FP107-Trab-CO-Por_RPacheco-RViana-SLima

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FP107 - Metodologias da aprendizagem na sala de aula
Trabalho conv. ordinária
Indicações gerais:
O trabalho desta disciplina deve ser realizado em grupos de 3 ou 4 estudantes.
Primeiramente, leia o texto:
Programação e Aprendizagem Baseada em Projetos como estratégias no ensino de Pensamento Computacional para crianças e adolescentes
Alves, S. V. L., Alves, E., & Baia, P. B. (2019, November). Programação e Aprendizagem Baseada em Projetos como estratégias no ensino de Pensamento Computacional para crianças e adolescentes. In Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação (Vol. 8, No. 1, p. 759). Recuperado de: https://br-ie.org/pub/index.php/wcbie/article/view/9024/6568
Requisitos formais:
As atividades práticas desta disciplina consistem em... 
· Extensão: 5 a 6 páginas (sem contar as instruções, os enunciados, a bibliografia nem os anexos – se houver-).
· Tipo de letra: Arial. 
· Tamanho: 11 pontos. 
· Entrelinhas: 1,5. 
· Alinhamento: Justificado.
O trabalho deve ser realizado nesse documento Word seguindo as normas de apresentação e edição quanto a citações e referências bibliográficas (ver o Guia de Estudo). 
A entrega deve ser feita seguindo os procedimentos descritos documento de avaliação da disciplina e em hipótese alguma deve ser entregue através do e-mail do professor ou professora correspondente. 
Por outro lado, lembramos que existem alguns critérios de avaliação, que é de suma importância que os alunos sigam. Para mais informações, consulte o documento de avaliação da disciplina. 
Trabalho
· Ler o texto:
Programação e Aprendizagem Baseada em Projetos como estratégias no ensino de Pensamento Computacional para crianças e adolescentes.
Alves, S. V. L., Alves, E., & Baia, P. B. (2019, November). Programação e Aprendizagem Baseada em Projetos como estratégias no ensino de Pensamento Computacional para crianças e adolescentes. In Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação (Vol. 8, No. 1, p. 759). Recuperado de: https://br-ie.org/pub/index.php/wcbie/article/view/9024/6568
· O texto está disponível no campus virtual, link de acesso pelo ícone "Trabalho". Localize “Material de trabalho” na página onde se encontram as instruções para a realização da atividade.
· Após a leitura do texto, elabore uma resenha crítica.
· A resenha crítica é um resumo das principais características do conteúdo ou tema da obra. Seu objetivo é fornecer uma visão geral do texto, destacando os temas mais relevantes e avaliando suas contribuições relacionadas aos modelos educacionais para a educação superior.
· Após, proponham:
a) Uma proposta educativa com base à metodologia Flipped Classroom.
b) Uma atividade com base na metodologia Aprendizagem baseada no pensamento.
A tarefa pode ser a mesma, no entanto, é necessário enfatizar a diferença entre uma e outra para que se denote a compreensão dos conceptos relativos a cada uma das metodologias.
Muito importante: Na capa que aparece na página seguinte, devem indicar-se os dados pessoais que se detalham e o título do trabalho (o trabalho que não cumpra as condições de identificação não será corrigido). Após a capa, deve-se incluir o Índice do trabalho. 
Trabalho
Nomes e sobrenomes: 
Rosane Maria Pachêco - BRFPMME4525704
Ruana Ferreira Viana - BRFPMME4207577 
Sayonara Élida de Lima - BRFPMME4104635
Curso: FP107/Mestrado em Formação de Professores
Grupo: 2021-10
Data: 05/02/2023
Propostas educativas utilizando duas metodologias de aprendizagem na sala de aula
Índice
1. Resenha do artigo “Programação e Aprendizagem Baseada em Projetos como estratégias no ensino de Pensamento Computacional para crianças e adolescentes”	5
2. Uma proposta educativa com base à metodologia Flipped Classroom	6
3. Uma atividade com base na metodologia Aprendizagem baseada no pensamento	8
4. Referências bibliográficas	11
1. Resenha do artigo “Programação e Aprendizagem Baseada em Projetos como estratégias no ensino de Pensamento Computacional para crianças e adolescentes” 
	Alves, Alves e Baia (2019) apresentam os resultados, e discussões sobre o mesmo, de uma iniciativa de ensino do Pensamento Computacional para crianças e adolescentes através da de um curso de iniciação à programação. 
	Pensamento Computacional, segundo Conforto et al, pode ser entendido como “saberes relacionados ao desenvolvimento cognitivo, como as habilidades de abstrair, raciocinar,tomar decisões estratégicas, perceber e memorizar” (Conforto et al, 2018).
	Alves, Alves e Baia (2019) apresenta ainda a realidade brasileira, que vem sendo amplamente discutida sobre o uso de tecnologias e ensino de programação para alunos desde o fundamental. Aponta também benefícios para os alunos quanto têm acesso a esse ensino.
	Sobre a Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL), os autores apontam a evolução da educação, mostrando o quão benéfico é a valorização do estudante e ele se tornando um agente ativo de sua própria aprendizagem, tendo o professor como mediador e incentivador.
	Especificamente na PLB, são propostos problemas e questões reais e significativas para os alunos para que solucionem e resolvam de forma colaborativa. Nessa metodologia os alunos têm a oportunidade de aprimorar ou descobrir habilidades que antes desconheciam.
	Alves, Alves e Baia (2019), destacam eixos importantes para serem levados em consideração para elencar os temas para os projetos a serem desenvolvidos, são eles: “âncora, rubricas, trabalho em equipe cooperativo, questão motriz, feedback e revisão, investigação e inovação, oportunidades de reflexão, voz e escolha do aluno.” (Alves, Alves e Baia, 2019).
“O Pensamento Computacional é definido como processo envolvido na formulação de um problema, expressando sua solução de uma maneira que um computador ou humano possam realizar” (Wing, 2017), parte do princípio que pode-se dividir o problema em partes menores, assim é possível analisá-lo e em seguida eliminar as partes do problema que são desnecessárias e, por último, mostrar o passo a passo de como resolver/fazer algo.
Os autores apresentam o curso oferecido em um projeto existente no oeste do Pará. Foi ofertado para 19 alunos entre 10 e 13 anos. A metodologia escolhida para o projeto foi a Aprendizagem Baseada em Projeto, o que aumentou o engajamento e interesse dos alunos.
Como ferramenta para o projeto, foi usado o Scratch, pois possui linguagem que auxilia no desenvolvimento do pensamento em programação. 
Para organizar e colher informações corretas, foram feitos dois teste: um no início e um no fim do projeto. Os dados foram analisados e discutidos.
No início do projeto, foi feito um teste em grupos de 4 ou 5 alunos, onde, juntos, deveriam pesquisar e redigir um pequeno texto dizendo o que era o Scratch. É comentado que o trabalho em grupo foi muito importante para desenvolver habilidades sociais, de ajuda, liderança, entre outros.
Os autores detalham as tarefas oferecidas no curso, apontam cada projeto desenvolvido e dizem a importância das escolhas feitas com a Aprendizagem Baseada em Projetos, pois os alunos evoluíram a cada novo encontro e nova atividade proposta.
Após o teste final, foram comparados os resultados e obtiveram grande êxito com o projeto, pois os alunos conseguiram desenvolver o pensamento computacional, claro que não é um fim, mas a metodologia escolhida ajudou que os alunos tivessem maior participação e, mesmo quando erravam, tinham o professor mediador para questionar e incentivar a pensar e encontrar novas soluções.
2. Uma proposta educativa com base à metodologia Flipped Classroom
A sala de aula invertida faz parte de uma das propostas metodológica de Flipped Classroom, ela consiste no fazer em casa o que, a princípio, seria feito em sala de aula. Por exemplo, atividades relacionadas à transmissão dos conhecimentos, nela os alunos aprendem os conteúdos da disciplina em suas próprias casas, por meio de vídeos ou outros recursos interativos, tais como jogos, seminários ou outros recursos didáticos. De acordo com Mazur (2015), os processos de ensino e de aprendizagemse organizam pela relação indissociável da transmissão e assimilação de conhecimentos e habilidades. Para que a inversão possa ser planejada sem prejuízo às partes interessadas, é importante discutir os momentos de ocorrência da transmissão e da assimilação dos conhecimentos e habilidades, apresentando exemplos de ações e atividades para ambos.
O fato de o estudante ter o contato com o material antes de adentrar a sala de aula, apresenta diversos pontos positivos. Dessa forma a sala de aula invertida considera quatro ações fundamentais para que se obtenha sucesso em sua realização:
1- Realizar planejamento prévio de cada unidade de aprendizagem;
2- Produzir os materiais a serem disponibilizados para os alunos antes das aulas;
3- Encorajar o engajamento dos estudantes no sentido de torná-los agentes ativos do seu aprendizado;
4- Engajar o docente de modo que este atue como tutor ou orientador nos momentos de sala de aula, como transmissor dos conhecimentos nos momentos antes da aula e como avaliador ou orientador após o término da aula. 
Esta metodologia consiste na inversão das ações que ocorrem dentro e fora da sala de aula.
A sala de aula invertida conta também com o uso da tecnologia, podendo ocorrer de forma presencialmente ou no formato on-line com os alunos. Sendo assim, é necessário que o professor esteja preparado para mesclar a tecnologia com a metodologia de ensino. Segundo Barseghian (2011), pode-se definir Flipped Classroom, ou sala de aula invertida, como um modelo de ensino que inverte a lógica de organização da sala de aula, tendo surgido com a intenção de melhor aproveitar o tempo que o professor passa com seu estudante
As tecnologias digitais encontram-se presentes nos mais variados cenários da nossa
sociedade e através deste método de ensino tornam-se os recursos fundamentais para os processos de ensino e aprendizagem. A sala de aula invertida pode ser entendida como um método de ensino que enfatiza o uso das tecnologias digitais para o aprimoramento do aprendizado do aluno fora do ambiente escolar.
A proposta repassada pela sala de aula invertida diz que o professor é o mediador do conhecimento e que o aluno pode ser agente no seu processo de aprendizagem. De acordo com Oliveira, Araújo e Veit (2016), a sala de aula invertida apresenta algumas características consideradas positivas:
a) Ressignifica o papel do professor;
b) Não implica necessariamente no uso de videoaulas;
c) Coloca o aluno no centro do processo educativo;
d) Podem auxiliar no desenvolvimento de hábitos de estudos nos estudantes;
e) Pode estimular o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao trabalho colaborativo;
f) Leva em consideração os conhecimentos prévios dos alunos;
g) Auxilia os alunos no desenvolvimento da capacidade de reflexão e da habilidade de elaborar boas perguntas;
h) Lida com a heterogenia na sala de aula.
Assim, com base na proposta da sala de aula invertida, o aluno deixa sua postura passiva dos métodos de aula tradicionais de ensino e aprendizagem e passa a assumir o papel de protagonista do seu aprendizado, adquirindo autonomia na construção do seu próprio conhecimento, com o apoio de recursos tecnológicos. Desta forma a mediação do ensino por recursos e ferramentas digitais tornou-se uma valiosa aliada no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que possibilita professores e alunos interagirem em prol da construção do conhecimento.
Com base nessas informações, propomos uma aula para ensinar razão e proporção para alunos do 7º ano do ensino fundamental.
Em primeiro lugar o professor deve disponibilizar o texto Razão e Proporçao, do Educa+ Brasil, disponível no link: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/razao-e-proporcao, os alunos deverão ler o texto e pesquisar em casa produtos alimentícios e fazer um levantamento da quantidade de açúcar ou calorias que aparecem na tabela nutricional na embalagem.
Exemplo: num chocolate da marca Garoto, encontramos a seguinte tabela nutricional:
	Em sala de aula ou em ambiente online, seja por chat, grupos de conversa ou fóruns, os alunos poderão trocar essas informações entre si, mostrar quais alimentos têm mais ou menos calorias e açúcares, comparar alimentos ligth e os comuns, por exemplo.
	O professor deve fazer parte dessa troca de experiências, levantar questionamentos e fazer os alunos refletirem sobre suas respostas.
	Após as conversas e trocas, o professor deverá pedir que os alunos observem que para comparar dois alimentos, devem olhar a proporção entre eles, que nas tabelas nutricionais, na maioria dos alimentos, mostra uma porção menor que o total. No exemplo dado, a barra de chocolate inteira possui 90gr, enquanto nas informações nutricionais quantidades apresentadas de caloria e açúcar é referente apenas a 25gr. 
	Nesse momento o professor deve pedir que os alunos calculem a quantidade de calorias e açúcares da embalagem inteira usando razão e proporção e as quantidades e informações contidas na embalagem. 
Após os cálculos, deverão compartilhar as informações novamente e conferir se o que concluíram anteriormente é de fato verdade. Essa conversa pode acontecer novamente por chat, grupos ou fóruns na internet.
Por fim, poderá ser oportunizado um quiz para que os alunos possam dizer o que mais gostou nesse modelo de aula, o que aprendeu e suas maiores dificuldades.
3. Uma atividade com base na metodologia Aprendizagem baseada no pensamento
Na metodologia da aprendizagem baseada no pensamento, os professores são facilitadores, fornecendo recursos e materiais para orientar os alunos e incentivá-los a identificar suas necessidades e desenvolver autonomia para encontrar a forma mais adequada de atendê-las.
As escolas são locais de integração e interação social, e pode-se observar que as informações divididas por conteúdos e aéreas do conhecimento são transmitidas rotineiramente aos alunos. No entanto, a contribuição pretendida dos educadores é desenvolver habilidades que possibilitem aos alunos compreender a realidade, posicionar-se criticamente e considerar situações da vida cotidiana. Dessa forma, a TBL (Aprendizagem baseada no pensamento) aplicada nas instituições de ensino não apenas possibilita o desenvolvimento dessas habilidades, mas também explora a aplicação de práticas educativas para atender a essas demandas da sociedade contemporânea. 
Nessa perspectiva, valoriza-se a relevância do conhecimento em todas as suas formas, a implementação de novos métodos educacionais e a necessidade de mudanças que devem ser estendidas a todos os sujeitos envolvidos no processo educacional. 
Plano de aula:
Nível de escolaridade: Ensino Fundamental II
Ano acadêmico: 7° Ano 
Áreas de conhecimento: Ciências da Natureza, Matemática e Linguagens
Conteúdos trabalhados: Pirâmide alimentar
Habilidades trabalhadas: 
· Conhecer e discutir as propriedades da pirâmide alimentar brasileira.
· Identificar cada grupo alimentar e a importância do equilíbrio entre eles durante todas as refeições.
· Organizar um cardápio equilibrado com base nas características dos grupos alimentares e nas necessidades individuais para a manutenção da saúde do organismo.
Formas de trabalho utilizadas:
· Iniciar a abordagem do tema questionando a turma qual é a sua comida preferida e com que frequência costumam ingeri-la.
· Perguntar aos alunos: Vocês sabem o que é uma pirâmide? Qual é a forma dela? Em seguida, apresentar um slide com a pirâmide alimentar brasileira e solicitar que os alunos tentem decifrar como ela funciona.
· Explicação sobre a pirâmide alimentar, mostrando que ela é um gráfico que representa cada grupo alimentar em seu lugar, além de ressaltar que alguns grupos de alimentos devem ser menos consumidos que outros, para se manter uma alimentação saudável e equilibrada.
· Mão na massa: Dividir a turma em três grupos (energéticos, reguladores e construtores), distribuir para cada um, materiais de pesquisa sobre os alimentos: suas funções e os seus grupos. Os estudantes também podem usar outras fontes de pesquisa, como a internet. Cada grupo irá responderaos seguintes questionamentos: Qual benefício esse tipo de alimento traz para o seu corpo? Dentro desse grupo alimentar existem subgrupos? Após o momento de pesquisa e organização das informações, haverá a socialização com toda a turma. 
· Momento audiovisual: Pirâmide alimentar (Canal do YouTube - Resumos animados) para sistematização dos conhecimentos.
· Atividade de Campo: Em dupla ou trio, ir ao supermercado mais próximo de sua casa e fazer uma lista com 10 itens de alimentos presentes neste estabelecimento, conforme sua classificação, construir uma tabela com as três divisões (energéticos, reguladores e construtores). Entregar a atividade à educadora para verificação, e depois, esta dará o feedback aos educandos.
· Utilização do jogo online “Pirâmide alimentar” que consiste em reconhecer os alimentos que compõem cada divisão da pirâmide, à medida que acertar, avança o nível no jogo.
· Nesta etapa será proposto um seminário: serão sorteados os três grupos, estes irão abordar uma divisão dos alimentos e organizar uma apresentação falando sobre a função de cada um deles, poderá ser: dramatização, dança, ou exposição, a critério de cada grupo e sob orientação do educador. Os grupos irão fazer a apresentação para as demais turmas do Ensino Fundamental II da Escola.
· Observar o cardápio da merenda da escola atentando a variedade e equilíbrio alimentar. 
· Construção de cardápio: Propor que cada estudante faça seu cardápio alimentar, baseado nas suas condições e tentando ser o mais saudável possível.
Avaliação
A avaliação ocorrerá de forma processual e contínua em todas as etapas desenvolvidas. Será avaliada a criatividade dos estudantes, capacidade de expressar suas ideias e descobertas, participação, interesse, engajamento e principalmente se ocorreram mudanças na postura dos discentes com relação às questões alimentares, tendo sensibilidade de si e do outro, para que ocorram as mudanças pretendidas.
4. Referências bibliográficas
Alves, S. V. L., Alves, E., & Baia, P. B. (2019, November). Programação e Aprendizagem Baseada em Projetos como estratégias no ensino de Pensamento Computacional para crianças e adolescentes. In Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação (Vol. 8, No. 1, p. 759). Recuperado de: https://br-ie.org/pub/index.php/wcbie/article/view/9024/6568
Caiusca, Alana. (18 de março de 2019). Razão e Proporção. Educa Mais Brasil. Recuperado de: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/razao-e-proporcao 
Mazur, E. (2015). Peer instruction: a revolução da aprendizagem ativa. Penso Editora.
Schneiders, L. A. (2018). O método da sala de aula invertida (flipped classroom). Lajeado: ed. da UNIVATES.