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Avaliação Final Integradora - 10ª Fase 
Prova Comentada 
QUESTÃO 1 - Um paciente de 18 anos de idade deu entrada no pronto-socorro 
queixando-se de dor intensa de garganta (lateralizada para a esquerda), febre, 
dificuldade para engolir os alimentos e trismo. O quadro começou há 3 dias. No exame 
da orofaringe, foram identificados pontos de pus nas duas amígdalas e abaulamento 
do espaço periamigdaliano que desloca a amígdala esquerda para a linha média mais 
que a amígdala direita. 
Tendo como referência esse quadro clínico, marque a alternativa correta. 
A) O quadro é de abcesso periamigdaliano e o paciente deve ser internado e levado 
para a sala de operações para drenagem do abcesso. 
B) O procedimento mais aceito nesse caso consiste em fazer a amigdalectomia a 
quente (Quincy procedure). 
C) O tratamento com antibióticos orais em regime de internação hospitalar é a 
indicação correta de tratamento. 
D) A punção com agulha da região periamigdaliana associada à antibioticoterapia 
de amplo espectro é o tratamento mais adequado. 
E) As amígdalas do paciente deverão ser retiradas logo após ele ser curado do 
quadro agudo, pois é muito provável que o quadro recidive. 
Resposta correta: letra D 
Comentário: O abscesso periamigdaliano consiste na complicação mais frequente de 
um episódio de amigdalite aguda. Não apresenta predileção por raça e a faixa etária 
de eleição é a dos adultos jovens. O paciente geralmente pode ser tratado em regime 
ambulatorial. Somente nos quadros de obstrução respiratória aguda, quadro tóxico 
agudo e septicemia a internação se impõe. O tratamento mais adequado dessa 
complicação na atualidade consiste na punção por agulha da região periamigdaliana 
associada à antibioticoterapia endovenosa de amplo espectro. A amigdalectomia “a 
quente”, ou seja, durante a fase aguda do processo, recomendada por alguns no 
passado, hoje vem caindo em desuso. Inúmeros trabalhos demonstraram que os 
resultados não são tão bons quanto afirmavam seus defensores, além de proporcionar 
aumento considerável no custo do tratamento e na frequência de complicações 
 
hemorrágicas. A amigdalectomia após um único episódio de abscesso 
periamigdaliano ainda é controversa, mas atualmente a maioria dos 
otorrinolaringologistas prefere avaliar cada caso isoladamente no sentido de proceder 
ou não à indicação cirúrgica. A recidiva após a cura não é muito frequente, ficando em 
torno de 10 a 15% dos casos. 
ATHERINO, C. C. T.; MEIRELLES, R. C.; PERES, L. D. Abscessos 
Periamigdalianos. In: Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia Tratado de 
Otorrinolaringologia: volume 3. São Paulo: ROCA, p. 244-247. 
Nível: Médio. 
 
QUESTÃO 2 - Na UBS você atende Gisele, de 4 anos de idade, que segundo a mãe 
iniciou quadro de coriza, febre (37,9°C), congestão nasal e tosse seca há 3 dias. Ao 
exame físico bom estado geral, não apresentava adenopatias, lesões cutâneas, 
visceromegalias ou febre. Aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações. 
Diante desta situação qual será a melhor conduta? 
A) Solicitar hemograma, PCR, radiografia de tórax e de seios da face. 
B) Alta com prescrição de medicações sintomáticas. 
C) Etapa de hidratação venosa e solicitar radiografia de tórax e de seios da face. 
D) Alta com prescrição de medicações sintomáticas e antibioticoterapia. 
E) Etapa de hidratação venosa e solicitar hemograma. 
 
Resposta correta: letra B 
Comentário: Paciente com quadro característico de Resfriado comum ou Rinite viral 
aguda. É a doença infecciosa de vias aéreas superiores mais comum da infância. 
Crianças menores de cinco anos podem ter de cinco a oito episódios por ano. Esta 
situação é causada quase que exclusivamente por vírus. Entre as centenas deles, os 
mais freqüentes são rinovírus, coronavírus, vírus sincicial respiratório (VSR), 
parainfluenza, influenza, coxsackie, adenovírus e outros mais raros. Não há neste 
caso nenhum sinal de alarme de comprometimento orgânico agudo. Portanto a 
conduta mais acertada é de liberar a criança com orientações à mãe e prescrição de 
 
sintomáticos, sendo desnecessária a solicitação de exames complementares. Os 
antimicrobianos não são indicados por não prevenirem infecções bacterianas 
secundárias nas infecções virais e poderem causar efeitos adversos, incluindo o 
aumento de cepas bacterianas resistentes na orofaringe. 
PITREZ, P. M. C.; PITREZ, J. L. B. Infecções agudas das vias aéreas superiores: 
diagnóstico e tratamento ambulatorial. J. Pediatr. (Rio J.) 79 (suppl 1). 
Jun 2003. https://doi.org/10.1590/S0021-75572003000700009. 
Nível da Questão: Fácil 
QUESTÃO 3 - Pescador, 62 anos de idade, residente na zona rural de Ipatinga é 
atendido no de hospital municipal, referindo ter vomitado sangue vivo há mais ou 
menos 40 minutos. Afirma ingerir 3 garrafas de cerveja diariamente e mais que isso 
nos finais de semana. Ao exame físico apresentou fígado volumoso e esplenomegalia; 
pele com circulação em cabeça de medusa; ruídos hidroaéreos presentes; indolor a 
palpação. Extremidades com boa perfusão periférica; ascite; escleras ligeiramente 
amareladas. Os resultados dos exames solicitados foram: bilirrubina direta = 1,5 
mg/dL (normal <0,4mg/dL); bilirrubina indireta = 1,0 mg/dL (normal <0,8mg/dL); 
hematócrito = 35% (normal 40-54%); Hemoglobina = 9 g/dL (normal 12-15,5g/dL); 
albumina 3,0g/dL (normal 3,5-4,8g/dL). O exame de fezes revelou a presença dos 
ovos abaixo. 
 
 
Considerando o caso clínico descrito, avalie as afirmações a seguir. 
I. O quadro clínico é compatível com a forma descompensada do Schistossoma 
mansoni; 
II. O paciente apresenta sinais de hipertensão portal, que pode ter desencadeado as 
varizes esofágicas; 
https://doi.org/10.1590/S0021-75572003000700009
 
III. O exame de fezes seria o teste mais sensível para se confirmar a infecção pelo 
Schistossoma mansoni; 
IV. O tratamento antiparasitário recomendado seria praziquantel, para tratamento da 
infecção pelo Schistossoma mansoni. 
É correto apenas o que se afirma em: 
A) I e III 
B) I, III e IV 
C) I, II e IV 
D) II, III e IV 
E) I,II,III e IV 
 
Resposta correta letra C 
Comentários: As opções I, II e IV estão corretas, o que torna as alternativas A e B 
incompletas. A opção III está errada pois o exame de fezes é um exame com alta 
especificidade, porém com baixa sensibilidade. 
Referência: Parasitologia Humana, David Pereira Neves, capítulo 22 
Nível: Médio 
 
QUESTÃO 4 - Considerando as informações da questão 03, o medicamento 
antiparasitário indicado para o tratamento do paciente seria: 
A) Albendazol 
B) Piperazina 
C) Ivermectina 
D) Tiabendazol 
E) Praziquantel 
 
Comentário: De acordo com o quadro clínico e exames apresentados, o paciente 
apresenta infecção pelo S. mansoni. O Medicamento antiparasitário indicado seria o 
praziquantel 
Referência: Parasitologia Humana, David Pereira Neves, capítulo 22 
Nível: Fácil 
 
 
QUESTÃO 5 - Um paciente masculino de 69 anos, com histórico de diabetes há 35 
anos e hipertensão arterial sistêmica recém diagnosticada, retorna para avaliação de 
resultado de exames. Creatinina: 5,2 mg/dl; sódio 135 mEq/L; potássio: 5,9 mEq/L; 
ácido úrico: 9,0 mg/dl; HbA1C: 10,0%; proteinúria: 9,4 mg/24h. Dentre os agentes 
anti-hipertensivos a seguir, qual seria mais adequado para o caso? 
A) Enalapril. 
B) Diltiazem. 
C) Valsartana. 
D) Propranolol. 
E) Clortalidona. 
Resposta: B 
Comentários: Os IECA’s e BRA’s não são indicados em pacientes hiperpotassemia, 
mesmo que apresentem nefropatia diabética, devido ao efeito de retenção de 
potássio. Na presença de hiperuricemia, diabetes e insuficiência renal devemos evitar 
os diuréticos tiazídicos, pois esses são efeitos colaterais esperados desses 
medicamentos. Os betabloqueadores devem ser evitados em pacientes diabéticos 
pelo risco de hipoglicemia sem sintomas iniciais e não são medicamentos de escolha 
para o tratamento da HAS. 
Fonte:Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, 
Feitosa ADM, Machado CA, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. 
Arq. Bras. Cardiol. 2021;116(3):516-658. 
Nível: difícil. 
 
QUESTÃO 6 - Um paciente masculino, de 72 anos, consulta com você pela primeira 
vez, pois mudou-se recentemente e a partir de agora irá frequentar a sua unidade de 
saúde. Queixou-se apenas de tontura quando se levanta da cama para ir ao banheiro 
à noite. É hipertenso de longa data e há muitos anos usa diariamente furosemida 40 
mg/dia e nifedipino 40 mg/dia, prescritos por um médico. Sua PA no consultório foi 
medida em 140x90 mmHg e não apresentou alterações ao exame físico geral. Com 
 
relação ao tratamento da hipertensão arterial desse paciente, assinale a conduta 
mais adequada. 
A) A furosemida e o nifedipino devem ser trocados por verapamil e clonidina. 
B) A furosemida e o nifedipino devem ser trocados por clortalidona e anlodipino. 
C) A nifedipina deve ser suspensa gradativamente devido ao risco de rebote e 
substituída por atenolol e a furosemida pode ser mantida. 
D) Os medicamentos devem ser suspensos e solicitado que o paciente faça exame 
de medida ambulatorial da pressão arterial para confirmação diagnóstica. 
E) Não é aconselhável modificar o tratamento do paciente, visto que está com 
pressão em níveis aceitáveis para sua idade e está bem adaptado aos fármacos. 
Resposta: B 
Comentários: Se o paciente está bem aderido às medicações e usa diariamente, com 
certeza a suspensão dos fármacos irá provocar uma elevação da pressão arterial, 
colocando-o em risco. Sua PA está no limite da normalidade, mesmo com utilização 
dos medicamentos. Não se utiliza diurético de alça como escolha para tratamento da 
HAS, exceto em casos de ICC e DRC. O nifedipino não é indicado para idosos devido 
aos riscos de hipotensão postural e redução mais acentuada da PA, com risco de 
queda e de eventos isquêmicos. A associação de diurético de alça com nifedipino 
potencializa o efeito adverso de hipotensão postural. Clonidina não é boa opção de 
tratamento da HAS no idoso pelos riscos de hipotensão e não é primeira escolha para 
o tratamento de HAS de forma geral. A substituição da furosemida por clortalidona 
(diurético tiazídico) e do nifedipino por outro bloqueador de canal de cálcio com menor 
potencial de efeitos colaterais (anlodipino) é a melhor opção. 
Fonte: Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, 
Feitosa ADM, Machado CA, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. 
Arq. Bras. Cardiol. 2021;116(3):516-658. 
Nível: médio. 
 
QUESTÃO 7 - Você está na UBS e atende uma paciente de 35 anos com Transtorno 
Depressivo Maior em abandono de tratamento que vem apresentando ideação suicida 
nos últimos dias. Diante deste relato, você estratifica os fatores de risco para suicídio 
 
que a paciente apresenta. Após anamnese cuidadosa, você caracteriza que a 
paciente é casada, trabalha e tem boa inserção social e abandonou tratamento por 
aconselhamento de sua igreja. Além disso, a paciente é impulsiva, tem baixo limiar a 
frustrações e teve uma tentativa recente de auto-extermínio há uma semana. 
Encontra-se desesperançosa com relação ao futuro. 
Dentre os fatores de risco para suicídio completo apresentados pela paciente, 
aquele que mais consistentemente se associa ao suicídio é: 
A) desesperança. 
B) estado civil casado. 
C) histórico pregresso de tentativa de auto-extermínio recente. 
D) impulsividade. 
E) sexo feminino. 
 
Resposta Correta: letra C 
Comentário: “A possibilidade de comportamento suicida existe permanentemente 
durante os episódios depressivos maiores. O fator de risco descrito com mais 
consistência é história prévia de tentativas ou ameaças de suicídio, porém deve ser 
lembrado que a maioria dos suicídios completados não é precedida por tentativas sem 
sucesso. Outras características associadas a risco aumentado de suicídio completado 
incluem sexo masculino, ser solteiro ou viver sozinho e ter sentimentos proeminentes 
de desesperança. A presença de transtorno da personalidade borderline aumenta 
sensivelmente o risco de tentativas de suicídio futuras”. 
Referência bibliográfica 
Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual diagnóstico e estatístico de 
transtornos mentais: DSM-V. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
Nível: Fácil 
 
QUESTÃO 8 - Você está na UBS e é chamado para avaliar um paciente com início 
de ataques de pânico recorrentes e inesperados há cerca de 30 dias. Após excluir 
causas orgânicas, você confirmou o diagnóstico psiquiátrico. 
 
A conduta mais adequada dentre as alternativas abaixo é: 
A) expectante/conservadora. 
B) prescrever Amitriptilina 25 mg 1 cp à noite por 30 dias. 
C) prescrever Alprazolam 0,25 mg 1 cp fixo de 12/12h por 90 dias. 
D) prescrever Sertralina 50 mg 1 cp de manhã por 12 meses e Alprazolam 0,25 
mg 1 cp se ataques de pânico. 
E) psicoterapia existencial. 
 
Resposta Correta: letra D 
Comentário: “Os dois tratamentos mais eficazes são a farmacoterapia e a terapia 
cognitivo- comportamental. Alprazolam e paroxetina são os dois medicamentos 
aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento do transtorno 
de pânico. Em geral, a experiência está mostrando superioridade dos inibidores 
seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) e da clomipramina sobre os 
benzodiazepínicos, os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) e os medicamentos 
tricíclicos e tetracíclicos, em termos de eficácia e tolerância de efeitos adversos. 
Uma vez eficaz, o tratamento farmacológico, em geral, deve continuar por 8 a 12 
meses. Dados indicam que o transtorno de pânico é uma condição crônica, talvez 
para toda a vida, que tem recorrência quando o tratamento é interrompido”. 
Referência bibliográfica: SADOCK, Benjamin J., SADOCK, Virgínia A. Compêndio 
de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica. 11.ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. 
Nível: Fácil 
 
QUESTÃO 9 - Paciente do sexo masculino, de 35 anos procura a UBS com queixa de 
dor lombar D iniciada há 3 dias com irradiação para flanco D. Relata também o 
aparecimento de febre há 24h que foi medida no valor de 38,5ºC .Queixa também de 
algúria , polaciúria e disúria. Ao exame apresenta dor a percussão na região do ângulo 
costovertebral posterior direito. Qual é o diagnóstico clínico mais provável e a 
conduta mais apropriada neste caso? 
 
 
A) Prostatite bacteriana aguda devendo-se iniciar ciprofloxacin oral e manter 
durante 3 semanas. 
B) Diverticulite aguda devendo-se iniciar ciprofloxacin oral associado a 
metronidazol e manter durante 14 dias. 
C) Ureterolitíase proximal D com hidronefrose associada devendo-se iniciar terapia 
expulsiva com tansulosina oral. 
D) Pielonefrite bacteriana aguda devendo-se iniciar quinolona oral e manter por no 
mínimo 7 dias. 
E) Cistite bacteriana aguda complicada devendo-se internar o paciente e iniciar 
quinolona venosa mantendo durante 7 dias. 
Resposta correta: letra D 
Comentário: diagnóstico clínico baseado nas queixas de dor lombar, febre alta e 
Giordano +. Indicado, segundo último guideline ,uso de quinolona durante 7 dias nos 
casos de pielonefrite não complicada . 
Referências: 
EAU Guidelines. Edn. presented at the EAU Annual Congress Milan Italy 2021. ISBN 
978-94-92671-13-4. 
Nível: difícil 
QUESTÃO 10 - Você está na unidade de saúde e recebe dona Márcia que trouxe o 
seu bebê do gênero masculino de 5 dias de vida para consultar. É seu primeiro filho. 
Ela refere que passou pela sala de vacinas para fazer a vacina BCG e colher o Teste 
do Pezinho e foi orientada a comparecer à consulta médica pois seu filho havia perdido 
peso. Refere que o parto foi vaginal, a crianças nasceu a termo com 40 semanas de 
idade gestacional. O apgar anotado no cartão é 8/9 no primeiro e quinto minuto, 
respectivamente.O peso de nascimento foi de 3520 gramas. Está em aleitamento 
materno exclusivo, sob livre demanda. A mãe relata que o recém-nascido mama muito 
bem, esvazia a mama completamente, urina e evacua bastante. Não tem relato de 
cólicas. Peso de hoje: 3200 gramas. Ao exame físico a única alteração notada é uma 
icterícia leve em face. 
 
Em relação a esse caso é CORRETO afirmar que: 
A) Dona Márcia deve ser tranquilizada quanto à perda de peso de seu bebê, 
devendo ser reforçada a manutenção do aleitamento materno em livre demanda. 
B) Esse bebê deve ser encaminhado ao hospital para avaliação, pois a perda de 
peso nesse caso está excessiva. 
C) O aleitamento materno deve ser mantido, porém deve ser acrescida fórmula 
infantil para complementar, dada a perda de peso da criança. 
D) Esse bebê está apresentando icterícia do aleitamento materno, devendo ser 
observado de maneira rigorosa pelo risco de piora. 
E) A pega ao seio deve estar incorreta, considerando-se a perda de peso da 
criança. Deve-se orientar uso de bico de silicone para facilitar o aleitamento. 
Resposta correta: Letra A 
Justificativa: Esse bebê apresentou perda de 320 gramas, o que representa perda de 
9% em relação ao peso de nascimento. Essa perda é considerada normal, e deve ser 
apenas acompanhada, reforçando a manutenção do aleitamento materno, não 
havendo necessidade de fórmula infantil. Essa criança não apresenta nenhum sinal 
de doença ao exame físico. A icterícia leve em face (zona I) representa provavelmente 
uma icterícia fisiológica, sem relação com aleitamento materno. A icterícia do 
aleitamento materno aparece nas primeiras 72 horas de vida e está ligada à baixa 
produção de leite pela mãe, o que aumenta a circulação enterro-hepática e, 
consequentemente, os níveis de bilirrubina indireta plasmática. Não há razão para 
pensarmos em pega incorreta. Além disso, o uso de intermediários de silicone deve 
ser evitado. 
Referência Bibliográfica: SAÚDE DA CRIANÇA Aleitamento Materno e Alimentação 
Complementar. Ministério da Saúde. 2015. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_ca
b23.pdf. (Acesso em: 07 de Junho de 2021) 
QUESTÃO 11 - Você atende uma mulher de 84 anos de idade, diabética tipo 2, 
hipertensa, portadora de síndrome demencial com comprometimento cognitivo leve e 
episódio prévio de AIT em uso de metformina 1000mg/dia, sitagliptina 50 mg/dia, 
enalapril 10mg/dia e atorvastatina 20mg/dia. Nega episódios de hipoglicemia. Em 
consulta ambulatorial, para avaliação de rotina: hemoglobina glicada (HbA1C) = 7,9% 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
 
e glicemia de jejum = 98 mg/dL, pós prandial 180 mg/dl, LDL 70 mg/dl, depuração de 
creatinina 55 ml/min. PA 130x80 mmHg. 
Assinale a alternativa correta: 
A) O tratamento desse paciente deve ser otimizado para redução de complicações 
microvasculares, visando alvo de HbA1C < 7,5%. 
B) A sitagliptina deve ser substituída pelo alto risco de hipoglicemia associado. 
C) O tratamento medicamentoso está adequado e deve ser mantido. 
D) O uso de metformina está contraindicado em pacientes idosos pelo alto risco de 
insuficiência renal e toxicidade pela droga. 
E) A atorvastatina deve ser suspensa pelo alto risco de complicações associadas. 
 
Resposta correta: C 
Justificativa: Nos pacientes idoso com comorbidades que gerem impacto na 
expectativa de vida a meta no controle glicêmico é menos rigorosa. Deve-se 
considerar idade, ADL e IADLs na tomada de decisão. Uma HbA1c entre 7,5 e 8,5% 
está indicada nesse caso. A sitagliptina é um inibidor da DPP IV, classe com baixo 
potencial hipoglicêmico. Trata-se de prevenção secundária (AIT prévio) e a estatina 
deve ser mantida. 
Referência: Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 2019-20. 
 
QUESTÃO 12 - Paciente do sexo masculino, 48 anos, com diabetes tipo 1 
diagnosticado há 32 anos, em tratamento com insulina. Já possui complicações 
crônicas associadas ao diabetes, como retinopatia diabética proliferativa moderada e 
neuropatia autonômica cardiovascular com episódios de hipotensão postural. Assim, 
procura auxílio médico sobre esta situação. Ao exame, PA 128/84mmHg, FC 102 bpm 
em repouso. HbA1c = 7,6%. 
São medidas úteis no tratamento da disautonomia cardiovascular: 
A) Evitar mudanças posturais bruscas e elevação dos membros inferiores (30cm). 
B) Uso de meias ou calças compressivas e aumento do aporte de sal na dieta. 
C) Elevação da cabeceira do leito (30cm) e restrição de sal na dieta. 
 
D) Uso de calçados apropriados e diuréticos de baiza potência. 
E) Inibidores da ECA e betabloqueadores. 
 
Resposta correta: B 
Justificativa: Nos paciente portador de neuropatia autonômica estão indicadas 
medidas como: Evitar mudanças posturais bruscas; Uso de meias ou calças 
compressivas; aumento do aporte de sal na dieta; Elevação da cabeceira do leito 
(30cm) e aumento do aporte de sal na dieta. 
Referência: Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 2019-20. 
QUESTÃO 13 - Homem, 50 anos, é atendido em unidade básica de saúde 
assintomático para avaliação clínica de rotina. É hipertenso há cinco anos e está em 
uso de hidroclorotiazida 25 mg/dia. Pressão arterial: 144 x 82 mmHg. IMC 36 Kg/m2. 
Exames laboratoriais mostram glicemia: 105 mg/dl, HbA1C 6,1%, Risco 
cardiovascular calculado 7%. 
Com relação à avaliação glicêmica, a conduta mais apropriada é: 
A) Iniciar metformina. 
B) Iniciar dapagliflozina. 
C) Solicitar a dosagem do peptídeo C. 
D) Orientar modificações dietéticas com restrição de carboidratos simples. 
E) Solicitar a glicemia pós-sobrecarga de glicose anidra e HbA1c. 
 
Resposta correta: E 
Justificativa: Na avaliação do paciente com glicemia de jejum alterada, porém que não 
configure o diagnóstico de diabetes, está indicada avalação adicional com HbA1c e 
TOTG para definição da melhor estratégia terapêutica. 
Referência: Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 2019-20. 
QUESTÃO 14 - Homem, 40 anos, é atendido em unidade básica de saúde 
assintomático. É hipertenso há cinco anos e está em uso de enalapril 10 mg/dia. 
Pressão arterial: 124 x 80 mmHg. IMC 32 Kg/m2. Exames laboratoriais mostram 
 
glicemia: 95 mg/dl, HbA1C 5,6%, colesterol total: 240 mg/dl, colesterol HDL: 30 mg/dl, 
triglicerídeos: 350 mg/dl. Risco cardiovascular calculado 4%. 
Com relação ao controle lipídico, está indicado nesse momento: 
A) Reduzir ingestão de ácidos graxos trans, gordura saturada e aumentar aporte de 
ácido graxo poli e monoinsaturado e fibras solúveis, perda de peso e atividade física. 
B) Mudança de estilo de vida e prescrição de sinvastatina. 
C) Reduzir consumo de gordura saturada e prescrever ciprofibrato. 
D) Suplementação de fitoesteróis e ômega 3. 
E) Prescrição de ômega 3 e fenofibrato. 
Resposta correta: A 
Justificativa: Paciente consideado de baixo risco cardiovascular e com níveis lipídicos 
com elevação moderada deve ser tratado apenas com MEV no primeiro momento. 
Referência: Diretriz Brasileira de Dislipidemias 2017. 
QUESTÃO 15 - Paciente 28 anos, masculino, apresenta diagnóstico de Asma desde 
a infância. Há 2-3 meses iniciou com chieira e dispneia, principalmente à noite e de 
manhã. Passa bem durante o dia e trabalha normalmente, sem esforço. Começou a 
fazer uso de B2 de curta ação, por conta própria, mas os sintomas estão mais intensos 
e com crises mais frequentes. Ao exame físico encontra-se eupneico e com sons 
respiratórios normais, sibilos esparsos expiratórios. A conduta correta para esse 
paciente será: 
A) Acrescentar anticolinérgico de curta ação, se necessário. 
B) Associar anticolinérgico de longa ação e B2 agonista de longa ação. 
C) Acrescentar corticoide sistêmico de 12/12h e formoterol se necessário. 
D) Iniciar corticoide inalatórioassociado ao formoterol se necessário. 
E) Manter o uso do B2 de curta ação, porém fixo, de 6/6 h até melhora clínica. 
 
Resposta correta: letra D - Difícil 
Comentário: Trata-se de paciente com Asma e com sintomas da doença atualmente. 
Está usando apenas broncodilatador de curta ação quando necessário, conduta essa 
que não está mais permitida nem para casos muito leves, intermitentes. Indica-se 
 
paciente deverá iniciar tratamento para ASMA com corticoide inalatório diário, 
deixando o B2 de curta se necessário. Ou associar corticoide inalatório com formoterol 
para uso sempre que for necessário. O médico deve aprofundar na história e avaliar 
o grau de obstrução do paciente. 
GINA, 2020) 
QUESTÃO 16 - Paciente de 74 anos, tabagista, foi atendida na unidade de saúde para 
controle de tratamento de DPOC, cujo VEF1 é de 40%. Relatou dispneia aos 
pequenos esforços e tosse crônica que são sintomas antigos. Queixou fraqueza, 
desânimo e vontade de ficar só em casa, pois a tosse incomoda muito as pessoas e 
tem medo de passar mal. Nega internações no último ano. Encontra-se em uso de B2 
de longa ação de 12/12 h e B2 de curta ação quando precisa. Exame físico: FR=28 
irpm, sons respiratórios reduzidos difusamente, sibilos difusos. Sp02=90%; e na 
gasometria Pa02=60mmHg. RCR, 2T. Abdome sem alterações. Eosinófilos menor 
que 100 em sangue periférico. 
A conduta correta para essa paciente será acrescentar: 
A) corticoide inalatório diário. 
B) corticoide oral por 7 a 14 dias. 
C) azitromicina para evitar exacerbações. 
D) anticolinérgico de longa ação de 12/12h. 
E) oxigenioterapia 15h consecutivas por dia. 
Resposta correta: letra D - Médio 
Comentário: Trata-se de paciente com DPOC já diagnosticada, grave, porém, no 
momento, estável. A associação de B2 de longa com anticolinérgica de longa pode 
ser utilizada nos pacientes com DPOC grave estável para reduzir ainda mais os 
sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. O corticoide inalatório e 
roflumilast estariam indicados se a paciente apresentasse exacerbações frequentes 
nos anos anteriores e eosinófilos no sg periférico maior que 300 e ou 100, 
respectivamente. O corticoide sistêmico se estivesse exacerbada. A oxigeniterapia 
continua seria indicada caso a Sp02 fosse < ou = 88% ou Pa02 < ou =55,. 
(GOLD, 2020) 
 
QUESTÃO 17 - Paciente de 70 anos vem apresentando há 6 dias tosse produtiva, 
secreção amarelada e febre - 38,8º C. Em isolamento domiciliar e em uso de 
sintomáticos, pois pensou que poderia ser gripe ou Covid-19. É hipertenso e diabético 
com controle adequado. Nega alergias, cirurgias, bem como doenças em familiares 
próximos. Exame físico: Consciente, orientado, FC 118 bpm, FR=32 irpm, PA= 
100x50mmHg, RCR 2T, sons respiratórios aumentados em base D com crepitações 
discretas na mesma área. Abdome com RHA presentes, sem visceromegalias 
palpáveis, indolor à palpação superficial e profunda. 
De acordo com a análise do caso, a melhor conduta a ser indicada no momento 
será: 
A) Amoxicilina em regime ambulatorial. 
B) Vancomicina em regime hospitalar. 
C) Azitromicina em regime hospitalar. 
D) Levofloxacino em regime ambulatorial. 
E) Ceftriaxona + Claritromicina em regime hospitalar. 
 
Resposta correta: letra E - Difícil 
Comentário: Paciente idoso, maior que 65 anos, com PA diastólica < 60mmHg, FR> 
30 irpm (CURB-65 com 3 itens, indica tratamento hospitalr devido à gravidade e 
mortalidade. Paciente com comorbidades, podendo apresentar hiperglicemia. 
(Recomendações para o Manejo da Pneumonia Adquirida na Comunidade 2018) 
 
QUESTÃO 18 - Paciente 46 anos comparece ao consultório pois deseja cessar 
tabagismo. Relata ser tabagista há 20 anos, meio maço por dia e fumar mais na parte 
da tarde e noite, sendo o primeiro cigarro após almoço. Consegue ficar sem fumar na 
igreja e em viagens longas. Está motivada a parar, pois vai ganhar uma neta e gostaria 
de ficar livre desse hábito. Nunca tentou parar antes e quando fica sem fumar, não 
percebe alterações. Relata apenas epilepsia desde a infância, estando controlada 
com uso de Carbamazepina. 
Qual seria a conduta a ser iniciada nesse caso, além de sugerir terapia cognitivo 
comportamental? 
 
A) Vareniclina 0,5 mg de 12/12h por 3 meses. 
B) Bupropiona 150 mg de 12/12h por 3 meses. 
C) Apenas orientações e apoio com agendamento de retorno. 
D) Adesivo de nicotina 21mg de 24/24h, depois redução progressiva. 
E) Goma de mascar de nicotina 2mg de 6/6h, enquanto for necessário. 
Resposta correta: letra C - Médio 
Justificativa: Paciente com avaliação do grau de dependência baixo, sem tentativas 
prévias, sem sintomas de abstinência e, portanto sem necessidade do uso de 
medicação, já que esses atuam reduzindo os sintomas da abstinência.Importante 
orientar bem a paciente, conversar, incentivar e agendar retorno para reavaliação do 
resultado. 
QUESTÃO 19 - (ENADE 2019 MODIFICADA)- Mulher de 22 anos de idade mora 
com seu filho de 3 anos. A paciente procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) 
com queixa de dispneia e tosse que ocorre há 3 meses, inicialmente seca, tendo 
evoluído com expectoração mucopurulenta e presença de sangue. Ela relata perda 
de apetite, febre de até 38,5 °C e sudorese noturna. Informa ainda que recebeu o 
diagnóstico de HIV há 2 anos e faz uso irregular das medicações há 6 meses. Exame 
físico pulmonar mostrou: FR=20 irpm, murmúrio vesicular presente, distribuído 
difusamente com roncos ocasionais que melhoram com a tosse. Radiografia do tórax, 
como mostra a imagem a seguir. 
Considerando o quadro clínico apresentado pela paciente e as condutas a 
serem adotadas pelo médico após a confirmação diagnóstica do quadro 
pulmonar, avalie as afirmações a seguir. 
I.É necessário notificar a doença. 
II.Deverá internar a paciente, devido à gravidade do quadro clínico e história de baixa 
adesão ao tratamento. 
III.Indicar tratamento diretamente observado à paciente, para melhora da sua adesão. 
IV.Solicitar à mãe que leve seu filho à UBS para rastreamento da doença. 
É correto apenas o que se afirma em: 
A. I e II 
B. I e III 
 
C. III e IV 
D. II, III e IV 
E. I, III e IV 
 
Resposta correta: letra E - Médio 
Comentário: Trata-se de paciente com quadro clínico e radiológico sugestivo de 
Tuberculose pulmonar. Paciente não apresenta sinais de gravidade podendo 
permanecer em tratamento ambulatorial. Porém como apresenta adesão irregular ao 
tratamento do HIV é importante indicar o tratamento diretamente observado para 
aumentar a adesão ao tratamento da TBC.A doença é de notificação compulsória. E 
a avaliação dos contatos da paciente já está indicada, por apresentar lesões 
pulmonares com cavitações, independente do BAAR. (Manejo da Tuberculose, MS) 
 
QUESTÃO 20 - Paciente, 27 anos, primigesta, sem comorbidades com 12 semanas 
de gestação, apresenta sorologia para Toxoplasmose IgM negativa e IgG positiva. 
Qual é o diagnóstico e a conduta recomendada? 
 
A) Gestante imune. Repetir a sorologia de 3 em 3 meses. 
B) Gestante Imune. Não há necessidade de novas sorologias. 
C) Gestante susceptível. Repetir a sorologia de 3 em 3 meses. 
D) Possibilidade de infecção materna aguda. Solicitar teste de avidez de IgG. 
E) Infecção materna aguda. Iniciar tratamento materno com espiramicina e 
investigar infecção fetal. 
 
Resposta: B 
Na presença de anticorpos IgG positivos e IgM negativos, considera-se a gestante 
imune. Não há necessidade de novas sorologias. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / 1. ed. rev. 
– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n° 
32) 
 
 
QUESTÃO 21 - Uma das ações importantes para garantia de uma assistência pré-
natal efetiva é a solicitação e interpretação dos exames complementares indicados. 
Com base nas recomendações atuais doMinistério da Saúde, qual a alternativa 
correta? 
 
A) O hemograma deve ser solicitado na primeira consulta de pré-natal para todas 
as gestantes. 
B) Durante a coleta da colpocitologia oncótica nunca deve ser utilizada a escova 
endocervical. 
C) A solicitação de urocultura no pré-natal deve ser reservada para as gestantes 
com suspeita de infecção do trato urinário. 
D) O diagnóstico da aloimunização Rh(D) deve ser pesquisado em todas as 
gestantes Rh(D) negativas por meio do teste do Coombs direto. 
E) A glicemia de jejum deve ser solicitada na primeira consulta do pré-natal e o teste 
oral de tolerância a glicose deve ser solicitado entre 32 e 36 semanas. 
 
Resposta: A 
A pesquisa da aloimunização é feita por meio do coombs indireto. A urocultura deve 
ser solicitada de rotina. A coleta da colpocitologia pode ser realizada com a escova 
endocervical. O teste oral de tolerância a glicose deve ser solicitado entre 24 e 28 
semanas 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / 1. ed. rev. 
– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n° 
32) 
Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto 
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e 
Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. 
rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. 
Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde. Federação Brasileira 
das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Sociedade Brasileira de Diabetes 
Rastreamento e diagnóstico de diabetes mellitus gestacional no Brasil. Brasília, DF: 
OPAS, 2016. 
 
 
QUESTÃO 22 - Paciente, 20 anos, primigesta de 32 semanas, dá entrada na 
maternidade com queixa de febre há 3 dias, associada a cefaleia, dor retro orbitária, 
prostração e mialgia. Nega náuseas e vômitos. Foi classificada como grupo A da 
dengue, recebendo tratamento ambulatorial, sendo orientada a retornar caso 
apresentasse sinais de alarme. 
 
Pode-se afirmar que é um sinal de alarme: 
A) Petéquias. 
B) Plaquetopenia. 
C) Esplenomegalia. 
D) Derrame pleural. 
E) Prova do laço positiva. 
 
Resposta: letra D 
Comentário: São considerados pelo Ministério da Saúde sinais de alarme: dor 
abdominal intensa e contínua (à palpação ou espontânea); vômito persistente; 
hipotensão postural e/ou lipotimia; letargia ou irritabilidade; aumento progressivo do 
hematócrito; sangramentos de mucosas; hepatomegalia > 2cm abaixo do rebordo 
costal; acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural; derrame pericárdico). 
Referências: Dengue: diagnóstico e manejo clínico, 5ª edição, 2016 – Ministério da 
Saúde 
Nível de dificuldade: Médio 
 
QUESTÃO 23 - Paciente 38 anos, sexo feminino, com queixas de desânimo, tristeza, 
perda do prazer em realizar atividades diárias como sair de casa, com choro fácil, 
insônia terminal, inapetente, com pensamentos recorrentes de ruína e menos valia, 
dificuldade de raciocínio, concentração e de gestão de suas tarefas diárias “como se 
tudo estivesse muito devagar”. Esse é o primeiro episódio, que iniciou há um mês. 
Não tem histórico de consumo de álcool e drogas ilícitas. Fez exames laboratoriais e 
foi excluído doenças orgânicas. 
Tendo em vista as informações e os critérios do DSM V, qual o diagnóstico mais 
provável? 
 
 
A) Transtorno Afetivo Bipolar episódio atual depressivo. 
B) Transtorno Somatoforme. 
C) Transtorno Depressivo Maior. 
D) Transtorno de Ansiedade Generalizada. 
E) Transtorno Depressivo Grave com Sintomas Psicóticos. 
 
Resposta correta: letra C 
Comentário: Paciente com quadro evolutivo a mais de duas semanas, com mais de 
sete sintomas não associados a sintomas psicóticos, preenchendo critérios do DSM 
V, como transtorno depressivo grave. 
Referência bibliográfica: 
compêdio de psiquiatria – Kaplan & Sadock- 11ª edição- pag 364. 
Manual diagnóstico e estatístico de transtorno DSM-5 / [American Psychiatnc 
Association, tradução. Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.]; revisão técnica: 
Aristides Volpato Cordioli... [et al.]. - . e . Porto Alegre: Artmed, 2014. 948 p.; 25 cm. 
 
Nível de questão: fácil 
 
QUESTÃO 24 - Os princípios organizativos do SUS incluem: A descentralização, a 
regionalização, a hierarquização, a participação e o controle social. Com relação ao 
controle social no SUS, marque a alternativa correta. 
 
A) É exercido por meio da implementação da Estratégia Saúde da Família. 
B) São instâncias de controle social no SUS as Centrais Sindicais e a Comissão 
Intergestora Bipartite. 
C) Exercem o controle social somente os municípios em gestão plena do sistema 
de atenção segundo regulação do NOB-96. 
D) Representantes dos gestores, trabalhadores e prestadores de saúde e os 
usuários exercem o controle social do SUS. 
E) Os usuários do sistema e os profissionais da área de saúde constituem a equipe 
multiprofissional que exerce o controle social do SUS. 
 
Resposta: D 
 
Comentário: De cordo com o § 2° da Lei 8142/1990, o Conselho de Saúde tem caráter 
permanente e deliberativo e é órgão colegiado composto por representantes do 
governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atua na 
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância 
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões 
serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do 
governo. 
Referência: Lei 8142/1990. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm 
Nível: fácil. 
 
QUESTÃO 25 - O Sistema Único de Saúde – SUS é o sistema de saúde oficial 
Brasileiro, estabelecido formalmente a partir da Constituição Federal de 1988. Os 
princípios doutrinários do SUS são três: a Universalidade, a Equidade e a 
Integralidade da atenção. 
Sobre a integralidade da atenção como um dos princípios do SUS, marque a 
alternativa correta. 
A) Busca superar a dicotomia entre as ações de prevenção e as ações curativas 
das doenças; 
B) Busca superar a dicotomia de ações entre o setor público e privado; 
C) Considera a flexibilidade de ações em função da diversidade geopolítica e social; 
D) Busca a uniformidade das ações e direitos de todos os inscritos no SUS; 
E) Está voltada para o nível terciário do sistema de saúde. 
Resposta: A 
Comentário: De acordo com o inciso II do Art. 7º da Lei 8080/1990 a integralidade de 
assistência é entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os 
níveis de complexidade do sistema; 
Referência: Lei 8080/1990. 
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/setembro/30/Lei-8080.pdf 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm
 
Nível: difícil 
QUESTÃO 26 - Paciente masculino, 35 anos, IMC 32 kg/m², servente de pedreiro, 
hipertenso controlado, apresenta dor lombar baixa difusa, com limitação funcional 
para a movimentação da coluna, de início agudo há uma semana, relacionada a 
esforços físicos no trabalho. Não apresenta irradiação e sintomas neurológicos nos 
membros inferiores. Nega história de trauma, alterações do trato gênito-urinário e 
febre. 
Considerando-se o diagnóstico de LOMBALGIA, afirma-se que: 
A) A provável etiologia da dor do paciente em questão é uma compressão radicular. 
B) A degeneração discal não tem implicação nos mecanismos da dor lombar 
crônica. 
C) A maioria dos pacientes com lombalgia apresentarão cronificação do quadro de 
dor e impotência funcional. 
D) Durante o tratamento clínico da lombalgia, o paciente deve receber orientações 
sobre seu problema, manter-se ativo e saber que o repouso na cama não é indicado. 
E) Sinais e sintomas sistêmicos, dor noturna ou em repouso e obesidade são sinais 
(“Red Flags”)de alerta e demandam uma investigação mais detalhada do paciente. 
Resposta correta: D 
Comentários: 
1. A dor radicular é uma sensação irradiada da coluna para o membro inferior, de 
forma aguda, distribuída de acordo com o dermátomo afetado. 
2. Com a degeneração discal ocorre um processo de neovascularização e 
neoinervação no interior do disco, podendo levar a estímulos dolorosos. Acredita-se 
de 39% das lombalgia crônicas são de origem discogênica. 
3. A maioria apresentará quadro autolimitado a até 1 mês. 
4. Correto 
5. A obesidade (IMC > 30) é fator de risco comum para dor lombar baixa, mas não 
um sinal de alerta para lombalgia secundária. 
(Bibliografia: HEBERT, S.; XAVIER, R. Ortopedia e traumatologia: princípios e 
prática. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Capítulo 2.4) NÍVEL MÉDIO 
 
 
QUESTÃO 27 - Paciente de 44 anos, Hipertenso leve, bem controlado e com 
sobrepeso. Estava apresentando cansaço nas atividades habituais, porém, com 
limitação leve. Foi submetido a ECG que revelou Bloqueio completo de Ramo 
Esquerdo. Foi encaminhado ao Cardiologista que solicitou Ecocardiograma para 
propedêutica. O Ecocardiograma transtorácico revelou Miocardiopatia Dilatada com 
Fração de Ejeção Reduzida (FEVE: 28%). Câmaras cardíacas com diâmetro 
aumentado e comprometimento importante da contratilidade do VE difusamente. 
Ausência de trombos intracavitários. 
Baseado na Classificação atual de IC Crônica, qual o diagnóstico mais provável 
e conduta mais adequada para o caso? 
 
A) Paciente Classe Funcional II, Estágio B, com indicação já de tratamento 
otimizado para Insuficiência Cardíaca (IECA, Beta-bloqueador e Antagonistas 
Mineralocorticóides). 
B) Paciente Classe Funcional II, Estágio B, com indicação já de tratamento 
otimizado para Insuficiência Cardíaca (IECA, Beta-bloqueador e Antagonistas 
Mineralocorticóides). Nestes casos deve-se dosar BNP seriado para avaliar 
otimização de doses de medicação. 
C) Paciente Classe Funcional I, Estágio A, com indicação já de medidas não 
farmacológicas de imediato. Vacinação para Influenza e Pneumococo. Dieta com 
restrição de sódio. 
D) Paciente Classe Funcional III, Estágio B, com indicação de Diurético de Alça, 
IECA, Beta-bloqueador e Antagonistas Mineralocorticóides. Além das medidas 
habituais não farmacológicas, considerar Cardiodesfibrilador para redução de Morte 
Súbita. 
E) Paciente Classe Funcional II, Estágio A, deve ser submetido a controle dos 
fatores de risco (HAS, obesidade, Diabetes, etc), e iniciar IECA e/ou Beta-bloqueador. 
 
Resposta correta: Letra A 
 
Comentário: LETRA A: A Diretriz de IC mantem a classificação anterior de classe 
funcional e adiciona o Estágio da IC de acordo com alterações Ecocardiográficas. O 
paciente em questão é Classe II e já tem IC ao ECO (estágio B). Não tem indicação 
de monitorizar tratamento com BNP. 
Referência: Diretriz Brasileira de Insuficiência cardíaca Aguda e Crônica 2018. 
Departamento de Insuficiência Cardíaca (DEIC) e Sociedade Brasileira de Cardiologia 
(SBC) 
Nível: difícil 
 
QUESTÃO 28 - Homem, 36 anos com queixa de dor abdominal mal localizada e 
períodos de constipação intestinal intercalados com episódios de diarreia, iniciados 
há 6 meses. Apresentou, desde o início dos sintomas, três episódios de muco nas 
fezes. Nega alterações na dieta e perda ponderal. Nega tabagismo e etilismo. Refere 
uso de paroxetina 20 mg ao dia há 02 meses devido a transtorno de ansiedade 
generaliza e ejaculação precoce. A principal hipótese diagnóstica a ser 
considerada inicialmente é: 
A) ancilostomose. 
B) neoplasia colorretal. 
C) amebíase intestinal. 
D) gastroenterite viral crônica 
E) síndrome do intestino irritável. 
 
Resposta: E 
Comentários: A Síndrome do intestino irritável caracteriza-se por sintomas há pelo 
menos 12 semanas, contínuos ou recorrentes, de dor ou desconforto abdominal 
associado a um dos sintomas: Alívio da dor com a defecação; Alteração da frequência 
das evacuações; Mudança do aspecto das fezes; Presença de muco nas fezes; 
Sensação de distensão abdominal. Tem associação frequente com transtornos do 
humor e transtornos de ansiedade. 
Referência: Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e 
prática [recurso eletrônico] /Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti 
 
Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto 
Alegre : Artmed, 2019.2 v. 
Nível: médio. 
QUESTÃO 29 – Paciente masculino, 49 anos, tabagista 20 anos-maço, morador em 
zona rural, queixa dor epigástrica intensa há 3 semanas, associada a eructações, 
distensão abdominal e plenitude pós-prandial. Na última semana ocorreram 3 
episódios de hematêmese, inclusive no dia da consulta. Dentre os sinais e sintomas 
apresentados pelo paciente, aquele que justifica a realização imediata de 
endoscopia digestiva alta é: 
A) dor intensa. 
B) tabagismo atual. 
C) idade > 45 anos. 
D) sangramento ativo. 
E) distensão abdominal. 
Resposta: D. 
Comentários: Dentre os sinais de alerta para síndrome dispéptica, a presença ou o 
relato de sangramento ativo é um fator que implica em realização de endoscopia 
digestiva alta em caráter de urgência. 
Referência: Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e 
prática [recurso eletrônico] /Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti 
Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto 
Alegre : Artmed, 2019.2 v. 
Nível: médio. 
QUESTÃO 30 – Em uma consulta ginecológica, você observa presença de uma lesão 
ulcerada única, dolorosa, com bordas regulares. Ao questionar à paciente, ela te 
informa que já foi tratada para sífilis há 7 meses, não podendo estar, portanto, com 
essa doença. Você realiza um raspado dessa lesão e o resultado lhe é apresentado 
no retorno (pesquisa em campo escuro) com a presença da espiroquetas. 
A conduta correta nesse caso será: 
 
A) Tratar novamente para sífilis primária, com 2.400.000 UI de penicilina benzatina. 
B) Tratar como sífilis terciária, com 7.200.000 UI de penicilina benzatina. 
C) Tratar com azitromicina, 1g DU. 
D) Tratar com doxicilina 100mg 12/12h por 21 dias. 
E) Tratar com aciclovir, 400mg 8/8h, por 10 dias. 
Resposta correta: letra A 
Comentário: O raspado da lesão demonstrou se tratar de sífilis primária, cujo 
tratamento pode ser feito conforme indicado. Importante ressaltar que o cancro duro 
pode ser múltiplo, pode ser doloroso, pode apresentar bordas irregulares e fundo sujo. 
Tratado de Ginecologia do Novak 
 
QUESTÃO 31 – Há várias consequências a curto, médio e longo prazos relacionadas 
às ISTs. Elas levarão a impactos deletérios à saúde e qualidade de vida das mulheres. 
São exemplos dessas consequências: 
A) Síndrome do ninho vazio. 
B) Câncer de mama invasor. 
C) Agenesia ovariana precoce. 
D) Adenocarcinoma do corpo uterino. 
E) Carcinoma espinocelular do colo uterino. 
Resposta correta: letra E 
Comentário: O CCE do colo uterino é iniciado pela infecção por um dos tipos 
oncogênicos do HPV, que é transmissível por via sexual, portanto, uma IST. Tratado 
de Ginecologia do Novak 
 
QUESTÃO 32 – Você está em uma Unidade de Saúde de uma pequena cidade do 
interior do Estado, com limites relevantes sob o ponto de vista técnico para assistência 
a uma pessoa vítima trauma. No entanto, ocorre um acidente automobilístico e 
algumas vítimas são trazidas à Unidade de Saúde, para sua assistência. Três delas 
apresentam escoriações rasas, encontram-se hemodinamicamente estáveis, 
Glasgow de 15, deambulando e sem grandes limitações. Mas há um paciente que veio 
 
numa maca de ambulância com evidências de lesões com maior energia cinética 
envolvida. Tendo conhecimento do mnemônico do trauma, você inicia o exame do 
paciente, respondendo à sua necessidade, sabedor(a) da sua importância e 
necessário seguimento. 
 
Leia as informações abaixo:I.Utilizamos o mnemônico para identificarmos lesões de maior gravidade em um 
paciente. 
II.Devemos avaliar inicialmente as vias aéreas A (airways), com controle da coluna 
cervical; a respiração e a ventilação (breathing); os estados hemodinâmico 
(circulation) e neurológio, seguido da exposição e controle da temperatura do 
paciente. 
III.O ABCDE do trauma é aplicado no exame primário do atendimento inicial ao 
politraumatizado e é utilizado para detectar lesões de risco iminente de morte. Ele 
também pode ser retomado no exame secundário durante a monitorização dos sinais 
vitais. 
IV.No E (exposição e controle de temperatura), deve-se avaliar os sinais do trauma: 
sangramentos de lesões superficiais, manchas na pele (tatuagens do trauma), despir 
a vítima para detectar ou excluir novas lesões, medir a sua temperatura e deve-se 
ativar medidas que controlarão a manutenção da temperatura do paciente. 
 
Quais alternativas acima estão corretas? 
A) Apenas a afirmativa I. 
B) Apenas as afirmativas II e II 
C) As alternativas I, II e III 
D) Apenas as afirmativas I e II 
E) Todas as afirmativas estão corretas 
 
Resposta: E 
Comentários: Todas as alternativas estão corretas. Na assertiva II, a informação “Ele 
também pode ser retomado no exame secundário durante a monitorização dos sinais 
vitais” está correta porque o ciclo de avaliação do paciente é ininterrupto e deve 
 
prevalecer até que o paciente receba alta ou seja transferido para unidade de 
referência. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção 
para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2016. 
Nível: médio 
 
QUESTÃO 33 – Paciente feminina de 42 anos, com sobrepeso, usuária de 
contraceptivo oral, com quadro de dor abdominal em cólica de média a forte 
intensidade, de início súbito, há 3 horas, mas que refere episódios semelhantes no 
passado. Ao exame, o abdômen é doloroso no hipocôndrio direito e na palpação 
profunda do quadrante superior direito a paciente efetua uma parada da inspiração. 
Marque a alternativa que corresponde à principal hipótese diagnóstica da 
paciente. 
 
A) Anexite. 
B) Colangite. 
C) Apendicite. 
D) Colecistite. 
E) Perfuração de víscera oca. 
 
Resposta: letra D 
Comentários: Quadro típico de colecistite aguda: maior prevalência em mulheres, em 
uso de contraceptivo oral, na faixa etária correspondente, com dor tipo cólica, de 
intensidade moderada a forte, com sinais de irritação em loja biliar (Sinal de Murphy 
positivo). 
Referência: Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e 
prática [recurso eletrônico] /Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti 
Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto 
Alegre : Artmed, 2019.2 v. 
Nível: fácil 
 
 
QUESTÃO 34 – Existem vários medicamentos que podem ter efeito adverso no peso 
corporal por influenciarem tanto a ingestão alimentar quanto o gasto 
calórico/energético. Nesses casos, deve-se considerar medicamentos alternativos 
com menos impacto no ganho de peso. Assim sendo, assinale a alternativa que, 
segundo o Caderno de Atenção Básica de Obesidade do Ministério da Saúde, 
estão associados ao ganho de peso: 
A) Codeína, Prednisona, Lítio. 
B) Diazepam, Glipizida, Atenolol. 
C) Paroxetina, Risperidona, Insulina. 
D) Ácido Valproico, Metformina, Lítio. 
E) Risperidona, Fluconazol, Carbamazepina. 
 
Resposta: C 
Comentários: 
 
Referência: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença 
crônica : obesidade / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 212 p. : il. – 
(Cadernos de Atenção Básica, n. 38). 
 
 
 
 
QUESTÃO 35 – Mulher, 39 anos, com diagnóstico prévio de vitiligo, consulta com 
queixa de irritabilidade, palpitações e perda de 3 kg no último mês. Ao exame físico 
observa-se bócio indolor, difuso e firme. Exames complementares revelam TSH < 
0,001 mUI/mL (0,4-4,0), T3 total= 236 ng/dl (70-200), T4 total= 14 µg/dl (4,5-12), 
tireoglobulina = 130 ng/mL (2-70), anti-TPO = 52 UI/mL (< 35), anti-Tg = 140 UI/mL (< 
115), VHS = 46 mm (elevada). Com relação à doença que esta paciente apresenta 
é CORRETO afirmar que: 
A) uma das complicações mais comuns é o mixedema. 
B) há risco de recidivas e evolução para hipotireoidismo permanente. 
C) é usualmente precedida de infecção aguda do trato respiratório superior. 
D) os sintomas são facilmente controlados com doses baixas de droga anti-
tireoidianas. 
E) oftalmopatia pode surgir antes, após ou junto com os sinais e sintomas descritos 
no caso. 
Resposta: B 
Comentários: Na tireoidite de Hashimoto, a tireoide está aumentada difusamente em 
90% dos casos, apresentando consistência firme, irregular e indolor à palpação. Pode-
se também requisitar a dosagem de anticorpos antitireoidianos: antitireoperoxidase 
(anti-TPO), e antitireoglobulina (anti-TgAb), pois, podem estar presentes em altas 
titulações no plasma em 80-100% dos casos de tireoidite de Hashimoto. A evolução 
esperada da Doença de Hashimoto é o hipotireoidismo e pode haver recidivas. O 
mixedema ocorre no hipotireoidismo. A doença de Graves pode ser precedida por 
infecções virais e pode cursar com oftalmopatia. Os sintomas do hipertireoidismo são 
mais bem controlados com betabloqueadores. 
Referência: Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e 
prática [recurso eletrônico] /Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti 
Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto 
Alegre : Artmed, 2019.2 v. 
 
Nível: médio 
 
QUESTÃO 36 – Homem de 52 anos, refere episódios diários e súbitos de dor 
periorbitária a esquerda, irradiando para região frontal, acompanhada de 
lacrimejamento e hiperemia conjuntival ipsilateral, com duração aproximada de 
40minutos e apresenta resolução espontânea. Nega dor a mastigação e sem dor a 
palpação da região temporal esquerda. A hipótese mais provável é de: 
 
A) Cefaleia do tipo tensional 
B) Cefaleia em Salvas 
C) Migrânea com aura 
D) Arterite temporal 
E) Cefaleia hemicraniana paroxística 
 
Resposta Letra B. 
 
Justificativa: O enunciado descreve um quadro clássico de cefaleia em salvas, este 
tipo de cefaleia primaria e mais observado em homens de meia idade e tem relação 
com ingestão de bebida alcoólica, ocorre durante um período curto (semanas), 
seguindo de longo período assintomáticos. Os episódios de dor são geralmente 
noturnos, de localização frontorbitária unilateral, muito intensa, de duração curta e 
associados a congestão nasal, midríase, lacrimejamento, edema periorbitário e 
hiperemia conjuntival. 
Referência Bibliográfica: Cecil. Tratado de Medicina Interna. 24ª ed. Rio de. Janeiro: 
Elsevier, 2014, pag. 2608. 
 
QUESTÃO 37 – Paciente de 30 anos, com cefaleia intensa, pulsátil, com fotofobia e 
náusea. Com crises a cerca de 3 anos e nos últimos 4 meses vem apresentando uma 
crise por semana. Usa paracetamol 500mg com alívio parcial dos sintomas. Qual a 
melhor conduta para esse caso? 
 
A) Iniciar dipirona 
B) Prescrever anti-inflamatório 
C) Solicitar tomografia de crânio 
 
D) Manter paracetamol e acompanhar 
E) Iniciar Topiramato diário 
 
Resposta Letra E. 
 
Justificativa: Temos um paciente jovem cuja anamnese é típica de enxaqueca. 
Cefaleia geralmente unilateral. Latejante, intensa com sintomas associados (náusea 
e fotofobia), sendo os episódios desencadeados por estresse, como este paciente 
apresenta 3 ou mais episódios graves mensais a indicação é de tratamento profilático 
como medicações como Topiramato. O tratamento das crises pode ser feito com 
triptano e o exame de imagem estaria indicado na suspeita de cefaleia secundária.No 
caso descrito, típico de migrânea, não há indicação. Referência Bibliográfica: Cecil. 
Tratado de Medicina Interna. 24ª ed. Rio de. Janeiro: Elsevier, 2014, pag. 2608. 
 
QUESTÃO 38 – Mãe leva bebê, sexo feminino, de 18 meses, e ao avaliá-la observam- 
se as seguintes medidas evolutivas do PC: ao nascer (35 cm), 1 mês (37 cm), 4 meses 
(42 cm), 7 meses (44 cm), 9 meses (44,5 cm), 12 meses (44,5 cm). Desenvolvimento: 
sorriso social com dois meses, gargalhadas com quatro meses, sentou-se com sete 
meses, arrastou-se com nove meses e balbuciou sons consonantais com dez meses. 
Atualmente, não fica de pé com apoio, não engatinha, emite sons guturais, não pega 
o brinquedo ou objetos em seu campo de alcance. Tem contato visual, mas não 
compreende jogos de esconde-esconde, dança, acena tchau ou bate palmas. Realiza 
movimentos repetitivos e estereotipados de mãos, do tipo lavar ou esfregar. Há um 
mês apresentou quatro crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas. 
 
O diagnóstico sindrômico é: 
 
A) paralisia cerebral. 
B) transtorno do espectro autista. 
C) atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. 
D) regressão do desenvolvimento neuropsicomotor. 
E) desenvolvimento adequado para idade 
 
 
 
Resposta correta : letra D 
 
 
Comentário: O enunciado apresenta uma lactente de 18 meses com desaceleração 
do crescimento do perímetro cefálico pós-natal, a partir de 7 meses associado a uma 
síndrome de regressão do desenvolvimento neuropsicomotor por volta da mesma 
idade. No domínio motor: não engatinhou ou ficou de pé com apoio entre 9-10 meses, 
não andou com apoio aos 12 e sem apoio aos 15 meses. No domínio motor fino: não 
apreende com pega fina os brinquedos e nem os explora com os dedos. Nos domínios 
pessoal- social e de linguagem: não evoluiu o balbulcio para palavras com sentido 
com 12 meses, não compreende brincadeiras, não dança, ou acena ou bate palmas. 
Verifica-se também uma síndrome paroxística epilética caracterizada por crises 
convulsivas tônico-clônicas generalizadas. Portanto, microcefalia de início pós-natal 
(geralmente iniciada entre 6 e 12 meses), regressão do desenvolvimento, epilepsia e 
movimentos estereotipados de mãos do tipo lavar/esfregar sugerem o diagnóstico da 
Síndrome de Rett, doença genética degenerativa provocada pela mutação no gene 
MECP2. Esta doença é um dos diagnósticos diferenciais no grupo das TEP. 
 
Nível: dificil 
 
QUESTÃO 39 – Você está na UBS e atende um lactente, dois meses, que apresenta 
regurgitações (oito vezes ao dia), choro por 45 minutos, mas a mãe consegue acalmá-
lo sem medicamentos. Foi amamentado por 15 dias e, desde então, vem sendo 
alimentado com fórmula infantil convencional. Peso de nascimento: 3 Kg e 
comprimento: 50 cm. As avós recomendaram que durante o sono o lactente seja 
mantido em posição prona com a cabeça elevada. Peso atual: 5,2 Kg. Evacuações 
normais. Devemos orientar os pais a manter o lactente na seguinte posição: 
A) prona e não usar nenhuma fórmula espessante 
B) decúbito dorsal e substituir por fórmula infantil anti-regurgitação. 
C) prona que vem sendo adotada e prescrever domperidona e ranitidina. 
D) prona que vem sendo adotada e substituir por fórmula infantil anti-regurgitação. 
E) decúbito dorsal e substituir por fórmula com proteínas extensamente 
hidrolisadas. 
 
 
Resposta correta: Letra B 
Comentário: “Em relação à orientação postural, o lactente deve ser mantido em 
posição vertical pelo período de 20 a 30 minutos após a mamada, o que facilita a 
eructação e o esvaziamento gástrico, diminuindo os eventos de regurgitação. Nos 
períodos de sono, o lactente deve permanecer em decúbito supino (dorsal), com a 
elevação da cabeceira entre 30 e 40 graus, pois as posições em decúbito lateral e/ou 
prona associam-se com maior risco de ocorrência de morte súbita. As fórmulas AR 
(anti-regurgitação) podem ser espessadas com carboidratos digeríveis à base de 
arroz, milho, batata ou com carboidratos não digeríveis (alfarroba/jataí) 
Fonte: Regurgitação do lactente (Refluxo Gastroesofágico Fisiológico) e Doença do 
Refluxo Gastroesofágico em Pediatria”, de dezembro de 2017 
Nível: médio 
 
QUESTÃO 40 – Homem, 65 anos de idade, hipertenso há 25 anos, queixa dispneia 
progressiva aos esforços há um ano e meio. Exame físico: = 130 x 80 mmHg, FC = 
96 bpm, ictus cordis desviado para a esquerda e edema bilateral em membros 
inferiores 2+/4+. Eletrocardiograma com sobrecarga de câmaras esquerdas. 
Ecocardiograma com hipocinesia difusa e fração de ejeção de 32%. Qual é a 
combinação terapêutica mais adequada em termos de melhora de sobrevida? 
 
A) Bisoprolol, clonidina, losartana. 
B) Captopril, nifedipina, furosemida. 
C) Digoxina, enalapril, espironolactona. 
D) Carvedilol, enalapril, espironolactona. 
E) Diltiazem, espironolactona, losartana. 
 
Resposta: D 
 
Comentário: De acordo com as diretrizes brasileiras de insuficiência cardíaca, de 
2018, os medicamentos que comprovadamente implicam em melhora da sobrevida 
do paciente são: IECA, BRA, betabloqueadores (bisoprolol, carvedilol e succinato de 
 
metoprolol), os antagonistas dos receptores mineralocorticoides 
(espironolactona/eplerenona) e os Inibidores da neprilisina e dos receptores da 
angiotensina (sacubitril/valsartana). 
 
Referência: Diretriz Brasileira de Insuficiência cardíaca Aguda e Crônica 2018. 
Departamento de Insuficiência Cardíaca (DEIC) e Sociedade Brasileira de Cardiologia 
(SBC) 
Nível: médio