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01 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 (ON – LINE) PONTUAÇÃO Compare os tipos de gêneros propostos a seguir e observe a pontuação utilizada em cada um deles. 02 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 Compare os tipos de gêneros propostos a seguir e observe a pontuação utilizada em cada um deles. 03 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 Como é possível ensinar pontuação aos alunos e para que serve pontuação? 04 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 Abaixo, você encontrará um trecho do relato “O touro e a vó Luísa”, extraído de um livro de Arthur Nestrovsky. Leia-o atentamente observando o uso dos sinais de pontuação. Falar em cidade é quase um exagero: eram só algumas ruas e uma praça. O resto eram campos, plantações de trigo, mato, riachos, cachoeiras. E muitos bichos, é claro, espalhados por todo lugar. Tinha galinhas, patos, gansos, cavalos e burros. E, o que é mais importante para nossa história, tinha um touro, que ficava pastando junto com os bois e as vacas ao lado da estradinha que a vó Luísa pegava todos os dias para ir à escola. a) Que sinais de pontuação aparecem nesse trecho? b) Releia as frases abaixo e procure explicar o uso da vírgula: O resto eram campos, plantações de trigo, mato, riachos, cachoeiras. Tinha galinhas, patos, gansos, cavalos e burros. 05 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 Depois da discussão sobre as justificativas do uso da vírgula nos trechos do relato “O touro e a vó Luísa”, observe a utilização desse mesmo sinal nos trechos abaixo, tirados do mesmo texto: Um dia, ela teve a ideia de criar um atalho pelo meio do pasto. Quando a mãe dela ouviu o alarido da cozinha, desceu logo para ver o que estava acontecendo. Responda: a) Vocês acreditam que a mesma explicação dada para o uso da vírgula no slide anterior serve para os casos acima? Por quê? b) Se vocês concluíram que a explicação precisa ser diferente, como justificariam o uso da vírgula nos casos acima? Vídeo: aprofundar o uso da vírgula. https://www.youtube.com/watch?v=xhvLxuNQMp0&t=84s LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 O emprego dos sinais de pontuação Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na escrita, substituem, em parte, o papel desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, coerência e boa compreensão da informação transmitida. Confira abaixo os dez sinais de pontuação utilizados na nossa língua, assim como as situações em que devem ser empregados, seguidas de exemplos. 1. Ponto (.) O ponto pode ser utilizado para: a) Indicar o final de uma frase declarativa: Acho que Pedro está gostando de você. b) Separar períodos: Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo. c) Abreviar palavras: V. Ex.ª (Vossa excelência) LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 2. Dois-pontos (:) Deve ser utilizado com as seguintes finalidades: a) Iniciar fala de personagens: Ela gritou: – Vá embora! b) Anteceder apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem ideias anteriores. Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade; Anote meu número de telefone: 863820847. c) Anteceder citação direta: É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.” 3. Reticências (...) Usa-se para: a) Indicar dúvidas ou hesitação: Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias. b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente: Talvez se você pedisse com jeitinho... c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão: Pedofilia, estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção... assim caminha a humanidade. LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 3. Reticências (...) Usa-se para: a) Indicar dúvidas ou hesitação: Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias. b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente: Talvez se você pedisse com jeitinho... c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão: Pedofilia, estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrupção... assim caminha a humanidade. d) Suprimir palavras em uma transcrição: “O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Chico Xavier) LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 4. Parênteses ( ) Os parênteses são usados para: a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e, também, podem substituir a vírgula ou o travessão: Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871). Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos visitar pela última vez. 5. Ponto de exclamação (!) Em que situações utilizar: a) Após vocativo: Juliana, bom dia! b) Final de frases imperativas: Fuja! c) Após interjeição: Ufa! Graças a Deus! d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo: Que lástima! 6. Ponto de interrogação (?) Quando utilizar: a) Em perguntas diretas: Quando você chegou? b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado: Não acredito, é sério?! LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 7. Vírgula (,) Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração. A seguir confira as situações em que se deve utilizar vírgula. a) Separar o vocativo: Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche. b) Separar apostos: Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio. c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado: Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses. d) Separar elementos de uma enumeração: Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos. e) Isolar expressões explicativas: Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos. f) Separar conjunções intercaladas: Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas. g) Separar o complemento pleonástico antecipado: Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa. h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas: São Paulo, 10 de Dezembro de 2016. i) Separar termos coordenados assindéticos: Vim, vi, venci. (Júlio César) j) Marcar a omissão de um termo: Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar) LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 Antes da conjunção, como nos casos abaixo: k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes: Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres. l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia (polissíndeto): Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca me escuta. m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido de adição (adversidade, consequência, por): Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca. Entre orações: n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro e mandão. o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe. p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas à oração principal: A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas. q) Para separar as orações intercaladas: Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem. r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal: Quando me formarei, ainda não sei. 07 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 Analise. Atendo-se aos enunciados que seguem, sua tarefa consistirá em analisá-los, levando em consideração o uso ou não da vírgula. Em seguida, ative seusconhecimentos no sentido de deixar registradas as impressões obtidas por meio de tal análise. A mãe da garota eufórica resolveu buscá-la mais cedo no colégio. A mãe da garota, eufórica, resolveu buscá-la mais cedo no colégio. LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 8. Ponto e vírgula (;) a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens: Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes: 1 xícara de trigo; 4 ovos; 1 xícara de leite; 1 xícara de açúcar; 1 colher de fermento. b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay) LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 9. Travessão (—) O travessão deve ser utilizado para os seguintes fins: a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto: Então ela disse: — Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro. b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos: — Querido, você já lavou a louça? — Sim, já comecei a secar, inclusive. c) Unir grupos de palavras que indicam itinerários: O descaso do poder público com relação à rodovia Belém— Brasília é decepcionante. d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar. LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 10. Aspas (“”) As aspas são utilizadas com os seguintes objetivos: a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares: A aula do professor foi “irada”. Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente. b) Indicar uma citação direta: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós) Observação: Quando houver necessidade de utilizar aspas dentro de uma sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação simples ('), não dupla ("). 06 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 2. “Emprega-se os ________ para apresentar uma citação, para fazer uma explicação; antes de certos apostos e depois de certos declarativos (dizer, perguntar, responder etc.).” Aponte a alternativa que contém o termo que preenche adequadamente a lacuna acima. (A) dois pontos (B) ponto final (C) aspas (D) ponto e vírgula 1. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo: “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter. a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 3. Assinale o exemplo em que há emprego incorreto da vírgula: a) como está chovendo, transferi o passeio; b) não sabia, por que todos lhe viravam o rosto; c) ele, caso queira, poderá vir hoje; d) não sabia, por que não estudou; e) o livro, comprei-o por conselho do professor. 4. Assinale a alternativa em que o hífen tenha sido corretamente empregado em todos os vocábulos. (A) Semi-círculo / Anti-herói. (B) Super-realista / Anti-higiênico. (C) Ultra-som / Sub-reino. (D) Arqui-inimigo / Infra-estrutura. LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 5. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo: “Como amanhã será o nosso grande dia ___ duas coisas serão importantes ___ uma é a tranquilidade ___ a outra é a observação minuciosa do que esta sendo solicitado”. a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula; b) vírgula, vírgula, vírgula; c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; d) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; e) ponto e vírgula, dois pontos, vírgula. LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 6. Em seguida vai um pequeno trecho de Machado de Assis, pontuado de diversos modos. Só uma vez a pontuação estará de acordo com as normas gramaticais. Assinale-a: a) homem gordo, não faz revolução. O abdômen, é naturalmente amigo da ordem. O estômago pode destruir, um império: mas há de ser antes do jantar; b) homem gordo não faz revolução. O abdômen é naturalmente amigo da ordem; o estômago pode destruir um império: mas há de ser antes do jantar; c) homem gordo não faz revolução, o abdômen é, naturalmente, amigo da ordem. O estômago, pode destruir um império: mas há de ser antes do jantar; d) homem gordo não faz revolução: o abdômen e naturalmente, amigo da ordem. O estômago pode destruir um império: mas há de ser antes do jantar; LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 07. Assinale a alternativa em que a pontuação segue a norma-padrão. (A) O inepto, apenas se aprofundou no abismo onde já vivia; saiu da aldeia, e nunca viu vale algum. (B) Somos idiossincráticos, e não há palavra melhor que descreva o que somos em nossas aldeias. (C) Pergunto-me por que Kant, sem (quase!) nunca ter saído de sua aldeia, pôde ver tantos vales? (D) É em nossas casas e com nossas famílias, que nossas referências são aprendidas. (E) Um dos grandes filósofos do século XVIII, Kant – nunca saiu de sua aldeia. 08 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 (ON – LINE) – TIPOLOGIAS TEXTUAIS Pensando que os gêneros textuais apresentam características sociocomunicativas, observe os agrupamentos de gêneros textuais a seguir e escreva quais das tipologias em destaque você considera que sejam predominantes nos gêneros agrupados: 09 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 (ON – LINE) – TIPOLOGIAS TEXTUAIS XXXXXXXXXXX XXXXXXXXXX 10 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 (ON – LINE) – TIPOLOGIAS TEXTUAIS XXXXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXX 11 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 (ON – LINE) – TIPOLOGIAS TEXTUAIS 12 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 (ON – LINE) – TIPOLOGIAS TEXTUAIS GÊNEROS TEXTUAIS, ELEMENTOS TEXTUAIS E FUNÇÃO SOCIAL Quando usamos a língua, organizamos as frases com o objetivo de produzir um texto que se comunique com o interlocutor. A produção do texto é organizada, por sua vez, com base numa tradição discursiva que prevê determinadas sequências e elementos textuais. Assim, reconhecemos uma entrevista, uma conversa em rede social, um contrato de aluguel ou uma aula. Quando usamos a língua, organizamos as frases com o objetivo de produzir um texto que se comunique com o interlocutor. A produção do texto é organizada, por sua vez, com base numa tradição discursiva que prevê determinadas sequências e elementos textuais. Assim, reconhecemos uma entrevista, uma conversa em rede social, um contrato de aluguel ou uma aula. Vamos estudar os gêneros textuais com ênfase nos elementos que compõem o texto de determinado gênero e na função que os textos daquele gênero desempenham na sociedade. Os GÊNEROS TEXTUAIS são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo. Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso. São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete ou lista de supermercado. É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo). TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de umponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). ❑Editorial Jornalístico ❑Carta de opinião ❑Resenha ❑Artigo ❑Ensaio ❑Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado TIPOS DE GÊNEROS TEXTUAIS Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo- argumentativo, expositivo e injuntivo. TEXTO DESCRITIVO Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor). ❑Diário ❑Relatos (viagens, históricos, etc.) ❑Biografia e autobiografia ❑Notícia ❑Currículo ❑Lista de compras ❑Cardápio ❑Anúncios de classificados TEXTO EXPOSITIVO Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação. ❑Seminários ❑Palestras ❑Conferências ❑Entrevistas ❑Trabalhos acadêmicos ❑Enciclopédia ❑Verbetes de dicionários TEXTO INJUNTIVO O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo. ❑Propaganda ❑Receita culinária ❑Bula de remédio ❑Manual de instruções ❑Regulamento ❑Textos prescritivos TEXTO NARRATIVO Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. ❑Romance ❑Novela ❑Crônica ❑Contos de Fada ❑Fábula ❑Lendas Conheça mais gêneros textuais: ✓ Anedota ✓ Blog ✓ Reportagem ✓ Charge ✓ Carta ✓ E-mail ✓Declaração ✓Memorando ✓ Bilhete ✓ Relatório ✓ Requerimento ✓ Ata ✓ Cartaz ✓ Cartum ✓ Procuração ✓ Atestado ✓ Circular ✓ Contrato Questão 1 Leia o trecho abaixo: "A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência política, pois esta determina quais são as demais ciências que devem ser estudadas na pólis. Nessa medida, a ciência política inclui a finalidade das demais, e, então, essa finalidade deve ser o bem do homem." (Aristóteles. Adaptado) O gênero textual utilizado pelo autor é a) propaganda b) enciclopédia c) texto didático d) texto de opinião e) texto prescritivo Questão 2 Qual das alternativas abaixo contém somente gêneros textuais? a) romance, descrição, biografia b) autobiografia, narração, dissertação c) bula de remédio, propaganda, receita culinária d) contos, fábulas, exposição e) seminário, injunção, declaração Questão 3 Eça de Queirós, um dos maiores escritores do realismo português, é conhecido por sua prosa onde ele criou novas formas de linguagens, neologismos e mudanças na sintaxe. O trecho abaixo é de sua obra mais emblemática “O primo Basílio” "Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.“ De acordo com os gêneros textuais, a intenção do autor foi a) relatar sobre a manhã da personagem b) narrar os fatos habituais daquela manhã c) descrever aspectos da personagem e de suas ações d) apresentar o principal jornal lido pela personagem e) dissertar sobre a roupa utilizada pela personagem Questão 4 São Paulo, 18 de agosto de 1929. Carlos [Drummond de Andrade], Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas – João Pessoa. É. Mas veja como estamos... trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto. Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...), com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável. Mário [de Andrade] Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305 (Enem - 2007) A carta é um gênero textual em que existe sempre um emissor (remetente) e um receptor (destinatário). No trecho acima, a carta escrita para Carlos revela um exemplo de a) carta pessoal b) carta do leitor c) carta aberta d) carta argumentativa e) carta comercial Questão 5 PROJETO DE LEI PREVÊ MULTA E PRISÃO PARA QUEM CRIA E COMPARTILHA FAKE NEWS Pena pode chegar a até 10 anos de prisão caso o autor da notícia esteja por trás de um grupo de disseminação de fake news De autoria da deputada Rejane Dias, o Projeto de Lei 2389/20 altera o Código Penal e prevê punição com detenção para aqueles que se beneficiam compartilhando notícias falsas. A iniciativa é reduzir o número de fake news na internet, que são compartilhadas por ingenuidade mas também podem ser criadas propositalmente para favorecimento de pessoas e/ou instituições. Caso o beneficiamento da pessoa com a proliferação de fake news seja comprovado, a PL 2389/20 prevê detenção de 2 a 4 anos. A pena pode aumentar para até 10 anos caso o autor da notícia falsa seja o líder ou coordene um grupo responsável pela disseminação – os famigerados bots. “É um desserviço à população e um atentado à segurança coletiva, um gesto de desumanidade e prejuízo frontal (…). A notícia falsa, além de afetar seriamente a vida das pessoas, pode também ajudar a reforçar um pensamento errôneo”, disse a deputada autora do projeto, que reforçou como a disseminação de fake news na atual época de pandemia que estamos vivendo é perigosíssima e um atentado à vida das pessoas. Em análise na Câmara dos Deputados, o texto já está dando o que falar e algumas pessoas, inclusive que trabalham com política, estão dizendo que a PL é um complô e é tendenciosa. A pergunta é: para quem? Para não cair em notícias falsas, confira sempre o veículo em que ela foi publicada, se ele é renomado, por exemplo, duvide de sites poucos conhecidos e de conteúdos compartilhados em grupos de WhatsApp, principalmente de textos copiados e colados que não têm links ou fontes. (Por Isabella Otto, Revista Capricho) O editorial é um gênero textual sendo um texto essencialmente a) narrativo-descritivo b) descritivo-narrativo c) prescritivo-descritivo d) dissertativo-argumentativo e) injuntivo-opinativo Questão 6 O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! Gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse: — Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada um. O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada. — Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara de tolo O burro gemeu: — Egoísta, Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha. O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta. Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobreas quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade. — Bem feito! Exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrada agora… (LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1994) A fábula é um gênero textual literário que possui uma forte carga moral, sendo uma narrativa fantasiosa que o afasta de realidade. Sobre isso, assinale abaixo a alternativa INCORRETA sobre esse gênero textual: a) é uma narrativa breve b) sempre propõe algum ensinamento c) usa animais como personagens d) possui um entendimento rápido e fácil e) é sinônimo de parábola Questão 7 Os gêneros textuais englobam também alguns gêneros orais. Geralmente, eles são considerados textos expositivos que possuem o intuito de expor alguma ideia. Das alternativas abaixo, a que não faz parte dos gêneros orais é a) o e-mail b) o seminário c) a palestra d) o colóquio e) a entrevista Questão 8 "Experimente o nova e deliciosa barrinha de chocolate asteca: com mais de 70% de cacau e 0% de gordura saturada.“ A oração acima faz parte do gênero textual a) notícia b) propaganda c) editorial d) bilhete e) declaração Questão 9 Pé de moleque Ingredientes 3 xícaras de amendoim torrado e moído 3 xícaras de açúcar 1 ½ xícaras de leite Modo de Fazer Leve todos os ingredientes ao fogo, mexendo sempre e até desgrudar da panela. Em seguida, despeje em mármore e espere esfriar e endurecer. Por fim, corte em pequenos pedaços. As receitas culinárias são gêneros textuais que instruem as pessoas a fazerem algo, seguindo um passo a passo. Esse tipo de gênero pertence aos textos a) prescritivos b) narrativos c) descritivos d) injuntivos e) expositivos Questão 10 HAMLET observa a Horácio que há mais causas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras. — Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar as cartas, disse-me: "A senhora gosta de uma pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não era verdade. — Errou! interrompeu Camilo, rindo. — Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho andado, por sua causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de mim, não ria... Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que lhe queria muito, que os seus sustos pareciam de criança; em todo o caso, quando tivesse algum receio, a melhor cartomante era ele mesmo. Depois, repreendeu-a; disse- lhe que era imprudente andar por essas casas. Vilela podia sabê-lo, e depois. — Qual saber! tive muita cautela, ao entrar na casa. — Onde é a casa? — Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não passava ninguém nessa ocasião. Descansa; eu não sou maluca. Camilo riu outra vez: — Tu crês deveras nessas cousas? perguntou-lhe. Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não acreditava, paciência; mas o certo é que a cartomante adivinhara tudo. Que mais? A prova é que ela agora estava tranqüila e satisfeita. (A Cartomante, Machado de Assis) O conto é um tipo de gênero textual breve, escrito em prosa e formado apenas por uma história e um conflito. Sobre esse gênero textual, podemos afirmar que a) é um texto essencialmente descritivo com presença de diálogos entre personagens. b) é um texto dissertativo e mais curto que o romance e a novela, ambos do mesmo tipo textual. c) é um texto narrativo e que envolve enredo, personagens, tempo e espaço. d) é um texto opinativo formado pelos discursos direto e indireto. e) é um texto expositivo em que um tema é apresentado ao público. 06 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 – COESÃO E COERÊNCIA Coesão – Harmonia interna entre as partes de um texto. É garantida por ligações, de natureza gramatical e lexical, entre os elementos de uma frase ou de um texto. Conexão, ligação entre os elementos de um texto determinando uma estrutura clara e coerente entre as frases e os parágrafos deste texto. Coerência – Um texto é coerente quando apresenta uma continuidade semântica e quando todos os enunciados produzidos pertencem à mesma unidade comunicativa. Na COESÃO TEXTUAL encontramos a coesão REFERENCIAL e SEQUENCIAL. ❖SEQUENCIAL: Verifica relações semânticas, sequencia lógica ao texto. Aqui encontramos a coesão cognitiva, enunciativa e argumentativa. ❖REFERENCIAL: Quando determinado elemento textual se remete a outro. Conecta diversas partes de um texto. Ocorre quando um termo ou expressão no texto é retomado por meio de outro termo que o substitui. Veja como classificamos estes elementos: ❖ ANÁFORA: Retoma um termo já mencionado anteriormente. ❖ CATÁFORA: Antecipa o referente, ou seja, o referente textual surge após o elemento coesivo (pronomes demonstrativos e indefinidos). ❖ ELIPSE: Omissão de um ou mais termos que são facilmente identificados, para evitar repetição. ❖ REITERAÇÃO: Repetição de elementos referenciais no texto. 06 LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 Mecanismos de COESÃO: ❖Elipse: OMISSÃO de um termo. ❖Lexical: Uso de palavras ou EXPRESSÕES SINÔNIMAS. ❖Substituição: Abreviação de sentenças inteiras. ❖Oposição: Termo com valor de oposição, como por exemplo, PORÉM. ❖Concessão ou Contradição: Termos contradição, como por exemplo, EMBORA, AINDA QUE, APESAR DE, MESMO QUE. ❖Causa: Causa de algo mencionado, como por exemplo, PORQUE, POIS, COMO, JÁ QUE. ❖Finalidade: Termos de finalidade, como por exemplo, PARA QUE, PARA, AFIM DE. Veja um exemplo de ELIPSE A garota está de férias. A garota aproveitou para viajar. A garota está de férias e aproveitou para viajar. Veja um exemplo de CAUSA Gostei do filme pois o roteiro é bastante criativo. LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 1. Páris, filho do rei de Troia, raptou Helena, mulher de um rei grego. Isso provocou um sangrento conflito de dez anos, entre os séculos XIII e XII A.C. Foi o primeiro choque entre o ocidente e o oriente. Mas os gregos conseguiram enganar os troianos. Deixaram à porta de seus muros fortificados um imenso cavalo de madeira. Os troianos, felizes com o presente, puseram-no para dentro. À noite, os soldados gregos, que estavam escondidos no cavalo, saíram e abriram as portas da fortaleza para a invasão. Daí surgiu a expressão "presente de grego". Em "puseram-no", a forma pronominal "no" refere-se: a) ao termo "rei grego". b) ao antecedente "gregos". c) ao antecedente distante "choque". d) à expressão "muros fortificados". e) aos termos "presente" e "cavalo de madeira". LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 2. “Ela é muito diva!”, gritou a moça aos amigos, com uma câmera na mão. Era a quinta edição da Campus Party, a feira de internet que acontece anualmente em São Paulo, na última terça-feira, 7. A diva em questão era a cantora de tecnobrega Gaby Amarantos, a “Beyoncé do Pará”. Simpática, Gaby sorriu e posou pacientemente para todos os cliques. Pouco depois, o rapper Emicida, palestrante ao lado da paraense e do também rapper MV Bill, viveria a mesma tietagem. Se cenas como essa hoje em dia fazem parte do cotidiano de Gaby e Emicida, ambos garantem que isso se deve à dimensão que suas carreiras tomaram através da internet — o sucesso na rede era justamente o assunto da palestra. Ambos vieram da periferia e são marcados pela disponibilização gratuita ou a preços muito baixos de seus discos, fenômeno que ampliou a audiência para além dos subúrbios paraenses e paulistanos. A dupla até já realizou uma apresentação em conjunto, no Beco 203, casa de shows localizada no Baixo Augusta, em São Paulo, frequentada por um público de classe média alta.Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado). LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 As ideias apresentadas no texto estruturam-se em torno de elementos que promovem o encadeamento das ideias e a progressão do tema abordado. A esse respeito, identifica-se no texto em questão que a) a expressão “pouco depois”, em “Pouco depois, o rapper Emicida”, indica permanência de estado de coisas no mundo. b) o vocábulo “também”, em “e também rapper MV Bill”, retoma coesivamente a expressão “o rapper Emicida”. c) o conectivo “se”, em “Se cenas como essa”, orienta o leitor para conclusões contrárias a uma ideia anteriormente apresentada. d) o pronome indefinido “isso”, em “isso se deve”, marca uma remissão a ideias do texto. e) as expressões “a cantora de tecnobrega Gaby Amarantos, a ‘Beyoncé do Pará'", “ambos” e “a dupla” formam uma cadeia coesiva por retomarem as mesmas personalidades. LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 3. Assinale a alternativa em que as expressões destacadas apresentam, respectivamente, ideia de condição e de consequência. (A) O mar seria visto em toda a sua extensão se não fosse o arranha-céu. / Enquanto a mãe dormia, Tati, ainda acordada no quarto escuro, sentia estar num lugar muito diferente... (B) O mar seria visto em toda a sua extensão se não fosse o arranha-céu. / Ouvia-se tanto e tão perto o mar que, na escuridão, parecia que o quarto navegava... (C) O corpo de Manuela dividia a cama em duas metades, como uma muralha branca. / O rapaz se casara e partira para a Europa. (D) O rapaz se casara e partira para a Europa. / Enquanto a mãe dormia, Tati, ainda acordada no quarto escuro, sentia estar num lugar muito diferente, muito longe de tudo. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45
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