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Unidade: SENAI - Lapinha Introdução à Automação e Controle Docente: José Antonio Santos Corbacho 2015 Introdução à Automação e Controle Controladores Lógicos Programáveis Controladores Lógicos Programáveis Equipamentos eletrônicos de última geração, utilizados em sistemas de automação flexível. Permitem desenvolver e alterar facilmente a lógica para acionamento das saídas em função das entradas. Desta forma, pode-se utilizar inúmeros pontos de entrada de sinal para controlar pontos de saída de sinal (cargas).de sinal para controlar pontos de saída de sinal (cargas). Controladores Lógicos Programáveis Dispositivos empregados em controle de processos que executam funções que podem ser classificadas em dois tipos: Seqüenciamento de operações. Controle realimentado. Controladores Lógicos Programáveis Segundo a ABNT - é um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais. Segundo a NEMA (National Electrical Manufactures Association) - é um aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenar internamenteuma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar funções específicas, tais como lógica, seqüenciamento, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos. Princípio de funcionamento CLP é um “microcomputador” aplicado ao controle de um sistema ou de um processo. O CLP é composto de módulos de entradas digitais ou analógicas. As entradas digitais são agrupadas em conjuntos de 8 ou 16 (cada uma delas é um bit), de forma que a unidade16 (cada uma delas é um bit), de forma que a unidade central de processamento possa tratar as informações como bytes ou words. Bit – dígito binário (código 0 ou 1). Byte – conjunto de 8 bits que compõe uma informação. Word – conjunto de 16 bits que compõe uma informação. Princípio de funcionamento As entradas analógicas têm seu valor convertido para binário, para que a UCP possa considerá-las e tratá-las. A lógica a que são submetidas as entradas para gerar as saídas é programada pelo usuário do sistema. As saídas também podem ser digitais ou analógicas. A exemplo das entradas, as saídas digitais são tratadas em conjuntos de 8 ou 16; e as analógicas são resultado da conversão de um valor digital gerado pela UCP. Princípio de funcionamento Entradas e Saídas Analógicas – possuem um valor que varia dentro de uma determinada faixa. Ex.: 0 à 10V; 4 à 20mA. Princípio de funcionamento Entradas e Saídas Digitais – possuem somente dois estados. Ex.: 1 e 0; ligado ou desligado. Componentes básicos de um CLP Uma configuração mínima de CLP deverá ser composta dos seguintes componentes: Processador. Memória.Memória. Circuito de Entrada. Circuito de Saída. Painéis de Programação. Fonte de Alimentação. Componentes básicos de um CLP Processador Os CLPs mais simples empregam processadores de 8 bits, devido à pouca exigência de processamento numérico de suas funções. São empregados microprocessadores tais como o Z80 e o 8085 além de microcontroladores 8031, 8032, etc. Diversos fabricantes desenvolveram seus próprios processadores especialmente para os seus CLPs. Todos esses processadores possuem um conjunto de instruções básicas que permitem: Processamento aritmético e lógico. Acesso à memória. Acesso às portas de entrada e saída. Com estas instruções, são desenvolvidos os programas que permitem a execução das tarefas exigidas dos CLPs. Componentes básicos de um CLP Memória Os CLPs empregam memórias dos tipos ROM (Read Only Memory), RAM (Random Access Memory), EPROM (erasable and Programmable Read Only Memory). EPROM são utilizadas para armazenamentos dos programas básicos e dados numéricos. Fica também residente na memória EPROM o programa monitor que inicia asFica também residente na memória EPROM o programa monitor que inicia as operações básicas e gerencia todas as operações do CLP. As memórias dos CLPs são divididas nas seguintes áreas. Área de armazenamento de programas. Área de dados. Memória de entrada e saída. Componentes básicos de um CLP Circuito de Entrada Trata-se de um circuito eletrônico capaz de identificar as entradas que estiverem energizadas, fazendo com que as posições correspondentes da palavra de entrada sejam habilitadas caso a entrada correspondente esteja energizada.esteja energizada. As entradas, propriamente ditas, podem ser de 110 ou 220 Vac, ou 24 Vdc. Circuito de Saída Trata-se de um circuito eletrônico capaz de ligar as saídas caso as posições correspondentes na palavra de saída estejam habilitadas. As saídas, propriamente ditas, podem ser de 110 ou 220 Vac, ou 24 Vdc. Componentes básicos de um CLP Painéis de Programação Os painéis de programação são dispositivos especiais que servem para auxiliar a introdução de programas nos CLPs. Estes dispositivos possuem um teclado especial e podem ser conectados diretamente aos CLPs, em operação. Atualmente estes dispositivos estão caindo em desuso devido ao baixo custo dos computadores do tipo laptop, que os substituem com grandescusto dos computadores do tipo laptop, que os substituem com grandes vantagens. Componentes básicos de um CLP Fonte de Alimentação Os CLPs necessitam de uma fonte de alimentação capaz de energizar os seus circuitos eletrônicos e, em certos casos, outra fonte para a energização dos elementos de saída. Programação de um CLP A lógica desenvolvida pelo CLP com os sinais de entrada para acionar as suas saídas é programável. É possível desenvolver lógicas combinatórias, lógicas seqüenciais e também uma composição das duas, o que ocorre na maioria das vezes. Como o CLP veio substituir elementos/componentes eletroeletrônicos de acionamento, a linguagem utilizada na sua programação é similar à linguagem de diagramas lógicos de acionamento, desenvolvidos porlinguagem de diagramas lógicos de acionamento, desenvolvidos por eletrotécnicos, técnicos eletricistas ou profissionais da área de controle. Programação de um CLP A utilização de um CLP tem duas fases distintas: Programação. Operação. Na fase de programação, toma-se como base o diagrama de contatos do painel lógico de controle e se introduz o programa na memória do CLP.CLP. Na fase de operação, o CLP é conectado ao processo para comandar as ações de ligar e desligar seqüencialmente os motores e demais equipamentos. Nesta fase, o CLP executa o programa do usuário em um ciclo fechado, isto é, faz as varreduras nos módulos de entrada e saída e executa e programa, repetidamente. Linguagem de programação As linguagens de programação permitem aos usuários se comunicarem com o CLP e definir as tarefas que o mesmo deverá executar. Pela normalização os CLP´s devem ter no mínimo três linguagens de programação:três linguagens de programação: Ladder. STL – lista de instruções. Diagrama de Funções. Linguagem de programação Ladder. Linguagem de programação STL – lista de instruções. Linguagem de programação Diagrama de Funções. Lógicas combinacionais básicas A lâmpada L1 deve ser acesa apenas se os dois interruptores B1 e B2 forem acionados. Corresponde à operação lógica E. Lógicas combinacionais básicas Ligar a lâmpada L1 se os interruptores B1 ou B2 forem acionados. Corresponde à operação lógica OU. Lógicas combinacionais básicas Lógica seqüencial A lógica seqüencial é desenvolvida a partir de elementos temporizadores, capazes de disparar uma saída ou acionar um interruptor após um tempo previamente determinado. Ligar uma lâmpada L1, 3 segundos após acionarmos o interruptor B1. Aplicações de CLP Máquinas industriais – operatrizes, injetoras, têxteis, calçados. Equipamentos industriais para processos - siderurgia, papel e celulose, pneumáticos, fornos. Controle de processos com sinalização, etc. Aquisição de dados de supervisão. Interface Homem Máquina Interface Homem Máquina É o canal de comunicação entre o homem e o computador, atravésdo qual interagem, visando atingir um objetivo comum. É o conjunto de comandos de controle do usuário + respostas do computador, constituídos por sinais (gráficos, acústicos e tácteis). É parte de um sistema computacional com a qual uma pessoa entra em contato físico, perceptual e conceitualmente. A Interação Homem Máquina demanda o conhecimento tanto de máquinas como do próprio ser humano. Interface Homem Máquina Como forma de dotar um sistema automatizado com maior grau de flexibilidade e produtividade, as IHMs( Interfaces Homem-Máquina) vêm cada vez mais se fazendo presente no dia-a-dia. Como substituição aos antigos painéis de operação, essas interfaces dotadas de tela gráfica colorida e teclado/mouse conferem ao sistema melhores condições para o controle e supervisão do extenso número de variáveis existente num processo produtivo.variáveis existente num processo produtivo. Interface Homem Máquina Por meio da visualização gráfica em cores e com alta definição, torna-se muito mais prático e rápido ao operador obter informações precisas a respeito do status do processo. Em vez de um simples piscar de lâmpadas (como ocorria nos painéis de comando e quadros sinóticos), o operador tem uma melhor visualização quando efetivamente enxerga o abrir de uma válvula, o ligamento de um motor, ou outra informação do processo de maneira visual.motor, ou outra informação do processo de maneira visual. Nesse tipo de visualização, faz-se uso extensivo de informações por cores e textos, podendo-se também dispor de elementos animados graficamente Interface Homem Máquina Quando implementada em ambiente de rede industrial, a IHM pode apresentar a vantagem de poder estar localizada em um ponto distante do processo. Neste caso, diz-se que ela tem operação remota. A presença de ambiente de comunicação entre elementos de controle e monitoração é atualmente uma tendência que traz vários benefícios ao sistema produtivo. Para um nível mais superior da hierarquia de controle, as IHMs podemPara um nível mais superior da hierarquia de controle, as IHMs podem permitir a comunicação com outros computadores de forma a possibilitar formas dinâmicas de dados pela integração com sistemas de bancos de dados. Sistema Supervisório Supervisório O supervisório é um software destinado a promover a interface homem/máquina, onde proporciona uma supervisão plena de seu processo através de telas devidamente configuradas. Possui telas que representam o processo, onde estas podem ser animadas em função das informações recebidaspodem ser animadas em função das informações recebidas pelo CLP, controlador, etc. Supervisório Ex.: no acionamento de uma bomba, a representação na tela mudará de cor informando que está ligada, um determinado nível varia no campo, a representação na tela mudará de altura informando a alteração de nível. O que o supervisório fez foi ler e escrever na memória do CLP ou controlador para a atualização das telas.CLP ou controlador para a atualização das telas. Sistema Supervisório Quando falamos de supervisão temos a idéia de dirigir, orientar ou inspecionar em plano superior. Através do sistema supervisório é possível de ligar ou desligar bombas, abrir ou fechar válvulas, ou seja, escrever na memória do CLP. Para a comunicação entre supervisório e CLP necessitamosPara a comunicação entre supervisório e CLP necessitamos de: Hardware - é utilizada uma via de comunicação, que pode ser uma porta serial, uma placa de rede, etc; Software - para comunicação é necessário que o driver do equipamento esteja sendo executado simultaneamente com o supervisório. Driver - é um software responsável pela comunicação, ele possui o protocolo de comunicação do equipamento. Sistema Supervisório É um conjunto de softwares que se destina à criação de telas gráficas de interação. É uma das IHM mais simples de ser configurada. Apresenta:Apresenta: Boa configuração. Bom desenho. Boa biblioteca. Linguagem orientada ao objeto. Sistema Supervisório - Caracteristicas Software aplicativo em um pc convencional. Aplicações para monitoração, supervisão, obtenção de dados e rastreamento de informações do processo produtivo. Visualização em telas animadas que representam o processo a ser controlado. Indicação instantânea das variáveis de processo (vazão, temperatura, pressão, volume, etc).pressão, volume, etc). Propicia o controle de processo que garante a qualidade do produto. Facilitam movimentação de informações para gerenciamento e diretrizes. Possibilita a interação no processo (IHM - interface homem-máquina). Sistema Supervisório – Funções básicas Aquisição de dados. Retirada de informações do processo através da conexão que o computador tem com o CLP, controlador do processo. Gerenciamento de dados. Apresentação, em tempo real de execução, dos dados do processo (telas, relatórios, históricos, etc). Monitoração - exibi os dados básicos em tempo real.Monitoração - exibi os dados básicos em tempo real. Supervisão - possibilita alteracões e solicitacões de processo. Alarmes - reconhecimento de eventos excepcionais e relatá-los. Controle - capacidade de ajuste de valores do processo. Sistema Supervisório – Tipos Fix (Intellution). Wizcon. Operate it (ABB). RSView (Rockwell – Allen Bradley). Unisoft. Elipse (nacional). Gênesis. WinnCC.WinnCC. Citect. FactoryLink. Cimplicity. Intouch (Wonderware). Sistema Supervisório – Elipse Sistema Supervisório – Elipse Verificando o Aprendizado 1. Defina controlador lógico programável segundo a ABNT. 2. Como estão classificados os CLP´s? 3. De que são compostos os CLP´s? 4. Explique o que são entradas e saídas analógicas nos CLP´s. 5. Qual a configuração mínima de um CLP? 6. Explique como é feita a programação dos CLP´s. 7. Quais são as fases distintas de um CLP?7. Quais são as fases distintas de um CLP? 8. Qual a função das linguagens de programação nos CLP´s? 9. Cite uma linguagem de programação dos CLP´s. 10. Explique a lógica de programação para acendimento de uma lâmpada com operador OR (ou). 11. Cite três aplicações para os CLP´s. 12. O que é IHM? 13. O que é supervisório? 14. O que é necessário para que haja comunicação entre o supervisório e o CLP? 15. Defina sistema supervisório. 16. Cite quatro características dos sistemas supervisório.