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Resumo de Dir. Administrativos baseados em questões Estado, Governo e Administração pública · Estado: Pessoa Jurídica de Dir. Público constituída por três elementos: povo, território e governo soberano. · Povo- Elemento humano: pessoas sujeitas às diretrizes do Estado; · Território- Elemento geográfico: Limite até onde as regras do Estado possuem alcance; · Governo Soberano- Elemento condutor: As decisões de um Estado são soberanas e não estão sujeitas as interferências de outro país. Formas de Estado: Quantos poderes autônomos existem na organização do país · Estado Unitário- único ente central; · Estado Federado-Divisão das competências e do poder político em vários entes federativos. No brasil, somos constituídos sob a forma de Estado Federado (quatro entes federativo, sendo eles autônomos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Estes entes possuam a capacidade de: · Auto-organização: cada ente pode elaborar suas próprias normas fundamentais; · Autolegislação: Cada ente pode editar suas próprias normas jurídicas (leis ordinárias, complementares e as resoluções); · Autogoverno: Cada ente pode escolher seus próprios representantes e organizar os membros que irão atuar nos demais Poderes. · Autoadministração: Competências administrativas próprias, estabelecidas pela Constituição de forma exclusiva ou cumulativa. · Tripartição dos Poderes: Todos os três poderes da República desempenham atividades típicas e atípicas. CF: Art.2°: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Ainda que cada Poder seja independente no desempenho de suas atribuições, deve ser observada a harmonia com os demais Poderes Sistema de freios e contrapesos (checks and balances)- Possibilidade um poder fiscalizar se a função típica dos demais Poderes está sendo desempenhada de acordo com as diretrizes da Constituição. · Governo: Cabem as atividades destinadas à formulação das políticas públicas e dotadas de alto grau de discricionariedade. As atividades de Governo são exercidas, em sua maioria, por agentes políticos, que possuem suas competências estabelecidas na CF e não são subordinados hierarquicamente. Hely Lopes Meirelles divide o Governo em três sentidos: · Sentido Formal- Composto por todos os órgãos e agentes previstos na CF; · Sentido Material- Composto pelas atividades essenciais à coletividade; · Sentido Operacional- Composto pela condução políticas dos negócios públicos. Formas de Governo: Maneira como ocorrerá a relação entre governantes e governados (República ou Monarquia). · República- Características da eletividade, da temporalidade dos mandatos e da responsabilidade dos eleitos em prestar contas (adotado no Brasil, de forma que a população elege diretamente seus representantes). · Monarquia- Características da hereditariedade, da vitaliciedade e da irresponsabilidade. Sistemas de Governo: Relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo (Parlamentarismo ou Presidencialismo). · Presidencialismo- Independência entre os Poderes; mandatos por prazo certo e chefia monocrática (vigora no Brasil); · Parlamentarismo- Interdependência entre os Poderes; mandatos por prazo incerto, chefia dual. · Administração Pública: É o aparelhamento estatal que concretiza a vontade política do governo. (Quadrix) Conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura administrativa do Estado, tendo como função realizar a vontade política governamental, sempre elaborada para satisfazer o interesse público. · Sentido amplo- Compreende as atividades de elaboração das políticas públicas e sua respectiva execução. Compreende tanto os agentes políticos, quanto os agentes administrativos, subordinados hierarquicamente e com a estrita função de executar as atividades estatais. · Sentido Estrito-Compreende apenas as atividades de execução das políticas públicas. Abrange apenas os agentes administrativos (adotado no ordenamento jurídico brasileiro). · Adm. Pública em sentido orgânico- Subjetivo- Formal: Universo de órgãos e pessoas que desempenham a função administrativa (este é o sentido adotado no nosso ordenamento jurídico). Órgãos relacionados às funções legislativa e judiciária Órgãos Públicos- Entidades Públicas- Agentes Públicos · Adm. Pública em sentido material- Objetivo- Funcional: Alvo que o governo quer alcançar. Atividades exercidas pelo Estado Fomento- Poder de polícia- Serviços Públicos- Intervenção Origem e Conceito de Dir. Administrativo A origem do Dir. Administrativo e a sua definição como um ramo autônomo do Direito estão ligados à Revolução Francesa, em 1789, e com os ideais de “liberdade, Igualdade e Fraternidade”. O conceito de Direito administrativo não é unânime, mas tem alguns pontos em comum: 1. Ramo autônomo do Direito; 2. Pertence ao Dir. Público; 3. Destinado a regular as atividades da administração pública; 4. Destinado a estabelecer a relação entre Poder Público e os administrados; 5. Formado por princípios e normas próprias. OBS: O Direito Administrativo pode ser conceituado como o ramo do Direito Público que disciplina as atividades e os órgãos estatais para o funcionamento da Administração Pública. O objetivo do Direito Administrativo é a manutenção do bem estar de toda a coletividade. · Fontes do Dir. Administrativo Origem das regras que regem o Dir. Administrativo · Lei em sentido amplo: Fonte primária e principal. Se estende desde a CF até os atos administrativos normativos inferiores- CF, LO, LC, MP, TI e atos normativos. · Doutrina: Indica a melhor interpretação possível da norma administrativa ou indica as possíveis soluções para casos concretos. · Jurisprudência: Decisões de um tribunal que estão na mesma direção. Não é de seguimento obrigatório. Em regra, é fonte secundária do Direito Administrativo. Em caráter de exceção, as Súmulas Vinculante, que, por inovarem em ordenamento, são consideradas, tal como as leis, fontes primárias. · Costumes administrativos: Práticas reiteradas observadas pelos agentes públicos diante de determinada situação. Pode gerar direitos para os administrados, em razão dos princípios da lealdade, boa-fé, moralidade administrativas, entre outros. Para um costume ser classificado como administrativo, devem ser observados: 1. A repetição de um comportamento da administração pública; 2. A convicção da necessidade de sua obrigatoriedade.
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