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Alimentação do Autista Final


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Adequação Alimentar e 
Superação na Prática 
 
 
Relato de uma 
Mãe Nutricionista 
Maria de Jesus Martins da Silva 
Sobre a Nutri 
Maria de Jesus 
Martins da Silva 
Mãe de autista 
Nutricionista Clinica e 
esportiva formada 
pela Universidade 
UCL (Centro 
Universitário Celso 
Lisboa) 
Especialista em 
Nutrição Clínica e 
Esportiva 
Agradeço primeiramente a Deus, por 
colocar tantas pessoas boas no meu 
caminho. Ao me juntar a elas, me sinto 
grande e fortalecida. Em seguida, a minha 
família, em especial meu marido e minha 
irmã, Maria das Graças, que sempre me 
deram força e apoio em minhas decisões. 
Olho no espelho e posso ver o brilho nos 
meus olhos e sentir no meu coração que 
não estou só. Realmente Deus nos fez a 
sua semelhança, e por isso, mãezinhas de 
autistas ou não, ser mãe é uma dádiva. 
Vamos amar nossos filhos e acredite, 
seremos amadas e felizes! 
mariadejesusmr@bol.com.br 
PenseMagro SejaLeve 
(21) 98677 1523 
Um pouco da Minha 
História... 
Minha Experiência Autista 
▪ Nós, pais de autista ,vivemos na dúvida do certo e errado diariamente. 
São muitas informações, mas poucas ações governamentais que nos faz 
refém da dúvida. 
▪ Os anos vão passando e a incerteza do futuro nos rodeia. Cabe a nós ter Fé 
e não desistir nunca dos nossos pequenos, mesmo que já tenha 30 anos ou 
mais. Alguns continuam crianças, não importando a idade cronológica, 
pois o tempo não importa. 
▪ E assim, muitas vezes, o medo e a incerteza toma conta de nós, pais. E 
Logo vem a pergunta: “como será daqui a 20 anos?”. Eu estarei cansada e 
quem irá entender e compreender uma pessoa com tanta complexidade? 
▪ O mundo do autista acaba sendo muito restrito. Eles chegam nas nossas 
vidas apenas como crianças. São amados e queridos. E sem esperar, vem 
um diagnóstico dizendo seu filho é autista. 
▪ O primeiro impacto é de susto, parece que o mundo cai. Mas isso por 
pouco tempo, pois precisamos levantar a cabeça e começar a busca 
interminável por ajuda e orientações. 
▪ E assim, tudo que alguém diz que é bom, nós acreditamos, na tentativa de 
oferecer uma melhor qualidade de vida para nossos filhos. Então, começa 
psicoterapia, cromoterapia, terapia ocupacional, terapia medicamentosa, 
musicoterapia, dietas sem glúten e sem caseína e muita oração. 
Chegamos até mesmo a pensar que pode ser espiritual e levamos para 
benzer. Afinal, se não fizer bem, mal não faz. 
▪ Tudo isso aconteceu comigo, até que resolvi encarar de uma forma 
diferente. O desafio do cotidiano e o avanço da ciência me fizeram buscar 
conhecimentos para continuar ajudando no desenvolvimento do meu 
filho. 
▪ No primeiro momento, fiz o que faz a maioria das mães. Fiquei sem saber 
o que fazer, mas não me acomodei. Busquei ajuda de profissionais 
qualificados e fui tentando entender o que era realmente autismo. Até 
hoje, uma incógnita para mim, que me acompanha há 25 anos sem 
respostas conclusivas da ciência e fui aprendendo dia a pós dia. 
Encarando a Realidade 
Minhas Expectativas com 
esse Livro 
▪ O meu desejo com este livro é passar para vocês, pais e mães de autista, 
um pouco de informação, baseada na minha prática. 
▪ Quando receber um diagnostico de autismo não se desespere, e, sim, ame 
seu filho ou filha ainda mais. 
▪ Saiba que será um desafio para vida toda e, dependendo do grau do 
autismo, seu filho pode aproveitar bastante as terapias e quanto mais 
cedo começar, melhor será. 
▪ Pode ser que seu filho não tenha tantas condições de responder a todas as 
terapias propostas, mas o mais importante, é que a terapia seja suficiente 
para evitar crises de agressividade. 
▪ Hoje já tem mais informações e maiores possibilidades de tratamentos. 
Mesmo que os melhores tratamentos não estejam ao alcance de todos, 
porque são muito caros, a facilidade de acesso às informações que temos 
hoje, ajuda e muito. O que eu não tinha há 25 anos. 
▪ Atualmente, temos fácil acesso às informações por meio da internet, que 
podemos pesquisar de qualquer lugar e com respostas rápidas às nossas 
dúvidas, facilitando muito a vida de pais e filhos. 
▪ Por essas razões resolvi escrever este livro, de forma simples e prática, na 
esperança de conseguir ajudar um número maior de pessoas. 
Evolução da Minha 
Trajetória 
▪ Como já relatei, sempre busquei aprender mais e mais, para não 
desmoronar. Foi nesse contexto que resolvi ir para a faculdade. 
▪ E você deve estar imaginando que fui buscar a psicologia ou psicanálise ou 
até mesmo medicina, mas não! Como meu filho era muito seletivo a 
alimentação, procurei o apoio da Nutrição, suplementos e fitoterápicos. 
▪ A mudança na alimentação do meu filho e da família nos trouxe melhora 
considerável. Mesmo não utilizando dietas restritas de caseína e glúten, 
eu aprendi a fazer associações de alimentos saudáveis. Pensava que por 
meio de uma alimentação saudável e equilibrada, poderia facilitar a vida e 
a saúde, não só do meu filho autista, mas também de toda a família. 
▪ E não estava errada. Meu filho que tinha aversão a frutas, verduras e 
legumes, foi se adaptando, até aceitar a alimentação oferecida. Hoje ele 
tem uma alimentação saudável, melhor saúde, concentração mental e 
vida social. 
O que você vai encontrar 
nesse livro? 
▪ Vou deixar aqui neste E-book, algumas sugestões alimentares que podem 
te ajudar muito na condução da alimentação do seu filho e, 
consequentemente, melhora no seu estado geral de saúde. 
▪ Você vai descobrir alguns alimentos com atividades cerebrais 
comprovadas e que podem ajudar no autismo. 
▪ Apesar de não ter cura para o autismo, existem vários tratamentos 
alternativos com bons resultados, trazendo alento á várias famílias. Por 
isso apresento a você, a terapia nutricional que realizei com meu filho para 
que você possa tirar de exemplo e fazer o mesmo na sua casa. 
▪ Existem alimentos capazes de modular o intestino inflamado, trazendo 
melhoras na saúde em geral. E aqui você encontrará algumas dessas 
receitas que foram imprescindíveis para o sucesso do tratamento 
alimentar do meu filho. Todas muito práticas e saborosas. 
▪ Além disso, apresento dicas importantes sobre os principais alimentos 
relacionados à função cerebral e alguns suplementos indicados desde que 
seja acompanhado por médicos e nutricionistas. É comum os autistas 
apresentam deficiências de vitamina B12, zinco e magnésio e excesso de 
metais pesados, que causam intoxicação, como o chumbo e alumínio. 
▪ Venha conhecer um pouquinho da minha jornada e dessa incrível ciência 
que faz dos nossos filhos, pessoas especiais! 
 
▪ O Autismo é um termo geral usado para descrever um grupo de transtornos 
de desenvolvimento do cérebro, conhecido como “Transtornos do Espectro 
Autista” (TEA). O TEA são um conjunto de manifestações que afetam o 
funcionamento social, a capacidade de comunicação, implicam em um 
padrão restrito de comportamento e geralmente vem acompanhado de 
deficiência intelectual. 
▪ E uma síndrome que manifesta-se na infância e caracteriza-se por prejuízos 
crônicos no desenvolvimento social, com distúrbios de comunicação e 
padrões de comportamento limitados ou repetitivos. 
▪ É evidente a existência de processos genéticos e de desenvolvimento neural 
em sua etiologia; ocorre com frequência quatro vezes mais em meninos e 
pode estar associado a retardo mental. 
▪ Nos últimos 20 anos, uma melhor compreensão sobre algumas das 
características sociais do autismo e de distúrbios relacionados levou a 
progressos na identificação e no diagnóstico precoces. Esses avanços talvez 
tenham contribuído para o aumento de reconhecimento e da prevalência do 
autismo em todo o mundo. 
O que é Autismo ou Transtorno 
do Espectro Autista (TEA)? 
Prevalência e 
Características 
Algumas crianças e adolescentes 
autistas podem ser bastante 
interativos, ter habilidades 
linguísticas bem desenvolvidas e sair-
se bem na sala de aula, mas ainda 
assim podem sofrer limitações sociais 
significativas e debilitantes.A 
inclusão social é uma realidade bem 
disfarçada e depende do grau de 
autismo e ele não está livre de bulligs, 
o que afeta e comportamento e a 
saúde de qualquer criança ou 
adolescente. Os autistas não são 
poupados e alguns podem regredir, 
pois quando são continuamente 
exposto aos fatores ambientais que o 
afetam, os impactos cerebrais podem 
piorar ao longo da vida. 
 
. 
▪ Atualmente não existe um teste específico para o diagnóstico de autismo. 
Baseia-se na história de vida do paciente, no comportamento observado em 
diversas situações e em testes educacionais e psicológicos. 
▪ Há evidências que os primeiros sinais do autismo podem ser vistos em 
crianças bem novas, com 8 a 10 meses de idade: podem ser mais passivas, 
mais difíceis de acalmar ou não reagem quando alguém chama seu nome. 
▪ Para que se tenha um bom prognóstico com relação ao tratamento, é preciso 
que seja realizado um diagnóstico precoce, de preferência antes da criança 
completar dois anos, sem desprezar quaisquer sinais clínicos. 
 
 
 
 
▪ As crianças autistas normalmente têm histórico de infecções e alto consumo 
de antibióticos nos primeiros anos de vida. Apresentam sinais característicos 
de alergias, como olheiras e olhos inchado. 
▪ Embora se alimentem bem podem apresentar aspecto de subnutrição. As 
fezes podem ter aparência mucosa, e de coloração variante, entre amarelo, 
esverdeado e avermelhado, e podem ter odor de mofo com intensa 
flatulência (gases).Frequentemente apresentam abdômen distendido, e 
inchado, com intensa movimentação visceral e mau hálito. 
 
Diagnóstico 
 
▪ . 
Sinais e Sintomas Gerais 
Sintomas Causados pela 
Alimentação Inadequada 
▪ Alguns nutrientes não são completamente metabolizados no organismo da 
maioria dos autistas. Isso acontece devido a ausência de algumas enzimas 
digestivas, provocando novos sintomas ou agravando o seu estado de saúde. 
▪ Desta forma, os autistas apresentam sintomas parecidos com as pessoas que 
sofrem de intolerância alimentar, quando consomem a caseína e o glúten. 
Estas proteínas podem induzir ou simular uma intolerância alimentar 
produzindo anticorpos, como acontece na doença celíaca. 
▪ Quando os peptídeos opioides, derivados da digestão incompleta do glúten e 
da caseína, atingem o fluxo sanguíneo, causam alterações na motilidade 
intestinal, na acidez estomacal e redução do número de células nervosas do 
sistema nervoso central interferindo nos comandos cerebrais. Sendo assim, 
esses sintomas se manifestam no comportamento da criança e alguns 
alimentos são gatilhos, desencadeando irritabilidade e agressividade. 
▪ Estudos com crianças autistas alimentadas com dieta restrita em glúten e 
caseína, apresentaram melhoras consideráveis no comportamento após 8 
meses de dieta. No entanto, devido a complexidade do processo e potencial 
de deficiência nutricional, o suporte clínico e dietético deve ser realizado com 
apoio e orientação profissional. 
 
Sintomas Gastrointestinais 
Os principais 
sintomas 
gastrointestinais 
observados no 
autista são: 
constipação, 
diarreia, gases e 
inchaço abdominal. 
E podem ser 
acentuados em 
decorrência da 
alimentação 
inadequada e 
consumo de alguns 
nutrientes 
específicos. 
Por isso, a 
relevância sobre a 
adesão da dieta e 
terapia nutricional 
adequada, que 
deve ser conduzida 
por Médicos e 
Nutricionistas. 
O Intestino do Autista 
▪ Sabe-se que a maturidade intestinal tem grande importância no 
desenvolvimento cognitivo de crianças com autismo, pois o seu 
comprometimento pode desencadear maior probabilidade de invasão de 
substâncias tóxicas na corrente sanguínea, podendo ser considerada uma 
das principais causas no aparecimento de doenças neurais. Dessa forma, 
o sistema digestivo da criança autista, passa a ser fonte de toxicidade. 
▪ Sem a barreira protetora, os microrganismos patogênicos acabam 
danificando ainda mais a integridade da parede intestinal, levando ao 
aumento na liberação de toxinas que podem chegar no cérebro. 
▪ Tudo está mais propício de ocorrer no segundo ano de vida em crianças 
que não foram amamentadas. Assim, a amamentação torna-se 
fundamental para proteção e prevenção, podendo evitar diversos 
transtornos, como o autismo, por exemplo. 
▪ Além disso, já foi identificado que os autistas apresentam um defeito 
genético numa proteína responsável pela detoxificação de metais 
pesados, propiciando maior sensibilidade cerebral a estas substâncias. 
▪ Essa proteína também está relacionada ao desenvolvimento da região 
encefálica e do trato gastrointestinal durante os primeiros anos de vida. 
Por isso, o cuidado com alimentação dos portadores de autismo, pode ser 
o divisor de águas, entre a qualidade de vida ou gatilho para mudança de 
comportamento e humor. 
 
Causas Alimentares 
 X 
Sintomas 
 
Tratamentos do Autista 
▪ O autismo não tem cura. O tratamento deve envolver uma equipe 
multidisciplinar e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida através do 
controle dos sintomas comportamentais e condicionamento do indivíduo à 
vida social respeitando suas limitações. Devido às incertezas sobre sua causa 
existem várias propostas de tratamento. 
▪ Tradicionalmente as linhas comumente adotadas são: 
▪ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO onde a prescrição medicamentosa 
atua sobre os sintomas. 
▪ INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICO que consiste em terapia 
fundamentada em associação, rotina e aprendizado. 
▪ Portanto, os tratamentos mais recomendados para o autismo são 
COMPORTAMENTAIS e PSICOEDUCACIONAIS. No entanto, a eficácia 
desses tratamentos é limitada. As diferenças individuais nas manifestações 
do autismo são evidentes e constituem como elementos de complexidade 
que dificultam a compreensão e o tratamento desse distúrbio. O protótipo 
da criança autista como “não responsiva e distante” descreve apenas um 
subgrupo da doença. 
▪ Outros tratamentos podem ser integrados para melhorar a qualidade de 
vida destes indivíduos, como terapia nutricional com foco na redução dos 
sintomas, fonoaudiologia, musicoterapia e equoterapia. 
 As peças fundamentais para o sucesso do tratamento 
do autismo é o amor, a dedicação e acima de tudo 
compreensão de todas as pessoas que o cercam. 
▪ Um bom começo para a eficácia de qualquer tratamento é a terapia 
nutricional para impedir o agravamento dos sintomas, evitando os alimentos 
que são gatilhos para alterações no humor. 
▪ Para o tratamento nutricional é importante respeitar as necessidades e 
preferências alimentares do paciente. Além disso, atentar para a 
suplementação dos nutrientes com deficiências, tais como vitaminas e 
minerais, que são comuns nos casos de seletividade alimentar. 
▪ É comum observar nos autistas que alguns comem um único alimento em 
grande quantidade, outros tem muita dificuldade de aceitar quaisquer 
alimentos que precise mastigar, preferindo mamadeiras por muitos anos, às 
vezes até 8 ou 10 anos. 
▪ Em ambos os casos, propicia o agravamento da síndrome, ficando mais 
irritados, dormindo mal e apresentando baixo desempenho nas atividades. E 
ainda, o déficit nutricional pode interferir no funcionamento geral do 
organismo. 
 
Terapia Nutricional 
 
Existem alimentos que 
podem impactar 
diretamente nos sintomas 
e condições básicas de 
saúde do portador, como 
inflamação do intestino, 
irritabilidade, deficiências 
de vitaminas e minerais e 
aumento de fungos. 
Hábitos Alimentares 
▪ Autistas têm seletividade alimentar evidente, costumam comer muito um 
único alimento e são resistentes a experimentar novos sabores, exigindo 
tempo, amor e paciência na hora da refeição. 
▪ São muito resistentes a mudanças, sendo importante estabelecer uma rotina 
de cardápio e um tempo razoável para se alimentar. Recusam a introdução 
de novos alimentos, por isso, é importante estimular o consumo da maior 
variedade, com disciplina e paciência, para evitar deficiências nutricionais. 
▪ A má alimentação e a falta de equilíbrioenergético são motivos de especial 
preocupação, pois, a ingestão inadequada de nutrientes pode afetar o 
desenvolvimento infantil. Alguns deles dormem mal, ficam muito ansiosos e 
irritados, comem muito, favorecendo ao aumento de peso ou diminuem 
drasticamente o consumo, desenvolvendo carências nutricionais 
▪ Na maioria das vezes, o momento da refeição transforma-se em 
irritabilidade, culminado com choro, agitação e agressividade da criança e 
desgaste emocional do cuidador, mesmo que este seja sua mãe. 
 
 
. Na hora da refeição, três aspectos mais marcantes 
são registrados: SELETIVIDADE: que limita a 
variedade de alimentos, podendo levar a carências 
nutricionais; RECUSA: mesmo ocorrendo a 
seletividade é frequente a não aceitação do alimento 
selecionado o que pode levar a um quadro de 
desnutrição calórico-proteica e a INDISCIPLINA que 
também contribui para a inadequação alimentar. 
A Literatura científica tem mostrado que, 
com relação à alimentação, (DOMINGUES, 
2011). 
Algumas mães, na tentativa de ajudar 
seus filhos, desenvolvem todo esse 
processo por conta própria, correndo 
o risco de piorar o comportamento 
alimentar das crianças e propiciar 
deficiência nutricionais. 
Seletividade Alimentar 
▪ É normal a criança apresentar resistência para comer um alimento novo na 
primeira tentativa, isso não significa que ela não goste ou não aceite aquele 
alimento de forma definitiva. 
▪ Na maioria das vezes, é apenas uma forma de demonstrar sua cautela e 
ansiedade frente ao alimento novo. 
▪ A seletividade pode estar direcionada a uma cor, odor ou tipo de textura, não 
há uma regra ou especificação que a determine. A criança simplesmente não 
tem vontade de alimentar-se naquele momento. 
▪ A recusa é caracterizada pela frequente rejeição a determinados alimentos, o 
que pode causar a deficiência de alguns nutrientes. 
▪ A maioria dos estudos apontam deficiências de vitamina b12, zinco, 
magnésio, aumento de metais pesados que são tóxicos ao organismo, como 
alumínio, mercúrio e chumbo. 
. 
 
 
 
Algumas estratégias de convencimento 
podem ser adotadas: 
- Levar a criança às compras, 
- Mostrar a origem dos alimentos 
- inserir a criança na preparação dos 
alimentos. 
A Importância da Alimentação 
no Tratamento do Autismo 
▪ Especialistas alertam que uma alimentação equilibrada é fundamental para a 
melhora do quadro de saúde de quem possui autismo. 
▪ Para isso, é necessário a exclusão, principalmente, do glúten e da caseína. 
▪ Alguns alimentos podem intensificar os sintomas como a farinha de trigo, o 
leite e a soja. Quando eles são retirados da dieta os pacientes geralmente 
ficam mais calmos e observa-se melhora da atenção e concentração. 
▪ Isso porque grande parte dos autistas apresentam uma deficiência 
enzimática que inibe a digestão completa da proteína presente na soja, leite 
e trigo. O resultado disso, é a formação de compostos que apresentam a 
capacidade de atravessar a parede do intestino, cair na corrente sanguínea e 
chegar ao Sistema Nervoso Central. Estas substâncias possuem ação 
semelhante ao ópio no cérebro, intensificando os sintomas da síndrome, 
como a falta de concentração e isolamento. 
▪ A ocorrência de sintomas gástricos é muito elevada em autistas, como 
constipação intestinal (intestino preso), diarreia, gastrite e refluxo. Para 
normalizar o funcionamento do intestino recomenda-se o uso de probióticos. 
▪ No caso de gastrite e refluxo evitar alimentos que irritam o estômago como: 
temperos industrializados, extrato de tomate, café, chá preto, alimentos 
fritos e alimentos ácidos como laranja, limão e abacaxi. 
▪ A suplementação com cápsulas de ômega três melhora a concentração e 
aprendizado. 
 
Características da dieta Sem 
Glúten e Sem Caseína (SGSC) 
▪ Em alguns casos, se as crianças autistas ingerem glúten e caseína é notável a 
mudança de comportamento, pois estas ficam mais agressivas, tem 
perturbações gastrointestinais, além de alergias. 
▪ Por isso, além de uma alimentação equilibrada parecida com a da população 
em geral, utiliza-se a dieta sem glúten e sem caseína para crianças autistas, 
que também é conhecida pela sigla dieta SGSC. 
▪ Nesta dieta devem ser retirados todos os alimentos que contenham glúten, 
como farinha de trigo, cevada, centeio e alguns tipos de aveia; e alimentos 
que contenham caseína, que são todos produzidos a partir do leite ou que 
contenham leite ou derivados na preparação. 
▪ No entanto, é importante destacar que a dieta SGSC só é eficiente e só tem 
recomendação de uso nos casos em que existe alguma intolerância ao glúten 
e ao leite, sendo necessário fazer acompanhamento com o médico e 
nutricionista para avaliar a existência ou não desse problema. 
▪ Os salgadinhos, sucos em pó artificial e gelatina são muito ricos em corantes. 
Hoje se sabe que os corantes também estimulam a hiperatividade, por essa 
razão, devem ser banidos da alimentação dos autistas. 
 
 
 
Acima de tudo, o mais importante é ter 
uma alimentação saudável, constituída 
por alimentos de verdade e naturais, 
isenta de produtos industrializados. 
Porque a dieta SGSC 
Funciona? 
▪ A dieta SGSC ajuda a controlar o autismo porque esta doença pode estar 
ligada a um problema chamado Sensibilidade Não Celíaca ao Glúten, que é 
quando o intestino é sensível ao glúten e sofre alterações como diarreias e 
sangramentos quando o glúten é consumido. 
▪ O mesmo vale para a caseína, que é má digerida quando o intestino está 
mais frágil e sensível. 
▪ Nem sempre esta condição é identificada em exames laboratoriais, por isso, 
o acompanhamento dos sintomas de acordo com a alimentação proposta, 
torna-se a conduta mais eficiente. 
▪ Essas alterações intestinais podem levar à piora dos sintomas do autismo e 
podem provocar problemas como alergias, dermatites e problemas 
respiratórios. 
▪ No entanto, é importante destacar que nem sempre a dieta SGSC vai 
funcionar para melhorar os sintomas do autismo, pois nem todos os 
pacientes têm o organismo sensível para glúten e caseína. Nesses casos, 
deve-se seguir uma alimentação saudável geral de rotina, lembrando que 
sempre deve ser feito o acompanhamento com o médico e com o 
nutricionista. 
 
 
 
 
Quais alimentos contém 
Glúten? 
▪ O glúten é a proteína do trigo e, além do trigo, ela também está presente na 
cevada, no centeio e em alguns tipos de aveia, devido a mistura de grãos de 
trigo e de aveia que normalmente acontece nas plantações e nas fábricas de 
processamento de alimentos. 
▪ É importante olhar no rótulo dos alimentos para ver a presença ou não de 
glúten, pois pela legislação brasileira o rótulo de todos os alimentos deve 
conter a indicação de contém ou não contém glúten 
 
Alimentos Não Permitidos 
Pães, Bolos, Cereais, Salgados, Biscoitos e 
Tortas preparados com farinha de trigo 
Macarrão, Pizza e Massas a base de farinha 
de trigo 
Cerveja e Wisky 
Alimentos industrializados produzidos a 
partir do trigo, centeio e cevada 
Glúten nos Alimentos 
Quais alimentos contém 
Caseína? 
▪ A caseína é a proteína do leite e, portanto, está presente em alimentos como 
queijo, iogurte, coalhada, creme de leite, requeijão, e todas as preparações 
culinárias que utilizam esses ingredientes, como pizza, bolo, sorvete, biscoito 
e molhos. 
▪ Além disso, alguns ingredientes utilizados pela indústria também contém 
caseína, como caseinato, fermento lácteo e soro do leite, sendo importante 
sempre verificar no rótulo antes de comprar um produto industrializado. 
▪ Ao contrário do glúten, a legislação brasileira não apresenta obrigatoriedade 
de identificação da caseína nos rótulos dos alimentos industrializados. Por 
isso, a atenção deve ser redobrada, atentando-se à lista de ingredientes nos 
rótulos. 
 
Leite e 
Derivados 
Queijos e 
Iogurte 
Manteiga 
Creme de 
Leite 
Leite 
condensado 
Caseinato 
Chantilly 
A Importância do Ômega 3 
. 
▪ Estudos sugerem que pessoas autistas podem apresentarmelhoras em 
alguns aspectos do comportamento e na qualidade de vida, mediante a 
suplementação na dieta com o ômega 3 DHA, tipo específico de ácido graxo 
da classe dos ômega 3, com forte função neuronutritiva. 
▪ O uso Omega 3 está focado na correção de alterações no metabolismo. Ele 
vem sendo investigado com o intuito de melhorar o funcionamento do 
cérebro e reduzir o déficit de linguagem. Este lipídio é composto pelos ácidos 
graxos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexanóico (DHA), os quais são 
importantes para o desenvolvimento e função cerebral. 
▪ Algumas pesquisas identificaram que pacientes com transtornos do espectro 
autista apresentam níveis mais baixos de DHA no sangue e a suplementação 
de dieta com ácidos graxos polinsaturados melhorou aspectos como 
interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. 
▪ Dessa forma, sugere-se que o consumo de DHA pode ajudar a amenizar os 
transtornos do espectro autista. 
▪ Por isto, a recomendação é incluir fontes de ômega-3 na própria dieta, 
adotando-se como proteína animal o peixe, pelo menos duas vezes por 
semana, e fontes vegetais como linhaça e outras sementes. 
▪ Se optar por suplementar ômega-3, procure um nutricionista para conversar 
sobre a suplementação concomitante de outros antioxidantes que irão evitar 
a oxidação deste nutriente e garantir a dose adequada para cada caso. 
 
 
Quais os principais cuidados 
em relação à alimentação? 
 
 
▪ Na dieta para autismo deve-se fazer uma alimentação rica em alimentos 
como vegetais e frutas em geral, batata inglesa, batata doce, arroz integral, 
milho, cuscuz, castanhas, feijão, azeite, coco e abacate. 
▪ A farinha de trigo pode ser substituída por outras farinhas sem glúten como a 
de linhaça, de amêndoas, de castanha, de coco e a farinha de aveia, quando 
o rótulo da aveia traz a indicação de que o produto é sem glúten. 
▪ Já o leite e seus derivados podem ser substituídos por leites vegetais como 
leite de coco e de amêndoas, e pelas versões veganas para queijos, como o 
tofu e o queijo de amêndoas. 
▪ Utilizar cebola e alho no preparo dos pratos, pois estes têm propriedades 
imunoestimulantes; 
▪ Muitas frutas, verduras e hortaliças que são ricas em antioxidantes; 
▪ Alimentos que são ricos em Ômega 3 como salmão, sardinha, sementes de 
abóbora, linhaça; 
▪ Ovos caipiras; 
▪ Carnes, peixes e aves domésticas; 
▪ Utilizar, de preferência, óleo de oliva (Azeite). 
 
 
O que os Autistas devem 
Comer? 
 
 
 
O que os Autistas NÂO 
devem Comer? 
 
 
 
▪ Soja; 
▪ Alimentos industrializados como salgadinhos, comidas prontas; 
▪ Alimentos com trigo, cevada, centeio e aveia; 
▪ Leite e seus derivados; 
▪ Alimentos com corantes; 
▪ Refrigerantes e bebidas industrializadas; 
▪ Comer muitos doces. 
 
 
 
10 Dicas para uma Boa 
Alimentação do Autista 
 
1- Consultar médico e nutricionista para verificar os alimentos com potencial 
alergênico que pode influenciar no controle ou agravamento de sintomas. 
2- Alimentação restrita de glúten, caseína e produtos industrializados. 
3- Evitar alimentos com potencial alergênico, de acordo com a individualidade 
do indivíduo, como ovos, peixes, frutos do mar, nozes, amendoim e soja. 
4- Uma dieta cetogênica e baixa em carboidratos é eficaz para crianças autistas. 
5- Dieta livre de açúcares e leveduras é útil em alguns casos. 
6- Algumas crianças autistas são deficientes em certas vitaminas e minerais, 
portanto, garanta que a criança esteja recebendo uma quantidade adequada 
para ajudar o seu crescimento e tratar os sintomas. 
7- Incluir uma dieta rica em ômega-3, como o salmão, sardinha, linhaça e óleo 
de fígado de bacalhau. 
8- Uma dieta rica em fibras ajuda a aliviar e prevenir a constipação. Também 
incluir a água e atividade física regular. 
9- Probióticos ajudam com problemas gastrointestinais, pois eles contêm 
bactérias saudáveis e pode melhorar a microflora no trato digestivo das crianças 
10- Adquira o hábito de consumir alimentos naturais e não industrializados. 
Cardápio da Dieta SGSC 
É importante lembrar que este é apenas um exemplo de cardápio sem glúten e sem 
caseína. A criança com autismo deve ser acompanhada pelo médico e nutricionista 
para que a alimentação favoreça o seu crescimento e desenvolvimento, ajudando a 
minimizar os sintomas e as consequências da doença. 
NÃO INDICO NENHUM TRATAMENTO SEM A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL 
Alimentação na prática: 
Relato de uma mãe 
▪ Como nutricionista e mãe de autista eu recomendo nunca seguir dietas 
por conta própria, pois cada indivíduo apresenta suas próprias 
necessidades. 
▪ Particularmente, eu nunca segui a risca a dieta sem glúten e sem caseína 
com meu filho por ser muito restritiva. No entanto, mudei a alimentação 
de toda a família, trazendo para casa somente alimentos que são 
preparados naturalmente, excluindo produtos industrializados e 
considerando sempre a expressão: “descasque mais e desembrulhe menos”. 
Construindo hábitos alimentares mais naturais e saudáveis. 
▪ Experimente saborear a comidinha da forma que era preparada pela vovó. 
Alimentos mais frescos mantém a qualidade nutricional. Sei que na vida 
corrida é difícil não ter industrializados na dispensa, mais é possível mudar 
e melhorar a saúde a partir de escolhas mais saudáveis, não só do autista 
mais também de toda a família. 
▪ O Dr Lair Ribeiro, pesquisador e nutrólogo, afirma que todas as doenças 
começam por desequilíbrio nutricional de algum nutriente, podendo estar 
em falta ou em excesso no organismo. Concordo e tenho experiência 
nisso, porque vivo um laboratório em casa onde acompanho todas as 
mudanças positivas e negativas. 
▪ Experimente fazer como eu e perceberá que o bem estar do seu filho vale 
por tudo! 
 
Alimentação na prática: 
Relato de uma mãe 
(continuação) 
▪ Quando ainda não era nutricionista e não tinha as informações que tenho 
hoje, as compras de casa eram realizadas de acordo com o preço e a 
comodidade, preferindo o que era mais fácil para o preparo. Assim, os 
mais consumidos eram nuggets, sucos de caixinha, refrigerantes, 
biscoitos, temperos prontos, salsichas, miojo, açúcar refinado e outros 
alimentos de fácil preparo. Hoje, tenho consciência de que, com o mesmo 
dinheiro, eu trago saúde para casa e para família. 
▪ Substituí os industrializados pelos caseiros. Eu mesma preparo nuggets, 
almôndegas, escondidinho de carne, etc... Tudo fica muito mais saudável e 
gostoso. Preparar o alimento da família é um ato de amor. 
▪ Troquei nuggets por carne moída, suco de caixa por frutas da época, que 
são mais baratas e nutritivas e esses são apenas pequenos exemplos. 
▪ Atualmente, como profissional de nutrição, não indico uma restrição 
alimentar severa. Minha orientação é baseada na educação alimentar 
para que aconteça a diferença na saúde. 
▪ Como resultado desse novo hábito, posso dar o meu relato de vida. Meu 
filho, que já tinha sido levado ao pronto socorro várias vezes para fazer 
lavagem por causa de constipação intestinal, por dias seguidos que não 
conseguia evacuar, nunca mais teve constipação. E, com isso, melhorou 
também o humor, nunca mais se auto agrediu e passou a dormir melhor. 
Conclusão do meu 
Testemunho 
▪ Sabemos que alguns estudos sugerem que os peptídeos de glúten e 
caseína, assim como outros componentes nutricionais, podem ter alguma 
participação na fisiopatologia do autismo, porém não há evidências que 
validem sua restrição para todos os casos, sendo mais importante, 
respeitar a individualidade bioquímica de cada paciente. 
▪ Entretanto, é certo que o cuidado na dieta e escolhas alimentares 
saudáveis estão completamente relacionado ao bem estar e condição de 
saúde de todos, especialmente para nossos filhos. Portanto, a adaptação 
dos hábitos alimentares saudáveis torna-se obrigatório para a boa 
evolução e desenvolvimento comportamental do autista. 
▪ Nota-se, portanto, que a nutrição e fatores ambientais desempenham 
papéis primordiaispara melhoria da qualidade de vida do indivíduo. Os 
diversos estudos científicos sobre a alimentação do autista, associados à 
experiência de pessoas diretamente envolvidas, especialmente mães e 
cuidadores, sob orientação de nutricionistas, vêm contribuindo para a 
melhoria na saúde e comportamentos dos pacientes. 
▪ E foi por esse motivo que resolvi colocar minha experiência nesse livro, 
para poder te ajudar, enquanto mãe e profissional. 
Alimentação do meu Filho 
na Prática 
▪ Conforme já compartilhei com você, nunca segui uma dieta muito 
restritiva para meu filho autista. Sempre valorizei os alimentos mais 
naturais e menos industrializados possíveis. 
▪ Observei que para obter bons resultados é importante trabalhar a 
seletividade do autista. Assim ele vai aprender a sentir novos sabores, 
texturas, temperaturas e ainda vai se beneficiar por poder comer 
alimentos saudáveis junto com a família, participando das refeições em 
conjunto com todos. 
▪ Vale ressaltar que cada criança apresenta a sua particularidade, tanto com 
relação à escolha dos alimentos quanto ao possível efeito de 
alergenicidade ao glúten ou caseína. 
▪ Conforme já mencionado aqui, é imprescindível, verificar qual é a 
realidade do seu filho e, observando diferença no comportamento ou 
metabolismo quando exposto a esses nutrientes, o melhor é evitá-los. 
▪ Todo esse processo deve ser conduzido e acompanhado pelo médico e 
nutricionista, evitando conclusões precipitadas, desgastes emocionais 
desnecessários e deficiencias nutricionais. 
 
Suplementos são 
Necessários? 
▪ É certo que alguns nutrientes são essenciais para auxiliar no 
desenvolvimento e crescimento da criança. E, na maioria das vezes, o 
consumo alimentar fica em desvantagem, principalmente devido a grande 
seletividade dos autistas. Por isso, a suplementação do meu filho com 
alguns deles, foi essencial para a sua saúde. 
▪ Em resumo, faço suplementação com prebiótico natural que preparo em 
casa (Biomassa de banana verde) e também Ômega 3, Vitamina B12 e 
Magnésio. Observei ótimos resultados com esta prática. 
▪ A Biomassa auxilia no tratamento da permeabilidade intestinal. Esta é 
uma função de proteção do intestino para correta absorção dos 
nutrientes. Quando a permeabilidade não está em equilíbrio, a penetração 
de macromoléculas e compostos tóxicos é facilitada, como acontece no 
caso da caseína. Utilizo a biomassa de banana verde caseira e na próxima 
página, você encontra a receita que é muito fácil de fazer. Outra opção é 
comprar pronto nos supermercados e casas de produtos naturais. 
▪ Minerais e Vitaminas estão intimamente ligados ao bom funcionamento e 
desenvolvimento cerebral. Por isso, a suplementação com Ômega 3, 
Magnésio e Vitamina B12 foram essenciais para eu perceber uma melhora 
no estado de saúde geral do meu filho. 
Receitas Práticas: 
Biomassa de Banana Verde 
INGRADIENTES: 
▪ 6 bananas verdes 
MODE DE PREPARO 
▪ Lave as bananas. 
▪ Em uma panela de pressão coloque as 
bananas e cubra com água. 
▪ Quando começar ferver deixe por 8 
minutos. 
▪ Desligue e tire da casca ainda quente. 
▪ Amasse com um garfo e espere 
esfriar. 
▪ Guarde na geladeira em pote de vidro 
com tampa. Validade de até 3 dias. 
▪ Pode ser consumido em sopas, sucos, 
vitaminas, mingaus, etc. 
 
Extratos Vegetais para 
Substituir o Leite 
▪ Extratos vegetais são bebidas produzidas a partir de grãos, sementes e 
cereais, que podem substituir os leites de origem animal. Representam 
uma ótima opção para quem tem alergia ou intolerância ao leite de 
vaca, sendo altamente nutritivos e saudáveis. 
▪ O ideal, é que esta substituição seja acompanhada por nutricionista para 
evitar deficiências nutricionais. 
▪ Os Leites Vegetais, como são chamados, são ricos em vitaminas, minerais, 
como magnésio, e ácidos graxos essenciais, como o ômega 3. Porém, as 
suas proteínas apresentam déficit de alguns aminoácidos essenciais. 
▪ Eles podem ser consumidos puro ou utilizados em receitas doces ou 
salgadas, tais como bolos, pães, biscoitos, mingaus, purês e para fazer 
vitaminas, seja com frutas frescas (abacate, abacaxi, goiaba, banana, 
mamão, maçã, etc) ou frutas secas (ameixa, damascos, etc). 
Existem diversos tipos de bebidas 
vegetais. As mais conhecidas são de 
Amendoim, Aveia, Arroz integral, 
Castanhas, Amêndoas, Nozes, Avelã, 
Coco, Gergelim, Inhame, Linhaça, 
Quinoa e Semente de abóbora. 
▪ Antes de iniciar o preparo, os grãos devem ser bem lavados em água 
corrente. Não é necessário colocar nenhum tipo de sabão ou produto. 
▪ Em seguida, as sementes precisam ser hidratadas em água, para que os 
nutrientes sejam melhor aproveitados. Para isso, coloque-os de molho em 
um recipiente tampado, por, no mínimo, 2 horas. 
▪ Para obter uma consistência homogênea, bebidas vegetais necessitam 
ser coadas em peneira bem fina. 
▪ Essas bebidas costumam talhar quando expostas à temperatura ambiente. 
Portanto, devem ser conservadas sempre em geladeira, de preferência em 
jarra de vidro com tampa e apresentam validade máxima de 3 dias. 
▪ Se for preciso aquecer para o preparo de alguma receita, é importante não 
deixar ferver, pois o calor excessivo inativa alguns dos seus principais 
nutrientes, diminuindo o seu valor nutricional. 
 
O que você precisa saber 
para Preparar o Leite Vegetal 
Receitas Práticas: 
Leite de Coco Caseiro 
INGRADIENTES: 
▪ 1 coco grande 
▪ 1 Litro de água filtrada ou mineral 
morna 
MODE DE PREPARO 
▪ Fure o coco, retire a água e reserve. 
▪ Quebre o coco e leve-o ao forno por 
cinco minutos. Isto fará com que a polpa 
desprenda com mais facilidade. 
▪ Com uma faca retire a polpa da casca 
dura e coloque-a no liquidificador junto 
com a água morna. Bata por 3 minutos. 
▪ Coe com uma peneira bem fina e está 
pronto. Conserve em geladeira. 
▪ Guarde o coco ralado no freezer para 
utilizá-lo da forma que preferir. 
Receitas Práticas: 
Leite de Arroz Caseiro 
INGRADIENTES: 
▪ 1 xícara de arroz sem lavar 
▪ 1litro de água filtrada 
▪ 1 colher de café de sal 
▪ Metade de uma fava de 
baunilha 
MODE DE PREPARO : 
▪ Leve ao fogo a água com o arroz, o 
sal e a baunilha por 15 minutos, não 
mais que isso. 
▪ Passe o arroz com a água do 
cozimento pelo liquidificador, 
utilizando o modo pulsar para 
apenas quebrar os grãos sem formar 
uma papa. 
▪ Peneire e esprema o arroz apenas 
para sair o líquido e está pronto. 
. 
Receitas Práticas: 
Leite de Oleaginosa Caseiro 
INGRADIENTES: 
▪ 1 copo de 300ml de oleaginosas 
da sua preferência (Castanha de 
caju ou do Pará, nozes, 
macadâmia, avelã ou outras). 
MODE DE PREPARO : 
▪ Coloque a oleaginosa de molho com 
água filtrada por 6 horas. 
▪ Despreze a água do remolho e bata 
os grãos no liquidificador, 
acrescentando 3 a 4 copos de água 
filtrada. A quantidade de água vai 
depender da consistência desejada. 
▪ Coe e esprema os grãos, retirando 
todo o extrato. 
▪ O resíduo pode se transformar em 
farinha da oleaginosa. Basta colocar 
no forno e mexer aos poucos. 
Peneirar e está pronta para ser 
utilizada em outras preparações. 
Mensagem Final 
▪ Para finalizar, quero te dizer que tudo é possível quando escutamos a nós mesmas. 
Primeiro devemos ouvir o que vem de dentro. Quando conseguimos nos escutar, 
fica mais fácil vencer o que vem de fora. É como o pastor que comanda o rebanho. 
É ele quem determina os passos e o caminho das ovelhas e elas obedecem e o 
acompanham. É um escutar. Escutar a voz do pastor, escutar você primeiro e 
depois o que vem de fora. 
▪ Quando sentia as minhas dificuldades, sempre busquei ouvir essa voz para saber o 
que havia dentro de mim e determinar o que eu teria que fazer para acalmar o 
ambiente dentro de casa. 
▪ Vou contar uma breve história como exemplo para te explicar melhor. Tínhamos 
um aparelho de som potente, lindo e prático que ficava exposto na estante da sala. 
Ele foi parar debaixo da cama porque, na época, meu marido precisava sair paratrabalhar às quatro e meia da manhã e meu filho queria ficar escutando música alta 
até às duas horas da manhã. Com isso, sobravam apenas duas horas e meia de 
silêncio para dormirmos. Isso gerava um cansaço extremo para todos. Meu marido 
foi ficando cada vez mais estressado e muito cansado porque não dormia. Foi aí 
que me escutei por dentro e tive a ideia de esconder o aparelho de som, afirmando 
ao meu filho que ele havia se quebrado e que lhe daria um rádio. Ele não suportava 
fone de ouvido, mas passou a escutar as músicas no celular. Com o tempo, ele não 
aceitou mais. Compramos, então, um radinho que foi uma benção, pois ele pode 
escutar as músicas dele tranquilo e se adaptou muito bem. Como não é de grande 
potência, o som é mais controlado. Assim, ele escuta o que quer, dorme na hora 
que quer, sem atrapalhar a família, trazendo a paz para casa novamente. 
▪ Este é um pequeno exemplo das possíveis adaptações que podemos fazer 
seguindo a nossa voz interna de mãe. Se todos se estressarem e não tivermos uma 
solução para os desafios, vai desencadear uma crise, não só no autista, mas na 
família inteira. Dessa forma, os casamentos se acabam, os maridos vão embora e 
as mães acabam ficando sozinhas. 
 
Quer um Conselho? 
Ame! 
▪ Então, o que quero te dizer, é que tem solução. É difícil e desafiador, mas é 
possível. A gente deve acreditar que é possível mudar a nossa casa com o 
aprendizado do dia a dia. 
▪ É possível mudarmos os nossos filhos, seja com o que aprendemos na escola, ou 
com a psicoterapia, ou mesmo com as experiências de outros. Ou seja, existe uma 
infinidade de aprendizado que pode sempre trazer benefícios para a nossa casa e o 
bom convívio da família. 
▪ É principalmente isso que eu gostaria de passar para vocês por meio deste relato 
muito verdadeiro e muito satisfatório. Um exemplo de caso de sucesso para te 
incentivar a construir tudo isso dentro da sua casa também, salvando seu 
casamento, sua família e te libertando do caos, do estresse e da confusão. 
▪ Se tivesse que te dar um conselho, diria: “Simplesmente ame”, como dizia Madre 
Tereza de Calcutá. Que essa força do amor que nos move é a única que nos faz ver 
quem somos. Não fomos escolhidas a toa para ser mães de pessoas tão especiais. E 
nossa missão não é só cuidar deles, mas também de todos que os rodeiam. Se não 
conseguirmos entender e aceitar dessa forma, corremos o risco de deixar todos 
caírem e não vai sobrar ninguém para ajudar quem de fato precisa. 
Vamos ser fortes e fazer da 
diferença, uma história de 
superação!

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