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FONTES DO PROCESSO DO TRABALHO Conceito: fontes do processo do trabalho refere-se de onde surgem as regras do processo trabalhistas para a aplicação no mundo fático. Elas podem ser: ➔ Materiais: as fontes materiais são aquelas decorrentes dos fatos sociais reiterados e importantes, ou seja, são fatos políticos, econômicos, sociais, culturais de grande relevância para a produção do direito positivo. Ex.: jurisprudência e doutrina. ➔ Formais: são as leis, as regras positivadas, determinadas pelo poder público. Ex.: leis, decretos, etc. Principais fontes do processo do trabalho: ● Constituição Federal - de extrema importância não só para o processo trabalhista, mas para todos os outros ramos do direito. Ela estabelece as regras de competência, a estrutura da Justiça do Trabalho e outras regras e princípios constitucionais que regem o direito brasileiro. ● Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT): É a nossa fonte principal, da qual decorre as regras e os princípios especiais aplicáveis ao processo do trabalho; ● Lei nº 5584/70: é a lei que estabelece o rito sumário do processo trabalhista para ações de até 2 salários mínimos; ● Código de Processo Civil (CPC): Outra fonte importantíssima para o estudo do direito processual do trabalho, tendo em vista que o CPC é nossa fonte subsidiária e supletiva, pois, reconhece-se que há omissões e lacunas na CLT que devem ser sanadas e supridas pelo procedimento comum. À vista disso, é importante destacar que, para que seja aplicável, é necessário haver a omissão na norma específica e compatibilidade com os princípios e regras da JT. ❖ No que se refere à existência de lacunas, é válido destacar que, além das lacunas normativas, há lacunas: - ontológicas: são aquelas lacunas que, embora haja a norma na CLT, ela está “desatualizada”, não há contemporaneidade e, portanto, deve-se buscar norma que seja aplicável; - axiológicas: são aquelas normas da CLT, as quais não tem um valor social aplicável ao caso concreto, ou seja, se houver uma norma no processo comum que tenha uma aplicação mais justa e satisfatória ao processo, será esta utilizada em detrimento daquela. ● Lei nº 6830/80: esta é a lei de execução fiscal, sua aplicação no processo do trabalho se dá na fase de execução.Embora o procedimento comum seja aplicável ao processo do trabalho de forma subsidiária/supletiva, quando se trata da fase de execução, ele não aplicado de imediato, mas sim, a lei de execução fiscal. Isso se dá pois a lei confere uma proteção maior à Fazenda Pública (aquele que executa, o que na JT equivale - geralmente- ao trabalhador, o exequente), em detrimento do contribuinte (geralmente, o empregador, o executado), por este motivo, ela é aplicada diretamente ao processo trabalhista quando há omissão/lacuna na CLT e, havendo a falta, incompletude tanto na clt quanto na lei de execução fiscal, usa-se o procedimento comum do nosso CPC. ● Lei complementar nº 6830/80: É a lei que rege o Ministério Público do Trabalho, sendo de extrema importância na atuação da defesa dos direitos transindividuais trabalhistas. ● Súmulas vinculantes do STF, Súmulas do TST, Orientações Jurisprudenciais do TST: Todos estes são fontes do processo do trabalho e atuam para dar orientação/ interpretação e uniformização na aplicação do direito.
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