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FIBRAS MUSCULARES Profa Dra. Mariana Gonçalves NUTRIÇÃO ESPORTIVA Fibras Musculares • Muitas investigações afirmam que os eventos esportivos que requisitam tanto habilidade para gerar alta energia quanto forte resistência dependem em grande parte, das proporções de diferentes fibras presentes nos músculos. • A característica funcional majoritária que diferencia os tipos de fibra é a velocidade de contração e relaxamento. Fibras tipo I • As fibras do tipo 1 são células vermelhas que contêm miosinas com ATPases de ação relativamente lenta, e por consequência, contraem-se vagarosamente. • A cor vermelha deve-se à presença de mioglobina, um pigmento intracelular respiratório capaz de reter oxigênio e libera-lo em pressões parciais baixas. • Fibras do tipo1 possuem numerosas mitocôndrias, a maior parte delas localizada próximo à periferia da fibra e os capilares sanguíneos, os quais fornecem um amplo suprimento de oxigênio e nutrientes. • Essas fibras possuem alta capacidade para o metabolismo oxidativo, resistem à fadiga e são especializadas no desempenho de ações intensas e repetidas por períodos prolongados. Fibras do tipo II • São mais pálidas porque possuem pouca mioglobina e tendem a ser maiores em diâmetro, embora tais diferenças de tamanho entre as fibras dependam, para uma extensão maior, dos padrões de atividade habitual. • Elas possuem miosina ATPase de ação rápida, portanto, seu tempo dê relaxamento e contração é relativamente rápido e, consequentemente, as fibras de tipo 2 possuem saída máxima de energia cerca de três vezes maior que a das fibras de tipo 1. • Fibras do tipo 2 possuem pouca mitocôndria e pequeno suprimento capilar, mas maior estoque de glicogênio e fosfocreatina Subdivisões das fibras do tipo II • Fibra tipo IIa: alta capacidade para transferir energia das fontes tanto aeróbias (alto nível da enzima aeróbia desidrogenase succínica ou SDH) quanto anaeróbicas (alto nível da enzima anaeróbicas fosfofrutocinase, ou PFK). São chamadas fibras rápidas - oxidativas-glicolíticas (ROG). • Tipo IIb: possui maior potencial anaeróbico e a velocidade de encurtamento mais rápida, representa a verdadeira fibra rápida glicolítica (RG). Considerações • O tipo de composição da fibra em determinados músculos é um atributo geneticamente determinado e não parece ser flexível a um grau significativo de treinamento. Portanto, as capacidades atléticas surgem, em uma ampla extensão, assumindo o potencial genético do indivíduo, que se concretiza através de treinamento e nutrição apropriados. • Ex: o vastus lateralis dos corredores de maratona bem sucedidos apresentam alta porcentagem( ~80%) de fibras do tipo 1 enquanto velocistas de elite possuem alta porcentagem (~60%) de fibras do tipo 2, de contração rápida.
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