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Universidade Eduardo Mondlane
Módulo de Finanças Empresariais
Faculdade de Economia
Mestrado em Economia Gestão de Gas e 
Petróleo
Refrescamento
Cash Flow para avaliação de 
Investimentos
CASH-FLOW 
 Muitos factores estão envolvidos na estimativa dos cash-
flows, envolvendo uma vasta equipe multidisciplinar para
projectar:
 Os níveis de produção, necessidades em equipamentos
e/ou matérias primas e auxiliares, RH, etc);
 As vendas (que incluem projectar os níveis de venda, o
preço unitário, estratégia de marketing e publicidade);
 Gastos com pesquisa e desenvolvimento (engenharia e
desenvolvimento do produto);
 As tarefas e coordenar os planos das outras equipas, de
garantir que todos envolvidos utilizem uma série consistente
de pressupostos económicos, bem como de garantir que
nenhuma distorção esteja incluída nas projeções;
CASH-FLOW
 É a diferença entre as entradas e saídas monetárias decorrentes
da realização do projecto num dado período. Isto é, o saldo
do fluxo real de dinheiro que num determinado período tenha
ocorrido;
 A sua determinação vai incluir os proveitos (Receitas) de exploração e
não-exploração recebidos (exclui-se os créditos concedidos)
deduzidos do investimento total realizado e dos custos de
exploração e não-exploração pagos (exclui-se os créditos recebidos).
 Notar que os créditos concedidos vão representar um cash-in-flow
no período em que forem recebidos.
Cálculo dos Cash Flow
 Matematicamente teriamos:
 C-Ft = Σ Rt – Σ (It + Ct)
 Onde: C-Ft => Cash Flow no periodo t 
 It => Investimento no periodo t 
 Rt => Receitas totais no periodo t
 Ct => Custos totais no periodo t
CASH-FLOW vs PROVEITOS
P
ro
v
e
ito
s 
Custos 
Desembolsáveis
Custos não 
desembolsáveis
AR
Cash – Flows de 
Exploração
PR
Lucro bruto
Lucro 
Liquido
IRPC
CASH-FLOW vs LUCRO LIQUIDO
C
a
sh
 F
lo
w
 v
s L
u
c
ro
 L
iq
u
id
o
RÚBRICA CONTA DE EXPLORAÇÃO CASH-FLOW
PROVEITOS
Princípio de Especialização Inclui:
Vendas a pronto pagamento As vendas a pronto pagamento
Vendas a Crédito (concedido a Clientes)
O pagamento de créditos 
anteriores
Os adiantamentos de clientes
CUSTOS
Princípio de Especialização
DESEMBOLSÁVEIS
Os custos são incorporados 
quando PAGOS.
O Custo é incorporado quando Ocorre o facto 
gerador.
(Inclui-se os adiantamentos a 
fornecedores)
NÃO DESEMBOLSÁVEIS
NÃO SÃO 
INCORPORADOS
O Custo é incorporado quando ocorre o facto 
gerador.
JUROS São incorporados quando ocorre o facto gerador
NÃO SÃO 
INCORPORADOS
IRPC É apurado em relação ao exercício fiscal
É incorporado no ano em que é 
PAGO
LUCRO É apurado em relação ao ano fiscal
É considerado o ano em que é 
PAGO (Distribuição de 
dividendos)
Cash flow vs Juros
 Os juros não sao incluidos no cálculo do cash-flow, pelo facto
de:
 Embora, os custos de financiamento sejam fiscalmente aceites
e quanto maior for o seu valor, menor será o imposto a
liquidar, resultando numa economia fiscal. Contudo, nem os
juros de financiamento, nem as economias fiscais
devem ser incorporados no cálculo do cash-flow do
projecto visto que a remuneração do capital já esta
considerada na taxa i de actualização (custo de
oportunidade por se recorrer a capitais alheios), e por essa
via haveria duplicação de custos.
 Os cash-flows do projecto não devem ser penalizados
pela fonte de financiamento, isto é, pelo facto de recorrer-
se a capitais alheios em vez de financiá-lo por capitais próprios.
F
M
N
 o
u
C
G
O
RUBRICA Ano 1 Ano 2 Ano 3
A. NECESSIDADES
ACTIVO CIRCULANTE
1 Disponibilidades
2 Clientes
3 Existências
4 Total Necessidades (1+2+3)
B. RECURSOS
PASSIVO CIRCULANTE
5 Fornecedores
6 Outros Credores
7 Total Recursos (5+6)
Fundo de Maneio (FMN) = 4-7
FUNDO DE MANEIO NECESSÁRIO
Necessidades cíclicas Recursos cíclicos
Necessidades em Fundo
de Maneio
(NFM)
O fundo de maneio necessário de exploração (FMN) corresponde
ao conjunto das necessidades financeiras de exploração, cujo o
financiamento se não encontra assegurado por recursos financeiros
de exploração normais
CRITÉRIOS CLÁSSICOS DE 
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS 
a)Empíricos; e 
a)Científicos 
Científicos
Pay back, 
payback Descontado 
Valor Actual Líquido (VAL) e 
A taxa interna de retorno (TIR) 
Casos praticos:
Anos Projecto A Projecto B
0 (3,000) (3,000)
1 1,500 1,000 
2 800 500 
3 900 900 
4 700 1,000 
5 500 200 
Sejam dados dois projectos A e B, com os respectivos cash-
flows abaixo, valores em milhares de USD 
PAY BACK NÃO DESCONTADO
1) Calcular os Cash-flows acumulados do projecto mediante a soma ao 
longo dos anos; 2) Identificar o ano em que ocorre a mudança de sinal 
(de negativo para positivo); 3) Adicionar ao ano anterior à mudança, o 
quociente entre o Último valor negativo (módulo) e o valor do ano 
imediatamente a seguir
Cash flow acumuladoAnos Projecto A Projecto B
0 (3,000) (3,000)
1 (1,500) (2,000)
2 (700) (1,500)
3 200 (600)
4 900 400 
5 1,400 600 
Pay back 2.64 3.67 
PAY BACK DESCONTADO 
No PBD é introduzido o conceito do valor do dinheiro no tempo (custo de 
Oportunidade). Considerando para o exemplo, um custo de oportunidade de 11%, 
vem que: 
1) Actualizar os C-F’s e depois calcular o Pay back 
Anos
Projecto A
C-Flow 
Descontado
C-Flow 
Descontado e 
acumulado
Projecto B
C-Flow 
Descontado
C-Flow 
Descontado e 
acumulado
0 (3,000) (3,000) (3,000) (3,000) (3,000) (3,000)
1 1,500 1,351 (1,649) 1,000 901 (2,099)
2 800 649 (999) 500 406 (1,693)
3 900 658 (341) 900 658 (1,035)
4 700 461 120 1,000 659 (376)
5 500 297 417 200 119 (258)
PAY BACK DESCONTADO 
 CRITÉRIO DE DECISÃO
 Quanto menor o payback de um projecto, melhor é esse projecto. Isto
significa simplesmente que o investidor precisará de menos tempo para
recuperar o investimento realizado.
 Como se pode depreender, o payback tem caracteristica de break-even
point porque procura encontrar o momento em que as entradas de
caixa equilibram com as saídas. Qual a importância e
interpretação do pay back O payback tem sido utilizado tanto como
um indicador de liquidez como de risco.
 Liquidez: Quando atinge-se o período do payback, os fundos gerados
pelo projecto corresponderão a dinheiro excedente e por isso, o
projecto terá maior grau de liquidez;
 Risco: Um payback reduzido indica um menor risco, porque a incerteza
sobre fenómenos económicos não constituirá motivo de preocupação
visto que o projecto terá recuperado, pelo menos, o montante
investido.
Vantagens e Desvantagens do PB
 É facilmente utilizado por grandes empresas para avaliar
pequenos projectos de investimentos;
 É facilmente utilizado para avaliar muitos projectos e é
muito simples de usar, tomando em conta apena os fluxos
de caixa.
 Contudo, tem algumas desvantagens, tais como:
 Não especifica de forma clara a maximização dos
objectivos da empresa porque não se baseia nos fluxos de
caixa descontados para determinar o valor acrescentado
à empresa.
VAL (NPV) 
 O valor actual líquido é considerado como sendo a técnica de
orçamentação do investimento mais sofisticado porque
explicita ou toma em consideração o valor do dinheiro no
tempo. Desconta todos os fluxos de caixa, utilizando a taxa de
actualização, que geralmente é considerada como sendo taxa
de desconto, retorno exigido ou custo de capital. Esta taxa é a
mínima que se deve ganhar num projecto para que o
investimento seja uma alternativa viável.
 O valor actual líquido é calculado, subtraindo o investimento
inicial, aos fluxos de caixa actualizados gerados pelo projecto.
Com a utilização deste indicador, todas as saídas e entradas de
dinheiro são medidos em termos de valor presente.
PASSOS PARA O SEU CÁLCULO 
 Matematicamente, tem-se: 
 VAL= CF0 + CF1/(1+i) + CF2/(1+i)² +…+ CFn/(1+i)ⁿ
 Do exemplo anterior, para o projecto A, teriamos o 
VAL seguinte
 VAL =(3.000) + 1500/(1.11) + 800/(1.11)² + 
900/(1.11)³ + 700/(1.11)4 + 500/(1.11)5 
 VAL = 245 milhares de USDVantagens e desvantagens da utilização 
do valor actual líquido (VAL)
 A utilização dos fluxos de caixa, dá ênfase na importância 
da liquidez;
 O valor presente do dinehiro é tomado em conta e é fácil 
comparar o VAL com os VAL’s dos outros projectos; 
 Facilmente se pode rejeitar os projectos que não tenham 
um VAL aceitável.
 E as desvantagens sumarisam-se na dificuldade de estimar 
os custos reais iniciais do projecto e o tempo real pelo 
qual as instalações serão amortizadas;
 Também é difícil estimar com exactidão o VAL de cada 
ano durante a vida do projecto.
Internal Rate of Return (IRR) ou Taxa Interna de 
Rendibilidade (TIR)
 A taxa interna de rendibilidade (TIR), é provavelmente um 
dos indicadores mais utilizados e mais sofisticados para a 
avaliação de várias alternativas de investimento. A TIR é a 
taxa que iguala todos os fluxos de caixa actualizados gerados 
pelo projecto ao valor inicial de investimento efectuado ao 
projecto. 
     
0....
111
2
2
1
1
0



i
cf
i
cf
i
cf
I n
nIRR
 
00
0
0 1
 



n
i
t
t
i
i
cf
IIRR
Taxa Interna de Rendibilidade (TIR)
 CRITÉRIO DE DECISÃO 
 Quando se usa a TIR para decidir sobre a viabilidade ou
não de um projecto de investimento, será aceite o
projecto quando ela for superior ao custo do capital ou
taxa de actualização. E será rejeitado o investimento
quando ela for inferior a esta. Este critério garante que a
empresa esta ganhando um retorno mínimo exigido para
remunerar todos os riscos e o custo do capital exigido
pelos accionistas
GRAFICAMENTE A TIR REPRESENTA-SE
i(Taxa de actualização)0
val
TIR
CÁLCULO DA TIR
 Do nosso exemplo anterior, poderiamos calcular 
facilmente a TIR:
a) Com recurso a uma calculadora financeira
b) Com recurso à interpolação linear 
 TIR = i1 + [(i2 – i1)* VAL1/ (VAL1 + VAL2)] 
 Onde: i1 => será a taxa para a qual o VAL > 0 
 i2 => será a taxa para a qual o VAL < 0 
 VAL1 => Valor actual líquido positivo
 VAL2 => Valor actual líquido negativo 
CÁLCULO DA TIR
Anos Projecto A
C-Flow 
Descontado
C-Flow 
Descontado
15% 18%
0 (3,000) (3,000) (3,000)
1 1,500 1,304 1,105 
2 800 605 434 
3 900 592 360 
4 700 400 206 
5 500 249 109 
VAL 149.99 (784.74)
TIR = 15% + (18%-15%)* 149.99 /(784.74+149.99) 
TIR = 17,52% .
Casos Práticos
 Um torno para dar acabamento a plásticos moldados foi adquirido há dez anos a um
custo de $ 7.500. A máquina tinha uma expectativa de vida de 15 anos na época em que
foi adquirida, a administração estimou originalmente, e aindaacredita, o valor residual será
zero ao final de vida de 15 anos. A máquina está sendo depreciada à base de uma linha
recta; portanto, sua despesa anual de depreciação é de $500 e seu valor contábil atual é
de $2.500.
 O gerente de P&D informa que uma nova máquina para fins especiais poderá ser
adquirida por $ 12.000 (incluíndo-se frete e istalação) e que, no decorrer de sua vida de 5
anos, reduzirá o uso de mão –de- de obra e matérias – primas o suficiente para diminuir
os custos operacionais de $ 7.000 para $ 4.000. Essa redução nos custos fará com que
os lucros antes dos impostos aumentam em $ 7.000-$4.000 = $ 3.000 por ano.
 Estima-se que a nova máquina pode ser vendida por $ 2.000 ao final de cinco anos; esse é
seu valor residual estimado. O valor real de mercado corrente da máquina velha é de $
1.000, que é inferior ao seu valor contábil de $ 2.500. Se a nova máquina for adquirida, o
torno velho será vendido a outra empresa, em vez de ser trocado pela nova máquina. O
imposto de renda da empresa é de 32% e o projecto de substituição tem um risco
ligeiramente abaixo da média. As necessidades líquidas de capital de giro também
aumentarão em $ 1.000 na ocasição de substituição. Por uma norma do Internal Revenue
Service – IRS (serviço de receitas internas), a nova máquina se insere na classe do
SAMRC de três anos e, já que os fluxos de caixa são relativamente certos, o custo de
capital do projecto é de apenas 11,5%.A substituição deveria ser feita?
Planilha de análise de substituição
Anos 0 1 2 3 4 5
I. Investimento Em $
1. Custo do equipamento novo (12,000.00)
2. Valor de mercado do equipamento velho 1,000.00 
3. Ganho fiscal sobre a venda do equip. velho 600.00 
4. Aumento do capital de giro líquido (1,000.00)
5. Investimento líquido total (11,400.00)
II. Entradas operacionais durante a vida do projecto
6. declínio nos custos pós-imposto 3000 2,040.00 2,040.00 2,040.00 2,040.00 2,040.00 
7. Depreciação sobre a máquina nova 3,960.00 5400 1800 840 -
8. Depreciação sobre a máquina velha 500 500 500 500 500
9. Mudanças na depreciação (7-8 ) 3,460.00 4,900.00 1,300.00 340.00 (500.00)
10. Ganho fiscal da depreciação (32%*9) 32% 1,107.20 1,568.00 416.00 108.80 (160.00)
11. Fluxos de caixa operacionais líquidos (6+10) 3,147.20 3,608.00 2,456.00 2,148.80 1,880.00 
III. Fluxos de caixa do ano final
12. valor residual estimado da maqui. Nova 2,000.00 
13. Imposto sobre o valor residual (640.00)
14. Retorno do capital de giro líquido 1,000.00 
15. Fluxos de caixa finais totais 2,200.00 
IV. Fluxos de caixa líquidos totais (11,400.00) 3,147.20 3,608.00 2,456.00 2,148.80 4,080.00 
PRI 2,822.60 2,902.13 1,771.76 1,390.26 2,367.48 
TIR 11% (11,400.00) (8,577.40) (5,675.27) (3,903.51) (2,513.25) (145.78)
VAL ($130.74) (145.78)
 A empresa M-Tintas, Lda, tem registado um aumento
crescente da procura de sua produção. Esta situação,
conduziu ao alcance de sua máxima capacidade de
produção disponível actualmente, a qual se situa em
100.000 unidades/anos. Para resolver este problema a
empresa está a estudar um projecto de investimento que
consiste na substituição de uma das máquinas de suas
linha de produção, que foi adquirida há 6 anos por 80.000
€ e tem um valor de mercado igual ao valor contabilístico
que é de 32.000 €. Para estudar esta decisão foram
recolhidos os seguintes elementos:
Informação Adicional
Descrição
Custo da máquina nova 120.000€
Vida útil da máquina nova 5 anos
Capacidade total de produção com a máquina nova 120.000 nidades/ano
Preço do produto 3.75 €
Consumo de matéria prima por unidade produzida 2.50€
Redução nos custos com pessoal 10.000€
Prazo médio de recebimentos(PMR) 1 mês
Prazo médio de pagamentos(PMP) 1mês
Premanência média das matérias(PMMP) 3 meses
Os parâmetros de exploração manter-se-ão inalterados, de acordo com os prazos seguintes:
 Os sócios exigem uma remuneração para o projecto de 
16,39%, a preços correntes, estimando-se uma taxa de 
inflação média de 3% ao ano e uma taxa de IRPC de 32%.
 Considerando que a procura do produto pode atingir a 
máxima capacidade de produção anual com a máquina 
nova, pretende-se que:
 Calcule os meios libertos do projecto
 Construa o mapa de fluxos financeiros do projecto
 Estude a decisão de investimento e emita parecer sobre a 
viabilidade económica do priojecto a preços constantes.

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