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Técnicas de Segurança | 
Introdução 
www.faculdadefocus.com.br | 1 
 
 
 
 
 
PÓS-GRADUAÇÃO EM 
SEGURANÇA PÚBLICA 
 
DISCIPLINA 
Técnicas de Segurança 
Prof. Marcelo Adriano Ferreira 
Técnicas de Segurança | 
Introdução 
www.faculdadefocus.com.br | 2 
A Faculdade Focus se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne à sua 
edição (apresentação a fim de possibilitar ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo). A 
instituição, nem os autores, assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos 
ou perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra. É proibida a 
reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou 
mecânico, inclusive através de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem 
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reproduzida, divulgada ou de qualquer forma utilizada poderá requerer a apreensão 
dos exemplares reproduzidos ou a suspensão da divulgação, sem prejuízo da 
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Atualizações e erratas: este material é disponibilizado na forma como se apresenta 
na data de publicação. Atualizações são definidas a critério exclusivo da Faculdade 
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disponibilizadas na área do aluno do site www.faculdadefocus.com.br. É missão desta 
instituição oferecer ao acadêmico uma obra sem a incidência de erros técnicos ou 
disparidades de conteúdo. Caso ocorra alguma incorreção, solicitamos que, 
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http://www.faculdadefocus.com.br/
Técnicas de Segurança | 
Introdução 
www.faculdadefocus.com.br | 3 
Palavra do Diretor 
Prezado Acadêmico da Faculdade Focus! 
Aprender requer organização e disciplina. O 
estudo a distância pode ser ainda mais 
proveitoso que o presencial, desde que você 
se dedique, crie o hábito de estudo e 
mantenha uma rotina diária, com horário 
específico, em local silencioso e que garanta 
boa concentração. 
 
A liberdade de poder estudar onde e como 
quiser é, de fato, um diferencial para sair na 
frente e alcançar as suas metas. Não 
procrastine o seu sucesso, pois somente 
uma boa educação é a garantia de uma 
carreira bem-sucedida. As portas do 
mercado de trabalho estão cada vez mais 
seletivas, por isso, ter a oportunidade de se aperfeiçoar sem sair de casa é uma chance 
importante para poder alçar novos voos e vislumbrar novas posições na carreira. 
 
O modelo de ensino a distância é um recurso tecnológico que não elimina a interação. 
Muito pelo contrário. O curso possibilita a todo momento canais de comunicação com 
seus tutores estão à disposição para sanar qualquer dúvida. A sala de aula só passou 
do físico para o campo virtual. 
 
No entanto, é bom estar atento que nessa modalidade você é o protagonista, visto 
que é o aluno o principal responsável para ser seu guia na rotina de estudos. É você 
que vai definir quando e como vai estudar, por isso, assuma as rédeas e aja focado no 
seu objetivo. 
Desejo a você uma excelente jornada de aprendizagem! 
 
Ruy Wagner Astrath 
Diretor Geral da Faculdade Focus 
Técnicas de Segurança | 
Introdução 
www.faculdadefocus.com.br | 4 
Coordenador do Curso 
Olá, acadêmicos da Faculdade Focus! 
Os cursos de pós-graduação da Faculdade Focus são resultado da união entre a 
solidez acadêmica de uma das melhores Faculdades privadas do Brasil e a experiência 
de profissionais do mercado que são referência nas suas áreas de atuação. 
 
Os cursos de especialização foram 
desenvolvidos a partir das principais 
tendências e temáticas da atualidade e do 
futuro, sendo que nosso modelo oferece 
alto padrão de ensino, corpo docente de 
grande relevância, plataforma intuitiva e 
materiais de apoio atrativos e diferenciados, 
aliados a um excelente custo-benefício. 
 
E mais, com a modalidade online inovadora, 
é uma excelente opção de desenvolvimento 
profissional e acadêmico, o que permite que 
aquele que não tenha tempo disponível 
possa estudar no horário e local de sua 
escolha, de forma 100% online. 
 
É uma ótima oportunidade de ensino online, em que os alunos terão aulas com 
profissionais que são referência nacional e professores renomados do meio 
acadêmico, somadas a uma experiência digital diferenciada e interação entre os 
alunos de todo o Brasil. 
 
 
Prof. Helton Kramer Lustoza 
Coordenador do Curso 
Técnicas de Segurança | 
Introdução 
www.faculdadefocus.com.br | 5 
Sumário 
Palavra do Diretor ----------------------------------------------------------------------------------------------- 3 
Coordenador do Curso ------------------------------------------------------------------------------------------ 4 
Sumário ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5 
1 Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------- 7 
2 A Sociedade e o problema da violência ------------------------------------------------------------- 8 
2.1 Sociedade ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 8 
2.2 O problema da violência --------------------------------------------------------------------------------------------- 12 
3 Principais ameaças e ataques potenciais ---------------------------------------------------------- 14 
3.1 Quais são as ameaças que podem gerar risco? ---------------------------------------------------------------- 14 
3.2 Ataques potenciais ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 15 
4 Conceitos essenciais ------------------------------------------------------------------------------------- 16 
4.1 Prevenção ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17 
4.2 Reação -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17 
4.3 Prevenção x Reação --------------------------------------------------------------------------------------------------- 19 
4.4 Quadrado do crime ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 
5 O que pode ser feito para proteção sua e de outros? ------------------------------------------ 21 
5.1 Você mesmo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 
5.1.1 Aprender para autoconscientização ----------------------------------------------------------------------------------------- 21 
5.1.2 Ensinar e conscientizar ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 
5.1.3 Agir para evitar o evento crítico ----------------------------------------------------------------------------------------------- 21 
5.2 Seus familiares ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 22 
5.2.1 Conscientizarem-se e aprenderem ------------------------------------------------------------------------------------------- 22 
5.2.2 Agirem conforme as orientações --------------------------------------------------------------------------------------------- 23 
6 Princípiosbásicos da segurança ---------------------------------------------------------------------- 24 
6.1 Insubstituibilidade da vida ------------------------------------------------------------------------------------------ 24 
6.2 Conscientização -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 24 
6.3 Simplicidade ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 24 
6.4 Preponderância da vida sobre o patrimônio ------------------------------------------------------------------- 25 
6.5 Evitar o risco ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 
6.6 Antecipação – evitar a surpresa ----------------------------------------------------------------------------------- 25 
6.7 Predefinição de condutas -------------------------------------------------------------------------------------------- 25 
6.8 Dissuasão pela imagem ---------------------------------------------------------------------------------------------- 26 
6.9 Subsidiariedade da reação: ----------------------------------------------------------------------------------------- 26 
Técnicas de Segurança | 
Introdução 
www.faculdadefocus.com.br | 6 
6.10 Tecnologia aliada: ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 27 
6.11 Sinergia da coletividade ---------------------------------------------------------------------------------------------- 27 
7 Ações contra-ataques à integridade física e ao patrimônio: --------------------------------- 31 
7.1 Abordagem ao chegar em casa ------------------------------------------------------------------------------------- 31 
7.2 Entrando na garagem/estacionamento -------------------------------------------------------------------------- 32 
7.3 Medidas reativas ao ser abordado -------------------------------------------------------------------------------- 35 
8 Segurança fora da residência. ------------------------------------------------------------------------ 36 
8.1 Local para ocorrência de crime ------------------------------------------------------------------------------------- 36 
8.2 Escolhendo a vítima --------------------------------------------------------------------------------------------------- 37 
8.3 Princípios básico -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 37 
8.4 Estacionamentos com acesso --------------------------------------------------------------------------------------- 37 
8.5 Dirigindo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 38 
8.6 Andando a pé ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 39 
9 Combate armado ----------------------------------------------------------------------------------------- 40 
9.1 Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 40 
9.2 Estatísticas do combate ---------------------------------------------------------------------------------------------- 44 
9.3 Fisiologia do combate armado ------------------------------------------------------------------------------------- 45 
9.4 Janela de oportunidade ---------------------------------------------------------------------------------------------- 47 
9.5 Hábitos salutares ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 48 
 
 
Técnicas de Segurança | 
Introdução 
www.faculdadefocus.com.br | 7 
1 Introdução 
“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, 
mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.” 
Albert Einstein 
 
Viver é um ambiente seguro e o anseio de qualquer pessoa, porém os riscos existem 
e ameaçam a nós e aos nossos. Se desejamos a segurança, devemos agir. 
 
Segundo o art. 144, segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade 
de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
✓ Polícia Federal; 
✓ Polícia Rodoviária Federal; 
✓ Polícia ferroviária federal; 
✓ Polícias civis; 
✓ Polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
✓ Polícias penais federal, estaduais e distrital. 
 
Como fica claro no texto constitucional, a segurança pública é, além de direito, 
responsabilidade de todos. O cidadão não deve ser somente um mero expectador, 
esperando tudo das instituições policiais. Ele deve contribuir ativamente para 
construção e manutenção da segurança, pois ela é um dos pilares que sustenta nossa 
sociedade. 
 
Técnicas de Segurança | 
A Sociedade e o problema da violência 
www.faculdadefocus.com.br | 8 
2 A Sociedade e o problema da violência 
2.1 Sociedade 
Antes de entendermos as técnicas relacionadas à segurança, é importante entender o 
papel do cidadão no contexto social para que possamos nos conscientizar sobre a 
necessidade de zelar pela segurança de todos 
 
Segundo o Dicionário Aurélio, sociedade é: 
1) Agrupamento de seres que vivem em Estado gregário. 
2) Grupo de indivíduos que vivem por vontade própria sob normas comuns: 
comunidade. 
3) Grupo de pessoas que, submetidas a um regulamento, exercem 
atividades comuns ou defendem interesses comuns; grêmio, associação, 
agremiação. 
4) Meio humano em que o indivíduo está integrado. 
 
Ainda, segundo o sociólogo Pérsio Santos de Oliveira, sociedade é a “coletividade 
organizada e estável de pessoas que ocupam um mesmo território, falam a mesma 
língua, compartilham a mesma cultura, são geridas por instituições políticas e sociais 
aceitas de forma consensual e desenvolvem atividades produtivas e culturais voltadas 
para a manutenção da estrutura que sustenta o todo social. A sociedade apresenta-se 
geralmente dividida em classes sociais ou em camadas sociais nem sempre 
harmônicas. Entretanto, mesmo quando há oposição e conflito entre essas classes ou 
camadas, verifica-se também complementaridade entre elas, e é essa 
complementaridade que mantém de pé a sociedade como um todo”1. 
 
Neste sentido, ao se analisar os conceitos de sociedade e os motivos pelos quais as 
pessoas decidem viver “juntas”, constata-se que a vida em comum é praticamente 
uma pré-condição para a sobrevivência da espécie humana, ao menos como a 
conhecemos, isso em função da fragilidade do ser humano em relação a outras 
 
1. OLIVEIRA, Pérsio Santos de Oliveira. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2002. 
Técnicas de Segurança | 
A Sociedade e o problema da violência 
www.faculdadefocus.com.br | 9 
criaturas, condições climáticas, etc. Diante do exposto, depreende-se que é a partir da 
necessidade de interação que as pessoas se agrupam e passam a viver em 
coletividade. 
 
Contudo, em função da tendência humana à dominação, sempre foi necessário o 
estabelecimento de regras para que a convivência comum fosse duradoura e pacífica, 
ou, do contrário, aqueles que tinham maior força ou detinham algum meio que os 
colocassem em condições vantajosas passavam a subjugar os demais integrantes 
segundo a sua vontade, o que, normalmente, ainda hoje, leva à tirania. Essas regras 
também foram fundamentais para que houvesse um mínimo de organização, e o fato 
de seus integrantes as aceitarem como legítimas obrigava-os a se submeterem a elas, 
fazendo com que abrissem mão de certa parcela de sua liberdade em prol dos 
benefícios de serem integrantes daquele grupo. A partir de então, o indivíduo não 
poderia mais fazer o que quisesse, pois havia um conjunto de regras a respeitar, tal 
como o direito de propriedade do outro, por exemplo, o que garantiria o seu próprio 
direito à propriedade. 
 
Mas quais eram esses benefícios?Dentre tantos, pode-se exemplificar: 
1) Segurança 
O ser humano é um dos seres mais frágeis da natureza, não dispondo de arsenal 
natural para sua proteção. Sua inteligência e capacidade de atuar em grupo 
permitiram que sobrevivesse nos ambientes mais desfavoráveis, uma vez que havia 
defesa comum e auxílio recíproco contra as ameaças como predadores, intempéries, 
grupos rivais, etc. 
 
2) Alimentação 
Agindo conjuntamente, o sucesso nas caçadas, a coleta e o plantio eram mais 
relevantes, propiciando aos integrantes do grupo uma parcela muito maior do que 
conseguiriam individualmente. 
 
Técnicas de Segurança | 
A Sociedade e o problema da violência 
www.faculdadefocus.com.br | 10 
Diante de condições mais favoráveis, propiciadas pela vida em comum, as 
comunidades passaram a desenvolver-se, crescendo também a complexidade das 
relações, fazendo com que surgissem cada vez mais necessidades coletivas, 
principalmente em virtude da sofisticação da vida social. Porém, como não é possível 
atender às necessidades de todos os integrantes individualmente considerados, esse 
agrupamento passa a eleger quais são as necessidades mais importantes para a 
coletividade, as chamadas NECESSIDADES PÚBLICAS. 
 
O crescimento e a complexidade da comunidade se elevam tanto que passa a ser 
necessário estabelecer os responsáveis pelas atividades essenciais ao convívio comum, 
criando uma divisão clara do trabalho, o que, por sua vez, acaba por propiciar o 
surgimento de um corpo de especialistas, demandando coordenação e controle, 
normalmente atribuída a uma pessoa que exerce o papel de liderança, que 
desempenha a direção, decidindo os “caminhos” a serem trilhados. 
 
A este “líder”, juntamente com sua classe de especialistas, é atribuída também a 
responsabilidade de elaborar e aprovar novas regras de convívio e ainda julgar os 
casos concretos de aplicação dessas regras, normalmente em conflitos envolvendo 
membros do grupo. 
 
A partir do momento que este grupo passa a crescer de forma contínua e organizada, 
como um crescimento propiciado pela organização social, passa a ser uma 
necessidade ter um território definido como algo necessário à sobrevivência, afinal, 
quanto maior o grupo, maior a dificuldade de locomoção e maior a necessidade de 
se obter fontes perenes e regulares de recursos essenciais à sobrevivência, como água 
e alimentos. Os grupos, nesse momento, deixam de ser nômades e passam a viver em 
territórios que propiciem esses recursos. 
 
1) Estado 
A estrutura social cada vez mais complexa e a necessidade de se defender o território 
e seus recursos passam a demandar também uma estrutura maior, em que existam 
pessoas especialistas e exclusivamente dedicadas às tarefas de interesse comum, 
demandando recursos que devem surgir, ao menos em parte, da própria comunidade, 
Técnicas de Segurança | 
A Sociedade e o problema da violência 
www.faculdadefocus.com.br | 11 
afinal é ela que se beneficiará da atuação desta estrutura. Serve de exemplo o soldado 
que se dispõe a defender a comunidade em tempo integral. Esse soldado, como 
qualquer pessoa, precisará de recursos para prover a si e sua família. Se ele trabalha 
integramente na defesa de todos, é natural que todos passem a dispor de parte de 
seus recursos para que este possa satisfazer suas necessidades e de seus familiares. 
 
Com o fim de agregar tudo que se relacione ao que é relevante ao convívio comum, 
otimizando ações e recursos, surge o Estado, uma pessoa ficta (jurídica) que passa a 
“pairar” sobre todos os que se sujeitarem a suas regras e que, consequentemente, 
gozem também dos benefícios de ser parte dele. 
 
Assim, o Estado é uma estrutura complexa que surge com o fim de garantir o bem 
comum, responsável por suprir as necessidades públicas, e que, para se manter, 
demanda recursos dos mais diversos. Esses recursos, devem ser disponibilizados, via 
de regra, pela própria comunidade, servindo para viabilizar os serviços públicos 
definidos como responsabilidade do Estado. 
 
Modernamente, pode-se entender o Estado como uma instituição organizada política, 
social e juridicamente, ocupando um território definido e dirigido por um governo 
que possui soberania reconhecida tanto interna quanto externamente. Ele é 
responsável pela organização e pelo controle social, pois detém, segundo Max Weber, 
o monopólio legítimo do uso da força (coerção, especialmente a legal) sendo, por isso, 
o guardião da ordem social. O Estado surge como resultado de um processo histórico 
formado por basicamente três elementos: povo; território e soberania (alguns autores 
incluem o elemento finalidade). 
 
Analisando a formação do indivíduo, identifica-se que a sociedade é um fator de suma 
importância para sua formação. Do ponto de vista sociológico, todo homem tem 
necessidade de viver em uma sociedade, pois ela vai impor os limites, deveres e fazer 
com que ele adquira noção do que é o mundo em que vive. A sociedade tem seus 
estereótipos, nesta situação o homem põe em prática seu livre arbítrio, porque cada 
um pensa de uma forma diferente do outro. O processo de socialização serve para o 
homem criar seus valores, crenças, culturas e um senso crítico. 
Técnicas de Segurança | 
A Sociedade e o problema da violência 
www.faculdadefocus.com.br | 12 
A vida em uma sociedade remete à cidadania que está relacionada à construção dos 
valores em uma perspectiva humanista (quando se refere aos direitos humanos) e 
positivista de proteção sobre questões que não são tocadas no Brasil. 
 
Diante do exposto, tudo aquilo que possa vir a trazer riscos à sociedade deve ser 
analisado e combatido. 
 
2.2 O problema da violência 
A violência constitui uma das maiores questões de políticas públicas no Brasil. A 
superação do problema requer a produção de análises e diagnósticos balizados em 
evidências empíricas, a fim de que se possa propor ações preventivas efetivas. 
 
De acordo com pesquisas do IBGE, quase metade da população brasileira se sente 
insegura com relação à violência dentro de suas próprias cidades. O crescimento 
constante da criminalidade leva as pessoas a buscarem alternativas de se protegerem 
e aos seus bens. 
 
Em 2019 foram 57.956 homicídios. Taxa de 27.8 por 100 mil habitantes. Desses, 30.873 
eram jovens. 
 
Segundo relatório apresentado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil 
teve em 2016 a média de um furto ou assalto de veículo por minuto. 
Diante do que vimos, nos resta nos proteger e tentar proteger nossos familiares. 
A pergunta é: quanto vale uma vida? 
Quanto vale a vida de um filho? 
Parece uma pergunta muito óbvia, mas, apesar dessa obviedade, nós não agimos de 
forma condizente com o valor que a vida de nossos entes queridos tem para nós. Isso 
porque medidas simples podem minimizar muito o risco e evitar tragédias, mas as 
pessoas negligenciam. 
Técnicas de Segurança | 
A Sociedade e o problema da violência 
www.faculdadefocus.com.br | 13 
A violência é uma grande ameaça social e deve ser combatida por todos. 
 
Técnicas de Segurança | 
Principais ameaças e ataques potenciais 
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3 Principais ameaças e ataques potenciais 
3.1 Quais são as ameaças que podem gerar risco? 
São de diversos tipos, das quais podemos classificar segundo os seguintes critérios: 
2) Quanto ao agente 
✓ Pessoais; 
✓ Naturais. 
 
3) Quanto ao dano 
✓ Danos patrimoniais; 
✓ Danos morais; 
✓ Danos psicológicos; 
✓ Danos sexuais; 
✓ Danos contra integridade física; 
✓ Morte. 
 
4) Quanto à intencionalidade 
✓ Dolosa; 
✓ Não dolosa. 
 
5) Quanto à forma de atuação 
✓ Física/presencial; 
✓ Online; 
✓ Mista (online/presencial). 
 
6) Quanto à possibilidade de prevenção: 
Técnicas de Segurança | 
Principais ameaças e ataques potenciais 
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✓ Ameaças que podem ser prevenidas; 
✓ Ameaças que não podem ser prevenidas. 
 
7)Quanto à possibilidade defesa/reação: 
✓ Ameaças contra as quais não há defesa/reação; 
✓ Ameaças contra as quais há defesa/reação. 
 
3.2 Ataques potenciais 
Vejamos quais riscos existem hoje que podem ameaçar a integridade física e mental 
das pessoas 
1. Físicos 
1.1. Motivações: 
✓ Patrimonial; 
✓ Sexual; 
✓ Vingança; 
✓ Desentendimentos; 
✓ Patologia mental; 
✓ Outros. 
1.2. Resultado: 
✓ Morte; 
✓ Lesões corporais; 
✓ Traumas emocionais/psicológicos; 
✓ Prejuízos patrimoniais; 
✓ Sofrimento; 
✓ Desestruturação familiar. 
 
Técnicas de Segurança | 
Conceitos essenciais 
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A maioria são irreversíveis. 
2. Virtuais 
2.1. Motivação 
✓ Patrimonial; 
✓ Sexual; 
✓ Vingança; 
✓ Desentendimentos; 
✓ Patologia mental; 
✓ Outros. 
2.2. Resultado: 
✓ Morte; 
✓ Lesões corporais; 
✓ Traumas emocionais/psicológicos; 
✓ Prejuízos patrimoniais; 
✓ Sofrimento; 
✓ Desestruturação familiar. 
A maioria desses danos são irreversíveis. 
 
4 Conceitos essenciais 
Efeitos negativos dos filmes de ação 
Os filmes de ação trazem uma percepção muito errada sobre a realidade, gerando 
impressões que não são verdadeiras: 
1) Combater é fácil; 
2) Resultados previsíveis (as coisas nunca podem dar errado para o mocinho); 
3) Nunca há consequência; 
 
Técnicas de Segurança | 
Conceitos essenciais 
www.faculdadefocus.com.br | 17 
Realidade: 
1) Combater não é fácil; 
2) Resultados imprevisíveis (as coisas podem dar errado para o mocinho); 
3) Em regra, há consequência. 
 
4.1 Prevenção 
Conjunto de medidas ou preparação antecipada de (algo) que visa prevenir (um mal). 
 
A prevenção deve ser a regra, pois evitar uma situação de risco é infinitamente mais 
seguro que enfrentá-la. Com medidas, ações e comportamentos simples se reduz em 
até 95% os riscos. 
 
4.2 Reação 
Comportamento de um ser vivo manifestado em presença de um estímulo; 
Ação ou efeito de reagir, de responder uma ação com outra contrária, em regra uma 
ação que gere risco. 
A reação será subsidiária. 
 
Princípios da reação 
1) Decisão: 
✓ Toda decisão deve ter um objetivo que leve em conta a sua vida; 
✓ A maioria das pessoas não está habituada às emergências violentas; 
✓ Quando estamos em risco eminente, a vida passa a depender da correta seleção 
do curso de ações a serem realizadas e da capacidade de efetivamente pôr em 
prática essas ações sem hesitação nem desvio; 
✓ Não se pode ficar conjecturando; 
✓ Não se pode perder tempo; 
Técnicas de Segurança | 
Conceitos essenciais 
www.faculdadefocus.com.br | 18 
✓ Deve-se decidir por agir, agir da melhor maneira e o mais rápido possível. 
 
Como definir o curso das ações? 
1) Essa decisão tem que ser prévia e deve ser exercitada perguntando-se: “o que 
eu faria se...” 
2) Diante do acontecimento do fato conjecturado: decida e aja! 
 
 
Havendo espaço para ponderações, lembre-se: só se justifica matar alguém se você 
realmente acreditar que existe um risco atual ou imediato à vida. 
 
2) Frieza: 
✓ A frieza é fundamental para tomar as decisões mais acertadas (utilizar 
corretamente as armas disponíveis, momento de disparar, etc.; 
 
3) Velocidade: 
✓ Essência absoluta de qualquer forma de reação; 
“Posso perder uma batalha, mas nunca perco um minuto!” (Napoleão Bonaparte) 
✓ Se armado, havendo ameaça de disparo, atire primeiro; 
Se armado e se já houve um disparo, dispare antes que ele atire novamente. 
 
4) Precisão: 
✓ Precisão é essencial, mas, em regra, atirar primeiro é mais importante, mesmo 
que seja sem fazer a visada; 
✓ Treinamento deve ser dinâmico; 
Técnicas de Segurança | 
Conceitos essenciais 
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✓ Tiro e tática são coisas distintas. 
 
5) Surpresa 
✓ Fazer o que o oponente menos espera com rapidez, agressividade e precisão; 
✓ Coisas inesperadas podem gerar janelas de oportunidade. 
 
6) Agressividade (se for uma reação usando violência contra o agressor). 
✓ Areação tem que visar a incapacitação ou janela de oportunidade; 
✓ Faça surgir agressividade em você; 
✓ A reposta deve ser de raiva e não de medo; 
✓ Não havendo opções válidas, diante da agressão: “a melhor defesa é um contra-
ataque explosivo” (José Roberto Romeiro Abrahão); 
✓ Se vai agir, seja o mais agressivo e intenso possível; 
✓ Se houver o elemento surpresa na reação, as chances de sucesso aumentam e 
muito. 
✓ Uma coisa é reagir, outra é não cooperar com o agressor; 
✓ Qualquer coisa pode ser arma; 
Uma arma bem utilizada eleva a agressividade. Porém, para utilizar bem uma arma é 
necessário treinamento e um bom equipamento. 
 
4.3 Prevenção x Reação 
Diante do que se viu acima, chega-se à conclusão que o combate tem que ser a última 
opção. Prevenção e reação são ações que se complementam. Quando a prevenção 
não abrange ou não resolve, nos resta reagir. 
Isso quer dizer que, em regra, a reação é subsidiária em relação à prevenção. 
 
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Conceitos essenciais 
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4.4 Quadrado do crime 
A moderna criminologia lista fatores que acabam por contribuir para ocorrência de 
um crime. É importante conhecê-los para, sendo possível, evitar que aconteçam, 
reduzindo a possibilidade da ocorrência de uma infração penal. 
 
A submissão/capitulação/cooperação como estratégia 
✓ Fingir-se estar à completa mercê do inimigo durante um tempo – até poder dar 
o bote fatal contra ele. 
✓ Estupidez tentar sacar uma arma, ainda oculta, contra um inimigo que já 
empunha a sua em nossa direção 
 
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O que pode ser feito para proteção sua e de outros? 
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5 O que pode ser feito para proteção sua e de outros? 
5.1 Você mesmo 
5.1.1 Aprender para autoconscientização 
Entender o processo que leva à segurança é essencial para que se possa agir 
corretamente nas situações que envolve risco. É importante entender que não há 
orientação ou ensinamento que vá prever todas as possíveis situações que possam 
surgir, pois são inúmeras variáveis. 
 Apreendendo o processo você poderá adaptar o aprendizado para sua realidade. 
 
5.1.2 Ensinar e conscientizar 
Essa é a principal ação que você pode fazer em prol da sociedade e da sua família, 
isso porque você não estará presente em todos os lugares ao mesmo tempo para 
protegê-los. Então, de nada adianta andar armado, por exemplo, porque você não 
estará o tempo inteiro ao lado deles. 
 
Assim, conscientizá-los, ensiná-los sobre prevenção e prepará-los para eventos 
críticos é a melhor coisa que você pode fazer para protegê-los. 
 
5.1.3 Agir para evitar o evento crítico 
É essencial que você aplique as medidas preventivas para evitar os riscos. 
 
5.1.3.1 Implementar equipamentos e promover pequenas mudanças em sua 
residência; 
1) Equipamentos: 
Com o avanço da tecnologia, ficou muito simples e barata a instalação de 
equipamentos que melhoram em muito a segurança, tanto em medidas preventivas 
quanto reativas. 
 
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O que pode ser feito para proteção sua e de outros? 
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Exemplo disso é botão do pânico em um veículo com mensagem automática de 
socorro e o rastreamento via satélite. 
 
Se seu filho fosse sequestrado, por exemplo, você saberia imediatamente e, além 
disso, saberia a localização em tempo real. 
 
Se levarem somente o carro, além de saber a localização em tempo real, você pode, 
inclusive, bloquear o veículo. 
 
Outro exemplo são travas de portas e janelas, algumas contendo alarmes. Além de 
dificultarem a abertura, ainda emitem alarmes sonoros sobre uma invasão e podem 
também, dependendo do equipamento, informar por mensagem ou alerta por celular. 
 
2) Mudanças estruturais 
Cada caso é um caso, mas, em regra, pequenas mudanças na residência podem 
melhorar muito a segurança. Serve de exemplo a abertura de pequenas “passagens” 
no portão para visualização e passagem deencomendas sem que haja a necessidade 
de abri-lo. 
 
5.1.3.2 Agir para combater o agressor 
Falhando a prevenção, o risco passa a ser iminente. Nesse caso, diante de um risco 
gerado, você pode ter que agir para proteger, intervindo no evento crítico. 
 
5.2 Seus familiares 
5.2.1 Conscientizarem-se e aprenderem 
A conscientização e o aprendizado sobre os riscos é, sem dúvida, o melhor caminho 
para que seus familiares tenham atitudes que venham a melhorar a segurança. É 
importante fazê-los entender dois pontos: 
1) Você não poderá protegê-los o tempo inteiro; 
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O que pode ser feito para proteção sua e de outros? 
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2) As ações deles podem gerar risco não somente para eles, mas também para 
todos. 
 
5.2.2 Agirem conforme as orientações 
Saber reagir é essencial para sair com o mínimo da danos possíveis de um evento 
crítico. 
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Princípios básicos da segurança 
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6 Princípios básicos da segurança 
6.1 Insubstituibilidade da vida 
A vida é uma só e muito preciosa, não vale a pena arriscar 
A perda de uma vida ou traumas psicológicos gerados em situações de risco (estupro, 
sequestro, uma arma apontada por um meliante) são irreversíveis e podem destruir 
uma família para sempre. O assassinato de um ente querido ou um estupro, por 
exemplo, trazem consequências que serão sentidas por todos pelo resto da vida. 
Portanto, esse bem (vida saudável) deve ser tratado com o devido valor. 
 
Em 2019 foram 57.956 homicídios. Taxa de 27.8 por 100 mil habitantes. Desses, 30.873 
eram jovens. 
 
6.2 Conscientização 
Você não estará com as pessoas o tempo todo, então elas terão que agir 
espontaneamente. Não adianta impor. Para que isso ocorra, eles devem ter 
consciência da importância e cabe a você conscientizá-las. 
Pontos que podem ser abordados: 
1) Importância da vida deles para você e importância da sua vida para eles; 
2) Corresponsabilidade pela segurança de todos; 
3) O que está sendo pedido é algo fácil de fazer; 
4) Vale apena mudar hábitos simples para proteger nossos entes queridos. 
 
6.3 Simplicidade 
1) Hábitos e ações 
Hábitos e medidas simples salvam vidas. A proteção de sua família não depende de 
algo mirabolante e complexo, difícil de realizar, também não depende de abrir mão 
de viver bem. A questão é que, com hábitos simples, é possível elevar em muito o 
nível de segurança, ou seja, com pequeno esforço os riscos diminuem sensivelmente. 
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Princípios básicos da segurança 
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2) Equipamentos 
Equipamentos de baixo custo, de fácil instalação e operacionalização. 
Se puder ter uma arma, escolha a melhor que puder comprar e melhor se adeque a 
sua necessidade. 
 
3) Mudanças estruturais 
Mudanças simples e de baixo custo, em regra, que aumentam o nível de segurança. 
 
6.4 Preponderância da vida sobre o patrimônio 
Não há bem material que valha uma vida, assim, a defesa de um bem material só é 
aceita se não houver risco à vida. 
 
6.5 Evitar o risco 
Pode parecer óbvio, mas, infelizmente, não é. A regra é que as pessoas somente 
conseguem enxergar situações de risco quando as tragédias acontecem. Aí já é tarde 
demais e a situação fica irreversível. 
 
6.6 Antecipação – evitar a surpresa 
Evitar ser surpreendido é essencial para manutenção da segurança, quando um ser 
humano é surpreendido ele tende a agir de forma a potencializar o risco. 
 
6.7 Predefinição de condutas 
Quando as pessoas sabem como agir diante de determinadas circunstâncias a 
tendência é que os resultados negativos sejam menores. 
 
Além disso, ações coordenadas tendem a ter resultados melhores. É saber o que fazer 
em determinadas situações. 
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Princípios básicos da segurança 
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Atenção, não se tratam de condutas táticas militares complexas, ao contrário, coisas 
simples, mas efetivas. 
 
6.8 Dissuasão pela imagem 
Parecer ser é tão ou mais importante do que ser, isso porque o princípio básico na 
escolha da vítima é o chamado custo de oportunidade em que um meliante 
mensura recompensa X risco X esforço. Diante disso, ele pode escolher sua vítima de 
duas formas: 
1) Análise prévia; 
✓ Alta recompensa: valor alto; 
✓ Risco baixo: vítima frágil; 
✓ Baixo esforço: fácil acesso. 
 
Quando fica demonstrado claramente que para atingir o objetivo haverá alto risco e 
grande esforço, é provável que ele desista. 
 
2) Aleatoriedade: 
✓ Oportunidade; 
✓ Impossibilidade de escolha. 
 
É possível ainda que, diante de terminadas circunstâncias, a escolha da vítima seja 
aleatória, como em um arrastão ou rua escura, por exemplo. Nesses casos, em regra 
o ambiente é que é propício. 
 
6.9 Subsidiariedade da reação: 
A prevenção, quando bem-feita, pode significar uma redução de risco de até 90%. Já 
saber reagir pode significar uma redução 5% da do risco, ficando os outros 5% para a 
sorte. 
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6.10 Tecnologia aliada: 
1) Celular; 
O aparelho celular é uma ferramenta que pode ser usada em prol da segurança 
quando, por exemplo, você usa o sistema de Localização por GPS para saber a 
localização ou aplicativos de mensagens para enviar alertas de emergência. 
 
2) Equipamentos específicos 
• GPS e bloqueador de veículo; 
• Botão do pânico; 
• Câmeras residenciais; 
• Alarmes de acionamento local e a distância; 
• Iluminação inteligente. 
 
6.11 Sinergia da coletividade 
Conheça e converse com seus vizinhos, parentes e amigos. Explique das suas 
preocupações e forme um grupo para postagens somente de emergências. 
 
As mensagens enviadas em grupos de conversas têm maiores chances de serem vistas 
rapidamente. 
 
Assim, quando algum integrante receber a notificação naquele grupo, saberá que é 
algo urgente e agirá. 
 
Crie grupos de emergência. 
1. Níveis de alerta - “Código de Cores” ou “Semáforo da Violência” 
 
1) Transparente 
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É um estado de completo relaxamento, obtido, por exemplo, quando o indivíduo está 
em sono profundo, em meditação transcendental, em oração e concentração total. 
Se alguém for atacado em “Estado transparente”, não há defesa. 
É necessário estar protegido. 
 
2) Branco: 
É um estado de relaxamento consciente, sem tomar consciência do que ocorre à sua 
volta. 
✓ Celular; 
✓ Trabalho no computador ou no comando de outras máquinas estáticas que 
requeiram total atenção; 
✓ Assistindo filme; 
✓ Atividade sexual; 
✓ Comemorações. 
 
Só é aceitável em ambiente totalmente familiar e seguro com meios de ser alertados 
sobre riscos. 
Se alguém for atacado em “Estado branco”, não terá como se defender. 
 
3) Amarelo: 
É um estado de atenção relaxada, quando a pessoa está atenta num sentido geral, 
tomando consciência do que ocorre à sua volta. 
✓ Caminhando pela cidade ou dirigindo 
 
O ideal seria que as pessoas estivessem em “Estado Amarelo” a maior parte do tempo. 
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Em amarelo, é possível identificar o risco, o que permite aguçar a atenção e para uma 
transição de “amarelo” para “laranja”. Algo parecerá “estar fora do lugar” – motivo 
para que se esteja alerta. 
 
 
Se alguém for atacado em “Estado Amarelo”, terá condições de reagir. 
 
4) Laranja: 
É um estado de atenção total, quando a pessoa está ciente que está em risco. 
Situação notadamente anormal, o que pode indicar a iminência de uma agressão ou 
ataque. 
✓ Aproximação de um estranho em atitude suspeita; 
✓ Percepção de uma arma de posse de alguém em uma situação suspeita; 
✓ Barulho em casa à noite; 
✓ Atividades policiais; 
✓ Segurança privada. 
Faz com que alguém faça a transiçãode “laranja” para “vermelho”. 
 
 
Se alguém for atacado em “Estado Laranja”, estará em condições de dar a pronta 
resposta que estiver disponível. 
 
5) Vermelho: 
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É um estado de reação completa, quando a pessoa percebe que a necessidade de 
reação é iminente. 
Situação claramente perigosa, o que indica com clareza o início de um ataque violento. 
✓ Anúncio de intenção criminosa (“É um assalto!”) 
✓ Invasão de estranho em uma residência; 
✓ Ouve-se tiros; 
✓ Visão de alguém em risco, subjugado violentamente, ferido ou morto. 
Sendo alguém próximo, a reação será ser mais intensa. 
 
Se alguém for atacado em “Estado Vermelho”, certamente será capaz de reagir e se 
defender, desde que tenha meios para isso. 
 
6) Preto 
É quando a batalha pela vida está em pleno curso, é a própria batalha em andamento. 
✓ Esse é o ponto do qual não há volta, é viver ou viver. 
✓ O único objetivo é fazer o que for necessário para sobreviver. 
 
O resultado é imprevisível, mas penderá mais para a vitória se você: 
• Estava em estado de atenção; 
• Tomou medidas preventivas; 
• Tinha uma estratégia definida previamente, quando possível; 
• Reagiu da melhor maneira possível; 
• Reagiu assim que foi possível. 
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Ações contra-ataques à integridade física e ao patrimônio: 
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7 Ações contra-ataques à integridade física e ao patrimônio: 
7.1 Abordagem ao chegar em casa 
A abordagem na entrada da residência é comum por ser um facilitador pelo fato de 
se poder vencer os obstáculos com facilidade, pois a pessoa abordada abrirá as portas 
até o interior da residência. 
Essa modalidade é uma das mais perigosas porque, em regra, o bandido estará 
armado, pois é necessário um poder de coação maior para obrigar a vítima a cooperar. 
 
Medidas preventivas 
Para evitar esse tipo de situação você e seus familiares devem: 
1) Se possível, avise familiares que você está chegando e envie localização em 
tempo real; 
2) Verifique se há movimento suspeito nas proximidades do portão: 
✓ Monitoramento (você mesmo ou familiar); 
✓ Visualmente, quando estiver chegando. 
3) Busque algo suspeito: uma pessoa, um carro diferente. Desconfie daquilo que 
não é rotina, natural. Havendo movimento suspeito: 
✓ Desconfie de tudo que pareça “fora do lugar”; 
✓ Não pare (dê uma volta na quadra); 
✓ Avalie a situação; 
 
Veja que não se busca uma conduta hollywoodiana, somente mera atenção, olhando 
para os lados e tendo atenção ao que acontece. 
Caso haja alguém suspeito: 
1) Mantenha distância segura e, se possível, passe direto; 
2) Avise as pessoas que possam te ajudar de forma rápida (o ideal é enviar 
mensagem no grupo de emergência); 
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Ações contra-ataques à integridade física e ao patrimônio: 
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3) Ligue para quem estiver dentro da casa para, SEM SE EXPOR, acionar algum 
dispositivo de intimidação (iluminação, alarme); 
4) Se o risco for iminente, ligue para polícia. É melhor a polícia checar algo que 
não era nada demais, que você ou seu familiar sofrer algum tipo de violência; 
 
Caso alguém esteja lhe deixando em casa: 
1) Se houver situação de risco, tomar as precauções que acabamos de ver; 
2) Não havendo risco aparente, mesmo assim, peça para que a pessoa espere até 
que você possa entrar em segurança. 
 
Arma de fogo: se estiver portando uma arma de fogo, é necessário se preparar para 
usá-la se for necessário. 
✓ Se for possível fazer de forma velada, esta deve ser sacada e posta em pronto 
emprego. 
✓ Se não for possível fazer de forma velada, o operador deve revisar mentalmente 
o procedimento de saque e se preparar para sacar, por exemplo, eliminando 
discretamente os obstáculos entre a sua mão e a arma. 
✓ Se o nível de periculosidade for alto, NÃO HAVENDO OUTRA SAÍDA E COM 
A DEVIDA TÉCNICA, é possível, inclusive, fazer uma abordagem preventiva. 
 
7.2 Entrando na garagem/estacionamento 
Dois são os momentos de risco: 
1) Na entrada do portão (Ao parar o carro em frente ao portão e procurar o 
controle, em regra, baixando a cabeça). 
Os meliantes sabem que essa é a regra e ficam aguardando a oportunidade para 
surpreender a vítima. 
 
Como minimizar esse risco? 
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Ações contra-ataques à integridade física e ao patrimônio: 
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1) Tomar as medidas de observação preventivas que vimos ao chegar em casa, 
para ver se não há ameaças; 
2) Ter o acionamento do portão à mão para que você, praticamente, não precise 
parar. 
Para que fique sempre à mão, você pode prender o controle no quebra sol ou em 
outro lugar que ele fique fixo e de fácil acesso ao motorista. 
Uma outra forma é instalar o controle do portão no farol do carro, que aciona o portão 
com um toque na luz alta. Eu considero essa a melhor situação. 
 
Arma de fogo: se estiver portando uma arma de fogo, é necessário avaliar a 
possibilidade de uso. 
✓ Sendo surpreendido, dificilmente haverá possibilidade de reação imediata, 
então A REAÇÃO SÓ DEVE OCORRER SE HOUVER PERCEPÇÃO DE ALTO 
RISCO E SE SURGIR UMA JANELA DE OPORTUNIDADE, conceito que 
abordamos no curso tudo sobre arma. 
✓ Identificando a ameaça com a devida antecedência, é possível utilizar a arma de 
fogo para se defender. Porém, deve ficar claro que, para se ter uma boa 
possibilidade de êxito nesse tipo de situação, é necessário treinamento. 
 
Isso abordamos no curso tudo sobre armas. 
Carro blindado: se estiver em um carro blindado, NÃO ENTRE, engate marcha ré, saia 
e chame a polícia. 
2) Decidiu entrar pelo portão 
Esse é um momento também de fragilidade em que os meliantes costumam se 
aproveitar para entrar na garagem de casas e prédios usando o tempo que portão 
elétrico demora para fechar. 
A conduta é simples, assim que o carro passa, o meliante se aproveita do intervalo de 
tempo entre a passagem e o fechamento do portão. 
Esse é um momento de fragilidade porque: 
Se estiver entrando: 
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Ações contra-ataques à integridade física e ao patrimônio: 
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✓ O foco das pessoas está em estacionar, na manobra, preocupando-se, por 
exemplo, em não ralar o carro na coluna ou bater no carro do vizinho; 
✓ Tendo o foco todo a frente e na manobra, as pessoas não prestam atenção no 
portão enquanto ele fecha, momento em que os meliantes podem entrar. 
✓ Os meliantes sabem disso e aproveitam esse momento para surpreender a 
vítima ainda no carro. 
 
Como minimizar esse risco? 
✓ Tomar as medidas de observação preventivas que vimos ao chegar em casa, 
para ver se não há ameaças; 
✓ Assim que passar pelo portão, acionar imediatamente o fechamento, parar o 
carro logo que passar e observar pelos retrovisores. Fechado o portão, continua 
a manobra. 
Arma de fogo: se estiver portando uma arma de fogo, é necessário avaliar a 
possibilidade de uso. 
✓ Sendo surpreendido, dificilmente haverá possibilidade de reação imediata, 
então A REAÇÃO SÓ DEVE OCORRER SE HOUVER PERCEPÇÃO DE ALTO 
RISCO E SE SURGIR UMA JANELA DE OPORTUNIDADE, conceito que 
abordamos no curso tudo sobre arma. 
 
✓ Identificando a ameaça com a devida antecedência, é possível utilizar a arma de 
fogo para se defender. Porém, deve ficar claro que, para se ter uma boa 
possibilidade de êxito nesse tipo de situação, é necessário treinamento. 
 
Isso abordamos no curso tudo sobre armas. 
Carro blindado: se estiver em um carro blindado, NÃO ENTRE, engate marcha ré, saia 
e chame a polícia. 
Se estiver saindo: 
O morador simplesmente vai embora e deixa o portão para traz. 
Como minimizar esse risco? 
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Ações contra-ataques à integridade física e ao patrimônio: 
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Assim que passar pelo portão, acionar imediatamente o fechamento, parar o carro 
logoque passar e observar pelos retrovisores. Fechado o portão, segue o seu destino. 
 
 
Muito cuidado com portão com timer, porque as pessoas entram ou saem direto e o 
portão fica aberto por longos segundos. Essa conduta gera riscos ainda maiores. 
 
7.3 Medidas reativas ao ser abordado 
1) Princípio básico: Minimizar os riscos e danos pessoais: 
 
Vida mais importante que patrimônio. 
2) Tente manter o controle: 
✓ Evitar a surpresa; 
✓ Evitar movimentos bruscos. 
3) Se o objetivo é o patrimônio, não seja obstáculo, a não ser que você não 
se exponha: 
 
 
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Segurança fora da residência. 
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4) Reação violenta ou de fuga somente diante de duas possibilidades: 
✓ Risco iminente de morte ou grave dano físico; 
✓ Em segurança. 
5) Possibilidade de usar o carro como arma. 
 
8 Segurança fora da residência. 
8.1 Local para ocorrência de crime 
Fatores que o meliante leva em consideração para escolher um local para 
cometer crimes 
1) Acesso; 
2) Ambiente propício; 
3) Vítima em potencial; 
4) Risco de serem flagrados; 
5) Possibilidade de serem presos; 
6) Possibilidade de saída com vítima ou produto do crime. 
 
Alguns locais mais propícios para ocorrência de crimes: 
➢ Proximidade de locais movimentados (fluxo de vítimas): entrada e saída de 
“baladas”; 
➢ Locais isolados/escuros; 
➢ Onde pode haver dinheiro de “fácil acesso”: posto de combustível, farmácia; 
lanchonete, etc.; 
➢ Onde se gera uma falsa sensação de segurança: estacionamentos de 
shopping, supermercados. 
 
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Segurança fora da residência. 
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8.2 Escolhendo a vítima 
Princípio básico: 
O princípio básico de um meliante ao escolher uma vítima é denominado custo de 
oportunidade: Recompensa X Risco X Esforço. 
Com base nesse estudo, o meliante faz, em regra, uma análise prévia levando em 
consideração: 
1) Alta recompensa: valor alto; 
2) Risco baixo: vítima frágil; 
3) Baixo esforço: fácil acesso. 
 
Não havendo a possibilidade de se fazer essa análise prévia, a escolha pode ser 
aleatória levando-se em consideração: 
1) Oportunidade; 
2) Impossibilidade de escolha. 
 
8.3 Princípios básico 
➢ Poucos são os locais 100% seguros; 
➢ Mantenha o nível de atenção adequado à situação; 
➢ Se possível, evite ser uma vítima em potencial; 
1) Alta recompensa: valor alto; 
2) Risco baixo: vítima frágil; 
3) Baixo esforço: fácil acesso. 
 
8.4 Estacionamentos com acesso 
➢ O ponto crítico: próximo ao carro; 
➢ O momento crítico: entrando/saindo do carro. 
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Segurança fora da residência. 
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Condutas: 
1) Se possível, estacione o carro próximo ao fluxo de pessoas; 
2) Ao chegar e ao sair, verifique se existem suspeitos; 
3) Seja rápido, fique dentro do carro parado somente o necessário; 
4) Evite distratores (celular): 
6) Se tiver que usar o celular, que seja em um ambiente propício; 
5) Se a movimentação de pessoas for pequena, aumente a atenção. 
 
8.5 Dirigindo 
✓ Pontos críticos: 
1) Ruas desertas; 
2) Sinal; 
3) Congestionamento; 
 
✓ O momento crítico: carro parado/velocidade reduzida. 
 
✓ Condutas gerais: 
1) Se possível, evite; 
2) Dirija numa velocidade média da via, de forma que seja possível para e dar a 
volta, se necessário e possível; 
3) Mantenha atenção à frente, mas também de onde podem surgir meliantes; 
4) Tenha uma conduta pré-estabelecida e ajuste conforme muda o cenário; 
5) Se o carro for manual, procure dirigir em rotação mais alta (marcha menor) para 
que ele tenha mais torque, propiciando uma arrancada sem uma imediata troca 
de marchas; 
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Segurança fora da residência. 
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6) Mantenha as duas mãos ao volante; 
7) Dirija analisando rotas alternativas; 
8) Dirija com os vidros fechados; 
9) Se blindado o carro, continue dirigindo e analise a possibilidade de romper o 
obstáculo; 
10) Em caso de abordagem, só acelere e fuja se tiver certeza que conseguirá 
passar e que não será atingido por disparos; 
11) É arriscado, mas existe a possibilidade usar o carro como arma. Para isso, 
tente agir com frieza para não perder o controle; 
12) Se abordado, saia imediatamente e se afaste do carro, se possível, pelo 
lado oposto ao do meliante; 
13) Só reaja se o risco fatal for iminente ou se tiver certeza da vitória; 
14) Busque uma janela de oportunidade; 
 
✓ Conduta em semáforo 
1) Reduza a velocidade para esperar que o semáforo abra; 
2) Ao aproximar-se, olhe se há suspeitos; 
3) Olhe se há onde alguém se esconder. 
 
✓ Conduta em congestionamento 
1) Mantenha a tenção e abandone o carro, se o risco for iminente. 
 
8.6 Andando a pé 
✓ Pontos críticos: 
1) Ruas desertas; 
2) Locais com muita aglomeração. 
 
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Combate armado 
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✓ O momento crítico: 
1) Momento de distração; 
2) Momento de empurra-empurra; 
3) Quando se está sozinho. 
 
✓ Condutas gerais: 
1) Se possível, evite ruas deserta ou de grande aglomeração; 
2) Se possível, evite distratores; 
3) Evite levar grandes valores; 
4) Tenha uma conduta preestabelecida; 
5) Só reaja se tiver certeza da vitória; 
6) Para reagir, busque uma janela de oportunidade. 
 
9 Combate armado 
9.1 Introdução 
 
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Combate armado 
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O combate armado pressupõe, em regra, uma reação. Sendo assim, leve em 
consideração todos os princípios da reação. 
“Hoje pode ser apenas mais um dia normal na sua vida, ou pode ser o dia em que 
você será testado sobre tudo o que aprendeu.” 
“Neste momento, em algum lugar, alguém pode estar treinando para matar 
você.” 
“PREPARE-SE!” 
 
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Combate armado 
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Combate armado 
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1) O objetivo é sobreviver; 
2) Proteção e segurança são preferíveis ao combate armado; 
3) Os resultados são imprevisíveis; 
4) Pequenas ações podem ter grandes resultados positivos ou negativos; 
5) Conhecimento é essencial; 
6) Não há curso, expertise ou conhecimento que garanta em 100% a 
sobrevivência; 
7) O que se busca é reduzir o risco de morte; 
8) A análise pós-combate é sempre fácil. 
 
Quando duas pessoas entram em combate com potencial letal, em regra, utilizando 
armas, os resultados podem ser imprevisíveis. 
 
O que se espera de um combate armado? 
1) Sobrevivência sua e dos seus; 
2) Proteção do que é importante para você. 
 
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Combate armado 
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Riscos e dificuldade de se combater pela sobrevivência 
✓ Fragilidade do ser humano; 
✓ Letalidade das armas; 
✓ Imprevisibilidade da reação do seu inimigo; 
✓ Desconhecimento do efeito do tiro no ser humano; 
✓ Imprevisibilidade das suas ações; 
✓ Imprevisibilidade do resultado das ações; 
✓ Possibilidade de eventos que podem te prejudicar. 
 
9.2 Estatísticas do combate 
➢ 70% dos confrontos letais para os operacionais ocorreram durante missões 
aparentemente rotineiras; 
➢ 85% das distâncias nos tiroteios são menores do que 5 metros; 
➢ Em quase 100% dos casos o tempo dos confrontos não excedeu os 3 segundos; 
➢ A média de disparos foi de 3 tiros, contando operacional e agressor; 
➢ Apenas 1% dos confrontos letais ocorreu sem nenhum aviso prévio ou 
indicativo de risco; 
➢ 40% dos policiais mortos em serviço não tiveram reciclagem ou prática de tiro 
durante três anos após terem efetuado o último disparo em treinamento. 
Dentre os demais, muitos dos que tombaram eram ótimos atiradores nos 
estandes, mas praticavam treinamentos inadequados; 
➢ Uma pessoa muito bem adestrada demora 1,2s para sacar e atirar; o ser humano 
médio demora 1,5s para perceber um fato e esboçar uma reação. Total: 2,7s. 
(Desvantagem REAÇÃO x AÇÃO);➢ Mais de 60% dos agressores neutralizados conseguem descarregar totalmente 
suas armas até que sejam neutralizados, e dos disparos realizados por ambos 
os lados, a cada seis tiros que são efetuados durante o confronto, somente um 
projétil acerta o corpo do oponente, mas na maioria dos casos não neutralizam 
o agressor; 
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➢ Aproximadamente 80% dos casos de confrontos armados foram vencidos por 
quem atirou primeiro, e destes, quase a totalidade foi consequência de já estar 
com arma na empunhada antes mesmo de visualizar o agressor; 
➢ 98% dos policiais que sobreviveram disseram não ter utilizado o aparelho de 
pontaria da arma durante o confronto; 
➢ 20% dos indivíduos atingidos por um único disparo, mesmo em áreas vitais, não 
foram incapacitados instantaneamente, mesmo que na prática seja uma 
questão de pouco tempo para que estejam mortos. Cerca de 13% deles 
resistiram conscientemente por até 3 minutos, e 7% resistem por mais tempo, 
isso se deve às condições psicofísicas do agressor; 
➢ Em mais de 60% das vezes, os confrontos se deram em condições de baixa 
luminosidade; 
➢ Em apenas 1% dos casos, os confrontos ocorreram sem que houvesse algum 
aviso prévio ou indicativo de risco, ou seja, em 99% dos casos houve a 
possibilidade de se perceber (ou “pressentir”) que algo estranho estava 
acontecendo ou iria acontecer. 
 
9.3 Fisiologia do combate armado 
1) O combate armado pressupõe risco de morte. Diante desse risco, o corpo tem 
efeitos diversos que podem ser positivos ou negativos. 
 
2) Sistemas cerebrais: 
✓ Sistema Nervoso Simpático: mobiliza e direciona recursos de energia do 
corpo para a ação. 
✓ O sistema nervoso parassimpático: responsável por processos digestivos e de 
recuperação do corpo. 
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Diante de uma situação de risco: 
Durante circunstâncias extremamente estressantes, o sistema nervoso simpático 
mobiliza toda a energia disponível para a sobrevivência. Este processo é tão intenso 
que pode haver estresse devido ao redirecionamento das energias provenientes de 
processos parassimpáticos não essenciais, e é comum perder o controle de micção e 
defecação. 
 
O corpo redireciona toda a energia disponível em uma tentativa de fornecer os 
recursos necessários para garantir a sobrevivência. 
 
Quando estamos em combate nosso corpo produz hormônios que ajudam a 
responder às demandas físicas do corpo e se prepara para a luta ou escapar do perigo. 
É a sensação de lutar ou fugir. A segregação de cortisol, adrenalina e noradrenalina 
produzem no corpo humano alterações e mudanças muito rápidas e importantes 
como: 
• Aumento da glicose no sangue; 
• Aumento do ritmo cardíaco; 
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• Vaso contrações periféricas; 
• Vasodilatação muscular esquelética; 
• Dilatação dos alvéolos pulmonares; 
• Aceleração do ritmo respiratório; 
• Dilatação das pupilas; 
• Contração muscular, principalmente nas costas, pescoço e ombros; 
• Liberam células vermelhas na corrente sanguínea para facilitar uma rápida 
coagulação. 
 
Fenômenos fisiológicos do combate 
✓ Visão de túnel; 
✓ Perda auditiva; 
✓ Perda da capacidade motora completa; 
✓ Conduta irracional e a incapacidade para pensar claramente. 
 
Cuidado com a ação após a vitória 
Após a ação, o indivíduo paga o preço por essa reação do corpo e ele aparece sob a 
forma de um cansaço incrivelmente poderoso e sonolência 
Cuidado com o contra-ataque. 
 
9.4 Janela de oportunidade 
Conceito lato 
É algo temporário, que se encerra, que deve ser aproveitado sem demora, 
imediatamente. 
 
Conceito strictu para esta temática 
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É um momento ou contexto no qual uma pessoa percebe a possibilidade de reagir a 
uma ameaça com menores chances de ser ferida e com razoável probabilidade de 
êxito. 
 
Tipos de janela 
1) Eventual: o próprio criminoso incorre em um erro ou se perde num contexto 
2) Provocada ou criada: a pessoa ameaçada induz a uma distração ou simula um 
quadro diverso afim de “quebrar” o Ciclo OODA do agressor. 
 
Observações: 
1) Embora frequente, nem sempre haverá uma Janela de Oportunidade; 
2) Mantenha-se atento e vigilante durante toda ação com o firme propósito de 
aproveitar a janela de oportunidade, caso ela ocorra; 
3) Não há mágica. Se não houver como agir, não haja, a não ser que você esteja diante 
da certeza do mal maior; 
4) Quando reagir, seja: 
✓ Surpreendente; 
✓ Feroz (coloque toda força que você tiver); 
✓ Rápido; 
✓ Faça tudo que puder; 
✓ Use tudo que puder. 
5) Embora frequente, nem sempre haverá uma Janela de Oportunidade. 
 
9.5 Hábitos salutares 
1) Manter uma distância segura do seu possível oponente, que é de 20 metros; 
2) Observe sempre o comportamento do seu oponente, suas mãos, seus olhos, 
cintura; 
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3) Nunca pensar que nada vai acontecer com você; 
4) Caso seja rendido: 
✓ Mantenha a calma e peça calma; 
✓ Informe o que vai fazer; 
✓ Se tiver que descer do carro, faça de maneira correta, saindo em direção à parte 
traseira do veículo; 
✓ Não transmita raiva ou sentimento de vingança; 
 
 
 
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	Palavra do Diretor
	Coordenador do Curso
	Sumário
	1 Introdução
	2 A Sociedade e o problema da violência
	2.1 Sociedade
	2.2 O problema da violência
	3 Principais ameaças e ataques potenciais
	3.1 Quais são as ameaças que podem gerar risco?
	3.2 Ataques potenciais
	4 Conceitos essenciais
	4.1 Prevenção
	4.2 Reação
	4.3 Prevenção x Reação
	4.4 Quadrado do crime
	5 O que pode ser feito para proteção sua e de outros?
	5.1 Você mesmo
	5.1.1 Aprender para autoconscientização
	5.1.2 Ensinar e conscientizar
	5.1.3 Agir para evitar o evento crítico
	5.1.3.1 Implementar equipamentos e promover pequenas mudanças em sua residência;
	5.1.3.2 Agir para combater o agressor
	5.2 Seus familiares
	5.2.1 Conscientizarem-se e aprenderem
	5.2.2 Agirem conforme as orientações
	6 Princípios básicos da segurança
	6.1 Insubstituibilidade da vida
	6.2 Conscientização
	6.3 Simplicidade
	6.4 Preponderância da vida sobre o patrimônio
	6.5 Evitar o risco
	6.6 Antecipação – evitar a surpresa
	6.7 Predefinição de condutas
	6.8 Dissuasão pela imagem
	6.9 Subsidiariedade da reação:
	6.10 Tecnologia aliada:
	6.11 Sinergia da coletividade
	7 Ações contra-ataques à integridade física e ao patrimônio:
	7.1 Abordagem ao chegar em casa
	7.2 Entrando na garagem/estacionamento
	7.3 Medidas reativas ao ser abordado
	8 Segurança fora da residência.
	8.1 Local para ocorrência de crime
	8.2 Escolhendo a vítima
	8.3 Princípios básico
	8.4 Estacionamentos com acesso
	8.5 Dirigindo
	8.6 Andando a pé
	9 Combate armado
	9.1 Introdução
	9.2 Estatísticas do combate
	9.3 Fisiologia do combate armado
	9.4 Janela de oportunidade
	9.5 Hábitos salutares

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