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Prévia do material em texto

Cultivo 
e produção 
de grãos
Curso
2018. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
INFORMAÇÕES E CONTATO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Rua 87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar: Setor Sul, Goiânia/GO, CEP: 74.093-300
(62) 3412-2700 / 3412-2701
E-mail: senar@senargo.org.br
http://www.senargo.org.br/
http://ead.senargo.org.br/
PROGRAMA PRODUÇÃO VEGETAL
CURSO CULTIVO E PRODUÇÃO DE GRÃOS
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DO SENAR/AR-GO
José Mário Schreiner
TITULARES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Daniel Kluppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e Tiago Freitas Mendonça.
SUPLENTES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Wanderley Rodrigues de Siqueira, Marcos Epaminondas Roriz de Moraes, Rogério Azeredo Cardoso D’Avila, 
Flávio Roberto de Arruda Costa e Eleandro Borges da Silva.
SUPERINTENDENTE DO SENAR/AR-GO
Antônio Carlos de Souza Lima Neto
GESTOR DO DEPARTAMENTO TÉCNICO DO SENAR/AR-GO
Marcelo Lessa Medeiros Bezerra
GERENTE DE EDUCAÇÃO FORMAL DO SENAR/AR-GO
Fernando Couto de Araújo
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Fernando Couto de Araújo e Sílvia Romano Ribeiro
IEA - INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S
Conteudista: Juliana Lourenço Nunes Guimarães
TRATAMENTO DE LINGUAGEM E REVISÃO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
Manejo integrado e tratos culturais
MÓDULO 04
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
4
Preparado para iniciar o quarto módulo do curso? Veja o que você aprenderá em cada aula:
Aula 1: Controle de 
plantas daninhas
Você compreenderá os efeitos negativos das plantas daninhas na 
cultura de grãos e verá os métodos de controle de plantas dani-
nhas infestantes em lavouras de grãos.
Aula 2: Manejo 
integrado de 
insetos-praga
Você reconhecerá os principais insetos-praga das culturas da soja 
e milho e compreenderá a integração dos métodos de controle de 
insetos-praga.
Aula 3: Doenças e 
métodos de controle
Você reconhecerá as doenças das culturas da soja e milho e verá 
os métodos de controle das doenças.
Aula 4: Irrigação da 
cultura
Você compreenderá a necessidade hídrica da cultura e o manejo 
racional da água em sistemas de irrigação de culturas de grãos, 
além do manejo do sistema de irrigação.
Antes de avançar, acesse o ambiente de estudos e assista ao vídeo 
que preparamos para você. Nele, você saberá mais sobre o Módulo 4.
Siga em frente!
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
5
AULA 1
Controle de plantas daninhas
As plantas daninhas necessitam dos mesmos recursos que a cultura de interesse econômico para 
seu desenvolvimento: água, luz e nutrientes. Por isso, exercem um efeito indesejado de competi-
ção com a cultura, limitando a produtividade e a lucratividade da atividade. É importante então 
conhecer as opções de controle e adotar um manejo eficiente para minimizar as perdas provoca-
das pelas plantas daninhas.
Objetivo da aula:
Compreender os efeitos negativos das plantas daninhas na cultura 
de grãos. Descrever os métodos de controle de plantas daninhas 
infestantes em lavouras de grãos.
É importante ressaltar 
que os efeitos negativos 
causados pela presença das 
plantas daninhas podem 
ocasionar uma perda 
aproximada de até 85% na 
produção de grãos.
A infestação de plantas daninhas em lavouras 
de produção de grãos é um evento indesejável 
e de grande importância no manejo dessas cul-
turas, visto que o gasto no controle das plantas 
representa em média 20% a 30% do custo de 
produção de uma lavoura.
Tome nota
O efeito negativo que as plantas daninhas exercem sobre a cultura 
é representado pela competição, a qual é definida como a inter-
ferência causada pelas plantas daninhas sobre a cultura de inte-
resse em algum momento. O resultado dessa disputa pelos fatores 
de crescimento (água, luz e nutrientes) é a redução do potencial 
produtivo da lavoura.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
6
Existem uma série de espécies de plantas daninhas com ocorrência em áreas de cultivo de grãos. 
Para se fazer o controle dessas plantas é fundamental conhecer suas características e o período em 
que sua interferência é mais prejudicial à cultura. Isso ocorre normalmente no período inicial de de-
senvolvimento da lavoura, quando as plantas ainda não cobriram totalmente o solo, porém algumas 
plantas daninhas também são importantes no final do ciclo, por dificultarem a colheita, como é o 
caso da corda-de-viola (Ipomoea spp.), por exemplo.
Nas culturas da soja e do milho, a exemplo de outras culturas de produção de grãos, o controle de 
plantas daninhas na cultura na hora certa e de maneira eficiente tem por objetivo evitar as perdas 
causadas pela competição, beneficiar as condições de colheita, evitar o aumento da infestação e 
proteger o ambiente. Para a implantação de um sistema de manejo integrado de plantas daninhas 
que possa minimizar a interferência das plantas infestantes na cultura, recomenda-se que outros 
métodos de controle sejam integrados ao químico.
Formação de cobertura vegetal que funciona como barreira física à 
germinação das plantas daninhas.
Escolha de cultivares com bom desenvolvimento inicial em solo 
de alta fertilidade.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Adequação da densidade e do espaçamento de plantio com redução entre 
fileiras, para obter um arranjo mais equidistante das plantas de milho e 
produzir maior sombreamento do solo.
Implantação do sistema de rotação de culturas.
Métodos de controle de plantas daninhas
Confira a seguir alguns métodos de controle de plantas daninhas.
Controle 
preventivo
A prevenção, como uma das mais importantes estratégias do controle de plan-
tas daninhas, caracteriza-se por evitar a entrada de dissemínulos (sementes e/
ou estruturas de reprodução das invasoras) ao utilizar máquinas, equipamentos 
e sementes, preparar o solo de maneira adequada, fazer sua cobertura; adubar 
corretamente, cuidar para que a lavoura tenha densidade apropriada e fazer o 
plantio com a profundidade recomendada. Essas são práticas que favorecem a 
ocupação dos espaços pelo milho para deixá-lo sempre em condições superiores 
na competição com o mato.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Controle 
cultural
Trata-se do uso de práticas culturais capazes de proporcionarem à cultura pro-
dutora de grãos maior competição com as plantas daninhas, como a adoção da 
rotação de culturas e de práticas favoráveis ao rápido fechamento da área pela 
cultura, além da manutenção de palhada na superfície do solo etc.
Controle 
físico ou 
mecânico
Consiste na utilização de implementos tracionados pelo homem, por animal ou 
máquina agrícola para o controle das plantas daninhas. Entre os métodos de con-
trole desse tipo estão o arranquio manual, o revolvimento do solo com enxadas 
manuais ou mecanizadas, a roçada e a trituração das plantas daninhas.
Controle 
químico
O controle químico de plantas daninhas é caracterizado pela utilização de her-
bicidas, que são produtos químicos de registro obrigatório para essa finalidade 
e compõem a forma química de controle de plantas daninhas. Podem ser pré-
-emergentes, que atuam sobre as sementes das invasoras, ou pós-emergentes, 
quando atuam sobre as plantas germinadas. Sobre os pós-emergentes, deve-se 
observar também que não devem ser aplicados durante o período em que as 
plantas estiverem sob condições de déficit hídrico.
Vale destacar que dentro de um manejo integrado de plantas daninhas, as recomendações técnicas 
para a maior eficiência no controle dessas plantas infestantes, além de reduzir a pressão para o sur-
gimento de plantas resistentes a herbicidas, é a adoção de um planejamento de controle integrando 
vários métodos de controle conforme os descritos anteriormente, pois eles diminuem a pressão pela 
utilização do controle químico.
Manejo de plantas daninhas 
resistentes a herbicidas
Atualmente asprincipais culturas para a produção de grãos já são transgênicas, com tecnologia de 
resistência ao herbicida glifosato. O desenvolvimento dessa tecnologia representou grande avan-
ço no controle das plantas daninhas nas culturas. Entretanto, isso também proporcionou aumento 
considerável no uso do glifosato e a aplicação repetida desse herbicida provoca grande pressão de 
seleção e a possibilidade da seleção de espécies daninhas tolerantes ou resistentes, com crescente 
comprovação de biótipos de várias espécies resistentes ao longo dos últimos anos.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Depois de constatada a resistência, um dos prin-
cipais problemas é desenvolver estratégias de 
controle das plantas nas lavouras para evitar a 
dispersão desses biótipos para outras áreas não 
infestadas. Uma das práticas mais adotadas no 
manejo de plantas daninhas resistentes é o uso 
de mistura de herbicidas com diferentes meca-
nismos de ação.
No entanto, a escolha de um diferente meca-
nismo de ação pode constituir o risco de sele-
cionar biótipos de plantas daninhas também 
resistentes ao herbicida escolhido, se o método 
de controle químico for adotado como a única 
opção de controle e, assim, proporcionar novos 
casos de resistência múltipla.
Em áreas com presença de plantas daninhas resistentes a herbicidas, 
é de grande importância a adoção de práticas de manejo para um 
eficiente controle das plantas daninhas e para evitar a disseminação 
de resistência para novas áreas.
Tome nota
O adequado manejo de plantas de cobertura na área durante o in-
verno pode desfavorecer o desenvolvimento das plantas daninhas. 
Além disso, a rotação ou a associação de herbicidas com diferentes 
mecanismos de ação aliada ao momento ideal de aplicação, no início 
do desenvolvimento das plantas daninhas resistentes, também con-
tribuem para altas taxas de controle.
Assim, podemos perceber que algumas práticas podem contribuir para um eficiente manejo das 
plantas daninhas, juntamente com o desenvolvimento de novas pesquisas e tecnologias na área.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Síntese da aula
As plantas daninhas competem com a cultura produtora de grãos por água, luz e nutrientes, o que 
pode provocar grandes perdas de produtividade da lavoura e representar um considerável percen-
tual do custo de produção para o seu controle. Entre as várias práticas para se evitar tais perdas 
estão os métodos de controle preventivo, cultural, físico ou mecânico e o químico. A adoção de um 
planejamento integrando vários métodos de controle na mesma área proporciona um controle mais 
eficiente das plantas indesejáveis, além de reduzir a pressão de seleção de plantas daninhas resis-
tentes a herbicidas, as quais apresentam maior dificuldade para seu controle.
Atividade de aprendizagem
De acordo com o conteúdo abordado nesta aula de controle de plantas daninhas, analise as afirma-
ções a seguir e marque a alternativa correta.
a. A integração dos métodos de controle preventivo, cultural, mecânico e químico numa mes-
ma área é mais eficiente no controle de plantas daninhas do que a utilização contínua do 
controle químico.
b. O conhecimento das espécies de plantas daninhas infestantes é desnecessário no método 
de controle químico.
c. O método de controle preventivo consiste na utilização de herbicidas para o controle de 
plantas daninhas.
d. O método de controle químico sozinho é suficiente para o controle de plantas daninhas 
resistentes a herbicidas.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Os insetos-praga ou simplesmente as pragas de culturas produtoras de grãos constituem um dos 
principais problemas enfrentados pelos produtores que pretendem alcançar uma alta produtivida-
de de grãos. Elas atacam diferentes partes da planta, o que provoca a redução da produtividade e o 
aumento do custo de produção com o controle. Dessa forma, os produtores devem estar atentos ao 
nível das pragas infestantes na lavoura e às estratégias de controle.
Objetivo da aula:
Reconhecer os principais insetos-praga das culturas da soja e mi-
lho e compreender a integração dos métodos de controle de 
insetos-praga.
As culturas da soja e do milho, que representam 
grande parte da produção de grãos no estado 
de Goiás, vêm apresentando significativa evolu-
ção tecnológica em todos os aspectos, inclusi-
ve com o desenvolvimento de transgenia, que 
lhes confere resistência a alguns insetos-pra-
ga e proporciona aumentos de produtividade. 
Por outro lado, tem aumentado a incidência 
de insetos-praga com danos à cultura, talvez 
também por causa de desequilíbrios biológicos 
provocados pela utilização indiscriminada de 
defensivos agrícolas.
Os insetos-praga são organismos indesejáveis nas lavouras de produção de grãos, uma vez que eles 
proporcionam prejuízos diretos e indiretos na cultura pelo ataque a diversos órgãos da planta, como 
raízes, caules, folhas, flores e frutos, o que causa a redução da produtividade e a elevação dos custos 
de produção para seu controle.
AULA 2
Manejo integrado de insetos-praga
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Tome nota
As principais pragas da cultura da soja que deverão ser monitoradas 
são: lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armigera), lagarta-da-soja 
(Anticarsia gemmatalis), falsa-medideira (Pseudoplusia includens), 
percevejo-marrom (Euschistus heros), percevejo-verde-pequeno 
(Piezodorus guildinii), percevejo-verde (Nezara viridula), taman-
duá-da-soja (Sternechus subsignatus), broca-das-axilas (Epinotia 
aporema) e besouros desfolhadores (Diabrotica speciosa, Ceroto-
ma spp., entre outros). 
No Brasil, as pragas do milho são separadas em quatro grupos bem definidos: pragas iniciais, pragas 
da parte aérea, pragas do colmo e pragas das espigas. Saiba mais sobre elas:
Pragas 
iniciais
As pragas iniciais incluem as larvas de Coleoptera (Elateridae e Escarabaedae), 
cupins, percevejos, lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), tripes (Thysanop-
tera) e lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).
Pragas da 
parte aérea
As pragas de parte aérea são o percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus, D. 
melacanthus), percevejo-verde (Nezara viridula), percevejo-escuro (Leptoglossus 
zonatus), lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armigera), lagarta-do-cartucho (Spo-
doptera frugiperda), curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes), cigarrinha-das-pas-
tagens (Deois flavopicta), cigarrinhas (Peregrinus maides e Dalbulus maides) e 
pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis).
Pragas do 
colmo
A principal praga do colmo é a broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis).
Pragas das 
espigas
Entre as pragas da espiga estão a lagarta-da-espiga (Elicoverpa zea) e a lagarta-
-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Informação extra
Conheça mais sobre essas pragas ao acessar o Manual de pragas do 
milho, que mostra também a imagem delas.
Para a realização do manejo integrado de pragas, algumas estratégicas são muito importantes, como 
a integração de mais de um método de controle e o monitoramento constante da área e o controle 
químico, quando necessário. A lavoura deverá ser monitorada constantemente para a identificação 
dos insetos-praga e dos inimigos naturais, o nível de dano causado e do momento ideal de controle.
Métodos de controle de insetos-praga em 
culturas de grãos
Agora, conheça os métodos de controle de insetos-praga em culturas de grãos:
Controle 
cultural
Está relacionado à criação de um ambiente desfavorável ao desenvolvimento 
e multiplicação de insetos-praga na área de cultivo, que favorece o desenvolvi-
mento da cultura. Este método de controle inclui práticas como uso de cultiva-
res de ciclo curto, cultivo em plantio direto na palha, adoção de rotação de cul-
turas, uso de culturas armadilhas, semeaduras em épocas mais precoces, ajuste 
da densidade de semeadura e nutrição equilibrada das plantas, entre outros.
Controle 
comportamentalUtilização de substâncias que influenciam o comportamento do inseto-praga 
e prejudicam seu desenvolvimento, como os produtos que funcionam como 
estimulante alimentar ao provocar maior ingestão pela praga após a aplica-
ção de um inseticida e os feromônios que atraem insetos predadores para 
dentro da lavoura.
Substâncias químicas secretadas por um indivíduo que permitem a sua comunicação com outros 
indivíduos da mesma espécie. A mensagem química transmitida pelos feromônios tem por objetivo 
estimular determinado comportamento, que pode ser de alarme, agregação, contribuição na pro-
dução de alimentos, defesa, ataque, acasalamento etc.
https://www.agrolink.com.br/downloads/manual%20de%20pragas%20do%20milho.pdf
https://www.agrolink.com.br/downloads/manual%20de%20pragas%20do%20milho.pdf
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Controle 
genético
Trata-se do desenvolvimento da biotecnologia para produção de cultivares 
e híbridos transgênicos, como as culturas da soja e do milho resistentes ao 
ataque de lagartas, por exemplo.
Controle 
biológico
No controle biológico natural, a praga sofre a ação permanente de inimigos 
naturais presentes no próprio agroecossistema. O resultado é a menor intensi-
dade dos ataques de insetos-praga à cultura, sem que haja introdução ou libe-
ração dos inimigos naturais pelo homem. Há ainda a aplicação de inseticidas 
biológicos, que são fungos, bactérias, vírus ou microinsetos multiplicados pelo 
homem, com ação de infecção e/ou parasitismo dos insetos-praga.
Controle 
químico
Trata-se da utilização de inseticidas para o controle de insetos-praga. O número 
de inseticidas registrados para controle de insetos-praga nas culturas da soja e 
do milho é grande, existem portanto várias opções para a seleção do inseticida 
mais adequado. Deve-se preferir produtos de menor toxicidade ao homem e ao 
meio ambiente, ou seja, aqueles que oferecem menor risco de contaminação. 
Deve-se também consultar um profissional responsável para recomendação do 
produto, dose e forma de aplicação corretos de acordo com a praga infestante, 
respeitar o período de carência do produto e utilizar todos os equipamentos 
de proteção individual durante seu manuseio e aplicação. O uso de produtos 
químicos de maneira abusiva e inadequada, em vez de controlar eficientemen-
te uma determinada praga, pode deixar resíduos nos produtos e ocasionar a 
eliminação dos inimigos naturais. Portanto, embora sejam importantes para uso 
na cultura, esses produtos devem conter propriedades que evitem os problemas 
mencionados, ou os causem em menor escala possível.
Para que o controle dos insetos-praga seja eficiente e seguro, o mane-
jo integrado deve envolver os vários métodos de controle que serão 
utilizados ao se considerar todo o sistema de produção para as cul-
turas atuais e para as futuras espécies que serão cultivadas na área 
dentro do planejamento.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
15
Reveja a seguir alguns desses métodos.
Rotação de culturas (interrupção do alimento)
Uso de cultivares de menor ciclo
Semeadura mais precoce
Nutrição equilibrada e controle químico (com princípios ativos seleti-
vos aos inimigos naturais das pragas, quando possível).
É de grande importância a realização de amostragens de pragas na cultura, identificação do tipo de 
praga, local de ataque na planta e tamanho da infestação. Dentro desse manejo, durante a condu-
ção da lavoura, ao ser verificado que os demais métodos de controle de pragas não foram suficientes 
para suprimi-las e que alguma praga atingiu o nível de controle, deverá ser realizado o controle 
químico com algum inseticida.
Informação extra
Diante da importância da identificação certa dos insetos-praga 
para a correta tomada de decisão e seu eficiente controle, indica-
mos como material complementar os manuais de identificação de 
pragas nas culturas da soja e do milho, as principais culturas produ-
toras de grãos no estado de Goiás.
Além de auxiliar na identificação da praga, os manuais descrevem 
de forma detalhada as características do ataque e do controle de 
cada uma delas.
• Manual de identificação de insetos e outros invertebrados da 
cultura da soja
• Manual de pragas do milho
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/449840/manual-de-identificacao-de-insetos-e-outros-invertebrados-da-cultura-da-soja
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/449840/manual-de-identificacao-de-insetos-e-outros-invertebrados-da-cultura-da-soja
https://www.agrolink.com.br/downloads/manual%20de%20pragas%20do%20milho.pdf
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Síntese da aula
Os insetos-praga provocam prejuízos nas lavouras de produção de grãos ao atacar raízes, caules, 
folhas, flores e/ou frutos das plantas, o que reduz a produtividade e aumenta os custos com controle. 
Para maior eficiência, o produtor deve integrar mais de uma forma de controle, saber identificar bem 
a praga e acompanhar seu nível de infestação na lavoura. O controle químico deverá ser utilizado, 
caso a população da praga evolua para valores acima do nível de dano econômico.
Atividade de aprendizagem
De acordo com o conteúdo sobre manejo integrado de insetos-praga, analise as afirmações a seguir 
e marque a alternativa correta.
a. Os insetos-praga surgem nas lavouras somente após o seu florescimento, atacando direta-
mente a produção.
b. No controle químico, deve-se dar preferência para inseticidas mais tóxicos, para controle do 
maior número de insetos-praga possível.
c. O método de controle químico tem por objetivo a utilização de inseticidas específicos para 
o controle das pragas infestantes, de acordo com as recomendações de dose e forma de 
aplicação.
d. O método de controle comportamental refere-se à utilização de outros organismos, como 
fungos, bactérias, vírus e microinsetos, para controle dos insetos-praga.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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As culturas estão submetidas à ação de diversos fatores bióticos e abióticos, que alteram a morfolo-
gia e a fisiologia da planta, além de influenciar o rendimento e a qualidade do produto. Entre os fa-
tores bióticos estão os microrganismos patogênicos causadores de doenças nas culturas produtoras 
de grãos, os quais provocam redução da produtividade da lavoura, perda da qualidade do produto 
e aumento de custos de produção para o controle. O conhecimento desses fatores é essencial para 
o correto manejo da cultura e para diferenciá-los dos fatores abióticos, que são a compactação do 
solo, pedregosidade, escaldadura foliar pelo sol e as altas temperaturas, entre outros.
Objetivo da aula:
Reconhecer as doenças das culturas da soja e milho e descrever os 
métodos de controle das doenças.
As plantas são colonizadas por vários tipos de microrganismos. Entre os causadores de processos 
infecciosos estão os fungos, bactérias, vírus, micoplasmas e nematoides, que interferem no desen-
volvimento da planta e na sua produtividade, exigindo do produtor a adoção de medidas de manejo 
para quebrar a combinação de fatores necessários ao desenvolvimento desses microrganismos e 
realizar o seu controle.
AULA 3
Doenças e métodos de controle
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
18
Para que uma doença se estabeleça, é necessário que haja, na natureza, uma relação íntima entre 
três componentes. Veja quais são eles:
Se um desses fatores não se mostrar favorável ou deixar de existir, o processo da doença não é de-
sencadeado ou é paralisado. Porém, nos agroecossistemas, há a necessidade de incluir um quarto 
elemento: o homem. É ele que analisa a situação da lavoura e toma as decisões necessárias, a fim de 
manter a doença abaixo de um limiar de dano econômico para a cultura.
Dentro do manejo integrado de doenças, algu-
mas estratégias são muito importantes, como a 
rotação de culturas, integração de mais de um 
método de controle, uso de variedades mais re-
sistentes/tolerantes,tratamento de sementes, 
eliminação ou redução do inóculo inicial, ade-
quação do espaçamento, limpeza de máquinas 
e equipamentos agrícolas, redução da taxa de 
progresso da doença no campo e controle quí-
mico quando necessário.
Neste sistema, a escolha de 
variedades ou híbridos com 
elevado grau de resistência 
às principais doenças se 
torna uma das primeiras 
medidas de controle.
Condições 
ambientais ideais
Agente causal 
da doença
Planta 
suscetível
Ambiente
HospedeiroPatógeno
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
19
O cultivo de híbridos ou cultivares de ciclo su-
perprecoce/precoce diminui o tempo de expo-
sição da cultura ao patógeno, o que faz reduzir 
a taxa de incidência da doença e a necessidade 
de aplicação de agrotóxicos. A intervenção quí-
mica está condicionada à correta identificação 
da doença e à recomendação do consultor, não 
só quanto ao produto, como também quanto à 
tecnologia de aplicação.
Existem várias doenças infestantes nas diferen-
tes culturas. Devido à importância, iremos abor-
dar a seguir as principais doenças da soja e do 
milho, principais culturas da produção de grãos 
em Goiás, bem como suas medidas de controle.
Doenças da cultura da soja
Veja a seguir as principais doenças da soja que devem ser monitoradas. 
Antracnose (Colletotrichum dematium var. truncata)
Ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi)
Crestamento foliar de cercóspora (Cercospora kikuchii)
Mancha parda ou septoriose (Septoria glycines)
Mofo branco ou mancha branca da haste (Sclerotinia sclerotiorum)
Entre várias doenças que podem afetar a cultura da soja, muitas apresentam ocorrência limitada a 
determinadas regiões e outras possivelmente não causarão problemas na lavoura com controle gené-
tico. Pode ser significativa a resistência das variedades que serão cultivadas a algumas doenças, como:
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
20
• cancro da haste (Diaporthe phaseolorum f. sp. meridionalis); 
• mancha olho-de-rã (Cercospora sojina); 
• mancha alvo (Corynespora cassiicola); 
• oídio (Microsphaera diffusa); 
• pústula bacteriana (Xanthomonas axonopodis f. sp. glycinis); 
• míldio (Peronospera manshurica);
• nematoide das galhas (Meloidogyne sp.).
Um grande número de patógenos podem ser transmitidos por meio 
da semente e, portanto, o uso de sementes sadias ou o tratamento das 
sementes é essencial para a prevenção ou a redução das perdas.
Os exemplos mais evidentes de doenças que são disseminadas através das sementes estão a seguir.
• Antracnose (Colletotrichum dematium 
var. truncata)
• Seca da haste e vagem (Phomopsis spp.)
• Mancha púrpura da semente e o cresta-
mento foliar de cercóspora (Cercospora 
kikuchii)
• Mancha olho-de-rã (Cercospora sojina) 
• Mancha parda (Septoria glycines) 
• Cancro da haste (Diaporthe phaseolo-
rum f.sp. meridionalis).
As doenças mais importantes deverão ser monitoradas, de forma que seja realizado o controle quí-
mico com a aplicação do fungicida quando for indicado.
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Informação extra
A correta identificação da doença e o monitoramento são essen-
ciais para uma tomada de decisão assertiva e seu eficiente controle. 
Disponibilizamos o Manual de identificação de doenças da soja, da 
Embrapa Soja, com a caracterização das doenças e descrição das 
medidas de controle.
Doenças da cultura do milho
Conheça as principais doenças da cultura do milho:
Ferrugem comum (Puccinia sorghi) e ferrugem polissora (Puccinia polysora)
Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis) e helmintosporiose (Exserohilum 
turcicum)
Mancha foliar (Phaeosphaeria maydis) e mancha de bipolaris (Bipolaris maydis)
Enfezamento vermelho (Maize stunt – raça Mesa Central) e ferrugem branca 
(Physopella zeae)
Mosaico comum (mosaico da cana-de-açúcar)
Podridão do colmo e das raízes (Fusarium moniliforme), podridão por Py-
thium (Pythium aphanidermatum) e podridão seca da espiga (Diplodia maydi)
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/991687/manual-de-identificacao-de-doencas-de-soja
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/991687/manual-de-identificacao-de-doencas-de-soja
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Informação extra
Para auxiliar no conhecimento das doenças do milho e eu sua cor-
reta identificação e controle, está disponível a Circular Técnica 83 
da Embrapa “Doenças na cultura do milho” através do link: https://
www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/490415/1/Circ83.pdf
O controle de doenças de plantas visa reduzir a incidência e a severidade do agente patogênico, e 
deve também considerar a biologia dos agentes causadores e a viabilidade econômica do controle. 
A máxima eficiência do controle vai depender do conhecimento da origem da doença, das condições 
climáticas culturais favoráveis à ocorrência da doença, do ciclo das relações patógeno-hospedeiro 
(planta) e da eficiência dos métodos de controle utilizados.
Um dos principais métodos de controle de doenças de plantas em 
culturas de grãos na atualidade é o controle químico.
O primeiro controle químico realizado será o 
tratamento de semente com fungicidas, para 
evitar possíveis fontes de inóculos nas semen-
tes e prováveis ataques de patógenos do solo. 
A lavoura deverá ser monitorada regularmente 
para a identificação das doenças, do nível de 
dano causado e do momento ideal de controle. 
O número de aplicações fungicidas a serem re-
alizadas dependerá de vários fatores, incluindo 
pressão de inóculo, clima e híbrido ou cultivar 
implantado, entre outros.
 
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/490415/1/Circ83.pdf
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/490415/1/Circ83.pdf
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Tome nota
O controle químico tem por objetivo evitar o contato do patógeno 
com o hospedeiro e eliminar um patógeno de uma determinada re-
gião. O controle químico se dá especialmente pela utilização de fun-
gicidas sistêmicos, que translocam dentro da planta, ou dos proteto-
res, que atuam protegendo a infecção das plantas pelo patógeno.
Para aumento da eficiência do controle, deve-se integrar outros métodos de controle de doenças 
de plantas.
Controle 
legislativo
Visa quebrar o ciclo de patógenos, por meio do vazio sanitário, medidas qua-
rentenárias e legislações fitossanitárias, ou impedir a entrada de patóge-
nos de alto potencial destrutivo em determinada área livre desse patógeno, 
com a proibição, fiscalização, interceptação de plantas e/ou partes vegetais, 
quando necessário.
Controle 
cultural
Utilização de espaçamentos adequados, manejo de irrigação e adubação ou 
qualquer outra prática que favoreça o desenvolvimento da cultura e desfavo-
reça o surgimento da doença.
Controle físico
Eliminação de plantas doentes, eliminação de hospedeiros selvagens, aração 
profunda do solo, limpeza de máquinas e equipamentos etc.
Controle 
genético
Melhoramento genético ou uso da biotecnologia para obter plantas tolerantes 
ou resistentes a determinados patógenos causadores de doenças de plantas.
Controle 
biológico
Utilização de outros organismos biológicos para controle dos agentes cau-
sadores de doenças de plantas, como a utilização de fungos para o controle 
biológico de nematoides.
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Síntese da aula
As várias doenças que acometem as culturas são causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides, 
entre outros agentes. Para o desenvolvimento das doenças deve haver uma combinação de fatores 
favoráveis, como a presença do patógeno na área, hospedeiro suscetível e condições ambientais 
favoráveis. O produtor deve ficar atento ao monitoramento das doenças na lavoura, integrar vários 
métodos de controle e utilizar o controle químico quando for necessário, iniciando pelo tratamento 
de sementes para evitar a propagação de doenças pela área.
Atividade de aprendizagem
De acordocom o conteúdo sobre doenças de plantas e métodos de controle, analise as afirmações 
a seguir e marque a alternativa correta.
a. Os patógenos bióticos causadores de doenças em plantas podem ser temperatura, deficiên-
cia nutricional, estresse hídrico e fitotoxidez, entre outros.
b. Para que uma doença se estabeleça, é necessário que haja, na natureza, uma relação íntima 
entre três fatores: o patógeno (agente causal da doença), o hospedeiro (planta suscetível) e 
o ambiente (condições ambientais ideais).
c. A lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armigera) está entre as principais doenças da soja.
d. As doenças da cultura da soja são também encontradas na cultura do milho.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Na agricultura atual, desde aquela de grande escala, que utiliza altas tecnologias, até a de pequena 
escala, como a que utiliza mão de obra familiar, a irrigação pode ser uma tecnologia imprescindível 
para incrementar a produtividade das culturas. Contudo, o produtor deve buscar o conhecimento e 
fazer o planejamento necessário para fazer a implementação com todos os cuidados requeridos, a fim 
de causar o menor impacto possível ao ambiente e ser sustentável por um longo período de tempo.
Objetivo da aula:
Compreender a necessidade hídrica da cultura e compreender o 
manejo racional da água em sistemas de irrigação de culturas de 
grãos e o manejo do sistema de irrigação.
A produção irrigada de grãos tem ganhado grande relevância em várias regiões do Estado de Goiás, 
a exemplo da região leste, no município de Cristalina, com a maior área irrigada da América Latina. 
Verifica-se que a produção de grãos no sistema irrigado apresenta altos rendimentos e viabilidade 
econômica, inclusive em épocas de preços baixos, quando a exigência de altas produtividades é 
ainda maior.
Tome nota
Um primeiro passo ao analisar a viabilidade da produção de grãos 
em sistema irrigado é verificar se a área produz bem em condição 
de sequeiro e quais as outras limitações que pode apresentar quan-
do for cultivada fora da época de chuvas. Se a limitação maior for o 
déficit hídrico, ele pode ser resolvido com o uso da irrigação. Se há 
outras limitações, como temperatura e fertilidade do solo, é necessá-
rio corrigir essas limitações para alcançar altas produtividades com 
uso da irrigação.
AULA 4
Irrigação da cultura
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A decisão de irrigar ou não deve levar em consideração diversos fatores. Veja quais são eles:
Quantidade e distribuição da chuva
Efeito da irrigação na produção
Necessidade de água da cultura e disponibilidade de água 
em quantidade e qualidade suficientes, além dos óbvios 
aspectos econômicos.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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O fator técnico mais importante que determina a necessidade de irrigação de culturas como soja 
e milho numa região é a quantidade e a distribuição das chuvas e a sensibilidade das culturas ao 
déficit hídrico.
Aumento da produtividade.
Melhoria da qualidade do produto.
Possibilidade de evitar o efeito negativo de veranicos, cada vez 
mais comuns no período das águas.
Produção na entressafra, ou seja, no período intermédio entre uma 
safra e outra, durante o qual normalmente não é viável o cultivo 
de determinadas lavouras sem o uso de irrigação.
Uso mais intensivo da terra e a redução do risco do investimento 
feito na atividade agrícola.
Um fator relevante na produção irrigada de grãos é a análise do seu custo. Além do investimento no 
sistema de irrigação, o custo de produção deve ser elaborado. Como na produção irrigada de grãos 
se utiliza o mais alto nível de tecnologia na condução da lavoura, então também o custo de produ-
ção é mais alto.
Tome nota
Em função do preço do produto no mercado, deve-se observar o pon-
to de equilíbrio para a produtividade tornar-se economicamente vi-
ável. Em passado recente, uma análise de custo em sistema por pivô 
central mostrou que esse ponto de equilíbrio estava em torno de 4 a 
5 toneladas de grãos por hectare, cujo peso da irrigação no custo de 
produção estava em torno dos 30% do custo total. É claro que esses 
índices são muito variáveis de acordo com as peculiaridades do local, 
da época de produção, do tipo de grão produzido e do comporta-
mento do mercado para esse tipo de produto.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Definida a viabilidade de irrigação para a cultura, após a análise de todos os fatores positivos e 
negativos que possam afetar o sistema de produção irrigado, é o momento de implantar o sistema 
de irrigação.
A decisão sobre o tipo de sistema a ser implantado depende, basicamente, do tamanho da área a ser 
irrigada. Áreas de tamanhos extensos, com topografia de encostas com baixa declividade ou plana, 
adaptam-se melhor ao sistema de pivô central ou linear móvel ou, em alguns casos, aspersão por 
autopropelido. Entretanto, em áreas menores, como as mais utilizadas em agricultura familiar ou 
orgânica, o sistema por aspersão convencional ou em malhas poderia ser o mais adequado, ou até 
mesmo o investimento no sistema de irrigação pode ser inviável.
A aspersão por autopropelido é um sistema de irrigação por aspersão do tipo móvel, que é movi-
mentado pela energia hidráulica gerada a partir da própria água bombeada.
A utilização da irrigação traz grandes bene-
fícios para o incremento da produtividade de 
grãos e também para outras culturas. Entre-
tanto, não se pode observar a irrigação como 
uma tecnologia isolada, sem considerar a sua 
interação com as demais tecnologias para au-
mento de produtividade. Portanto, sempre se 
diz que o sistema de produção irrigado não é 
idêntico ao sistema de produção de sequeiro 
adicionado de irrigação.
São aspectos distintos, embora a adição da água controlada por irrigação sobre um sistema de pro-
dução de sequeiro possa interferir positivamente, com algum grau de ganhos de produtividade, po-
rém isso não é maximizado se não forem consideradas as outras tecnologias que interagem com a 
irrigação Como exemplo temos uso de fertilizantes, controle fitossanitário, uso de sementes melho-
radas de maior nível de tecnologia, uso de máquinas e implementos, sistemas de produção ajustados 
à conservação de água e solo, entre outros.
Em todos os casos, é necessário o acompanhamen-
to técnico de um profissional, após a decisão de im-
plantar a irrigação, para fazer o dimensionamento 
do sistema. O custo de implantação é relativamente 
elevado, por isso a importância de um dimensiona-
mento bem elaborado, momento em que serão le-
vantados a potência do conjunto motobomba, os 
diâmetros das tubulações, o circuito elétrico, se for 
o caso, as obras hidráulicas etc.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Depois que o sistema no campo estiver instalado, chega a vez de fa-
zer o manejo, que é a tomada de decisão e os critérios sobre o uso do 
sistema de irrigação, dos dias de irrigar e as respectivas lâminas de 
água a aplicar por evento de irrigação.
Muitas vezes o agricultor se preocupa mais com o dimensionamento para a implantação do sistema, 
tendo em vista que é mais visível o desembolso de recursos financeiros, do que com o manejo da 
irrigação de forma continuada. Ambos fatores são importantes e afetam o resultado final da cultura.
Tome nota
É muito importante levar em consideração a eficiência no uso da 
água, sempre evitar seu desperdício e sua má uniformidade de dis-
tribuição, a fim de garantir o perfeito funcionamento dos sistemas de 
irrigação implantados e o correto manejo da irrigação. Ainda hoje, é 
necessária uma evolução no manejo da irrigação, por meio da capa-
citação de trabalhadores e produtores rurais, como forma de aumen-
tar a sustentabilidade do sistema de irrigação.
O conhecimento da cultura, das características climáticas e do solo da região de cultivo também é 
muito importante neste processo. A exigência hídrica vai variar de acordo com a cultura, masnor-
malmente a água é mais requerida nas fases de plena expansão vegetativa da cultura e de enchi-
mento de grãos.
Apesar de todos os benefícios e do alto investimento realizado pelos agricultores para implantar a 
irrigação, muitos não dão a devida importância ao manejo da irrigação, por inúmeras causas. Veja 
algumas delas:
Carência de dados edafoclimáticos (solo e clima)
Falta de consultoria técnica especializada
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Desconhecimento da metodologia de manejo
Custos do bombeamento não tão elevados
Inexistência do pagamento pela água etc.
Tudo isso causa uma baixa eficiência global da irrigação, com o comprometimento da sustentabili-
dade ambiental e socioeconômica do sistema de produção irrigado.
Fique atento! Há disponíveis no mercado diversas ferramentas para 
fazer o dimensionamento de sistemas ou o manejo da irrigação, in-
cluindo equipamentos e softwares computacionais. Instituições pú-
blicas ou privadas disponibilizam tais ferramentas, muitas delas de 
forma gratuita.
Informação extra
No caso específico do manejo de irrigação, na Embrapa Milho e 
Sorgo existe o programa Irrigafácil. Além do programa, há diversas 
ferramentas e links para auxiliar o pessoal técnico que demanda 
dados e informações para elaboração do manejo da irrigação, tanto 
do milho como de outras culturas.
http://www.cnpms.embrapa.br/irrigafacil
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Síntese da aula
A produção irrigada de grãos vem sendo cada vez mais importante na agricultura. Com a utilização 
da irrigação é possível evitar perdas de produção por escassez de chuvas, produzir em época de 
entressafra e ter ganhos em produtividade e qualidade do produto final. Um importante fator neste 
processo é o correto manejo da irrigação, a fim de aplicar a quantidade correta de água no momento 
adequado, reduzir os custos de produção e aumentar a sustentabilidade do sistema produtivo.
Atividade de aprendizagem
Considerando os assuntos pertinentes à área de irrigação de culturas de grãos, analise as alternati-
vas a seguir e marque a correta.
a. A implantação de sistemas de irrigação para produção de grãos não é economicamente 
viável porque o valor do produto final é baixo.
b. O principal sistema de irrigação em grandes áreas de produção de grãos é o sistema de 
gotejamento.
c. A quantidade de água aplicada durante a irrigação pode ser aleatória, visto que não há co-
brança de água e o custo de funcionamento da bomba elétrica é baixo.
d. O correto manejo do sistema de irrigação tem por objetivo aplicar a quantidade de água 
correta, no momento adequado, de acordo com as exigências das culturas e as característi-
cas do solo e do clima da região.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Gabarito
Módulo 4
Aula 1
Resposta correta: A
O manejo integrado de plantas daninhas é o método mais viável a longo prazo, pois apresenta maior 
eficiência no controle, menor surgimento de plantas daninhas resistentes e possibilidade de redução dos 
custos de controle no decorrer do tempo. A alternativa B está errada, pois conhecimento da biologia das 
plantas daninhas presentes na lavoura é de grande importância para a utilização do herbicida reco-
mendado dentro das características das plantas daninhas e da lavoura. A alternativa C está errada, pois 
utilização de herbicidas caracteriza o método de controle químico. Por fim, a alternativa D está errada, 
pois o manejo de plantas daninhas resistentes a herbicidas é muito difícil e exige a integração de vários 
métodos de controle para ter sucesso.
Aula 2
Resposta correta: C
Para o eficiente controle químico, deve-se utilizar os inseticidas de acordo com as recomendações técni-
cas quanto ao produto, dose e forma de aplicação corretos para determinado tipo de praga infestante. A 
alternativa A está errada, pois as pragas atacam as lavouras nos diferentes estágios de desenvolvimen-
to, desde a semeadura, ou seja, atacam raízes, caules, folhas, flores e frutos. A alternativa B está errada, 
pois o inseticida utilizado deve ser específico para controlar a praga infestante na lavoura, de forma a 
não matar os inimigos naturais presentes na área, e ser o menos tóxico possível ao homem e ao meio 
ambiente. Por fim, a alternativa D está errada, pois o método de controle biológico é o que utiliza outros 
organismos, como fungos, bactérias, vírus e microinsetos para controle dos insetos-praga.
Aula 3
Resposta correta: B
Para o desenvolvimento das doenças deve haver uma combinação de fatores favoráveis, como presen-
ça do patógeno na área, hospedeiro suscetível e condições ambientais favoráveis. A alternativa A está 
errada, pois os patógenos bióticos causadores de doenças em plantas podem ser fungos, bactérias, vírus 
e nematoides, entre outros. A alternativa C está errada, pois a lagarta-helicoverpa é uma importante 
praga da soja, causada por um inseto-praga. Portanto, não se trata de uma doença. Por fim, a alter-
nativa D está errada, pois nem sempre plantas de espécies diferentes são hospedeiras suscetíveis da 
mesma doença. As principais doenças são específicas para a cultura da soja e para a cultura do milho, 
separadamente.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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Aula 4
Resposta correta: D
O correto manejo do sistema de irrigação evita falta de água ou aplicação em excesso e ambos podem 
ser prejudiciais para a cultura. A alternativa A está errada, pois o incremento de produtividade em siste-
mas irrigados de produção de grãos é significativo e garante a viabilidade econômica do investimento, 
inclusive em épocas de baixos preços dos grãos, quando a necessidade de ter altas produtividades é ain-
da maior. A alternativa B está errada, pois em grandes áreas prevalece o sistema de irrigação por pivô 
ou, em alguns casos, a aspersão por autopropelido. A alternativa C, por fim, está errada, pois o correto 
manejo do sistema de irrigação evita falta de água ou aplicação em excesso e ambos podem ser preju-
diciais para a cultura.
MÓDULO 04 | Manejo integrado e tratos culturais
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