Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AMANDA SANTANA DE SIQUEIRA TEIXEIRA FERNANDA VIEGAS PAULO SABRINA PENNA CINTRA VALIDADE E CONFIABILIDADE DO TESTE CLÍNICO PARA AVALIAR A FORÇA DOS ABDUTORES DO QUADRIL Belo Horizonte Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional/UFMG 2015 AMANDA SANTANA DE SIQUEIRA TEIXEIRA FERNANDA VIEGAS PAULO SABRINA PENNA CINTRA VALIDADE E CONFIABILIDADE DO TESTE CLÍNICO PARA AVALIAR A FORÇA DOS ABDUTORES DO QUADRIL Projeto de pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Graduação em Fisioterapia, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais. Orientadora: Profa. Dra. Natalia Franco Netto Bittencourt Co-orientadora: Profa. Dra. Paula Lanna Pereira da Silva Belo Horizonte Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional/UFMG 2015 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiro a Deus, por ter nos abençoado e guiado nesta caminhada intensa e nos proporcionado excelentes oportunidades de crescimento e aprendizado durante os cinco anos da nossa graduação. Aos nossos amados pais Gladyston e Carminha; Márcio e Silvana; Roney e Denise pelo amor incondicional. Obrigada por terem sacrificado os seus sonhos em prol da realização dos nossos. Sem vocês não estaríamos aqui. Aos nossos irmãos Thaís, Felipe e Pedro Igor; Bárbara; e Lucas pela amizade e companheirismo e alegria durante nossa trajetória acadêmica, e que seguirão conosco por toda a vida. Aos nossos companheiros e nossos primeiros voluntários: Lucas, Matheus e Vinicius, por todo incentivo, paciência e amor ao longo de todo esse processo. À UFMG, por todo corpo docente e estrutura que nos permitiu realizar este trabalho de conclusão de curso com entusiasmo e dedicação. Haja “força, força, força”, mas chegamos ao fim! À nossa querida orientadora Natália Bittencourt, por todo suporte e confiança no nosso trio desde os primeiros passos do nosso estudo. Você sempre foi e continua sendo um exemplo! À nossa ilustríssima professora e co-orientadora Paula Lanna, por todos os ensinamentos e principalmente por nos fazer apaixonar por nossa profissão. Aos trinta voluntários que gastaram um pouco de seu tempo com a gente, em troca do nosso crescimento. Terão sempre a nossa gratidão. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte de nosso trabalho e contribuíram para nosso crescimento pessoal e profissional. RESUMO O mau alinhamento do joelho no plano frontal, chamado de valgismo dinâmico, durante atividades funcionais gera uma sobrecarga no sistema musculoesquelético, e pode levar a disfunções como lesões no ligamento cruzado anterior, tendinopatia patelar e síndrome da dor patelo-femoral. Este desalinhamento pode ser minimizado com uma boa ação excêntrica dos músculos abdutores do quadril. O dinamômetro manual é confiável para teste de força muscular dos abdutores do quadril, mas apesar da praticidade e eficácia deste aparelho, ele também apresenta algumas limitações. Os objetivos do presente estudo foram: (1) desenvolver um teste clínico capaz de avaliar e quantificar a função muscular do glúteo médio, (2) determinar as confiabilidades intra e inter-examinadores para aplicação de ambos os testes, (3) realizar a validação concorrente do teste clínico com o dinamômetro manual. Foram selecionados 30 indivíduos saudáveis, com variabilidade de idade, sexo, altura e massa corporal. No primeiro dia, o participante foi selecionado para fazer o teste com dinamômetro manual para força de abdutores do quadril, e após uma semana foi feito o teste clínico de função dos abdutores do quadril. Os valores de coeficiente de correlação intraclasse (CCI) encontrados neste estudo (acima de 0,90) são indicativos de excelentes confiabilidades intra e inter-examinadores. Os resultados deste estudo apontaram uma correlação positiva, mas de magnitude fraca entre o teste clínico e o teste realizado com o dinamômetro manual, o que indica que os testes avaliam domínios diferentes da função de glúteo médio, resistência e força muscular, respectivamente. A fadiga muscular é um fator preditivo de lesão e deve ser prevenida através do treinamento de resistência muscular, para manter um bom alinhamento dos MMII, não prejudicando a performance de atletas. Profissionais envolvidos na prevenção e reabilitação de lesões musculoesqueléticas devem considerar a importância de uma avaliação criteriosa e periódica da resistência muscular. Neste sentido, o teste clínico desenvolvido neste estudo é uma ferramenta útil e sem custo que pode ser incluído na avaliação e reavaliação da fisioterapia. Palavras-chave: Valgismo. Lesão. Glúteo médio. Resistência. Fisioterapia. ABSTRACT The altered knee alignment in the frontal plane, called dynamic valgus, during functional activities generates an overload on the musculoskeletal system, and can lead to disorders such as injuries to the anterior cruciate ligament and patellar tendinopathy syndrome patellofemoral pain. This altered knee alignment can be minimized with a good eccentric action of the abductor hip muscles. The hand-held dynamometer is reliable for muscle strength testing of the hip abductors. Although the practicality and effectiveness of this equipment, it also has some limitations. The objectives of this study were: (1) developing a clinical trial to assess and quantify muscle function of the gluteus medius, (2) determine the intra and inter-examiner reliabilities for application of both tests, (3) determine the concurrent validity between the clinical test and the test with hand-held dynamometer. We selected 30 healthy subjects, variability of age, gender, height and body mass. On the first day, the participant was selected for testing with hand-held dynamometer for the hip abductors strength, and after a week was made the clinical test of the hip abductors function. The intraclass correlation coeficient (ICC) values found in this study (above 0.90) are indicative of excellent intra and inter-examiner reliabilities. Results of this study showed a positive correlation, but weak magnitude of the clinical test and the test with hand-held dynamometer, indicating that the tests measure different functions of gluteus medius, endurance and muscle strength, respectively. Muscle fatigue is a predictive factor of injury and should be prevented by muscle endurance training to maintain good alignment of the lower limbs and does not impair the performance of athletes. Professionals involved in prevention and rehabilitation of musculoskeletal injuries should consider the importance of careful and regular assessment of muscle endurance. In this sense, the clinical test developed in this study is a useful tool at no charge that can be included in the assessment and reassessment of physiotherapy. Keywords: Valgus. Injury. Gluteus medius. Endurance. Physiotherapy. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Dinamômetro manual utilizado no estudo ............................................ 11 FIGURA 2 - Posição para o teste com dinamômetro manual para força de abdutores do quadril ................................................................................................................. 12 FIGURA 3 - Teste clínico de função dos abdutores do quadril ............................... 13 FIGURA 4 - Tabela utilizada no teste clínico de desequilíbrio entre os abdutores do quadril ...................................................................................................................... 14 LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS TABELA 1 - Descrição da amostra em relação a gênero e prática ou nãode atividade física ......................................................................................................... 11 TABELA 2 - Confiabilidade intra-examinador para o teste com dinamômetro manual e o teste clínico ........................................................................................................ 15 TABELA 3 - Confiabilidade inter-examinadores para o teste com dinamômetro manual e o teste clínico ........................................................................................... 15 GRÁFICO 1. Diagrama de dispersão (Scatter Plott) ............................................... 16 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ACSM American College of Sports Medicine CCF Cadeia cinética fechada CCI Coeficiente de correlação intraclasse LCA Ligamento cruzado anterior MI Membro inferior MID Membro inferior direito MIE Membro inferior esquerdo MMII Membros inferiores Nm/kg Valor do torque normalizado R Coeficiente de determinação SDPF Síndrome da dor patelo-femoral US$ Dólares SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 9 2 METODOLOGIA ................................................................................ 11 2.1 Amostra .............................................................................................. 11 2.2 Procedimentos .................................................................................... 11 2.2.1 Teste com dinamômetro manual para força de abdutores do quadril..12 2.2.2 Teste clínico de função dos abdutores do quadril............................... 13 2.3 Análise estatística ............................................................................... 14 3 RESULTADOS ................................................................................... 16 4 DISCUSSÃO ...................................................................................... 18 5 CONCLUSÃO .................................................................................... 21 REFERÊNCIAS .................................................................................. 22 ANEXO 1 ............................................................................................ 24 ANEXO 2 ............................................................................................ 25 9 1 INTRODUÇÃO As lesões mais comuns na prática esportiva ocorrem na articulação do joelho (TAUTON et al., 2002). Alguns estudos têm identificado os possíveis fatores biomecânicos que estão relacionados a essas lesões e que são passíveis de intervenção fisioterapêutica. O mau alinhamento do joelho no plano frontal durante atividades funcionais, como a aterrissagem de um salto e o agachamento (BALDON, 2010), gera uma sobrecarga no sistema musculoesquelético (BITTENCOURT, 2010; BITTENCOURT et al., 2012). Tal alteração biomecânica pode levar a disfunções como lesões no ligamento cruzado anterior (LCA), tendinopatia patelar e síndrome da dor patelo-femoral (SDPF) (BARBOSA et al., 2008). Essas lesões geram consequências no cenário esportivo, como ausência dos atletas em treinamentos e jogos, altos gastos financeiros e prejuízos na performance das equipes (BARBOSA et al., 2008). A alteração do alinhamento dinâmico do joelho no plano frontal é caracterizada por adução e rotação medial do quadril associadas à abdução e rotação lateral do joelho, que é denominado valgismo dinâmico (BALDON, 2010). Este desalinhamento pode ser minimizado com o bom funcionamento de alguns grupos musculares, como por exemplo, a ação excêntrica dos músculos abdutores do quadril, responsável por controlar a adução excessiva de quadril em cadeia cinética fechada (CCF) (FERBER et al., 2003). Os abdutores primários do quadril são glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata, sendo que o glúteo médio é o principal e maior, representando aproximadamente 60% da área transversa deste grupo muscular (NEUMANN, 2010; BALDON, 2010). Além disso, as fibras posteriores do glúteo médio também exercem a função de rotação lateral do quadril, o que auxilia na redução da rotação medial excessiva e no possível valgismo dinâmico de joelho (NEUMANN, 2006). A fraqueza do glúteo médio gera uma excessiva queda pélvica do membro inferior (MI) contralateral, adução e rotação medial do quadril ipsilateral, durante o suporte dos membros inferiores (MMII) (IRELAND et al., 2004). Estudos mostram que para manter a estabilização pélvica e uma boa cinemática do joelho, é necessário uma ação adequada do glúteo médio (MAIA et al., 2012). Segundo Nakagawa et al., 2012, a redução da ativação de glúteo médio e da produção de força máxima de abdutores do quadril estão relacionadas com a presença de 10 disfunções na articulação do joelho, como a SDPF. Portanto, para prevenir a presença destas disfunções se faz necessário uma boa ativação muscular do glúteo médio, e dos outros abdutores do quadril. A avaliação da força muscular é clinicamente relevante por fornecer informações de base para um plano de tratamento e intervenções preventivas. Um dos aparelhos utilizados para medição de força muscular é o dinamômetro manual, que possui validade com o dinamômetro isocinético, considerado o padrão-ouro (STARK et al., 2011). Segundo Jaramillo et al., 1994, o dinamômetro manual é confiável para teste de força muscular dos abdutores do quadril. Apesar da praticidade e eficácia deste aparelho, ele apresenta um custo elevado, cerca de US$1.000,00 (mil dólares), além da necessidade de calibração anual (STARK et al., 2011). Tendo em vista essas limitações do dinamômetro manual e a necessidade de avaliação da força do glúteo médio de forma quantitativa na prática clinica, os objetivos do presente estudo foram: (1) desenvolver um teste clínico capaz de avaliar e quantificar a função muscular do glúteo médio, (2) determinar as confiabilidades intra e inter-examinadores para aplicação de ambos os testes, (3) realizar a validação concorrente do teste clínico com o dinamômetro manual. 11 2 METODOLOGIA 2.1 Amostra Foram selecionados indivíduos saudáveis, com variabilidade de idade, sexo, altura e massa corporal. Os participantes tinham em média 36,4 anos (+ 16,64). Foram divididos quanto à prática de atividades físicas da seguinte forma: atletas, fisicamente ativos e sedentários (TABELA 1). O grupo de “atletas” inclui praticantes das modalidades de atletismo, corrida, judô, taekwondo e vôlei; e o grupo de “fisicamente ativos” inclui pessoas que realizam musculação, futsal, vôlei e/ou pilates, por pelo menos 2 vezes na semana. Os critérios de inclusão foram: (I) ausência de dor ou histórico de lesão nos MMII; (II) não ter realizado cirurgia nos MMII nos últimos 6 meses. Foram excluídos deste estudo, os participantes que reportassem dor durante a aplicação dos testes. TABELA 1. Descrição da amostra em relação a gênero e prática ou não de atividade física Gênero Atletas Fisicamente ativos Sedentários Feminino 3 (10%) 8 (26,6%) 6 (20%) Masculino 3 (10%) 3 (10%) 7 (23,4%) O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (n° ETIC 493/2009) (ANEXO 1) e todos os indivíduos que aceitaram participar do estudo assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO 2). 2.2 Procedimentos Inicialmente foram coletados dados como massa corporal, MI dominante e a distância do trocânter maior do fêmur até 5cm acima da interlinha articular do joelho de cada indivíduo (BITTENCOURT et al., 2012), onde foi posicionado o dinamômetro manual. No primeiro dia, o participante foi selecionado para fazer oteste com dinamômetro manual, e após uma semana foi feito o teste clínico. Os participantes foram orientados a comparecer nas mesmas condições, como vestuário adequado, meio de locomoção e horário, nos dois dias de testes. Os 12 indivíduos que participaram da amostra foram testados por um dos três examinadores. 2.2.1 Teste com dinamômetro manual para força de abdutores do quadril A força de abdutores do quadril foi mensurada usando um dinamômetro manual (microFET2; Hoggan Health Industries, Inc, West Jordan, UT) (FIGURA 1), considerado um instrumento válido e confiável para medida de força muscular (STARK et al., 2011). FIGURA 1. Dinamômetro manual utilizado no estudo O indivíduo foi posicionado em decúbito lateral com os membros superiores cruzados em frente ao tronco. As cinturas escapular e pélvica foram alinhadas, o quadril e joelho do MI infralateral (oposto ao teste) foram fletidos, e MI testado foi posicionado com o quadril em neutro no plano sagital e joelho estendido (FIGURA 2). O dinamômetro manual foi posicionado 5cm acima da interlinha articular do joelho (BITTENCOURT et al., 2012), e fixado numa fita de velcro® que permitiu abdução do quadril até neutro no plano frontal. O teste foi feito de forma semelhante ao de força muscular manual. O dinamômetro manual quantificou a força máxima realizada durante a execução do teste (STARK et al., 2011). 13 FIGURA 2. Posição para o teste com dinamômetro manual para força de abdutores do quadril Foi solicitado ao indivíduo que realizasse o movimento de abdução do quadril até o movimento ser restrito pelo velcro® e que mantivesse contração isométrica máxima por 5 segundos, com estímulos verbais padronizados entre os examinadores. Este procedimento foi realizado 3 vezes em cada MI, com intervalo de 15 segundos entre as medidas (BITTENCOURT et al., 2012). O torque foi calculado pela média dos 3 valores mensurados, multiplicado pela distância entre o trocânter maior do fêmur até 5cm acima da interlinha articular do joelho. O valor do torque foi dividido pela massa corporal para obter dados normalizados (Nm/kg). A análise de confiabilidade intra e inter-examinadores foi realizada através de um estudo piloto com 4 participantes, com um intervalo de 7 dias entre as avaliações. 2.2.2 Teste clínico de função dos abdutores do quadril O teste clínico foi aplicado com o indivíduo posicionado em decúbito lateral com os membros superiores cruzados em frente ao tronco, cinturas escapular e pélvica alinhadas, quadril e joelho do MI infralateral fletidos, e MI supralateral com quadril e joelho estendidos (FIGURA 3), mesma posição do teste com o dinamômetro manual. O movimento de abdução do MI supralateral foi realizado sem nenhum tipo de resistência externa. 14 FIGURA 3. Teste clínico de função dos abdutores do quadril O indivíduo foi solicitado a realizar o movimento de abdução do quadril mantendo a posição inicial, sendo a quantidade de repetições não determinada previamente. O examinador avaliou possíveis compensações: (I) flexão de quadril; (II) rotação de tronco; e (III) elevação de pelve. O teste foi interrompido, através de um comando verbal do examinador, quando houve alguma compensação dentre as citadas acima. O examinador anotou o número da repetição correspondente à interrupção do teste. Quando não ocorreu compensação, o teste foi realizado até 15 repetições, sendo interrompido por comando verbal do examinador e considerado como sem desequilíbrio. O examinador preencheu uma tabela padronizada, constando as possíveis alterações (FIGURA 4), durante a realização do teste. FIGURA 4. Tabela utilizada no teste clínico de desequilíbrio entre os abdutores do quadril 15 2.3 Análise estatística A análise descritiva foi utilizada para os dados médios e desvio padrão para os membros dominante e não-dominante das variáveis: torque normalizado pela massa corporal dos abdutores de quadril e número de repetições do teste clínico de função dos abdutores de quadril. O CCI3,3 com intervalo de confiança de 95%, foi utilizado para verificar a confiabilidade intra e inter-examinador dos três avaliadores para os dois testes. A correlação de Pearson foi utilizada para calcular a associação entre os dois testes e finalmente uma regressão linear simples foi utilizada para obter o coeficiente de determinação (R2) para identificar qual a proporção da variação dos valores de torque foram explicados pelos valores obtidos no teste clinico. 16 3 RESULTADOS Participaram deste estudo 30 voluntários, avaliados nos dois MMII, sendo que 24 (80%) relataram membro inferior direito (MID) dominante e 6 (20%) relataram membro inferior esquerdo (MIE) dominante. Destes, 17 (56,6%) foram do sexo feminino e 13 (43,4%) do sexo masculino; com média de idade de 36,4 anos (+ 16,64). Quanto à prática de atividade física, 6 (20%) eram atletas, 11 (36,6%) fisicamente ativos e 13 (43,4%) sedentários. O valor médio da força de abdutores com o dinamômetro manual foi 1,204 (+0,391) Nm/kg, e o número de repetições médio no teste clínico foi 5,7 (+4,06) repetições. A confiabilidade intra-examinador para o teste com dinamômetro manual para força de abdutores do quadril foi alta (0,97; 0,94; 0,92), assim como para o teste clínico de função dos abdutores do quadril (0,98; 0,94; 0,96) (TABELA 2). A confiabilidade inter-ex/aminadores para o teste com dinamômetro manual também teve valores considerados altos (0,97; 0,97; 0,97), assim como o teste clínico (0,92; 0,95; 0,95) (TABELA 3). TABELA 2. Confiabilidade intra-examinador para o teste com dinamômetro manual e o teste clínico. TESTE COM DINAMÔMETRO MANUAL TESTE CLÍNICO EXAMINADORES CCI EXAMINADORES CCI INTERVALO DE CONFIANÇA A1 0,97 A1 0,98 0,94 - 0,99 A2 0,94 A2 0,94 0,75 - 0,98 A3 0,92 A3 0,96 0,90 - 0,99 TABELA 3. Confiabilidade inter-examinadores para o teste com dinamômetro manual e o teste clínico. TESTE COM DINAMÔMETRO MANUAL TESTE CLÍNICO EXAMINADORES CCI INTERVALO DE CONFIANÇA EXAMINADORES CCI INTERVALO DE CONFIANÇA A1 x A2 0,97 0,89 - 0,99 A1 x A2 0,92 0,68 - 0,98 A1 x A3 0,97 0,86 - 0,99 A1 x A3 0,95 0,79 - 0,99 A2 x A3 0,97 0,87 - 0,99 A2 x A3 0,95 0,77 - 0,99 17 Com base nos resultados, pôde-se observar uma correlação significativa entre o teste com dinamômetro manual para força de abdutores do quadril e o teste de função de abdutores do quadril (r = 0,436; p = 0,001). Apesar da correlação ser significativa e força da associação foi fraca (r = 0,436) (GRÁFICO 1) (PORTNEY et al., 2000). A regressão linear simples demonstrou valor do coeficiente de determinação baixo (r2 = 0,19), o que significa que 19% da variação do torque isométrico dos abdutores de quadril está sendo explicado pelo número de repetições do teste clínico. GRÁFICO 1. Diagrama de dispersão (Scatter Plott) 18 4 DISCUSSÃO O presente estudo teve como objetivo desenvolver um teste clínico capaz de avaliar e quantificar a função muscular do glúteo médio e realizar a validação concorrente do teste clínico com o dinamômetro manual, além de determinar as confiabilidades intra e inter-examinadores para aplicação de ambos os testes. Os valores de CCI encontrados neste estudo (acima de 0,90) são indicativos de excelentes confiabilidades intra e inter-examinadores (PORTNEY et al., 2000). Os resultados deste estudo apontaram uma correlação positiva, mas de magnitude fraca (r = 0,436 e r2 = 0,19) entre o teste clínico e o teste realizado com o dinamômetro manual. Segundo Portney et al., 2000, valores entre r = 0,25 a r = 0,50 representam uma correlação fraca. Os coeficientes de correlação entre medidasclínicas que variam de 0,57 a 0,78 são valores considerados adequados para a prática clínica (CARVALHAIS et al., 2011). Dessa forma, esta correlação baixa provavelmente indica que o teste clínico avalia domínios diferentes da função muscular do glúteo médio em relação ao teste do dinamômetro manual. O dinamômetro manual é válido e confiável para quantificar a força muscular. Também é considerado um instrumento prático, devido à sua facilidade de uso, portabilidade e tamanho, comparado com o dinamômetro isocinético, considerado padrão-ouro (STARK et al., 2011). O teste com dinamômetro manual para força de abdutores do quadril é realizado através de contração isométrica máxima, sendo a força de um músculo correspondente à sua capacidade máxima de gerar tensão. Em geral, testes que medem este domínio são pouco utilizados na prática para prescrição de exercícios, devido ao alto custo dos instrumentos necessários, dificuldade de operacionalização e tempo gasto para realização (PEREIRA et al., 2003). Por outro lado, o teste clínico representou de forma mais consistente a resistência muscular, que é a capacidade de execução de várias contrações musculares de cargas submáximas sem que haja redução da amplitude do movimento, frequência e quantidade de força (DANTAS, 1994; PEREIRA et al., 2003). Dessa forma, ambos os testes mensuram domínios musculares distintos, mas fundamentais para prescrição de exercícios e prevenção de lesões musculoesqueléticas na prática clínica. A ação muscular se manifesta, portanto, de diferentes formas, através destes dois domínios: força e resistência (PAULO et al., 2010), que têm sido avaliados por 19 vários métodos, devido à sua importância na prevenção de lesões musculoesqueléticas e promoção de estabilidade articular (CYRINO et al., 2013). Possivelmente, o teste clínico desenvolvido neste estudo e o teste realizado com o dinamômetro manual acessam domínios musculares distintos. Um estudo recente foi desenvolvido para avaliar a função da musculatura de isquiotibiais em atletas através do teste de ponte de quadril unilateral. Assim como o presente estudo, o teste clínico de ponte de quadril avaliou o número máximo de repetições possíveis, sendo interrompido caso houvesse alteração de padrão de movimento (FRECKLETON et al., 2013). Sendo assim, o teste clínico de função de abdutores do quadril sugere mensurar resistência; e o teste com dinamômetro manual dos abdutores do quadril sugere mensurar força muscular. A resistência muscular é importante para a manutenção da estabilidade articular durante a execução de um gesto esportivo; pois quando há fadiga muscular, ocorre sobrecarga nos elementos passivos, como cápsulas e ligamentos, podendo gerar danos a essas estruturas (GONÇALVES et al., 2005). A fadiga é considerada um fator que pode estar associado ao risco de lesão, por influenciar no controle do alinhamento dos MMII (HAWKINS et al., 1999; HAWKINS et al., 2001; MCLEAN et al., 2007). HEWETT et al., 2005, demonstraram que lesões de LCA são mais propensas em atletas que apresentam valgismo dinâmico; principalmente em esportes de alta intensidade em que os atletas precisam praticá-los por tempo prolongado. Lesões nos MMII, como por exemplo, a ruptura do LCA durante a aterrissagem de um salto sem contato com outro atleta, ocorrem durante os últimos 15 minutos do primeiro tempo e nos últimos 30 minutos do segundo tempo, em uma partida de futebol (HAWKINS et al., 1999; HAWKINS et al., 2001; MCLEAN et al., 2007). Portanto, a fadiga muscular é um fator associado a lesões e deve ser prevenida através do treinamento de resistência muscular, para manter um bom alinhamento dos MMII, não prejudicando a performance de atletas. O American College of Sports Medicine (ACSM) recomenda que a manutenção da resistência esteja incluída em um programa de treinamento (PEREIRA et al., 2003), assim como exercícios de força muscular (KARAVIRTA et al., 2011). Alguns estudos revelam que a fadiga muscular tem efeitos sobre a propriocepção (LEE et al., 2003) e controle postural (GEFEN et al., 2002), o que predispõe o indivíduo ao risco de lesões. Tendo em vista a influência da fadiga nas lesões esportivas nos MMII, os profissionais envolvidos na prevenção e reabilitação 20 de lesões musculoesqueléticas devem considerar a importância e uma avaliação criteriosa e periódica da resistência muscular, a fim de realizar um trabalho efetivo no controle motor do atleta (GANDEVIA, 1998). Algumas limitações do estudo devem ser consideradas, tais como a diferença de domínios musculares avaliados no teste clínico e no teste com o dinamômetro manual. Segundo Corvino et al., 2009, os valores encontrados em testes isométricos e dinâmicos são dependentes do tipo de contração utilizada. Sendo assim, o dinamômetro manual mensura a contração muscular isométrica máxima (HAMMIL et al., 1999), enquanto o teste clínico mensura contração muscular dinâmica. Outras limitações a serem consideradas são o tipo de incentivo verbal e motivação durante a execução dos testes (WANG et al., 2002). Além disso, o teste com o dinamômetro manual envolve toda a musculatura abdutora do quadril, sendo glúteo médio, glúteo mínimo, tensor da fáscia lata, piriforme e sartório (NEUMANN, 2006), como foi demonstrado por Widler et al., 2009 através de estudo eletromiográfico. Em contrapartida, durante o teste clínico foi priorizado a avaliação do glúteo médio, mantendo o MI testado em extensão de quadril. Portanto, o teste clínico desenvolvido no presente estudo possui informações complementares às do teste com o dinamômetro manual, sendo de grande importância a avaliação da função muscular em todos os seus domínios. O valgismo dinâmico é caraterizado por adução e rotação medial do quadril (BALDON, 2010), por isso é importante a ação excêntrica do glúteo médio, como rotador lateral (NEUMANN, 2006), para controlar este movimento. Esta alteração pode ser provocada pelo desequilíbrio entre o glúteo médio e os outros abdutores do quadril, como o tensor da fáscia lata, que apresenta como ação a rotação medial (NEUMANN, 2006). Neste sentido, o teste clínico desenvolvido por este estudo é uma ferramenta útil para avaliar de forma isolada a função muscular do glúteo médio. Sendo assim, a identificação de alterações da função muscular do glúteo médio pode contribuir para guiar a tomada de decisão na indicação do fortalecimento do glúteo médio, visando reduzir os fatores de risco e auxiliar no tratamento das disfunções de joelho. 21 5 CONCLUSÃO A partir do presente estudo, demonstrou-se que o teste clínico de função dos abdutores do quadril proposto possui associação com o teste de força isométrica de abdutores do quadril, utilizando o dinamômetro manual. Entretanto a correlação entre ambos os testes foi de magnitude fraca, não sendo possível realizar a validação concorrente entre os dois testes. Apesar desta fraca associação, é importante avaliar e incluir a resistência muscular na avaliação fisioterapêutica, assim como no treinamento, associada ao treino de força muscular, devido à sua relevância clínica na prevenção de lesões. Neste sentido, o teste clínico desenvolvido neste estudo é uma ferramenta útil e sem custo que pode ser incluído na avaliação e reavaliação muscular do glúteo médio, permitindo assim, o acompanhamento mais efetivo do tratamento e das intervenções preventivas realizadas por fisioterapeutas. 22 REFERÊNCIAS BALDON, R. M. Função excêntrica dos músculos abdutores e rotadores laterais do quadril no controle dos movimentos do membro inferior e no rendimento funcional. São Carlos, 2010. BARBOSA, B. T. C.; CARVALHO, A. M. Incidência de lesões traumato-ortopédicas na equipe do Ipatinga Futebol Clube – MG. Revista Digital de Educação Física Movimentum, 2008. BITTENCOURT, N. F. N. Fatorespreditores para o aumento do valgismo dinâmico do joelho em atletas. Belo Horizonte, 2010. BITTENCOURT, N. F. N. et al. Foot and Hip Contributions to High Frontal Plane Knee Projection Angle in Athletes: A Classification and Regression Tree Approach. Journal of orthopaedic & sports physical therapy, v. 42, n. 12, dez. 2012. BRASHEAR, A.; ZAFONTE, R.; CORCORAN, M. Inter- and intrarater reliability of the Ashworth Scale and the Disability Assessment Scale in patients with upper-limb poststroke spasticity. Arch Phys Med Rehabil, 83, 2002. CORVINO, R. B. et al. Taxa de Desenvolvimento de Força em Diferentes Velocidades de Contrações Musculares. Rev Bras Med Esporte, v. 15, n. 6, nov./dez. 2009. CYRINO, E. S. et al. Comparison between two motor tests used for muscular strength/endurance analysis in young women. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, 2013. DANTAS, E. H. M. Fitness: a ecologia do corpo. Tese – (Concurso à Professor Titular) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1994. FERBER, R., DAVIS, I. M., WILLIAMS, D. S. Gender differences in lower extremity mechanics during runnig. Clin Biomech, 2003. FRECKLETON, G.; COOK, J.; PIZZARI,T. The predictive validity of a single leg bridge test for hamstring injuries in Australian Rules Football Players. British Journal of Sports Medicine, 2013. GANDEVIA, S.C. Neural control in human muscle fatigue: changes in muscle afferents, motoneurones and motor cortical drive. Acta Physiol Scand, 1998. 23 GEFEN, A. et al. Analysis of muscular fatigue and foot stability during high-heeled gait. Gait Posture, 2002. GONÇALVES, M.; BARBOSA, F. S. S. Análise de parâmetros de força e resistência dos músculos eretores da espinha lombar durante a realização de um exercício isométrico em diferentes níveis de esforço. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 11, n. 2, mar./abr. 2005. HAMMIL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. Manole, São Paulo, 1999. HAWKINS, R. D.; FULLER, C. W. A prospective epidemiological study of injuries in four English professional football clubs. Br. J. Sports Med., v. 33, p. 196-203, 1999. HAWKINS, R. D. et al. The association football medical research programme: an audit of injuries in professional football. Br. J. Sports Med., v. 35, p. 43-47, 2001. HEWETT, T. E. et al. Biomechanical Measures of Neuromuscular Control and Valgus Loading of the Knee Predict Anterior Cruciate Ligament Injury Risk in Female Athletes: a Prospective Study. American Journal of Sports Medicine, v. 33, p. 492- 501, 2005. IRELAND, M. L. et al. Core stability measures as risk factors for lower extremity injury in athletes. Med Sci Sports Exer, 2004. JARAMILLO, J.; WORRELL, T. W.; INGERSOLL, C. D. Hip Isometric Strength Following Knee Surgery. Journal of Orthopedic and Sports Physical Therapy, 1994. KARAVIRTA, L. et al. Individual Responses to Combined Endurance and Strength Training in Older Adults. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 43, n. 3, mar. 2011. LEE, H.M. et al. Evaluation of shoulder proprioception following muscle fatigue. Clin Biomech, Bristol, Avon, 2003. MAIA, M. S. et al. Associação do valgo dinâmico do joelho no teste de descida de degrau com a amplitude de rotação medial do quadril. Rev Bras Med Esporte, São Paulo, v. 18, n. 3, 2012. 24 MCLEAN, S. G. et al. Impact of Fatigue on Gender-Based High-Risk Landing Strategies. The American College of Sports Medicine, 2007. NAKAGAWA T. H. et al. Trunk, Pélvis, Hip and Knne Kinematics, Hip Strength, and Gluteal Muscle Activation During a Single-Leg Squat in Males and Females With and Without Patellofemoral Pain Syndrome. Journal of Orthopedic and Sports Physical Therapy, 2012. NEUMANN, D. A. Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético: fundamentos para a Reabilitação Física. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. NEUMANN, D. A. Kinesiology of the Hip: A Focus on Muscular Actions. Journal of Orthopedic and Sports Physical Therapy, 2010. PAULO, A. C. et al. Influência do nível de força máxima na produção e manutenção da potência muscular. Rev Bras Med Esporte, v. 16, n. 6, nov./dez. 2010. PEREIRA, M. I. R.; GOMES, P. S. C. Testes de força e resistência muscular: confiabilidade e predição de uma repetição máxima - Revisão e novas evidências. Rev Bras Med Esporte, v. 9, n. 5, set./out. 2003. PORTNEY, L. G.; WATKINS, M. P. Foundations of clinical research: application to practice. New Jersey: Prentice Hall Health, 2000. STARK, T. et al. Hand-held Dynamometry Correlation With the Gold Standard Isokinetic Dynamometry: A Systematic Review. American Academy of Physical Medicine and Rehabilitation, v. 3, p. 472-479, maio 2011. TAUTON, J.E. et al. A restropective case-control analysis of 2002 running injuries. Br J Sports Med., 2002. WANG, C. Y.; OLSON, S. L.; PROTAS, E. J. Test-retest strength reliability: hand- held dynamometry in community-dwelling elderly fallers. Arch Phys Med Rehabil, 83, 2002. WIDLER, K. et al. Assessment of Hip Abductor Muscle Strength. A Validity and Reliability Study. J Bone Joint Surg Am., 2009. 25 ANEXO 1 – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA DA UFMG 26 ANEXO 2 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Terminologia obrigatória em atendimento a resolução 196/96 - CNS-MS) Pesquisadora: Natalia Franco Netto Bittencourt Orientador: Prof.Dr. Sérgio Teixeira da Fonseca Você está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa intitulado “AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA LESÕES MÚSCULO- ESQUELÉTICAS EM ATLETAS”, da aluna Natalia Franco Netto Bittencourt, para a tese de Doutorado do programa de pós- graduação em Ciências da Reabilitação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob orientação do Prof. Dr. Sérgio Teixeira da Fonseca. É necessário que você leia atentamente este termo antes de autorizar sua participação nesse estudo. Caso concorde em participar da pesquisa, a coleta dos dados será realizada no Laboratório de Prevenção e Reabilitação de Lesões Esportivas (LAPREV) do CENESP localizado na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG ou no centro de treinamento da equipe esportiva. Você será medido(a), pesado(a), e realizará os testes do agachamento, alinhamento do pé, flexibilidade dos músculos da perna e força do músculos do quadril e joelho. Teste do agachamento e ponte: serão fixados no seu corpo 8 marcadores reflexivos, utilizando micropore. Após a marcação você irá realizar 3 agachamentos com cada perna. Em seguida você realizara o teste da ponte. Deitado de barriga para cima, você irá elevar o quadril e depois esticar um dos joelho. Esses movimentos serão filmados para análise posterior com um software. Devido ao posicionamento da câmera seu rosto não será filmado, permitindo a identificação apenas por número. Teste da força dos músculos do quadril: deitado de barriga para baixo sobre uma maca, você irá fazer força no sentido de rodar externamente seu quadril por 5 segundos com intervalo de 15 segundos entre três contrações ou até sentir desconforto e quiser interromper o teste. Avaliação do alinhamento do pé: deitado de barriga para baixo sobre uma maca, com os pés posicionados para fora dela, você irá sustentar seu tornozelo até 90º de flexão para o pesquisador fazer três fotografias do alinhamento do seu pé. O procedimento será repetido com o outro pé. As fotos serão analisadas posteriormente com o software Simi Motion. Flexibilidade dos músculos isquissurais e retofemoral: você será posicionado de barriga para cima, irá relaxar a perna para o examinador medir com um dispositivo o ângulo do joelho. Em seguida, você deverá deitar no extremo da maca e abraçar uma perna, para então o examinar mensurar o ângulo do joelho da outra perna. Os riscos são mínimos. Você pode apenas sentir cansaço oudores fatigantes nas pernas e ombros durante o teste de força muscular e agachamento. Não serão utilizados materiais pérfuro-cortantes como seringas ou agulhas. Os resultados desse estudo poderão contribuir na prática clínica de fisioterapeutas, possibilitando aos profissionais a comparação de medidas, podendo avaliar e monitorar progressos de tratamentos. 27 Sua participação é voluntária e não lhe trará nenhum gasto financeiro, nem lhe será paga nenhuma remuneração. Você poderá interromper a sua participação a qualquer momento, durante a coleta de dados, sem qualquer penalização ou prejuízo. Sua identidade não será revelada em momento algum. Somente as pesquisadoras e o orientador envolvido terão acesso a seus dados, que serão apenas para fins de pesquisa. Declaro que li e entendi as informações contidas acima e que todas as dúvidas foram esclarecidas. Este formulário está sendo assinado voluntariamente por mim, indicando meu consentimento em participar do estudo. Belo Horizonte, _______de __________________de 20____. ___________________________ _________________________ Assinatura do voluntário Assinatura do pesquisador Pesquisadores responsáveis: Natalia F.N.Bittencourt Tel: 87882630 natalia@minastc.com.br Luciana De Michelis Tel: 3309-2330 lucianademichelis@yahoo.com.br Sérgio Teixeira da Fonseca Tel: 3409- 4782 sfonseca@pib.com.br Av. Antônio Carlos, 6627 - EEFFTO/UFMG Belo Horizonte/ MG - CEP 31270-901 Comitê de Ética em Pesquisa Av. Antônio Carlos, 6627 - Campus Pampulha Unidade Administrativa II – 2º andar – sala: 2005 Belo Horizonte – CEP: 31270-901 Tel: COEP (31) 3409- 4592 mailto:sfonseca@pib.com.br
Compartilhar