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Confidencial até o momento da aplicação. concurso público 003. Prova objetiva enfermeiro de programa saúde da família � Você recebeu sua folha de respostas e este caderno contendo 50 questões objetivas. � Confira seus dados impressos na capa deste caderno e na folha de respostas. � Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. 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Nome do candidato Prédio sala carteiraInscriçãorg Confidencial até o momento da aplicação. 3 PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamíliaConfidencial até o momento da aplicação. conhecimentos gerais Língua Portuguesa Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 10. A face de tudo Vemos formas familiares em nuvens no céu. A borra do café poderia indicar o futuro. Profissionais da área do com- portamento identificam algumas características das pessoas a partir da leitura de manchas: o teste de Rorschach. De for- ma poética, aleatória, delirante ou científica, damos sentido ao que percebemos. Vamos aprofundar. Algumas imagens enviadas do plane- ta Marte foram lidas como rostos. Identificar faces em tudo tem até nome na língua portuguesa: pareidolia. É um fenô- meno psicológico. Procuramos formas prévias que facilitem o funcionamento da mente. Gostamos da repetição de padrões e somos pródigos em encontrar nossas referências em tudo. Pronto: agora você sabe que sofre, como todo ser humano, de pareidolia. Exemplo? No Hemisfério Norte do planeta Marte, há uma região chamada de Cydonia Mensae. Quando a sonda da Nasa fez fotos da área, em 1976, apareceu um rosto nítido. Era a evidência de uma civilização marciana. Mais tarde, com maior nitidez, vimos que as interpretações eram um caso de pareidolia. Em seu texto mais difundido, O Existencialismo É um Humanismo, Jean-Paul Sartre adverte: somos nós que inter- pretamos os sinais a partir de desejos e de questões prévias. Sofremos de uma pareidolia crônica. As profecias são, sempre, confirmatórias de si mesmas. Busco, no futuro, algo que comprove o passado. O exercí- cio mais bizarro são as centúrias de Nostradamus. Textos fechados, sem sentido lógico e abertos à subjetividade. De repente, zás, surge um fato que poderia ser a profecia. Pron- to, repete-se a pareidolia permanente na busca de uma face possível a ser identificada. Profecias são como nuvens: as formas são determinadas pelo observador e variam de acordo com seu repertório, alco- olização, equilíbrio mental ou uso de cannabis. Detestamos o vazio de sentido e de formas. Amamos ver rostos, sequên- cias lógicas, profecias e coisas anunciadas. Gostamos tanto que as criamos. Faço reflexões sobre a construção daquilo que chama- mos, em história, de teleologia. A tendência é forte: criamos um sentido prévio para os acontecimentos, um lugar de des- tino, uma necessidade insuperável de apontar para um vetor lógico no emaranhado aleatório dos fatos. Gostamos de dar sentido às coisas, o vazio e o aleatório enchem a alma humana de pânico. Amamos profecias, pois elas parecem indicar que, em algum lugar, existe um roteiro traçado e prévio. Talvez temamos a liberdade e o caos mais do que um sentido fixo e imutável. Se não escolhi, e as coisas aconteceram como deveria ser, posso reconhecer os rostos de Marte e da História. Tudo estava escrito, maktub universal, fatalismo consolador. (Leandro Karnal. Diário da Região, 18.09.2022. Adaptado) 01. É correto afirmar que, do ponto de vista do autor, a pareidolia (A) reflete a condição contemporânea caracterizada pelo medo do que é difícil aceitar. (B) explicita os desejos escondidos do ser humano, que se vê atormentado pelo passado indecifrável. (C) determina os rumos que o indivíduo dá a sua vida, independentemente de lidar com os fatos. (D) leva a rejeitar situações que possam induzir o sujeito a confrontar a realidade idealizada por ele. (E) responde à necessidade humana de segurança, por meio do reconhecimento. 02. Do ponto de vista do autor, dar sentido às coisas que se apresentam à nossa percepção é uma prática que (A) determina como o sujeito se afasta da realidade que o cerca. (B) se aproxima do ilusionismo delirante, distorcendo a realidade. (C) assume diferentes formas, manifestando-se também na ciência. (D) deve ser afastada da vida cotidiana, por se tratar de um ponto de fuga. (E) permite ao indivíduo constatar que sua existência é insatisfatória. 03. No texto, o autor se vale de uma estratégia que reforça a ideia de que ele conhece o assunto que aborda. Trata-se (A) da crítica às centúrias de Nostradamus. (B) da citação de frase de outro autor sobre o assunto. (C) da discussão do conceito moderno de paleidolia. (D) do comentário desmistificando práticas divinatórias. (E) da contestação da paleidolia como prática social. 04. Nas passagens – De forma poética, aleatória, delirante ou científica, damos sentido ao que percebemos. – e – O exer- cício mais bizarro são as centúrias de Nostradamus. –, as palavras destacadas têm antônimo e sinônimo, res- pectivamente, em (A) prevista e excêntrico. (B) lúdica e instigante. (C) fatal e bestial. (D) eventual e radical. (E) provável e conhecido. 4PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamília Confidencial até o momento da aplicação. 08. Assinale a alternativa na qual a palavra que está empre- gada para fazer referência a um termo precedente, como ocorre no enunciado “De forma poética, aleatória, deli- rante ou científica, damos sentido ao que percebemos”. (A) Pronto: agora você sabe que sofre, como todo ser humano, de pareidolia. (B) Mais tarde, com maior nitidez, vimos que as interpre- tações eram um caso de pareidolia. (C) Gostamos tanto que as criamos. (D) Talvez temamos a liberdade e o caos mais do que um sentido fixo e imutável. (E) Sartre adverte: somos nós que interpretamos os sinais a partir de desejos e de questões prévias. 09. Está redigido segundo a norma-padrão de regência o enunciado da alternativa: (A) O homem prefere atribuir sentido aos acontecimen- tos a sentir o vazio e o aleatório, que lhe causam pânico. (B) Nenhum acontecimento é mais temível do que a con- firmação das profecias que se referiu Nostradamus nas centúrias. (C) Segundo Sartre, os sinais que interpretamos refle- tem aos desejos e questões que já sedimentaram a nós. (D) O sentido das profecias é, a rigor, determinado se- gundo os estereótipos que o sujeito está vinculado. (E) Há em todos nós padrões que se reiteram, como reação natural que estamos propensos. 10. Na passagem do sexto parágrafo “Gostamos tanto que as criamos.”, o trecho destacado expressa, em relação ao precedente, a noção de (A) tempo. (B) modo. (C) consequência. (D) conclusão. (E) explicação. 05. Na passagem – Gostamos de dar sentido às coisas, o vazio e o aleatório enchem a alma humana de pânico. –, a expressão que pode ser colocada depois da vírgula, para expressar com coerência a relação de sentido que há entre as orações, é: (A) embora (B) no entanto (C) assim (D) já que (E) ademais 06. Assinale a alternativa em que a expressão entre colche- tes substitui a destacada de acordo com a norma-padrão deemprego e colocação do pronome. (A) Sartre adverte: somos nós que interpretamos os sinais a partir de desejos e de questões prévias. [interpretamo-los] (B) ... somos pródigos em encontrar nossas referên- cias em tudo. [encontrar elas] (C) ... o vazio e o aleatório enchem a alma humana de pânico [enchem-na] (D) Identificar faces em tudo tem até nome na língua portuguesa [As identificar] (E) Talvez temamos a liberdade e o caos [temamo-los] 07. A alternativa que reescreve livremente passagem do texto de acordo com a norma-padrão de concordância verbal é: (A) Apareceu um rosto nítido que se pensou tratarem-se de seres de uma civilização marciana. (B) Existe, no Hemisfério Norte do planeta Marte, regiões chamadas de Cydonia Mensae. (C) Leu-se como rostos algumas imagens enviadas do planeta Marte. (D) Como efeito da pareidolia, veem-se formas familia- res em nuvens no céu. (E) Mais de uma pessoa amam ver sequências lógicas, profecias e coisas anunciadas. 5 PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamíliaConfidencial até o momento da aplicação. 13. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva- mente, as lacunas do texto a seguir. Periodicamente o planeta calamidades causas, das mais diversas, resultam sem- pre na perda de muitas vidas humanas. , geram desequilíbrio nas várias espécies dos reinos aqui viventes. (A) tem enfrentado ... cujas ... Ademais (B) enfrentou ... que as ... Primeiro (C) vem enfrentando ... cujas as ... Definitivamente (D) enfrenta ... as quais ... Igualmente (E) enfrentava ... de que as ... Antes 14. A alternativa em que os verbos estão corretamente con- jugados é: (A) Ninguém interviu quando ele propôs alterar o contra- to social da empresa. (B) Não haverá reação quando eles proporem aumento dos salários. (C) Nada os demoverá, se eles virem que o projeto é viável. (D) Receba-o bem quando ele vir visitar a empresa. (E) A mantenedora talvez provenha os recursos para as novas contratações. 15. Com foco na concordância e no emprego do sinal indica- tivo de crase, assinale a alternativa que preenche, corre- ta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir. por todos um bom investimento, tais medi- das, quais se atribuem várias qualidades, devem trazer efeitos o mais benéficos , e breve- mente, todos os envolvidos. (A) Considerado ... as ... possíveis ... à (B) Considerado ... as ... possível ... a (C) Consideradas ... às ... possíveis ... à (D) Consideradas ... às ... possível ... a (E) Consideradas ... as ... possíveis ... à Leia a tira, para responder às questões de números 11 e 12. (André Dahmer. Malvados. Disponível em: <https://tinyurl.com/yj8256sp>) 11. Deduz-se, das falas da tira, que (A) todo mundo está sujeito a receber críticas em sites de jornalismo independentes. (B) independência de julgamento não tem lugar na ativi- dade a que se dedicam as personagens. (C) existe um código de ética jornalística que não aceita matérias preconceituosas. (D) o conceito de ética jornalística deve ser colocado acima de tudo no tratamento dos assuntos. (E) as matérias divulgadas em sites jornalísticos devem ser bem pensadas antes de terem divulgação. 12. Assinale a alternativa que reescreve enunciados da tira de acordo com a norma-padrão. (A) Esta matéria, acerca do braço mole da Fulana, é a mais lida deste portal. (B) Aquilo que você trata, na matéria há cerca do braço mole da Fulana não é jornalismo. (C) Tendo em vista isto, que você publica, há cerca do braço mole da Fulana, concluo que não é jornalismo. (D) Não é jornalismo isto aí que é publicado, à cerca do braço mole da Fulana. (E) Matérias como esta a cerca do braço mole da Fula- na, são as mais lidas nesse nosso portal. 6PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamília Confidencial até o momento da aplicação. 18. Em determinada área de abrangência de uma equi- pe da Estratégia Saúde da Família, moravam e eram efetivamente acompanhadas, em 2019, um total de 5 000 pessoas com idade entre 20 e 59 anos. Ao veri- ficar os registros de casos de hipertensão arterial sis- têmica (HAS) existentes nessa população, a equipe identificou que, no mesmo ano, havia 1 200 hiperten- sos. Nesta situação, e com base nos dados informa- dos, é correto afirmar que o coeficiente de (A) incidência é de 0,24%. (B) prevalência é de 2,4%. (C) incidência é de 24%. (D) letalidade é de 2,4%. (E) prevalência é de 24%. 19. Tipo de desenho de estudo epidemiológico que utiliza como unidade de coleta de dados um agregado de indiví- duos é denominado estudo (A) transversal. (B) caso-controle. (C) de coorte. (D) ecológico. (E) tipo inquérito. 20. Eliminar a água acumulada em plantas, como bambus, bananeiras, bromélias, gravatás, babosa, espada de São Jorge e manter as caixas d’água, poços, latões e tambo- res bem vedados são medidas que devem ser adotadas para o controle da dengue. De acordo com o modelo de prevenção de Leavell & Clarck, estas são medidas clas- sificadas como (A) Prevenção secundária. (B) Proteção específica. (C) Diagnóstico precoce. (D) Promoção da saúde. (E) Prevenção quartenária. 21. Sobre a febre amarela, é correto afirmar que (A) a maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a doença. (B) é uma doença infecciosa leve e os sintomas incluem febre acompanhada de calafrios e sudorese, dor de cabeça, sensibilidade à luz, dores musculares e erupção cutânea, que duram por volta de 1 semana. (C) ainda não há vacina disponível, sendo que a única prevenção existente é a aplicação de pesticida atra- vés do fumacê. (D) pessoas de qualquer idade podem contrair febre amarela, mas as crianças menores de 5 anos são mais atingidas. (E) a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, atra- vés das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. PoLítica de saúde 16. Alguns momentos marcaram a definição de políticas governamentais que pavimentaram o caminho para a criação do SUS, consolidado na Constituição Federal de 1988. Assinale a alternativa que apresenta o marco que mais diretamente contribuiu para a elaboração do tex- to constitucional. (A) Edição da Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde (NOB-SUS), com proposta de um novo modelo de atenção, baseado no princípio da municipalização e com a instituição de níveis pro- gressivos de gestão do SUS. (B) Realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, com proposta de criação de ação institucional cor- respondente ao conceito ampliado de saúde envol- vendo a promoção, proteção e recuperação. (C) Promulgação da Lei Eloy Chaves, com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e legalização das iniciativas existentes para garantir pensão aos trabalhadores ou familiares, em caso de algum acidente ou afastamento do trabalho por doença, e uma futura aposentadoria. (D) Criação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS), com ênfase na atenção primária, tendo a rede ambulatorial como a porta de entrada do sistema. (E) Implantação do Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS), tendo como referência a prestação de assistência médica pelo órgão governamental, a partir de compra de serviços médico-hospitalares e especializados do setor privado. 17. Assinale a alternativa que apresenta um princípio do SUS na Atenção Básica que inclui a responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos de atenção à saúde e o reconhecimento adequado das necessidades biológicas, psicológicas, ambientais e sociais causadoras das doenças. (A) Universalidade. (B) Regionalização. (C) Integralidade. (D) Resolutividade. (E) Longitudinalidade. 7 PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamíliaConfidencial até o momento da aplicação. conhecimentos esPecíficos 26. No âmbito da equipe de enfermagem, é atribuição priva- tiva do enfermeiro (A) realizar procedimentos relativos à imobilização ortopédica. (B) realizar a coleta de material para exame microbioló- gico das feridasquando necessário ao diagnóstico etiológico de infecção. (C) realizar o ensino de práticas de Enfermagem que exija aplicação de conhecimentos técnico-científicos em atividades de formação de cuidador de idosos. (D) utilizar o desfibrilador externo automático – DEA. (E) realizar a aspiração das vias aéreas. 27. A equipe de enfermagem de um centro de atenção psi- cossocial, modalidade CAPS III, conta com seis enfer- meiros, sendo dois deles especialistas em Saúde Mental e quatro enfermeiros generalistas. De acordo com o esta- belecido em resolução do Conselho Federal de Enferma- gem, nesse âmbito, o enfermeiro especialista tem como competência específica, entre outras atribuições, (A) promover o vínculo terapêutico, escuta atenta e com- preensão empática nas ações de enfermagem aos usuários e familiares. (B) prescrever cuidados de enfermagem voltados à saúde do indivíduo em sofrimento mental. (C) elaborar e participar do desenvolvimento do Projeto Terapêutico Singular – PTS dos usuários dos servi- ços em que atua, com a equipe multiprofissional. (D) promover a vinculação das pessoas em sofrimento e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, e suas famílias, aos pontos de atenção no território. (E) gerenciar as unidades de saúde mental e/ou psiquiatria. 22. Frente ao acidente de trabalho com exposição a material biológico, a equipe de vigilância deve (A) denunciar o caso à fiscalização da auditoria do trabalho. (B) notificar o caso em até 24 horas no Sinan. (C) identificar a fonte, as condições de trabalho, os fato- res de risco e propor medidas de prevenção. (D) encaminhar o paciente para o uso de quimioprofila- xia, exceto quando o acidente se tratar de contato com mucosa. (E) informar todo acidente ao sindicato para a realização da investigação das causas e adoção de medidas preventivas. 23. Assinale a alternativa que apresenta duas doenças ou agravos à saúde que devem ser prontamente notificados às Secretarias Municipais de Saúde. (A) Caso suspeito ou confirmado de botulismo e aci- dente de trabalho fatal. (B) Surto de influenza humana e acidente de trabalho com exposição a material biológico. (C) Casos de dengue e epizootias em primatas não humanos. (D) Caso confirmado de doença de chagas e doença aguda pelo vírus Zika. (E) Esquistossomose e caso suspeito de poliomielite. 24. Indicador de saúde utilizado para estimar o risco de um nascido vivo morrer durante a sua primeira semana de vida é denominado (A) taxa de mortalidade infantil. (B) coeficiente de mortalidade neonatal precoce. (C) taxa de mortalidade neonatal tardia. (D) coeficiente de mortalidade pós-natal. (E) coeficiente de mortalidade. 25. Para assegurar ao usuário o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS, os entes federativos devem, além de outras atribuições, (A) estabelecer as diretrizes para a elaboração dos planos de saúde, de acordo com as características epidemiológicas e da organização de serviços nas Regiões de Saúde. (B) consolidar e publicar a Relação Nacional de Medica- mentos Essenciais (Rename). (C) realizar conferências e fóruns de participação social, visando garantir o direito à saúde integral, gratuita e de qualidade. (D) dispor sobre a Rede Nacional de Ações e Serviços de Saúde (Renases). (E) orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de saúde. 8PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamília Confidencial até o momento da aplicação. 28. Em uma instituição de saúde, a comissão de gerencia- mento de materiais tem, entre seus componentes, repre- sentantes da enfermagem. No processo de padronização das embalagens para esterilização de produtos para a saúde pelo método de vapor saturado sob pressão, o en- fermeiro deve esclarecer que, entre outros materiais, é apropriado para uso como embalagem: (A) papel crepado. (B) Tyvek. (C) papel kraft. (D) caixas metálicas, com e sem furos. (E) lâminas de alumínio. 29. Em um município, é utilizada a Classificação Internacio- nal para a Prática de Enfermagem – CIPE como apoio para a sistematização da assistência de enfermagem – SAE. Esse sistema de classificação deve ser aplicado na etapa do processo de enfermagem de (A) coleta de dados. (B) diagnóstico de enfermagem. (C) classificação de resultados. (D) implementação da assistência. (E) avaliação. 30. Na sala de emergência de uma unidade de pronto atendi- mento – UPA, foi admitido um paciente com 48 anos, sexo masculino, com histórico de dores no peito. Imediatamen- te foi instalado acesso venoso periférico e, ao colocar o monitor/desfibrilador no paciente, constatou-se que ele apresentava fibrilação ventricular. Frente a essa situação, entre outros procedimentos, até a reversão da condição apresentada, foram realizadas as seguintes ações: a = desfibrilação b = desfibrilação c = RCP 2 minutos + administração de epinefrina por via endovenosa d = RCP 2 minutos A sequência correta com que devem ser realizadas é (A) a; c; b; d. (B) c; b; d; a. (C) d; a; c; b. (D) a; d; b; c. (E) c; a; b; d. 31. Considere o texto seguir. Piracicaba registra média de três acidentes com escorpiões por dia; saiba o que fazer e como evitar Piracicaba (SP) registrou, em média, cerca de três acidentes com escorpiões por dia em 2022 até agosto, segundo a prefeitura. Foram 783 ocorrências ao todo, o que, na média, resulta em cerca de 3,3 ocorrências por dia. Apesar do número expressivo, não houve óbitos. Em 2021 foram 789 acidentes com esses animais peçonhentos no mesmo período, ou seja, houve pratica- mente estabilidade entre um ano e outro. Também não foram registrados óbitos. Conforme explica a bióloga pelo Centro de Contro- le de Zoonoses da cidade, Piracicaba é, naturalmente, endêmica para ocorrência natural de escorpiões devido a sua geografia, condições hidrográficas, geológicas, cli- máticas e ambientais. “Os escorpiões se adaptaram a utilizar a rede de esgoto como ambiente ideal para viver. Ali há fartura de alimento (baratas e outras pragas), condições ideais de umidade e temperatura e onde não há predadores para eles. Assim, vivem perfeitamente nesses locais, onde se abrigam, se reproduzem, se locomovem, e por onde têm acesso ao interior dos imóveis através dos ralos e siste- mas de esgoto da cidade”, afirmou. Existem duas espécies de escorpiões que ocorrem em Piracicaba, o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) e o marrom (Tityus bahiensis). O escorpião amarelo é o mais prevalente, tanto em população, quanto em ocor- rência de acidentes e com maior agravo, já que possui veneno mais potente. (G1 Piracicaba e região. Disponível em https://g1.globo.com/ sp/piracicaba-regiao. Acesso em 13.09.2022.) Em relação a esse tipo de acidente, é correto afirmar que (A) em caso de crianças, após intervalo de minutos até poucas horas, podem surgir manifestações sistêmi- cas, tais como náuseas e vômitos, cuja intensidade e frequência é sinal premonitório da gravidade do envenenamento. (B) a presença de dor de grande intensidade no local da picada, por si só, é indicação para o uso de soro an- tiescorpiônico, tanto em crianças quanto em idosos. (C) em idosos, é mais comum a ocorrência de sinais e sintomas decorrentes da hiperatividade do sistema nervoso parassimpático, tais como sialorreia, taqui- cardia, taquipneia, insuficiência cardíaca e convulsão. (D) nos casos moderados e graves, geralmente observa- -se hipoglicemia nas primeiras horas após a picada e a hipopotassemia e hiponatremia são achados frequen- tes, exigindo cuidados na reposição de eletrólitos. (E) embora a dor local, os vômitos e a sintomatologia cardiovascular regridam rapidamente após a admi- nistração da soroterapia específica, a vítima deve permanecer em observação por, pelo menos, 12 ho- ras na unidade onde recebeu o tratamento (unidade de pronto atendimento ou hospital). 9 PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamíliaConfidencial até o momento da aplicação. 33. Em uma unidade básica desaúde – UBS, referência do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, o enfer- meiro realiza o aconselhamento estruturado/abordagem intensiva do usuário incluído no programa. O número de etapas iniciais (N) e os conteúdos abordados (C) no transcorrer desse tratamento não medicamentoso são: (A) N = 2; C = como vencer os obstáculos para perma- necer sem fumar e importância da adesão ao trata- mento medicamentoso. (B) N = 3; C = entender por que se fuma; como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar e benefícios obtidos após parar de fumar. (C) N = 3; C = os primeiros dias sem fumar; benefícios obtidos após parar de fumar e importância da ade- são ao tratamento medicamentoso. (D) N = 4; C = os primeiros dias sem fumar; como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar; benefí- cios obtidos após parar de fumar e importância da adesão ao tratamento medicamentoso. (E) N = 4; C = entender por que se fuma e como isso afeta a saúde; os primeiros dias sem fumar; como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar e benefícios obtidos após parar de fumar. 34. Considere os diferentes aspectos relacionados à busca ativa de sintomáticos respiratórios para a tuberculose e assinale a alternativa correta. (A) A busca ativa em contatos de doentes com as formas extrapulmonares da doença é desnecessária porque estas não são transmissíveis por via respiratória. (B) A articulação de ações educativas sobre tuberculose entre as equipes de saúde da família e a comunida- de constitui uma das estratégias de busca ativa do sintomático respiratório. (C) Na população em situação de rua, considera-se sin- tomático respiratório todo indivíduo que, indepen- dentemente da idade, apresente tosse com ou sem expectoração, há, pelo menos, duas semanas. (D) Nas unidades básicas de saúde, a busca ativa de sintomáticos respiratórios é de responsabilidade ex- clusiva de médicos, enfermeiros, técnicos de enfer- magem, auxiliares de enfermagem e agentes comu- nitários de saúde. (E) Devido às suas especificidades, a intensificação do uso de tecnologias leves na assistência à saúde vem dificultando a identificação de sintomáticos respirató- rios entre os usuários dos serviços de saúde. 32. Mulher, com 21 anos de idade, procurou a unidade de pronto atendimento – UPA, relatando que havia sido ví- tima de violência sexual há dois dias, quando retorna- va da escola noturna para casa. Durante o atendimento, informou que o agressor era um homem desconhecido e que ocorrera penetração vaginal, sem uso de preser- vativo. Mostrou-se tranquila em relação à possibilidade de engravidar porque fazia uso de anticoncepcional inje- tável regularmente, mas estava apavorada frente a pos- sibilidade de contrair HIV e outras doenças. Solicitada, a vítima apresentou sua carteira de vacinação em que se observou, entre outros registros de imunobiológicos, três doses da vacina hepatite B, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose, e cinco meses entre a segunda e terceira dose, há cinco anos. A paciente tam- bém informou que nunca havia recebido profilaxia pós exposição ou realizado tratamentos para infecções de transmissão sexual – IST. Com base no relato apresentado, assinale a alternativa correta no que diz respeito à profilaxia pós-exposição para HIV e hepatites e outras infecções de transmissão sexual – IST. (A) A administração de antirretrovirais (ARV) para a pro- filaxia da infecção por HIV está contraindicada por- que a agressão ocorreu há mais de 24 horas. (B) A vítima deve realizar o teste rápido para HIV e, se o resultado for negativo, deverá tomar os três antirre- trovirais (ARV) recomendados, por 14 dias. (C) A vítima deve ser orientada sobre a necessidade de repetir a testagem para HIV em quatro a seis sema- nas e 12 semanas após a exposição, mesmo depois de completada a profilaxia com ARV. (D) Para a profilaxia da sífilis, a vítima deverá ser trata- da, no dia do atendimento, com 2 400 000 UI de Ben- zilpenicilina, por via intramuscular, dose única. (E) No que diz respeito à hepatite B, a vítima deve rece- ber uma dose de reforço da vacina hepatite B, sendo desnecessária a profilaxia pós-exposição. 10PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamília Confidencial até o momento da aplicação. Para responder as questões de números 37 a 39, considere o relato a seguir. A agente comunitária de saúde comunicou a equipe de saúde da família que R.T., 64 anos, sexo masculino, hiperten- so, portador de diabetes tipo 2 há dez anos, havia faltado em consulta de acompanhamento porque estava com dificuldade para se locomover. Frente a essa situação, o enfermeiro deci- diu realizar visita domiciliar para avaliar e orientar o usuário e familiares/cuidadores. Na residência, o enfermeiro constatou que R.T. fazia uso de medicamentos dos grupos de bloquea- dores de canal de cálcio di-hidropiridínicos, inibidores da en- zima conversora da angiotensina (IECA) e diurético tiazídico para o controle da pressão arterial e hipoglicemiantes orais para o controle da glicemia. Ao aferir a glicemia capilar pré- -prandial, obteve 140 mg/dL. Ao exame dos pés, constatou a presença de lesão na polpa digital do hálux esquerdo, com presença de dor, edema local e eritema de 0,75 cm ao redor da úlcera, sem manifestações sistêmicas de infecção. 37. Ao avaliar R.T., o enfermeiro deve estar atento a sinais e sintomas indicativos da presença de efeitos colaterais do tratamento medicamentoso para hipertensão. Assim sen- do, observe atentamente o quadro a seguir e relacione as colunas de modo a tornar verdadeira a associação entre o medicamento e seu(s) efeito(s) colateral(ais). MEDICAMENTO EFEITOS COLATERAIS I bloqueadores do canal de cálcio di-hidropiridínicos a edema maleolar e hiper- cromia do terço distal das pernas (dermatite ocre) II inibidores da enzima con- versora da angiotensina (IECA) b tosse seca III diurético tiazídico c fraqueza e disfunção erétil Assinale a alternativa que apresenta a associação correta. (A) I -c; II-b; III-a. (B) I-a; II-c; III-b. (C) I-b; II-a; III-c. (D) I-b; II-c; III-a. (E) I-a, II-b; III-c. 38. Ao interpretar o resultado obtido para glicemia, de acordo com o proposto recentemente pela Associação Brasileira de Diabetes para o diabético idoso com história de AVE, o enfermeiro deve utilizar como referência valores na faixa (A) de 80 a 130 mg/dL. (B) de 90 a 120 mg/dL. (C) de 90 a 150 mg/dL. (D) de 100 a 180 mg/dL. (E) menor que 180 mg/dL. 35. Em uma unidade básica de saúde – UBS, o enfermeiro solicitou a inclusão de fio dental como material de consu- mo para a enfermagem. Precisando justificar tal pedido, o enfermeiro esclareceu que, ao realizar o exame físico de usuários com diagnóstico de hanseníase, um pedaço de fio dental é utilizado para a realização (A) do teste de sensibilidade térmica, durante o exame dermatoneurológico. (B) do teste de sensibilidade dolorosa, durante o exame dermatoneurológico. (C) da avaliação da força motora do dedo mínimo (nervo ulnar). (D) do teste de da sensibilidade da córnea. (E) da coleta de material para o exame de baciloscopia de raspado intradérmico. 36. No que diz respeito à doença Monkeypox (MPX), as equipes de saúde que atuam na Atenção Básica devem considerar que (A) para o atendimento de casos suspeitos de MPX, o profissional deve adotar as precauções para contato e gotículas. (B) as erupções cutâneas da MPX passam por diferen- tes estágios, na sequência: pápula → mácula → vesícula → pústula → crostas, que evoluem de forma desigual. (C) imunossuprimidos, crianças menores de 12 anos, gestantes e idosos compõem o grupo de maior risco para MPX. (D) a presença de febre maior de 38,5 ºC, mais de cin- quenta lesões e esplenomegalia caracterizam um caso grave da doença. (E) para a realização de exame confirmatório de MPX deve ser coletada uma amostra de sangue com 10 mL em adultos e 5 mL em crianças, em todos os casos suspeitos. 11 PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamíliaConfidencialaté o momento da aplicação. 41. O tipo sanguíneo de V.H., primigesta, é A Rh negativo e de seu companheiro, pai do bebê, é O Rh positivo. Frente a essa situação, considerando-se que, no momento da consulta de enfermagem, a idade gestacional de V.H. é de 126/7 semanas, e que inexiste histórico de situações que podem resultar em aloimunização, o enfermeiro deve (A) solicitar o exame de Coombs indireto, que deverá ser repetido mensalmente até a realização da profilaxia da sensibilização ao fator Rh, quando a realização desse exame passa a ser desaconselhada. (B) solicitar o exame de Coombs direto, que deverá ser repetido na 24ª, 32ª, 36ª e na 40ª semana, caso ain- da não tenha ocorrido o parto. (C) encaminhar a gestante, imediatamente, ao pré-natal de risco para investigação, avaliação e acompanhamento. (D) orientar o casal que V.H. deverá receber a imunoglo- bulina anti-D, em até 72 horas após o parto cesáreo, caso, durante a gestação, o exame de Coombs dire- to permaneça negativo. (E) orientar o casal que V.H. deverá receber a imunoglobu- lina anti-D, na 20ª semana de idade gestacional e em até cinco dias após o parto normal sem intercorrências. 42. No que diz respeito à prevenção do câncer de colo do útero, o Ministério da Saúde desaconselha que sejam submetidas ao rastreamento mulheres (A) de qualquer idade, que ainda não tenham iniciado atividade sexual. (B) grávidas, no primeiro trimestre da gestação. (C) com idade superior a 60 anos. (D) portadoras do vírus HIV. (E) com história de abstinência sexual há mais de 10 anos. 39. Em relação à lesão observada, em consonância com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022, o enfermeiro deve, entre outras ações, (A) avaliar a temperatura do pé para determinar se há infecção da ferida observada. (B) coletar material da lesão para exame microbiológico quantitativo, para a realização de diagnóstico de in- fecção da ferida. (C) considerar que os sinais observados são compatí- veis com infecção de grau leve e providenciar a pres- crição de antibioticoterapia por via oral. (D) considerar que os sinais observados são compatí- veis com infecção de grau leve e providenciar a pres- crição de antibioticoterapia de uso tópico. (E) considerar que os sinais observados indicam alto ris- co para infecção e providenciar a prescrição de anti- bioticoterapia profilática. 40. A.C., 28 anos, II gesta, 0 para, I aborto espontâneo, com idade gestacional = 382/7 semanas, compareceu à unidade básica de saúde para consulta de enfermagem de pré-natal. Relatou ao enfermeiro que vinha se sentindo um pouco mais cansada e estava preocupada porque “achava que o bebê estava se movimentando pouco”. Ao realizar o exame físico e obstétrico da gestante, o enfermeiro não constatou alterações que demandassem preocupação e, face a queixa de A.C., optou por reali- zar o teste do estímulo sonoro simplificado (Tess). Para obtenção de um resultado fidedigno, ao realizá-lo, entre outras opções, o enfermeiro deve (A) manter a gestante em decúbito lateral esquerdo. (B) auscultar os batimentos cardiofetais (BCF), fora de contrações uterinas, por 60 segundos e registrar o valor obtido, que será utilizado como referência para a interpretação do exame. (C) utilizando uma buzina de Kobo, realizar o estímulo sonoro, por 1 (um) segundo, sobre o polo cefálico fe- tal com ligeira compressão sobre o abdome materno e, observando-o, verificar a presença de movimentos fetais visíveis. (D) imediatamente após a aplicação do estímulo sonoro, realizar a ausculta dos BCF por quatro períodos de 15 segundos e fazer a média dos batimentos. (E) considerar o teste positivo na presença de aumento na frequência dos batimentos cardiofetais (BCF) em relação à medida inicial. 12PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamília Confidencial até o momento da aplicação. 43. Ao compilar os dados referentes à vacinação de idosos contra covid-19 em seu território, no período de um ano, o enfer- meiro elaborou a tabela apresentada a seguir. Vacinas covid-19 aplicadas em idosos, no período de 1 de fevereiro 2021 a 31 de janeiro 2022, Território X, Município Y. Vacina 1a dose 2a dose 1o reforço 2o reforço TOTAL Coronavac 220 200 – 20 440 Astrazeneca 120 100 100 80 420 Pfizer 20 20 180 140 380 Jansen (dose única) 10 – – – – 10 TOTAL 10 360 320 280 240 1 250 Considerando-se que, no território avaliado, a população de idosos é estimada em 400 pessoas, é correto afirmar que nesse período a cobertura vacinal (C) e a taxa de abandono (Ta) são (A) C = 60%; Ta = 10%. (B) C = 92,5%; Ta = 11,1%. (C) C = 60%; Ta = 33,3%. (D) C = 92,5%; Ta =33,3%. (E) C = 82,5%; Ta = 11.1%. 44. Em relação à vacina da febre amarela, é correto afirmar que (A) após abertura do frasco, a validade da vacina é de oito horas. (B) está contraindicada para mulheres que estejam amamentando crianças menores de nove meses. (C) em situação de surto da doença, crianças de quatro a nove meses de idade devem receber uma dose de 0,3 mL da vacina, por via subcutânea. (D) em menores de 2 anos, essa vacina não deve ser aplicada, de modo concomitante, na primovacinação com a vacina tríplice viral. (E) o esquema vacinal para a faixa etária de 5 a 12 anos de idade, quando não vacinados anteriormente, compreende a aplicação, por via subcutânea, de duas doses de 0,5 mL, com intervalo mínimo de 60 dias. 45. Assinale a alternativa correta em relação ao manejo do aleitamento materno em situações especiais. (A) A amamentação deve ser suspensa imediatamente em caso de confirmação de uma nova gravidez materna. (B) Em caso de gemelaridade, devido às características do leite posterior, o bebê com menor peso ao nascer sempre deverá ser levado ao seio depois do bebê de maior peso. (C) As mães de crianças que apresentam fenda labial devem ser aconselhadas a ocluir a fenda com seu dedo durante a mamada para facilitar a sucção do bebê. (D) Devido à hipotonia característica das crianças portadoras de síndrome de Down e o risco de aspiração devido a essa condição, o aleitamento materno é contraindicado. (E) Bebês com refluxo gastroesofágico confirmado devem receber o leite materno em colher ou copinho em vez de serem colocados ao seio. 13 PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamíliaConfidencial até o momento da aplicação. 48. J.M, 42 anos, sexo masculino, etilista crônico, foi diag- nosticado com tuberculose pulmonar há um ano, iniciou o tratamento na unidade básica de saúde responsável pela região onde mora, mas já abandonou o tratamen- to por duas vezes. Frente a essa situação, o enfermeiro de saúde da família levou o caso para discussão com a equipe de saúde sobre as estratégias a serem adotadas para promover a adesão de J.M. ao tratamento. A partir dessa reunião, entre outros itens, foram desenvolvidas as seguintes ações: I. elaboração e entrega para J.M. de um quadro com ho- rário e quantidade de medicamentos a serem ingeridos diariamente, como estímulo à adesão ao tratamento. II. definição do diagnóstico situacional, buscando esta- belecer vínculo com J.M., identificando suas neces- sidades de saúde, atendimentos e condutas já rea- lizados, fatores que colaboram para o abandono do tratamento e conflitos familiares. III. atribuição de responsabilidades a cada membro da equipe, estabelecendo prazos e definindo um de um profissional de referência para o acompanhamento das necessidades de J.M., com o propósito de mane- jar as dificuldades e os conflitos existentes. IV. definição de metas com propostas de curto, médio e longo prazo, a serem negociadas entre J.M., sua fa- mília e a equipe de saúde. V. realização de reuniões periódicas entre a equipe para a avaliação e reavaliação das condições de saúde/ doença e dos fatores de risco para a não adesão ao tratamento, revisão das metas, das responsabilida- des e dos prazos das atividades propostas. Uma vez que a equipe decidiu por utilizar o projeto tera- pêutico singular como ferramenta para o enfrentamento da não adesão de J.M. ao tratamentoda tuberculose, os passos para sua elaboração compreendem apenas as ações apresentadas em (A) I, II. (B) I, IV. (C) II, III, IV. (D) II, III, IV, V. (E) I, II, IV, V. 46. Após avaliação, um bebê com 10 meses de idade, sexo masculino, pesando 9 200 g, com diagnóstico de desidra- tação leve devido a histórico de diarreia e vômitos, foi encaminhado à sala de tratamento para terapia de rei- dratação oral até a reidratação completa. Considerando- -se que, na unidade de saúde, são adotados os valores de referência preconizados pela estratégia AIDPI para a administração da terapia de reidratação oral, em função do peso da criança, o volume de soro de reidratação oral – SRO a ser administrado durante as primeiras quatro horas, é de, aproximadamente, (A) 350 mL. (B) 700 mL. (C) 900 mL. (D) 1 200 mL. (E) 1 400 mL. 47. O enfermeiro da equipe de saúde da família foi informa- do que S.I., 66 anos, sexo masculino, com diagnóstico de acidente vascular encefálico isquêmico, havia recebi- do alta hospitalar e já estava em casa. Ao realizar visita domiciliar, o enfermeiro constatou que S.I. apresentava, entre outras alterações, afasia e hemiplegia à direita. Observou que o braço direito permanecia em adução, tendendo à rotação interna e o cotovelo e o punho per- maneciam em flexão. Face a essa situação, como medi- da de prevenção da adução do ombro afetado, o enfer- meiro deve orientar o paciente e o cuidador, quando S.I. estiver no leito, a (A) manter o decúbito lateral esquerdo, usando um apoio nas costas e um travesseiro/apoio sob a coxa da perna direita, que deverá estar em ligeira flexão, e o tornozelo. (B) manter a posição de Sims, ensinando aos familiares como fazê-lo. (C) permanecer, preferencialmente, na posição supina, usando um apoio sob os braços, que deverão ficar em flexão, com o cotovelo e o punho alinhados ao ombro. (D) permanecer em decúbito ventral 15 a 30 minutos, várias vezes por dia, com pequeno travesseiro de apoio sob a pelve, e os braços levemente flexiona- dos, em abdução, ao lado do tórax. (E) usar um travesseiro sob a axila e braço direito que deverá ficar em posição neutra, com ligeira flexão, com o cotovelo posicionado mais alto do que o ombro e o punho posicionado mais alto do que o cotovelo. 14PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamília Confidencial até o momento da aplicação. 49. Para a irrigação de uma úlcera por pressão tunelizada, o enfermeiro deve utilizar uma seringa de (A) 10 mL montada com agulha 40 x 12. (B) 20 mL montada com agulha 25 x 12. (C) 10 mL, sem agulha, com bico posicionado a cerca de 2 cm acima da região a ser irrigada. (D) 20 mL, montada com cateter rígido de pequeno calibre. (E) 20 mL montada com cateter maleável de pequeno calibre. 50. Em 22.08.2022, em uma unidade de pronto atendimento – UPA, entre outras doenças e agravos, foram atendidos: um trabalhador com traumatismo cranioencefálico (TCE) após queda de telhado durante o trabalho, que após o primeiro atendimento foi encaminhado ao hospital de re- ferência; um adolescente com suspeita de dengue; um homem com reação hansênica; uma mulher com fratura de dedo médio, devido à agressão do marido; um coletor de lixo que, ao fazer a coleta de resíduos domiciliares, sofreu picada na mão por agulha acoplada em seringa com resíduo de sangue e uma mulher com sarampo. De acordo com a Lista Nacional de Notificação Compul- sória de Doenças e Eventos de Saúde, devem ser notifi- cados à autoridade de saúde municipal, em até 24 horas (A) todos os casos relatados. (B) os suspeitos de dengue e de sarampo e de reação hansênica, apenas. (C) apenas os casos do trabalhador com TCE, pois con- figura acidente do trabalho grave, e o de sarampo. (D) os casos suspeitos de dengue e sarampo, o de rea- ção hansênica e o de acidente do trabalho com ex- posição a material biológico, apenas. (E) apenas os casos de violência doméstica e os casos de acidentes do trabalho grave e com exposição a material biológico. 15 PMPR2206/003-Enfermeiro-SaúdeFamíliaConfidencial até o momento da aplicação. Confidencial até o momento da aplicação.