Prévia do material em texto
centro universitário Estácio do ceará CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA OS EFEITOS DA MUSCULAÇÃO SOBRE OS NÍVEIS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO DURANTE A PANDEMIA Aluno: David Lucas de Farias, Francisco Lucas Lopes Ferreira de Almeida, Paulo Henrique de Paiva Martins, Manoel de Souza, Lucas Pereira De Almeida Orientador: Profº Dr. Andreson Charles de Freitas Silva Fortaleza 2022 Introdução Grande parte da população é acometida por esses transtornos psicoemocionais caracterizados por sensação de tensão e/ou tristeza derivado da sensação de antecipação aos eventos do cotidiano. ANSIEDADE E DEPRESSÃO PANDEMIA DA COVID-19 Sabe-se que durante o isolamento social em decorrência da pandemia, houve um considerável aumento no número de casos de depressão e/ou ansiedade, sendo necessário a mudança do estilo de vida, tendo em vista o combate à essas questões de saúde EXERCÍCIO FÍSICO O exercício físico é discutido como uma prática capaz de promover benefícios aos indivíduos com ansiedade e/ou depressão, além de previnir o surgimento dos sintomas, favorecendo a interação social e um estilo de vida mais ativo. Objetivo O estudo objetivou investigar os possíveis efeitos da prática da musculação sobre os níveis de ansiedade e depressão em praticantes regulares da modalidade, pois dessa forma será capaz de estabelecer uma possível correlação entre o tipo de exercício em questão e os seus respectivos benefícios à saúde dos indivíduos. Metodologia Planejamento da Pesquisa O estudo adotou uma abordagem descritiva, transversal e com características quantitativas de amostra com análise e comparação de dados que permite refletir um padrão a ser seguido. Local do Estudo A pesquisa foi realizada em academias de musculação instaladas no município de Fortaleza-CE no período de abril a maio de 2022. Instrumentos e Procedimentos Foi aplicado um questionário digital (formulários do google) subdivido em duas partes, sendo a primeira parte destinada a compreensão do perfil sociodemográfico e a segunda destinada a investigação dos efeitos da musculação na redução dos níveis de ansiedade e depressão. Vale ressaltar que o questionário foi confeccionado pelos próprios pesquisadores com perguntas objetivas sobre situações problemas para verificarmos se tal prática apresenta correlação com alterações nos níveis de ansiedade e depressão em praticantes de musculação. Metodologia Análise de dados Todas as informações da pesquisa foram convertidas em gráficos no programa Microsoft Excel 2019 16.06742.2048. com valores em porcentagem. Para melhor entendimento pelo público. Resultados Perfil Sociodemográfico Variável Masculino n (%) Feminino n (%) Gênero 10 (40%) 20 (60%) Variável Ensino Superior Completo - Ensino Superior Incompleto n (%) Ensino Médio Completo n (%) Grau de Instrução 12 (43,3%) - 10 (30 %) 8 (26,7 %) Variável 18 - 25 anos n (%) 26 - 35 anos/36 - 45 anos n (%) Idade 17 (56,7%) 9 (30 %) / 4 (13,3%) Tabela 1. Perfil Sociodemográfico dos Participantes da Pesquisa Resultados Questões específicas acerca do papel da musculação na redução dos níveis de ansiedade e depressão Observa-se que ao analisarmos de forma específica os fatores que interferem nos níveis de ansiedade e depressão em decorrência da prática de musculação, (100%) dos indivíduos participantes assinalaram que praticam musculação, assim como (100%) relatou gostar de praticar musculação, corroborando com a premissa de que a modalidade provoca resultados benéficos aos praticantes, uma vez que o número de respostas ao questionário onde se refere a gostar da prática é unânime. Resultados Prática da musculação por recomendação médica Observa-se que a maior parte dos participantes (86,7%) não praticam musculação devido uma recomendação médica, o que sugere que tal iniciativa parte de um processo de tomada de decisão individual, movido por muitos fatores que acabam por interferir diretamente na qualidade de vida do indivíduo e atuando como fator preventivo ao desenvolvimento de transtornos psicoemocionais como ansiedade e depressão, porém observa-se também que (13,3%) dos indivíduos relatam praticar musculação em decorrência de uma recomendação médica. Resultados Repercussões da pandemia na prática da musculação e seus efeitos sobre os danos ao domínio emocional Ao investigar a questão sobre a paralisação das atividades em decorrência da pandemia, observou-se que a maioria dos indivíduos (66,7%) tiveram que interromper suas atividades devido aos fatores que provocaram restrição aos locais de prática durante o isolamento social, enquanto (33,3%) dos participantes mantiveram suas atividades mesmo com os decretos restritivos. Além disso, destaca-se que a maioria (63,3%) dos indivíduos também acredita que tal paralisação tenha causado danos ao domínio emocional, sendo responsáveis por respostas humorais desagradáveis, enquanto (36,7%) acredita não ter sofrido danos ao domínio emocional em razão da paralisação da prática. Resultados Ao analisarmos os dados referentes ao número de indivíduos que receberam algum tipo de diagnósticos referente aos transtorno de ansiedade e depressão, observou-se que a maioria (73,3%) dos participantes não apresenta diagnóstico clínico para nenhum dos transtornos, enquanto (26,7%) dos participantes relatam já terem recebido algum diagnóstico acerca das doenças citadas anteriormente. Por outro lado, ao analisar a percepção individual de cada participante, destaca-se que a maioria dos indivíduos (76,7%) consideram-se ansiosos e/ou depressivos, o que representa uma alerta significativo visto que muitos desses indivíduos podem apresentar sintomas e não buscarem assistência médica, de forma a negligenciar uma condição clínica grave, todavia, observou-se também que (23,3%) dos participantes não se consideram ansiosos e/ou depressivos. Além disso, os resultados mostram que (50%) dos participantes já se consideravam ansiosos e/ou depressivos antes mesmo do início da pandemia, assim como (50%) relatou não associar tais questões à pandemia. Diagnósticos e percepções individuais acerca dos transtornos de ansiedade e depressão Resultados Perspectivas e percepções individuais acerca dos efeitos e/ou benefícios do exercício físico Foram analisadas as perspectivas e percepções individuais acerca dos efeitos e/ou benefícios desencadeados através da prática do exercício físico, observou-se diante dos resultados que a maioria dos indivíduos (71%) acredita que a ausência da prática agrava seus níveis de ansiedade e/ou depressão, todavia, (29%) dos indivíduos acredita que não há correlação entre a prática e os efeitos citados. Além disso, os resultados apontam que a maioria dos indivíduos (96,8%) relataram a crença de que o exercício físico é eficaz durante o processo de recuperação em situações onde há diagnósticos clínicos de quadros de ansiedade e/ou depressivos, porém, (3,2%) dos indivíduos relataram não associar tal correlação. Resultados Crenças e recomendações individuais acerca dos efeitos e/ou benefícios do exercício físico Foram analisadas as considerações e recomendações dos participantes da pesquisa tendo em vista compreender um pouco mais sobre a perspectivas dos praticantes sobre o exercício físico, uma vez que este processo favorece o conhecimento de possíveis pontos positivos e/ou negativos acerca da prática, bem como compreender possíveis limitações que existam entre os praticantes, dessa forma, buscou-se compreender se os indivíduos se consideravam pessoas melhores em razão da prática do exercício físico, os resultados apontam que a maioria dos indivíduos (93,5%) acreditam na melhora pessoal decorrente da prática, por outro lado, (6,5%) acredita que não há tal melhora. Além disso, objetivou-se compreender se os indivíduos possuem a crença de que o exercício físico é uma prática necessária para uma melhorqualidade de vida, onde todos os participantes (100%) assinalaram que compartilham da mesma ideia e acreditam que o exercício é fundamental para uma melhor qualidade de vida. Por fim, observou-se que na questão referente a recomendar a musculação para outras pessoas, mais uma vez todos os participantes (100%) assinalaram que recomendariam. Conclusão Diante dos resultados apresentados e discutidos anteriormente, concluiu-se que a prática da musculação apresenta significativos dados que contribuem com a premissa de que é capaz de reduzir os níveis de ansiedade e depressão, bem como prevenir o surgimento de tais doenças, uma vez que promove benefícios aos indivíduos desde a satisfação com a prática até mesmo ao proporcionar uma melhor condição do indivíduo consigo mesmo.