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1. Ambiguidade - Duplicidade de sentido em uma construção sintática - Pode ser proposital ou inconsciente (ato falho) - Recurso de argumentação ou estilístico - Comum na poesia (licença poética) e na linguagem informal (trocadilhos) Ambiguidade em manchetes de jornal Ambiguidade em propagandas Ambiguidade inconsciente 2. Antítese: consiste na utilização de termos, palavras ou orações que se opõem quanto ao sentido E onde queres bandido, sou herói (Caetano Veloso) O amor é bom, não quer o mal (Renato Russo) 3. Paradoxo (Oxímoro): também se fundamenta na oposição, mas permeia o âmbito das ideias (do sentido), não simplesmente das palavras ou orações Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar. (Caetano Veloso) Antítese x Paradoxo A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz. Os jardins têm vida e morte. Estou vivendo na paz desta guerra. Os jardins morrem vivendo. 4. Comparação: aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança, como na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de um conectivo (com, como, parecia e etc) e busca realçar determinada qualidade do meio termo (como, tal, qual, assim, quanto etc). Comparação em propagandas Comparação na poesia “As mulheres são como músicas, cada uma com seu signo regendo sua feminilidade” (Vinicius de Moraes) Disciplina: Português Tema da aula/lista de exercício: Aula 10 – Figuras de Linguagem II Profx: Amanda 04/05/2016 Turma: IU 1. As manchetes de jornal abaixo apresentam duplo sentido. Para cada uma delas, responda ao que se pede: Deputado afirma que falou com bombeiro preso em gravação Polícia cerca prédio com índios no Rio Planalto altera perfil de jornalistas na Wikipédia com críticas e mentiras a.Quais são os dois sentidos possíveis de interpretação? b.Qual desses sentidos é o mais coerente, levando em conta que se tratam de manchetes de jornal? 2. Anedotas são narrativas breves de um fato engraçado. Leia as anedotas a seguir e responda as questões em seguida. a. Na anedota, a duplicidade de sentidos ocorre na fala de quem? Que palavra gerou a ambiguidade? b. O que o paciente pretendia transmitir ao médico a respeito de seu braço? c. Como o médico compreendeu a fala do paciente? a. O humor da anedota é construído em torno de um vocabulário na fala do médico. Que palavra é essa? b. A quem o médico se refere quando emprega a palavra “bêbado”? c. Pela resposta do bêbado, a quem ele imagina que a palavra bêbado se refere? d. Dê outra redação à fala do médico, de modo que ela não apresente mais duplicidade de sentidos. 3. No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de violência. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete: CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redação: a. Campanha contra o governo do Estado e a violência entram em nova fase b. A violência do governo do Estado entra em nova fase de Campanha. c. Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência. d. Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase. 4. Observe o anúncio publicitário e responda: a. Identifique a expressão que gera a ambiguidade no enunciado do texto. b. Cite os dois sentidos gerados por essa expressão. c. Em sua opinião, a ambiguidade foi intencional? Explique. 5. Identifique as antíteses nos trechos das músicas a seguir: a. Socorro Não estou sentindo nada Nem medo, nem calor, nem fogo Não vai dar mais pra chorar Nem pra rir Socorro, alguém me dê um coração Que esse já não bate nem apanha Por favor! Uma emoção pequena, qualquer coisa! (Socorro – Arnaldo Antunes) b. Sol e vento Dia de casamento Vento e sol Luz apagada no farol Sol e chuva Casamento de viúva Chuva e sol Casamento de espanhol (Ana e o mar – O Teatro Mágico) c. Queria ter aceitado a vida como ela é A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier (Epitáfio – Titãs) 6. Ao ler o poema, observamos que o eu lírico utiliza palavras e expressões para falar sobre “o poeta”. a) Que palavras e/ou expressões são essas? b) Essas palavras ou expressões produzem um sentido de oposição ou semelhança? 9. Explique os paradoxos nas frases a seguir: a. Essa menina parece que dorme acordada. b. Quanto mais vivemos, mais nos aproximamos da morte. c. É só um pobre rapaz rico que não sabe nada da vida. 7. a. A imagem ao lado é construída a partir da representação de um conceito. Que conceito é esse? b. Essa ideia é de oposição ou de semelhança? c. A linguagem usada é verbal ou não verbal? Explique. 8. A seguir são apresentadas antíteses de maneira não verbal (imagens). Verbalize-as. 10. O poema O amor é um fogo que arde sem se ver, de Luís de Camões, faz parte da lírica clássica do autor. Neste poema, Camões procurou conceituar a natureza contraditória do amor. Dentre os versos do poema abaixo, o único que NÃO apresenta um paradoxo é a) Amor é um fogo que arde sem se ver b) É ferida que dói e não se sente c) É ter com quem nos mata lealdade d) Nos corações humanos amizade 11. Explique, sucintamente, o(s) paradoxo(s) na música de Gabriel O Pensador. Paradoxo Em nome da segurança; Nós nos refugiamos. Em condomínios fechados. Cada um no seu quadrado. Somos sempre vigiados. Câmeras por todos os lados. Nos muros arame farpado. Cada um no seu quadrado. Somos monitorizados. Por alguém terceirizado. Que nem sabemos o nome. Cada um no seu quadrado. Todos nos encontramos; Na escada e elevador. Olhamos pro chão ou pro lado. Cada um no seu quadrado. Dividimos as despesas; Sem saber quem mora ao lado. Não dividimos amor. Não fazemos favor. Cada um no seu quadrado. Pelas portas e nos portões; Nos cruzamos todo dia. E nem sequer nos saudamos; Às vezes um bom dia rosnado; Automaticamente, Sem importar realmente; Cada um no seu quadrado. Temos centenas de amigos. Quase todos virtuais. Mas na parede ao lado; Não ouvimos os ais; De alguém agoniado; Sózinho, desesperado; Cada um no seu quadrado. E no salão social; Festas que lembram velório. Meia dúzia de parentes; E a panelinha do escritório; O vizinho não é convidado; Mesmo que more ao lado; Cada um no seu quadrado. E os empregados humildes; Trabalham sempre calados. Passamos por eles sem ver; Sem nunca ter perguntado; Sem nunca querer saber; Como vai meu irmão? Cada um no seu quadrado. 12. Identifique, nas frases a seguir, quais os termos em comparação e o conectivo. a) O gato é preguiçoso como uma segunda-feira. b) Como um anjo você apareceu na minha vida. c) Nós ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais. 13. "Tristeza não tem fim, felicidade sim" (Vinícius de Moraes). A frase é exemplo de: a) Antítese b) Paradoxo c) Comparação d) Hipérbato 14. "Aquele ser desprovido de inteligência era como palhaço”. A frase possui a seguinte figura de linguagem: a) eufemismo b) zeugma c) comparação d) hipérbole 14. Identifique as figuras de linguagem na música “Te ver” (Skank) Te ver e não te querer É improvável, é impossível Te ter e ter que esquecer É insuportável, é dor incrível É como mergulhar num rio e não se molhar É como não morrer de frio no gelo polar É ter o estômago vazio e não almoçar É ver o céu se abrir no estilo e não se animar Te ver e não te querer É improvável, é impossível Te ter e ter que esquecer É insuportável, é dor incrível É como esperar o prato e não salivar Sentir apertar o sapato e não descalçar É ver alguém feliz de fato sem alguém pra amar É como procurar no mato estrela do mar Te ver e não te querer É improvável, é impossívelTe ter e ter que esquecer É insuportável, é dor incrível É como não sentir calor em Cuiabá Ou como no Arpoador não ver o mar É como não morrer de raiva com a política Ignorar que a tarde vai vadia e mitica É como ver televisão e não dormir Ver um bichano pelo chão e não sorrir É como não provar o nectar de um lindo amor Depois que o coração detecta a mais fina flor 15. A charge abaixo se vale de uma comparação para fazer críticas. Explique-a.
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