Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
R E V I S Ã O F I S I O L O G I A H U M A N A 1 V C Prof Selma Kazumi Noguchi M E M B R A N A P L A S M A T I C A Prof Selma Kazumi Noguchi MEMBRANA CELULAR Conceito ▪ Estrutura dinâmica, fluida, constituída por uma bicamada de fosfolípidos (delimita o espaço intercelular, permitindo trocas com o meio exterior) e por proteínas associadas. Formam a barreira externa das células e também mantém as organelas membranosas. ❖ Membrana plasmática ❖ Membrana citoplasmática ou ❖ Membrana celular ❖ Plasmalema. Sinonímias (SILVERTHORN, 2003) 3 MEMBRANA CELULAR Conceito ▪ Estrutura dinâmica, fluida, constituída por uma bicamada de fosfolípidos (delimita o espaço intercelular, permitindo trocas com o meio exterior) e por proteínas associadas. Formam a barreira externa das células e também mantém as organelas membranosas. ❖ Membrana plasmática ❖ Membrana citoplasmática ou ❖ Membrana celular ❖ Plasmalema. Sinonímias (SILVERTHORN, 2003) 4 www.bioaula.com.br Meio extracelular citoplasma filamentos protéicos proteína de reconhecimento receptor protéico proteína transportadora sítio ligante bicamada lipídica fosfolipídio colesterol carboidrato MEMBRANA PLASMÁTICA 5 B I C A M A D A L I P Í D I C A 6 FUNÇÕES: 1. Forma a estrutura básica da membrana. (Cerca); 2. Interior hidrofóbico, funciona como barreira de substancias solúveis em água. 3. Responsável pela fluidez da membrana. • 10-50 diferentes proteínas • Proteínas associadas (periféricas ou extrínsecas): ligam-se fracamente à proteínas transmembranas ou à regiões polares dos fofolipídeos. Ex.: Enzimas e proteínas estruturais que prendem o citoesqueleto na membrana • Proteínas integrais (intrínsecas): ligadas fortemente à bicamada fofolipídica. Podem atravessar totalmente ou não a membrana • Proteína Transmembrana: Possuem de 1 a 12 segmentos transmembrana. Composição Química - PROTEÍNAS (SILVERTHORN, 2003) 7 ▪ Proteínas: ▪ Integrais ou transmembranares ▪ Periféricas ou de superfície. ▪ Funções: ▪ Transportam moléculas através da membrana; ▪ Servem como elementos estruturais da célula; ▪ Catalisam reações associadas à membrana; ▪ Detectam e internalizam sinais químicos recebidos do meio extracelular. ▪ Receptor de marcador de ancoragem. Proteínas estruturais: conectar a membrana e o citoesqueleto e criar junções celulares Composição Química - PROTEÍNAS 8 • 1. Proteínas estruturais: Conectar a membrana e o citoesqueleto e criar junções celulares. • 2. Enzimas: catalisam reações químicas que ocorrem na superfície externa ou interna da célula. • 3. Receptores: sinalizador químico que desencadeia outro evento para a célula, como a ativação de uma enzima. Proteínas de Membrana (SILVERTHORN, 2003) 9 • 4. Transportadores: transportam moléculas que entram e saem da célula. • Proteína de Canal: transporte mais rápido, onde cria-se uma passagem do meio extracelular para o intracelular e vice-versa. • Proteína Carreadora: ocorre uma ligação com o substrato, onde a proteína sofre uma mudança conformacional, carregando o substrato para o lado oposto. (SILVERTHORN, 2003) Proteínas de Membrana 10 (SILVERTHORN, 2003) 11 C O M P O S I Ç Ã O Q U Í M I C A - C A RB O I D RA T O S ▪ Carboidratos Ligados aos lipídios e proteínas da membrana GLICOCÁLICE • Funções: ▪ Proteção da superfície celular. ▪ Reconhecimento e adesão celular. 12 (SILVERTHORN, 2003) 13 H O M E O S T A S E Prof Selma Kazumi Noguchi HOMEOSTASE “Tendência permanente do organismo em manter a constância do meio interno. Estado de independência relativa do organismo em relação às oscilações do ambiente externo.” Claude Bernard Saúde é sinônimo de homeostasia fisiológica? A homeostasia fisiológica é um dos pré-requisitos do estado de saúde de um organismo. CONCENTRAÇÃO IÔNICA VOLUME PRESSÃO OSMOLARIDADE pH PROCESSOS REGULATÓRIOS MEIO INTERNO (LEC) À manutenção dessas propriedades do MEIO INTERNO em estreitos limites denominamos HOMEOSTASE. SucessoFalha SaúdeDoença Organismo em Homeostase Mudança INTERNA gera perda da Homeostase Mudança Externa Disfunção Interna Desencadeamento de resposta de compensação SISTEMAS DE CONTROLE TIPOS: 1. ALÇA ABERTA: resposta ao 1º estímulo não influencia no mesmo, ou seja, o efeito causado por um estímulo não irá influenciar no mecanismo desencadeador. Ex.: Ingestão de Líquidos ➔ Aumento da Diurese Ajustes posturais ➔Manutenção do equilíbrio Sistema de medida da pressão arterial ➔ Registro da pressão 2. ALÇA FECHADA: Há controle da saída sobre a entrada, ou seja, o efeito influencia no mecanismo. EX: → Retroalimentação (Feedback) Positiva → Retroalimentação (Feedback) Negativa SISTEMAS DE CONTROLE O circuito de retroalimentaçã o modula o circuito de resposta: Controlar ou regular uma quantidade num determinado nível por tempo limitado. Mecanismo de retro-alimentação POSITIVA FEEDBACK POSITIVO Estímulo Comportamento Resposta fisiológica Órgãos Sensoriais SISTEMA NERVOSO SISTEMA ENDÓCRINO Músculo esquelético Órgãos viscerais Glândulas + Alça de retro-alimentação SISTEMAS DE CONTROLE ▪ Retroalimentação ou Feedback Negativo Agem sempre contra as variações, realizando os ajustes necessários e controlando os valores entre um máximo e mínimo os quais são considerados normais. Regula a maior parte dos sistemas “Resposta contrária ao estímulo inicial (negativo) – Controle da homeostasia” Exs.: Controle da glicemia Controle da diurese Controle da pressão arterial ▪ Manutenção da homeostase = sistema nervoso e sistema endócrino (atuam de maneira integrada) ➢ Sistema nervoso = ação rápida com efeito localizado sobre o ponto de desequilíbrio; ➢ Sistema endócrino = ação mais lenta, ação duradoura e de efeito amplo sobre o organismo. ➢ Ambos agem através de sistemas de feedback positivos e negativos. Órgãos Efetuadores e seus Controladores Componentes básicos do Mecanismo de controle e regulação ❖Órgãos sensoriais: altamente sensíveis à mudanças específicas dos meios interno ou externo. ❖Órgãos de processamento e de integração: recebe, analisa e elabora comandos de ação. ❖Órgãos Efetuadores: executam as tarefas necessárias para o restabelecimento do controle. Órgãos Efetuadores e seus Controladores ▪ Sistemas executores de Tarefas : sobre o controle do SN e Endócrino. ➢ Sistema músculo esquelético: posturas do corpo e relaciona o organismo com o meio externo. ➢ Sistema cárdio-circulatório: ajustes do bombeamento sanguíneo, da pressão e do seu fluxo nos tecidos. ➢ Sistema digestório: digestão e absorção do alimento ➢ Sistema respiratório: captação de O2 e a eliminação de CO2 ➢ Sistema renal: regulação hidro-eletrolítica dos fluidos corporais Órgãos Efetuadores e seus Controladores HOMEOSTASE Controle do equilíbrio do meio interno Comunicação contínua entre as células “Portas” de entrada e saída de substâncias Fluxo ocorre através das proteínas presentes na membrana plasmática das células TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS T R A N S P O R T E A T R A V É S D A M E M B R A N A P L A S M A T I C A Prof Selma Kazumi Noguchi F L U I D O S E X T RA E I N T RA C E L U L A R Importância do Transporte das Membranas ▪ Incorporação de novas substâncias para o metabolismo celular (nutrição); ▪ Eliminação de restos metabólicos (excreção); eliminação de substâncias especiais para o metabolismo extracelular (secreção). ▪ Polarização de membrana (pela Bomba de Na+/ K+ ATPase) ▪ Defesa celular (pela fagocitose em Macrófagos) T I P O S D E T RA N S P O RT E S M E M B RA N A RE S Processos Passivos: ❖ Difusão simples; ❖ Difusão facilitada; ❖ Osmose. Processos Ativos: ❖ Bomba de sódio e potássio; ❖ Co-transporte; ❖ Contra-transporte. Endocitoses e exocitoses. (SILVERTHORN, 2005) Transporte de solutos através da bicamada fosfolipídica, de um lado de maior concentração (hipertônico) para um de menorconcentração (hipotônico), sem gasto de energia. Não há envolvimento de proteínas carreadoras. DIFUSÃO SIMPLES Difusão Facilitada: Transporte de moléculas pela membrana plasmática, através de proteínas carreadoras ou canal protéico, do lado de maior concentração para o de menor concentração. ▪ Velocidade → Concentração Ex: glicose, aminoácidos e vitaminas Processos Passivos T RA N S P O RT E S : C O M O O C O RRE ? PERMEASES: Proteínas responsáveis pela fluidez da membrana (CANAIS). ❖ Tipos: 1. Canais Protéicos: canais simples; passagem. 2. Proteínas Carreadoras: “carregam” substancias de um meio para o outro. 3. Proteínas Reconhecedoras: reconhece outras células 4. Proteínas Receptoras: recebem moléculas que se ligam a outras para permitir a entrada de certas substância. (SILVERTHORN, 2005) T RA N S P O RT E S P O R C A N A I S I O N I C O S Íons se movimentam por canais específicos: permeabilidade iônica. ❖ Canais iônicos controlados mecanicamente; ❖ Canais iônicos controlados por ligante; ❖ Canais iônicos controlados por voltagem. P RO C E S S O S P A S S I V O S - O S M O S E ▪ Movimento efetivo de água através da membrana, causado pela diferença de concentração da própria água. ▪ Água move-se para diluir uma área com soluto mais concentrado. ▪ Isotonicidade = Transporte tende a cessar. P RO C E S S O S P A S S I V O S Fenômenos Osmóticos ▪ PLASMOPTISE: células em meio hipotônico absorvem água e estouram. HEMÁCIAS = HEMÓLISE. ▪ CRENAÇÃO: células em meio hipertônico perdem água e murcham Hipertônico Isotônico Hipotônico Plasmólise (crenação) Plasmoptise (hemólise) Turgêcia Célula Animal Célula Vegetal Plasmólise Turgência ou Turgecência Vacúolo Osmose: Passagem de água de um meio hipotônico (menos concentrado) para um meio hipertônico (mais concentrado), através de uma membrana semipermeável, sem gasto de energia. (SILVERTHORN, 2005) T RA N S P O RT E A T RA V É S D A M E M B RA N A P L A S M Á T I C A ❑TRANSPORTE ATIVO: Transporte de moléculas de um meio de menor concentração para um meio de maior concentração, ou seja contra o gradiente de concentração. ❑ Neste tipo de transporte há necessidade de gasto de energia (ATP-adenosina trifosfato). DOIS TIPOS: ❑Transporte ativo primário (DIRETO) ❑Transporte ativo secundário (INDIRETO) ▪ Movimento de moléculas contra um gradiente de concentração ou elétrico ou de pressão, com gasto de energia. Processos Ativos ➢ Proteína carreadora = função ≠ difusão facilitada Transferência de energia para mover-se contra um gradiente eletroquímico (SILVERTHORN, 2005) P RO C E S S O S A T I V O S Transporte Ativo Primário: utiliza a energia diretamente do ATP para realizar o processo de transporte. PRIMÁRIO ATPase’S ▪ Presente em todas as células; ▪ Controla o volume das células; ▪ Estabelecimento de distribuições iônicas = base para a transmissão do impulso nervoso. M E C A N I S M O D E B O M B A D E S Ó D I O E P O T Á S S I O ➢FUNÇÕES DA BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO ✓Manutenção do balanço osmótico e volume celular; ✓Mantém as diferenças de concentração de íons entre os meios intra e extracelular; ✓Permite a propagação de impulso elétrico; http://3.bp.blogspot.com/-2GmkDbWsTfs/T39blmdrhOI/AAAAAAAAAEo/f2HVz8vgRS0/s1600/boma+de+Na+e+K+uni+hamburg+de.gif T RA N S P O RT E A T I V O S E C U N D Á RI O ❑ É o transporte de uma molécula ou íon, a partir da utilização de energia do transporte acoplado à uma segunda molécula que esta sendo transportada. ✓Internalização da glicose a partir do lúmen intestinal UNIPORTE SIMPORTE ANTIPORTE TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=antiporter&source=images&cd=&cad=rja&docid=0kF6HrYDpoi51M&tbnid=pRu_w9PHhW1NcM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.apsu.edu%2Fthompsonj%2FAnatomy%2520%26%2520Physiology%2F2010%2F2010%2520Exam%2520Reviews%2FExam%25201%2520Review%2FCh03%2520Active%2520Transport.htm&ei=YyAUUrioAo7C9QTr1oCYCA&psig=AFQjCNGZR53uld4xF4p2XvrWi2UPekintw&ust=1377137088277907 P RO C E S S O S A T I V O S SECUNDÁRIO energia proveniente da diferença de concentrações da membrana. ▪ Co-transporte: a substância puxa outra enquanto é transportada. A proteína carreadora possui dois sítios de ligação. ▪ Ex: sódio – glicose ▪ Contra-transporte: enquanto uma substância entra, uma outra sai utilizando-se da energia da primeira ou vice-versa. ▪ Ex: sódio – cálcio / sódio-hidrogênio. Processos Ativos - SECUNDÁRIO Mecanismo membranar do co-transporte da glicose e do sódio. A: transportador acessível ao meio externo com sítios de fixação do sódio, ativos, e sítios de fixação da glicose, inativos; B: a fixação do sódio induz a alteração alostérica que permite fixação da glicose; C: transportador sofre alteração alostérica, expõe-se ao citossol e liberta a glicose e o sódio; D: retorno à situação inicial. CO-TRANSPORTE T RA N S P O RT E E M G RA N D E Q UA N T I D A D E A T RA V É S D A M E M B RA N A P L A S M Á T I C A TIPOS ➢Fagocitose: processo pelo qual a célula engolfa uma partícula dentro de uma vesícula, substancia a ser ingerida. ➢Endocitose: É o englobamento de materiais particulados ou fluidos para o interior. ✓Pinocitose ➢Exocitose: É eliminação de materiais para o meio extracelular. Transporte de Grandes Moléculas TRASPORTE EM QUANTIDADE ENDOCITOSE EXOCITOSE FAGOCITOSE PINOCITOSE CLASMOCITOSE GRANDES MOLÉCULAS ENGLOBAMENTO ELIMINAÇÃO RESÍDUOS LÍQUIDOS SÓLIDOS É o processo de eliminação de material da celula para o meio extracelular. A eliminação ocorre através de uma vesícula oriunda do citoplasma contendo material a ser eliminado. Esta vesícula se funde à membrana plasmática, lançando o seu conteúdo para fora da célula. CITOPLASMA EXTRACELULAR VESÍCULA EXOCITOSE P O T E C I A L D E A Ç Ã O Prof Selma Kazumi Noguchi A N A T O M I A F I S I O L Ó G I C A D A F I B R A N E RV O S A A N A T O M I A F I S I O L Ó G I C A D A F I B RA N E RV O S A Axoplasma: LIC, em forma de gel. O LEC chama-se interticial; Dendritos: prolongamentos que recebem estímulos, aumentam superfície receptora. Corpo celular ou pericárdio: centro trófico ou metabólico, contem o núcleo; Axônio: parte central da fibra nervosa. Longa estrutura tubular, limitada por uma membrana, adaptada para a transmissão de impulsos nervosos. Componentes e Funcionamento Básico do Sistema Nervoso F O R M A Ç Ã O DA M I E L I N A S il v e rt h o rn , 2 0 0 3 Anatomia Fisiológica da Fibra Nervosa I M P U L S O N E RV O S O 1. Impulso Nervoso ou Potenciais de ação: causados pela despolarização da membrana além de um limiar; 2. Condição para transferir informação de um ponto para outro no SN: potencial de ação, uma vez gerado, deve ser conduzido ao longo do axônio; 3. A propagação de um impulso é realizada apenas em uma direção, não retornando pelo caminho já percorrido. DIREÇÃO DO IMPULSO NERVOSO CONDUÇÃO SALTATÓRIA Potencial de Ação Condução saltatória Mielina Axônio P O T E N C I A L D E R E P O U S O Gradiente Eletroquímico. S il v e rt h o rn , 2 0 0 3 Potenciais Graduados Refletem a Força do Estímulo que os Originam (a) (b) S il v e rt h o rn , 2 0 0 3 Componentes e Funcionamento Básico do Sistema Nervoso POTENCIAL DE AÇÃO POTENCIAL DE AÇÃO LEI DO TUDO OU NADA ➢ Um estímulo ou produz um potencial de ação completo ou não o deflagra. ➢ Tamanho do potencial de ação não aumenta com estímulos de maiores intensidades. “Quando se aplica um estímulo superior ao estímulo do limiar, o tamanho e a forma do potencial de ação não se alteram.” 60 P O T E N C I A L D E A Ç Ã O ➢ Etapas: 1. Estado de repouso: corresponde ao potencial de repouso da membrana que antecede o potencial de ação membrana esta polarizada; 2. Despolarização: a membrana fica subitamente permeávelaos íons sódio, permitindo o fluxo de grande quantidade de sódio (+) para o axônio. O estado normal de repouso (-90mV) desaparece; POTENCIAL DE AÇÃO 62 ➢ Etapas: 3. Repolarização: Processo em que ocorre a saída do íon sódio e potássio com reequilíbrio de ambos pela bomba de sódio e potássio. ▪ Canais de sódio começam a fechar-se; ▪ Canais de potássio abrem-se mais do que o fazem normalmente; ▪ Rápida difusão de íons potássio para o exterior da fibra; ▪ Potencial negativo de repouso é restabelecido. POTENCIAL DE AÇÃO 63 ❖ Hiperpolarização “A membrana não repolariza imediatamente porque se torna excessivamente permeável ao K+” Dura alguns milissegundos ▪ A célula não reage aos neurotransmissores = excesso de negatividade em seu interior ; ▪ Impede a ocorrência de um novo potencial de ação. ▪ Nesta fase a célula parte de -75mv e chega até -90 mV. ▪ Esse estado desaparece gradualmente. POTENCIAL DE AÇÃO 64 G R Á F I C O S I N A P S E Prof Selma Kazumi Noguchi P RO C E S S A M E N T O I M P U L S O N E RV O S O Os neurônios processam as informações através de sinais elétricos e químicos. Elétricos: Potencial de ação (dentro do neurônio) Químicos: sinapse (entre neurônios) S I NA P S E • Conexão funcional entre um neurônio e uma segunda célula (FOX, 2007); • São junções estruturalmente especializadas, em que uma célula pode influenciar uma outra célula, diretamente por meio do envio de sinal químico ou elétrico. 69 SINAPSES ❑ São pontos de união entre as células nervosas e entre estas e as células efetoras (Músculo ou Glândula). http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso2.asp#neurotransmissores Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002 S I N A P S E S I N A P S E S I N A P S E 1. Interneuronais: neurônio – neurônio 2. Neuromusculares: neurônio – músculo 3. Neuroglândulares: neurônio – célula glandular. ❑ Axossomática ❑Axodendrídica; ❑Axoaxônica ❑Dendrodentrítica. T I P O S D E S I N A P S E S 1. ELÉTRICA ▪ SNC: neurônios imaturos e células da glia; ▪ Permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. ▪ Ocorrem em sítios especializados = junções gap ou junções comunicantes. ▪ Raras no SNC e comuns nos sistemas musculares cardíaco e liso: contração ocorre por um todo e em todos os sentidos. ▪ Não processa informação, só transmite, é mais rápida. S I N A P S E E L É T R I C A – J U N Ç Õ E S C O M U N I C A N T E S Neurotransmissores presentes em vesículas na terminação do axônio. Chegada do impulso na terminação resulta na liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica Neurotransmissores atingem o outro neurônio desencadeando impulso nervoso 2. QUÍMICA – COMO OCORRE? COMUNICAÇÃO NEURONAL Excitação e Condução ▪ Comunicação Neuronal → estímulos elétricos, químicos e mecânicos. ▪ De forma geral → informação é conduzida eletricamente e transmitida quimicamente. Liberação de Neurotransmissor “O potencial de ação é resultado do fluxo de íons através da membrana” Sinal Químico (transmissor) Redistribuição temporária de cargas elétricas (Potencial de Ação) Alteração Elétrica da cél. alvo Componentes e Funcionamento Básico do Sistema Nervoso O P RO C E S S O D E F U N C I O N A M E N T O D A S S I N A P S E S Q U Í M I C A S Silverthorn, 2003 Componentes e Funcionamento Básico do Sistema Nervoso Silverthorn, 2003 L O C A L I Z A Ç Ã O DA S S I N A P S E S E M U M N E U R Ô N I O P Ó S - S I N Á P T I C O Componentes e Funcionamento Básico do Sistema Nervoso I N AT I VA Ç Ã O D O S N E U RO T R A N S M I S S O R E S Silverthorn, 2003 F I S I O L O G I A M U S C U L O E S Q U E L E T I C O Prof Selma Kazumi Noguchi Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético T E C I D O M U S C U L A R S il v e rt h o rn , 2 0 0 3 Se contraem em resposta a um sinal somático de um neurônio motor M Ú S C U L O E S Q U E L É T I C O • Um músculo esquelético é um conjunto de células ou fibras musculares; • Grupo de fibras musculares + Neurônio motor = UNIDADE MOTORA Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético U N I DA D E S M O T O R A S S il v e rt h o rn , 2 0 0 3 J U N Ç Ã O N E U RO M U S C U L A R - J N M • A JNM e ́ a região de intimo contato entre o terminal nervoso e a membrana da fibra muscular esquelética; • Local de ação das drogas bloqueadoras neuromusculares (BNM); • junção de um axônio motor com uma fibra muscular; • Existe de uma ate ́ três JNM por fibra muscular P L A C A M O T O R A • É a estrutura originada da goteiras criadas em depressões na membrana de cada fibra muscular • região estão os receptores colinérgicos nicotínicos juncionais. 85 J U N Ç Ã O N E U RO M U S C U L A R • Semelhante às sinapses, a junção neuromuscular transmite os impulsos nervosos para o músculo por meio de neurotransmissor. • Acetilcolina (ACh) 86 ACh ACh Na+ Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético Túbulos T e Retículo Sarcoplasmático Silverthorn, 2003 M I O F I B R I L A S São as estruturas contrateis da fibra muscular; Composta de vários tipos de proteínas: Contráteis: Miosina e Actina; Regulatórias: Tropomiosina e Troponina; Acessórias gigantes: Titina e Nebulina. Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético M U DA N Ç A S N O S A R C Ô M E RO D U R A N T E A C O N T R A Ç Ã O Silverthorn, 2003 Miosina Actina Troponina Tropomiosina 55% do total F ila m e n to G ro s s o Filamento fino ACTINA -Estrutura longa e fibrosa: duas cadeias de monômeros (actina G) globulares -Monômero: 5.5 nm de diâmetro -Filamento Polimerizado TROPOMIOSINA -Longa, fina e polarizada -40 nm de comprimento -2 cadeias polipeptídicas em hélice -Cobre 7 moléculas de actina G -Complexo de troponina na superfície TROPONINA TnT: liga-se à tropomiosina TnC: Afinidade por Ca+ TnI: inibe interação entre actina e miosina F I L A M E N T O S F I N O S E G RO S S O S N O S S A R C Ô M E RO S Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético Resumo de Histologia: O tecido Muscular Silverthorn, 2003 Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético Resumo de Histologia: O tecido Muscular Silverthorn, 2003 Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético T I T I N A E N E B U L I N A Silverthorn, 2003 Titina: - Molécula elástica ampla; - Maior proteína (+ de 25.000 aa); - Estira D.Z até próxima L.M; - Estabiliza posição dos filamentos contráteis; - Retorno dos músculos alongados ao repouso. Nebulina: - Proteinas gigante não elástica; - Envolve filamentos finos e une-se ao D.Z; - Alinha filamentos de actina. Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético Silverthorn, 2003 Bases Moleculares da Contração Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético Bases Moleculares da Contração Silverthorn, 2003 Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético Bases Moleculares da Contração Silverthorn, 2003 (a) Estado relaxado (b) Início da contração Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético O Papel Regulatório da Tropo-miosina e da Troponina Silverthorn, 2003 Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético Acoplamento Excitação-Contração S il v e rt h o rn , 2 0 0 3 Fisiologia do Músculo Estriado Esquelético Acoplamento Excitação-Contração S il v e rt h o rn , 2 0 0 3 isotônica P R Ó P R I O C E P T O R E S Músculos (Fusos Musculares ) Tendões (Órgãos Tendinosos de Golgi ) Articulações 105 Bulbos terminais de Krause Corpúsculos de Pacini Órgãos terminais de Rufini 106 FUSO MUSCULAR Nervo anuloespiralado F U S O M U S C U L A R • Localizado entre as fibras musculares; • São sensores (receptores) de estiramento; • Informam ao SNC o número exato de unidades motoras que devem se contrair para vencer uma dada resistência. • Manutenção da postura; • Movimentos voluntários (Motoneurônio Gama); • Coativação Alfa-Gama. 107 108 ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI Ó R G ÃO T E N D I N O S O D E G O L G I 10 9Protegem o musculo; Encontrados na junção entre as fibras musculares e os tendões; São sensíveis ao estiramento causado pela contração muscular; Causam relaxamento reflexo; Quando estimulados enviam estímulos inibitórios para o motoneurônio Alfa do músculo agonista. Por exemplo: “queda- de-braço” F I S I O L O G I A M U S C U L O C A R D I A C O Prof Selma Kazumi Noguchi F U N Ç Õ E S Levar oxigênio e nutrientes para todas as partes do corpo; Transporta produtos residuais do metabolismo celular; Permite a atuação de hormônios; Possui células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e microrganismos. C O R A Ç Ã O ➢Órgão muscular oco; ➢Bomba contrátil-propulsora; ➢Forma cônica – “mão fechada” (250 – 300g); ➢Situado no mediastino (entre os pulmões). C O R A Ç Ã O Função: depende de propriedades eletrofisiológicas e mecânicas; • Automatismo. • Condutibilidade. • Excitabilidade. Propriedades Eletrofisiológicas: próprias do tecido excito- condutor; • Contratilidade. • Relaxamento Propriedade Mecânicas: C O R A Ç Ã O • Apresenta TRÊS camadas que de fora para dentro são as seguintes: 1. Epicárdio: Corresponde a camada externa do coração. 2. Miocárdio: Representa o maior músculo, sendo responsável pelos batimentos cardíacos. 3. Endocárdio: Corresponde a camada interna do coração. • Pericárdio: Revestimento externo, permite o suave deslizamento das paredes do órgão durante o seu funcionamento mecânico (líquido lubrificante). • Pericárdio fibroso – estrutura rígida. • Pericárdio visceral ou seroso. C O R A Ç Ã O Cavidades superiores: Aurículas ou átrios; Cavidades inferiores: Ventrículos; • Aorta – leva sangue arterial para todo o corpo (Grande Circulação) • Pulmonar – leva sangue venoso para os pulmões (Pequena Circulação) Artérias: • Cava superior e inferior – trazem sangue venoso de todo o corpo (Grande Circulação); • Pulmonar – traz sangue arterial ao coração (Pequena Circulação). Veias: ARTÉRIA DO PULMÃO ESQUERDO ARTÉRIA DO PULMÃO DIREITO ARTÉRIA AORTA AD AE VD VE VEIA CAVA SUPERIOR VEIA CAVA INFERIOR VÁLVULA BICÚSPIDE OU MITRAL VÁLVULA TRICÚSPIDE VÁLVULA SEMILUNAR PULMONAR VÁLVULA SEMILUNAR AÓRTICA VEIAS PULMONARES M Ú S C U L O C A R D Í AC O - M I O C Á R D I O Silverthorn, 2003 Fisiologia do Sistema Cardiovascular A maior parte do coração é constituída por células do miocárdio que, em grande parte é contrátil, apesar de 1% de suas células serem especializadas em gerar potencias de ação espontaneamente. O coração é capaz de contrair sem estar conectado a outras partes do corpo, pois o estímulo é Miogênico. O sinal para contração do miocárdio vem das Células autorrítmicas ou Células marcapasso 1/3 do volume das células do miocárdio é ocupado por mitocôndrias C O R A Ç Ã O - M I O C Á R D I O 120 ➢ Constituição:Tecido muscular estriado cardíaco, formado por feixes de fibrocélulas. ➢ Tecido muscular estriado especializado na transmissão dos impulsos elétricos que coordenam o batimento cardíaco. ➢ Fibras de Purkinje (Feixe de His ou miócitos átrio-ventriculares) ➢ Sistema especial de condução: SISTEMA DE PURKINJE ➢ Os discos intercalares contém JUNÇÕES COMUNICANTES: Proteínas transmemblana que ligam as células e permitem trocas de íons entre seus citoplasmas. Permitem ligação elétrica entre as células: Ondas de despolarização se espalham rapidamente CONTRAÇÂO M I O C Á R D I O C O R A Ç Ã O – A T I V I DA D E E L É T R I C A 1.Origem NÓ SINUSAL 2.Propaga-se pelo miocárdio atrial nó átrio-ventricular; 3.Atinge o Feixe de Hiss e seus ramos e sub-ramos direito e esquerdo, 4.Propaga-se até o sistema de Purkinje ativação sequencial de toda a musculatura ventricular numa direção e sentido bem definidos. C O R A Ç Ã O – A T I V I DA D E E L É T R I C A 123 Tecido excito-condutor: conjunto de 4 estruturas interligadas morfo-funcionalmente. 1. Nó sinoatrial (sinusal); 2. Nó atrioventricular (intermodal); 3. Feixe de His (atrioventricular); 4. Sistema de fibras de Purkinje. Silverthorn, 2003 C O N D U Ç Ã O E L É T R I C A DA S C É L U L A S M I O - C Á R D I C A S Fisiologia do Sistema Cardiovascular ../../O Corpo Humano/movies/Heart.mpg S il v e rt h o rn , 2 0 0 3 P O T E N C I A L D E A Ç Ã O N A C É L U L A C O N T R Á T I L Fisiologia do Sistema Cardiovascular 0 – Despolarizãção 1 – Repolarização precoce 2 – Platô 3 – Repolarização 4 – Potencial de Repouso PS: Não ocorre despolarização. Silverthorn, 2003 PA P E L D O C Á L C I O N A C O N T R A Ç Ã O D O M Ú S C U L O C A R D Í A C O Fisiologia do Sistema Cardiovascular Despolarização abre canais de Cálcio Cálcio do fluido extracelular entra nas células de acordo com o gradiente eletroquímico Liberação de Cálcio induzida por Cálcio: Influxo de cálcio estimula a liberação de cálcio adicional armazenado no retículo sarcoplasmático Ca+ se difunde no citosol indo até os elementos contráteis, onde os íons se ligam a troponina e iniciam os ciclos das reações cruzadas e o Movimento. D E S C R E V E N D O O E V E N T O • Onda P: corresponde a despolarização dos átrios; • Ondas combinadas, formando o complexo QRS: representa a onda progressiva da despolarização ventricular; • Onda T: onda final, repolarização dos ventrículos. C O R R E L A Ç Ã O E N T R E A D E S P O L A R I Z A Ç Ã O E A R E P O L A R I Z A Ç Ã O N O C O R A Ç Ã O E N O E C G Silverthorn, 2003 B O M E S T U D O Prof Selma Kazumi Noguchi Slide 1: Revisão fisiologia humana 1vc Slide 2: MEMBRANA PLASMATICA Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14: HOMEOSTASE Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26: TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMATICA Slide 27: FLUIDOS Extra e Intracelular Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33: TRANSPORTES: Como ocorre? Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50: POTECIAL DE AÇÃO Slide 51 Slide 52 Slide 53: Formação da Mielina Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58: POTENCIAL DE REPOUSO Slide 59 Slide 60 Slide 61: POTENCIAL DE AÇÃO Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65: GRÁFICO Slide 66: SINAPSE Slide 67: PROCESSAMENTO IMPULSO NERVOSO Slide 68: SINAPSE Slide 69 Slide 70: SINAPSE Slide 71: SINAPSE Slide 72 Slide 73 Slide 74: Sinapse ELÉTRICA – Junções comunicantes Slide 75 Slide 76 Slide 77: O Processo de Funcionamento das Sinapses Químicas Slide 78: Localização das Sinapses em um Neurônio Pós-Sináptico Slide 79: Inativação dos Neurotransmissores Slide 80: FISIOLOGIA MUSCULO ESQUELETICO Slide 81: TECIDO MUSCULAR Slide 82: MÚSCULO ESQUELÉTICO Slide 83: UNIDADES MOTORAS Slide 84: JUNÇÃO NEUROMUSCULAR - JNM Slide 85: PLACA MOTORA Slide 86: JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92: MIOFIBRILAS Slide 93: Mudanças no Sarcômero Durante a Contração Slide 94: FILAMENTOS FINOS E GROSSOS NOS SARCÔMEROS Slide 95 Slide 96 Slide 97: Titina e Nebulina Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105: PRÓPRIOCEPTORES Slide 106 Slide 107: FUSO MUSCULAR Slide 108 Slide 109: ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI Slide 110: FISIOLOGIA MUSCULO CARDIACO Slide 111 Slide 112: FUNÇÕES Slide 113: CORAÇÃO Slide 114: CORAÇÃO Slide 115: CORAÇÃO Slide 116 Slide 117: CORAÇÃO Slide 118 Slide 119: MÚSCULO CARDÍACO - MIOCÁRDIO Slide 120: CORAÇÃO - MIOCÁRDIO Slide 121: MIOCÁRDIO Slide 122: CORAÇÃO – ATIVIDADE ELÉTRICA Slide 123: CORAÇÃO – ATIVIDADE ELÉTRICA Slide 124: Condução Elétrica das Células Mio-cárdicas Slide 125: Potencial de Ação na Célula ContrátilSlide 126: Papel do Cálcio na Contração do Músculo Cardíaco Slide 127: DESCREVENDO O EVENTO Slide 128: Correlação entre a Despolarização e a Repolarização no Coração e no ECG Slide 129: BOM ESTUDO
Compartilhar