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Glomerulonefrite Difusa Aguda

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Glomerulonefrite Difusa Aguda
Síndrome Nefrítica:
Conjunto de sinais e sintomas resultante
de processo inflamatório agudo que
acomete os glomérulos de ambos rins por
deposição de imunocomplexos;
Características: edema, hematúria,
oligúria e hipertensão;
Etiologia:
❖ Glomerulonefrites primarias:
❖ Nefropatia por IgA - Doença de
Berger;
❖ Nefropatia
membrana-proliferativa.
❖ Glomerulonefrites secundarias:
❖ Púrpura de
Henoch-Schoenlein;
❖ Lúpus eritematoso sistêmico;
❖ GNDA (pós-estreptocócica).
GNDA Pós Estreptocócica (GNPE):
Ocorre após piodermite ou IVAS por
estreptococos a maioria pelo
beta-hemolítico do grupo A, mas também
pelo estreptococos C e G, cepa
nefritogênica, processo imunomediado;
GNPE é uma sequela tardia não
supurativa;
Latência de 14 dias pós IVAS e 21 dias
após infecção de pele pelo Estrepto;
Incidência é de 5 a 10% dos pacientes com
faringite estreptocócica e cerca de 25%
com impetigo;
Faixa etária: período pré-escolar a escolar
com pico de incidência aos 7 anos e é rara
antes dos 2 anos de idade;
Diagnóstico clínico:
❖ Edema: variável de periorbitário
discreto a quadro de edema
pulmonar;
❖ Hipertensão: volume dependente -
PA igual ou acima do percentil 95
(sexo-idade-estatura);
❖ Hematúria: macroscópica “ urina
escura” ou microscópica (EAS);
❖ Oligúria.
Complicações: ICC, encefalopatia,
insuficiência renal.
Exame laboratoriais:
❖ Urina:
❖ Hematúria (dismórfica -
formato atípico);
❖ Proteinúria (pequena < 50
mg/kg/dia);
❖ Leucocitúria;
❖ Cilindros hemáticos.
❖ Exame de sangue:
❖ Ureia e creatinina
aumentados;
❖ Complemento C3 e CH50
diminuídos e C4 e C5 pode
estar normais ou levemente
diminuídos;
❖ Anti-estreptolisina O (ASLO) -
antecedente IVAS;
❖ Anti-DNAse B - antecedente
piodermite;
❖ Eletrólitos - potássio (K+)
aumentado;
❖ Hemograma + VHS.
❖ RX de tórax - avaliar congestão.
Conduta:
❖ Ambulatorial: edema discreto,
pressão arterial elevada (p90);
❖ Internação:
❖ Hipertensão moderada (p95) a
grave (>p95);
❖ Encefalopatia hipertensiva;
❖ Anúria ou oligúria acentuada;
❖ Edema acentuado ->
desconforto respiratório;
❖ Hipercalemia (aumento do
K+).
Tratamento:
❖ Repouso no leito - enquanto
houver HAS e edema (7 - 14 dias);
❖ 1˚ dia:
❖ Restrição hídrica - 20
ml/kg/24h;
❖ Balanço hídrico - volume de
diurese de 24h.
❖ Restrição de sódio;
❖ Restrição de proteína: se uréia >
60 mg/dl;
❖ Restrição de potássio: se TFG
baixa e hipercalemia (potássio
alto);
❖ Penicilina Benzatina IM / alérgicos
-> eritromicina por 10 dias;
❖ Diurético: furosemida EV ou oral 3
a 4 x/dia;
❖ Anti-hipertensivo: Nifedipina
(VO), Hidralazina (VO) ou Diazóxido
(EV);
❖ Hipercalemia + ECG alterado:
resina de troca (Kayexalate ou
Sorcal) + glicose a 10% VO.
Prognóstico:
❖ Fase aguda: risco maior quando
TFG baixa, oligúria por mais de 48 -
72h = biópsia renal;
❖ Hematúria: se > 6 semanas =
biópsia renal;
❖ Complemento C3 e C4: mantidos
baixos > 8 semanas = biópsia renal.
Acompanhamento:
❖ Após fase aguda:
acompanhamento por 1 ano -
avaliação da evolução de
hematúria, complemento e HAS.

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