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COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D PROFESSORES Esp. Evandro G. Perin Esp. Rodrigo Barbosa de Abreu Esp. Sérgio Gomes COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 2 DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho, Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha, Direção de Operações Chrystiano Mincoff, Direção de Polos Próprios James Prestes, Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida, Direção de Relacionamento Alessandra Baron, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo, Coordenador(a) de Conteúdo Larissa Camargo, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração Thayla Daiany Guimarães Cripaldi, Designer Educacional Ana Claudia Salvadego, Marcus Vinicius Almeida da Silva Machado, Qualidade Textual Hellyery Agda, Revisão Textual Yara Dias, Ana Carolina de Abreu, Ilustração Bruno Pardinho, Marta Kakitani Fotos Shutterstock. C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; PERIN, Evandro G.; GOMES, Sérgio; ABREU, Rodrigo Barbosa de. Computação Gráfica 2D. Evandro G. Perin; Sérgio Gomes; Rodrigo Barbosa de Abreu. (Reimpressão) Maringá - PR.:UniCesumar, 2019. 200p. “Graduação em Design - EaD”. 1.Informática . 2. Computação Gráfica 2D. 3. Design EaD. I. Título. CDD - 22ª Ed. 760 CIP - NBR 12899 - AACR/2 ISBN 978-85-459-0524-0 NEAD Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos nossos fará grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universitário Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar almeja ser reconhecida como uma instituição universitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação continuada. Wilson Matos da Silva Reitor da Unicesumar boas-vindas Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Comunidade do Conhecimento. Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atemporal, global, democratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais. De fato, as tecnologias de informação e comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da educação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram a informação e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos. A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está disponível. Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância (EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. Willian V. K. de Matos Silva Pró-Reitor da Unicesumar EaD Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, contribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica. boas-vindas Débora do Nascimento Leite Diretoria de Design Educacional Janes Fidélis Tomelin Pró-Reitor de Ensino de EAD Kátia Solange Coelho Diretoria de Graduação e Pós-graduação Leonardo Spaine Diretoria de Permanência CURRÍCULO DOS PROFESSORES Rodrigo Barbosa de Abreu Possui especialização em Arquitetura e Pós-Modernidade (Projeto Arquitetônico) pela Uni- versidade Estadual de Londrina (UEL/2009). Graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (CESUMAR/2007). Atualmente, trabalha como pro- fi ssional liberal com escritório próprio e também é docentenos cursos de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo e Curso Superior de Tecnologia em Design de Interiores no Centro Universitário Cesumar (Unicesumar). http://lattes.cnpq.br/5515384605306449 Sérgio Gomes Possui graduação em Tecnologia em Design de Interiores pelo Centro Universitário Cesumar (Unicesumar/2014). Pós-graduando em projeto de interiores pela Unicesumar (2016). Me- cânico Industrial pelo Centro Tecnológico de Maringá (CTM SENAI/2010). Hoje, possui seu próprio escritório de Design de Interiores. Membro fundador e conselho fi scal da Associação dos designers de interiores do Paraná (ADINPR). Em processo de desenvolvimento de um projeto de poltrona para leitura em parceria com a Star Mobile, indústria de estofados do Rio grande do Sul, produto registrado no órgão INPI. Evandro Gozzo Perin Possui especialização em V-ray pela Faculdade Melies de São Paulo (2016). Graduação em Tecnologia em Design de Interiores pelo Centro Universitário Cesumar (Unicesumar/2013). Professor durante 3 anos na escola Oráculo Cursos (2016). Trabalha com AutoCAD desde 2008. Atualmente, possui um escritório home office em que presta serviços de maquetes eletrônicas, realidade virtual, vídeos institucionais, elaboração de projetos internos e con- sultoria em escritórios de Arquitetura e Design. Possui conhecimento em uma vasta área de softwares, como 3Ds max, V-ray, AutoCAD, Corel Draw, Photoshop. Ministrou em sociedade palestras e eventos relacionados a Arquitetura e Design em faculdades como Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Unicesumar. www.linkedin.com/in/evandro-g-perin-777969124 apresentação do material COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D Rodrigo Barbosa de Abreu; Sérgio Gomes; Evandro G. Perin Olá, aluno(a). Seja bem-vindo(a) à disciplina de Computação Gráfica 2D, de- senvolvida por uma equipe de formação heterogênea, apresentada, aqui, pe- los professores Rodrigo Barbosa de Abreu, Sérgio Gomes e Evandro G. Perin. O material contido neste livro tem o objetivo de treiná-lo(a) para que se torne um(a) profissional com as habilidades necessárias que o mercado de trabalho exige. A utilização de programas de computador é uma realidade inegável em diversos escritórios de design, e, ao menos, o conhecimento de como os programas podem ser utilizados não o(a) deixará atrasado(a) em relação aos demais profissionais. Para isso, iremos apresentar um dos programas mais utilizados no mercado mundial, o AutoCAD. Por mais que novos programas surjam e outros sejam utilizados por al- guns escritórios e profissionais, o AutoCAD é um software reconhecidamente como essencial para desenhos simples e complexos, que pode substituir o moroso processo de fazer os desenhos técnicos de forma manual. Esse programa é fundamental não só para o Design de Interiores, mas é utilizado também por arquitetos, engenheiros, in- ventores e outros entusiastas que têm o desenho técnico como ferramenta de trabalho. A princípio, o AutoCAD pode parecer complexo, contudo, se você seguir todas as orientações, indicações e instruções contidas neste livro, certamente irá se tornar um(a) profissional com um conhecimento satisfatório, além do básico, tão neces- sário no mercado de trabalho. Caso deseje se qualificar mais com esses programas de desenho técnico e computação gráfica de forma geral, não deixe de praticar diariamente, se aprimorar com cursos extracurriculares e assistir as vídeo aulas. Na unidade I, aprenderemos o que, afinal, é a disciplina de Computação Gráfica 2D e todo o processo de instalação do programa. Na unidade II, apresentaremos os primeiros passos dentro do programa, para que você aprenda os comandos iniciais para o uso do AutoCAD. Seguidamente, na unidade III, daremos início ao processo de desenhar com o uso de software, demonstrando como abrir um novo arquivo, salvar e fechar, assim como se realiza os desenhos de linhas e formas. Na unidade IV, aprofundaremos mais nos processos do desenho, incluindo a inserção de textos, de blocos, como dimensionar e, ainda, como trabalhar com layers e inserir imagens externas. Finalizando o livro, chegaremos à unidade V, apresentando a impressão de projetos, como preparar as pranchas e todas as ações necessárias para transformar o projeto em algo concreto, no papel, para ser apresentado. Boa leitura! sumário UNIDADE I AUTOCAD E A COMPUTAÇÃO GRÁFICA 16 Introdução à Disciplina 18 Introdução ao Programa 21 Família de Programas da Autodesk 24 Baixando o AutoCAD 2017 30 Instalando o Programa 36 Considerações Finais UNIDADE II AMBIENTE E INTRODUÇÃO 48 Apresentação do Programa 52 Espaço de Trabalho 61 Teclado e Mouse 65 Comandos Básicos e de Visualização 68 Considerações Finais UNIDADE III INICIANDO UM DESENHO 80 Iniciar, Salvar e Abrir um Desenho 86 Desenhando Linhas e Formas Geométricas 99 Visualização do Desenho 104 Precisão 108 Considerações Finais UNIDADE IV FERRAMENTAS TÉCNICAS 122 Textos 128 Sistemas de Cotas 141 Blocos 145 Layers e Cores 149 Arquivos Externos 152 Considerações Finais UNIDADE V FINALIZANDO UM PROJETO NO AUTOCAD 164 Criando uma Folha de Prancha 177 Criando Viewport 186 Comando Plot 189 Confi gurando uma Pena 192 Considerações Finais 197 Conclusão Geral Professor Esp. Rodrigo Barbosa de Abreu Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Introdução à disciplina • Introdução ao programa • Família de programas da Autodesk • Baixando o AutoCAD 2017 • Instalando o programa Objetivos de Aprendizagem • Apresentar a disciplina e o programa. • Mostrar a importância do AutoCAD como ferramenta de desenho. • Apresentar os outros programas CAD desenvolvidos pela mesma empresa. • Mostrar o passo a passo da instalação do programa. AUTOCAD E A COMPUTAÇÃO GRÁFICA I unidade INTRODUÇÃO Olá, caro(a) aluno(a). Seja bem-vindo(a)! Nesta unidade, iremos apren- der como passar o desenho técnico, feito à mão, para o computador e po- der traduzir suas ideias iniciais em desenhos de qualidade e desempenho. O desenho, com o auxílio de software do tipo CAD, é uma realidade de mercado. A própria sigla CAD significa, traduzida do inglês, desenhar ou projetar com a ajuda do computador (Computer Aided Design). Com inúmeras vantagens em detrimento do desenho manual, a velocidade de execução de desenhos e projetos aumentou exponencialmente nas últi- mas décadas. O termo CAD se tornou tão presente que os projetistas que utilizam essa ferramenta, hoje, são chamados de cadistas. Os ambientes computacionais são ferramentas indispensáveis para o processo de criação, desenvolvimento, apresentação e representação das formas e do espaço a ser projetado. Existem diversos dispositivos de hardware e softwares dedicados que auxiliam o designer a desenvolver suas atividades com melhores resultados. Para os projetos de design de interiores, o AutoCAD é o programa mais utilizado em se tratando de representações gráficas computacionais bidimensionais. Esse programa é da empresa AutoDesk, que disponibi- liza outros softwares de representação aplicados a outras simulações, e, nesta unidade do livro, apresentaremos essa empresa, assim como esses programas, para que você compreenda mais a respeito. Nesta primeira unidade, também ensinaremos a você, aluno(a), o passo a passo da instalação do programa, que dispõe de uma versão gra- tuita para estudantes, que, mesmo não possuindo todas as ferramentas existentes do programa, atende a todas as necessidades que você, como designer de interiores, terá para a elaboração de seus projetos. Desejamos que, a partir de agora, você entenda o AutoCAD como uma ferramenta de trabalho e que o seu uso venha facilitar suas represen- tações, tornando seu trabalho mais dinâmico e de qualidade profissional! Bons estudos! COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 16 Introdução à Disciplina Afinal, o que é Representação Gráfica? O que é 2D? A partir de agora, essas e outras expressões farão parte do seu vocabulário, em especial quando esti-ver conversando com outros profissionais da área ou mesmo seus parceiros e fornecedores. Conhecer não só as expressões, mas como funcionam os progra- mas, é fundamental para quem busca excelência nos desenhos e projetos. Atualmente, a computação gráfica não é mais um produto voltado a pequenos nichos de mercado nas mãos de poucos profissionais, essa é uma cons- tante em diversos setores como em imagens publici- tárias, vinhetas de televisão e internet, videogames, cinema, só para citar como exemplos, são todos pro- duzidos por diversos softwares em computadores pessoais. DESIGN 17 Porém foi justamente a elaboração de projetos e desenhos técnicos um dos pioneiros nas aplicações da computação gráfica e, em pouco tempo, junto com a evolução de máquinas capazes de processar cada vez mais dados que uma geração anterior, esses programas se tornaram populares entre os escritó- rios de engenharia, arquitetura e design, transfor- mando-se em um dispositivo capaz de alterar a pro- dutividade, velocidade e qualidade dos projetos. Embora seja comum, os desenhos feitos em computadores não são necessariamente produzidos em uma velocidade maior do que se fossem feitos utilizando instrumentos tradicionais de desenhos, como esquadros, compassos e réguas T, por exem- plo. No entanto os projetos desenvolvidos nos pro- gramas de computação gráfica, como o AutoCAD, oferecem diversos outros benefícios que economi- zam muito mais tempo, por exemplo, além da pre- cisão, há recursos de cópias, modificações e edições de desenho que, se fossem feitos à mão, poderiam tornar o processo de desenhar muito mais demora- do (RIBEIRO, 2013). Para Ribeiro (2013), o AutoCAD não é somente uma ferramenta de desenho, mas um instrumento para gerar um projeto utilizando um computador. Ele permite ao projetista simular rapidamente dife- rentes opções de projeto, para ver se funcionam ou não, também proporciona uma rápida transmissão e disponibilização dos desenhos, além de poder criar uma biblioteca de desenhos que, além de economi- zar tempo em projetos futuros, deixa todos os pro- cessos muito mais automatizados. Antes da computação gráfica, as empresas pre- cisaram dispor de grandes áreas, nas quais eram instaladas grandes pranchetas e mesas de desenhos. Além disso, eram necessárias muitas pessoas para o desenvolvimento da atividade, considerando que o trabalho manual acaba por demandar de mais tem- po e mão de obra. Em contrapartida, no caso de de- senhistas com a utilização de computadores, as áreas necessárias são menores, uma vez que computado- res ocupam espaços cada vez menores, assim como um número menor de pessoas tem a mesma função, já que o uso de softwares facilita a atividade. Antes de começar a projetar utilizando progra- mas CAD, é necessário que você tenha conhecimen- tos prévios de desenho técnico, entendendo escala, normas e esquemas de representação, assim como a forma de representar determinados elementos, por isso, inclusive, que você primeiro passou pela disci- plina de desenho técnico. Além disso, é necessário, também, conhecimentos de geometria, já que, para algumas situações de uso do programa, são utiliza- dos termos e parâmetros da área. NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 18 De acordo com Reis (on-line)1, o computador é uma ferramenta recente para o homem e apresenta mui- tos resultados positivos quando utilizado pelas mais diversas áreas. Existem diferentes tipos de compu- tadores, para as diferentes finalidades, e nem todos se parecem com o nosso computador de casa ou mesmo como o notebook. Um desses casos são os CNC (Controle Numérico Computadorizado) que, por serem destinados exclusivamente à moldagem de peças pela indústria, possuem uma forma muito diferente dos computadores como conhecemos. Para o design de interiores, os computadores são essenciais, e programas CAD (desenho assistido por computador) surgem a todo momento para respon- der às necessidades cada vez mais exigentes de de- signers e outros profissionais da área. Como afirma Cleber Reis (on-line)1: O uso de computador para a representação grá- fica de projetos em 2D e 3D proporcionam uma qualidade técnica de perfeição e exatidão que os desenhos manuais não apresentam, o que facilita ao atendimento para a execução desses projetos posteriormente, além de simplificar a visualização por parte dos clientes. Introdução ao Programa Para Reis (on-line)1, programas CAD surgem para atender às demandas de engenheiros, arquitetos e designers. O próprio AutoCAD desponta por ser o mais utilizado por profissionais em todo o mundo, proporcionando qualidade nos desenhos técnicos e ferramentas ideais para concluir essas representações gráficas em menos tempo. Sendo assim, o AutoCAD é reconhecido por mercados da construção civil ao redor do pla- neta como o melhor e mais adequado programa para ajudar seus profissionais na produção dos desenhos técnicos de computador, seja em plan- tas, cortes etc., utilizando ferramentas 2D (bidi- mensionais), seja em maquetes virtuais 3D (tridi- mensionais). Esse programa ainda demonstra sua versatilidade podendo fazer desenhos desde pe- quenas peças até planejamentos urbanos e gran- des construções. Por meio do software, é possível construir seus trabalhos com segurança, além de trazer uma maior produtividade para os usuários, já que a fer- ramenta permite executar algumas ações de forma mais simples, rápida, porém com qualidade. NATÁLIA RODRIGUES NATÁLIA RODRIGUES DESIGN 19 Figura 1 - Computador CNC COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 20 Figura 2 - AutoCAD com desenho 2D Fonte: os autores. Figura 3 - AutoCAD produzindo um projeto tridimensional Fonte: os autores. DESIGN 21 Criado e comercializado pela Autodesk des- de 1982, o AutoCAD é utilizado, principal- mente, para a elaboração de peças de dese- nho técnico em duas dimensões (2D) mas também pode ser utilizado para criação de modelos tridimensionais (3D). Fonte: os autores. SAIBA MAIS A Autodesk apresentou o AutoCAD (que, inicial- mente, era conhecido como MicroCAD) na feira de informática COMDEX de 1982. E, desde en- tão, diversos outros produtos se originaram do AutoCAD e acabaram recebendo nomes próprios. Além disso a Autodesk passou a adquirir soft wares concorrentes, aumentando ainda mais a gama de serviços e programas. Mesmo que, anualmente, dezenas de empresas criem diversos soft wares para desenhos CAD, é ine- gável reconhecer a Autodesk como líder mundial em soluções de programas de projetos, integrando 2D e 3D baseados em modelos para as áreas de ma- nufatura, infraestrutura, construção, mídia e entre- tenimento. Desde a introdução do AutoCAD, em 1982, a Autodesk vem auxiliando os projetistas a visualizar e experimentar suas ideias antes que se tornem realidade. Com sede em San Rafael, na Califórnia, a Au- todesk foi fundada em 1982, e, desde 1994, possui escritório no Brasil. De acordo com informações no site da empresa, as soluções disponibilizadas por seus soft wares são únicas no mundo, por isso, o grande interesse e difusão, ainda mais pelo fato de que eles oferecem não apenas meios de representa- ção de projetos, mas também possibilidades e su- portes de compartilhamento seguro. Família de Programas da Autodesk Figura 4 - Página da Autodesk Brasil dedicada aos programas CAD Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 22 Figura 5 - Diversos programas no site da Autodesk Fonte: os autores. Figura 6 - Cena do fi lme Avatar de 2009, programado por MAYA Fonte: RMC (2016, on-line)2. 23 AutoCAD – o mais utilizado em todo o mundo por profi ssionais que dese- jam obter um desenho técnico ou alguma representação gráfi ca em 2D com ótima qualidade. AutoCAD Mechanical – baseado no AutoCAD, o Mechanical é mais direcio- nado à indústria metal mecânica, para desenhose modelagem de peças de va- riadas formas e tamanhos. AutoCAD Electrical – assim com o Mechanical, o Electrical também foi criado a partir da plataforma tradicional do AutoCAD. Voltado para enge- nheiros eletricistas e profi ssionais que trabalham com sistemas elétricos e automação predial. Maya - muito utilizado por empresas que prestam serviços estúdios e produto- ras de cinema e televisão, o Maya é um incrível programa voltado a animação e imagens 3D. Filmes de muito sucesso, como Avatar, de James Cameron, e Star Wars Episódio II - O Ataque dos Clones, de George Lucas. Até mesmo jogos eletrônicos são desenvolvidos por meio desse programa. AutoCAD Inventor Suite – outro programa criado a partir do AutoCAD, o Inventor Suite foi criado para o desenvolvimento de sistemas complexos da indústria metal mecânica, como motores, por exemplo. Revit - o último e mais moderno soft ware concebido pela AutoDesk. O Re- vit é um programa voltado para a integração de desenhos da construção ci- vil, e isso só é possível por meio do modelo conhecido como BIM, Bulding Information Modeling (Modelagem da Informação da Construção). Por meio dele, arquitetos e engenheiros conseguem produzir representações arquitetô- nicas, estruturais, de sistemas hidráulicos etc. em um só desenho. Algumas teorias indicam que, em alguns anos, ele irá substituir o AutoCAD. Programas da Autodesk Ainda de acordo com informações do site da própria empresa, são diferentes pro- gramas, criados para atenderem a diferentes situações e necessidades das mais diversas áreas de criação. São eles: 24 COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D Caro(a) aluno(a), neste tópico, vamos visitar o site da desenvolvedora do AutoCAD e des- cobrir como faremos para baixar o programa que queremos. É importante saber que, para isso, é necessário o acesso à internet e uma conta de e-mail ativa. O sistema operacional utilizado neste tópico é o Windows 10, mas não se preocupe caso você possua uma versão anterior, a versão do AutoCAD utilizada aqui serve até para o Windows Vista, se a sua versão for Windows XP ou anterior, aconselhamos que você atualize seu sistema operacional. É muito importante, também, saber qual o seu processador, se ele é 64 bits ou 32 bits. Isso defi nirá, também, se o seu Windows ou é 32 ou 64, e, dependendo do que for, você escolherá a mes- ma versão de processador para baixar o AutoCAD. Além disso, seu com- putador precisa ter, pelo menos, 5Gb (cinco gigabytes) livres no Hard Disk (HD) para a instalação do programa. A versão do AutoCAD que será baixada e instalada é a 2017. A primeira coisa que deverá ser feita é acessar o site da Auto- desk1, que é a empresa responsável pela criação do AutoCAD. Após entrar no site, pode descer a barra de rolagem até a tela apresentada a seguir. 1 Disponível em: <www.autodesk.com.br>. Baixando o AutoCAD 2017 DESIGN 25 Você sabe utilizar comandos básicos do computador, como criação de pastas, abertura e fechamento de programas, salvamento de arquivos, entre outros? Eles são essenciais para a utilização de qualquer software, inclusive, AutoCAD. REFLITA Figura 7 - Página inicial Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 26 Aqui, há a opção “soft ware gratuito para estudantes”, clique em “obter o soft ware”, e iremos entrar na página apresentada a seguir: Figura 8 - Página soft wares livres para educação Fonte: os autores. Além do AutoCAD, estão listados, também, outros programas que a Autodesk oferece gratuitamente aos estudantes, como o 3DS Max e o Revit. Mas o programa que desejamos, neste momento, é o Auto- CAD, portanto pode clicar sobre o ícone dele. Ao escolher o programa, uma nova página será aberta, porém ela estará toda em inglês, não há op- ção de traduzi-la. Aqui, você tem duas opções, a pri- meira chamada “I have an account - sign in” signi- fi ca “eu tenho uma conta - acessar”, para o caso de você já ter criado uma conta na Autodesk. Caso você não tenha, pode acessar a segunda opção “I need an account - create account”, que por sua vez traduz-se como “eu preciso de uma conta - criar conta”, cli- cando sobre o “create account”, conforme mostra a imagem a seguir. DESIGN 27 Figura 9 - Criando uma conta Fonte: os autores. Após isso, você será direcionado a uma página em que deverá escolher o país que reside, sua função educacional, que você deverá escolher “student” (es- tudante) e sua data de nascimento que está disposta em mês, dia e ano. Depois de completo, pode clicar em “next” (próximo). A nova página será aquela em que você irá inse- rir seus dados para criar a conta Autodesk. Anote os dados que inserir, principalmente, a sua senha, sem ela, você não conseguirá baixar o programa. Em ordem de cima para baixo, os campos são os seguintes: primeiramente, nome; depois, sobreno- me; em seguida, o endereço de e-mail; depois, a sua senha; fi nalmente, confi rmar a senha. Nessa página, evite utilizar nome falso ou um apelido, também não coloque um e-mail inexistente, visto que, para con- cluir essa etapa, a Autodesk enviará um e-mail que será importante para a conclusão da conta. Para a senha, você poderá utilizar qualquer caracteres alfa numéricos. Ao terminar de preencher os campos, esco- lha a opção “I agree to the A360 Terms of Service, the Education Special Terms Terms and to the use of my personal information in accordance with the Autodesk Privacy Statement (including cross-border transfers as described in the statement)”, em que você concorda com os termos de serviço da Auto- desk, principalmente, os termos do serviço educa- cional, sem assinalar essa opção, não será possível criar a conta. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 28 Figura 10 - Acessando a conta Fonte: os autores. Um e-mail será enviado a você da Autodesk, no qual você deverá confi rmar seu e-mail. Abra-o e clique em “verify email”. Pronto! Sua conta já estará ativa, mas ainda falta mais um passo em que será solicita- do o nome da sua instituição de ensino, o seu curso e o ano de início e conclusão. Depois disso você, automaticamente, será dire- cionado à tela para baixar o programa. Clique em “download now” e será aberto um campo de opção em que você escolherá o produto que deseja. Em “version”, escolha AutoCAD 2017. Em “operational system”, escolha sua versão de Windows e processa- dor, 64 ou 32 bits. Finalizando, você escolherá o idio- ma do AutoCAD, a opção a ser escolhida é “english” (inglês). Não escolha a opção “português”, pois isso pode dar confl ito entre os comandos que iremos utilizar para os desenhos. Após especifi car todos os campos, clique em “install now” (instalar agora). Será aberta uma janela na qual estarão todos os termos de serviços e licenças que a Autodesk te ofe- rece (em inglês). Para continuar, clique em “I accept” (eu aceito) e, em seguida, “install” (instalar). DESIGN 29 Figura 11 - Escolhendo programa e versão Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 30 Instalando o Programa Para instalar o programa basta clicar no arquivo que apareceu como download, conforme demonstra a imagem a seguir: Figura 12 - Baixando o arquivo de instalação Fonte: os autores. Para começar a instalação, clique em “install - install on this computer” (instalar - instalar neste computador). Na próxima janela, clique em “install” novamen- te, e o AutoCAD 2017 será totalmente instalado no seu computador. A duração do processo de instalação pode variar de acordo com as confi gurações entre os computadores e a velocidade do serviço de internet, mas, de modo geral, fi ca em torno de 50 minutos. Além do AutoCAD, será instalado, automati- camente, outros programas que podem auxiliar os seus desenhos e projetos, como o 360 Desktop, que salva seus desenhos nas nuvens, e o Autodesk Recap 360, que consegue fazer modelos tridimensionais a partir de fotografi as. DESIGN 31 Figura 13 - Tela inicial de instalação Fonte: os autores. Figura 14 - Tela secundária de instalação Fonte: os autores.COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 32 Na fi gura anterior, não precisa fazer alteração nenhuma, basta clicar em install (instalar). A seguir, o programa de instala- ção vai fazer o download e a instalação au- tomática do AutoCAD, observe que, além do programa principal, ele instala, também, programas adicionais de auxílio chamados de plugins, conforme pode ser visto na Fi- gura 15. Nessa fase, a tela de instalação fi - cará alternando algumas imagens abstratas feitas pelo próprio soft ware. Após a conclusão da instalação, a tela deverá aparecer como na Figura 16, mos- trando, por meio de um visto verde ao lado dos nomes soft wares, que os programas fo- ram instalados com sucesso. Para começar a utilizar o AutoCAD, basta clicar em “Laun- ch Now” (começar agora). Figura 15: Tela de instalação do AutoCAD 2017 e plugins Fonte: os autores. Figura 16 - Tela de conclusão da instalação Fonte: os autores. DESIGN 33 Ao término da instalação, o programa poderá ser inicializado automaticamente e carregado pela primeira vez. Nesse mo- mento, aparecerá uma tela dizendo que os arquivos com extensões .dwg são os arquivos para AutoCAD, e que somente esse programa pode abri-los, conforme é mostrado na Figura 17. A primeira opção, “Always reassociate DWG fi les with Auto- CAD (recommended)” (Sempre reassociar arquivos DWG com o AutoCAD), deve ser escolhida. Figura 18 - Associando os arquivos .dwg com o AutoCAD 2017 Fonte: os autores. Figura 17 - Tela de inicialização do programa Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 34 O último passo antes de o programa estar aberto e disponível para uso será a verifi cação de autenticidade da licença de uso do programa, conforme mostrado na Figura 19. Para isso acontecer, deve ser clicado so- bre a opção “I agree” (eu concordo), caso você cancele a operação, ele não abrirá o programa. Se você obe- deceu corretamente as etapas durante o download do programa, ele estará tudo certo e abrirá o programa normalmente. Essa verifi cação é feita somente duran- te o primeiro uso, nas demais vezes que você abrir o AutoCAD, essa verifi cação não acontecerá mais. Depois disso, o programa abrirá e estará pron- to para começar os primeiros desenhos, como podemos observar na imagem que segue, porém isso veremos somente nas próximas unidades deste livro. É importante salientar que a licença de uso do programa tem a validade de 3 anos. Se, após esse tempo, você quiser renovar a licença, será necessá- rio adquirir o soft ware comprando-o. Outra opção seria criar uma nova conta de e-mail e, com ele, uma nova conta na Autodesk, para baixar novamente. Figura 19 - Verifi cação de autenticidade Fonte: os autores. DESIGN 35 Figura 20 - Área de trabalho do AutoCAD 2017 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 36 Considerações Finais Prezado(a) aluno(a), chegamos ao fim da primeira unidade do livro de Computação Gráfica 2D, na qual apresentamos a você toda a família Autodesk, em especial, o AutoCAD, o programa mais utili- zado para as representações bidimensionais em projetos de design de interiores. Importante que você baixe o programa e faça sua instalação, somente utilizando-o será possível realmente aprender a usar essa ferramenta de de- senho. Observe que tratei o software como uma ferramenta de desenho, e é assim que você deve entendê-lo, como um meio de desenhar e repre- sentar sua criação mais facilmente e, jamais, como ferramenta de criação. Como um(a) bom(a) designer, você utilizará de todo o embasamento fundamental do designer, e o desenho computacional é, apenas, um meio de representar toda a sua criação, de mostrar aos seus clientes e fornecedores a ideia, embasada em muita pesquisa, da sua criação. Caso você não tenha muita facilidade e inti- midade com os computadores, é importante, neste momento, conhecer um pouco mais e se familia- rizar com o manuseio básico, sendo indispensável saber salvar um arquivo, abri-lo e fechá-lo, acesso de usos com o teclado e mouse, ou seja, a interação mínima, para ao menos aprender a fazer a leitura de um projeto dentro do programa. Em sua futura prática profissional, será comum receber os projetos de seus clientes, vindo de escritó- rios de arquitetura, engenharia ou construtoras, no AutoCAD, então, mesmo que opte por elaborar seus desenhos de projetos à mão, é preciso, ao menos, sa- ber realizar a leitura dos projetos no software. Nas próximas unidades, agora que já conheceu e entendeu o que é CAD, você aprenderá a trabalhar com o programa, utilizando suas ferramentas bási- cas, desde os acessos iniciais. Se você tem maior faci- lidade, ou mesmo já trabalha com o AutoCAD, apro- veite para melhorar o seu uso e potencializar o acesso de ferramentas do programa ainda não conhecidas. 37 atividades de estudo 1. O programa AutoCAD é desenvolvido por uma empresa que, além dele, desenvolve outros softwares próprios para design. Qual o nome dessa empresa? a. Revit. b. Autodesk. c. AutoCAD Inc. d. Trimble. e. Microsoft. 2. De acordo com as assertivas a seguir. I. O primeiro programa criado pela Autodesk foi o AutoCAD em 1982. II. O AutoCAD foi base para diversos softwares desenvolvidos pela empresa desenvolvedora ao longo dos anos. III. AutoCAD, por ser um programa bidimensional, é capaz de produzir apenas projetos em 2D. IV. O AutoCAD substituiu completamente as técnicas de desenho manual. Assinale a alternativa correta: a. Apenas I e II estão corretas. b. Apenas II e III estão corretas. c. Apenas I está correta. d. Apenas II, III e IV estão corretas. e. Nenhuma das alternativas está correta. 38 atividades de estudo 3. De acordo com a instalação do programa AutoCAD 2017, assinale V para verdadeiro ou F para falso nas alternativas a seguir: ( ) Para a instalação do software AutoCAD 2017, não é necessário ter acesso à internet. ( ) A versão que deve ser instalada é chamada de AutoCAD LT em português. ( ) Antes de o programa ser aberto, ele solicitará uma associação de arquivos de extensão .dwg. ( ) Durante a instalação, o programa fará downloads de programas conhecidos como plugins. ( ) Após a conclusão da instalação do programa, o computador irá reiniciar automaticamente. a. F, V, V, F, F. b. V, F, V, F, F. c. F, V, V, F, V. d. F, F, V, V, F. e. V, V, F, V, F. 4. Vimos que a empresa que fabrica e fornece o AutoCAD também disponibiliza ao mercado outros softwares para diferentes tipos de desenhos. Quais dos programas a seguir são da mesma empresa do AutoCAD? I. Revit. II. Photoshop. III. AutoCAD Mechanical. IV. Maya. V. Corel Draw. a. Apenas I, II e III estão corretas. b. Apenas I, III e IV estão corretas. c. Apenas II, III, IV e V estão corretas. d. Apenas II e IV estão corretas. e. Todas as alternativas estão corretas. 5. Antes da criação do AutoCAD e diversos outros programas voltados para o desenho técnico, como era o cotidiano dos setores de desenho? 39 LEITURA COMPLEMENTAR O mercado profi ssional para Cadistas Estive lendo um artigo, em que uma grande empresa de arquitetura e engenharia informava a difi culdade em contratar Cadistas. Mas o que é isso? O Cadista é aquele profi ssional que trabalha com Auto- CAD, mesmo sem a formação superior em engenharia ou arquitetura. O Cadista efetua os desenhos solicitados pelos enge- nheiros ou arquitetos - muitas vezes eles são bem elabo- rados ou se apresentam no formato sketch (rascunho). Para ser um Cadista, não é necessário nível superior, já que muitos engenheiros e arquitetos estão exercendo essa função pela carência de profi ssionais no mercado. Como iniciar a carreira? Para se tornar um profi ssional nesse segmento, você precisa conhecer, em primeiro lugar, o desenho técnico. O desenho técnico, basicamente, trabalha com plantas baixas e algumas projeções tridimensionais. É uma ativi- dade manual que apoiada por régua, esquadros, trans- feridor e compasso, além da lapiseira, claro! Depois, você deve saber operar ou trabalharcom o AutoCAD (as instruções aprendidas no desenho técnico serão ampla- mente utilizadas no aplicativo). Após iniciar o aprendizado do AutoCAD, você precisará tomar uma decisão: seguir para a Engenharia Civil ou para a Engenharia Mecânica. Hoje, o mercado está mais carente na área de Engenharia Civil, principalmente pelo aquecimento no segmento graças aos eventos futuros que aqui serão realizados: Copa do Mundo e Olimpíadas. Aumentando os seus ganhos Após alguma experiência como Cadista, você poderá trabalhar em outro segmento em que a remuneração é maior: Maquete Eletrônica. A maquete eletrônica trabalha basicamente com a rea- lidade virtual, ou seja, um projeto de decoração de uma casa, escritório, consultório, ou até mesmo um projeto de um shopping, por exemplo, ou seja, pode ser visuali- zado antes mesmo do início das fundações. Para trabalhar com maquete eletrônica, além do Auto- CAD, você deverá conhecer outro programa da Auto- desk: o 3D Studio Max. E, se o foco for maquete eletrô- nica, você precisa aprender apenas um dos módulos dos treinamentos: aquele que aborda a utilização do produ- to. Claro que se você conhecer outros módulos – ilumi- nação, por exemplo - suas maquetes serão muito mais aprimoradas. Para ter um repertório sobre o assunto, é interessante ler alguns livros sobre arquitetura e também avaliar al- guns projetos em andamento, trocando em miúdos, res- pirar o ambiente de trabalho. Fonte: Engelmann ([2016], on-line)3. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 40 AutoCAD 2016: projetos em 2D Rosa Katori Editora: Senac Sinopse: com este livro, você aprenderá a criar projetos em 2D com o AutoCAD 2016, a reconhecida ferramenta de desenho técnico da Auto- Desk. Por meio de explicações detalhadas e atividades práticas passo a passo, os principais recursos do programa são abordados, e todo o conhecimento obtido ao longo dos treze capítulos converge para o desenvolvimento do projeto de uma casa, com o apoio de arqui- vos-modelo disponibilizados on-line. World Builder Ano: 2007 Sinopse: neste curta-metragem, um homem utiliza seus conhecimen- tos de informática e construção para criar uma cidade para uma miste- riosa mulher. Principais atalhos para acelerar seus desenhos Atalhos são a diferença na hora de fazer um trabalho com velocidade. Neste link, você conhe- cerá os principais atalhos para acelerar seus desenhos, feitos exclusivamente pela Autodesk. Acesse e confi ra! Disponível em: <http://static-ww.autodesk.net/content/dam/estore/customer-service/Auto- CAD_Shortcuts_11x8.5_MECH-REV.pdf>. 41 referências KATORI, R. AutoCAD 2016: projetos em 2D. São Paulo: Senac, 2015. RIBEIRO, A. C. Desenho técnico e AutoCAD. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. Referências On-Line 1Em: <http://plataformacad.com.br/importancia-do-AutoCAD/>. Acesso em: 18 out. 2016. 2Em: <http://www.portaldarmc.com.br/celebridades/2016/04/diretor-de-avatar-con- firma-outras-sequencias-para-o-filme-que-foi-um-dos-maiores-sucessos-do-cinema- -mundial/>. Acesso em: 18 out. 2016. 3Em: <https://www.impacta.com.br/blog/2011/05/16/o-mercado-profissional-para-ca- distas/>. Acesso em: 20 out. 2016. 42 gabarito 1. B. 2. A. 3. D. 4. B. 5. As áreas destinadas aos desenhistas, dentro de uma empresa, eram grandes, em função do espaço ocupado pelas pranchetas e mesas de desenho, e eram necessários muitos profissionais para a elaboração de um projeto que, hoje, é realizado por uma única pessoa, com o auxílio dos softwares de computador. Professor Esp. Sérgio Gomes Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Apresentação do programa • Espaço de trabalho • Teclado e mouse • Comandos básicos e de visualização Objetivos de Aprendizagem • Apresentar os parâmetros do programa e suas interfaces. • Visualizar o desenho na área gráfi ca e apresentar os atalhos e ferramentas do programa. • Ajustar as confi gurações do programa para melhor operá-lo. • Ensinar ao aluno a utilização de teclado e mouse para a elaboração de projetos do AutoCAD. AMBIENTE E INTRODUÇÃO II unidade INTRODUÇÃO Olá, caro(a) aluno(a). Seja bem-vindo(a)! Esta é a unidade II, na qual você irá conhecer mais sobre a ferramenta AutoCad e aprofundar o con- tato direto com o software. O AutoCAD é, sem dúvida, uma das mais utilizadas e eficientes ferramenta para detalhamento e representação de um projeto, como design de interiores, engenharia, programação, opera- ção de CNC, entre outros. Nesta unidade, abordaremos o Ambiente e Introdução do programa. Basicamente, você irá conhecer o software, espaço de trabalho ou área grá- fica, as reais funções do teclado e mouse, como cada um deles podem faci- litar na operação do programa e execução dos desenhos. Vamos configurar nossa área de trabalho mudando, por exemplo, a cor do plano de fundo do CAD e layout dele. Não que existam muitas opções de configurações do programa, já que o Autodesk, a partir da versão 2015, tornou a interface mais simples e objetiva que as versões anteriores. “A Autodesk desenvolve as tecnologias 2D e 3D, mais modernas, que possibilitam aos usuários ver, simular e analisar o desempenho de suas ideias sob condições realistas mais cedo no processo de projeto” (AUTODESK, [2016], on-line)1. Veremos co- mandos do programa e de visualização facilitando o seu dia a dia como de- signer, podendo, então, expressar suas ideias não só de forma estética visu- al, com ilustração 3D por exemplo, mas também de um modo mais técnico. O AutoCAD permite, por meio de parâmetros, como medidas/cotas, hierarquias, cortes, elevações, vistas e projeções, que um fabricante ou profissional a executar o seu projeto faça o mesmo sem qualquer proble- ma. Claro que executar um projeto com o máximo de sucesso não depen- de somente da ótima execução de um desenho gráfico em 2D, mas saber o necessário para expressar todas as informações possíveis minimizará o máximo de problemas oriundos de falta de informação, e você poderá entender, daqui em diante, de uma forma bem objetiva, os comandos básicos para iniciar os trabalhos e o reconhecimento do programa. Vamos em frente. Bons estudos! COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 48 Apresentação do Programa Olá, aluno(a). Finalmente, entraremos em contato direto com o software, conhecendo-o melhor e, as- sim, familiarizamo-nos a ele. O AutoCad, ou como costumamos dizer, o CAD, possui um ambiente de trabalho similar entre suas versões. Esta unidade abordará esse assunto apresentando as versões dele. Ao abrir o programa, o profissional ou o alu- no(a) que utilizou versões mais antigas encontrava uma área de trabalho branca, mas falaremos mais sobre esse assunto no próximo tópico. Desse modo, essa evolução e padronização permitem, tranqui- lamente, utilizarmos o programa em qualquer DESIGN 49 computador, de qualquer escritório, de diferentes países. Inclusive, o AutoCAD é uma ferramenta universal estruturado em idioma inglês. O softwa- re pode ser baixado em outras línguas também, o que pode dificultar os atalhos, considerando que os atalhos são pensados sempre em inglês e conside- rando que a base para operação do programa são os hardware teclado e mouse, quando se instala esse em português, os comandos de teclado mudam totalmente. Falaremos sobre os atalhos posterior- mente no livro. Compare agora, nas figuras a seguir, o que mu- dou de uma versão para a outra. A primeira figura representa a área de trabalho da versão 2014, e ob- serve que, nas três seguintes, versões 2015, 2016 e Figura 1 - Interface CADversão 2014: AutoCAD 2014 Fonte: os autores. 2017, não notamos grandes mudanças quanto a sua área gráfica, digamos que houve uma padronização no quesito “interface”. Nos AutoCAD mais antigos, logo após a instalação, tínhamos uma área gráfica totalmente fora dos padrões utilizados por muitos profissionais para operação no cotidiano, e, pensan- do nos usuários, a Autodesk passou a padronizar sua área gráfica/espaçode trabalho, facilitando a lingua- gem visual do software. Vejamos como pouco mudou entre uma versão e outra nas últimas três lançadas no mercado. Re- pare que, diferente da versão 2014, temos as novas versões com uma interface mais escura e temática, combinando com o espaço de trabalho tradicional em que serão executados os projetos. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 50 Figura 2 - Interface CAD 2015: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 3 - Interface CAD 2016: AutoCAD 2016 Fonte: os autores. DESIGN 51 Figura 4 - Interface CAD 2017: AutoCAD 2017 Fonte: os autores. Figura 5 - Interface escura: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Pois bem, caro(a) aluno(a), o motivo de escurecerem a “interface” da figura anterior não foi por acaso. O objetivo foi diminuir o contraste da área das ferra- mentas para o plano de trabalho, proporcionando maior conforto visual. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 52 O objetivo deste tópico é demonstrar toda a nos- sa área de trabalho do CAD, usarei muito o termo CAD para abreviar seu nome e tornar mais íntima a relação entre eu, professor, você, aluno(a), e o pro- grama. Nas confi gurações do espaço de trabalho, não são várias as possibilidades de personalizações, como já citado no tópico anterior, algumas áreas foram simplifi cadas para facilitar a busca por ferra- mentas e arquivos recentes. Na fi gura a seguir, a aba que aparecerá ao abrir o CAD, diferente das versões anteriores à 2015, você encontrará um espaço com algumas informações importantes para seguir até o ESPAÇO DE MODE- LO. Veja o passo a passo nas próximas fi guras. Espaço de Trabalho DESIGN 53 Figura 6 - Menu personalização: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 7 - Start Drawing: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 54 Observe, na figura anterior, o destaque na ja- nela Start Drawing, que traduzido significa Ini- ciar desenho. Essa opção o(a) levará para o es- paço de trabalho podendo, assim, dar início ao projeto em 2D. Na Figura 8, temos o Recent Documents (docu- mentos recentes). É possível, por essa janela, visua- lizar os documentos recentes, abri-los e até mesmo fixar clicando no botão superior à direita do arqui- vo. Essa opção de fixar utiliza-se para trabalhos lon- gos, como o detalhamento de um espaço Gourmet, que pode levar de duas a três semanas até ser finali- zado, fixando o projeto nessa aba, você pode ganhar agilidade na busca do arquivo. Ao fixar, observe na Figura 9 que o botão de fixação ficará na cor azul, indicando que o devido arquivo se manterá nessa área até que você o des- marque. Figura 8 - Recent Documents: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Sendo assim, vamos, inicialmente, clicar em Start Drawing, destacado anteriormente, para dar início e, finalmente, lidar direto com o ambiente de trabalho. Esse será o espaço do modelo (Model Space), apresentado na Figura 10, no qual você terá todas as possibilidades para especificar e detalhar suas ideias de modo preciso e eficaz. Note que, inicialmente, o espaço do modelo, ou espaço de trabalho, ao ser aberto, estará com a ferra- menta grid ativa. O grid é uma malha que tem como a função principal oferecer um ponto de referência para desenhos precisos, ou perspectivas isométricas, essa “malha” que existe na área de trabalho do Auto- CAD é usada em conjunto com a ferramenta snap. Na Figura 11, você pode observar como ativar e desativar ambas. De um modo geral, o grid e o snap sempre serão utilizados em situações muito específicas. DESIGN 55 Figura 9 - Botão de fixação: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 10 - Espaço do modelo AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 56 Figura 11 - Grid: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. CONFIGURANDO O ESPAÇO DE TRABALHO Como citado no tópico de apresentação do progra- ma, a configuração do espaço de trabalho acabou se tornando algo muito particular e são poucas as possibilidades para poder alterar a interface do Au- toCAD. Visualmente, podemos mudar a cor da área gráfica do CAD de preto para branco, por exemplo, ou uma cor personalizada. Veja a diferença e o ca- minho para mudarmos a cor da área de trabalho, ou área gráfica nas figuras a seguir. O ESPAÇO do teclado do seu computador será utilizado sempre que você quiser confirmar um comando ou retornar à última ferramenta utilizada. Ele tem a função de ENTER e será usado constan- temente pelo fato de que a sua mão (direita) estará sempre no mouse, o espaço ficará mais próximo da sua mão esquerda do que da tecla ENTER. Fonte: os autores. SAIBA MAIS Clique com o botão direito do mouse na área de trabalho do CAD e vá em OPTIONS (opções), essa guia “options” pode ser acessada pelo atalho no TECLADO DO SEU COMPUTADOR, OP+EN- TER. OP é o caminho de atalho para o options, ao digitar as duas letras e apertar a tecla ENTER ou o ESPAÇO (tecla de “espaçar”) aparecerá a caixa de configuração da área de trabalho, entre outras funções . DESIGN 57 Figura 12 - Options: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 13 - Menu de opções, color (options) AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 58 Para mudar a cor do fundo do seu CAD, ao abrir a janela OPTIONS pelo comando OP+ENTER, vá até a guia DISPLAY destacada na Figura 13, em seguida, na opção COLORS. Clique em color, apresentado na Figura 14, e mude a cor de acordo com o que mais lhe agrada, lembrando sempre que, ergonomicamente, o fundo preto proporciona maior conforto visual. Escolhida a cor de preferência, clique em APPLY & CLOSE (aplicar e sair), apresentado na Figura 15, e pronto, você já aprendeu a mudar a cor do plano de fundo do seu AutoCAD. Na Figura 16, observe como será o seu espaço do modelo (Model Space) caso opte por utilizá-lo com a cor branca, conhecido também como área de traba- lho ou espaço de trabalho. É importante que saiba, também, sobre os eixos do AutoCAD, os eixos X e Y são referências do sen- tido de trabalho da sua linha, ou cópia de um bloco, ao mover, qualquer ação do AutoCAD será relacio- nada ao sentido de seus eixos, um software 3D vai além. Quando se trata de tridimensionalidade, usa- mos os eixos X, Y e Z, o que é possível também no AutoCAD se usado em 3D. Figura 14 - Menu de opções de cores da tela: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. DESIGN 59 Figura 15 - Menu de opções de cores da tela (apply): AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 16 - Espaço do modelo, fundo branco. AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 60 Na Figura 17, observe que o ponto “A” refere-se ao eixo X, e o ponto “B”, ao eixo Y. Sempre que você ler o termo “siga no sentido do eixo X ou Y” signi- fica que o sentido que você irá iniciar na sua linha, por exemplo, seria o sentido vertical ou horizontal. Conforme movimentamos o desenho ou a tela com a ferramenta PAN ou zoom, esse ponto de referência também se movimenta; a função dele na tela é orien- tar o “cadista” da posição do desenho. Figura 17 - Eixos: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. DESIGN 61 61 Teclado e mouse são ferramentas indispen- sáveis para a utilização do computador, e, tratando-se do AutoCAD, isso fi ca ainda mais evidente. Nesta unidade, entenderemos as reais funções de ambos. Citado anteriormente, a preferência por utilizar a versão do programa em português não se torna uma facilidade, o fato de ter os itens em português pode parecer mais confor- tável, porém não é possível ter a efi ciência ao manuseá-lo sem o auxílio dos atalhos do te- clado. Você se lembra quando explicamos so- bre o AutoCAD ser uma ferramenta universal cuja plataforma é no idioma inglês? Pois bem, eis o motivo pelo qual se torna ainda um pou- co mais complexo optar por CAD em outra língua. Vejamos, agora, um dos motivos, co- meçando pelo teclado, podemos observar, na fi gura a seguir, as principais e essenciais teclas utilizadas para acessar os atalhos necessários- para a execução do seu desenho. Não é ne- cessário saber e utilizartodos os disponíveis, mas, sem dúvida, grande parte irá otimizar o tempo de execução de um desenho. DESIGN Teclado e Mouse COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 62 Figura 18 - Atalhos para ferramentas do AutoCAD Fonte: André (2015, on-line)2. Podemos otimizar o tempo de operação por ações, como, ao acionar as devidas ferramentas, com média de três toques no teclado do seu computador, para ativar uma determinada ferramenta, evitamos o tra- jeto do olhar e tempo de movimentação do cursor (mouse). Cada movimento com o mouse em busca de ferramentas pode provocar certo desgaste visual pelo fato de desviar a observação do centro da tela em busca dos ícones, ou seja, os atalhos no teclado proporcionam essa facilidade e conforto ao designer que opera o programa. De um modo geral, o mouse, assim como o te- clado, é indispensável para agilizar o processo de desenho e também oferece opções que facilitam as tarefas. O scroll do mouse (botão de rolagem) fun- ciona como ferramenta zoom, o que evita que pre- cisemos acessá-la por atalhos ou clicando no ícone. O mesmo botão (scroll) permite acessar uma das principais ferramentas apenas sendo pressionado, a ferramenta PAN move a janela de visualização da área de trabalho do AutoCAD sem dar zoom, ou seja, de um lado para o outro, para cima e para baixo, permitindo o acesso imediato de um deter- minado ponto da tela, principalmente em projeto de grandes escalas, como um projeto de interiores bem detalhado, que pode atingir uma grande quan- tidade de cortes, vistas, plantas etc. Veja, na figura a seguir, a função de cada um dos três botões que existem no mouse. O Left click (clique esquerdo) é usado para sele- cionar e executar, por exemplo: se você deseja SELE- CIONAR um objeto ou linha, dará um clique e abrirá o campo de seleção, como na figura a seguir, em que o campo de seleção é o retângulo no tom de verde. Esse campo de seleção, ou área de seleção, funciona de duas maneiras: um clique + arrastar da direita para a esquer- da será selecionado tudo o que estiver no campo verde, mesmo que apenas uma parte, como na imagem. DESIGN 63 Figura 19 - Teclas do mouse e suas funções Clique Esquerdo Clique Direito Scroll Figura 20 - Modo 01 de seleção de objetos e linhas: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 64 Observe que todas as linhas cujo o campo de seleção sobrepôs ganharam um destaque ficando mais espessas, indicando que as três linhas, inclusi- ve as duas horizontais que somente parte foi coberta pela janela de seleção, estão selecionadas e podem ser modificadas. Diferentemente quando a seleção é criada da esquerda para a direita, que apenas os elementos que estão totalmente dentro da janela de seleção serão efetivamente selecionados para edição. Figura 21 - Modo 02 de seleção de objetos e linhas: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Note, na figura a seguir, como apenas a linha vertical ganhou destaque. Vamos finalizar o assunto de teclado e mouse por ora, mas você irá identificar em diferentes momentos a utilização dessas ferramentas como meio de faci- litar o processo do desenho. Por isso, resgataremos explicações a respeito do conteúdo, assim, passará a ser mais natural o uso desses dois hardwares aliados ao AutoCAD. DESIGN 65 Comandos Básicos e de Visualização COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 66 O conteúdo a seguir está ligado diretamente com o teclado do seu computador. Veja no Quadro 1 os essen- ciais comandos para iniciar o seu desenho: ATALHO FERRAMENTA SIGNIFICADO L + ENTER LINE Criar linhas. F8 ORTHOMODE Ferramenta de precisão, função de restringir o sentido do cursor, preciso em ângulos inteiros ou quebrados. DI+ENTER DIST Mede a distância entre dois pontos. OF+ENTER OFFSET Criar cópias a uma determinada distância, ex.: desenha-se as paredes da edificação, ativa-se o offset para dar a espessura na parede. F+ENTER FILLET Une duas linhas perpendiculares; Ex.: faça um retângulo e na última linha não a feche, acione o comando fillet e toque as duas linhas para fechar o retângulo. TR+ENTER TRIM Quando duas linhas se cruzam e é preciso aparar alguma das pontas, acione o trim, clique na linha que manterá de base, “tecle” o enter (ou espaço) e clique na linha que deseja aparar. COPY+ENTER COPY Selecione o objeto ou linha a ser copiado, digite o comando e arraste a cópia. Com a ferramenta ORTHO (F8) ativo podemos controlar a precisão dessa cópia. M+ENTER MOVE Selecione o objeto a ser movido, digite o comando, confirme com o enter e arraste. Pode-se digitar o valor da distância no momento que se move o objeto. BLOCK+ENTER BLOCK Criar blocos para que seja independente das demais linhas, usado para objetos como mobiliário, esquadrias etc. CIR+ENTER CIRCLE Criar um círculo. SC+ENTER SCALE Para alterar a escala de um objeto ou até mesmo do projeto em 2d. AA+ENTER ÁREA Medir a área² de um ambiente. Clique uma vez em cada ponto da área a ser medida ao fechar o 4° ponto de enter e saberá a metra- gem quadrada do ambiente. F7 GRID Ativar e desativar o GRID, “malha” na areá de trabalho, auxilia a ferramenta SNAP. F9 SNAP SNAP permite que o cursor do mouse toque apenas nas intersec- ções do GRID, com o SNAP desativado o GRID não tem nenhuma função. Quadro 1 - Atalhos: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. DESIGN 67 67 DESIGN Chegamos ao fi m desta unidade com informações essenciais para que mais a frente na disciplina não haja problemas, como abrir um arquivo, reconhecer a versão de um programa para o outro, ou até mesmo com os principais e essenciais atalhos do pro- grama. Esta unidade teve o objetivo de apresentar o AutoCAD, suas possibilidades, a importância do seu uso em idioma inglês, entre outros. Esperamos que aproveite o conteúdo. Na próxima unidade, iniciaremos o uso das ferramentas e você poderá esboçar o primeiro desenho no AutoCAD aplicando os atalhos supracitados. O conhecimento é o único bem que jamais poderão nos tirar. Dedicar-se é sempre o melhor caminho para obter o sucesso. O sucesso sempre será o refl exo do nosso esforço. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 68 Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, estudamos as possibilidades visuais do AutoCAD, sua evolu- ção em comparação com os últimos lançamentos e podemos concluir que é indispensável o conhe- cimento dessa ferramenta para atender o mercado de trabalho. Com as possibilidades de atuação em diversos segmentos, percebemos que a aprendiza- gem operacional do CAD é independente, o dese- nhista passou a ser mais procurado devido à alta demanda da construção civil e à expansão indus- trial. Analisamos, também, alguns dos principais comandos, os mais básicos e que qualquer operador de AutoCAD, designers, engenheiros, entre outros, utiliza. A questão sobre o desenho técnico, detalha- mento ou projeto executivo, termos usados para os projetos em 2D e 3D, no design de interiores, exis- tem outros métodos para alcançar esse objetivo, o detalhamento, nem todos eficientes e/ou preci- sos, e, tratando-se de design, é necessário ligar as ideias à execução, desse modo, entendemos que é necessário o conhecimento e rotina de trabalho no software da Autodesk. Um dos caminhos para aprender e aprimorar qualquer conhecimento, como operar o AutoCAD, ou software 3D, ou até mesmo a humanizar uma perspectiva com uma técnica que não dominamos, é: parar, observar, identificar, testar e executar. Esse caminho vai permitir a você não temer as novidades do programa. Os cinco pontos que citei foram inspirados no processo criado por Bruno Munari (artista e desig- ner) e podem ser utilizados desde a criação de uma escultura em EPS, até como desenhar um conjunto de linhas curvas no CAD, por exemplo. Munari ex- plica uma de suas técnicas no livro “Das coisas nas- cem coisas”. Ele trata o design como um “problema”, um problema a ser solucionado, no caso de uma di- ficuldade em relação ao programa, esse momento de reflexão o(a) ajudará a superar alguma dificuldade no decorrerda aprendizagem. Finalmente, podemos encerrar esse conteúdo com informações e conhecimento suficiente para iniciar a trajetória de utilização do software Auto- CAD. Considerações Finais 69 atividades de estudo 1. Quando abrimos o AutoCAD, uma guia de opções permite abrir um novo arquivo ou um ar- quivo recente, essa guia foi implantada a partir de qual versão do programa? a. Versão 2016. b. Versão 2014 c. Versão 2015. d. Versão 2017. e. Sempre existiu. 2. De acordo com os estudos: I. As configurações da área gráfica do AutoCAD são definidas de acordo com o tipo de desenho a ser construído. II. É sempre aconselhado usar o AutoCAD com a plataforma em inglês, pois seus atalhos funcio- nam de modo universal nesse idioma. III. Os comandos para acionar uma determinada ferramenta, por meio do teclado, funcionam com a digitação da ferramenta desejada, seguida de confirmação com a tecla ENTER ou a tecla ESPAÇO. IV. Para mudar a cor da área de trabalho do AutoCAD, podemos clicar com o botão direito do mouse na tela e acessar o OPTIONS, ou digitar o atalho OP e confirmar com a tecla ENTER para abrir a janela de configurações. Assinale a alternativa correta: a. Apenas I e II estão corretas. b. Apenas II e III estão corretas. c. Apenas I está correta. d. Apenas II, III e IV estão corretas. e. Nenhuma das alternativas está correta. 70 atividades de estudo 3. No campo de design de interiores, é necessário um roteiro para o desenvolvimento do proje- to, o processo criativo está diretamente ligado ao estudo do Layout. Assinale V para verdadeiro ou F para falso: ( ) Para iniciar um projeto de design de interiores, não necessitamos de planta baixa, afinal, o layout é o último item do processo para a aplicação de medidas, normas, ergonomia, programa de necessidade, entre outros. ( ) Ao iniciar o processo de reforma de projeto de interiores, essa edificação possui cerca de 25 anos. Ela não possui arquivo no formato DWG, e o máximo que você encontrou foi a digitalização de uma antiga planta baixa e cortes desatualizados de acordo com o atual local. Para dar andamento no projeto, precisamos redesenhar essa planta no AutoCAD, a partir disso, podemos iniciar o estudo do projeto. ( ) Redesenhar uma planta no AutoCAD é algo totalmente raro em um escritório de design de interiores. Trabalhar em 2D não é uma necessidade do mercado da construção civil. a. V, F, F. b. F, V, F. c. V, V, F. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Todas as alternativas estão erradas. 71 atividades de estudo 4. (ENADE, 2015, on-line)3 Hoje, o conceito de inclusão está intimamente ligado ao da inclusão social. Nesse sentido, o computador é uma ferramenta de construção e aprimoramento de conhecimento que permite acesso à educação e ao trabalho, desenvolvimento pessoal e me- lhor qualidade de vida. Diante do cenário high tech (de alta tecnologia), a inclusão digital faz-se necessária para todos. As situações rotineiras geradas pelo avanço tecnológico produzem fascínio, admiração, euforia e curiosidade em alguns, mas, em outros, provocam sentimento de impotência, ansiedade, medo e insegurança. Algumas pessoas ainda veem a tecnologia como um mundo complicado e desconhecido. No entanto conhecer as características dessa tecnologia e sua linguagem digital é importante para a inclusão na sociedade globalizada. Nesse contexto, as políticas públicas de inclusão digital devem ser norteadas por objetivos que incluem: I. A inserção no mercado de trabalho e a geração de renda. II. O domínio de ferramentas de robótica e de automação. III. A melhoria e facilitação de tarefas cotidianas das pessoas. IV. A difusão do conhecimento tecnológico. É correto apenas o que se afirma em: a. I e II. b. I e IV. c. II e III. d. I, III e IV. e. II, III e IV. 5. É indiscutível que o AutoCAD se tornou a mais usada ferramenta para a execução dos proje- tos em 2D, garantindo a melhor performance e desempenho dos desenhos técnicos. Expli- que com suas palavras a importância dessa ferramenta dentro de um escritório de design de interiores e cite 2 exemplos de aplicação do programa no dia a dia de um escritório. 6. De acordo com o conteúdo desta unidade, o AutoCAD é operado via teclado e mouse, expli- que com suas palavras o motivo por esses hardwares serem fundamentais para o funciona- mento do programa. 72 LEITURA COMPLEMENTAR Há algum tempo, os Projetistas e Designers de Interio- res costumavam executar todos os seus projetos à mão. Hoje, devido a dinâmica dessa profi ssão e até por ques- tões de tempo, os profi ssionais da área tem cada vez mais utilizado softwares e tecnologias rápidas e moder- nas para a confecção de seus projetos. Softwares mais utilizados Os softwares utilizados para Design de Interiores agili- zam muito o processo de construção de projetos. Exis- tem, hoje, muitas novidades na área, tanto para aplica- ções comerciais ou até mesmo gratuitas. Vale a ressalva de que os softwares de uso comercial podem até ser um pouco mais dispendiosos, e exigem um preparo fi nan- ceiro da parte do profi ssional. Em contrapartida, oferecem algumas vantagens interes- santes para o comprador, como atualizações frequentes que tornam o resultado fi nal dos trabalhos muito mais satisfatórios, por exemplo. Alguns aplicativos grátis tam- bém não são inferiores aos comerciais, basta atenção e persistência em procurar o melhor para cada caso. AutoCAD Software bastante conhecido entre os profi ssionais de Engenharia e Arquitetura e design, é utilizado, principal- mente, para a elaboração de desenho técnico em duas dimensões (planta baixa) e, em alguns casos, para cria- ção de modelos tridimensionais (3D). Em aplicação para Design de Interiores, o Autocad é interessante apenas para o detalhamento técnico de plantas baixas, com to- das as suas medidas, cotas e especifi cações técnicas. Percebam que o AutoCAD, visto em relacionamento es- pecífi co com o design de interiores, por mais que tenha- mos habilidades com outros softwares ou até mesmo manualmente, o programa traz agilidade; e, quando se trata de espaço no mercado de trabalho, oferecer agili- dade aos seus clientes, de certa forma, acaba tornando uma boa ferramenta de marketing. Para melhor entendimento do sistema mercadológico, podemos consultar profi ssionais atuantes no mercado, tanto de design de interiores, design de produto, arqui- tetura e urbanismo, engenharia civil, engenharia elétrica entre outros. Essa troca de conhecimento e informação sempre agrega conhecimento e mostrará com mais pro- priedade a importância e efi ciência do AutoCAD. Desde a pré-história, desenho foi o melhor método de comuni- cação e de registros na época, e, hoje, não é muito dife- rente, expressamos com riqueza de detalhes os projetos de design através dos respectivos softwares. Fonte: Tecnologia… ([2016], on-line)4. DESIGN 73 AutoCAD 2015 & AutoCAD LT 2015 - Curso Completo José Manuel Garcia Editora: Lidel Sinopse: com este livro, o leitor aprenderá a utilizar o AutoCAD e o AutoCAD LT com rigor e efi ciência e a otimizar o seu modo de trabalho. Baseada na versão 2015, essa obra, estruturada de forma a tirar o máximo partido da nova interface, assenta no AutoCAD completo e assinala as diferenças relativamente ao AutoCAD LT. TOY STORY 4 Ano: 2018 Sinopse: nova aventura envolvendo o caubói Woody, o astronauta Buzz Lightyear e seus amigos brinquedos. Comentário: o fi lme Toy Story 4 é totalmente produzido e ilustrado por softwares da Autodesk. No site ofi cial da Autodesk, você encontrará uma série de informações, novidades e curiosi- dades sobre o mercado CAD. Acesse e confi ra. Disponível em: <http://www.autodesk.com.br/ free-trials> e <http://www.autodesk.com.br>. 74 referências 1Em: <http://www.autodesk.com.br/adsk/servlet/index?id=12005746&siteID=1003425>. Acesso em: 20 out. 2016. 2Em:<http://qualificad.com.br/teclas-de-atalho-no-AutoCAD/>. Acesso em: 20 out. 2010.3Em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2015/15_cst_design_interiores.pdf>. Acesso em: 20 out. 2016. 4Em:<https://www.portaleducacao.com.br/iniciacao-profissional/artigos/45292/tecnologia-para-design-de- -interiores>. Acesso em: 20 out. 2016. 75 gabarito 1. C. 2. D. 3. B. 4. D. 5. Necessitamos, diariamente, representar projetos de interiores via imagens 3D e detalha- mentos em 2D, desde o estudo inicial do layout, até o detalhamento de uma mobília. Como exemplo de aplicação do AutoCAD, temos: ao iniciar um projeto de design de interiores, precisamos desenvolver todo o estudo de layout, circulação, disposição de mobiliário. O Au- toCAD pode nos auxiliar, também, na elaboração de projeto técnico de iluminação, gesso, detalhamento de produtos e até mesmo para uso com a tecnologia de cortes e gravações elaborados com máquinas que compreendem o projeto em DWG e reproduzem em diversos tipos de materiais. 6. O teclado e mouse não são apenas ferramentas fundamentais para o CAD, mas também para a operação do próprio computador, porém, pensando no software, esses periféricos são fundamentais para maior conforto na elaboração dos desenhos, proporcionando agili- dade no acionamento das ferramentas e produtividade no construção do desenho técnico. Professor Esp. Sérgio Gomes Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Iniciar, salvar e abrir um desenho • Desenhando linhas e formas geométricas • Visualização do desenho • Precisão Objetivos de Aprendizagem • Demonstrar as ferramentas básicas para abrir, salvar e iniciar um desenho. • Ensinar como desenhar linhas e formas usando atalhos e as devidas ferramentas. • Mostrar comandos de zoom e posicionamento na tela. • Utilizar as ferramentas SNAP e ORTHO. INICIANDO UM DESENHO III unidade INTRODUÇÃO Olá, caro(a) aluno(a). Seja bem-vindo(a)! Nesta unidade, vamos conhecer os primeiros passos para iniciar o seu primeiro desenho em 2D. Na uni- dade anterior, você aprendeu sobre a nova interface do programa, sua área de trabalho, a importância do teclado e mouse para a elaboração dos dese- nhos e os principais comandos de atalhos de ferramentas e de visualização. É preciso ressaltar a importância desses itens para a sua aprendizagem, compreender esse novo conteúdo é fundamental para o decorrer da dis- ciplina. Veremos, então, assuntos e atividades, tais como: iniciar um dese- nho, como salvar o seu projeto e onde salvar, ferramentas que auxiliarão na precisão do desenho, comandos de visualização, entre outros requisitos. Vamos pensar um pouco: você sabia que o uso do AutoCAD, para nós, designers, pode ir além do projeto de interiores, layout e afins? É co- mum, por exemplo, que construtoras, arquitetos e engenheiros repassem aos designers de interiores os projetos arquitetônicos de seus clientes, para que os projetos de interiores possam ser desenvolvidos, ou seja, é preciso saber manipular o programa e entender seus recursos para reali- zar a leitura desses projetos. Existem, ainda, outras maneiras de se utilizar o software em seus pro- jetos. Por exemplo, estão disponíveis no mercado o sistema de corte a laser e muitas empresas executam esse tipo de serviço. Essas máquinas oferecem a possibilidade de fazer a leitura de um desenho em formato DWG, você pode fazer o desenho que quiser, passá-lo para uma empresa que fará o corte de acordo com seus desenhos em uma placa de MDF, de acrílico, aço, entre outros. Entender como utilizar o AutoCAD é mui- to importante, não basta apenas conhecer as ferramentas e comandos, o exemplo citado é apenas a ponta do iceberg. Esse tema é especificamente sobre os primeiros passos para a elabo- ração de um desenho, espero que goste deste conteúdo, aproveite. Bons estudos! COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 80 Iniciar, Salvar e Abrir um Desenho DESIGN 81 Olá, caro(a) aluno(a), enfim chegamos ao tão espe- rado momento: utilizar o programa em paralelo à leitura. Neste tópico, será apresentado como iniciar o processo de desenvolvimento de um projeto em 2D. Você poderá contar com o apoio da escrita e, também, de imagens que vão ilustrar o passo a pas- so deixando-o(a) mais apto a compreender todos os detalhes necessários. A princípio, depois de já instalado o programa, você irá até a área de trabalho do seu computador e dará dois cliques no ícone do AutoCAD para que possa dar início ao seu trabalho, como apresenta a fi- gura a seguir. Figura 1 - Atalho para abrir o programa: Área de trabalho Fonte: os autores. O grid é uma malha que tem como função principal oferecer um ponto de referência para desenhos de precisão como perspec- tivas isométricas para detalhamentos em escala. Essa “malha” que existe na área de trabalho do AutoCAD é usada em conjun- to com a ferramenta snap. De um modo geral, o grid e o snap sempre serão utiliza- dos em situações muito específicas. Fonte: os autores. SAIBA MAIS COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 82 Quando abrir o programa, o AutoCAD estará com um grid na sua tela, esse grid é a ferramenta GRID- MODE, observe na Figura 2. Podemos desativá-la com o uso da tecla F7. Não se esqueça: qualquer dúvi- da a respeito dos atalhos, consulte a unidade II deste livro e se atualize a respeito. Pois bem, aluno(a), depois de desativar o grid, vamos configurar o nosso cursor, e esse é um detalhe que vai de profissional para profissional, no meu caso, tenho o hábito de trabalhar com ele no formato “in- finito”. “Como mudar os parâmetros do meu cursor, professor?”. Simples, vamos acessar o OPTIONS do AutoCAD, isso pode ser feito por um clique com o botão direito do mouse na tela do CAD, ou utilizando o atalho OP+ENTER, lembrando que a tecla ESPA- ÇO do seu teclado funciona como ENTER. Esse ca- minho é exatamente o mesmo utilizado para mudar a cor de fundo do seu AutoCAD, veja o passo a passo na Figura 3. Se você optar por ter o CURSOR SIZE (tamanho do cursor) em 100%, ele ficará infinito, e acredite: uma vez que se acostuma, você não consegue traba- lhar de outra maneira. Prosseguindo com esse conteúdo, logo após essa configuração básica, você precisa salvar o seu arqui- vo. “Mas professor, eu ainda não fiz nada, por que precisoç já salvar o arquivo?”, a resposta é que, quan- do estamos trabalhando com CADs (Computer Aided Design), “Desenho assistido por computador”, temos algumas problemáticas com a vida do seu projeto. Di- gamos que é necessário certa atenção, por exemplo, suponhamos que você esteja trabalhando com o Au- toCAD e acontece uma queda de energia, se, porven- tura, você não tiver um nobreak, o que é comum, você perderá todo o seu trabalho. “Mas, professor, mesmo que eu salve logo no início, qual diferença isso vai fa- zer?”, a diferença é que, agora, independente de queda de energia, você pode salvar seu projeto constante- mente. Todos softwares estão sujeitos à alguma falha operacional, bugs, ou até mesmo exigir muito do seu computador e levá-lo a travar. Para ficar mais claro, com qualquer software, é necessário criar o hábito de salvar um trabalho digi- tal pelo menos a cada 15 minutos, fazendo isso, você evita o risco de perder horas de trabalho e acredi- te: essa dica é muito válida. Outro ponto é a versão, mesmo que você esteja usando versões como 2015, 2016 ou 2017, muitos ainda utilizam versões como 2010 ou 2012, imagine que em uma eventual situa- ção você envie o seu arquivo para um orçamento de mobiliário, paisagismo ou qualquer outra situação, se o remetente não tiver a versão mais atual como a sua, ele não poderá abrir e certamente vai lhe pe- dir para salvar em uma versão anterior, então, ao fi- nalizar seu projeto, salve em versões como 2008 ou 2010, por exemplo. DESIGN 83 Figura 2 - GRIDMODE: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 3 - OPTIONS (tamanho do cursor): AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 84 Figura 4 - Procedimento para salvar: Passo 1: AutoCAD2015 Fonte: os autores. Figura 5 - Nome e Formato: Passo 2: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Em “File Name”, apre- sentado na Figura 5, defi na o nome do seu arquivo de acordo com o desejado. 2 Continuando, veja nas imagens ao lado o cami- nho para salvar seu ar- quivo, na fi gura a seguir, você escolherá o local para salvar o seu arquivo DWG: 1 DESIGN 85 Figura 6 - Nome e Formato: Passo 3: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 7 - Local do novo arquivo: Memória do computador (E:) Fonte: os autores. Veja o exemplo que segue depois de todo o procedi- mento, no qual mostramos como fi ca o arquivo que iniciamos os trabalhos. Para fi nalizar este tópico, sempre que estiver operando o Au- toCAD, tome como regra dar o tão famoso CRTL+S, ou ir até o ícone do pro- grama e clicar em SAVE, para garantir que em uma fatalidade você não perca horas de trabalho. 4 Em “fi les of type”, mostrado na Figura 6, será o local em que você defi nirá a versão desejada para salvar. 3 COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 86 Desenhando Linhas e Formas Geométricas DESIGN 87 Vamos começar, agora, a desenhar um ambiente, porém esse sem a disposição de mobiliário, visto que a inserção dele você verá logo mais na unida- de IV deste livro. Para iniciar, vamos utilizar a mais básica ferramenta, a linha (LINE), por meio do co- mando (LINE+ENTER), apresentado na Figura 8. Ao ativar a LINE com o enter, em qualquer ponto da sua tela, dê apenas um clique para iniciar o dese- nho de uma linha, em seguida, precisa certificar-se da precisão dessa linha. Como seria isso? Você precisa Figura 8 - Comando LINE: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. ativar a ferramenta ORTHO (F8 do seu teclado ativa e desativa). Com o ORTHO ativo, sua linha irá traba- lhar em paralelo ao eixo X e Y no ângulo de 90°. Na Figura 9, verás o início de uma linha com o ORTHO desativado, nos pontos “a” e “c”, note o início e fim da linha sem precisão, no seu ângulo. Com o ORTHO, (F8) ativo, a linha estaria nos pontos “a” e “b”, mesmo que o cursor, “c”, estivesse acima da linha do eixo X, linha horizontal. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 88 Figura 9 - Comando ORTHO: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 10 - Modelo de layout para redesenhar: Sketchup 2015 Fonte: os autores. DESIGN 89 Dando continuidade, faremos uma sequência de li- nhas, representando a planta baixa de um banheiro, suíte. Observe a Figura 10. Com o “F8” ativo, ferramenta de precisão, acione o comando de linha e inicie a primeira medida do banheiro. Observe que as medidas são internas. Para formar a planta baixa, você pode dar um clique, ar- rastar o cursor na direção do eixo X e digitar a medi- Associando-o ao desenho técnico manual, eixo “X” são as linhas traçadas por meio da régua paralela da prancha, e eixo “Y” é a linha perpendicular criada pelo esquadro a 90°. Fonte: os autores. SAIBA MAIS da total ou parcial do banheiro, caso haja vãos como portas e esquadrias, até mesmo nichos. Sempre lem- brando que a planta baixa é um corte “imaginário” a aproximadamente 1,5 metros do nível do piso. Dê o primeiro clique, arraste o mouse e digite, então, a medida da parede maior da figura anterior e assim sucessivamente até que feche a área interna, como no exemplo da Figura 11. Figura 11 - Troca da cor de layer: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 90 Na figura anterior, observe que temos a planta fecha- da com suas respectivas medidas internas, no pon- to “A”, destacado junto à seta vermelha, é o local das “LAYERS”, apenas modifiquei a cor de branco para azul para não haver confusão com a cor das linhas do cursor. (Para compreender melhor a respeito das “LAYERS”, veja o saiba mais da página seguinte). Feita a primeira etapa das medidas, vamos, ago- ra, dar espessura nas paredes, em geral, as alvenarias têm uma média de 15 cm, faremos isso com a ferra- menta OFFSET, digite OF+ENTER, em seguida, o Normalmente, utilizamos as medidas em metros, por isso que 15 centímetros devem ser digitados como .15 Fonte: os autores. SAIBA MAIS Figura 12 - Offset (definindo a distância): AutoCAD 2015 Fonte: os autores. CAD vai pedir para que você diga qual a “distância” que deseja para o offset, digite o valor de 0.15 e dê ENTER novamente. O cursor ficará sem suas linhas, apenas com um ponto “quadrado”, isso significa que o offset foi ativado, e você precisa dar um clique so- bre a linha a ser “copiada” e direcioná-la para fora. No caso, direcionar a linha para fora é devido ter- mos desenhado o ambiente baseando-nos nas me- didas internas, se, em outra ocasião, o desenho for com medidas externas, o offset será dado em direção a parte interna do desenho. DESIGN 91 As layers são utilizadas para dar hierarquia nos desenhos técnicos como se fossem um desenho de planta baixa manual, usamos lapiseira 0.3, 0.5, 0.7 e 0.9. De acordo com a “proximidade” do detalhe, tornamos o objeto com maior espessura de linha para diferenciar a parede de uma linha de peitoril. Na unidade a seguir, falaremos do assunto com mais detalhes. Fonte: os autores. SAIBA MAIS Figura 13 - Offset em todo o perímetro: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 92 Na Figura 14, fica mais claro quando clicamos sobre a linha da edificação, ela ganha um “destaque”, se o cursor estivesse abaixo da linha em destaque, a cópia viria 15 cm para baixo. Conclua todos os lados das paredes do banheiro. Para fechar os cantos, vamos utilizar mais uma ferramenta essencial, o FILLET, com o comando FI+ENTER. Uma vez acionado o comando, para fe- char qualquer vão, em que uma linha esteja perpendi- cular a outra, basta acionar o FI+ENTRE e clicar uma vez em uma linha e, em seguida, na outra linha em que deseja a união de ambas, isso funciona no caso de linhas perpendiculares, que se cruzem, e o FIL- LET irá aparar a ponta sobressalente. Na Figura 14, uma vez clicando na linha horizontal, ela se destaca, em seguida, colocando o cursor sobre a linha vertical, antes mesmo do clique, as duas ficarão destacadas lhe mostrando a “união” das duas. É possível fazer esse fechamento mantendo os cantos arredondados, no caso, o comando é o mesmo, porém vamos indicar o raio que desejamos, exemplo: FIL+ENTER+R(de raio)+ENTER+medida do raio exemplo: 0.02 + EN- TER, feito isso, ao clicar em duas linhas, uma perpen- dicular a outra, o canto ficará com um raio de 0.02. Uma vez utilizado o fillet, ele “desativa”. Para “ati- var”, apenas toque na tecla ENTER ou ESPAÇO, que ela vai reativar, assim, facilitará ao “filetar” as demais linhas entreabertas. Por padrão, as paredes de uma edificação na re- presentação gráfica 2D, uma se torna independente da outra, para isso, usaremos a ferramenta EXTEND para estender uma linha, tornando uma parede “sepa- rada” da outra. Você entenderá melhor na Figura 15. O uso da EXTEND é um pouco mais complexo que o uso das demais. É necessário ativar a ferramen- ta pelo atalho EX+ENTER, clicar na linha em que deseja que sua perpendicular se estende, em seguida, dê outro ENTER e, só então, clique na linha que se estenderá. Seremos mais específicos: EX+ENTER+- clicar na linha vertical+ENTER+clicar na horizontal, pronto, a linha vai se estender. Faça isso nas demais paredes. Com o comando LINE+ENTER, ative a linha e faça traços demarcando os vãos de esquadria e por- ta. Para esse banheiro, vamos considerar uma janela basculante e uma porta de correr de sobrepor. Pre- cisamos representar ambos e, para desenhá-los, po- de-se utilizar a ferramenta RECTANGLE (retângu- lo), cujo o atalho é o REC+ENTER. Essa ferramenta funcionará da seguinte forma: acione o atalho, dê o primeiro clique e arraste o cursor, feito isso, ele mostrará um campo junto ao cursor, para que digite as medidas de acordo com o desejado. Você usará na porta as medidas de 0.03 referentes à espessura da porta, irá apertar no teclado a “vírgula” (,), isso mudará o campo paraque digite a próxima medida, no caso 0.85cm. Faça o mesmo para a janela, com as medidas de 0.01, em seguida, a “vírgula” e a segun- da medida de 0.50cm. Coloque esses dois elemen- tos usando a ferramenta MOVE, selecione a porta e com o atalho MO+ENTER ative o mover, clique no “bloco” e arraste-o até o devido local, esse processo vai exigir que você desative a ferramenta ORTHO (f8) para que possa trabalhar fora do eixo ortogonal. Feito esse processo teremos, então, a planta do WC quase pronta. DESIGN 93 Figura 14 - Fillet: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 15 - Extend: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 94 Na próxima unidade, veremos, dentre outros assun- tos, as configurações de LAYERS, “camadas” que permitirão ao designer definir hierarquias, peso de linhas etc. Nesse caso, selecione a porta e o vidro da esquadria e mude o “ByLayer” para outra cor, ape- nas para destacar um elemento do outro. Se desejar, desenhe a área de box, não aprofundaremos nesse desenho, pois, na unidade seguinte, aprenderemos a inserir esses e outros blocos. Para finalizar este tópico, vou explicar mais uma ferramenta fundamental no desenho 2D e, para isso, faremos o exemplo a seguir: uma porta de correr de semi-embutir. Para realizar essa ação, você usará no- vamente as ferramentas OFFSET, LINE e a ferramen- ta TRIM, imagine que essa porta correrá no mesmo “plano” que a parede e, para isso, você vai precisar construir um rebaixo nela para embutir essa porta. Siga o passo a passo observando as figuras a se- guir: com o OF+ENTER, ative o OFFSET, digite o valor de 0.05, equivalente a 5 cm, dê outro ENTER e “jogue” a linha para dentro da parede. Feito isso, pre- cisamos delimitar o campo em que a porta irá correr, se temos um vão de 0.80, essa porta abrirá 0.80, seu limite. O próximo passo é aparar a linha “C”, Figura 17, com a ferramenta TRIM. O TR+ENTER funciona como o EX+ENTER, precisamos acionar a ferramen- ta com o atalho, clicar na linha de referência, dar ou- tro ENTER e aí então clicar na ponta que está trans- passando o limite desejado para ser “aparada”. O trim vai te indicar com um “x” quando tocar a linha a ser “eliminada”, conforme a Figura 18. Continuando, explicarei como fazer uma linha em ângulo, polyline, círculo, arco e ellipse. Figura 16 - Alterando cor de layer - By Layer: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. DESIGN 95 Figura 17 - Vão de semi-embutir: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Figura 18 - Utilizando ferramenta TRIM: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 96 LINHA EM ÂNGULO: Para desenhar uma linha em um ângulo específico, ative a ferramenta, digite o ponto de origem, arraste o cursor de modo que estenda essa linha(line). Feito isso, conforme a Figura 19, observe o campo “A”, ele pede para que digite o comprimento dessa linha, va- mos usar o exemplo de 2.5 metros, ao digitar e dar Figura 19 - Alterar ângulo de linha: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. enter, ela vai fixar no ângulo 0°, no entanto, como queremos essa linha em um determinado ângulo, você vai digitar a metragem dela e ao invés de dar enter, usará a tecla “Tab” do seu teclado mudando o campo para digitar o ângulo desejado, ao dar um to- que no “Tab” a linha ganhará a dimensão desejada. Figura 20 - Tecla TAB: Teclado Virtual Fonte: os autores. DESIGN 97 A partir do momento que digita-se o ângulo, a linha criada se instala na posição e comprimento que es- pecificamos; essa é a maneira de traçar uma linha em uma determinada posição, no caso de aplicar em uma planta baixa, você pode desenhar toda a planta e, quando faltar apenas a parede angular, desligue o ORTHO(F8) e feche a planta. Funcionará da mesma forma! POLYLINE: A Polyline é uma ferramenta como a linha, mas com uma diferença, quando se fecha o desenho, pode ser uma planta baixa. Esse desenho se tor- nará um único objeto “bloco”, no caso da linha, se você desenhar um retângulo com quatro cliques, terás um quadrado com quatro linhas indepen- Figura 21 - Aplicando elemento CÍRCULO: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. dentes, separadas. Com a POLYLINE, o mesmo quadrado terá “apenas uma linha”, as quatro linhas estarão agrupadas, no entanto usaremos pouco essa opção. CÍRCULO: Aqui usaremos a ferramenta CIRCLE, ela é simples, com o atalho ou clicando no ícone na barra de fer- ramentas, dê um primeiro clique, arraste o mouse e digite o raio desejado, ele pode ter o diâmetro (raio) alterado de acordo com o desejado. Geralmente, usa- mos para ampliar um detalhe, para dar um zoom em algum detalhe, colamos um círculo pequeno no deta- lhe pequeno e, em um segundo círculo, aumentamos o tamanho do círculo e, dentro dele, ampliamos o de- talhe. Observe na Figura 21. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 98 ARCO: Arco é uma ferramenta muito utilizada para repre- sentar o sentido de abertura de uma porta, por exem- plo. Em um projeto de paisagismo, não tem uma definição para a utilidade, vai da sua necessidade. Observe na figura a seguir. A ferramenta arco funciona com um clique no ponto de origem, um segundo no ponto mediano do arco e o terceiro no ponto final. Você pode regular o arco após a sua instalação, tanto a sua abertura quan- to o seu raio. ELLIPSE: Esta ferramenta é de uso bem simples. No design, em específico, pouco usaremos, mas, caso haja a neces- sidade, você pode clicar no ícone da barra de ferra- mentas, que se encontra próximo aos ícones das fer- ramentas, como LINE, entre outras, ou ativá-la com o atalho ELLI+ENTER. Figura 22 - Utilizando ferramenta arco: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. DESIGN DESIGN 99 Visualização do Desenho COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 100 Quando estamos no meio de um desenho, precisa- mos, constantemente, utilizar ferramentas que per- mitem uma melhor visualização do desenho, seja ela a ferramenta PAM, ou até mesmo o ZOOM. A prin- cípio, ambas estão disponíveis no botão SCROLL do seu mouse. Rolando o scroll, podemos aproximar ou afastar o desenho, pressionando-o, temos a ferramen- ta PAM, que move o desenho permitindo o “passeio” pelo projeto movimentos lateral e vertical. Os projetos em si chegam a ponto de ocupar mui- to espaço na área gráfica, e, de ocasião para ocasião, podemos utilizar o zoom de diversas formas. Em tó- pico, colocaremos essas formas de utilização e expli- caremos posteriormente como utilizá-las: • Zoom com o scroll. • Zoom com o atalho Z+ENTER. • Zoom com o atalho Z+ENTER+ENTER. • Zoom com o atalho Z+ENTER+E+ENTER. Na observação anterior, apresentamos como utilizar o scroll e como utilizar o zoom, sendo assim, na uni- dade anterior, comentamos brevemente e foi reforça- do, nesta unidade, que, rolando o scroll, podemos ter essa dinâmica no programa para melhor visualização e operação do desenho 2D. Na segunda opção, o Z+ENTER vai funcionar de outra forma. Ao ativar esse atalho, o zoom funcionará com um campo de visualização. Ative a ferramenta e verá que no cursor aparecerá uma lupa, dê um clique e abra um campo de seleção, quando der o segundo clique, tudo que estiver no campo da seleção irá cen- tralizar com sua tela, veja o exemplo no desenho a seguir. Figura 23 - Comando zoom (z+enter): AutoCAD 2015 Fonte: os autores. DESIGN 101 Na Figura 23, observe o campo de seleção em um ponto específico, nesse caso, queremos conferir que está faltando alguma observação, cota, hierarquia ou um detalhe a mais, quando realizar o segundo clique, aquela ponta vai centralizar na tela. Observe a Figura 24 . A opção Z+ENTER+ENTER permite “travar” o zoom, com o botão esquerdo do seu mouse pressio- nado, você aproxima e afasta o zoom movimentando o mouse para frente e para trás. A última opção é muito interessante, sempre que importamos blocos, ou objetos, ou até mesmo exportamos algum bloco do Sketchup, por exem- plo, poderá, juntamente com esses objetos, ter al- gum tipo de linha “perdida” na área de desenho. A dificuldade é que essa linha ouobjeto perdido no “nada” diz para o programa que o desenho está em uma escala muito grande, o que nem sempre é um fato, desse modo, pode acarretar em travamentos e o processamento pode ficar mais lento. “E como descobrir isso, professor?”. Fácil, com o atalho Z+ENTER+E+ENTER, a ferramenta zoom vai centralizar na sua tela tudo o que estiver dentro do AutoCAD, logo verás todo o desenho em sua área gráfica/área de trabalho. Figura 24 - Visão do local aproximado com zoom (z+enter): AutoCAD 2015 Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 102 Observe nas figuras a seguir o exemplo em um arquivo pessoal do nosso trabalho. Figura 25 - Comando Z+ENTER+E+ENTER: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. A partir do momento que realizamos o comando z+enter+e+enter, acompanhe o que aconteceu na figura a seguir. Figura 26 - Objetos distanciados do desenho: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. DESIGN 103 O ponto “A” é exatamente o projeto ilustrado na fi- gura anterior a essa, já o ponto “B” seria o “corpo estranho” no seu projeto. Caso queira conferir o que seria esse objeto, dê o comando z+enter e faça o campo de zoom até que ele chegue no seu campo de Figura 27 - Desenho corrigido, comando z+enter+e+enter: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. visão, do contrário, é só selecionar e deletar, em se- guida, realize novamente o comando z+enter+e+en- ter e seu desenho será centralizado corretamente como na figura a seguir: COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 104 Precisão DESIGN 105 Quando se trata de precisão no AutoCAD aliado ao design de interiores, projetos e afins, não é algo complicado. Lembra quando abrimos o programa e ele veio com um grid na tela? Explicamos, anterior- mente, que esse grid é uma ferramenta de auxílio para desenhos precisos. Vamos dar um exemplo de como utilizá-lo em seu projetos, ainda que não seja da área do designer de interiores, mas um detalhamento de hidráulica e esgoto de um banheiro pode ser feito uti- lizando as ferramentas ORTHO, GRID E SNAP. Para reconhecer as ferramentas em uma eventual dúvida, posicione o cursor do mouse sobre os íco- nes do AutoCAD, e ele lhe dará as informações necessárias, mesmo que em inglês, utilize um aplicati- vo para traduzir ou até mesmo o google. No caso de uma dúvida mais complexa, o F1 do seu teclado é para acessar o portal de ajudas de qualquer software, não é diferente com o AutoCAD. Fonte: os autores. SAIBA MAIS “Como desenhar um projeto hidráulico utilizan- do isso, professor?”. Você pode detalhar os pontos, linhas hidráulicas e seus ramais. Ramal é a derivação ou afluente de uma canalização ou de uma linha prin- cipal de energia elétrica, hidráulica, esgotos etc. O projeto pode ser desenhado e ilustrado em pers- pectiva isométrica, isso permitirá o entendimento mais rápido e mesmo sendo uma perspectiva, por ser isomé- trica, pode receber cotas e ser “plotada” em escala. Plo- tagem é o processo de impressão do seu projeto DWG. Figura 28 - Perspectiva isométrica Fonte: Suzuki ([2016], on-line)1. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 106 Retomando, o grid vai te auxiliar instalando as linhas sempre em um ponto de intersecção, aí é que entra o snap. Sem o snap ativo, o grid não funciona; quando ativamos o comando LINE e o grid em sua tela não estiver com o snap ativado, o cursor não identifica a intersecção da ferramenta grid. Nesse sistema de pre- cisão, é fundamental o ortho, como explicado ainda nesta unidade, ele faz com que sua LINE trabalhe sempre em um ângulo reto e garantirá a qualidade do seu projeto. Na Figura 29, você entenderá melhor o funcionamento do grid junto ao snap. Figura 29 - Snap + grid: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. Designers industriais e de produto usam o mesmo software. Cada um usa recursos diferentes desse software para ajudá-los a fazer coisas diferentes. O designer de interiores segue esse mesmo conceito. (AUTODESK)2. REFLITA DESIGN 107 Veja, o retângulo tracejado é um dos campos de re- ferência do grid, com o zoom, fica mais claro para explicar: o snap ativado fará com que o cursor, com o comando de linha, só consiga tocar um dos pontos A, B, C ou D; sem o snap, a linha não consegue tocar as vértices do grid, para iniciar uma linha de outro ponto, precisa-se desativar o snap. Na figura anterior, observe que todos os seis pon- tos do cubo estão tocando a intersecção (vértices) do grid e/ou paralelo com as linhas do eixo X e Y. Pois bem, aluno(a), chegamos ao fim de mais uma unidade, com informações de extrema importância para melhor desenvolvimentos de seus projetos. Você pôde ver até aqui os primeiros passos para iniciar o Figura 30 - Desenho isométrico: AutoCAD 2015 Fonte: os autores. desenho, aprendeu a utilizar algumas das principais e essenciais ferramentas e atalhos do programa. Esta unidade teve o objetivo de lhe mostrar como agir diante do software durante seus trabalhos, a como visualizar os desenhos, como trabalhar um desenho com a devida precisão, entre outros. Espero que te- nha aproveitado o conteúdo ao máximo. Na próxima unidade, você aprenderá como compor o seu dese- nho com propriedades de desenho, desde textos até como inserir uma imagem dentro do seu plano de trabalho para compor a prancha técnica. Até lá. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 108 Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, vimos os primei- ros passos para iniciar um desenho, a utilizar as ferra- mentas essenciais de forma simples e objetiva, como colocar um objeto de forma com que se aplique a fer- ramenta ortho. Contudo reforçamos assuntos como a importância de salvar o modelo antes mesmo de iniciar o desenho e, após o seu início, vimos que é ne- cessário o hábito de insistentemente aplicar a opção salvar, bem como o local onde salvar o seu projeto. Analisamos os principais comandos para dese- nhar linhas e formas, desde a linha à ellipse, como desenhar uma linha em ângulo e uma polyline. As ilustrações serão um grande aliado, todas com o máximo de informações tornaram-se uma fonte de apoio com maior eficiência. Se, nas unidades anterio- res, você pode compreender a importância do Auto- CAD para sua formação, nesta unidade, o objetivo foi levar até você o máximo de informação a respeito de como elaborar um primeiro ambiente residencial, um WC de uma suíte com paredes e vão para aberturas de portas e esquadrias. Pois bem, aluno(a), o aprimoramento dessas fer- ramentas, dessas técnicas, comandos, precisão, vi- sualização, tudo isso sempre ficará mais simples de acordo com o contato. O AutoCAD será simples a partir do momento em que seu desenho ganhar for- mas, vida, informações. Faça do programa sua lapi- seira, visto que, assim como nos desenhos manuais, o CAD necessita de muito cuidado, atenção aos deta- lhes e, quanto mais detalhe, quanto mais informação em seu projeto, melhor será o resultado do diálogo entre você, o desenho e o executor do seu projeto. Todo projeto tem que ser criado como um manual de instruções, porém um manual visual. Represente suas ideias por meio de linhas e formas, permitindo a real leitura do projeto a ser construído. E, por fim, podemos encerrar esse conteúdo de maneira bem mais dinâmica. Espero que tenha aproveitado todas as dicas, técnicas e ensinamentos escritos até aqui. Considerações Finais 109 atividades de estudo 1. Utilizando qualquer uma das últimas três versões do AutoCAD, sabemos que pouco mudará na sua interface, ou seja, basicamente o programa estará apto para iniciar o seu projeto, porém temos uma ferramenta que será utilizada apenas em situações específicas. Sendo assim, po- demos desativá-la para manter a área de trabalho com menor número de informações. Qual seria essa ferramenta? a. SNAP. b. TRIM. c. ORTHO. d. GRID. e. Nenhuma. 2. Para iniciar um desenho, necessitamos abrir o AutoCAD clicando duas vezes no ícone de ata- lho na área de trabalho do seu computador, posteriormente, clicar em Start Drawing. Uma vez aberto o programa, precisamos: I. Salvar o arquivo evitando umapossível perda do projeto após horas de trabalho. II. Importar um desenho antigo e alterá-lo. III. Iniciar o projeto 2D de imediato. IV. Alterar a cor da área gráfica do seu AutoCAD.. Assinale a alternativa correta: a. Apenas I e II estão corretas. b. Apenas II e III estão corretas. c. Apenas I está correta. d. Apenas II, III e IV estão corretas. e. Nenhuma das alternativas está correta. 3. Quando trabalhamos em um projeto no AutoCAD, precisamos, constantemente, salvar o ar- quivo. Esse hábito pode evitar que acidentes como queda de energia possa causar algum pre- juízo à sua produtividade. Assinale V para verdadeiro ou F para falso: ( ) O AutoCAD é uma ferramenta de desenho de precisão, desse modo, o software é consi- derado uma ferramenta de extrema segurança no sentido de proteger seu trabalho de eventuais acidentes como queda de energia ou erros do programa. 110 atividades de estudo ( ) Para evitar problemas com seu projeto 2D, salvar o arquivo em um curto intervalo de tempo é uma situação de segurança para não ter problemas futuros. E, para agilizar esse processo, podemos salvar quantas vezes for necessário por meio do atalho ctrl+s. ( ) A maneira adequada para salvar um novo arquivo DWG é sempre em pastas em um local seguro e em pastas nomeadas de acordo com cada cliente, mantendo, assim, a organiza- ção e segurança dos seus projetos independente do tipo de arquivo, seja ele, 2D ou 3D. a. V, F, V. b. F, F, V. c. F, V, V. d. Todas as alternativas são falsas. e. Todas as alternativas são verdadeiras. 4. Todo novo projeto necessita de regras de desenho, tais como: representar vãos de uma edifica- ção, sentido de abertura de portas, espessura de janelas, entre outros. Utilizando ferramentas como LINE(linha), ARC(arco), REC(retângulo), OFFSET, TRIM e FILLET, podemos construir a planta de uma edificação. Explique, com suas palavras, brevemente, o que faz cada uma dessas 6 ferramentas citadas. 5. Tratando-se de desenho de precisão, a utilização das ferramentas SNAP e GRID são grandes auxiliares. Para detalhar uma rede hidráulica em perspectiva isométrica, por exemplo, é funda- mental o uso dessas duas ferramentas. Assinale V para verdadeiro ou F para falso: ( ) A representação das instalações hidráulicas e suas vias podem ser feitas por meio de perspectivas isométricas. Essa técnica facilita o entendimento do projeto, o encanador compreende melhor e permite um desenho 100% em escala. Caso falte alguma medida, o profissional pode conferir com um escalímetro, diferente de uma perspectiva cônica. ( ) A ferramenta grid funciona independente de qualquer outra ferramenta para elaboração de perspectivas isométricas e demais desenhos da metal mecânica visando a precisão desses desenhos. ( ) O snap não tem utilidade para uso sem o grid ativo. ( ) Em projetos de design de interiores, não se utiliza ferramentas grid e snap para elaborar layout, plantas, cortes e vistas. 111 atividades de estudo a. V, F, V, V. b. F, F, V, V. c. V, V, F, F. d. Todas as alternativas estão corretas. 6. (ENADE, 2015) É essencial, para um designer de interiores, ser capaz de produzir layouts e pro- jetos de interiores, ser capaz de produzir layouts por computador (CAD). De fato, a maioria dos atuais escritórios de design reconhece a importância dessa ferramenta. O desenho assistido por computador é importante porque permite: I. A aplicação de materiais com imagens obtidas em websites de fornecedores e fabricantes, pos- sibilitando a transmissão real do futuro ambiente. II. Maior flexibilidade de trabalho com economia de tempo. III. A dispensa de outros recursos gráficos para desenvolvimento de uma ideia. É correto o que está expresso em: a. II apenas. b. III apenas. c. I e II apenas. d. I e III apenas. e. I, II e III. 7. Para melhor visualizar o desenho na área de trabalho do AutoCAD, utiliza-se o scrool do mouse como atalho mais rápido para o zoom. O Comando zoom, aplicado com uma sequência de co- mandos no teclado, permite que você visualize todo o seu projeto e que fique visível, ocupando toda a tela. Qual seria esse comando de visualização? a. Z+ENTER. b. Z+ENTER+ENTER. c. Z+ENTER+E+ENTER. d. Botão SCROLL. e. Z+ENTER+E. 112 LEITURA COMPLEMENTAR O AutoCAD é um software muito utilizado por profi ssio- nais da área de engenharia, arquitetura, design, entre ou- tros, para criar desenhos bidimensionais (2D) e tridimen- sionais (3D) com precisão absoluta. A primeira versão do programa é de 1982 e, de lá para cá, o software vem sendo aprimorado pela Autodesk. No curso do Senac, aprendemos a versão 2014, embora já tenha sido lança- da a 2017, as diferenças não são grandes. Para este post, optei por comentar algumas vantagens e desvantagens que percebi ao longo do curso de AutoCAD 2D no que diz respeito ao projeto de interiores. Vantagens: 1.Plantas: no caso dos interiores é muito importante estu- dar a circulação, a distância entre os objetos e mobiliário e as diversas maneiras de distribuí-los, levando em conta as dimensões dos ambientes e da estatura mediana. O AutoCAD 2D nos ajuda a fazer este estudo com precisão e detalhamento, imaginando que estamos olhando “de cima” a uma altura de 1,50m do chão. 2.Vistas: em outra posição, como se estivéssemos olhan- do “de frente”, podemos estudar melhor a altura dos objetos e dos móveis, levando em conta o pé direito do ambiente e as dimensões do corpo humano. É possível detalhar, por exemplo, a distância entre a luminária e o balcão, entre as prateleiras de um armário, etc. 3.Paginação de piso: podemos estudar diferentes tama- nhos e combinações de piso para um mesmo ambiente, defi nindo onde começa e termina os revestimentos es- colhidos, levando em conta portas com soleiras e outros detalhes. 4.Iluminação: podemos estudar e indicar tanto a posição como a quantidade de luminárias, assim como os inter- ruptores e circuitos elétricos. No caso de uma reforma de interiores pode haver a necessidade da instalação ou mu- dança de local das tomadas e outros itens, por isso pode indicar na planta as alterações será muito útil. 5.Camadas: um bom exemplo da vida real que foi utili- zado para explicar os uso de camadas no AutoCAD é o desenho no papel manteiga. Em termos de software, isso signifi ca que cada elemento do seu desenho deve corres- ponder a uma camada com características específi cas de cor, espessura e tipo de linha, podendo deixá-la visível ou invisível dependendo da sua necessidade. 6.Escalas, cotas e penas: há a possibilidade de imprimir os desenhos em diferentes escalas, defi nindo as espessu- ras de linha e as cotas de acordo com a norma técnica e imprimir o desenho em formatos diversos, como jpg, pdf e plt, utilizando desde uma impressora comum até uma plotter. 113 LEITURA COMPLEMENTAR Desvantagens: 1.Blocos: no AutoCAD, os blocos (louças, eletrodomésti- cos, plantas etc.) podem ser criados por nós ou inseridos prontos no projeto. Isso facilita bastante, mas seria inte- ressante que houvesse mais blocos específi cos relaciona- dos à área de interiores, para que pudéssemos sugerir na planta ou vista quando necessário, entre eles, móveis e luminárias de design. 2.Hachuras: são as hachuras que possibilitam inserir tex- tura e preencher com cores os desenhos feitos no Auto- CAD, porém esse comando é bem mais chato de usar do que eu imaginava. Por isso, optar por esse software para estudar composições estéticas pode ser bem trabalhoso. 3.Confi gurações: é possível confi gurar letras, cotas, mo- dos de impressão, uma série de coisas e, fi nalmente, criar um template personalizado com todas as suas preferên- cias. Porém fazer essas confi gurações exige um passo a passo nada intuitivo. Precisei anotar tudo com detalhes para conseguir repetir sozinha. Há mais vantagens do que desvantagens em aprender o AutoCAD 2D e eu recomendo fazer o curso. Foi comenta- do durante as aulas que muitas pessoasaprendem no dia a dia a usar o software, porém sem a instrução de um pro- fi ssional especializado, pode acontecer de usá-lo de ma- neira inadequada ou simplesmente não aproveitar todo o seu potencial. Outra questão importante é que usamos o AutoCAD em inglês, isso pode ser um complicador para quem não conhece muito bem o idioma e tenta entender o programa sozinho. Fonte: Pedro (2015, on-line)3 . COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 114 AutoCAD 2012 Básico: Projetos Em 2d Rosa Katori Editora: Senac São Paulo Sinopse: este volume explica as novidades da versão 2012 do Auto- CAD, o software líder absoluto na área de desenhos assistidos por computador (CAD). O livro não exige que o leitor tenha experiência em programas de CAD e é organizado em 13 capítulos. Baixe o Dicionário E-Civil por meio do seguinte site: <http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-ramal.html>. 115 referências 1 Em: <http://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula1.htm>. Acesso em: 21 out. 2016. 2Em: <http://www.autodesk.com/solutions/industrial-design-software>. Acesso em: 21 out. 2016. 3 Em: <http://www.carinapedro.com/2015/07/projetando-interiores-com-AutoCAD-2d.html>. Acesso em: 21 out. 2016. 116 gabarito 1. D. 2. C. 3. C. 4. LINE (Linha) > Ferramenta responsável para a criação de linhas na construção de pa- redes e objetos dentro do estudo de desenho técnico. O ARC(arco) irá nos auxiliar no desenvolvimento de desenhos em paisagismo, na representação de arcos que indicam sentido de abertura de portas e na elaboração de desenho de produtos, entre outros. O REC(retângulo) permite a criação de retângulos com apenas dois cliques, caso fosse formar um por meio da LINE, seriam necessários cinco cliques. Utilizamos o OFFSET para copiar uma determinada linha, para o sentido paralelo a ela, deslocar uma cópia paralela a outra linha com uma determinada distância que definimos ao acionar o co- mando. O TRIM utilizamos para “aparar” uma linha que transpasse a outra e o FILLET é para o “fechamento” entre linhas perpendiculares. 5. A. 6. C. 7. C. Professor Esp. Evandro Gozzo Perin Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Textos • Sistemas de cotas • Blocos • Layers e cores • Arquivos externos Objetivos de Aprendizagem • Conhecer mais sobre as ferramentas do AutoCAD e aprender a utilizar ferramentas do AutoCAD aplicadas a projetos de interiores. • Aprender a inclusão de cotas e fontes nos projetos de AutoCAD. • Aprender a criar e salvar um bloco dentro do AutoCAD. • Aprender a trabalhar com imagens dentro do projeto. FERRAMENTAS TÉCNICAS IV unidade INTRODUÇÃO Olá, caro(a) aluno(a)! Nosso objetivo nesta unidade é o de conhecer mais sobre as ferramentas do AutoCAD. Iremos aprender novas técnicas e aprofundar o uso de algumas já vistas nas unidades anteriores. Você pode já estar se familiarizando e até já utilizar o Autocad para seus dese- nhos, porém, dentro do AutoCAD, temos muitos comandos e ferramen- tas que te ajudam a ser mais rápido(a), ser mais ágil e preciso(a). Com o livro, temos o objetivo de fazer você gostar cada vez mais do programa, visualizando ambos como uma ferramenta essencial de trabalho. Impor- tante que você entenda que, para conseguir realizar, com sucesso, o es- tudo e aprendizagem desse conteúdo, será necessário dedicar um tempo para poder, além de ler o livro e todas as suas unidades, praticar todo o explicado aqui. Nesta unidade, iremos aprender a trabalhar com sistemas de cotas, aprenderemos todas as funções necessárias para que possa utilizar essa fer- ramenta de medidas e especificações. Iremos, ainda, aprender as ferramen- tas voltadas unicamente para textos, palavras, anotações, legendas, com elas, poderemos construir textos de todas as maneiras possíveis e de uma forma muito simples e prática. Não podemos deixar de conhecer, também, os blocos, uma parte essencial do AutoCAD que facilita e muito na hora de projetar, tornando o seu projeto muito mais fácil e rápido na conclusão. Conheceremos as camadas do seu projeto, como organizar e orientar cada detalhe, separando por categorias e aplicando propriedades distintas para cada. Por último, mas também importante, veremos como inserir imagens raster dentro do AutoCAD, ideal para completar seus projetos com fotos de materiais, terrenos, ambientes, dentre outros, e já pensou em até poder criar uma planta humanizada direto no AutoCAD, criar os seus blocos pessoais, criar uma biblioteca da sua empresa? As possibilidades são mui- tas. Desejo a você um ótimo estudo e que possa aproveitar muito bem este material. Vamos em frente! COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 122 TEXTOS Vamos começar, nesta unidade, a trabalhar com a ferramenta texto, bem simples e fácil de usar. Para todo e qualquer tipo de projeto, há a necessidade de anotações, legendas, comentários, em que, nes- se caso, serão muito acessados. Dentro do Auto- CAD, a ferramenta de texto trabalha de forma bem parecida com a confi guração de outros programas (Word, Corel etc.), dessa forma, a deixa mais sim- ples e fácil de entender. Apesar de o AutoCAD ser um programa técnico, o texto se adapta, seja ele para se trabalhar em escala ou não (BALDAM; COSTA, 2013). Vamos começar a conhecer e aprender a usar o nosso texto dentro do projeto. DESIGN 123 ACESSANDO A FERRAMENTA TEXTO A ferramenta texto encontra-se no canto superior esquerdo do programa na guia Annotate. A ferra- menta é usada desde pequenas anotações até gran- des textos. Veremos quais ferramentas temos a nossa disposição: Começamos pelo Multiline Text (texto em múl- tiplas linhas): Figura 1 - Janela para criação de texto Fonte: os autores. Multiline Tex: com a ferramenta texto de múlti- plas linhas, é possível criar vários parágrafos em um único objeto. Também podemos formatar fontes, al- terar tamanhos e configurar colunas. Para criar um Multiline Text, clica-se com o mouse no primeiro canto e, em seguida, no canto oposto. Veja exemplo a seguir (Figura 2): Figura 2 - Método de criação de uma caixa de texto Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 124 Depois, aparecerá uma caixa demarcada com uma linha vertical que indica o início do parágrafo e acessa o painel text editor (exemplo na Figura 3). Após criar a caixa de texto, na primeira caixa de ferramentas (Style), temos os estilos de texto, conforme Figura 4. Note que vêm dois estilos pré-configurados: Annotative e Standard. O es- tilo Annotative já é um texto com configuração de anotativa ideal para se trabalhar tamanhos re- lacionados com escalas, já o estilo Standard é o texto sem a configuração anotativa, nesse caso, o tamanho da fonte está relacionado com a unidade do seu desenho. Vejamos as opções que encontramos nessa jane- la de ferramentas: 1. Annotative: especifica se o texto será de ano- tação ou não. 2. Caixa de valores: especifica o tamanho que terá o texto. Geralmente, marcado 2.5 como padrão. 3. Mask: adiciona uma cor de background ao fundo do texto - como a cor de realce de texto do word. A opção mask é indicada para fazer o destaque de textos cuja sua vi- sualização é afetada por algum outro tipo de elemento. Ao clicar na opção mask, uma janela é aberta. Use background mask: ativa e desativa a opção de fundo. Border offset fator: controla a quantidade de borda que terá o fundo, o valor mínimo é de 1. Fill Color: especifica o estilo de cor a ser usado no fundo do texto. Veja alguns exemplos: a opção (Use Drawing Background Color) acrescenta a cor que está configurada para o fundo do desenho. Essa cor é configurada no menu options (opções). O segundo conjunto de ferramentas é a caixa de formatação. Lembrando que essas ferramentas apa- recem apenas com o texto já ativado. Vejamos, por ordem, como podemos configurar cada uma. Match: copia a propriedade de um texto para o outro dentro da mesma frase. Figura 3 - Caixa de texto recém-criada Fonte: os autores. Figura 4 - Janela de configuração padrãode textos Fonte: os autores. DESIGN 125 Bold: ativa e desativa a opção de negrito do texto. Italic: ativa e desativa a opção itálica do texto. Underline: ativa e desativa a opção de sublinha- do do texto. Overline: ativa e desativa a opção de sobrelinha do texto. Superscripts: ativa e desativa a opção de sobretexto. Subscript: ativa e desativa o texto inferior. Strikethroud: ativa e desativa o texto tachado. Todos esses, como no word, powerpoint e outros softwares. Stack: ativa e desativa o texto em fração, veja exemplos: Obs.: há a necessidade de uma barra entre as pa- lavras ou números. Change Case: muda a fonte para maiúscula/mi- núscula, veja exemplos: Font: altera o tipo de tipografia da fonte entre os modelos instalados no computador. A fonte pa- drão vem como Arial. Para instalar novas fontes, basta fazer o download da fonte desejada, acessar o painel de controle do computador e localizar a opção Fontes. Devemos, também, levar em consi- deração a tipografia correta, respeitando a norma do projeto. Color: acessa as características da cor da fonte dentro da paleta de cores do AutoCAD. Com a op- ção ByLayer ativada, a cor da fonte será a mesma da configurada para o layer (camada). Obs.: a cor ByLayer é aquela que está configura- da na caixa de camadas. Quando fazemos cópias de textos de outro progra- ma ou local, geralmente, a formatação não vem coeren- te ao estilo usado, por isso, temos as opções de limpar todas essas formatações para, assim, configurar de ma- neira correta. Para isso, temos os seguintes comandos: Clear: remove toda e qualquer tipo de formata- ção de fonte entre as opções de: A: Remover apenas as formatações de caracteres. B: Remover apenas as formatações de parágrafo. C: Remover todas as formatações, incluindo ca- racteres e parágrafos. O próximo conjunto de ferramentas é o Paragraph (parágrafo). Para essa formatação, as in- formações são muito parecidas e têm praticamente a mesma função das utilizadas em outros programas, como o Word do Windows, portanto, se você já tem um domínio em algum outro programa, terá muita facilidade para trabalhar com essas opções. Figura 5 - Janela para formatação de textos Fonte: os autores. Figura 6 - Janela de configuração de parágrafo Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 126 Vejamos como funciona: Justification: configura o alinhamento do pará- grafo, dentre elas: Top left TL: superior esquerda. Top Center TC: superior centralizado. Top Right TR: superior direita. Middle left ML: meio esquerda. Middle Center MC: meio centralizado. Middle Right MR: meio direita. Bottom left BL: inferior esquerda. Bottom Center BC: inferior centralizado. Bottom Right BR: inferior direita. Obs.: para fazer as formatações mais rapidamen- te, escreva todo o texto, selecione-o por completo e mude para a configuração desejada. Automatica- mente seu texto será “jogado” e formatado da ma- neira correta. Também podemos acessar a barra mais à direita e usar alguns padrões acessíveis. Bullets and Numbering: habilita a numeração e marcação de parágrafos. Com esta ferramenta, po- demos configurar entre números, letras ou símbo- los. Line Spacing: ferramenta para configuração das distâncias entre as linhas do texto. Podemos esco- lher entre os valores definidos ou acessar More para customizar um valor diferente. Columms: ferramenta específica para a configu- ração de colunas dentro do texto. As opções são No Columms (Nenhuma coluna), Dynamic Columms (Colunas Dinâmicas) e Static Columms (Colunas Estáticas). Vejamos como funciona: Nenhuma Coluna: nenhuma coluna é especifi- cada para o texto editado. Colunas Dinâmicas: define para o texto atual o modo de colunas dinâmicas. As colunas dinâmicas são afetadas pelo fluxo do texto ao mesmo tempo em que o fluxo de texto adiciona ou remove colunas. Colunas Estáticas: define o modo de colunas es- táticas para o texto atual. É possível configurar lar- gura, altura e quantidade de colunas. Todas terão a mesma altura e alinhamento. Inset Column Break Alt+Enter: insere, automa- ticamente, uma nova coluna ao seu texto, ou usando o atalho Alt+Enter. Figura 7 - Janela para criação de colunas em textos Fonte: os autores. Ao clicar em Column Settings, abrirá a janela com as seguintes configurações: Column Settings: acessa o menu para a configu- ração manual da coluna do texto. Column Type: tipo de coluna. Coluna dinâmica: altura automática / altura manual. Static Columns: coluna estática, o tamanho não varia. No Columns: nenhuma coluna, desabilita a cria- ção de colunas. DESIGN 127 Columns number: quantidade de colunas a ser criadas. Na sequência, temos a opção Symbol (símbolo), na qual encontramos os atalhos dos caracteres ou sím- bolos que não têm no teclado ou que precisam de combinações de comandos especiais. A caixa Field cria um campo de texto que pode ser atualizado automaticamente, por exemplo, para adicionar datas e horas locais do exato momento. Spell Check: faz a correção de ortografi a do texto. Edit Dictionaries: edita as confi gurações do di- cionário para a correção do texto. Lembrando que, se a versão do AutoCAD for a inglesa, terá que al- terar o dicionário para correção de palavras portu- guesas. Find & Replace: localiza e substitui palavras ou letras dentro de seu texto. Excelente para corrigir palavras ou mudar números de todo o seu texto. Aluno(a), chegamos ao fi nal da apresentação de todas as ferramentas utilizadas no texto dentro do AutoCAD. Proponho que acesse o programa e teste todos os listados, pois isso, certamente, ajudará no entendimento e fi xação. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 128 SISTEMAS DE COTAS Neste tópico, aprenderemos a criar e aplicar sistemas de dimensionamentos por meio de cotas dentro do projeto. Essa é uma das etapas fi nais do projeto, cujo objetivo é mostrar todas as dimensões e, claro, me- lhorar a forma de interpretar um projeto. Todo o de- senho técnico passa pela cotagem, ela é essencial para a execução fi nal, seja ele arquitetônico, mobiliário ou produto. Nesta etapa, devemos conferir medidas por medidas. O AutoCAD possui várias formas de cota- gem, desde dimensões lineares, angulares e radiais. DESIGN 129 Primeiramente, iremos localizar onde se encontram as ferramentas de contagem do AutoCAD. Na tela inicial, na qual se encontra o desenho, temos uma categoria para elas, ali, estão algumas das mais utili- zadas. Junto com elas, temos, também, a ferramenta texto, estudada no tópico anterior. Vá na guia Home, em seguida, na aba Annotation (anotação). Outra forma de acesso às ferramentas de cotas é pela guia annotate na aba dimension. Aqui nesse grupo, temos todas cotas disponíveis no AutoCAD. Confira na Figura 8: Com as ferramentas localizadas, agora, va- mos aprender como se comporta cada uma delas. Primeiro, vamos começar pela dimensão linear, a mais usada. Uma novidade no AutoCAD 17 é a Dimension (dimensão), que cria vários tipos de co- tas com apenas um comando, facilitando muito o processo de cotagem. Para usá-la, basta ativá-la e posicionar o cursor do mouse sobre uma linha ou um arco, que, automa- ticamente, criará sua cota. Veja na Figura 9. Figura 8 - Aba de ferramentas do sistemas de cotas Fonte: os autores. Figura 9 - Exemplo de cotas Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 130 Figura 10 - Exemplo de cotas lineares Figura 11 - Exemplo de cota alinhada ao objeto Figura 12 - Exemplo de cota angular Figura 11 - Exemplo de cota alinhada ao objeto Cria uma simples cota linear, seja ela horizon- tal, vertical ou rotacionada, uma das mais utili- zadas nos projetos até então. Para usá-la, clica- -se no primeiro e no segundo ponto da origem da linha de extensão. Veja Figura 10. Cria uma cota alinhada com os pontos de ori- gem das linhas de extensão. Ideal para cotar linhas em diagonal ou inclinadas. Clica-se no primeiro e segundo ponto das linhas de exten- são. Veja a Figura 11, note que a cota respeita a direção dalinha. Cota o ângulo entre duas linhas, objetos ou arcos selecionados. Clica-se no primeiro e se- gundo ponto das linhas de extensão. No caso de círculo ou arco, basta fazer apenas um cli- que sobre o desenho do arco. Mede a distância de um arco do ponto inicial ao ponto final. Cuidado para não confundir com medida do ângulo do arco, aqui nesse caso, ele mede a distância como se o arco esti- vesse estendido em linha reta. Clica-se sobre a linha do arco para obter a medida. 2 3 4 1 Aligned dimension (dimensão alinhada) Angular dimension (dimensão angular) Arc Length (comprimento do arco) Dimension Linear (dimensão linear) DESIGN 131 Figura 14 - Exemplo de cotas de raio e diâmetro Figura 15 - Exemplo de cota ordenada Figura 16 - Exemplo de uma cota com desvio Diameter: mede o diâmetro de um círculo ou arco. Clica-se sobre o arco ou círculo para ob- ter a medida, seja ela pelo raio ou diâmetro. As cotas de ordenada medem a distância, seja horizontal ou vertical (Z, Y) de um ponto de origem. Clique em um ponto e leve o cursor do mouse em direção a X ou a Y. A distância me- dida está relacionada com o macro 0 do eixo X e Y do AutoCAD. Quanto mais longe, maior será a distância medida. Mede o raio de um arco ou círculo, e ele mos- tra um símbolo de raio junto a cota. As cotas de raio com desvio são utilizadas quando o centro do objeto, seja ele um arco ou um cír- culo, não pode ser exibido em sua verdadeira localização. Essas cotas também podem ser chamadas de cotas de raio reduzidas. Veja a or- dem de sequência na criação da jogged (cota com desvio). Ordinate (ordenadas) Jogged (cota com desvio) Radius: mede o raio de um círculo ou arco. Fonte: os autores. 6 5 7 COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 132 Esses são os estilos de cotas que podemos usar dentro do AutoCAD. Na sequência, ire- mos ver duas maneiras de facilitar a cotagem de vários desenhos ou objetos em seu proje- to. São elas: a Quick (rápido) e a Continue (contínua) Usando a Quick: selecione todos os dese- nhos que deseja cotar. Com os desenhos selecionados, ative a cota Quick, posicione o mouse onde desejar e note que as cotas já sairão todas prontas. Muito bom para cotagem de distâncias entre objetos, móveis, pisantes, furos, decks. Ob- serve na Figura 17. Usando a continue (contínua) Primeiro você precisa ter uma cota já pronta feita com a Linear, como vemos na Figura 18. Depois, basta você ativar a cota continue e clicar nos próximos pontos a serem medi- dos. Você pode escolher qualquer ponto, pu- lar espaços e no final basta apertar a tecla Esc e a ferramenta será desativada e finalizando as medidas no último ponto selecionado. Veja na Figura 19. Agora, vamos conhecer a cota Baseline (Cota de base), ela vem junto com a Con- tinue. Ela cria uma cota linear, angular ou ordenada sempre partindo da base da cota anterior, ou se estiver selecionada. Primeiro cria-se uma cota linear padrão, como vemos na Figura 20. Depois, ativa-se a Baseline e, com base da primeira cota, ela fará as demais medidas, sempre respeitando o mesmo ponto de ori- gem, como mostra o exemplo na Figura 21. Figura 17 - Exemplo de múltiplos objetos cotados Figura 18 - Exemplo de objeto cotado com linear Figura 19 - Exemplo de objetos sendo cotados com a ferramenta continue Figura 20 - Exemplo de objeto cotado com linear Figura 21 - Exemplo de objetos cotados com baseline Fonte: os autores. DESIGN 133 CONFIGURANDO COTA Depois que vimos como cotar um desenho e conhe- cemos os estilos que podemos usar para determi- nado projeto, iremos estudar a maneira correta de configurá-los, descobrir como alterar fontes, linhas e símbolos, sendo que, em geral, podemos criar nos- sa própria cota e salvá-la para uso em outros proje- tos. Na guia Annotate (anotação) na aba Dimensions (dimensões), temos alguns estilos já definidos, onde ficarão nossos novos estilos. Para criar uma nova cota, iremos acessar o Manage Dimension Styles (Ge- renciador de estilos de cota). Veja na figura a seguir. Current Dimension Style: mostra o estilo atual sen- do usado no projeto. Styles: mostra todos os estilos disponíveis que podem ser usados ou modificados. List: mostra todos os estilos de cotas ou apenas as que estão sendo usadas no projeto. Preview: mostra uma prévia do estilo de cota sendo usado. Description: mostra, quando há, as descrições da cota que está sendo usada. Set Current: marca o estilo selecionado como status atual a ser usado no projeto. New: cria um novo estilo de cota. Modify: modifica um estilo de cota selecionado. Override: define sobreposições temporárias para os estilos selecionados. Figura 22 - Localização do Gerenciador de Cotas Fonte: os autores. Essa é a janela de gerenciador de cotas, é nela que iremos criar ou modificar estilos de cotas, conforme Figura 23. Figura 23 - Janela de Gerenciador de Cotas Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 134 Compare: compara os estilos de cotas seleciona- dos por meio de uma lista de propriedades. A partir do momento que você começa a criar suas cotas, todas irão ficar salvas ao lado no painel Styles (estilos), assim, poderá ficar alternando en- tre elas se precisar (como vimos na figura anterior a essa). Para criar uma nova cota, pressionamos o botão New (novo). Irá abrir uma janela chamada Create New Di- mension Style (Criar Novo Estilo de Dimensão). Veja na Figura 24 a seguir. New Style Name (Nome do novo Estilo): define um nome para o estilo de cota a ser criado. Start With (Começar Com): ao configurar a nova cota, o AutoCAD parte por um dos modelos já criados. Nesse caso a ISO-25. Annotative: define se a nova cota será anotativa. Use for: define para quais dimensões específicas será aplicada a nova cota, no nosso caso, para todas as dimensões All dimensions. Figura 24 - Janela de especificação do nome de uma nova cota Fonte: os autores. A primeira etapa será a configuração das linhas da cota (observe na Figura 25 a seguir). Na primeira guia, configuramos todas as propriedades das linhas da cota. Color: define a cor da linha de dimensão da cota. Linetype: define qual tipo de linha aparecerá na cota. Contínua ou tracejada. Lineweight: define o peso para a linha, qual es- pessura terá essa linha. Figura 25 - Janela para configuração de linhas de dimensão de cotas Fonte: os autores. DESIGN 135 Extend beyound ticks: especifica um valor a ex- ceder acima das marcas da cota. Baseline spacing: define o valor de distância en- tre uma linha de cota e uma linha de base. Suppress: oculta a exibição das linhas de cota, tanto a primeira quanto a segunda. EXTENSION LINES (Figura 26) Configura a aparência das linhas de extensão. Color: define a cor para a linha de extensão. Linetype ext line 1: define o tipo de linha para a primeira linha de extensão. Linetype ext line 2: define o tipo de linha para a segunda linha de extensão. Lineweight: define a espessura para as linhas de extensão. Suppress: oculta a visualização das linhas de ex- tensão, tanto a linha 1 quanto a linha 2. Extend beyound dim lines: define um valor para estender as linhas de extensão acima da linha de cota. Offset from origin: define um valor para a dis- tância do deslocamento das linhas de extensão a par- tir do ponto que define a origem da cota no desenho. Fixed lenght extension lines: define um compri- mento fixo para as linhas de extensão. ARROWHEADS (Figura 27) First: define a ponta de seta para a primeira linha de cota. Quando se altera a primeira ponta, automati- camente, a segunda também é alterada para corres- ponder com a primeira. Second: define a ponta da seta para a segunda linha de cota. Essa, por sua vez, não influencia na primeira ponta podendo fazer a troca sem afetar a primeira. Leader: define a ponta da seta para a linha de chamada. Serão afetadas apenas as cotas em que se- rão necessárias linhas de chamadas. Arrow size: define o tamanho das pontas das setas. Figura 26 - Janela paraconfiguração de linhas de extensão Fonte: os autores. Figura 27 - Janela de configuração de setas para cotas Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 136 CENTER MARKS (Marcas de centro) None: não cria nenhuma marca ou linhas de centro. Como se houvesse um valor de zero. Mark: cria uma marca de centro correspondente ao valor adicionado. Line: cria uma linha de centro. Dimension Break (quebra da cota). Break Size: define o tamanho da lacuna de que- bra de cotas. Veja o exemplo a seguir. Essas cotas são criadas quando o ponto central de um círculo ou arco está fora da página. Jog angle: define o ângulo transversal da linha de cota na cota com desvio de raio. Linear Jog Dimension (Cota com desvio Line- ar): controla a visualização de cotas com desvios lineares. Essas cotas, por sua vez, são necessárias quando a medição real não é mostrada de forma precisa pela cota. Jog Height Factor: determina o valor da altura do desvio definida entre os dois vértices dos ângulos que compõem o desvio. Figura 28 - Janela de marcação de centro e quebra de uma cota Fonte: os autores. Figura 29 - Janela para configuração de cotas angulares e de desvio Fonte: os autores. ARC LENGHT SYMBOL (Comprimento do símbolo de arco) Controla a visualização do símbolo de arco específi- ca da cota de comprimento de arco. Preceding dimension Text: posiciona o símbolo de arco para antes do texto. Above dimension Text: posiciona o símbolo de arco para acima do texto. None: desativa a exibição do símbolo de arco. Radius jog dimension (Cota de desvio de raio): controla a visualização de cotas de raio com desvio. TEXT APPEARANCE (Aparência do texto) Visto já sobre configuração de linhas e símbolos, agora, iremos conhecer as configurações dos textos que se encontram na terceira aba da nossa janela ge- renciadora de cotas. Vamos ver o que cada uma faz: Text Style: mostra os estilos de textos disponí- veis. DESIGN 137 Text Color: define a cor do texto de cota. Lem- brando que, para usar a cor correspondente ao layer, deverá ficar marcado como by layer. Fill Color: define a cor de preenchimento do plano de fundo do texto. Text Height: define o tamanho do texto da cota atual. Fraction Height Sacale: define a escala de fra- ções relativas ao texto da cota. Essa opção está ativa somente quando o modo fracional estiver seleciona- do como formato de unidade na aba Primary Units. Draw frame around text: desenha um quadro ao redor do texto. Above: deixa o texto acima da linha de cota. Outside: coloca o texto ao lado da linha de cota um pouco mais afastado em relação ao primeiro ponto. JIS: posiciona o texto em conformidade com a representação da Japanese Industrial Standard (JIS). Below: coloca o texto abaixo da linha de cota. Horizontal: controla o posicionamento horizon- tal do texto ao longo da linha de cota em relação às linhas de extensão, dentre elas, são: Centered: deixa o texto centralizado ao longo da linha de cota, entre as linhas de extensão. At Ext Line 1: alinha o texto à esquerda junta- mente com a primeira linha de extensão. At Ext Line 2: alinha o texto à direita juntamente com a segunda linha de extensão. Figura 30 - Janela para configuração de texto em cotas Fonte: os autores. TEXT PLACEMENT Configura o posicionamento do texto na cota atu- al. Não se esqueça de seguir as normas de desenho técnico. Vertical: controla o posicionamento vertical do texto em relação à linha de cota, dentre elas, são: Centered: deixa o texto centralizado entre as duas partes da linha de cota. Lembre-se que, antes de qualquer configu- ração, não se pode esquecer de consultar qual a norma técnica adotada pela sua cidade ou região. REFLITA Figura 31 - Janela para configuração do posicionamento do texto na cota Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 138 Over Ext Line 1: coloca o texto sobre a primeira linha de extensão. Over Ext Line 2: coloca o texto sobre a segunda linha de extensão. View Direction: configura a direção de visuali- zação do texto na cota. Aqui, temos duas configu- rações: Left-to-Right: configura o texto para uma leitura da esquerda para a direita. Right-to-Left: configura o texto para uma leitura da direita para a esquerda. Offset from dim line: distância que o texto terá em relação à linha de cota quando posicionado so- bre ela. Ou, quando o texto estiver centralizado, esse valor passa a ser o da lacuna que a linha terá que quebrar para acomodar o texto. TEXT ALIGNMENT Configura a orientação do texto na cota, seja ele ho- rizontal ou alinhado, se ficará dentro ou fora das li- nhas de extensão. Horizontal: mantém o texto sempre na horizon- tal, mesmo a linha da cota estando inclinada. Aligned with dimension line: alinha o texto sempre com a linha de cota, respeitando, assim, a mesma inclinação na qual a linha se encontra. ISO Standard: alinha o texto apenas quando es- tiver dentro das linhas de extensão, quando fora de- las, o texto passa a ser horizontalmente. FIT OPTIONS Agora, vamos entrar na etapa de ajustes. Na quarta aba, temos algumas opções para podermos ajustar melhor nosso texto. Logo no início, temos a seguin- te citação: “se não houver espaço suficiente para co- locar o texto e as setas dentro das linhas de extensão, a primeira coisa a ser colocada fora das linhas de extensão é”: Either text or arrows (best fit) textos ou setas (melhor ajuste): coloca o texto ou as setas para fora das linhas de extensão, baseando-se no melhor ajus- te. Nesse caso, o próprio AutoCAD fará o ajuste, ora deixando as setas fora, ora deixando o texto fora, ora ambos, tudo de acordo com a necessidade. Arrows: dá preferência para as pontas de setas serem colocadas para fora, depois, o texto. Text: dá preferência para o texto ser jogado para fora, depois, as setas. Figura 32 - Janela para alinhamento do texto na cota Fonte: os autores. DESIGN 139 Both tex and arrows: se não houver espaço sufi- ciente para as setas ou o texto, esses serão colocados para fora das linhas de extensão. Always keep text between ext lines: sempre manterá o texto entre as linhas de extensão descon- siderando se o espaço é ou não suficiente. Suppress arrows if they don’t fit inside exten- sions lines: suprimir setas se elas não couberem dentro das linhas de extensão. TEXT PLACEMENT (posicionamento do texto) Configura o posicionamento do texto de cota quan- do ele for alterado da posição original definida pela cota. Dentre elas, podemos escolher em: Beside the dimension line: coloca o texto ao lado da linha de cota. Over dimension line, with leader: coloca o texto sobre a linha de cota juntamente com uma linha de chamada. Over demension line, without leader: coloca o texto sobre a linha de cota, mas sem uma linha de chamada. SCALE FOR DIMENSION FEATURES (dimen- sionar para os recursos da cota) Configura um valor global da escala da cota ou do espaço do papel. Annotative: estilo anotativo, especifica se a cota será anotativa que serve para controlar o tamanho e a escala na qual os objetos de anotação são exibidos no espaço do modelo ou de um layout. Scale dimension to layout: define o valor de es- cala, com base na escala do model space e o espaço do papel (layout). Use overall scale for: define uma escala geral para todas as configurações de cota, como textos, setas, distância e espaçamentos. Lembrando que esse valor não irá alterar os valores de medida da cota. FINE TUNING Place text manually: ignora a justificação horizon- tal do texto e o coloca manualmente na posição que você especificará na linha de cota. Draw dim line between ext lines: desenha sem- pre uma linha de cota entre as linhas de extensão, mesmo com as setas fora desses pontos. PRIMARY UNITS (Unidades primárias) Nessa aba, iremos configurar a precisão das unida- des primárias da cota. Lembrando mais uma vez de estar acerca de é configuração aceita na norma de sua cidade ou região. Unit format: define o formato da unidade aser usada nas cotas. Exceto as cotas angulares. Precision: configura o número de casas decimais que será apresentado nas cotas. Fraction format: define o estilo da fração quan- do ela for ativada em Unit Format. Decimal separator: define apenas o separador decimal das unidades. Round Off: define um arredondamento de me- didas para as cotas. Prefix: define um prefixo a ser mostrado na cota. Sufix: define um sufixo a ser mostrado na cota. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 140 MEASUREMENT SCALE Scale fator: define o valor de escala para as medi- das das cotas lineares. Por exemplo, uma linha real medindo 2 unidades passará a ser mostrada na cota medindo 4 unidades. Apply to layout dimensions only: quando liga- do, o fator atribuído ao Scale fator passa a ser utiliza- do somente nas cotas quando aparecerem no layout. ZERO SUPPRESSION Essa é uma configuração interessante, nela, pode- mos ligar ou desligar os “zeros” que aparecem nas medidas das cotas, ajudando a deixar o desenho mais limpo. Leading: extingue os zeros que estão à esquerda nas cotas decimais, por exemplo, se a cota for mos- trar 0.15, mostrará apenas .15. Trailing: extingue os zeros que estão à direita nas cotas decimais, por exemplo, se a cota for mos- trar 0.50, mostrará apenas 0.5. Se você ativar as duas opções, ambos os zeros da direita e esquerda serão extinguidos, por exemplo, uma cota que mostraria 0.50 irá mostrar apenas .5 ANGULAR DIMENSIONS Units format: define o formato para as unidades das cotas angulares. Precision: define o número de casas decimais nas cotas angulares. Zero suppression Leading: suprime os zeros à esquerda. Trailing: suprime os zeros à direita. DESIGN 141 BLOCOS Olá, aluno(a). Agora, iremos trabalhar com blocos, sendo que esses são uma forma de salvar o seu desenho dentro de uma biblioteca particular e usá-los sempre que preci- sar, sem a necessidade de fi car redesenhando novamen- te. Ajuda muito no quesito agilidade, uma vez que, com o desenho já pronto, basta apenas posicioná-lo no lugar desejado. Dentro do AutoCAD, podemos fazer blocos de qualquer desenho, desde uma simples maçaneta até um te- lhado inteiro (LIMA, 2014). Além disso, muitas empresas disponibilizam seus produtos em blocos para download para que arquitetos e designers possam utilizá-los em seus projetos. Há uma enorme quantidade desses blocos para download, além de você pode utilizá-los, também pode modifi cá-los de acordo com a necessidade, alterando ta- manhos, layouts, desenhos, enfi m, as possibilidades de se trabalhar com blocos são bem grandes. Vamos conhecer agora as ferramentas relacionadas aos blocos. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 142 Insert: aqui é por onde iremos para inserir um bloco novo no nosso desenho, e é aqui, também, que ficarão salvos os já existentes no projeto, caso queira inseri- -los novamente em algum outro local do desenho. Ao clicar em Insert pela primeira vez, abre-se uma janela de inserção de blocos, muito simples de se trabalhar. Também podemos acessá-la pelo atalho “i+enter”. Name: mostra o nome do bloco que está sen- do inserido, ou aquele bloco que foi inserido pela última vez. Browse: localiza em seu computador um bloco novo para inserir no projeto. Isso quando você tiver uma biblioteca salva ou feito download de novos blocos. Insertion point: especifica o ponto de inserção do bloco. Specify On-screen: quando ligado, o ponto de inserção do bloco será definido pelo cursor do mou- se, quando desligado, o ponto de inserção do bloco será definido pelos valores de coordenadas X’ Y’ Z’. Scale: especifica a escala do bloco que será in- serido no projeto. Muitos blocos, principalmente os baixados de outros locais, veem, às vezes, com escala diferente do desenho atual, o deixando mui- to grande ou muito pequeno. Note que os valores em X’ Y’ Z’ veem em 1.00. Para aumentar a escala de um bloco antes de inserir, basta aumentar esses valores, para diminuir a escala, basta reduzir esses valores. Por exemplo, 2.00 o bloco irá vir 2X do ta- manho original, já 0.2 o bloco virá apenas 20% do tamanho original. Specify On-Screen: quando ligado, a escala do bloco passa a ser controlada pelo cursor do mouse utilizando-se dos pontos selecionados no desenho. Uniform Scale: quando ligado, os valores de es- cala em X’ Y’ Z’ passam a ser controlados uniforme- mente apenas pelo X’, ou seja, o valor que for coloca- do em X’ será atribuído automaticamente em Y’ e Z’. Rotation: especifica a rotação do bloco. Os blo- Figura 33 - Janela de inserção de blocos Fonte: os autores. DESIGN 143 cos sempre ficam na posição original quando salvos, por isso, sempre há a necessidade de fazer rotações neles, por exemplo, para colocar em determinada parede. Specify On-Screen: quando ativado, a rotação do bloco passa a ser definida pelo cursor do mouse, feito diretamente no desenho. Angle: especifica o valor em ângulos para a rota- ção do bloco. Valor em 0, o bloco virá de acordo com o eixo original dele. Block Unit: unidade atribuída ao bloco. Aqui, você poderá visualizar a unidade em que o bloco foi desenhado e salvo. Isso ajuda a definir o valor, se ne- cessário, da escala do bloco. Preview: aquele quadro escuro à direita da jane- la, serve para você poder visualizar o bloco antes de inseri-lo, principalmente analisar posição original da rotação em que ele estará vindo. Explode: quando ligado, todos os blocos que serão inseridos no desenho virão explodidos. Não aconselhável, haja vista que um bloco explodido dei- xa de ser um bloco, vira apenas um monte de linhas perdidas no desenho, caso houver a necessidade de explodi-lo, basta utilizar a ferramenta explode e sele- cionar apenas o bloco desejado. Assim que confirmar todos os valores e configu- ração, basta clicar em OK e seu bloco será coloca- do no seu desenho. Poderá colocar quantos blocos precisar. FERRAMENTA CREATE Caro(a) aluno(a), aprendemos a inserir blocos, agora, iremos aprender a criar um bloco. Sempre tem aquele desenho que ficou legal, ou é algum produto de cria- ção sua e que você gostaria de utilizar sempre, passar para algum amigo. Na sequência, temos a ferramenta Create, é nela que teremos que ir para criar um novo bloco. Também podemos usar o comando “B+Enter”. Ao clicar em Create, temos a janela Block Definition, que é a definição do bloco, conforme fi- gura a seguir. Uma dica interessante: selecione todos os elementos que serão compostos por esse novo bloco antes de abrir a janela de definição de bloco. Caso contrário, um aviso No objects selected é mos- trado e terá que selecionar os elementos usando a opção Select Objects. Name: especifica o nome desse novo bloco que será criado. Base point: todo o bloco tem um ponto de base a ser inserido, muito útil para poder posicioná-lo no desenho, rotacioná-lo ou escaloná-lo, como se fosse o marco zero do bloco. Specify On-screen: quando ligado, o ponto base do bloco passa a ser definido pela localização do cursor do mouse. Figura 34 - Janela de criação de um bloco Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 144 Pick Point: quanto ativado, a janela se esconde temporariamente, e você terá que selecionar algum ponto do desenho que formará o bloco, para que esse ponto seja o ponto base do bloco. Automaticamente, os valores abaixo em X’ Y’ Z’ serão preenchidos. Settings: determina a unidade que será atribuí- da a este bloco. Nesse caso, vai muito da unidade de trabalho que está acostumado a executar, por exem- plo, se você sempre trabalha em metros, seu bloco se comportará melhor em metros. Caso contrário, terá que usar a escala maior ou menor quando for inseri-lo no projeto. Objects: especifica quais objetos formarão esse novo bloco. Specify On-Screen: especifica quais objetos fa- rão parte do bloco, selecionando-os pelo mouse, as- sim que a caixa de definição de bloco for fechada. Selected objects: ao ativá-lo, a caixa de blocos é temporariamente fechada e você terá que especificaros objetos do novo bloco, assim que selecionar todos e clicar em Enter, a caixa de blocos voltará e você poderá continuar configurando o bloco. Retain: mantém os objetos selecionados como objetos distintos no desenho após você criar o bloco. Convert to block: todos os objetos selecionados serão convertidos em blocos instanciados, salvos na biblioteca do AutoCAD e deixados inseridos no desenho. Delete: quando ativado, assim que o bloco for criado, os objetos selecionados serão deletados, dei- xando o bloco criado salvo apenas na biblioteca do AutoCAD. Description: aqui, você pode escrever uma des- crição para o seu novo bloco, fazer um comentário ou coisa do tipo. Annotative: quando ativado, o bloco será ano- tativo. Scale uniformly: especifica se a referência do bloco está precavido ou não de ser uniformemente graduado. Allow exploding: especifica se uma referência de bloco pode ser explodida ou não. Open in block editor: abre o bloco no editor de blocos. Ao final da configuração, ao clicar em OK, o seu novo bloco estará criado. Uma dica interessan- te, quando for desenhar o bloco para depois cria-lo, opte por fazer no layer 0 ou layer default, pois, quan- do for mudá-lo de layer, ele respeitará as configura- ções legais daquele layer (cor, expessura). Block editor: abre o editor de blocos. Caso hou- ver a necessidade de mudar alguma característica do bloco, basta selecioná-lo e clicar sobre o block editor, esse bloco será movido para um novo template e, lá, você terá as ferramentas padrões de desenho do Au- toCAD na guia HOME para poder desenhar ou de- letar o que precisar. Ao término, basta selecionar a ferramenta Save Block, localizada no canto superior direito do programa na guia Block Editor. DESIGN 145 LAYERS E CORES Olá, aluno(a). Estamos, aqui, para mais um tópico bem interessante, iremos falar sobre a criação de layers, em português, camadas. Iremos ver também a importân- cia de se organizar um projeto por cor, fazer com que cada linha tenha uma característica específi ca. Saber criar uma nova camada, deletar, modifi car, transferir o desenho de uma camada para a outra, fazer a limpe- za de arquivos inutilizados dentro dessas camadas. Um pouco dessas confi gurações está ligada a pena de plot que iremos ver nas próximas unidades. De acordo com Baldam e Costa (2013), trabalhar com AutoCAD e não usar camadas é praticamente inviável. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 146 Todos sabemos que, em um desenho técnico, há muitos detalhes, e, por isso, esses detalhes devem ser colocados e organizados como se fossem uma prateleira contendo livros por ordem alfabética. As camadas surgem para isso, separar e identificar cada tipo de desenho, por exemplo, as paredes ficam na camada paredes, os móveis ficam na camada mobili- ário e assim por diante. Vamos começar então. Localizando a janela de layers (camadas). No pai- nel superior do AutoCAD, na guia layers, encontrare- mos as ferramentas necessárias para as configurações de camadas. Por padrão, quando abrimos o AutoCAD, você notará que a camada atual é a 0, ou seja, todo o seu desenho será feito na camada 0, veja a Figura35. Layer Properties: é onde configuramos as novas ca- madas ou modificamos as já existentes. Essa é a janela de sua de configuração de layers, que você verá na Figura 36. New Layer: cria uma nova camada, você tam- bém pode utilizar o atalho alt+N. O nome poderá ser alterado imediatamente após a criação, ou quan- do houver a necessidade. New Layer VP frozen in All Viewports: cria uma nova camada, mas a congela para todas as viewports de layouts existentes. Delete Layer: exclui a camada selecionada. Atenção: não se pode excluir camadas que con- têm objetos, não se pode excluir camada 0 e nem camada atual que está sendo usada, também não se pode excluir camadas usadas por uma referência externa ou camadas em um desenho parcialmente aberto. Set Current: define a camada selecionada como camada atual. Todos os novos objetos serão criados sempre na camada atual. Figura 35 - Janela com as ferramentas direcionadas aos layers Fonte: os autores. Figura 36 - Janela de configuração de layers Fonte: os autores. DESIGN 147 Para modificar as propriedades das camadas existentes, temos a lista de camadas. Cada proprie- dade de camada é dividida por colunas em que cada coluna tem uma função diferente (figura a seguir). Status: mostra qual é camada atual. Name: mostra o nome da camada, caso desejar alterar, basta clicar em F2 para mudar. ON: serve para ativar e desativar as camadas se- lecionadas. Quando está ativada, mostra um símbo- lo de luz acesa, quando está desativada, mostra um símbolo de luz apagada. Freeze: congela e descongela as camadas selecio- nadas. Quando congelado, mostra o símbolo de um floco de neve, quando descongelada mostra o sím- bolo de um sol. Objetos em camadas congeladas não são exibidos e nem plotados. Lock: bloqueia e desbloqueia a camada selecio- nada. Ícone de cadeado aberto significa destravado, ícone de cadeado fechado significa travado. Todos os objetos que estiverem em uma camada bloqueada não poderão ser modificados, são visíveis, mas apa- recem esmaecidos. Um ícone de cadeado será exibi- do quando passar o cursor sobre o objeto. Color: mostra a cor definida para a camada sele- cionada. Clicando sobre o quadradinho de cor, abre uma paleta de cores para especificar uma nova cor. Linetype: mostra o tipo de linha para a camada atual. Também é possível especificar um novo tipo de linha para a camada selecionada. Lineweight: mostra a espessura da linha para a camada selecionada. Também é possível modificar o tipo de espessura para os objetos da camada. Transparency: exibe o valor de transparência para a camada atual e onde podemos especificar uma nova transparência aumentando o valor de 0 para 90, quanto maior o valor, mais transparente será o objeto da camada. Plot Style: exibe o estilo de plotagem, em que é possível alterar o estilo de plotagem das camadas selecionadas. Plot: controla se a camada selecionada será ou não plotada. Caso você desativar o plot para a cama- da, todos os objetos que estão naquela camada não se- rão visíveis na plotagem, mas continuarão visíveis no projeto, podendo fazer qualquer tipo de modificação. New Vp Freeze: congela as camadas em novas viewports de layout. Com essa opção habilitada, to- das as novas viewports colocadas no layout de pran- chas virão com as camadas congeladas. Agora, voltando para a guia de camadas, logo ao lado da layer properties, temos a janela de acesso rápido às camadas. Dessa maneira, aparecerá a lista de todas as camadas do projeto, é também por esse acesso que podemos bloquear, congelar, ativar e o mais importante, fazer a troca de objetos para outra camada. Veja na figura a seguir. Figura 37 - Lista de layers já criados separados por cores e nomes Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 148 Como funciona? Você tem um desenho feito na cama- da X e quer enviá-lo para a camada Y. Primeiramente, você seleciona todo o desenho que está na camada X, em seguida, vá para a janela de acesso rápido e mude para a camada Y. Pronto, tudo que você tinha na ca- mada X agora está na camada Y. Caso não mudar, dê uma conferida na propriedade daquela camada, ela pode estar bloqueada, congelada ou desativada. As camadas também influenciam na hora da plotagem, portanto elas não servem apenas para dei- xar o desenho colorido, mas sim para separar toda a parte técnica relacionada ao estilo de plotagem (BALDAM ; COSTA, 2013). Toda a vez que você importar algum desenho feito por terceiros, principalmente blocos, virá, tam- bém, o layer em que esse desenho se encontra, por isso, indiquei, no momento em que estudamos sobre os blocos, deixá-los todos na camada 0, justamente para que esse tipo de problema não acon- teça. No caso de blocos baixados, para corrigir, insira-os normalmente no projeto. Exploda-os, conforme aprendemos no tópico sobreblocos, mude para a camada 0 e refaça o bloco com todos os elemen- tos dele selecionados. Esse processo também serve para consertar o base point que, muitas vezes, o desenvolvedor do bloco deixou desalinhado, ou em algum lugar difícil de se trabalhar. Fonte: os autores. SAIBA MAIS Uma dica interessante. Você deve estar pen- sando na monotonia de toda a vez queabrir um arquivo novo precisar criar novamente todas as layers, pois bem, não há essa necessidade. Uma vez criado todos os layers e camadas, de preferên- cia deixe o arquivo sem nenhum desenho, salvo apenas os símbolos essenciais e basta ir no menu do AutoCAD e salvar um template. Pronto, toda a vez que for iniciar um projeto novo, na janela principal, basta escolher o template salvo que, au- tomaticamente, o AutoCAD irá carregar todas as camadas configuradas, sem a necessidade de ficar criando toda a hora. DESIGN 149 ARQUIVOS EXTERNOS Caro(a) aluno(a), vamos começar nosso último tópi- co, em que vamos falar sobre arquivos externos e como utilizá-los dentro do AutoCAD. Inserir arquivos de imagens dentro do AutoCAD ajuda a detalhar mais seus projetos. Podemos, por exemplo, inserir imagens de revestimentos, legendas, humanizações e até mapas. Muitos engenheiros e arquitetos utilizam desse proce- dimento para inserirem gráfi cos de curvas de nível, ter- renos, localização geográfi ca, carta solar, entre outros. Já muitos designers utilizam para inserir amostras de materiais, cores, papéis de parede, estilos de texturas, cor de revestimentos, dentre outros (LIMA, 2014). COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 150 Dentro do AutoCAD, temos uma aba de ferramentas chamada de Insert. Nela, também encontram-se as fer- ramentas relacionadas aos blocos, que aprendemos no tópico 3. Para o AutoCAD, inserir um bloco não deixa de ser um tipo de arquivo externo, mesmo que ele tenha sido criado por você, mas em outro arquivo. Logo na se- quência, temos a guia reference, que são as ferramentas relacionadas com arquivos de referência externas. Figura 38 - Janela para inserção de arquivos Fonte: os autores. Figura 39 - Janela para configuração de uma imagem a ser inserida Fonte: os autores. Attach: abre uma caixa de diálogo para localizar e selecionar arquivos de referência. É possível in- serir arquivos de desenhos (DWG), DWF, DWFx, PDF, DGN, inclusive arquivos de imagens e den- tre os formatos compatíveis com a versão do seu AutoCAD. Quando carregar uma imagem para inserir, abri- rá uma janela de configuração, como na Figura 39. DESIGN 151 Name: mostra o nome atual da imagem. Preview: mostra uma miniatura da imagem a ser inserida. Path type: escolha o tipo de caminho para a ima- gem entre (caminho completo, caminho relativo ou nenhum caminho). Insert point: especifica a localização que será in- serida a imagem, quando habilitado é decidido pelo cursor do mouse, quando desabilitado é decidido pe- las coordenadas X’ Y’ Z’. Scale: especifica o tamanho da imagem. Quando habilitado, a dimensão da imagem será definida pelo direcionamento do mouse. Quando desabilitado, a di- mensão da imagem passa a ser definida por um valor numérico. Rotation: define a rotação da imagem. Quando desligado, a rotação da imagem passa a ser definida pelo valor em ângulos. Quando ligado, a rotação da imagem passa a ser definida pelo direcionamento do cursor do mouse. Clip: determina um limite de corte de uma ima- gem. Quando você insere uma imagem e queira cortá- -la, pode usar a ferramenta clip para isso. A ferramenta clip tem a função de cortar uma imagem já inserida dentro do AutoCAD Para usar corretamente, ative a ferramenta e selecione a imagem que deseja fazer o recorte. Ao selecionar a imagem, o AutoCAD vai lhe pedir algumas opções. Escolha a opção New boundary. Assim que escolher New boundary, com o mou- se, faça um retângulo para especificar essa nova área que terá a imagem. Ao finalizar o retângulo, a imagem será recorta- da deixando aparente apenas o que está dentro do retângulo. Adjust: esta ferramenta faz um leve tratamento na imagem que foi inserida. Para usar a ferramenta Adjust, clique na ferra- menta, em seguida, clique na imagem que deseja fa- zer o tratamento, dê um enter e pronto. Vai aparecer três opções para controle de tratamento, que são: Contrast, Fade e Brightness. Quando se escolhe uma das opções, aparecerá, para digitar, um valor, esse valor é a quantidade que o efeito terá na imagem. Contrast: quanto maior o valor, mais contraste a imagem recebe. Fade: quanto maior o valor, mais transparente fica a imagem. Brightness: quanto maior o valor, mais brilho a imagem ganha. Esse sistema é muito importante para fazer humanização de plantas, fazer uma certa corre- ção em algum tipo de textura, ou até mesmo criar algumas variações. Muitos arquitetos e designers utilizam esses métodos para fazerem legendas de objetos e materiais dos projetos. Não precisa uti- lizar imagem com resolução extremamente alta, em torno dos 800x600px já é um tamanho baca- na, abaixo disso, pode ocorrer perda de detalhes dependendo do tipo de material que representa a imagem. Algo só é impossível até que alguém duvide e resolva provar ao contrário (ALBERT EINSTEIN). REFLITA COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 152 Prezado(a) aluno(a), está gostando do AutoCAD? Para quem já faz desenhos à mão livre, ao passar a mexer com o software, este lhe proporciona um grande avanço no tempo de trabalho. Vimos que o AutoCAD possui ferramentas para qualquer tipo de trabalho, no sistema de cotagem, principalmente, é um dos grandes destaques. Nunca foi tão fácil cotar vários desenhos de uma forma tão rápida. Depois que se aprende a criar um bloco, seu trabalho fica 50% mais organizado e limpo, e você pode utilizá-lo da maneira que desejar. Quanto à questão do texto, o próprio AutoCAD se torna um leve e simples programa de digitação. Aprender al- gum tipo de programa, principalmente o AutoCAD, é um grande passo para seu avanço no mercado de trabalho. Hoje em dia, quanto mais aperfeiçoamento e técnicas garantidas em seu currículo, mais chances tem de sair na frente. Muitos confundem curso de AutoCAD com curso de desenho técnico. Uma situação é comple- tamente diferente da outra. Aprender a dominar o AutoCAD significa que você deverá ter todo o co- nhecimento necessário para produzir todo o tipo de desenho, seja ele arquitetônico, mobiliário ou de produto, conhecendo as ferramentas próprias para isso. Já em um curso de desenho técnico, você de- verá saber fazer os desenhos respeitando as normas, sejam elas técnicas ou ergonômicas, portanto, ape- sar de serem cursos diferentes, na prática, um acaba complementando o outro. Todos os anos temos uma nova versão do Au- toCAD, é bom ficar atualizado, e a cada ano sempre temos uma nova ferramenta facilitando o desenvol- vimento do nosso desenho. Hoje, a versão 2017 em comparação com a 2007, temos muitas novidades, e, por incrível que pareça, conhecemos muitas pessoas que ainda trabalham na versão 2007. Busque esquematizar o seu jeito pessoal de tra- balho, aprenda atalhos e macetes pois isso muito no tempo de trabalho. Para finalizar, desejamos a você um bom estudo e que consiga alcançar seus objeti- vos! Praticamente todos os comandos do AutoCAD possuem atalhos, basta você digitar as iniciais do nome da ferramenta para, automaticamente, ativá-la, além de listar todos os outros comandos possí- veis que se iniciam com a mesma inicial. Fonte: os autores. SAIBA MAIS Considerações Finais 153 atividades de estudo 1. Em relação a todas as ferramentas do AutoCAD que conhecemos nesta unidade, leia as afir- mativas e indique se tratam de verdadeiras ou falsas: I. Não é possível excluir uma camada que esteja congelada. II. Com a cota Aligned, é possível cotar arcos e círculos. III. Depois de criado, eu não posso mais explodir o bloco. IV. Eu posso alterar o nome a as propriedades de todas as camadas. V. A cor do texto pode ser atribuída pelacor da camada. a. Nenhuma alternativa está correta. b. Apenas as alternativas I e II estão corretas. c. Apenas as alternativas I, III e IV estão corretas. d. Apenas as alternativas I, IV e V são verdadeiras. e. Todas as alternativas são verdadeiras. 2. Nesta unidade, conhecemos a ferramenta Blocos, que nada mais é do que a criação de dese- nhos que podem ser salvos e utilizados em outros projetos, o que facilita, por exemplo, cada vez que você precisa fazer o projeto de um banheiro, considerando que pode utilizar um bloco já pronto da bacia sanitária. Assim, explique como é o processo de criação de um bloco. 3. Agora, crie um bloco a partir das orientações a seguir: Pegue a ferramenta círculo e crie em algum lugar do seu modelo um círculo com raio de 0.5. Com a ferramenta linha, você irá traçar uma vertical e outra horizontal dentro de cír- culo, utilizando os quatro quadrantes dele como referência nos snap. Ao final, ele ficará dividido em quatro partes. Pegue a ferramenta de hachuras e, com o estilo solid, preencha duas das quatro partes desse círculo. Selecione todo esse desenho que você acabou de fazer e clique na ferramen- ta create. Você também pode, ao invés de clicar em create, selecionar apenas o atalho B, atribuído ao bloco. Na sequência, irá abrir a janela para criação desse novo bloco, digite um nome para ele e, depois, clique em pick point e selecione com o mouse o centro desse desenho, é onde ficará locado nosso ponto base do bloco. Após isso, coloque o nome para ele de Nível, verifique apenas se está nas unidades corretas e se a opção create block está habilitada. É só clicar em OK. 154 atividades de estudo Pronto, você, agora, tem um bloco finalizado. Note que, ao selecionar ele, o bloco mostra um ponto no centro, esse ponto é o nosso base point que colocamos a pouco. Ele pode ser colocado onde desejar. Agora, no painel insert, se você fez os procedimentos correta- mente, ele aparecerá na lista de blocos prontos. Você pode, a qualquer momento, utilizar quantos blocos quiser, apenas selecionando ele na lista de blocos salvos na biblioteca. 4. Ainda sobre os blocos, explique como é o procedimento para girar um bloco da maneira correta com o desenho. 5. As cotas servem para dimensionar no projeto cada um dos elementos nele inserido. São essenciais dentro de um projeto técnico. Após a criação de uma nova cota, como deixo ela em status atual? 6. Para a utilização da cota, na situação em que temos vários desenhos para cotar ao mesmo tempo, qual é a melhor cota a ser utilizada para agilizar o processo? 7. Crie uma cota padrão para dentro do AutoCAD e salve com o nome que preferir. Agora, faça o desenho de um quadrado com 1 x 1 mts e, distante 1 mt do quadrado, na horizontal, faça um retângulo de 1 X 2 mts. Após os dois desenhos prontos, cote-os em todas as direções, assim como a distância entre eles e a dimensão total vertical. 155 LEITURA COMPLEMENTAR NOTEBOOK AUTOCAD, COMO ESCOLHER? Escolher um notebook para rodar o AutoCAD é um ver- dadeiro desafi o. Mas não ache que basta pensar em pla- ca de vídeo, processador, memória ram. Alguns detalhes podem fazer a diferença! Sempre que pensamos em um notebook, as primeiras coisas que nos preocupamos são: como escolher uma boa placa de vídeo? Qual o melhor processador? Quan- to de memória ram devo colocar? Porém outros fatores simples podem fazer uma grande diferença. Vamos en- tender quais são. TECLADO Sem sombra de dúvidas, o maior problema de trabalhar com AutoCAD em um notebook é o teclado! Como fi ca- mos boa parte do tempo inserindo valores, a posição das teclas numéricas é de importância vital. Um teclado pa- drão ABNT-2 vem com a seguinte confi guração: Teclas de controle de sistema, teclas alfanuméricas, teclas de função, teclas de navegação e teclas numéricas. Em notebooks compactos, para reduzir o seu tamanho a primeira coisa a ser sacrifi cada é o teclado numérico. Fora que algumas teclas são multifunção, ou seja, você precisa manter uma tecla de função pressionada para acessar as outras funcionalidades do teclado. Geralmen- te, a confi guração de um teclado compacto fi ca da se- guinte maneira: Teclas de controle de sistema e navega- ção juntas, teclas alfanuméricas e teclas de função. Sem contar questões de ergonomia já que o teclado por ser bem mais estreito fi camos com os braços em uma posição bem desconfortável. Logo somos obrigados a inserir os valores pelo teclado alfanumérico o que deixa o processo lento e caso você não tenha habilidade em datilografi a (como eu!) acaba tendo que fi car olhando para o teclado para não inserir valores errados. Então, se não quiser passar raiva, prefi - ra um notebook com teclado numérico integrado. TELA O tamanho da tela é importante certo? Sim, mas o pro- blema mais comum é com o refl exo! Principalmente por- que o programa tem sua interface cinza e fundo da área de trabalho preto, ou seja, tudo o que você precisa para sua tela funcionar como um espelho! Procure por monitores com tela antirrefl exo ou terá que providenciar uma película antirrefl exo, que costuma ser bem difícil de achar e bem chatas de serem aplicadas. Quando olhamos uma tela com aquele aspecto fosco, te- mos a impressão que a imagem vai fi car com baixa qua- lidade, mas isso não acontece. Assim que a tela é ligada, nem percebemos o aspecto fosco. PORTAS, ENTRADAS E CONEXÕES Usar o AutoCAD com o touchpad do notebook é impra- ticável! Logo você já irá comprometer uma saída USB, se tiver que recorrer a um pendrive ou HD externo, é outra saída USB que se vai! Logo, olhe com atenção as entra- das e conexões do notebook. Observe, também, quantas saídas USB 3.0 o notebook possui. Tem diferença uma saída normal e outra 3.0? Sim, a velocidade. 156 LEITURA COMPLEMENTAR Uma porta USB 2.0 tem uma taxa de transferência mais baixa. Por exemplo, a velocidade transferência de uma USB 2.0 é de 480 mega por segundo, enquanto uma USB de 3.0 transfere 4,8 gigas por segundo! Mas como faço para saber se a USB é 2.0 ou 3.0? Pode ser pela especifi - cação ou pela cor. Portas USB 3.0 são as que tem a cor azul. Prefi ra essas portas para conectar o seu pendrive ou HD externo. BATERIA Assim, como fi car sem bateria do celular já nos deixa bastante frustrados, sem bateria de um notebook pode ser bem pior? Se você faz faculdade de arquitetura, design de interio- res ou áreas relacionadas, imagine que você fi ca em uma sala com pelo menos 30 alunos (dependendo da facul- dade passa de 50 fácil). Acho bem improvável a sala ter 30 tomadas disponíveis. Logo, escolha um notebook com uma bateria com uma boa durabilidade. HD OU SSD? Qual a diferença de uma HD normal e um SSD? Um SSD faz o mesmo trabalho que o da sua HD, porém com um desempenho de velocidade muito mais alto. No entanto costuma ter menos espaço para dados e um preço mais alto, por isso é comum você ter no mercado notebook com um SSD e ou HD juntos. O recomendado é pesquisar por um notebook com um SSD com espaço sufi ciente para você instalar o sistema operacional e o AutoCAD na unidade SSD e o restante você pode instalar no seu HD convencional. PLACA DE VÍDEO DEDICADA Como um notebook não comporta uma placa de vídeo potente devido ao seu tamanho, podemos optar por uma placa de vídeo dedicada. Mas qual a diferença? Uma placa de vídeo de notebook utiliza a memória ram de maneira compartilhada, enquanto uma placa de ví- deo dedicada possui sua própria memória ram, tendo um desempenho muito melhor. Obviamente não é o mesmo desempenho que um desktop onde podemos colocar uma placa de vídeo muito maior, mas é possível perceber uma melhora signifi cativa no seu desempenho. AUTODESK HARDWARE Caso você prefi ra, a Autodesk tem um site em que é pos- sível pesquisar por seu notebook com as confi gurações recomendadas pela própria Autodesk! Prepare o cora- ção e o bolso, já que os preços estão em Dólar! O interessantedo site é a opção de confi gurar sua busca para um notebook de acordo com sua forma de uso, in- dicando se você utiliza recursos 3D para visualização ou modelagem e com que frequência. Fonte: André (2016, on-line)1. DESIGN 157 AutoCAD 2016 para Windows Claudia Campos Netto Editora: Érica Sinopse: este livro é dirigido aos projetistas, arquitetos e engenhei- ros que estejam iniciando o desenho no AutoCAD ou que já utilizam o software. Os capítulos são organizados de forma que os conceitos vão evoluindo com explicações em passo a passo e com exercícios no fi nal de cada capítu- lo. Aborda as ferramentas de desenho em 2D completando todos os recursos necessários para introduzir o leitor aos conceitos principais do AutoCAD. São vistas as ferramentas de desenho, edição, visualização, criação de bibliotecas, propriedades dos objetos, desenhos paramétricos, tabelas e links com planilhas, dimensionamento, impressão e no fi nal um capítulo com recursos de produtividade. Os exercícios propostos estão disponíveis para download por meio do site da editora. Este site ajudará a aprimorar todos os conhecimentos sobre o AutoCAD, é o manual da pró- pria Autodesk, chamado de Guia do Mochileiro para AutoCAD. Contém um material muito bacana relacionado com as principais ferramentas do programa e totalmente em português. Acesse e confi ra! Disponível em: <http://help.autodesk.com/view/ACD/2016/PTB/?guid=GUID-2AA12FC5-FBB- 2-4ABE-9024-90D41FEB1AC3>. 158 referências BALDAM, R.; COSTA, L. AutoCad 2013 - Utilizando totalmente. São Paulo: Érica, 2013. LIMA, C. C. Estudo Dirigido de Autocad. São Paulo: Érica, 2014. Referência On-Line 1 Em:<http://qualificad.com.br/notebook-AutoCAD-como-escolher/>. Acesso em: 25 out. 2016. 159 gabarito 1. d) Apenas as alternativas I, IV e V são verdadeiras. 2. Primeiro, faço todo o desenho que irá compor o bloco, deixo todo ele selecionado a ativado o atalho “B”, ou vou em Create na guia de blocks. Após isso, irá abrir a janela de criação onde devo colocar um nome e um base point para servir de base do bloco. Finalizo clicando em OK. 3. 4. Na própria janela de inserção de bloco, posso digitar o valor da rotação no campo de rotate, valor esse que é em ângulos. 5. Para deixar qualquer camada em status atual, eu abro a caixa de layers properties e faço um clique duplo sobre a camada. 6. Primeiramente, faço uma cota linear simples e, na sequência, eu utilizo a cota continue (Con- tínua) e simplesmente vou clicando nos próximos pontos. 7. Professor Esp. Evandro Gozzo Perin Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Criando uma folha de prancha • Criando viewport • Comando Plot • Confi gurando uma pena Objetivos de Aprendizagem • Apresentar as etapas fi nais de projeto em AutoCAD. • Aprender a criar prancha em formato de A3. • Conhecer a janela de plotagem. • Entender as propriedades e criação de uma pena. FINALIZANDO UM PROJETO NO AUTOCAD V unidade INTRODUÇÃO Olá, caro(a) aluno(a)! A parte final de plotagem é muito importante, pois você estará lidando com um desenho que depende de detalhes mínimos para ser executado corretamente. Tudo gira em torno de escalas. Ge- ralmente um projeto técnico em AutoCAD é bastante extenso, ele deve apresentar vários detalhes de corte, elevações, vista, mesmo esse sendo um simples balcão. Para que tudo isso caiba em uma ou duas folhas, é preciso o uso de escalas, que são atribuídas na viewport ou na janela de plotagem. Escalas que lhe permitem reduzir o desenho 10, 20, 100 vezes menos sem perder a medida exata. E, como estamos falando de muitos detalhes de um projeto técnico, entra em cena a configuração de pena, uma forma de você traba- lhar separadamente cada cor do seu projeto como um todo, um exemplo muito utilizado é plotar todo o projeto em preto com exceção das cotas em vermelho. Criar uma prancha personalizada para conter todas as informações técnicas como nome do designer, nome do cliente, local da obra, data etc. Deve-se tomar muito cuidado na hora da plotagem, haja vista que qual- quer erro do projeto passando despercebido pode levar o projetista a ter dor de cabeça no futuro. Para facilitar, lembre-se de sempre ter um template salvo com todas as configurações de plotagem e desenho, assim se torna mais ágil a tarefa e não há o risco de você esquecer de algum item importante, principal- mente o momento de configurar pranchas e escalas. Quanto ao carimbo, você pode fazer a criação de um bloco, e deixá-lo salvo em sua biblioteca particular ou se preferir junto a prancha no momento de salvar o template. Nesta unidade, você irá conhecer as ferramentas que são necessárias para essa etapa e que devem ser utilizadas por você no decorrer do curso. Anote sempre algumas dicas ou releie o tópico caso fique alguma dúvida pendente para que possa aprender sem deixar nada para trás. Um ótimo estudo! COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 164 Iniciaremos nossos estudos falando sobre as pranchas do AutoCAD. Com elas, é pos- sível configurar o seu projeto para a finalização de plotagem, inserir carimbo, cotar, colocar em escala e até acrescentar elementos. Ao chegar nessa etapa, provavelmente seu projeto haverá de estar praticamente finalizado, por isso, a criação da prancha é umas das últimas etapas desenvolvidas dentro do AutoCAD. Saber definir bem uma prancha, ajuda a deixar seu projeto mais apresentável, uma escala correta, uma fonte legível e todas as informações necessárias a respeito do projeto. Vamos conhecer os principais tamanhos de pranchas que podemos desenhar. A escolha do tamanho da prancha depende muito do projeto e da escala que você vai usar. Criando uma Folha de Prancha DESIGN 165 Figura 1 - Medidas de tamanhos de folhas COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 166 Os tamanhos são desde o A0 ao A10, mas geralmen- te utilizamos muito do A0 ao A4 para projetos de Arquitetura ou Design. A0: 841mm X 1189mm. A1: 594mm X 841mm. A2: 420mm X 594mm. A3: 297mm X 420mm. A4: 297mm X 210mm. Há também tamanhos maiores que o A0 são eles 2A0 e 4A0. 2A0: 1189mm X 1682mm. 4A0: 1682mm X 2378mm. Com o AutoCAD aberto, logo abaixo, no canto inferior esquerdo, você notará duas abas chamadas de Layout1 e Layout2, a aba Model é a área em que é criado o desenho (Figura 2). Figura 2 - Guias padrões do AutoCAD Fonte: os autores. Quando você selecio- na um desses layouts, uma folha A4 padrão do AutoCAD é mos- trada em modo de paisagem (Figura 4). Figura 3 - Guias criadas no AutoCAD Fonte: os autores. Figura 4 - Modelo de prancha padrão do AutoCAD Fonte: os autores. Aquele sinal de cruz é para quando você precisar criar novos layouts. Ao pressionar o sinal de cruz, um novo layout é criado (Figura 3). DESIGN 167 Caso houver projeto feito, ele será visualizado dentro daquela margem interior que se chama viewport. Ele estará todo sem escala, e o fundo branco da folha con- trastam com as cores das linhas, causando em alguns casos um desconforto para sua visão (Figura 5). Figura 5 - Modelo de uma viewport padrão Fonte: os autores. MUDANDO A COR DO FUNDO DA FOLHA Como visto antes, a cor pode lhe incomodar um pouco, então, vou mostrar para você como trocar o fundo da prancha do AutoCAD. Primeiramente, você acessa o menu de opções, digitan- do o atalho “OP” (Figura 6). Figura 6 - Acessando comando options Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 168 Você também pode acessar o menu de opções indo em Menu/Options (Figura 7). Figura 7 - Menu do AutoCAD Fonte: os autores. Na janela de options, tere- mos várias guias de confi- gurações, nosso objetivo está na segunda guia cha- mada Display. Lá deve- mos acessar o botão Colors (Figura 8). Figura 8 - Janela de Options Fonte: os autores. DESIGN 169 Com a opção colors, é possí- vel configurar diversas ou- tras características de cores, desde barra de ferramentas até cores dos snaps selecio- nados. Para trocar o fundo da folhade prancha, deve- mos acessar Sheet / layout – Uniform background e, na caixa de cor, mudar para preto, ou outra cor que de- sejar (Figura 9). Figura 9 - Janela de configuração de cor Fonte: os autores. Em seguida, temos uma pré-vi- sualização do resultado que terá após confirmar a cor desejada (figura a seguir). Para confirmar todas as al- terações, acesse a opção Apply e Close e, depois, clique em OK. Note que, agora, sua folha de prancha ficará em preto, ou com a cor que escolheu. Obs.: a cor do fundo da fo- lha não irá interferir na impres- são final, é só um método para melhorar a visualização do pro- jeto na prancha. Figura 10 - Pré-visualização de cor Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 170 CONFIGURANDO O TAMANHO DA FO- LHA PARA A PRANCHA Devemos, agora, construir a prancha, mas, para isso, devemos, antes, escolher o tamanho do papel den- tre as opções citadas lá no início. Vamos pegar um exemplo para fazer uma A3, um dos modelos mais utilizados. Para mudar o tamanho da folha do AutoCAD, no menu de ferramentas, procure pelo Layout (fi gu- ra a seguir). Esse menu só vai aparecer quando você estiver acessando qualquer um dos layouts. Figura 11 - Aba layout Fonte: os autores. Quando você acessar esse menu, abre uma série de confi gurações para se trabalhar dentro da prancha. É onde iremos para confi gurar o tamanho do papel (Figura 12). Figura 12 - Menu principal do layout Fonte: os autores. Para mudar o tamanho do papel, ou confi gurar um novo, deve-se usar a ferramenta Page Setup, que sig- nifi ca confi guração da página. Quando acessamos o Page Setup, abre o geren- ciador de confi guração de páginas, que por sinal é bem simples (fi gura a seguir). Nela, visualizamos as páginas que temos inserir para edição. Na maioria dos casos, temos layout1 e layout2. New: cria uma nova confi guração de página. Modify: modifi ca uma confi guração de página já existente. Import: importa uma confi guração de página de outro arquivo. Para modifi car o tamanho da folha da prancha, selecione um dos dois layouts e clique em modify, irá abrir a janela de confi guração de página. É a mesma janela que temos quando estamos plotando um pro- jeto, entraremos em detalhes mais a frente (fi gura a seguir). Figura 13 - Janela de confi guração de página Fonte: os autores. DESIGN 171 O primeiro passo é sempre escolher uma impressora adequada a determinado tipo de folha, aqui, eu vou escolher a DWG To PDF.pc3, que, no caso, irá gerar um PDF da prancha. O segundo passo é a escolha do tamanho do papel da prancha, como nós estamos montando uma prancha A3, vamos escolher a ISO Full bleed A3 (420.00 x 297.00). Você, aluno(a), pode escolher dentre vários tipos de folhas existentes para aquela impressora escolhida. Obs.: prezado(a), o tipo e tamanho do papel irão variar de acordo com o modelo de impresso- ra que você colocar acima, portanto, ao trocar de impressora, os tipos e tamanhos de papéis tam- bém serão alterados para o padrão daquela im- pressora. Uma situação muito importante é a escala para esse papel. Dentro da prancha, a escala será definida pela viewport, que será estudada no tópico 4 e, por- tanto, nosso papel deverá ficar na escala de 1:1 Figura 14 - Janela de configuração de plot Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 172 Quando se termina de configurar tudo, é só con- firmar no botão de OK, e a sua folha já estará no tamanho correto de uma A3. Provavelmente seu re- tângulo interno, tendo ou não projeto, ficará menor, justamente porque, antes, ele estava feito para um ta- manho de folha A4 padrão do AutoCAD. Figura 15 - Folha A3 com desenho fora de escala Fonte: os autores. Com a folha configurada no tamanho correto, agora, o próximo passo é dese- nhar a prancha com mar- gem sobre ela. Aquela pe- quena viewport que ficou, podemos deletá-la para, as- sim, começar a desenhar a prancha. O primeiro passo é ativar a ferramenta retân- gulo usando o atalho “rec”. Assim que ativar a fer- ramenta de retângulo, sem clicar na folha, iremos digi- tar 0,0 (Figura 16). Figura 16 - Coordenadas do retângulo Fonte: os autores. DESIGN 173 Esses valores de 0,0 orientam o seu retângulo a ini- ciar-se pelo macro 0 da folha, ou seja, o retângulo irá começar a partir do eixo 0 para Y e 0 para X. Para fazer exatamente a prancha do mesmo ta- manho da folha, basta digitar 420,297, que é o tama- nho em milímetros de uma folha A3. Quando se de- senha retângulo, a regra sempre vale que o primeiro valor será em X e o segundo será em Y, portanto, com a folha em modo paisagem, digitamos, primei- ro, o valor maior e separamos sempre com vírgula do segundo valor menor. No caso de a folha estar Figura 17 - Margem criada com valor de 10mm Fonte: os autores. em modo retrato, é só inverter a ordem dos valores digitando 297,420. Obs.: para melhorar o trabalho, indica-se criar uma nova camada chamada de prancha e persona- lizar uma cor que não prejudique sua visualização, e, sobre essa camada, você desenhar toda a prancha. Para fazer uma margem de 1 cm para cada lado da prancha, podemos utilizar da ferramenta offset, basta ativá-la usando o atalho “O”, ou pela barra de ferramentas e digitar em sua proprieda- de o valor de 10. Para confirmar a margem, selecione o retângulo e cli- que na área interna dele. Esse valor de 10 equivale a 1 cm, uma vez que a fo- lha da prancha está con- figurada para milímetros (Figura 17). COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 174 Em alguns casos, há a ne- cessidade de fazer com que a margem da esquerda fique com uma distância um pouco maior do que as outras, por exemplo, em 2,5cm ou 25mm. Para fazer a alteração, o pro- cesso é bem simples, basta selecionar esse novo retângu- lo interno, selecionar o mid point da lateral esquerda e movimentá-lo para a direita e, assim, ao movimentá-lo, digi- ta-se o valor de 15, que seria 1,5 cm somado já aos 10 cm feitos anteriormente com a ferramenta offset, totalizando a margem da esquerda com 25 mm ou 2,5 cm (Figura 18). Figura 18 - Deslocamento de 15mm para a direita Fonte: os autores. Quando se termina a margem, aquele primeiro re- tângulo feito anteriormente com as medidas exatas da folha foi apenas para referência da criação da margem, portanto, ele, agora, pode ser deletado, mantendo, apenas, a margem que acabamos de criar. Para finalizar todo o processo da prancha, de- senhamos o carimbo, este que pode ser diferente dependendo do estilo usado pelo seu professor, fa- culdade ou escritório (Figura 19). Tamanho da fonte 1.5 para título e 2.0 para le- gendas. Nome da fonte: Arial. O carimbo pode ser feito todo com a ferramenta linha ou retângulo e preenchido com a ferramenta texto. Figura 19 - Exemplo de carimbo utilizado em pranchas Fonte: os autores. DESIGN 175 Veremos a seguir, um exemplo de uma prancha finalizada. Figura 20 - Prancha finalizada Fonte: os autores. Uma vez com a prancha toda montada, podemos, por meio dela, fazer novas cópias sem ter que criar todo o processo novamente. O primeiro passo é re- nomear a prancha, basta clicar com o botão direi- to do mouse sobre a guia do layout e ir na opção rename (figura a seguir). Figura 21 - Renomeando uma prancha criada Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 176 O nome fica a seu critério, aqui no nosso exemplo, vamos colocar o nome de A3 (figura a seguir). Figura 22 - Prancha recém-nomeada para A3 Fonte: os autores. Após renomear, o próximo processo é fazer uma cópia dessa mesma prancha. Para isso, bastar ir novamente com o botão direito do mouse, agora, sobre o nome da prancha e ir na opção Move or Copy (figura a seguir). Figura 23 - Fazendo cópias de uma prancha Fonte: os autores. Quando clicamos em Move or copy, o AutoCAD abre uma janela bem simples para configuração. Nela, você verá uma lista com os layouts criados. No nosso caso, aqui, há apenas a A3 que acabamos de configurar. Provavelmente, para você, apareçamais layouts. Figura 24 - Janela para cópias de pranchas Fonte: os autores. Para fazer a cópia, selecione o layout que deseja co- piar e ative a opção Create a copy. Depois, finalize em OK. Toda a vez que você copia uma prancha, ela terá exatamente as mesmas características da primeira, incluindo margem, carimbo, símbolos e viewport. Os nomes também mantêm as mesmas, mas ele coloca entre parênteses um valor para numerar as cópias já criadas, podendo alterar o nome quando quiser sem problema algum. DESIGN 177 Criando Viewport As viewport servem para você colocar o seu projeto dentro da prancha. São elas que farão a ligação de visualização entre a folha da pran- cha com o projeto desenhado. As viewport são muito simples de se trabalhar, e podemos utili- zar quantas for necessário. Veja um exemplo de uma viewport colocada na prancha (Figura 25). Ela é similar a um retângulo e pode ser desenha- da com qualquer medida. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 178 Figura 25 - Prancha com uma viewport posicionada Fonte: os autores. Note que, quando estamos na folha de prancha, temos uma seção nova de ferramentas que fica disponível ao fim da barra superior do AutoCAD. Ela se chama layout (figura a seguir). Figura 26 - Guia principal do layout Fonte: os autores. DESIGN 179 Nessa mesma barra, te- mos a ferramenta chamada Rectangular, que é respon- sável por criar essas novas viewport. A Rectangular cria so- mente viewport quadradas ou retangulares propor- cionalmente, exatamente o mesmo processo quando se cria um retângulo comum com a ferramenta Rectangle (Figura 27). Figura 27 - Método de criação de uma viewport simples Fonte: os autores. Polygonal: cria viewports com layouts poligonais. Ba- seado no mesmo processo da ferramenta polyline. Nesse caso, a área da viewport é traçada de ma- neira livre (figuras a seguir). Figura 28 - Criação de uma viewport poligonal Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 180 Object: transforma um desenho de polyline qual- quer em uma viewport. Com a ferramenta object, você pode transfor- mar qualquer polyline em uma viewport, basta se- lecionar a ferramenta e clicar sobre alguma polyline para transformá-la em viewport (figuras a seguir). Figura 29 - Figura criada com a ferramenta de polígono Fonte: os autores. Figura 30 - Polígono convertido em uma viewport Fonte: os autores. Named: cria múltiplas viewports em layouts (espaço do papel). Clip: faz um recorte sobre uma viewport já cria- da. Lock: bloqueia e desbloqueia a escala dos obje- tos da viewport. Quando uma viewport é criada, seu desenho vem totalmente sem escala. Você notará que, ao criar a viewport, ela pegará um zoom estendido em todo o desenho. Em alguns casos, quando tem uma li- nha ou bloco que está perdido no modelo e muito longe do desenho original, no momento em que se finaliza a criação da viewport, você, provavelmente, não verá, ou verá o projeto muito pequeno, isso por- que a viewport capturou todos os desenhos, mesmo aqueles que estavam perdidos e, por esse motivo, para conseguir visualizar todos, a viewport jogou um zoom extremamente longe. Por isso, minha dica para você é: faça uma limpeza dos desenhos perdidos no projeto, use, por exemplo, a ferramenta purge. COMO MUDAR A ESCALA DO DESENHO DIRETO NA VIEWPORT? Trabalhar com escala requer muita atenção, é com ela que ocorre toda a medição do seu projeto. Mui- tos cometem erros justamente por não terem o co- nhecimento do uso de escala correta, porque muitos trabalham com unidades diferentes, ora metros, ora centímetros, ora milímetros. Claro que há casos em que é preciso utilizar, ou até seja melhor utilizar de- terminada unidade. Para ficar mais fácil de entender as diferenças entre as unidades e as escalas, vamos analisar uma tabela bem simples, relacionada com o tipo de unidade que cada uma se comporta. Veja as tabelas a seguir. DESIGN 181 Escala Escala em metros Papel / Real 1:50 1000/50 20mm do papel vale 1m 1:100 1000/100 10mm do papel vale 1m 1:500 1000/500 2mm do papel vale 1m Tabela 1 - Para escala em metros Fonte: os autores. Escala Escala em centímetros Papel / Real 1:50 10/50 0.2mm / 1cm 1:100 10/100 0.1mm / 1cm 1:500 10/500 0.02mm / 1 cm Tabela 2 - Para escala em centímetros Fonte: os autores. Escala Escala em milímetros Papel / Real 1:50 1/50 0.02 / 1mm 1:100 1/100 0.01 / 1mm 1:500 1/500 0.002 / 1mm Tabela 3 - Para escala em milímetros Fonte: os autores. Perceba a diferença do valor da escala para cada uni- dade, esse é a maneira correta de se aplicar a esca- la. Vamos pegar uma situação bem comum. Nosso projeto foi todo desenhado em metros, já as escalas do AutoCAD estão configuradas para escalonar uni- dades em milímetros, portanto, se utilizá-las no seu projeto feito em metros, seu projeto em sua viewport praticamente desaparecerá, não importa qual escala você utilize. Precisamos configurar uma nova escala correta para nosso desenho, uma escala correta para o projeto em metros. Para isso, devemos selecionar uma viewport por vez e localizar a escala da viewport selecionada. Essa opção irá aparecer no canto inferior direito do Au- toCAD, conforme Figura 31. Exibida por uma seta. Figura 31 - Escala desconfigurada da viewport Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 182 Ao acessar esse menu, várias escalas aparecem já definidas pelo AutoCAD. Essas escalas estão todas configuradas para o desenho em milímetros (figura a seguir). Lembre-se que estamos fazendo para um projeto em metros. Uma das unidades mais utilizadas dentro do Auto- CAD para o desenho é em metros. Para configurar uma nova escala em metros, localize junto a lista de escalas a opção custom. Obs.: lembre-se de estar com a sua viewport se- lecionada, caso contrário, você não verá a lista de escalas. Ao acessar custom, o AutoCAD abre a janela de edição de escalas. Novamente aparecerão todas as escalas em lista. Vamos criar uma nova escala para metros, acesse o botão add (Figura 33). Figura 32 - Lista de escalas padrões do AutoCAD Fonte: os autores. Figura 33 - Janela para edição de escalas Fonte: os autores. Scale Name: especifica um nome para a escala. Para não dar conflito com a outra já padrão do AutoCAD, iremos colocar o nome de 1:50 Metros. Scale Properties: determina a propriedade da escala. Paper Units: define a unidade do papel. Drawing Units: define a unidade do desenho. DESIGN 183 Vamos deixar a unidade do papel em 1000 e a unidade do desenho em 50. (Figura 34). Lembre-se da tabela que passamos anteriormente. Toda a escala para metros utiliza 1000/escala, ou seja, 1000 milí- metros valem 1 metro. Exemplo de viewport com escala 1:50 configurada para milímetros e desenho feito em metros (Figura 36). Note que praticamen- te não se vê o desenho na folha. Figura 34 - Configuração correta para escala em metros Fonte: os autores. Sempre ao criar ou modificar uma escala, após fina- lizar todas as edições, dê um OK para que ela fique salva na lista de escalas. Com a viewport selecionada, basta escolher a es- cala que acabou de criar, ela sempre ficará disponível na lista de escalas. Você pode criar quantas escalas precisar, ou, se preferir, pode editá-las no botão edit. Atenção: não se pode editar uma escala que está sen- do utilizada atualmente na viewport. Figura 35 - Nova escala mostrada na lista de escalas Fonte: os autores. Figura 36 - Viewport com escala errada ao desenho Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 184 Exemplo de viewport com escala 1:50 configurada para metros e com o desenho feito em metros (Fi- gura 37). Note que agora a escala do desenho está corretamente dentro da viewport. A viewport não pode aparecer junto ao plot final, mas também não podemos deletá-la, haja vista que assim sumirá o projeto. A maneira mais certa é criar uma nova camada especialmente para a viewport. Com essa camada, você não precisa se preocupar com tipo de linha, cor ou espessura,já que não irá aparecer na impressão. A única opção dela será de- Figura 37 - Viewport com escala correta ao desenho Fonte: os autores. Figura 37 - Viewport com escala correta ao desenho Fonte: os autores. sativar o comando plot, atribuído ao ícone de uma pequena impressora (Figura 38). O nome também é importante para que você não coloque mais nada além da viewport, caso contrário, tudo que fizer den- tro dessa camada não vai aparecer na impressão. Figura 38 - Opção para desativar o aparecimento da viewport na impressão Fonte: os autores. DESIGN 185 A viewport não deve aparecer na impressão final, visto que isso pode atrapalhar fazendo com que o leitor se confunda com parte do desenho. Para mudar o tamanho da viewport, utiliza-se daqueles grips azuis localizados nos quatro cantos. Com o mouse, podemos mudar o tamanho e, con- sequentemente, tirar para fora algum desenho in- desejado ou parte de algum outro projeto que não faz parte da situação atual (Figura 39). Para melhor controle, desligue os snaps e orthos. Dessa maneira, você tem o controle total sobre a criação e modificação de uma prancha dentro do layout do AutoCAD. Figura 39 - Grips mostrados quando uma viewport está selecionada Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 186 Comando Plot Neste tópico, vamos aprender todos os comandos da janela de plot do AutoCAD. Com ela, é possível con- fi gurar corretamente o seu projeto para a impressão fi nal. Para acessá-la, basta pressionar os comandos Ctrl+P, note que o comando é o mesmo para a maio- ria dos programas em que precise imprimir algum tipo de arquivo ou documento. Você também pode acessá-la no menu do AutoCAD na opção Plot (Fi- gura 40). Name: exibe o nome da confi guração de página atual. Add: exibe a caixa de diálogo adicionar confi gu- ração de página, em que é possível salvar os ajustes atuais na caixa de diálogo plotar em uma confi gura- ção de página nomeada. Printer/Plotter Name: especifi ca um tipo de impressora para a plotagem. Pode acontecer de a impressora não suportar o tamanho do papel se- lecionado, nesse caso, um alerta será exibido e um tamanho de papel padrão para a impressora poderá ser selecionado. Você também pode criar um tama- nho personalizado de papel. Properties: acessa as confi gurações gerais da im- pressora selecionada atualmente em que é possível vi- sualizar ou modifi car qualquer tipo de propriedades. DESIGN 187 Pré-visualização: há uma pequena janela no centro da página na qual é possível visualizar o comportamento da impressão dentro da página e o tamanho real do papel. Caso o desenho fique pas- sando os limites de impressão, uma linha vermelha é mostrada. Paper size: mostra uma lista de tamanhos de papéis que a impressora selecionada suporta. Você pode escolher dentre os modelos disponíveis. Number of copies: mostra a quantidade de có- pias a ser feita. Plot área/What to plot: essa é uma opção em que você escolhe o que vai ser colocado para a impres- são, entre as opções de escolha estão: Display: coloca na impressão tudo o que está fei- Figura 40 - Janela padrão para configuração de uma plotagem Fonte: os autores. to na janela de desenho. Extents: coloca para a impressão tudo o que está dentro do zoom estendido. Layout: coloca para a impressão apenas todos os arquivos que estão dentro do layout. Window: coloca para a impressão os arquivos que estiverem dentro de uma janela selecionada. Ao ativar essa opção, o AutoCAD pede para que você faça um retângulo na região que pretende plotar. Plot offset (origin set to printable área): contro- la o deslocamento da plotagem definida para a área da impressão. Quando se está com valor zero, ne- nhum deslocamento será efetuado. Center the plot: centraliza a plotagem ao meio da folha. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 188 Preview: visualiza uma prévia da impressão final. Plot scale: controla a configuração de escala da plo- tagem. Fit to paper: faz o ajuste do desenho ao tamanho do papel. Com essa opção ativada, o desenho passa a ficar sem escala definida. Scale: ativa uma escala para a plotagem dentre uma lista de escalas pré-definidas. Com a opção custom, você pode personalizar uma escala diferente ou que não se encontra na lista. Scale lineweights: quando ativado, redimensiona as espessuras das linhas. Plot style table: mostra uma lista com estilos de plotagem pré-definidos para a impressão final. Tam- bém é onde configuramos os estilos de penas, que aprenderemos mais a frente. Dentre as opções de estilo da lista, a mais convencional e correta é a monochrome. ctb, que produz um estilo de impressão com todas as linhas em preto (figura a seguir). Plot options: mostra algumas opções que você pode ativar ou desativar durante a plotagem do seu projeto. Plot in background: especifica que os trabalhos de plotagem estão processados em plano de fundo. Plot object lineweights: quando desativado, todas as espessuras de linhas serão ignoradas e plotadas em um padrão mínimo para todo o desenho. Plot transparency: especifica se a transparência do objeto será plotada. Geralmente, usamos dentro do nosso desenho objetos ou hachuras com um efeito de transparência, para que esse efeito seja aplicado tam- bém para a impressão, devemos ativar esse campo. Plot with plot styles: especifica se os estilos de im- pressão, colocados em plot style table, serão ou não plo- tados. Plot paperspace last: plota a geometria do espaço do modelo primeiro. A geometria do espaço do papel é normalmente plotada antes da geometria do espaço do modelo. Hide paperspace obejcts: especifica se a operação ocultar se aplica a objetos na viewport. Essa opção só será ativada quando estiver trabalhando em uma guia de layout. Plot stamp on: ativa uma marca para a plotagem, um tipo de rodapé é impresso junto ao projeto conten- do dados especificados pelo desenhista. Save changes to layout: salva todas as configurações no layout, que foram feitas na janela de plotar. Drawing orientation: controla a orientação do de- senho na folha. Você pode escolher entre orientar ver- ticalmente ou horizontalmente, conforme o projeto se adaptar melhor. Portrait: orienta verticalmente o desenho na folha. O popular modo retrato. Landscape: orienta horizontalmente o desenho na folha. O popular modo paisagem. Plot upside-donw: orienta o desenho a plotar de ponta-cabeça. Obs.: se for a primeira vez que você estiver acessan- do essa janela, você notará logo abaixo uma pequena seta apontando para a direita, acesse ela para poder ex- pandir a janela e abrir as outras configurações (figura a seguir). Quem fala menos, ouve melhor, e quem ouve melhor, aprende mais. (CHICO XAVIER). REFLITA Figura 41 - Extensor da janela de configuração de plot Fonte: os autores. DESIGN 189 Confi gurando uma Pena Nós já estudamos no tópico de camadas que, por elas, podemos confi gurar todos os tipos e estilos de linhas. Mas muitos escritórios utilizam para confi - gurar seus plots o sistema de pena. É uma maneira simples de você criar e salvar todas as características fi nais das linhas na hora da impressão. Esse método facilita, pois, nesse caso, as espessuras e as cores das linhas serão defi nidas pela pena. Para você confi gu- rar uma pena, deve acessar a janela de plot, essa que acabamos de estudar, nela, teremos a opção de plot style table, localizado no canto superior direito da janela (fi gura a seguir). Para poder criar ou modifi car uma pena ou es- tilo de plot, escolha dentre um dos estilos e acesse a opção edit. É aquele pequeno ícone na frente do nome do estilo atual (Figura 42). Figura 42 - Botão para edição de uma pena Fonte: os autores. COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 190 monochrome, que manda para a impressão tudo em preto. Se você atribuir uma cor diferente, ela será so- breposta à cor do objeto no momento da plotagem. Dither: ativa o pontilhamento. A impressora ou a plotadora utiliza o pontilhamento para fazer a aproximaçãode cores com padrões de pontos, dan- do um opção de plotar mais cores que as disponíveis na lista do AutoCAD. Caso a impressora não supor- te, a opção de pontilhamento será ignorada. Grayscale: faz a conversão das cores do objeto para uma escala de cinza, isso, claro, se a plotadora aceitar escalas de cinza. Caso esteja desligado, as co- res serão utilizadas em RGB. Pen #: especifica uma caneta para ser utilizada na plotagem que se utiliza desse método. As canetas disponíveis variam de 1 a 32. Virtual pen #: especifica um número de cane- ta virtual entre 1 e 255. Na maioria dos casos, você pode programar a largura da caneta, o padrão de preenchimento, o estilo de extremidade, o estilo de união e a cor a partir do painel da impressora. Screening: especifica a configuração de intensi- dade da cor que determina a quantidade de tinta que é colocada no papel durante a impressão. Um valor de 100 exibe a cor com intensidade máxima enquan- to que o valor em zero reduz a cor para branco. Linetype: especifica um tipo de linha para o objeto selecionado, você pode escolher dentre uma lista de opções. O estilo de linha escolhido será so- breposto ao objeto na hora de impressão final. Adaptive: ativa ou desativa o ajuste de escala do tipo de linha. Aconselhável mantê-lo ativado, caso estiver desativado a linha poderá terminar no meio de um padrão, por exemplo, um tracejado, no qual o intervalo de um tracejado para outro ficará ao final da linha, dando um aspecto que a linha seja menor. Lineweight: especifica um valor de espessura Uma janela é aberta após acessar a opção de editar estilos. É nessa janela que faremos as configurações especiais de pena (Figura 43). Figura 43 - Janela de configuração de pena Fonte: os autores. À esquerda, temos uma lista com todas as cores da paleta do AutoCAD. O AutoCAD possui uma paleta de cores que vai de 1 a 255, essas cores são as mes- mas que você atribui nas camadas. Aqui, você pode trabalhar individualmente cada cor. Por exemplo, se você alterar as propriedades da cor 1, todo o seu de- senho que estiver com essa cor, não importa se esteja em bloco, ou camadas diferentes, será alterado. Ao lado esquerdo, temos as propriedades dispo- níveis de cada cor selecionada, em que é editado cor por cor, separadamente. Color: especifica a cor plotada para o objeto selecionado. Nesse caso, a configuração padrão é black, uma vez que estou usando o estilo de DESIGN 191 para a linha. Pode mudar o valor em milímetros para cada linha que precisar. Esse valor de espessura irá sobrepor o objeto na hora da plotagem. Line end style: especifi ca um estilo de extremi- dade da linha. Esse estilo irá sobrepor o objeto na plotagem. Line join style: especifi ca um estilo de união de linha. Esse estilo irá sobrepor o objeto na plotagem. Fill style: especifi ca um estilo de preenchimento. Esse estilo irá sobrepor o objeto na plotagem. Ao fi nal de toda a confi guração de sua pena, acesse a opção save as (salvar como), para que você possa salvar suas modifi cações com um nome per- sonalizado e para evitar salvar sobrepondo um ou- tro estilo. Ao salvar, esse mesmo arquivo poderá ser transportado para outra máquina que contenha o AutoCAD instalado e ser utilizado para a impressão. Desejo a você um ótimo estudo, nunca deixe de buscar novidades, busque aprender da sua manei- ra, do jeito que seja mais rápido e prático para você, visto que cada um tem uma maneira diferente para trabalhar. No AutoCAD, utiliza-se o termo plotar ao invés de imprimir justamente porque se trata de desenhos em escalas diversas e sua “impressora” é chamada de plotter. Fonte: os autores. SAIBA MAIS COMPUTAÇÃO GRÁFICA 2D 192 Prezado(a) aluno(a), chegamos ao final de mais uma unidade, depois de estudar todo o conteúdo, agora, es- tamos habilitados a exercer os trabalhos no AutoCAD. Você acabou de adquirir técnicas que irá levar para o dia a dia tornando-se um(a) profissional renomado(a). Não deixe de sempre buscar aprender mais sobre o as- sunto, lembre-se que todos os anos temos novidades na área, e sempre são novidades melhores. Não deixe de praticar, mesmo sendo uma horinha ao dia. O que nós aprendemos nesta unidade será mui- to importante e essencial, mesmo utilizando, muitas vezes, termos ingleses, que são usuais na maioria desses softwares, na internet ou em livros, temos muitos conteúdos em português. Temos em nos- sa mão uma das melhores ferramentas de trabalho para desenho técnico, seja qual for a sua área. Para quem estiver migrando do desenho à mão para o computadorizado, não há motivo para se preocupar, visto que, com estudos e práticas, em pouco tempo, você trocará a folha pelo monitor. Para os mais no- vatos na área, aqueles que já estão começando pelo computador, não deixem, também, de conhecer o processo manual, foi onde tudo começou. A empresa do AutoCAD, hoje, disponibiliza para os estudantes a licença gratuita para aqueles que estão ou querem se formar na área. É um gran- de incentivo por parte da empresa, que conta com o fornecimento dos melhores softwares do mercado. Uma dica muito importante que vai facilitar todo o processo de desenvolvimento de desenhos técnicos no AutoCAD é aprender os atalhos e comandos do programa, que praticamente é digitar a primeira le- tra ou as iniciais da ferramenta, uma vez que, au- tomaticamente, o programa mostra todas as ferra- mentas disponíveis para tal comando, muito simples e rápido de acessar qualquer tipo de ferramenta. Para encerrar, deixamos o nosso muito obriga- do, espero que tenhamos conseguido passar o que você buscava e desejamos boa sorte em sua carreira profissional. Considerações Finais 193 atividades de estudo 1. Sobre a criação de pranchas: I. Não existe tamanho de folha maior que A0. II. O tamanho de uma A1 é de 594 mm X 841 mm. III. O tipo de papel varia de acordo com o tipo de impressora. IV. Quando você copia uma prancha, ela vem totalmente diferente da primeira. V. 10 mm de espaço em uma prancha equivalem a 1 cm de margem. a. Nenhuma alternativa. b. Apenas as alternativas I e II estão corretas. c. Apenas as alternativas II, III e V estão corretas. d. Apenas as alternativas II e V estão corretas. e. Todas as alternativas são verdadeiras. 2. Vimos que as escalas se comportam de acordo com as unidades do desenho. Nesse caso, nosso projeto está feito em metros e precisamos configurar em três escalas diferentes: 1:50, 1:100 e 1:200. Como devemos proceder para criá-las corretamente? 3. No AutoCAD, crie uma nova prancha A3 420 mm X 297 mm, com margens de 10 mm na direi- ta, superior e inferior, e 15 mm de margem à direita. 4. Dentro da janela de plotagem, onde devo configurar para que meu desenho seja plotado todo em preto, sem exceções? 5. Ao final da configuração de plot do meu projeto, sem perceber, eu desativo a opção Plot object lineweights, o que acontece caso isso ocorra? 194 LEITURA COMPLEMENTAR A maneira mais fácil para pegar uma propriedade de um arquivo do AutoCAD para outro arquivo, como, por exemplo, uma cota já confi gurada, é, simplesmente, copiando esse arquivo para o projeto novo. Assim, as propriedades fi cam salvas em seu diretório, no caso da cota, após fazer a colagem, pode-se deletar e a mesma propriedade fi cará salva na lista de estilos de cotas. Esse processo serve para blocos, camadas, cotas, textos, sím- bolos. Os arquivos de segurança do seu desenho sempre fi carão salvos na mesma pasta que do projeto original, esse arquivo é neutro, não sendo possível sua abertura, tem a extensão .bak e se utiliza do mesmo nome do de- senho, cuidado, não delete-o, ele é sua “salvação” caso ocorra um erro no seu projeto e o programa venha a fe- char. Geralmente, muitos confundem com arquivos corrompi- dos ou até mesmo com arquivos maliciosos e os dele- tam. Portanto, sempre que salvar seu projeto, logo em seguida, o AutoCAD fará outro arquivo com o mesmo nome, mas com a extensão.bak, que, na verdade, é sua cópia de segurança para evitar futuros problemas caso você venha perder o arquivo original. Outra dica impor- tante é sempre colocar a confi guração do AutoCAD para fazer os salvamentos do seu projeto para versões mais antigas, como, por exemplo, a 2010, uma vez que evita que, por ventura, você mande seu projeto para algum amigo ou cliente em formato de AutoCAD e esse venha a ter problemas para abrir por não ter a mesma versão que foi desenhado o projeto. Normalmente, indicamos habilitar para compatibilidade desde as versões 2007 em diante, para realmente ter a certeza de que não terá problemas com versões. Para quem é acostumado com versões inglesas, cremos que a maioria deve usar a inglesa, ao se deparar com o Au- toCAD na versão português, surge certo desconforto em relação aos nomes das ferramentas e aos comandos, haja vista que muitas traduções são adaptadas para o português e em alguns termos que nem há uma tradu- ção correta, deixando, assim, um pouco confuso para trabalhar no começo, mas com que se preocupar muito, visto que tudo isso gira em torno de costumes e práticas. Para fi nalizar, tente se adaptar aos comandos e aos ata- lhos para facilitar e agilizar o seu rendimento no decorrer do projeto. Fonte: os autores. DESIGN 195 AutoCAD 2016 - Utilizando Totalmente Roquemar Baldam, Adriano de Oliveira, Lourenço Costa Editora: Érica Sinopse: conectividade é a base de trabalho do AutoCAD, que incorpo- ra ferramentas de trabalho on-line cada vez mais comuns no dia a dia. Esta obra aborda ferramentas de trabalho 2D e 3D. Comentário: o livro é muito bom para se aprofundar nos aprendiza- dos no AutoCAD, a versão 2017 ainda será lançada. Este site é excelente para baixar blocos e afi ns relacionados ao AutoCAD, inclusive de marcas registradas. Disponível em: <http://www.cadblocos.arq.br/>. 196 gabarito 1. C. 2. Devemos, primeiramente, criar as escalas em metros, para isso, com a viewport selecionada, acessamos a lista de escalas e, em custom, clicamos em Add. Devemos criar escalas de unida- des 1000:50, 1000:100 e 1000:200 pelo motivo de se adaptarem às unidades metros do pro- jeto. Após esse processo, nossas escalas aparecerão na lista podendo utilizá-las a qualquer momento. 3. Nesse caso, o(a) aluno(a) simplesmente criará uma prancha. 4. Devemos acessar a opção plot style table e deixarmos marcado como monochrome.ctb. Esse é o estilo que fará o desenho ser plotado totalmente em preto. 5. Caso a opção plot object lineweights seja desativada, todas as espessuras de linhas serão igno- radas e plotadas em um tamanho padrão mínimo. DESIGN 197 Prezado(a) aluno(a), finalizamos o livro de Computação Gráfica 2D, no qual abordamos o uso do software AutoCAD para o desenho de projetos de design. Com o livro e seguindo os passo a passos, será possível você realizar a instalação do programa em seu computador, sua ativação e dar início ao seu uso, o que facilitará o desenvolvimento de desenhos bidi- mensionais de seus projetos de interiores. A disponibilização dos recursos computacionais facilita o seu trabalho como designer, diminuindo o tempo e possibilitando maior precisão nos seus projetos. Além disso, agora você poderá realizar a leitura dos projetos que vier a receber de outros profissionais, com- preendendo as funções do programa. Relevante que você compreenda que o AutoCAD deve ser utilizado como ferramenta de representação - não se esqueça disso - e nunca como meio de projetar, de criar. A criação do projeto deve ser fundamentada na base conceitual e teórica do design, embasado em pesquisas e, especialmente, no briefing do cliente. Nas unidades do livro, apresentamos os recursos básicos para a utilização de um pro- grama bastante complexo e cheio de possibilidades. Existem cadistas que trabalham com o software há muitos anos que dizem não conhecer e não utilizar metade dos recursos ofe- recidos, e, realmente, as possibilidades são bastante amplas. Por isso, é muito importante que, daqui para a frente, você continue a se atualizar, manuseie o programa, teste, simule, brinque e, assim, o entenda cada vez mais, utilizando-o a seu favor. Interessante, também, que você aumente sua intimidade com o computador, e, para aqueles que não têm tanta facilidade nesse manuseio, lembrem-se que é, sim, possível tra- balhar em uma equipe com diferentes funções. E, se você é um(a) designer bom(a) cria- dor(a), bom(a) especificador(a), não precisa, obrigatoriamente, ser um(a) expert em Auto- CAD. Desejamos que, agora, você dê um passo a mais na sua formação e que, de agora em diante, você utilize a Computação Gráfica 2D a seu favor. Sucesso! Conclusão Geral