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Adequação Alimentar e Superação na Prática Relato de uma Mãe Nutricionista Maria de Jesus Martins da Silva Sobre a Nutri Maria de Jesus Martins da Silva Mãe de autista Nutricionista Clinica e esportiva formada pela Universidade UCL (Centro Universitário Celso Lisboa) Especialista em Nutrição Clínica e Esportiva Agradeço primeiramente a Deus, por colocar tantas pessoas boas no meu caminho. Ao me juntar a elas, me sinto grande e fortalecida. Em seguida, a minha família, em especial meu marido e minha irmã, Maria das Graças, que sempre me deram força e apoio em minhas decisões. Olho no espelho e posso ver o brilho nos meus olhos e sentir no meu coração que não estou só. Realmente Deus nos fez a sua semelhança, e por isso, mãezinhas de autistas ou não, ser mãe é uma dádiva. Vamos amar nossos filhos e acredite, seremos amadas e felizes! mariadejesusmr@bol.com.br PenseMagro SejaLeve (21) 98677 1523 Um pouco da Minha História... Minha Experiência Autista ▪ Nós, pais de autista ,vivemos na dúvida do certo e errado diariamente. São muitas informações, mas poucas ações governamentais que nos faz refém da dúvida. ▪ Os anos vão passando e a incerteza do futuro nos rodeia. Cabe a nós ter Fé e não desistir nunca dos nossos pequenos, mesmo que já tenha 30 anos ou mais. Alguns continuam crianças, não importando a idade cronológica, pois o tempo não importa. ▪ E assim, muitas vezes, o medo e a incerteza toma conta de nós, pais. E Logo vem a pergunta: “como será daqui a 20 anos?”. Eu estarei cansada e quem irá entender e compreender uma pessoa com tanta complexidade? ▪ O mundo do autista acaba sendo muito restrito. Eles chegam nas nossas vidas apenas como crianças. São amados e queridos. E sem esperar, vem um diagnóstico dizendo seu filho é autista. ▪ O primeiro impacto é de susto, parece que o mundo cai. Mas isso por pouco tempo, pois precisamos levantar a cabeça e começar a busca interminável por ajuda e orientações. ▪ E assim, tudo que alguém diz que é bom, nós acreditamos, na tentativa de oferecer uma melhor qualidade de vida para nossos filhos. Então, começa psicoterapia, cromoterapia, terapia ocupacional, terapia medicamentosa, musicoterapia, dietas sem glúten e sem caseína e muita oração. Chegamos até mesmo a pensar que pode ser espiritual e levamos para benzer. Afinal, se não fizer bem, mal não faz. ▪ Tudo isso aconteceu comigo, até que resolvi encarar de uma forma diferente. O desafio do cotidiano e o avanço da ciência me fizeram buscar conhecimentos para continuar ajudando no desenvolvimento do meu filho. ▪ No primeiro momento, fiz o que faz a maioria das mães. Fiquei sem saber o que fazer, mas não me acomodei. Busquei ajuda de profissionais qualificados e fui tentando entender o que era realmente autismo. Até hoje, uma incógnita para mim, que me acompanha há 25 anos sem respostas conclusivas da ciência e fui aprendendo dia a pós dia. Encarando a Realidade Minhas Expectativas com esse Livro ▪ O meu desejo com este livro é passar para vocês, pais e mães de autista, um pouco de informação, baseada na minha prática. ▪ Quando receber um diagnostico de autismo não se desespere, e, sim, ame seu filho ou filha ainda mais. ▪ Saiba que será um desafio para vida toda e, dependendo do grau do autismo, seu filho pode aproveitar bastante as terapias e quanto mais cedo começar, melhor será. ▪ Pode ser que seu filho não tenha tantas condições de responder a todas as terapias propostas, mas o mais importante, é que a terapia seja suficiente para evitar crises de agressividade. ▪ Hoje já tem mais informações e maiores possibilidades de tratamentos. Mesmo que os melhores tratamentos não estejam ao alcance de todos, porque são muito caros, a facilidade de acesso às informações que temos hoje, ajuda e muito. O que eu não tinha há 25 anos. ▪ Atualmente, temos fácil acesso às informações por meio da internet, que podemos pesquisar de qualquer lugar e com respostas rápidas às nossas dúvidas, facilitando muito a vida de pais e filhos. ▪ Por essas razões resolvi escrever este livro, de forma simples e prática, na esperança de conseguir ajudar um número maior de pessoas. Evolução da Minha Trajetória ▪ Como já relatei, sempre busquei aprender mais e mais, para não desmoronar. Foi nesse contexto que resolvi ir para a faculdade. ▪ E você deve estar imaginando que fui buscar a psicologia ou psicanálise ou até mesmo medicina, mas não! Como meu filho era muito seletivo a alimentação, procurei o apoio da Nutrição, suplementos e fitoterápicos. ▪ A mudança na alimentação do meu filho e da família nos trouxe melhora considerável. Mesmo não utilizando dietas restritas de caseína e glúten, eu aprendi a fazer associações de alimentos saudáveis. Pensava que por meio de uma alimentação saudável e equilibrada, poderia facilitar a vida e a saúde, não só do meu filho autista, mas também de toda a família. ▪ E não estava errada. Meu filho que tinha aversão a frutas, verduras e legumes, foi se adaptando, até aceitar a alimentação oferecida. Hoje ele tem uma alimentação saudável, melhor saúde, concentração mental e vida social. O que você vai encontrar nesse livro? ▪ Vou deixar aqui neste E-book, algumas sugestões alimentares que podem te ajudar muito na condução da alimentação do seu filho e, consequentemente, melhora no seu estado geral de saúde. ▪ Você vai descobrir alguns alimentos com atividades cerebrais comprovadas e que podem ajudar no autismo. ▪ Apesar de não ter cura para o autismo, existem vários tratamentos alternativos com bons resultados, trazendo alento á várias famílias. Por isso apresento a você, a terapia nutricional que realizei com meu filho para que você possa tirar de exemplo e fazer o mesmo na sua casa. ▪ Existem alimentos capazes de modular o intestino inflamado, trazendo melhoras na saúde em geral. E aqui você encontrará algumas dessas receitas que foram imprescindíveis para o sucesso do tratamento alimentar do meu filho. Todas muito práticas e saborosas. ▪ Além disso, apresento dicas importantes sobre os principais alimentos relacionados à função cerebral e alguns suplementos indicados desde que seja acompanhado por médicos e nutricionistas. É comum os autistas apresentam deficiências de vitamina B12, zinco e magnésio e excesso de metais pesados, que causam intoxicação, como o chumbo e alumínio. ▪ Venha conhecer um pouquinho da minha jornada e dessa incrível ciência que faz dos nossos filhos, pessoas especiais! ▪ O Autismo é um termo geral usado para descrever um grupo de transtornos de desenvolvimento do cérebro, conhecido como “Transtornos do Espectro Autista” (TEA). O TEA são um conjunto de manifestações que afetam o funcionamento social, a capacidade de comunicação, implicam em um padrão restrito de comportamento e geralmente vem acompanhado de deficiência intelectual. ▪ E uma síndrome que manifesta-se na infância e caracteriza-se por prejuízos crônicos no desenvolvimento social, com distúrbios de comunicação e padrões de comportamento limitados ou repetitivos. ▪ É evidente a existência de processos genéticos e de desenvolvimento neural em sua etiologia; ocorre com frequência quatro vezes mais em meninos e pode estar associado a retardo mental. ▪ Nos últimos 20 anos, uma melhor compreensão sobre algumas das características sociais do autismo e de distúrbios relacionados levou a progressos na identificação e no diagnóstico precoces. Esses avanços talvez tenham contribuído para o aumento de reconhecimento e da prevalência do autismo em todo o mundo. O que é Autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA)? Prevalência e Características Algumas crianças e adolescentes autistas podem ser bastante interativos, ter habilidades linguísticas bem desenvolvidas e sair- se bem na sala de aula, mas ainda assim podem sofrer limitações sociais significativas e debilitantes.A inclusão social é uma realidade bem disfarçada e depende do grau de autismo e ele não está livre de bulligs, o que afeta e comportamento e a saúde de qualquer criança ou adolescente. Os autistas não são poupados e alguns podem regredir, pois quando são continuamente exposto aos fatores ambientais que o afetam, os impactos cerebrais podem piorar ao longo da vida. . ▪ Atualmente não existe um teste específico para o diagnóstico de autismo. Baseia-se na história de vida do paciente, no comportamento observado em diversas situações e em testes educacionais e psicológicos. ▪ Há evidências que os primeiros sinais do autismo podem ser vistos em crianças bem novas, com 8 a 10 meses de idade: podem ser mais passivas, mais difíceis de acalmar ou não reagem quando alguém chama seu nome. ▪ Para que se tenha um bom prognóstico com relação ao tratamento, é preciso que seja realizado um diagnóstico precoce, de preferência antes da criança completar dois anos, sem desprezar quaisquer sinais clínicos. ▪ As crianças autistas normalmente têm histórico de infecções e alto consumo de antibióticos nos primeiros anos de vida. Apresentam sinais característicos de alergias, como olheiras e olhos inchado. ▪ Embora se alimentem bem podem apresentar aspecto de subnutrição. As fezes podem ter aparência mucosa, e de coloração variante, entre amarelo, esverdeado e avermelhado, e podem ter odor de mofo com intensa flatulência (gases).Frequentemente apresentam abdômen distendido, e inchado, com intensa movimentação visceral e mau hálito. Diagnóstico ▪ . Sinais e Sintomas Gerais Sintomas Causados pela Alimentação Inadequada ▪ Alguns nutrientes não são completamente metabolizados no organismo da maioria dos autistas. Isso acontece devido a ausência de algumas enzimas digestivas, provocando novos sintomas ou agravando o seu estado de saúde. ▪ Desta forma, os autistas apresentam sintomas parecidos com as pessoas que sofrem de intolerância alimentar, quando consomem a caseína e o glúten. Estas proteínas podem induzir ou simular uma intolerância alimentar produzindo anticorpos, como acontece na doença celíaca. ▪ Quando os peptídeos opioides, derivados da digestão incompleta do glúten e da caseína, atingem o fluxo sanguíneo, causam alterações na motilidade intestinal, na acidez estomacal e redução do número de células nervosas do sistema nervoso central interferindo nos comandos cerebrais. Sendo assim, esses sintomas se manifestam no comportamento da criança e alguns alimentos são gatilhos, desencadeando irritabilidade e agressividade. ▪ Estudos com crianças autistas alimentadas com dieta restrita em glúten e caseína, apresentaram melhoras consideráveis no comportamento após 8 meses de dieta. No entanto, devido a complexidade do processo e potencial de deficiência nutricional, o suporte clínico e dietético deve ser realizado com apoio e orientação profissional. Sintomas Gastrointestinais Os principais sintomas gastrointestinais observados no autista são: constipação, diarreia, gases e inchaço abdominal. E podem ser acentuados em decorrência da alimentação inadequada e consumo de alguns nutrientes específicos. Por isso, a relevância sobre a adesão da dieta e terapia nutricional adequada, que deve ser conduzida por Médicos e Nutricionistas. O Intestino do Autista ▪ Sabe-se que a maturidade intestinal tem grande importância no desenvolvimento cognitivo de crianças com autismo, pois o seu comprometimento pode desencadear maior probabilidade de invasão de substâncias tóxicas na corrente sanguínea, podendo ser considerada uma das principais causas no aparecimento de doenças neurais. Dessa forma, o sistema digestivo da criança autista, passa a ser fonte de toxicidade. ▪ Sem a barreira protetora, os microrganismos patogênicos acabam danificando ainda mais a integridade da parede intestinal, levando ao aumento na liberação de toxinas que podem chegar no cérebro. ▪ Tudo está mais propício de ocorrer no segundo ano de vida em crianças que não foram amamentadas. Assim, a amamentação torna-se fundamental para proteção e prevenção, podendo evitar diversos transtornos, como o autismo, por exemplo. ▪ Além disso, já foi identificado que os autistas apresentam um defeito genético numa proteína responsável pela detoxificação de metais pesados, propiciando maior sensibilidade cerebral a estas substâncias. ▪ Essa proteína também está relacionada ao desenvolvimento da região encefálica e do trato gastrointestinal durante os primeiros anos de vida. Por isso, o cuidado com alimentação dos portadores de autismo, pode ser o divisor de águas, entre a qualidade de vida ou gatilho para mudança de comportamento e humor. Causas Alimentares X Sintomas Tratamentos do Autista ▪ O autismo não tem cura. O tratamento deve envolver uma equipe multidisciplinar e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida através do controle dos sintomas comportamentais e condicionamento do indivíduo à vida social respeitando suas limitações. Devido às incertezas sobre sua causa existem várias propostas de tratamento. ▪ Tradicionalmente as linhas comumente adotadas são: ▪ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO onde a prescrição medicamentosa atua sobre os sintomas. ▪ INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICO que consiste em terapia fundamentada em associação, rotina e aprendizado. ▪ Portanto, os tratamentos mais recomendados para o autismo são COMPORTAMENTAIS e PSICOEDUCACIONAIS. No entanto, a eficácia desses tratamentos é limitada. As diferenças individuais nas manifestações do autismo são evidentes e constituem como elementos de complexidade que dificultam a compreensão e o tratamento desse distúrbio. O protótipo da criança autista como “não responsiva e distante” descreve apenas um subgrupo da doença. ▪ Outros tratamentos podem ser integrados para melhorar a qualidade de vida destes indivíduos, como terapia nutricional com foco na redução dos sintomas, fonoaudiologia, musicoterapia e equoterapia. As peças fundamentais para o sucesso do tratamento do autismo é o amor, a dedicação e acima de tudo compreensão de todas as pessoas que o cercam. ▪ Um bom começo para a eficácia de qualquer tratamento é a terapia nutricional para impedir o agravamento dos sintomas, evitando os alimentos que são gatilhos para alterações no humor. ▪ Para o tratamento nutricional é importante respeitar as necessidades e preferências alimentares do paciente. Além disso, atentar para a suplementação dos nutrientes com deficiências, tais como vitaminas e minerais, que são comuns nos casos de seletividade alimentar. ▪ É comum observar nos autistas que alguns comem um único alimento em grande quantidade, outros tem muita dificuldade de aceitar quaisquer alimentos que precise mastigar, preferindo mamadeiras por muitos anos, às vezes até 8 ou 10 anos. ▪ Em ambos os casos, propicia o agravamento da síndrome, ficando mais irritados, dormindo mal e apresentando baixo desempenho nas atividades. E ainda, o déficit nutricional pode interferir no funcionamento geral do organismo. Terapia Nutricional Existem alimentos que podem impactar diretamente nos sintomas e condições básicas de saúde do portador, como inflamação do intestino, irritabilidade, deficiências de vitaminas e minerais e aumento de fungos. Hábitos Alimentares ▪ Autistas têm seletividade alimentar evidente, costumam comer muito um único alimento e são resistentes a experimentar novos sabores, exigindo tempo, amor e paciência na hora da refeição. ▪ São muito resistentes a mudanças, sendo importante estabelecer uma rotina de cardápio e um tempo razoável para se alimentar. Recusam a introdução de novos alimentos, por isso, é importante estimular o consumo da maior variedade, com disciplina e paciência, para evitar deficiências nutricionais. ▪ A má alimentação e a falta de equilíbrioenergético são motivos de especial preocupação, pois, a ingestão inadequada de nutrientes pode afetar o desenvolvimento infantil. Alguns deles dormem mal, ficam muito ansiosos e irritados, comem muito, favorecendo ao aumento de peso ou diminuem drasticamente o consumo, desenvolvendo carências nutricionais ▪ Na maioria das vezes, o momento da refeição transforma-se em irritabilidade, culminado com choro, agitação e agressividade da criança e desgaste emocional do cuidador, mesmo que este seja sua mãe. . Na hora da refeição, três aspectos mais marcantes são registrados: SELETIVIDADE: que limita a variedade de alimentos, podendo levar a carências nutricionais; RECUSA: mesmo ocorrendo a seletividade é frequente a não aceitação do alimento selecionado o que pode levar a um quadro de desnutrição calórico-proteica e a INDISCIPLINA que também contribui para a inadequação alimentar. A Literatura científica tem mostrado que, com relação à alimentação, (DOMINGUES, 2011). Algumas mães, na tentativa de ajudar seus filhos, desenvolvem todo esse processo por conta própria, correndo o risco de piorar o comportamento alimentar das crianças e propiciar deficiência nutricionais. Seletividade Alimentar ▪ É normal a criança apresentar resistência para comer um alimento novo na primeira tentativa, isso não significa que ela não goste ou não aceite aquele alimento de forma definitiva. ▪ Na maioria das vezes, é apenas uma forma de demonstrar sua cautela e ansiedade frente ao alimento novo. ▪ A seletividade pode estar direcionada a uma cor, odor ou tipo de textura, não há uma regra ou especificação que a determine. A criança simplesmente não tem vontade de alimentar-se naquele momento. ▪ A recusa é caracterizada pela frequente rejeição a determinados alimentos, o que pode causar a deficiência de alguns nutrientes. ▪ A maioria dos estudos apontam deficiências de vitamina b12, zinco, magnésio, aumento de metais pesados que são tóxicos ao organismo, como alumínio, mercúrio e chumbo. . Algumas estratégias de convencimento podem ser adotadas: - Levar a criança às compras, - Mostrar a origem dos alimentos - inserir a criança na preparação dos alimentos. A Importância da Alimentação no Tratamento do Autismo ▪ Especialistas alertam que uma alimentação equilibrada é fundamental para a melhora do quadro de saúde de quem possui autismo. ▪ Para isso, é necessário a exclusão, principalmente, do glúten e da caseína. ▪ Alguns alimentos podem intensificar os sintomas como a farinha de trigo, o leite e a soja. Quando eles são retirados da dieta os pacientes geralmente ficam mais calmos e observa-se melhora da atenção e concentração. ▪ Isso porque grande parte dos autistas apresentam uma deficiência enzimática que inibe a digestão completa da proteína presente na soja, leite e trigo. O resultado disso, é a formação de compostos que apresentam a capacidade de atravessar a parede do intestino, cair na corrente sanguínea e chegar ao Sistema Nervoso Central. Estas substâncias possuem ação semelhante ao ópio no cérebro, intensificando os sintomas da síndrome, como a falta de concentração e isolamento. ▪ A ocorrência de sintomas gástricos é muito elevada em autistas, como constipação intestinal (intestino preso), diarreia, gastrite e refluxo. Para normalizar o funcionamento do intestino recomenda-se o uso de probióticos. ▪ No caso de gastrite e refluxo evitar alimentos que irritam o estômago como: temperos industrializados, extrato de tomate, café, chá preto, alimentos fritos e alimentos ácidos como laranja, limão e abacaxi. ▪ A suplementação com cápsulas de ômega três melhora a concentração e aprendizado. Características da dieta Sem Glúten e Sem Caseína (SGSC) ▪ Em alguns casos, se as crianças autistas ingerem glúten e caseína é notável a mudança de comportamento, pois estas ficam mais agressivas, tem perturbações gastrointestinais, além de alergias. ▪ Por isso, além de uma alimentação equilibrada parecida com a da população em geral, utiliza-se a dieta sem glúten e sem caseína para crianças autistas, que também é conhecida pela sigla dieta SGSC. ▪ Nesta dieta devem ser retirados todos os alimentos que contenham glúten, como farinha de trigo, cevada, centeio e alguns tipos de aveia; e alimentos que contenham caseína, que são todos produzidos a partir do leite ou que contenham leite ou derivados na preparação. ▪ No entanto, é importante destacar que a dieta SGSC só é eficiente e só tem recomendação de uso nos casos em que existe alguma intolerância ao glúten e ao leite, sendo necessário fazer acompanhamento com o médico e nutricionista para avaliar a existência ou não desse problema. ▪ Os salgadinhos, sucos em pó artificial e gelatina são muito ricos em corantes. Hoje se sabe que os corantes também estimulam a hiperatividade, por essa razão, devem ser banidos da alimentação dos autistas. Acima de tudo, o mais importante é ter uma alimentação saudável, constituída por alimentos de verdade e naturais, isenta de produtos industrializados. Porque a dieta SGSC Funciona? ▪ A dieta SGSC ajuda a controlar o autismo porque esta doença pode estar ligada a um problema chamado Sensibilidade Não Celíaca ao Glúten, que é quando o intestino é sensível ao glúten e sofre alterações como diarreias e sangramentos quando o glúten é consumido. ▪ O mesmo vale para a caseína, que é má digerida quando o intestino está mais frágil e sensível. ▪ Nem sempre esta condição é identificada em exames laboratoriais, por isso, o acompanhamento dos sintomas de acordo com a alimentação proposta, torna-se a conduta mais eficiente. ▪ Essas alterações intestinais podem levar à piora dos sintomas do autismo e podem provocar problemas como alergias, dermatites e problemas respiratórios. ▪ No entanto, é importante destacar que nem sempre a dieta SGSC vai funcionar para melhorar os sintomas do autismo, pois nem todos os pacientes têm o organismo sensível para glúten e caseína. Nesses casos, deve-se seguir uma alimentação saudável geral de rotina, lembrando que sempre deve ser feito o acompanhamento com o médico e com o nutricionista. Quais alimentos contém Glúten? ▪ O glúten é a proteína do trigo e, além do trigo, ela também está presente na cevada, no centeio e em alguns tipos de aveia, devido a mistura de grãos de trigo e de aveia que normalmente acontece nas plantações e nas fábricas de processamento de alimentos. ▪ É importante olhar no rótulo dos alimentos para ver a presença ou não de glúten, pois pela legislação brasileira o rótulo de todos os alimentos deve conter a indicação de contém ou não contém glúten Alimentos Não Permitidos Pães, Bolos, Cereais, Salgados, Biscoitos e Tortas preparados com farinha de trigo Macarrão, Pizza e Massas a base de farinha de trigo Cerveja e Wisky Alimentos industrializados produzidos a partir do trigo, centeio e cevada Glúten nos Alimentos Quais alimentos contém Caseína? ▪ A caseína é a proteína do leite e, portanto, está presente em alimentos como queijo, iogurte, coalhada, creme de leite, requeijão, e todas as preparações culinárias que utilizam esses ingredientes, como pizza, bolo, sorvete, biscoito e molhos. ▪ Além disso, alguns ingredientes utilizados pela indústria também contém caseína, como caseinato, fermento lácteo e soro do leite, sendo importante sempre verificar no rótulo antes de comprar um produto industrializado. ▪ Ao contrário do glúten, a legislação brasileira não apresenta obrigatoriedade de identificação da caseína nos rótulos dos alimentos industrializados. Por isso, a atenção deve ser redobrada, atentando-se à lista de ingredientes nos rótulos. Leite e Derivados Queijos e Iogurte Manteiga Creme de Leite Leite condensado Caseinato Chantilly A Importância do Ômega 3 . ▪ Estudos sugerem que pessoas autistas podem apresentarmelhoras em alguns aspectos do comportamento e na qualidade de vida, mediante a suplementação na dieta com o ômega 3 DHA, tipo específico de ácido graxo da classe dos ômega 3, com forte função neuronutritiva. ▪ O uso Omega 3 está focado na correção de alterações no metabolismo. Ele vem sendo investigado com o intuito de melhorar o funcionamento do cérebro e reduzir o déficit de linguagem. Este lipídio é composto pelos ácidos graxos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexanóico (DHA), os quais são importantes para o desenvolvimento e função cerebral. ▪ Algumas pesquisas identificaram que pacientes com transtornos do espectro autista apresentam níveis mais baixos de DHA no sangue e a suplementação de dieta com ácidos graxos polinsaturados melhorou aspectos como interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. ▪ Dessa forma, sugere-se que o consumo de DHA pode ajudar a amenizar os transtornos do espectro autista. ▪ Por isto, a recomendação é incluir fontes de ômega-3 na própria dieta, adotando-se como proteína animal o peixe, pelo menos duas vezes por semana, e fontes vegetais como linhaça e outras sementes. ▪ Se optar por suplementar ômega-3, procure um nutricionista para conversar sobre a suplementação concomitante de outros antioxidantes que irão evitar a oxidação deste nutriente e garantir a dose adequada para cada caso. Quais os principais cuidados em relação à alimentação? ▪ Na dieta para autismo deve-se fazer uma alimentação rica em alimentos como vegetais e frutas em geral, batata inglesa, batata doce, arroz integral, milho, cuscuz, castanhas, feijão, azeite, coco e abacate. ▪ A farinha de trigo pode ser substituída por outras farinhas sem glúten como a de linhaça, de amêndoas, de castanha, de coco e a farinha de aveia, quando o rótulo da aveia traz a indicação de que o produto é sem glúten. ▪ Já o leite e seus derivados podem ser substituídos por leites vegetais como leite de coco e de amêndoas, e pelas versões veganas para queijos, como o tofu e o queijo de amêndoas. ▪ Utilizar cebola e alho no preparo dos pratos, pois estes têm propriedades imunoestimulantes; ▪ Muitas frutas, verduras e hortaliças que são ricas em antioxidantes; ▪ Alimentos que são ricos em Ômega 3 como salmão, sardinha, sementes de abóbora, linhaça; ▪ Ovos caipiras; ▪ Carnes, peixes e aves domésticas; ▪ Utilizar, de preferência, óleo de oliva (Azeite). O que os Autistas devem Comer? O que os Autistas NÂO devem Comer? ▪ Soja; ▪ Alimentos industrializados como salgadinhos, comidas prontas; ▪ Alimentos com trigo, cevada, centeio e aveia; ▪ Leite e seus derivados; ▪ Alimentos com corantes; ▪ Refrigerantes e bebidas industrializadas; ▪ Comer muitos doces. 10 Dicas para uma Boa Alimentação do Autista 1- Consultar médico e nutricionista para verificar os alimentos com potencial alergênico que pode influenciar no controle ou agravamento de sintomas. 2- Alimentação restrita de glúten, caseína e produtos industrializados. 3- Evitar alimentos com potencial alergênico, de acordo com a individualidade do indivíduo, como ovos, peixes, frutos do mar, nozes, amendoim e soja. 4- Uma dieta cetogênica e baixa em carboidratos é eficaz para crianças autistas. 5- Dieta livre de açúcares e leveduras é útil em alguns casos. 6- Algumas crianças autistas são deficientes em certas vitaminas e minerais, portanto, garanta que a criança esteja recebendo uma quantidade adequada para ajudar o seu crescimento e tratar os sintomas. 7- Incluir uma dieta rica em ômega-3, como o salmão, sardinha, linhaça e óleo de fígado de bacalhau. 8- Uma dieta rica em fibras ajuda a aliviar e prevenir a constipação. Também incluir a água e atividade física regular. 9- Probióticos ajudam com problemas gastrointestinais, pois eles contêm bactérias saudáveis e pode melhorar a microflora no trato digestivo das crianças 10- Adquira o hábito de consumir alimentos naturais e não industrializados. Cardápio da Dieta SGSC É importante lembrar que este é apenas um exemplo de cardápio sem glúten e sem caseína. A criança com autismo deve ser acompanhada pelo médico e nutricionista para que a alimentação favoreça o seu crescimento e desenvolvimento, ajudando a minimizar os sintomas e as consequências da doença. NÃO INDICO NENHUM TRATAMENTO SEM A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL Alimentação na prática: Relato de uma mãe ▪ Como nutricionista e mãe de autista eu recomendo nunca seguir dietas por conta própria, pois cada indivíduo apresenta suas próprias necessidades. ▪ Particularmente, eu nunca segui a risca a dieta sem glúten e sem caseína com meu filho por ser muito restritiva. No entanto, mudei a alimentação de toda a família, trazendo para casa somente alimentos que são preparados naturalmente, excluindo produtos industrializados e considerando sempre a expressão: “descasque mais e desembrulhe menos”. Construindo hábitos alimentares mais naturais e saudáveis. ▪ Experimente saborear a comidinha da forma que era preparada pela vovó. Alimentos mais frescos mantém a qualidade nutricional. Sei que na vida corrida é difícil não ter industrializados na dispensa, mais é possível mudar e melhorar a saúde a partir de escolhas mais saudáveis, não só do autista mais também de toda a família. ▪ O Dr Lair Ribeiro, pesquisador e nutrólogo, afirma que todas as doenças começam por desequilíbrio nutricional de algum nutriente, podendo estar em falta ou em excesso no organismo. Concordo e tenho experiência nisso, porque vivo um laboratório em casa onde acompanho todas as mudanças positivas e negativas. ▪ Experimente fazer como eu e perceberá que o bem estar do seu filho vale por tudo! Alimentação na prática: Relato de uma mãe (continuação) ▪ Quando ainda não era nutricionista e não tinha as informações que tenho hoje, as compras de casa eram realizadas de acordo com o preço e a comodidade, preferindo o que era mais fácil para o preparo. Assim, os mais consumidos eram nuggets, sucos de caixinha, refrigerantes, biscoitos, temperos prontos, salsichas, miojo, açúcar refinado e outros alimentos de fácil preparo. Hoje, tenho consciência de que, com o mesmo dinheiro, eu trago saúde para casa e para família. ▪ Substituí os industrializados pelos caseiros. Eu mesma preparo nuggets, almôndegas, escondidinho de carne, etc... Tudo fica muito mais saudável e gostoso. Preparar o alimento da família é um ato de amor. ▪ Troquei nuggets por carne moída, suco de caixa por frutas da época, que são mais baratas e nutritivas e esses são apenas pequenos exemplos. ▪ Atualmente, como profissional de nutrição, não indico uma restrição alimentar severa. Minha orientação é baseada na educação alimentar para que aconteça a diferença na saúde. ▪ Como resultado desse novo hábito, posso dar o meu relato de vida. Meu filho, que já tinha sido levado ao pronto socorro várias vezes para fazer lavagem por causa de constipação intestinal, por dias seguidos que não conseguia evacuar, nunca mais teve constipação. E, com isso, melhorou também o humor, nunca mais se auto agrediu e passou a dormir melhor. Conclusão do meu Testemunho ▪ Sabemos que alguns estudos sugerem que os peptídeos de glúten e caseína, assim como outros componentes nutricionais, podem ter alguma participação na fisiopatologia do autismo, porém não há evidências que validem sua restrição para todos os casos, sendo mais importante, respeitar a individualidade bioquímica de cada paciente. ▪ Entretanto, é certo que o cuidado na dieta e escolhas alimentares saudáveis estão completamente relacionado ao bem estar e condição de saúde de todos, especialmente para nossos filhos. Portanto, a adaptação dos hábitos alimentares saudáveis torna-se obrigatório para a boa evolução e desenvolvimento comportamental do autista. ▪ Nota-se, portanto, que a nutrição e fatores ambientais desempenham papéis primordiaispara melhoria da qualidade de vida do indivíduo. Os diversos estudos científicos sobre a alimentação do autista, associados à experiência de pessoas diretamente envolvidas, especialmente mães e cuidadores, sob orientação de nutricionistas, vêm contribuindo para a melhoria na saúde e comportamentos dos pacientes. ▪ E foi por esse motivo que resolvi colocar minha experiência nesse livro, para poder te ajudar, enquanto mãe e profissional. Alimentação do meu Filho na Prática ▪ Conforme já compartilhei com você, nunca segui uma dieta muito restritiva para meu filho autista. Sempre valorizei os alimentos mais naturais e menos industrializados possíveis. ▪ Observei que para obter bons resultados é importante trabalhar a seletividade do autista. Assim ele vai aprender a sentir novos sabores, texturas, temperaturas e ainda vai se beneficiar por poder comer alimentos saudáveis junto com a família, participando das refeições em conjunto com todos. ▪ Vale ressaltar que cada criança apresenta a sua particularidade, tanto com relação à escolha dos alimentos quanto ao possível efeito de alergenicidade ao glúten ou caseína. ▪ Conforme já mencionado aqui, é imprescindível, verificar qual é a realidade do seu filho e, observando diferença no comportamento ou metabolismo quando exposto a esses nutrientes, o melhor é evitá-los. ▪ Todo esse processo deve ser conduzido e acompanhado pelo médico e nutricionista, evitando conclusões precipitadas, desgastes emocionais desnecessários e deficiencias nutricionais. Suplementos são Necessários? ▪ É certo que alguns nutrientes são essenciais para auxiliar no desenvolvimento e crescimento da criança. E, na maioria das vezes, o consumo alimentar fica em desvantagem, principalmente devido a grande seletividade dos autistas. Por isso, a suplementação do meu filho com alguns deles, foi essencial para a sua saúde. ▪ Em resumo, faço suplementação com prebiótico natural que preparo em casa (Biomassa de banana verde) e também Ômega 3, Vitamina B12 e Magnésio. Observei ótimos resultados com esta prática. ▪ A Biomassa auxilia no tratamento da permeabilidade intestinal. Esta é uma função de proteção do intestino para correta absorção dos nutrientes. Quando a permeabilidade não está em equilíbrio, a penetração de macromoléculas e compostos tóxicos é facilitada, como acontece no caso da caseína. Utilizo a biomassa de banana verde caseira e na próxima página, você encontra a receita que é muito fácil de fazer. Outra opção é comprar pronto nos supermercados e casas de produtos naturais. ▪ Minerais e Vitaminas estão intimamente ligados ao bom funcionamento e desenvolvimento cerebral. Por isso, a suplementação com Ômega 3, Magnésio e Vitamina B12 foram essenciais para eu perceber uma melhora no estado de saúde geral do meu filho. Receitas Práticas: Biomassa de Banana Verde INGRADIENTES: ▪ 6 bananas verdes MODE DE PREPARO ▪ Lave as bananas. ▪ Em uma panela de pressão coloque as bananas e cubra com água. ▪ Quando começar ferver deixe por 8 minutos. ▪ Desligue e tire da casca ainda quente. ▪ Amasse com um garfo e espere esfriar. ▪ Guarde na geladeira em pote de vidro com tampa. Validade de até 3 dias. ▪ Pode ser consumido em sopas, sucos, vitaminas, mingaus, etc. Extratos Vegetais para Substituir o Leite ▪ Extratos vegetais são bebidas produzidas a partir de grãos, sementes e cereais, que podem substituir os leites de origem animal. Representam uma ótima opção para quem tem alergia ou intolerância ao leite de vaca, sendo altamente nutritivos e saudáveis. ▪ O ideal, é que esta substituição seja acompanhada por nutricionista para evitar deficiências nutricionais. ▪ Os Leites Vegetais, como são chamados, são ricos em vitaminas, minerais, como magnésio, e ácidos graxos essenciais, como o ômega 3. Porém, as suas proteínas apresentam déficit de alguns aminoácidos essenciais. ▪ Eles podem ser consumidos puro ou utilizados em receitas doces ou salgadas, tais como bolos, pães, biscoitos, mingaus, purês e para fazer vitaminas, seja com frutas frescas (abacate, abacaxi, goiaba, banana, mamão, maçã, etc) ou frutas secas (ameixa, damascos, etc). Existem diversos tipos de bebidas vegetais. As mais conhecidas são de Amendoim, Aveia, Arroz integral, Castanhas, Amêndoas, Nozes, Avelã, Coco, Gergelim, Inhame, Linhaça, Quinoa e Semente de abóbora. ▪ Antes de iniciar o preparo, os grãos devem ser bem lavados em água corrente. Não é necessário colocar nenhum tipo de sabão ou produto. ▪ Em seguida, as sementes precisam ser hidratadas em água, para que os nutrientes sejam melhor aproveitados. Para isso, coloque-os de molho em um recipiente tampado, por, no mínimo, 2 horas. ▪ Para obter uma consistência homogênea, bebidas vegetais necessitam ser coadas em peneira bem fina. ▪ Essas bebidas costumam talhar quando expostas à temperatura ambiente. Portanto, devem ser conservadas sempre em geladeira, de preferência em jarra de vidro com tampa e apresentam validade máxima de 3 dias. ▪ Se for preciso aquecer para o preparo de alguma receita, é importante não deixar ferver, pois o calor excessivo inativa alguns dos seus principais nutrientes, diminuindo o seu valor nutricional. O que você precisa saber para Preparar o Leite Vegetal Receitas Práticas: Leite de Coco Caseiro INGRADIENTES: ▪ 1 coco grande ▪ 1 Litro de água filtrada ou mineral morna MODE DE PREPARO ▪ Fure o coco, retire a água e reserve. ▪ Quebre o coco e leve-o ao forno por cinco minutos. Isto fará com que a polpa desprenda com mais facilidade. ▪ Com uma faca retire a polpa da casca dura e coloque-a no liquidificador junto com a água morna. Bata por 3 minutos. ▪ Coe com uma peneira bem fina e está pronto. Conserve em geladeira. ▪ Guarde o coco ralado no freezer para utilizá-lo da forma que preferir. Receitas Práticas: Leite de Arroz Caseiro INGRADIENTES: ▪ 1 xícara de arroz sem lavar ▪ 1litro de água filtrada ▪ 1 colher de café de sal ▪ Metade de uma fava de baunilha MODE DE PREPARO : ▪ Leve ao fogo a água com o arroz, o sal e a baunilha por 15 minutos, não mais que isso. ▪ Passe o arroz com a água do cozimento pelo liquidificador, utilizando o modo pulsar para apenas quebrar os grãos sem formar uma papa. ▪ Peneire e esprema o arroz apenas para sair o líquido e está pronto. . Receitas Práticas: Leite de Oleaginosa Caseiro INGRADIENTES: ▪ 1 copo de 300ml de oleaginosas da sua preferência (Castanha de caju ou do Pará, nozes, macadâmia, avelã ou outras). MODE DE PREPARO : ▪ Coloque a oleaginosa de molho com água filtrada por 6 horas. ▪ Despreze a água do remolho e bata os grãos no liquidificador, acrescentando 3 a 4 copos de água filtrada. A quantidade de água vai depender da consistência desejada. ▪ Coe e esprema os grãos, retirando todo o extrato. ▪ O resíduo pode se transformar em farinha da oleaginosa. Basta colocar no forno e mexer aos poucos. Peneirar e está pronta para ser utilizada em outras preparações. Mensagem Final ▪ Para finalizar, quero te dizer que tudo é possível quando escutamos a nós mesmas. Primeiro devemos ouvir o que vem de dentro. Quando conseguimos nos escutar, fica mais fácil vencer o que vem de fora. É como o pastor que comanda o rebanho. É ele quem determina os passos e o caminho das ovelhas e elas obedecem e o acompanham. É um escutar. Escutar a voz do pastor, escutar você primeiro e depois o que vem de fora. ▪ Quando sentia as minhas dificuldades, sempre busquei ouvir essa voz para saber o que havia dentro de mim e determinar o que eu teria que fazer para acalmar o ambiente dentro de casa. ▪ Vou contar uma breve história como exemplo para te explicar melhor. Tínhamos um aparelho de som potente, lindo e prático que ficava exposto na estante da sala. Ele foi parar debaixo da cama porque, na época, meu marido precisava sair paratrabalhar às quatro e meia da manhã e meu filho queria ficar escutando música alta até às duas horas da manhã. Com isso, sobravam apenas duas horas e meia de silêncio para dormirmos. Isso gerava um cansaço extremo para todos. Meu marido foi ficando cada vez mais estressado e muito cansado porque não dormia. Foi aí que me escutei por dentro e tive a ideia de esconder o aparelho de som, afirmando ao meu filho que ele havia se quebrado e que lhe daria um rádio. Ele não suportava fone de ouvido, mas passou a escutar as músicas no celular. Com o tempo, ele não aceitou mais. Compramos, então, um radinho que foi uma benção, pois ele pode escutar as músicas dele tranquilo e se adaptou muito bem. Como não é de grande potência, o som é mais controlado. Assim, ele escuta o que quer, dorme na hora que quer, sem atrapalhar a família, trazendo a paz para casa novamente. ▪ Este é um pequeno exemplo das possíveis adaptações que podemos fazer seguindo a nossa voz interna de mãe. Se todos se estressarem e não tivermos uma solução para os desafios, vai desencadear uma crise, não só no autista, mas na família inteira. Dessa forma, os casamentos se acabam, os maridos vão embora e as mães acabam ficando sozinhas. Quer um Conselho? Ame! ▪ Então, o que quero te dizer, é que tem solução. É difícil e desafiador, mas é possível. A gente deve acreditar que é possível mudar a nossa casa com o aprendizado do dia a dia. ▪ É possível mudarmos os nossos filhos, seja com o que aprendemos na escola, ou com a psicoterapia, ou mesmo com as experiências de outros. Ou seja, existe uma infinidade de aprendizado que pode sempre trazer benefícios para a nossa casa e o bom convívio da família. ▪ É principalmente isso que eu gostaria de passar para vocês por meio deste relato muito verdadeiro e muito satisfatório. Um exemplo de caso de sucesso para te incentivar a construir tudo isso dentro da sua casa também, salvando seu casamento, sua família e te libertando do caos, do estresse e da confusão. ▪ Se tivesse que te dar um conselho, diria: “Simplesmente ame”, como dizia Madre Tereza de Calcutá. Que essa força do amor que nos move é a única que nos faz ver quem somos. Não fomos escolhidas a toa para ser mães de pessoas tão especiais. E nossa missão não é só cuidar deles, mas também de todos que os rodeiam. Se não conseguirmos entender e aceitar dessa forma, corremos o risco de deixar todos caírem e não vai sobrar ninguém para ajudar quem de fato precisa. Vamos ser fortes e fazer da diferença, uma história de superação!