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Doenças orificIAIs ANATOMIA • Linha pectínea marca a transição do reto para o canal anal • No reto: epitélio colunar simples. Inervação visceral • No canal anal: epitélio estratificado. Inervação mais somática • Presença de glândulas • Plexo venoso interno e plexo venoso externo → originam a fisiopatologia das hemorroidas • Musculo esfíncter externo e interno HEMORROIDAS • São plexos venosos ou podem ser definidas como coxins vasculares, formados por musculatura lisa e tecido conectivo na mucosa anal. 2 coxins a direita e 1 a esquerda • São importantes para continência fecal • Doença hemorroidária: ingurgitamento dos plexos venosos. Doença benigna • Hemorroidas internas: acima da linha pectínea. Podem sangrar mais e doer menos • Hemorroidas externas: abaixo da linha pectínea. Sangram menos e doem mais Epidemiologia • Muito prevalente • 15% da população é assintomático • 4% da população é sintomática • Subnotificação e diagnóstico tardio por questões culturais Fisiopatologia • Deterioração das estruturas de suporte • Hipertrofia dos esfíncteres • Hipertensão e dilatação do plexo • Ocorrem por esforço evacuatório e hábito intestinal irregular • Relação com gravidez e hipertensão portal (aumento do fluxo venoso) Classificação • Hemorroida interna e externa • GRAU 1: sangramento sem prolapso • GRAU 2: sangramento e prolapso com redução espontânea • GRAU 3: sangramento e prolapso que necessita de redução manual • GRAU 4: sangramento e prolapso irredutível Manifestações clínicas • Hematoquezia – hemorroida interna em pequena quantidade • Prurido • Dor perianal – hemorroida externa trombosada Diagnóstico • Colonoscopia não é para fazer diagnóstico de hemorroidas, mas é utilizada para diagnóstico diferencial. Rastreio para CA colorretal. Exame proctológico • Posição de Sims • Inspeção • Palpação • Toque retal: tônus do esfíncter, presença de massas • Anuscopia • Retossigmoidoscopia: se disponível Tratamento • Mudança de estilo de vida: ingesta hídrica maior de 2L, dieta rica em fibras • Reduzir o uso de papel higiênico • Atividade física • Tratamento sintomático: pomadas analgésicas, banhos de assento • GRAU I: tratamento clínico • GRAU II: tratamento clínico + ligadura elástica/escleroterapia (obliteração de vasos) • GRAU III: tratamento clínico + ligadura elástica/escleroterapia (obliteração de vasos) – pode fazer hemorroidectomia • GRAU IV: tratamento clínico + hemorroidectomia • HEMORROIDA EXTERNA: se assintomática somente tratamento clínico. Se sintomática/trombosada: cirurgia FISSURA ANAL • Ulcera linear dolorosa • Inicia no canal anala e vai até a margem anal • Fissura mediana posterior é a mais comum IMPORTANTE • Apenas 10% é mediana anterior • Fissuras “fora da linha média” podem representar uma fissura rotineira, mas, em geral, exigem ser examinadas sob anestesia com cultura, biópsia e avaliação patológica para excluir causas como câncer anal, doença de Crohn, sífilis, HIV, leucemia ou tuberculose. • Causa dor ao evacuar que dura algumas horas, pode ter leve sangramento • Diagnosticadas por meio de inspeção • Etiologia: arranjo elíptico de EE posteriormente, trauma, hipertonia • Tratamento: maioria responde a tratamento clínico. • Alguns casos: esfincterotomia química, toxina botulínica, tratamento tópico, cauterização química • Tratar por 6 a 7 semanas FÍSTULA ANAL • Forma crônica de um abscesso perianal, manifesta-se usualmente por um ou mais trajetos crônicos partindo do canal anal até a pele perianal • Suspeita diagnóstica da doença de Crohn • Tratamento das fístulas anais é cirúrgico. A maioria das fístulas é curada sendo deixada aberta, para eliminar a fonte original da infecção na abertura interna. O trajeto fistuloso cicatriza por segunda intenção ABSCESSO ANARRETAL • É a forma aguda da fistula anal • Etiologia: infecção das glândulas anais • Causa dor perianal e inchaço, área local com eritema, sensibilidade e flutuação pode ser observada através do exame físico. • Pode apresentar febre • Evitar exame manual • Tratamento: DRENAGEM imediata • Pode usar antibiótico em alguns casos, mas sempre deve drenar HPV • Mais prevalente • O aparecimento da clínica surge anos após a infecção • Condiloma acuminado é a manifestação clínica Condiloma acuminado • Não indicado realização de toque retal e oscopia a fim de não espalhar a lesão • São lesões papilares múltiplas que formam lesões vegetantes • Causa prurido, dor, ardência e secreção • Tratamento depende da manifestação: crioterapia, excisão cirúrgica, ablação etc Herpes • Tipo 2 • Presença de vesículas e úlceras perianais • Tratamento com aciclovir VO e tópico • Se tiver dúvida quanto à ulcera, necessário realizar biópsia Sífilis • Causa ulcera anogenital