
 Revela-se obrigatório o exame criminológico de entrada apenas aos 
condenados ao cumprimento de pena no regime fechado .
 Estando no regime semiaberto, não é obrigatório, mas facultativo o exame, 
cumprindo ao juiz da execução penal determiná-lo, se entender necessário. Embora não 
obrigatório, na prática a prudência recomenda que se avalie detidamente, caso a caso, a 
pertinência ou não da realização do exame, com vistas à imprescindível 
individualização execucional da pena, cuja imperiosidade — que tem matriz 
constitucional — independe do regime prisional a que se encontrar submetido o 
 executado.
 Por fim, uma advertência: não se deve confundir o exame criminológico, de que 
trata o art. 8º, com o exame de personalidade, referido no art. 9º, ambos da Lei de 
Execução Penal. Enquanto o primeiro volta-se a avaliar o delito e suas relações com seu 
autor, o segundo concentra-se, tão somente, no exame da personalidade daquele que 
cometeu o delito, sem vasculhar suas relações com o fato passado. 
 
3. IMPLICAÇÕES DECORRENTES DA LEI N. 10.792, DE 1º DE DEZEMBRO 
 DE 2003
 3.1. Classificação e individualização da pena
 Não é correto dizer que a Lei n. 10.792, de 1º de dezembro de 2003, acabou com 
 o exame criminológico.
 É certo que, mesmo após o advento da referida lei, por decorrência do disposto 
no art. 5º da Lei de Execução Penal, que permaneceu intocado, “os condenados serão 
classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a 
individualização da execução penal”. A classificação será feita por Comissão Técnica, a 
quem incumbirá elaborar o programa individualizador da pena privativa de liberdade 
 adequada ao condenado ou preso provisório, como determina o art. 6º.
 Visando à obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e 
com vistas à individualização da execução, nos termos do art. 8º da Lei de Execução 
Penal, o condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado 
ainda deverá ser submetido a exame criminológico (de entrada, portanto), sendo o 
mesmo exame apenas facultativo para o condenado que tiver de iniciar o cumprimento 
da pena privativa de liberdade em regime semiaberto .
 Muito embora o art. 8º da LEP não se refira ao condenado que deva iniciar o 
cumprimento de pena em regime aberto, considerando que a individualização decorre 
de regra constitucional, nada impede seja determinado o exame criminológico de 
 entrada, em sede de execução.
 No processo individualizador, a individualização executória continua intacta, 
 decorrendo, como já o dissemos, de imperativo constitucional (art. 5º, XLVI, da CF).
 O problema é que muitos se esquecem de que o exame criminológico nunca se 
destinou apenas e tão somente à aferição do mérito que se exigia expressamente para a 
 progressão de regime prisional e outros benefícios.
 Antes, e com maior relevância, propõe-se a orientar a classificação dos 
 condenados e a imprescindível individualização executória, e por aqui nada mudou.
 Não é ocioso enfatizar: não se deve confundir o exame criminológico de entrada 
— destinado a orientar a inicial individualização da pena — com o exame 
criminológico realizado com o objetivo de aferir requisitos para a concessão de 
 determinado benefício no curso do processo execucional.
3.2. Exame criminológico na visão do STF e STJ, na classificação e 
 individualização da pena
 O entendimento que prevalece nos Tribunais Superiores é de que se trata de 
estudo facultativo (não importando o regime de cumprimento de pena), devendo o 
Magistrado fundamentar sua necessidade aquilatando as peculiaridades do caso 
concreto (gravidade da infração penal e condições pessoais do agente). Nesse sentido 
 STF e STJ: 
STF — Súmula Vinculante 26. Para efeito de progressão de regime no cumprimento de 
pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a 
inconstitucionalidade do art. 2o da Lei n° 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo 
de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do 
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de 
 exame criminológico.
STJ - Súmula 439. Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, 
 desde que em decisão motivada.
 
APLICAÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS 
1) (AGEPEN - 2014) O exame criminológico para a obtenção dos elementos 
necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da 
execução é obrigatório para: 
A) Os condenados somente às penas privativas de liberdade em regime 
fechado. 
B) Os condenados somente às penas privativas de liberdade em regime 
semiaberto. 
C) Os condenados às penas privativas de liberdade em regime fechado e 
para os condenados às penas privativas de liberdade em regime semiaberto. 
D) Os condenados às penas privativas de liberdade em regime aberto ou 
à pena restritiva de direitos. 
E) Os condenados somente à pena restritiva de direitos. 
02. (Defensoria Pública da União - 2015 - CESPE) Gerson, com vinte e um anos de 
idade, e Gilson, com dezesseis anos de idade, foram presos em flagrante pela prática de 
crime. Após regular tramitação de processo nos juízos competentes, Gerson foi 
condenado pela prática de extorsão mediante sequestro e Gilson, por cometimento de 
infração análoga a esse crime. Com relação a essa situação hipotética, julgue o item a 
 seguir:
Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado pela prática de 
crime hediondo, Gerson deverá ser submetido ao exame criminológico para ter direito à 
 progressão de regime. 
 CERTO
 ERRADO
03. (Agente Penitenciário - CESPE - 2009 - SEJUS-ES) Em relação à Lei de 
 Execução Penal (LEP), julgue o item a seguir.
O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade e restritiva de direitos 
deve ser submetido a exame criminológico a fim de que sejam obtidos os elementos 
 necessários à adequada classificação e individualização da execução.
 CERTO
ERRADO 
 
4. IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO 
4.1. Sobre a Lei n. 12.654, de 28 de maio de 2012 
 A Lei n. 12.654, de 28 de maio de 2012, instituiu dois procedimentos distintos: 
 1º) a possibilidade de coleta de material biológico para a obtenção do perfil 
genético, com vista a identificação criminal; 
 2º) a identificação compulsória do perfil genético, mediante extração de DNA 
(ácido desoxirribonucleico), como efeito automático da sentença penal que impor 
condenação em razão de crimes praticados mediante violência grave contra a pessoa; 
crimes hediondos e assemelhados. 
 O primeiro procedimento — identificação criminal — tem por objetivo afastar 
dúvidas que possam surgir a respeito da verdadeira identidade do apontado autor do 
delito, bem como abastecer banco de dados com informações que poderão contribuir na 
identificação da autoria de delitos semelhantes — passados ou futuros — praticados 
com as mesmas características, o que será possível conseguir com a comparação do 
material genético disponível, missão a que também se destina o segundo procedimento 
— identificação compulsória do perfil genético do condenado. 
4.2. Identificação criminal 
 Nos precisos termos do art. 5º, LVIII, da Constituição Federal, o civilmente 
identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nos casos previstos em 
lei. 
 Referido dispositivo constitucional está regulamentado pela Lei n. 12.037/2009, 
que em seu art. 1º repete a garantia da não identificação criminal como regra, e aponta 
as exceções em seu art. 3º, que indica taxativamente as hipóteses em que o civilmente 
identificado poderá ser submetido à identificação criminal. 
 Quando cabível, a identificação criminal será realizada peloprocesso 
datiloscópico (coleta de impressões digitais) e fotográfico (art. 5º, caput), de maneira a 
evitar, tanto quanto possível, maior constrangimento ao identificado. A Lei n. 12.654, 
de 28 de maio de 2012, acrescentou um parágrafo único ao art. 5º da Lei n. 
12.037/2009, com vista a autorizar a excepcional identificação criminal mediante coleta 
de material biológico para a obtenção de perfil genético, mesmo em relação ao 
civilmente identificado, sempre que a identificação criminal for essencial às 
investigações policiais. 
 Permite a lei, desde a vigência do regramento novo, 3 (três) formas de 
identificação criminal, a saber: 1) datiloscópica; 2) fotográfica; e 3) pelo perfil 
genético (DNA). 
4.3. Sobre o art. 9º-A da Lei de Execução Penal 
 O art. 9º-A foi introduzido na Lei de Execução Penal pela Lei n. 12.654, de 28 
de maio de 2012, que também alterou a Lei n. 12.037/2009, que regula a identificação 
criminal. 
 De início cumpre anotar o desacerto do legislador ao incluir referido dispositivo 
no capítulo em que se encontra. 
 Com efeito, o Título II (Do condenado e do internado) do Capítulo I da Lei de 
Execução Penal cuida em seus arts. 5º a 9º “Da Classificação” dos condenados, segundo 
seus antecedentes e personalidade, com vista a orientar a individualização da execução 
da pena; dispõe sobre a Comissão Técnica de Classificação, a quem incumbe elaborar o 
programa individualizador da pena privativa de liberdade, e dispõe sobre a realização 
do exame criminológico nesse momento inicial da execução. 
 Não tem sentido lógico tratar da identificação do perfil genético nesse capítulo 
da Lei de Execução Penal, visto que a providência indicada não guarda relação com a 
“Classificação” do condenado. 
4.4. Identificação mediante extração de DNA — ácido desoxirribonucleico 
 Não se trata de inovação criada pelo legislador brasileiro, porquanto largamente 
aplicada, de longa data, em vários países. 
 A identificação mediante extração e análise de DNA para fins de investigação 
criminal foi criada e desenvolvida pelo FBI (Federal Bureau of Investigation) dos 
Estados Unidos da América do Norte, no programa denominado CODIS (Combined 
DNA Index Sistem), que em uma de suas vertentes também tem por objetivos localizar e 
identificar pessoas 
desaparecidas. 
 A tecnologia necessária à implantação e ao bom desenvolvimento do “CODIS” 
foi cedida pelo governo norte-americano a diversos países, dentre eles o Brasil. 
4.5. Inconstitucionalidade da extração compulsória de DNA 
 O art. 9º-A, introduzido na Lei de Execução Penal pela Lei n. 12.654, de 28 de 
maio de 2012, dispõe sobre a identificação do perfil genético dos condenados, mediante 
extração compulsória de DNA, para armazenamento das informações respectivas em 
banco de dados sigiloso, conforme regulamento expedido pelo Poder Executivo, ao qual 
será possível o acesso nos termos do que dispõe seu § 2º. 
 Não se desconhece a possibilidade jurídica de se coletar material genético do 
investigado ou réu, para o fim de produzir prova de natureza criminal, desde que a 
providência seja precedida de seu livre consentimento. 
 Também é juridicamente possível a apreensão de material genético 
desprendido do corpo do investigado ou réu (saliva, sangue, parte do corpo ou tecido 
humano, v.g.), sendo desnecessário o assentimento de quem quer que seja, por decorrer 
tal providência do disposto no art. 6º, I, II, III e VII, do Código de Processo Penal. 
 A intervenção não consentida no corpo do investigado ou réu — violenta, 
portanto — com vista à extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), ainda que por 
técnica adequada e indolor, com o intuito de obter a identificação de seu perfil genético 
que servirá como prova de natureza criminal, é providência desaprovada na ordem 
constitucional vigente. 
 De ver, entretanto, que na hipótese do art. 9º-A da Lei de Execução Penal o 
material coletado apenas eventualmente servirá para produzir prova contra o 
condenado, e isso no caso de ter cometido (no passado) ou vir a cometer (no futuro) 
outro delito cuja autoria poderá ser apurada com a comparação dos materiais genéticos 
coletados em cada caso. 
 Seja como for, a extração compulsória de DNA terá por objetivo, sempre, 
relacionar aquele de quem se retira o material humano com a autoria de outro delito, o 
que resulta, em última análise, em produzir prova contra o interesse 
do increpado. 
 O direito de não produzir prova contra si mesmo é garantia que se extrai da 
melhor interpretação do art. 5º, LXIII, da Constituição Federal, e do art. 8º, II, g, da 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos. 
 
DA ASSISTÊNCIA 
 Da Assistência Material
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de 
 alimentação, vestuário e instalações higiênicas.
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas 
suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos 
 permitidos e não fornecidos pela Administração.
 Da Assistência à Saúde
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, 
 compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.
 § 1º (Vetado).
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência 
médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do 
 estabelecimento.
§ 3
o
 Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e 
no pós-parto, extensivo ao recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 
2009 )
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11942.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11942.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11942.htm
 Da Assistência Jurídica
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos 
 financeiros para constituir advogado.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica nos 
 estabelecimentos penais.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral 
e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos 
penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 1
o
 As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à 
Defensoria Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos 
penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 2
o
 Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao 
atendimento pelo Defensor Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
§ 3
o
 Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da 
Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, 
sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para 
constituir advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010 ).
 
APLICAÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS 
01. (Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária - SEAP-RJ - 2012) A 
assistência material ao preso e ao internado, nos termos da Lei de Execução Penal, 
consistirá no fornecimento de: 
a) jornais e revistas 
b) alimentação e vestuário 
c) remuneração e instalações higiênicas 
d) esporte e lazer 
e) educação e saúde 
02. (Agente Penitenciário Federal - DEPEN - 2015) Acerca das políticas de 
assistência à saúde de pessoas privadas de liberdade no Brasil, julgue o item a seguir. 
Conforme previsto na LEP, a assistência à saúde devida à pessoa privada de liberdade 
no sistema prisional compreende atendimento médico, farmacêutico, odontológico e 
psicológico. 
CERTO 
ERRADO 
03. (Agente penitenciário - PR - 2013) Quanto aos atendimentos de caráter preventivo 
que integram aassistência à saúde do preso e do internado, considere os itens a seguir. 
I. Psicológico. 
II. Médico. 
III. Farmacêutico. 
IV. Odontológico. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12313.htm
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
04. (Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária - SEAP-RJ - CEPERJ - 
2012) A assistência à saúde do preso e do internado, nos termos da Lei de Execução 
Penal, abrangerá a: 
a) médica 
b) fisioterápica 
c) estética 
d) religiosa 
e) Trabalhista 
05. (Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária - SEAP-RJ - CEPERJ - 
2012) Nos termos da Lei de Execução Penal, as Unidades da Federação deverão ter 
serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, dentro fora dos estabelecimentos 
penais, prestados pelo seguinte órgão: 
a) Ordem dos Advogados do Brasil 
b) Assistência Jurídica municipal 
c) Defensoria Pública 
d) Ministério Público estadual 
e) Procuradoria do Estado 
 
Da Assistência Educacional 
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação 
profissional do preso e do internado. 
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da 
Unidade Federativa. 
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação 
profissional de nível médio, será implantado nos presídios, em obediência ao preceito 
constitucional de sua universalização. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
§ 1
o
 O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á ao sistema estadual e 
municipal de ensino e será mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio da 
União, não só com os recursos destinados à educação, mas pelo sistema estadual de 
justiça ou administração penitenciária. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 
2015) 
§ 2
o
 Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas cursos supletivos de 
educação de jovens e adultos. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
§ 3
o
 A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal incluirão em seus 
programas de educação à distância e de utilização de novas tecnologias de ensino, o 
atendimento aos presos e às presas. 7.627 (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de 
aperfeiçoamento técnico. 
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição. 
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades 
públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7627.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma 
biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, 
recreativos e didáticos. 
Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar: (Incluído pela Lei nº 
13.163, de 2015) 
I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; (Incluído pela Lei nº 
13.163, de 2015) 
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e o número de presos e presas 
atendidos; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
III - a implementação de cursos profissionais em nível de iniciação ou aperfeiçoamento 
técnico e o número de presos e presas atendidos; (Incluído pela Lei nº 
13.163, de 2015) 
IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo; (Incluído pela 
Lei nº 13.163, de 2015) 
V - outros dados relevantes para o aprimoramento educacional de presos e 
presas. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
 
APLICAÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS 
01. (Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária - SEAP-RJ - CEPERJ - 
2012) A assistência educacional compreenderá, nos termos da Lei de Execução Penal, o 
seguinte aspecto: 
a) instrução escolar básica 
b) formação superior geral 
c) ensino especial fundamental 
d) pós-graduação em Direito 
e) formação de magistério popular 
02. (Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária - SEAP-RJ - CEPERJ - 
2012) A assistência educacional compreenderá, nos termos da Lei de Execução Penal, o 
seguinte aspecto: 
a) instrução escolar básica 
b) formação superior geral 
c) ensino especial fundamental 
d) pós-graduação em Direito 
e) formação de magistério popular 
 
Da Assistência Social 
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-
los para o retorno à liberdade. 
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: 
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; 
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades 
enfrentadas pelo assistido; 
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; 
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13163.htm
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do 
liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade; 
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do 
seguro por acidente no trabalho; 
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da 
vítima. 
Da Assistência Religiosa 
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos 
internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no 
estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa. 
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos. 
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. 
Da Assistência ao Egresso 
Art. 25. A assistência ao egresso consiste: 
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade; 
II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento 
adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, 
comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego. 
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: 
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;II - o liberado condicional, durante o período de prova. 
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de 
trabalho. 
 
APLICAÇÃO EM CONCURSOS PÚBLICOS 
01. (Agente Penitenciário - PI - 2016) Acerca da Assistência destinada aos presos nos 
Estabelecimentos Prisionais, pode-se afirmar: 
a) a assistência jurídica integral e gratuita é destinada aos presos, independentemente, de 
seus recursos financeiros para constituir advogado. 
b) o ensino de 1® grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade 
Federativa. 
c) a assistência social tem por finalidade amparar o preso, doando-lhe auxílio reclusão. 
d) o Brasil sendo um país laico, não é possível assistência religiosa ao preso. 
e) a assistência à saúde do preso terá caráter preventivo e curativo, desde que, 
exclusivamente, no estabelecimento prisional. 
02. (Promotor de Justiça - CESPE - 2012 - MPE-TO) De acordo com a Lei de 
Execução Penal, incumbe ao 
a) serviço de assistência material colaborar com o egresso do sistema prisional para que 
ele obtenha trabalho. 
b) serviço de assistência social relatar, por escrito, ao diretor do estabelecimento os 
problemas e as dificuldades enfrentadas pelo preso assistido. 
c) serviço de assistência jurídica acompanhar o resultado das permissões de saídas e das 
saídas temporárias dos presos. 
d) serviço de assistência social acompanhar a formação profissional do preso e do 
internado. 
e) serviço de assistência à saúde conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames. 
03. (Agente Penitenciário Federal - DEPEN - 2015) Com relação ao trabalho e à 
assistência social realizados no âmbito do sistema prisional, julgue o item subsequente. 
Entre as ações de assistência ao egresso do sistema prisional incluem-se a orientação e o 
apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e a concessão, quando necessária, de 
alojamento e de alimentação em estabelecimento adequado, nos prazos determinados 
em lei. 
CERTO 
ERRADO 
05. (Agente Penitenciário Federal - DEPEN - 2015) Julgue o item subsequente. 
De acordo com a LEP, são considerados egressos tanto o liberado definitivo, pelo prazo 
de um ano a contar da data de saída do estabelecimento prisional, quanto o liberado 
condicional, durante o período de prova. 
CERTO 
ERRADO 
05. (Promotor de Justiça - MP/SC - 2014) Julgue o item subsequente. 
Considera-se egresso para efeitos da Lei de Execução Penal o liberado definitivo, pelo 
prazo de um ano a contar da saída do estabelecimento no qual estava recolhido, e o que 
estiver cumprindo livramento condicional, durante o período da prova. 
CERTO 
ERRADO 
06. (Agente Penitenciário - PR - 2013) Para os efeitos da Lei de Execução Penal, a 
contar da saída do estabelecimento, o liberado definitivo é considerado egresso pelo 
prazo de 
a) 3 meses. 
b) 6 meses. 
c) 1 ano. 
d) 1 ano e 6 meses. 
e) 2 anos. 
07. (Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária - SEAP-RJ - CEPERJ - 
2012) Considera-se egresso, para fins da Lei de Execução Penal, o liberado em 
definitivo, a contar da saída do estabelecimento, pelo prazo de: 
a) seis meses 
b) dois anos 
c) três anos 
d) um ano 
e) cinco anos

Outros materiais