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PROJETO DE CENOGRAFIA E EVENTOSPROJETO DE CENOGRAFIA E EVENTOS
HISTÓRIA DA CENOGRAFIAHISTÓRIA DA CENOGRAFIA
Autor: Me. Laura Carol ina Oliveira Nobrega
Revisor: Ana Caro lina
INICIAR
introdução
Introdução
O espaço cênico tem origem na Antiguidade e suas evoluções vão ao
encontro das mudanças históricas e artísticas. Movimentos de arte,
sociedade e a política pautaram as transformações do espaço cênico e
in�uenciaram suas características. A história do teatro se mistura com a
história da cenogra�a. Vale lembrar que cenogra�a não é sinônimo de
espaço físico. Ela pode estar na rua, em um estádio, em ambientes públicos.
Nesta unidade, iremos abordar e re�etir sobre momentos importantes para a
história da cenogra�a e para compreendê-la como conceito hoje.
Abordaremos aqui a história e características do teatro grego, romano,
medieval, renascentista, elisabetano e barroco. Falaremos também sobre as
vanguardas do século 20 e suas in�uências na cenogra�a.
Os primeiros teatros foram concebidos ao ar livre. Na Grécia Antiga, os coros
se davam em locais públicos. Após alguns anos o teatro começa a ser
montado em madeira e pedras. Já no teatro romano vemos as grandes
edi�cações construídas com a �nalidade teatral. Essas primeiras concepções
teatrais foram importantes e in�uenciam o espaço cênico até a
contemporaneidade.
O Teatro Grego
A civilização grega foi berço de vários sábios e �lósofos. Os gregos
contribuíram e estimularam as áreas de artes, �loso�a e ciência. O teatro
ocidental tem sua origem exatamente nesse período.
Téspis (5 a.C.) foi o criador do teatro. Ele organizava coros a deuses
mitológicos que corriam os espaços públicos da cidade de Atenas e
entendeu que era difícil para a população contemplar o coro sem que
pudesse enxergar tudo e criou degraus para que o povo pudesse ver melhor.
Ainda, montou essa estrutura em uma praça, porém compreendeu logo
As Origens do TeatroAs Origens do Teatro
depois que seria melhor construir em outro local, pois estava atrapalhando a
organização e o andamento da cidade. Levou seus coros para os templos,
mas ainda assim percebeu que não seria a melhor solução.
Téspis tentou, então, encontrar um local, perto da cidade, que tivesse um
espaço ideal. Constrói então em uma pequena colina os degraus de madeira
e deixa uma parte central para que o coro �casse isolado às outras pessoas.
Vemos nessa simples história o surgimento do teatro – a estrutura, o público
e o protagonismo.
A documentação do Papiro do Ramesseumn e as indicações da
Estela de Metternich apresentam a utilização do espaço
direcionado e servindo de apoio ao ritual. O espaço, até então, não
era interpretado através de um projeto dirigido para torná-lo
completamente integrado à encenação. O Theaomai, ou Theatron –
“lugar de onde se vê” - será o primeiro vestígio de um espaço criado
especialmente para a realização de um espetáculo (CAMPELLO
NETO; VIANA, 2010, p. 20).
Os autores contam que Téspis atuou também em outras cidades e que
levava seus materiais em uma carroça e a cenogra�a era colocada em um
tablado. Campello Neto e Viana (2010, p. 20) colocam que o cenário era
construído por telões pintados em tecido ou couro e que iam mudando
conforme o decorrer da história.
O teatro grego tinha formato trapezoidal e era grande. Os degraus abrigavam
multidões para assistir espetáculos dos mais variados, que iam desde ritos
religiosos até comemorações civis.
Figura 2.1 - Disposição de um teatro grego 
Fonte: Bibi Saint-Pol / Wikimedia Commons.
Como pode ser visto na �gura 2.1, a disposição de um teatro grego se dava
pela divisão entre Koilon, Skene e Orquestra:
Koilon : Degraus divididos em setores. Era onde o público se
organizava para ver o espetáculo.
Skene : Era uma estrutura de madeira e tecido construída atrás da
fachada. Os atores utilizavam esse espaço para se arrumar.
Posteriormente, ela tomará formas diferenciadas quanto ao gênero
teatral.
Orquestra : Local onde o coro, ou seja, o protagonista ocupava. Era
pelo Paradoi que ocorria a entrada dos atores e o Proskenion é o
“palco”.
Nesse período, a cenogra�a era baseada em templos e tendas com alguns
efeitos dentro do espetáculo. Tais efeitos foram atribuídos à Sófocles, que
introduziu a pintura dos cenários e as trocas de cenogra�a.
Segundo Cyro Del Nero citado por Latorre e Malanga (2013, p. 2) “A cenogra�a
nasce no século V a.C. e tem como responsável Sófocles. Desenhos nas
tendas onde os atores se trocavam dão o pontapé inicial para a criação da
cenogra�a”. As pinturas eram incorporadas no cenário no formato de painéis
que eram produzidos para os espetáculos.
O teatro grego possuía três gêneros: cômico, trágico e satírico. Campello
Neto e Viana (2010, p. 23) nos mostram que cada gênero possuía um estilo
de cenogra�a. Quando comédia eles buscavam retratar locais comuns, por
exemplo, a casa do personagem, a cidade, uma praça ou o campo. Já em
tragédias eles se utilizavam de uma fachada. Quando satírico o cenário se
dava por uma paisagem.
Além dos painéis os gregos se utilizavam também de outros recursos como
dispositivos mecânicos incorporados à cenogra�a. Campello Neto e Viana
(2010, p. 23) nos revelam a utilização de Ekkyklemas, Mechanè, Theologhèion,
Brotèion, Keraunoscopèion, entre outros.
Ekkyklema , ou ekiclema, era uma plataforma móvel que tinha o objetivo de
mostrar uma cena ocorrida no interior de um edifício. Segundo Latorre e
Malanga (2013, p. 6) o ekiclema “Deve datar do século V a. C. e uma de suas
possibilidades era revelar o interior do palácio, gruta ou um templo”.
O Mechanè , ou mecane, que pode ser visto à esquerda da ilustração, era
utilizado para que atores ou objetos voassem. Já o Theologhèion , ou
teologeion, é a plataforma de madeira mais alta e era utilizada para
apresentar um personagem muito importante em lugar muito alto.
Campello Neto e Viana (2010, p. 24) colocam que “O Brotèion simulava
trovões e os Keraunoscopèion , uma espécie de lanterna mágica para as
lâmpadas que mostrava aos espectadores o outro lado da cidade.” Os gregos
já se utilizavam também de escadarias móveis, palcos giratórios, gruas,
túneis e fogos de artifícios.
É interessante notar que o �gurino já fazia parte da cenogra�a desde o teatro
grego. Os símbolos do teatro grego são as máscaras que eram utilizadas na
época por cada gênero já mencionado. Como a Orquestra �cava longe do
público as máscaras tinham o objetivo de mostrar as expressões faciais dos
personagens.
O Teatro Romano
A história do teatro romano se entrelaça com a história da humanidade. Os
romanos dominaram a Grécia após as guerras púnicas. Contudo, os romanos
descobriram no teatro grego uma forma de dominação do público, ou seja,
das massas.
O Império Romano se caracterizou por um período de diversos
acontecimentos culturais e políticos. Sendo uma civilização muito
cosmopolita, os romanos eram muito desiguais. Em geral eles não vivam em
boas condições: havia uma minoria rica que explorava os trabalhos do
restante da população. Urssi (2006, p. 25) coloca que “O teatro romano se
fundamentou pelo mote político panem et circenses – pão e circo – e herdou
as principais características do teatro grego”.
Como mencionado, havia uma divisão na sociedade romana, ou seja, a
maioria pobre trabalhava para a minoria rica. O teatro foi utilizado para evitar
possíveis con�itos sociais através da política do pão e circo. Os ricos
“patrocinavam” batalhas para que o povo pudesse se divertir. O teatro passa
a ser um lugar para �ns de diversão. Latorre e Malanga (2013, p. 9) a�rmam
que “Agora o que importava era o espetáculo e não a ideia e a re�exão
contidas nele”.
O teatro romano foi baseado no grego. Ele era formado por um semicírculo.
Latorre e Malanga (2013, p. 9) salientam que os teatros
Eram feitos a partir de um semicírculo perfeito, que desembocava
logo no limite onde se iniciava o espaço da cena. Com isso fechava-
se a passagem entre o palco e o auditório. A elevação do palcoe a
profundidade eram maiores que no teatro grego.
Em geral, eles eram bem grandes. O Teatro de Marcello, por exemplo, tinha a
capacidade de abrigar 14 mil pessoas.
Figura 2.2 - Teatro de Marcello 
Fonte: Tm / Wikimedia Commons.
Uma diferença importante entre o teatro grego e o romano é de que o
romano é caracterizado por suas construções em terrenos planos através de
pedras e alvenaria. As construções primitivas deram lugar a edifícios
projetados.
saiba mais
Saiba mais
O Coliseu é o maior símbolo da civilização
romana. Mas você sabe para que �nalidade
ele foi construído? Ele era reservado para
combates entre gladiadores e animais
selvagens. Não se sabe quem projetou o
Coliseu, porém sua construção é
monumental. Ele possui 48,5 metros de
altura.
Fonte: Vasconcelos (2018).
Outro elemento importante de ser citado é a separação entre classes sociais
feita no teatro. O público �cava organizado de maneira distinta: “Era dividido
por classes sociais, onde os melhores lugares eram reservados para uns
poucos privilegiados” (MANTOVANNI apud LATORRE; MALANGA, 2013, p. 9).
Uma mudança interessante ocorrida na Roma Antiga referente à cenogra�a
foi a incorporação das famosas cortinas frente ao palco. Atualmente, as
cortinas se abrem para as laterais, porém no teatro romano as cortinas
desciam até o chão.
Outra curiosidade é a de que na Roma Antiga “os atores eram recrutados
entre escravos e considerados infames” (CAMPELLO NETO; VIANA, 2010, p.
35). Na Grécia Antiga, apenas os homens poderiam atuar, porém na Roma
Antiga as mulheres já podem interpretar personagens.
Na decadência do Império Romano, pode ser evidenciada uma mudança em
relação ao teatro.
Vem para o teatro, importado do circo, o gosto do sangue e da
tortura. Muitas são as narrativas de espetáculos que chegam a um
realismo que provoca o derramamento de sangue, ou algo como
um condenado à morte que substituiu um ator e teve sua mão
queimada diante do público (CAMPELLO NETO; VIANA, 2010, p. 38).
Diversos gêneros teatrais foram substituídos pela dança e pela pantomima. A
Igreja acaba por colocar o teatro como imoral e busca meios para denunciá-
lo. Por �m veremos sua reformulação, feita pela Igreja, durante a Idade
Média.
praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho abaixo:
O edifício teatral romano era construído em terreno plano em pedra e
alvenaria, característica diferenciadora principal do modelo grego,
dentro do perímetro da urbs romana. A plateia, que simula a mesma
inclinação do theatron grego com os degraus da arquibancada, passa
a ser construída sobre abóbadas de pedra e seus assentos são
ocupados hierarquicamente pelo público (URSSI, 2006, p. 25).
URSSI, N. J. A linguagem cenográ�ca . Dissertação (Mestrado em Artes) – Escola de
Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
De acordo com o texto e com as informações obtidas, está correto o que se a�rma
em:
a) A orquestra é a única área que não se transforma se compararmos o
teatro grego ao romano.
b) As estruturas físicas dos teatros grego e romano são iguais.
c) Só houve mudanças em relação à estrutura física do teatro grego ao
teatro romano.
d) No teatro romano, a orquestra é dividida entre as classes sociais.
e) No teatro grego, a arquibancada era plana.
A Idade Média tem início a partir da queda do Império Romano em 476 d.C.
Esse período é marcado pela estrutura do feudalismo e pelo domínio da
Igreja Católica. Ela dominava o cenário religioso e in�uenciava o modo de
pensar e o comportamento da sociedade.
Em relação ao teatro medieval, é possível dizer que a Igreja Católica também
teve grande in�uência. No início, o espaço utilizado para encenações eram
justamente as igrejas. Muitas vezes as encenações do teatro medieval eram
retiradas e/ou baseadas em história da Bíblia.
“Não foram construídos teatros em pedra ou tijolo na Era Medieval porque o
desenvolvimento do teatro não requeria uma instalação com as
características de outrora” (CAMPELLO NETO; VIANA, 2010, p. 35). Os autores
colocam que o teatro medieval existiu como uma continuação do teatro
clássico.
O teatro medieval pode ser resumido em apresentações religiosas (mistério,
milagres e moralidades), eruditas, populares e profanas. Temos registros
também de jograis sendo realizados na Idade Média por trovadores.
O Teatro MedievalO Teatro Medieval
As histórias bíblicas vão ser a instrução para o povo. Os autores colocam que
[...] a fundação do novo teatro estava baseada na necessidade de
emocionar as multidões crédulas, no desejo de apresentar cenas
tradicionais, no gosto de encarnar personagens de importância, no
prazer de assistir a uma ação heróica e, acima de tudo, de
participar desses acontecimentos tão grandiosos (CAMPELLO
NETO; VIANA, 2010, p. 43).
A população tomou gosto pelos espetáculos e os coros saíram das igrejas
para as praças públicas. Havia representações dos mistérios e milagres
tradicionais em diversas cidades. Latorre e Malanga (2013, p. 11) a�rmam
que os espetáculos “contavam a vida de santos, ou o caminho tortuoso de
simples mortais pecadores para chegar ao céu, ou terem seu futuro
reservado ao inferno.”
Os cenários medievais eram construídos por diversas pessoas. Eles
buscavam efeitos no decorrer das cenas.
Os mestres cênicos medievais desenvolveram técnicas especí�cas
às exigências de cada auto e lugar destinado à representação. Seu
sistema cênico era composto de diversos palcos construídos em
carros, plataformas e tablados de madeira onde os cenários eram
montados em sequência conforme o conteúdo religioso de cada
auto. As imagens, bem como os cenários, eram o principal meio de
informação para a abrangente população analfabeta medieval
(URSSI, 2006, p. 28).
Os cenários eram articulados e efeitos eram criados através de portas,
rampas, colunas e escadarias. Campello Neto e Viana (2010, p. 46) a�rmam
que pintores �zeram ilustrações, quadros e afrescos em colaboração à
cenogra�a para teatros medievais.
Ao longo dos anos, o teatro medieval tornou-se cada vez mais popular e as
apresentações se tornaram mais leves e menos ligadas à Igreja. Cenas do
cotidiano vão sendo adicionadas às encenações. 
Berthold citado por Urssi (2006, p. 27) mostra que, por conta da festa de
Corpus Christi, o carro-palco foi montado. Várias celebrações e procissões
foram feitas em toda a Europa. Segundo Urssi (2006, p. 29),
Palhaços, bufões, comediantes e domadores de animais atuavam
em palcos improvisadamente montados sobre carroças, os
cenários quase inexistiam, e deslocavam-se de uma praça à outra.
Na itália estas troupes deram origem à Commedia dell’arte.
Os carros-palcos eram montados e iam andando pela cidade, passando de
comunidade em comunidade para que todos pudessem ver o espetáculo.
Esse tipo de instalação é realizado até os dias atuais.
praticar
Vamos Praticar
Leia a citação a seguir:
Empregavam-se muitos truques e muitas máquinas nas representações.
Foram encontrados espalhados por diversos livros de cenógrafos
Figura 2.3 - Teatro medieval - Encenação de La farce de maítre Pathelin 
Fonte: Guise / Wikimedia Commons.
italianos, do século XV, muitos exemplos de como fazer os carros e
navios andarem em cena, as portas do inferno se abrirem - surgindo
vários demônios – como realizar as trovoadas, os sóis, os clarões, as
chamas (CAMPELLO NETO; VIANA, 2010, p. 49).
CAMPELLO NETO, A. H.; VIANA, F. Introdução histórica sobre cenogra�a : os
primeiros rascunhos. São Paulo: Fausto Viana, 2010.
O trecho mostra como se davam as encenações no período medieval. Sobre o
cenário medieval é correto a�rmar que:
a) Os cenários medievais eram construídos por um cenógrafo.
b) As encenações medievais ocorriam no interior de grandes construções.
c) Foram construídos inúmeros teatros monumentais na Idade Média.
d) As encenações eram feitas dentro de igrejas e em praças públicas através
de carros-palco.
e) As encenações ocorriam apenas em praças públicas.
Passando pela Idade Média, dá-se início ao período renascentista.Algumas
manifestações teatrais renascentistas ainda tinham semelhanças com o
teatro medieval, porém, no decorrer dos anos, o teatro renascentista irá
buscar inspirações no período greco-romano.
O teatro elisabetano tinha como foco a história a ser contada e o despertar
da imaginação do espectador, ou seja, a atenção estava mais voltada ao ator
e à representação. Já no período barroco vemos o oposto, sua principal
característica é a extravagância, o brilho, palcos ricos em detalhes e
coreogra�as.
O Teatro Renascentista
No século 16, mais especi�camente na Itália, berço do Renascimento, foram
desenvolvidos vários tipos de manifestações teatrais, se distanciando cada
vez mais das origens medievais. Um bom exemplo desse fato é o
desaparecimento gradual das representações religiosas, as quais foram
substituídas por inúmeros gêneros de representações teatrais.
O Teatro Renascentista,O Teatro Renascentista,
Elisabetano e BarrocoElisabetano e Barroco
Segundo Latorre e Malanga (2013, p. 12), diante do desaparecimento das
in�uências religiosas no teatro, o teatro profano voltou a ser realizado,
inicialmente nos palácios reais, cujo público se resumia aos membros da
realeza e da nobreza.
Grande parte das in�uências do teatro renascentista veio dos teatros
romanos e gregos, surgindo, portanto, grandes escritores eruditos que
escreviam tragédias e comédias. Contudo, de acordo com Campello Neto e
Viana (2010, p. 57), “esses trabalhos literários não conseguem ultrapassar o
interesse de certos círculos estreitos, e suas representações não despertam
nenhuma emoção entre o público burguês ou popular”.
Essa ausência de interesse do público é superada pelos espetáculos de
comédias teatrais as quais possuíam brilho e ornamentações ricas e
coloridas que despertavam o deslumbre do público, além disso, nesse
período ocorre o nascimento de balés teatrais, os quais consistiam numa
história escrita, mas que era coreografada com uma suntuosa cenogra�a,
para lhes auxiliar nos espetáculos.
Nessa época também começa a se manifestar a segregação de classes
sociais dentro do próprio espaço teatral, havendo no teatro espaços
reservados especialmente para a burguesia e para a nobreza, conforme
explicam Latorre e Malanga (2013, p. 12).
A �m de que ocorresse a representação teatral desse novo tipo de
espetáculo, eram construídos teatros inteiros, provisoriamente em madeira,
os quais eram demolidos após a realização do espetáculo, conforme
explicam Campello Neto e Viana (2010, p. 58). As características desses
edifícios teatrais
[...] apresentam uma divisão em partes destinadas ao público e à
parte da cena propriamente dita. Para o público, uma
arquibancada em semicírculo em torno de um espaço vazio
(plateia), que era destinado aos assentos das personalidades de
alta importância. Pouco abaixo dos lugares nobres, uma passagem
que separava o público do proscênio conduzia às portas de acesso.
Em frente à arquibancada e à plateia, o palco. O palco era dividido
em duas partes: a parte plana (o proscênio), usado para a
interpretação e a parte inclinada onde seriam colocados os
cenários com aberturas, por onde entrariam os atores (CAMPELLO
NETO; VIANA, 2010, p. 58-59).
Há uma grande semelhança entre os teatros da antiguidade com os do
Renascimento, que era a paisagem usada na cenogra�a, a qual se utilizava
de ambientes naturais como jardins com inúmeras árvores, ambientes
rochosos, área de montanhas e planas, o que diverge totalmente dos
cenários usados na Idade Média, pois neste não havia um cenário
�sicamente exposto, mas era apenas representado por seus atores.
Basicamente, o Renascimento é o período que, segundo Campello Neto e
Viana (2010, p. 61), “marca a transição da cenogra�a medieval para a do pré-
clássico e do classicismo propriamente dito”. A diferença está no fato de que
na Idade Média o cenário era montado com poucos elementos e afastado
dos espectadores, deixando com que estes usassem a sua imaginação para
preencher o cenário com os elementos presentes na paisagem, ao passo que
no Renascimento o cenário é montado com características devidamente
de�nidas.
Uma grande in�uência na cenogra�a de teatros nesse período foi Serlio
(1475-1554), que desenvolveu diversos trabalhos cenográ�cos na Itália e na
França, o qual foi para lá a convite do próprio rei Francisco I de Valois.
Nessa época, os cenários eram construídos em madeira, tecidos e pintados
com o objetivo de demonstrar um ambiente natural. Além disso, eram
usadas esculturas feitas de gesso e cornijas e outros elementos feitos por
talha de madeira.
No Renascimento, foram instaurados cenários com três dimensões, dando
uma sensação de profundidade ao espectador, o que não era feito até este
momento, por meio de construção de casas de diversos tamanhos, pinturas
de telões ao fundo da cena, entre outros.
O Teatro Elisabetano
Ao contrário do que muitos podem pensar, a estrutura do teatro elisabetano
teve sua origem na França, e consistia numa montagem cenográ�ca muito
simples, sem todos os detalhes apresentados no período renascentista.
Contudo, esse período teatral teve seu apogeu na Inglaterra, durante o
reinado da rainha Elizabeth I, a qual estava à disposição dos escritores e
poetas ingleses.
De acordo com Campello Neto e Viana (2010, p. 75), o teatro elisabetano é a
junção da poesia com a arquitetura e que “se apresentava como uma vasta
construção circular ou poligonal rodeando um espaço vazio aberto por onde
se via o céu”.
O círculo ou polígono era construído através de galerias que recebiam as
pessoas de classe social mais elevada, como a nobreza e a burguesia. Ao
passo que a população de menor classe social �cava comprimida em pé,
embaixo das galerias da burguesia.
Conforme dispõe Urssi (2006, p. 29), o palco �cava numa posição um pouco
mais elevada do espaço destinado à população mais pobre e no meio de
duas colunas que sustentam “uma cobertura de ‘duas águas’, onde várias
cenas podiam ser representadas simultaneamente”.
O palco não possuía muito detalhes cenográ�cos, tanto que apenas utilizava
poucos móveis para a sua decoração. Tais características podem ser
evidenciadas na ilustração a seguir: 
Figura 2.4. Teatro estilo elisabetano 
Fonte: Michael Hurst / Wikimedia Commons.
Ou seja, tratava-se de uma estrutura muito simples feita de madeira, que
diversos escritores e poetas, como Shakespeare, Marlowe, Ben Johnson,
entre outros, animaram esses espaços com um texto rico e colorido que foca
na história dos personagens, a qual desperta grandemente a imaginação de
seus espectadores.
O Teatro Barroco
Latorre e Malanga (2013, p. 15-16) a�rmam que no período barroco iniciou-se
a “festa”, na qual diversos eventos, como coroações de reis, funerais e
celebração de datas importantes apresentavam uma grandiosidade em sua
representação, sendo essa característica transportada para o teatro.
A partir do século 17, o teatro barroco �cou caracterizado por apresentar um
gigantismo nas cenogra�as que eram criadas, ou seja, todo elemento
cenográ�co tinha que representar o esplendor dessa época.
A família Galli Bibliena é considerada a maior personi�cação da cenogra�a
do século 18. Eles eram responsáveis pela cenogra�a de teatros em diversos
locais da Europa: Paris, Lisboa, Londres, Berlim, entre outros. Não só isso,
eles também foram responsáveis pela construção de inúmeros teatros na
Áustria, Alemanha, Itália e França. Dessa família, o que teve mais destaque
foi Ferdinando Galli Bibliena.
Ele alterou a disposição dos cenários, principalmente por separar o palco do
restante do auditório, e buscava sempre maiores palcos que fossem capazes
de comportar as suas edi�cações cenográ�cas.
Conforme expõe os autores,
[...] o palco que é visto pelo espectador tem as mesmas medidas
embaixo, em cima e nas laterais, como se existissem cinco palcos,
em que um é visível e quatro não. Ele é feito assim para permitir a
utilização de máquinas cênicas e para a mudança rápida de
cenários,que podem subir, descer ou entrar pelas laterais. O palco
é uma caixa mágica (MANTOVANI apud LATORRE; MALANGA, 2013,
p. 16).
Nos cenários de Ferdinando, o efeito que era mais utilizado era um fundo de
cenário que estava pintado, levando os olhares do público para outra
dimensão, sendo que logo à frente �cavam os atores encenando.
No período do Barroco, foi introduzida a assimetria nos desenhos de
cenários, os exageros, os luxos, o ouro, as colunas em parafuso, entre
outros, além disso, esses elementos se misturavam ainda com a utilização
de esculturas em alto relevo, dando a impressão de mobilidade, mesmo
numa cenográ�ca estática.
Esse estilo de cenogra�a teatral se perpetuaria no decorrer do século 18,
passando pelo século 19, exercendo uma forte inspiração para novos
projetos cenográ�cos desses séculos.
praticar
Vamos Praticar
Leia a citação a seguir:
O espaço cênico da Renascença retornou aos princípios de harmonia
clássica da arquitetura Greco-romana proposta por Vitrúvio no quinto
livro da obra ‘De Architectura’ sobre o ofício do projeto para teatro. O
Teatro Olímpico, Vicenza 1585, é um dos melhores exemplos de teatro
renascentista (URSSI, 2006, p. 30).
URSSI, N. J. A linguagem cenográ�ca . Dissertação (Mestrado em Artes) – Escola de
Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
A respeito dos estilos teatrais no período pós Idade Média, que vai do
Renascimento, passa pelo período Elisabetano, até o Barroco, analise as
a�rmativas a seguir e assinale V para a(s) Verdadeira(s) e F para a(s) Falsa(s).
I.       (   ) O teatro renascentista é reconhecido por ter quebrado qualquer barreira
com as in�uências medievais.
II.      (  ) A principal característica do teatro elisabetano é o seu exagero de detalhes,
a �m de realmente demonstrar a era de ouro vivida na Inglaterra sob o reinado de
Elizabeth I.
III.      (  ) A família Galli Bibliena representa os maiores artistas cenográ�cos do
período barroco.
IV.     ( ) O teatro renascentista possui vasta inspiração dos teatros gregos e
romanos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) F, F, V, V.
b) F, V, V, V.
c) F, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) V, F, V, F.
A invenção do cinema e da televisão muda os rumos da cenogra�a no
mundo todo. A cenogra�a se vincula fortemente à fotogra�a e à iluminação.
O trabalho do cenógrafo é ampliado para tais áreas e desa�os aumentam.
“A cenogra�a cinematográ�ca surge como simples apoio às histórias
primitivas da sétima arte. [...] Ao longo do tempo, os cenários do cinema
passam a ter uma posição mais marcante, inspirados nas correntes cênicas”
(CAMPELLO NETO; VIANA, 2010, p. 150). A cenogra�a cinematográ�ca exige
aspectos técnicos diferentes da cenogra�a teatral tanto em relação à técnica
quanto em relação à iluminação, por exemplo. O cenógrafo tem um desa�o
pela frente: uma mudança drástica no olhar e adaptações a serem
desenvolvidas.
Para Urssi (2006, p. 58) “O movimento trouxe a possibilidade de se observar o
cenário de diversos ângulos e em seus detalhes”. O cinema trouxe a busca
por efeitos nunca antes nem pensados para o teatro.
Século 20: relações entreSéculo 20: relações entre
as vanguardas artísticas eas vanguardas artísticas e
o teatroo teatro
Expressionismo
O Expressionismo foi um movimento artístico que ocorreu por volta de 1905
e 1914. Através do expressionismo os artistas buscavam expressar seus
sentimentos, ou seja, o valor emocional era sobreposto ao valor racional.
Pintores expressionistas ao negar o passado buscavam retratar a natureza de
maneira caricatural, ou seja, estilizada. Tais técnicas eram utilizadas para
transmitir emoções por meio das imagens. Eles tinham preferência pelo
sombrio. Tais características in�uenciaram o cinema expressionista. O
cinema expressionista alemão traz �lmes que expressavam a consciência
coletiva da época.
A cenogra�a expressionista não considerava o cenário propriamente um
lugar, os cenógrafos buscavam atmosferas. Tais cenários, muitas, vezes se
pautavam pela luz, cor e elementos arquitetônicos em planos não tão
comuns.
Figura. 2.5 - Cenas do �lme O Gabinete do Dr. Caligari 
Fonte: Scewing / Wikimedia Commons.
Silva (2006, p. 7) nos conta que o �lme O Gabinete do Dr Caligari, com
direção de Robert Wiese, é um exemplo de �lme feito a partir do
Expressionismo. O autor conta que o cenário era assimétrico: ruas e casas
pareciam tortas, exagero de luz e sombra etc. Todos esses elementos
traduziam a mentalidade dos personagens e seus estados emocionais.
Urssi (2006, p. 52) a�rma que “Os expressionistas visaram não menos que a
regeneração espiritual do ser humano e exploraram intensamente as
possibilidades do palco moderno e do novo meio que se a�rmava, o
cinema”. O autor diz ainda que os cenógrafos expressionistas trabalhavam
elementos – planos, horizontes, vocabulário grá�co – a �m de buscar efeitos
dramáticos para as cenas.
Futurismo
O manifesto futurista foi escrito por Marinetti em 1909. Nele o movimento
rompia com os movimentos artísticos passados e dava ênfase à relação do
homem com a máquina, à velocidade e ao movimento. Tais valores vinham
do tempo histórico e das novas prospecções para o século 20. Cada vez mais
o homem pensava em tecnologia, na indústria e nas inovações. O artista
ref l ita
Re�ita
A construção de cenários no cinema é feita, em sua maioria,
em estúdios fechados. Isso proporciona ao cenógrafo certa
liberdade. Baratto (2017) dá como exemplo exatamente o
�lme expressionista alemão O Gabinete do Dr. Caligari de
Robert Wiese. O espaço cênico, com uma arquitetura
distorcida, traz novos ângulos, planos e jogos de luz, dando
vasão à narrativa misteriosa e inusitada do �lme. Segundo
Baratto (2017, on-line), “Os espaços arti�ciais do
expressionismo alemão, com seus ângulos, sombras e
perspectivas forçadas geram tensão e deformam a
percepção humana”.
Fonte: Baratto (2017).
futurista tinha o objetivo de captar formas plásticas e utilizá-las, dando
alusão ao movimento e à velocidade.
Tinterri (2010, p. 4) coloca um bom exemplo de cenogra�a futurista feita por
Balla em 1917. Feu d’arti�ce, de Stravinsky, mostra inovações em relação à
luminotécnica. Para o autor a cenogra�a foi protagonista absoluta.
Em relação à cenogra�a as propostas eram efeitos cromáticos e novamente a
ideia de movimento. Além disso, o cenógrafo futurista acreditava que a
plateia poderia fazer parte da cena.
A participação e visão da plateia eram limitadas, eles acreditavam
que uma solução para esse problema seria a plateia fazer parte do
espetáculo e entrasse em ação no palco. Isso daria a mesma
importância dos atores para os espectadores no espetáculo. Esse
movimento de expandir a participação era re�exo do princípio de
direitos iguais, forte do movimento futurista (MAIA; MUNIZ, 2018, p.
9).
As cenas estáticas seriam substituídas por elementos luminosos e que se
movimentassem. Segundo Tinterri (2010, p. 5) o manifesto A atmosfera cénica
futurista foi publicado em 1924, por Prampolini. Esse manifesto orientaria as
produções cênicas futuristas.
Nesse manifesto, Prampolini proclama o que ele chama de “espaço como
uma individualidade cénica”. “Num aspecto especí�co o Futurismo antecipa
técnicas inovadoras, como o happening, quando sai do espaço do teatro
convencional para transferir a sua acção para as galerias de arte
contemporânea” (TINTERRI, 2010, p. 3).
Bauhaus
A Bauhaus foi a primeira escola de design do mundo. Fundada em 1919, na
Alemanha, ela tinha como �loso�a uni�car disciplinas como arquitetura,
escultura, pintura e design aos fazeres manuais, tapeçaria e artesanato.
A Bauhaus acabou se tornando muito mais que uma escola. Hoje, ela tem
uma enorme importância e in�uência e se tornou sinônimo de um grande
movimento artístico. Os artistas pregavam a ligação entre o artesanato e a
arte, tinham in�uência do construtivismo e pensavam na funcionalidade de
um produto. A Bauhaus provou que a preocupação com a funcionalidade deum produto não impede do mesmo de ter boa aparência e ser divertido. A
forma segue a função era um de seus princípios.
Figura 2.6. Balé Triádico de Schlemper 
Fonte: Goesseln / Wikimedia Commons.
O teatro da Bauhaus foi marcado pelo abstrato, uso de formas geométricas e
pela relação entre os corpos dos atores e o lugar. Schlemper, professor da
Bauhaus, cria o famoso “Balé Triádico” no ano de 1922. “Os estudos de
Schlemper o afastaram das representações realistas, suas ideias idealizavam
novo ser humano” (URSSI, 2006, p. 55). Em seus estudos, o professor se
utilizava das formas geométricas para restringir movimentos livres do corpo
humano.
praticar
Vamos Praticar
)  Leia o trecho a seguir:
A realidade aumentada é uma grande aliada para expandir as
sensações em espetáculos, como em shows, cinemas, televisões,
apresentações de dança e musicais. Porém, especialmente para o
teatro, onde há a forte presença do ator, a realidade aumentada entra
como uma ferramenta de amplitude ao permitir a comunicação entre
os personagens do mundo real com seres e objetos do mundo virtual,
possibilitando a interação e hibridização dos ambientes (MAIA; MUNIZ,
2018, p. 10).
MAIA, H. G.; MUNIZ, E. S. Novos caminhos para a cenogra�a diante da evolução
tecnológica: o teatro e a realidade aumentada. Rev. Tecnologia , Fortaleza, v. 39, n.
1, 2018. Disponível em: https://periodicos.unifor.br/tec/article/view/6706 . Acesso
em: 17 nov. 2019.
O texto aborda a questão da utilização da realidade aumentada na cenogra�a. A
busca do cenógrafo pela participação da plateia no espetáculo tem início no(a):
a) Futurismo.
b) Renascimento.
c) Bauhaus.
d) Expressionismo.
e) Barroco.
https://periodicos.unifor.br/tec/article/view/6706
indi cações
Material
Complementar
L I VRO
Narrativa cinematográ�ica: contando
histórias com imagens em movimento
Jennifer Van Sijll
Editora: WMF Martins Fontes
ISBN: 8546901376
Comentário: o livro traz re�exões práticas sobre a
linguagem do cinema. Jennifer Van Sijll pega exemplos
ao longo da história do cinema e comenta como as
imagens podem originar sentimentos ao espectador. A
autora fala sobre 100 “convenções” utilizadas pelo
cinema, dentre elas temos alguns exemplos como:
efeitos sonoros, transições de cena, espaço, dentre
outros. É um ótimo livro para mergulhar e perceber o
cinema como linguagem e nos fazer re�etir sobre o
assunto.
F I LME
Shakespeare apaixonado
Ano: 1998
Comentário: o �lme conta uma história �ctícia de um
astro do teatro, que está sofrendo um bloqueio criativo
e conhece uma jovem que deseja ser atriz. A história se
passa no século 16, época em que uma mulher não
poderia ser atriz. Os dois vivem uma história de amor.
O �lme é interessante, pois retrata como era o teatro
elisabetano.
TRAILER
conclus ão
Conclusão
Foi possível observar, no conteúdo, que a cenogra�a sofreu diversas
mudanças ao longo da história. Vemos que, hoje, ela é fruto de várias
transformações na sociedade e nas encenações entre as pessoas. O teatro
clássico nos trouxe a primeira ideia do que seria o cenário como temos hoje.
Passando por outros movimentos vemos que a cenogra�a foi in�uenciada
pela mitologia e pela Igreja Católica. Além disso, vimos que o cenário
luxuoso nem sempre é o objetivo de um cenógrafo. Já as vanguardas do
século 20 nos apontam para o futuro: um cenário inovador, imersivo e
interativo. A função do cenário pode ter mudado ao longo dos anos, porém,
seu objetivo sempre é fazer parte da encenação e associar-se à interação
entre o espectador e o espetáculo.
re f erências
Referências
Bibliográ�cas
BARATTO, R. Como a arquitetura fala com o cinema. Archdaily , mar. 2017.
Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/867865/como-a-arquitetura-
fala-com-o-cinema . Acesso em: 28 nov. 2019.
https://www.archdaily.com.br/br/867865/como-a-arquitetura-fala-com-o-cinema
CAMPELLO NETO, A. H.; VIANA, F. Introdução histórica sobre cenogra�a :
os primeiros rascunhos. São Paulo: Fausto Viana, 2010.
CERRI, V. C. Os aparelhadores de cenas e a preceituação da prática cênica
: uma re�exão sobre a obra de Sebastiano Serlio. Tese (Doutorado em
Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2011.
LATORRE, A. S. C.; MALANGA, E. B. Cenogra�a: uma história em construção.
Arterevista , v. 1, n. 1, p. 1-25, jan.-jun. 2013.
MAIA, H. G.; MUNIZ, E. S. Novos caminhos para a cenogra�a diante da
evolução tecnológica: o teatro e a realidade aumentada. Rev. Tecnologia ,
Fortaleza, v. 39, n. 1, 2018. Disponível em:
https://periodicos.unifor.br/tec/article/view/6706 . Acesso em: 17 nov. 2019.
SILVA, M. O cinema expressionista alemão. Revista Urutágua , Maringá,
ago./set./out./nov. 2006. Disponível em:
http://www.urutagua.uem.br/010/10silva.htm . Acesso em: 28 nov. 2019.
TINTERRI, A. Futuristas na ribalta: dos joelhos para baixo. Sinais de cena , n.
13, jun. 2010. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/sdc/article/view/13228 .
Acesso em: 28 nov. 2019.
VASCONCELOS, Y. O que foi o Coliseu de Roma? Superinteressante , jul.
2018. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-foi-o-
coliseu-de-roma/ . Acesso em: 28 nov. 2019.
URSSI, N. J. A linguagem cenográ�ca . Dissertação (Mestrado em Artes) –
Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
https://periodicos.unifor.br/tec/article/view/6706
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https://revistas.rcaap.pt/sdc/article/view/13228
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