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Universidade Estadual de Maringá - UEM Centro de Ciências Exatas - CCE Departamento de Físico-Química - DQI Relatório CINÉTICA DE REAÇÕES Acadêmicos: Andressa M. Takahashi RA: 80106 Geovana Alda RA: 95204 Docente: Prof. Dr. Wilker Caetano Curso: Química - Licenciatura Disciplina: Físico-Química Experimental II - Turma 32 Maringá - PR Ano Letivo - 2020 1. RESUMO A constante de velocidade (k) para a reação de segunda ordem é um valor que tende a ser muito complexo para ser encontrado. No entanto, essa mesma reação pode ser transformada em uma reação de pseudo-primeira ordem, onde a concentração de iodeto é mantida constante e mede-se o tempo (t) para que cada reação acontece. Para o experimento realizado, obteve-se que o valor para a constante de velocidade para a reação de pseudo-primeira ordem (kobs) é de 1,588. 10-3 L.mol-1.s-1. Já o valor de kobs obtido graficamente foi de 0,0022 L.mol-1.s-1. Na segunda etapa do experimento realizou-se um estudo do efeito da temperatura sobre a velocidade da reação, e pode-se perceber que a diminuição da temperatura fez com que a velocidade da reação diminuísse, sendo justificado na equação de Arrhenius. 2. OBJETIVO PARTE I Determinar a constante de velocidade observada para uma reação de pseudo primeira-ordem (em relação ao S2O8=) e a constante de velocidade total. PARTE II Determinar a energia de ativação. Determine a constante de velocidade a diversas temperaturas, lembrando que esta não necessita estar exatamente na temperatura indicada, mas deve permanecer constante e ser registrado. 3. RESULTADO E DISCUSSÃO Registrou-se na Tabela 01 o volume dos compostos utilizados no preparo das soluções contidas nos cinco tubos de ensaio. Tabela 01 - Volume dos compostos utilizados na primeira parte do experimento. TUBOS A V. KI (mL) V. H2O (mL) V. S2O3 (mL Volume amido (mL) 01 10,0 3,0 2,0 5,0 02 10,0 2,5 2,5 5,0 03 10,0 2,0 3,0 5,0 04 10,0 1,0 4,0 5,0 05 10,0 0,0 5,0 5,0 Para o primeiro tubo de ensaio, calculou-se a concentração de tiossulfato de sódio após a diluição, considerando que a concentração inicial da solução é igual a 0,050 mol/L e o volume de tiossulfato de sódio que foi adicionado foi de 2,0 mL. C1. V1 = C2 . V2 0,050 molL-1 . 2,0 mL = C2 . 30,0 mL C2 = 0,00333 molL-1 de Na2S2O3 A partir desse resultado, calculou-se a nova concentração do persulfato de potássio, considerando que a solução era 0,10 mol/L e utilizou-se 10,0 mL. C1 . V1 = C2. V2 0,10 molL-1. 10,0 mL = C2. 30,0 mL C2 = 0,0333 molL-1 de K2S2O8 Analogamente, calculou-se as concentrações de tiossulfato de sódio e persulfato de potássio para as soluções dos outros tubos. Os resultados obtidos encontram-se dispostos na Tabela 02. Tabela 02 -Concentração das soluções utilizadas na primeira parte do experimento. [S2O3²-] (mol L-1) [S2O8²-] (mol L-1) 0,00333 0,0333 0,00417 0,0333 0,00500 0,0333 0,00667 0,0333 0,00833 0,0333 Temos as seguintes reações: 2 I- + S2O8²- → I2 + 2 SO4²- I2 + 2 S2O3²- → S4O6²- + 2I- Considerando que, no final do experimento, 2 mol de S2O3²- equivalem a 1mol de S2O8²-, a quantidade de persulfato de potássio que foi consumida será igual a 12 [S2O3²-]. Então, a quantidade de persulfato de potássio que não reagiu pode ser 1 dada por: [S2O8²-]t = [S2O8²-]0- [S2O3²-]0(Equação 01)12 A quantidade de persulfato de potássio que reagiu e que sobrou para cada recipiente foi registrado na Tabela 03. Tabela 03 - Concentração de S2O8²- que reagiu e que sobrou. TUBOS TEMPO [S2O8²-]reagiu (mol L-¹) [S2O8²-]sobrou (molL-¹) 01 50,66 0,00166 0,0316 02 64,19 0,00208 0,0312 03 75,50 0,00250 0,0308 04 101,97 0,00333 0,0300 05 129,22 0,00416 0,0291 Após a determinação experimental do tempo necessário para as reações químicas ocorressem, calculou-se a Kobs por meio da Equação 02: 𝐿𝑛 [𝑆2𝑂8²−]𝑡[𝑆2𝑂8²−]0 = 𝐾𝑜𝑏𝑠. 𝑡 Exemplificando para o tubo 01: 𝐿𝑛 [0,0316][0,0333] = 𝐾𝑜𝑏𝑠. 50, 66𝑠 𝐾𝑜𝑏𝑠 = 1, 034 . 10 − ³ 𝑠 − ¹ TUBOS TEMPO Kobs (s-¹) 01 50,66 1,034 .10-³ 02 64,19 1,014 .10-³ 03 75,50 1,033 .10-³ 04 101,97 1,023 .10-³ 05 129,22 1,043 .10-³ Com os valores obtemos a media de Kobs (s-¹) : 1,0294 .10-³ Portanto, o valor da constante de velocidade observada média para a reação ocorrida na primeira parte do experimento foi de 1,0294 .10-³s-1. Calculando o valor da constante de velocidade (K) para a reação de segunda ordem, obteve-se 0,0116 L.mol-1s -1 . Para isso, utilizou-se a Equação 03. K = (Equação 03) 𝐾𝑎𝑏𝑠 ´[1−´] K = (Equação 03) 1,0294 .10−³ ´[0,20𝑚𝑜𝑙−𝑙 ´] K= 0,005147 L.mol-¹s-¹ Na sequência, determinou-se o valor de Kobs graficamente. Para isso, construiu-se um gráfico de ln [S2O82−]t [S2O82−]0x tempo da reação (t), com base÷ na Tabela 05. Tabela 05 - Valores de e de tempo da reação para cada tubo.𝐿𝑛 [𝑆2𝑂8²−]𝑡[𝑆2𝑂8²−]0 TUBOS TEMPO 𝐿𝑛 [𝑆2𝑂8²−]𝑡[𝑆2𝑂8²−]0 01 50,66s - 0,0524 02 64,19s - 0,0651 03 75,50s - 0,0780 04 101,97s - 0,1043 05 129,22s - 0,1348 Gráfico 01 - em função do tempo da reação.𝐿𝑛 [𝑆2𝑂8²−]𝑡[𝑆2𝑂8²−]0 Considerando que o coeficiente angular obtida foi de - 0,0204., obteve-se um valor de Kobs igual a 0,0204. Aplicando esse valor na Equação 03, obteve-se que a constante de velocidade para a reação de segunda ordem é igual a K= 0,005147 L.mol-¹s-¹. Resultados e discussão da parte II Registrou-se na Tabela 06 o volume dos compostos utilizados no preparo da solução contida nos cinco tubos de ensaio. Diferente da parte I, aqui, usou-se a mesma solução para todos os tubos, onde, cada um deles continham o volume equivalente a 28 mL de solução. ● Tubo B com 10,0 mL de solução 0,10 mol/L de persulfato e 5,0 mL da solução de amido (8x tubos). Vtotal = 28,0 mL; Tabela 06 - Volume dos compostos utilizados na segunda parte do experimento. Volume KI (mL) Volume S2O3²-(mL) Volume S2O8²-(mL) Volume amido(mL) 10,0mL 3,0mL 10,0mL 5,0mL Como o volume da solução de iodeto de potássio (KI) é de 10,0 mL, a concentração desta solução é equivalente à solução da primeira parte do experimento, ou seja, 0,602 mol/L. O cálculo das concentrações dos Na2S2O3 e K2S2O8 foi realizado de modo análogo ao anterior. Para o tiossulfato de sódio temos que: C1 . V1 = C2. V2 0,050 mol/L . 3,0 mL = C2. 28,0 mL C2 = 5,3x10-3 mol/L de Na2S2O3 Para o persulfato de potássio temo que: C1. V1 = C2. V2 0,10 mol/L . 10,0 mL = C2. 28,0 mL C2 = 0,01178 mol/L de K2S2O8 Analogamente, considerando que, no final do experimento, 2 mol de S2O3 ²- equivalem a 1 mol de S2O8²- , a quantidade de persulfato de potássio que foi consumida será igual a [S2O3²-]. Então, a quantidade de persulfato de potássio12 que não reagiu pode ser dada por: [S2O8²-]t = [S2O8²-]0- [S2O3²-]0(Equação 5) A quantidade de persulfato de potássio que sobrou após a reação (em cada Tubo) foi de [S2O82-]t = 9,13x10-3 mol/L. Após a determinação experimental do tempo necessário para que as reações químicas ocorressem, calculou-se a Kobs por meio da Equação 02. Exemplificando para o Tubo 01: 𝐿𝑛 [𝑆2𝑂8²−]𝑡[𝑆2𝑂8²−]0 = 𝐾𝑜𝑏𝑠. 𝑡 𝐿𝑛 [9,13𝑥10−3][0,01178] = 𝐾𝑜𝑏𝑠. 5, 5𝑠 0,04633s-¹𝐾𝑜𝑏𝑠 = Analogamente, determinou-se o valor de Kobs para as reações ocorridas nos outros tubos e também o valor médio e, em seguida, registrou-se os resultados obtidos na Tabela 07, juntamente com o tempo necessário e respectivas temperaturas em que ocorreram as reações. Tabela 07 - Valores de tempo de reação e Kobs para cada tubo. TUBOS Temperatura(K) t (s) Kobs(s-1) 01 343,15 5,5 0,04633 02 333,15 6,0 0,04247 03 323,15 6,8 0,03747 04 313,15 21,1 0,01207 05 303,15 42,5 0,005997 Com os dados tabelados acima, foi possível observar que quanto maior a temperatura, maior é o valor de K. Isso demonstra que em maiores temperaturas a velocidade cinética das moléculas aumenta e assim, maior é a frequência de colisões e consequentemente, maior também será a quantidade de colisões efetivas. Assim, com o aumento da temperatura, mais rapidamente a reação ocorre. Na sequência, determinou-se a energia de ativação graficamente. Para isso, construiu-seum gráfico de ln Kobs x 1/T (K-1), com base na Tabela 08. Tabela 08 - Valores de ln Kobs e de 1/T para cada tubo. TUBOS 1/T (K-1) .10-³ ln Kobs 01 2.914 .10-³ -3.0719 02 3,001 .10-³ -3.1589 03 3,094 .10-³ -3.2842 04 3,193 .10-³ -4.4170 05 3,298 .10-³ -5.1164 Gráfico 2 - Gráfico de ln K versus 1/T para o cálculo da Ea.. Por meio da equação de Arrhenius, temos: ln K = ln A - Ea/RT (Equação 06) A partir do gráfico tem-se que o coeficiente angular é igual a -5347,1x sendo que este valor é igual a Ea/R . Com isso, infere-se que a energia de ativação dessa Ea/R reação é igual a 44,45J.mol -¹. 4. CONCLUSÃO A partir deste experimento pode-se concluir que a concentração e a temperatura apresentam influência direta na velocidade de uma reação, sendo que o aumento da concentração ocasiona um aumento da velocidade, enquanto que o aumento da temperatura em concentrações fixas, também leva a um aumento na velocidade de reação. O emprego de uma reação de pseudo-primeira ordem é um bom método para se calcular o valor de k de uma reação de segunda ordem. Neste caso, obteve-se que o Kobs é de .1, 034 . 10 − ³ 𝑠 − ¹ 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 6.1) BROWN, T.L.; LEMAY, H.E.; BURSTEN, JR.B. Química: a ciência central. 9ed. Tradução de Robson Matos. São Paulo: Prentice Hall, 2005. p. 483-494. 6.2) https://chemed.chem.purdue.edu/genchem/topicreview/bp/ch22/rate.php 6.3)https://pt.khanacademy.org/science/chemistry/chem-kinetics/arrhenius-equation/v/ arrhenius-equation#:~:text=A%20equa%C3%A7%C3%A3o%20de%20Arrhenius%20% C3%A9,ativa%C3%A7%C3%A3o%20Ea)%20na%20temperatura%20T. 6.4)http://professor.ufop.br/sites/default/files/kisla/files/modulo_1_cinetica_0.pdf https://chemed.chem.purdue.edu/genchem/topicreview/bp/ch22/rate.php
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