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@resumosdatha___ @resumosdatha___ Processo Penal PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS -IMPARCIALIDADE DO JUIZ: não pode haver vínculos/relações com os sujeitos processuais; -JUIZ NATURAL: juiz prévio ao início da ação penal; -CELERIDADE PROCESSUAL: duração razoável do processo; -DEVIDO PROCESSO LEGAL: nenhuma pessoa poderá ter restringido seus bens e o direito de ir e vir sem o devido processo legal; -PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA: não culpabilidade; -CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA: * Autodefesa: oportuniza o réu *Defesa técnica: indisponível/obrigatória -IGUALDADE PROCESSUAL OU PARIDADE DAS ARMAS: todos são iguais perante a lei; -MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES: o juiz é livre para decidir, desde que o faça de forma motivada; -NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO (nemo tenetur se detegere): ninguém pode ser obrigado a compelir provas contra si mesmo; -VEDAÇÃO DAS PROVAS ILÍCITAS: a doutrina admite a prova ilícita se for a única prova para absolvição do réu; -BIS IN IDEM: a pessoa não pode ser punida duplamente pelo mesmo crime. LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO - O Código de Processo Penal adotou, como regra, o princípio da territorialidade, o qual determina que a lei produzirá seus efeitos dentro do território nacional. - A lei processual penal admitirá: * interpretação extensiva; * aplicação analógica; * suplemento dos princípios gerais de direito. Exceções da aplicação do CPP: - tratados, convenções e regras de direito internacional; - jurisdição política; - legislação especial. - O CPP somente é aplicável aos atos processuais praticados em território nacional. LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO - O CPP adotou a teoria do “tempus regit actum” também conhecido como princípio do efeito imediato ou aplicação imediata da lei processual penal. - A lei processual não pode retroagir para alcançar atos processuais já praticados, ainda que seja mais benéfica. - TEORIA DO ISOLAMENTO DOS ATOS PROCESSUAIS: a lei processual nova é aplicada imediatamente aos processos em curso, mas não irá interferir nos atos que já foram validados sob a vigência da lei antiga. SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS ACUSATÓRIO: (adotado) - público; @resumosdatha___ - Juiz: julga / MP: acusa; - confissão relativa. INQUISITIVO: -sigiloso; - juiz acusa, julga e defende; - confissão absoluta. SÚMULA VINCULANTE 45: a competência do TRIBUNAL DO JÚRI prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. SÚMULA VINCULANTE 11: só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do estado. SÚMULA 444 DO STJ: é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. SÚMULA 522 DO STJ: a conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é TÍPICA, ainda que em situação de alegada defesa. INQUÉRITO POLICIAL - É um procedimento administrativo, presidido pela autoridade policial (delegado de polícia de carreira), escrito, sem contraditório e ampla defesa. - tem como finalidade colher elementos de informações acerca da materialidade e autoria. CARACTERÍSTICAS: ATIVIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA: - Polícia Federal – União - Polícia Civil – Estados ESCRITO: todos os seus atos devem ser escritos. INQUISITIVO: não há contraditório e ampla defesa. INDISPONÍVEL: uma vez iniciado deve ir até o fim. DISPENSÁVEL: não é necessário para dar início à ação penal. SIGILOSO: os atos são pautados no sigilo, porém, o sigilo não atinge o Ministério Público, Juiz e Advogados. OFICIOSIDADE E OFICIALIDADE; Diligências e tramitação do inquérito policial: - Para verificar a possibilidade de haver a infração sigo praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que não contrarie a moralidade ou ordem pública. - A incomunicabilidade do réu preso é INCONSTITUCIONAL. - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: * dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; - ouvir o ofendido; @resumosdatha___ - ouvir o indiciado, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura; - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; - determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude, e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter; - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. NOTICIA CRIMINIS: -Quando a autoridade policial toma conhecimento de um fato criminoso independentemente do meio, ocorre a notitia criminis. Notitia Criminis Imediata/Direta: quando a autoridade policial toma conhecimento do fato em razão de suas atividades rotineiras; Notitia Criminis Mediata/Indireta: quando a autoridade policial toma conhecimento por meio de expediente formal: - requerimento da vítima ou representante/ requisição do MP, juiz e Ministro da Justiça/ representação/ delação; Notitia Criminis coercitiva: prisão em flagrante; Notitia Criminis apócrifa: denúncia anônima. IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL: - Somente é admitida para aquele que não for civilmente identificado. Exceção: mesmo civilmente identificado poderá ser submetido nesses casos: - documento com rasuras ou indícios de fraude; - documento não puder comprovar cabalmente a identidade da pessoa; - a pessoa portar documentos distintos, com informações conflitantes; - se a identificação for indispensável às investigações; - constar nos registros policiais que a pessoa já se apresentou com outros nomes; - o estado de conservação, data de expedição ou o local impossibilitem a identificação. INDICIAMENTO: - Ato privativo da autoridade policial, feito de forma fundamentada, de modo a direcionar a investigação, pois centraliza em apenas um ou alguns suspeitos. PRAZO E CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL: PRESO SOLTO Justiça Estadual: 10 30 prorrogáveis Justiça Federal: 15 + 15 30 prorrogáveis Lei de Drogas 30 + 30 90 + 90 Justiça Militar: 20 40 + 20 - Se o investigado estiver PRESO, o JUIZ DAS GARANTIAS poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério @resumosdatha___ Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito policial por até 15 dias. - Todas as peças do inquérito serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. - A autoridade fará um minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autosao juiz competente. No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. - Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências. - O ofendido, ou o seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. - A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. DESARQUIVAMENTO: - Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. - O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. Arquivamento faz coisa julgada MATERIAL quando: - fato atípico; - excludente de ilicitude ; - excludente de culpabilidade. Arquivamento faz coisa julgada FORMAL quando: - ausência de prova de materialidade. SÚMULA VINCULANTE 14: é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de Polícia Judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. - SÚMULA 524 DO STF: arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. AÇÃO PENAL -É o instrumento que dá início ao processo penal, através do qual o Estado poderá exercer seu jus puniendi. - A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. - Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação. - Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. - Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial @resumosdatha___ poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial. - Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. - O descumprimento de acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. - Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de punibilidade. - No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao Cônjuge, Ascendente, Descendente ou Irmão. (C.A.D.I) - Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. - A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo. - O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias se o réu estiver solto ou afiançado. - Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação. - O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender- se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo. - Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz lhe nomear. -ESPÉCIES: *Pública: incondicionada e condicionada *Privada: exclusiva, personalíssima e subsidiária da pública -PÚBLICA INCONDICIONADA: *não depende de qualquer condição *titularidade do Ministério Público -PÚBLICA CONDICIONADA: -REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA *titularidade do Ministério Público *não tem prazo *não cabe retratação -REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO: *titularidade do Ministério Público *deve ser oferecida dentro de 06 meses *cabe retratação até o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público *não é divisível -PRIVADA EXCLUSIVA: @resumosdatha___ *o direito de queixa passa aos sucessores -PRIVADA PERSONALÍSSIMA: *o direito de queixa não passa aos sucessores -PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: *quando há inércia do Ministério Público *a legitimidade dura 6 meses, e neste período, tanto o Ministério Público quanto o ofendido podem ajuizar ação penal. -CARACTERÍSTICAS: -AÇÃO PENAL PÚBLICA (condicionada e incondicionada) *Titularidade do Ministério Público *Obrigatoriedade *Oficialidade *Indisponibilidade *Divisibilidade -AÇÃO PENAL PRIVADA *Titularidade do Ofendido *Indivisibilidade *Oportunidade *Disponibilidade *Deve ser ajuizado dentro de 6 meses -SÚMULA 594 DO STF: os direitos de queixa e representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal. -SÚMULA 714 DO STF: é concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra do servidor público em razão do exercício de suas funções. -SÚMULA 234 DO STJ: a participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. -INSTITUTOS PRIVATIVOS DA AÇÃO PENAL EXCLUSIVAMENTE PRIVADA: RENÚNCIA: *antes do ajuizamento da ação *expressa ou tácita *oferecida a um dos infratores a todos se estende *não depende de aceitação pelos infratores PERDÃO: *depois do ajuizamento da ação *expresso ou tácito *oferecido a um dos infratores a todos se estende *depende de aceitação pelos infratores *se um dos infratores não aceitar, isso não prejudica o direito dos demais PEREMPÇÃO: *penalidade ao querelante pela negligência na condução do processo Cabível quando: -o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos *falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê- lo *o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente @resumosdatha___ *o querelante deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais *sendo o querelante pessoa jurídica,esta se extinguir sem deixar sucessor PRISÃO EM FLAGRANTE - Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. - Não depende de autorização judicial. - Apresentação espontânea não é considerada em flagrante. - A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante, mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. - A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados IMEDIATAMENTE ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. - Em até 24 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. - Considera-se em flagrante delito quem: * está cometendo a infração penal; * acaba de cometê-la; * é perseguido, logo após, em situação que faca presumir ser o autor da infração; * é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papeis que façam presumir ser ele o autor. -FLAGRANTE PRÓPRIO: quando o indivíduo está cometendo ou acaba de cometer; -FLAGRANTE IMPRÓPRIO: há perseguição, logo após; -FLAGRANTE PRESUMIDO/FICTO: é encontrado com instrumentos, objetos do crime, logo depois; -FLAGRANTE ESPERADO: autoridade policial aguarda no local do possível delito que este se realize; -FLAGRANTE FORJADO: não é admitido; -FLAGRANTE PREPARADO: não é admito; crime impossível. SÚMULA 145 DO STF: não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível sua consumação. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA: - É uma audiência realizada logo após a prisão em flagrante, de maneira a permitir que haja contato direto entre juiz e preso. - A finalidade da audiência de custódia é: * verificar a legalidade da prisão; * verificar eventual ocorrência de excessos; - maus tratos - tortura - abuso de autoridade - Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover a AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público. - Transcorridas 24 horas após o decurso do prazo estabelecido, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará @resumosdatha___ também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva. PRISÃO PREVENTIVA - A prisão preventiva é aquela determinada pelo Juiz, tanto no Inquérito Policial como no Processo Penal. - Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo JUIZ, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. (Juiz não decreta prisão preventiva de ofício). - A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos. - A citação por edital não constitui fundamento idôneo para a decretação da prisão preventiva, uma vez que a não localização do acusado não gera presunção de fuga. CABIMENTO: -Crime Doloso: pena privativa de liberdade superior a 4 anos; -Condenação anterior por crime doloso: últimos 5 anos; -Violência Doméstica: garantias protetivas; -Dúvida contra identidade civil; -Descumprimento de medidas cautelares. PRESSUPOSTOS PARA DECRETAÇÃO: - PROVA DE MATERIALIDADE DO DELITO; - INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA; - PERIGO COM A LIBERDADE DO IMPUTADO. Não cabe prisão preventiva nos casos de: - contravenção penal; - excludente de ilicitude; - não houver pena privativa de liberdade. PRISÃO DOMICILIAR - Necessita de prova idônea e autorização judicial para ser declarada. - Para ausentar-se do domicílio necessita decisão judicial. Prisão Domiciliar é aplicada nos casos de: - o agente for maior de 80 anos; - a pessoa ser extremamente debilitada por doença grave; - se for imprescindível para os cuidados especiais de pessoas menores de 6 anos ou deficientes; - gestante; - mulher, com filho de até 12 anos de idade incompletos; - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos incompletos. PRISÃO TEMPORÁRIA - Poderá ser usada apenas durante o inquérito policial ou procedimento administrativo. - O juiz não age de ofício para decretar prisão temporária. @resumosdatha___ - Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. -Caberá prisão temporária quando imprescindível para as investigações do inquérito policial, ou quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. FORMAS DE DECRETAÇÃO: -REQUERIMENTO: MP, assistente de acusação ou querelante; -REPRESENTAÇÃO: autoridade policial. PRAZOS: 5 DIAS + 5 DIAS = CRIMES COMUNS 30 DIAS + 30 DIAS = CRIMES HEDIONDOS CRIMES QUE CABEM A PRISÃO TEMPORÁRIA: - homicídio doloso; - sequestro ou cárcere privado; - roubo; - extorsão; - extorsão mediante sequestro; - estupro; - epidemia com resultado morte; -envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte; - genocídio; - tráfico de drogas. JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - Tem como competência a conciliação, julgamento e execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. - Contravenções penais. - Crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, cumulada ou não com multa. - Lesão corporal leve e culposa é condicionada a representação. - Orienta-se pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade. - Atos processuais públicos, podendo ser realizados em qualquer dia da semana, e podem ser noturnos. - Citação pessoal ou por mandado. Não há citação por edital. - Não será cabível prisão em flagrante e fiança se o autor for imediatamente encaminhado ao juizado ou prestar o compromisso de a ele comparecer. A AUTORIDADE POLICIAL que tomar conhecimento da ocorrência lavrará TERMO CIRCUNSTANCIADO e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. COMPOSIÇÃO DE DANOS CIVIS: -Casos de ação privada ou pública condicionada à representação. -O autor repara o dano e a vítima aceita. -Deve ser feita por escrito e homologado pelo juiz. -Eficácia de título executivo. @resumosdatha___ -Importa em renúncia ao direito de representação ou queixa. - Não obtida a composição dos dados, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade do direito de representação verbal, reduzido a termo. O não oferecimento da representação não implica decadência. TRANSAÇÃO PENAL: -Casos de ação pública incondicionada ou quando a vítima representar contra o autor do fato. - A transação penal é proposta por iniciativa do MINISTÉRIO PÚBLICO e não do juiz. - Depende da aceitação pelo acusado e pelo advogado. - Não gera reincidência. - Apenas se for infração de menor potencial ofensivo. -Não se aplica a transação à lei Maria da Penha. - A homologação da transação penal não faz coisa julgada material e, descumpridas as cláusulas retoma-se a situação anterior. Vedações a transação penal: - ter sido o agente condenado pela prática de CRIME a pena restritiva de liberdade por sentença definitiva; - ter sido o agente beneficiado poroutra transação penal no prazo de 05 anos; - circunstâncias judiciais desfavoráveis (antecedentes, entre outros). SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO: - É uma medida que tem como objetivo anular um processo criminal que tenha menor potencial lesivo, com pena de até um ano. - Pena mínima igual ou inferior a 01 ano. -Quem oferece é o Ministério Público, ao oferecer a denúncia. -O prazo de suspensão do processo é de 02 a 04 anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou tenha sido condenado por outro crime. Condições da Suspensão: - reparação do dano; -proibição de frequentar determinados lugares; - proibição de ausentar-se da comarca; - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente. -A suspensão será obrigatoriamente revogada se o beneficiário for processado por outro crime ou não reparar o dano sem motivo justificável. -A suspensão poderá ser revogada se o beneficiário for processado por contravenção penal ou descumprir qualquer outra condição imposta. Anotações: _____________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________
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