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~· b .. ~ tp INSTITUTO POLITÉCNICO Escola Superior Agrária DE BRAGANÇA Comparação da Eficiência Reprodutiva da Inseminação Artificial Cervical e da lnseminacão Artificial Pós- ~ Cervical em Suínos Elga Garcia Dissertação apresentada à Escola Superior Agrária de Bragança para obtenção do Grau de Mestre em Tecnologias Animais Orientado por Teresa Montenegro Correia Ramiro Valentim Esta dissertação ui as críticas e sugestões feitas pelo Júri Bragança 2009 Agradecimentos "Estudo numa cidade pequenina onde toda a gente se conhece ... ", foi assim durante os cinco maravilhosos anos a licenciatura, o mesmo não aconteceu nestes dois anos de mestrado, que se passaram entre trabalho e mais dificuldades, principalmente a distância, contudo, cá estou eu mais uma vez para agradecer a um infinito numero de pessoas que me ajudaram ao longo de mais esta etapa. Em primeiro lugar e como não poderia deixar de ser, ao meu pai , podia mencionar enumeras razões, mas prefiro dizer: por tudo, por uma vida ... Obrigada! Á agro-pecuária Petiz & Maia, por todas as oportunidades e acima de tudo pela possibilidade da realização da parte pratica deste trabalho. Ao Ricardo e à M. do Céu, apenas por tudo ... Obrigada ... Ao Dr. Assis, por toda a ajuda, interesse, paciência e amizade ... Obrigada. Ao Gonçalo (Magapor), por toda a ajuda e paciência, obrigada. À Eng.a Teresa Correia e ao Eng.0 Ramiro, minha orientadora e meu co-orientador, por todo o interesse, esforço, apoio, dedicação e especialmente por tudo o que com eles aprendi , obrigada. À minha família que sempre me apoiou e que sempre esteve presente em todos os momentos da minha vida, mtúto, muito obrigada. A todos os meus amigos, por toda tm1a vida de companheirismo e· amizade, muito obrigada. A ti, Bragança .... Índice geral AGRADECIMENTOS .......................................................................... ~ ......................... I ÍNDICE GERAL ........................................................................................................... II ÍNDICE DE QUADROS .............................................................................................. IV ÍNDICE DE I?JGUI{AS .................................................................................................. V RESUMO ...................................................................................................... ................. VI ABSTM CT ................................................................................................................ VII LISTA DAS ABREVIATURAS ............................................................................... Vlll 1- INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 3 2.1 -INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM SUÍNOS .................................................... 3 2.1. 1 -VANTAGENS DA INSEMINAÇÃO ARTI FICIAL (lA) ............................................................................ 3 2. 1.2 -INCONVENJENTES DA IA .... ............ ..... ............................. ......... ... ....... ......... .... . ...... ....... ........ .. .. .... 4 2.2 -TÉCNICAS DE JNSEMJNAÇÃO ARTIFICIAL .. ..... ... .. .......... .. .............. .. ............... ... .. . ... .......................... 4 2.2. 1 -Inseminação artificial cervical (IC) ............................... ........................... .. ............... ............. 5 2.2. 1. 1 - TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL CERVICAL. ........ ....................................................... ...... 5 2.2. I .2- IMPORTÂNCIA DO MATERIAL UTILlZI\DO NA ELABORAÇÃO DAS DOSES DE SÉMEN ...................... 6 2.2.1 .3- R ECOLHA OE SÉMEN .................... .................. .................................... ...... ......... ......... ... ....... .. .... 6 2.2.1.3.1 -FRACÇÕES DO EJACULADO ..... .......... . .. ........ .... ........... ......... ............ ...... ...... ....... .............. .. ..... 7 2.2.1.3.1.1 - Fracção pré - espermatica ....................................................................... ... .................. 7 2.2.1.3.1.2 - Fracção espennatica ..................................................................................................... 7 2.2.1.3.1.3 -Fracção pós espermatica ............................................................................................... 7 2.2. 1.3.2 - COR ......... ......... ......... .. ......................................................... ................... ............................... S 2.2.1.3.2 - MOTILIDADE ... ......... .............. .......... ... ............ ....... .............. ................. ...... ................ .. .......... 8 2.2.1.3.3- A GLUTINAÇÃO .................................... ............... ..... ........... . .................. .... .. ................... ..... .... 9 2.2. 1.3.4 -CONCENTRAÇÃO . ...... .. ..................................................................... .......... ............ ...... ........... 9 2.2. 1.3.5- D ETERMINAÇÃO DE FORMAS ANORMAIS, ACROSSOMJAS E VITALIDADE ......................... ...... l 0 2.2.1.3.5.1 - 0 ETERMINAÇÃO DE FORMAS ANORMAIS .......................................... .................................. 10 2.2.1.3.5.2 - D ETERMINAÇÃO DE ACROSSOMIAS .. ............ ........ .... .......... ............................................... . I I 2.2.1 .3.5.3 - DETERMlNAÇÃO DA VITALIDADE ...... ........ ................ ...... ................................................... 12 2.2.1.3- FACTORES QUE INFLUENCIAM O ÊXfl'O DA INSEMINAÇÃO ARTIFICiAL CERVICAL ..................... 12 2.2. 1.4 - R ESULTADOS REPRODUTIVOS OBTIDOS COM INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL CERVICAL .................. 13 2.2.2 -INSEMJNAÇÃO ARTIFICIAL PÓS CERVICAL .................................................................................... 14 2 .2.2.1 -TÉCNICA DE INSEMINAÇÃO PÓS CERVICAL .......................... ..... ................ ........ ........................ 15 2. 2.2.2- Vantagens e desvantagens da inseminação pós cervical.. .............. ........... ....................... .. 16 2.2.2.3- FACTORES A CONSIDERAR NA INSEMINAÇÃO PÓS CERVICAL .... .. ................ ............................ .. I 6 2.2.2.4 - RESULTADOS REPRODUTIVOS OBTIDOS COM OS MÉTODOS DE IA ............................................. 17 2.2.3 - INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL INTRA UTERINA PROFUNDA .................................. .... .................. .... .... I 8 2.2.3.1 - Técnica de inseminação intra uterina profunda ..................................... ............................ 19 2.2.3.2 - VANTAGENS E DESVANTAGENS DA INSEMINAÇÃO INTRA UTERINA PROFUNDA .................. .. .... . 19 2.2.3.3- FACTORES A CONSIDEI~ NA INSEMINAÇÃO INTRA UTERINA PROFUNDA .. .... ........ .............. ..... 20 2.3 -IMPORTÂNCIA DA DETECÇÃO DE CIOS PARA O ÊXJTO DA IA .... .. .... ................................................. 20 2.3. l - SINAJS COMPORTAMENT.AJS DE CIO ......................................... .. .................................................. 2 l 2.3.2 -IMJ'ORTÃNCIA DA PRESENÇA DO VARRASCO ................................ ....................................... .. ....... 21 2.3.3 - REGRAS BÃSICAS PARA UMA BOA DETECÇÃO DE CIO ................ .. ................................................. 22 2.3 .4- INTERVALO DETECÇÃO DE CIO -INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ......................................... ...... ......... 22 3- lVlA TERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 23 lJ 3. I - LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA EXPLORAÇÃO .......................... .......... ......................... ....... 23 3.1.1 - Localização ................ .................. .......................... ....... .......... .......................... .................... 2 3 3.1.2- Caracterização da exploração ..... .. .................. .. ...... ............. .... .. .................. .......... ...... ... ..... 23 3.2 - PROFILAXIA SANITÁRIA E MEDICA ... .......... .. ... ..................................... ..... . ................ .......... ... ... ... .. 23 3.2.1 -Profilaxia sanitária .......................................... ... ..................... .......................... ................... 23 3.2.2 - Prr?filaxia médica .................................... ................................. .............................. ........ ....... 24 3.3- MANEIO ALIMENTAR ................................................ .. ... .... ............. .. .... ............................ ............. 25 3.4 -MANEIO REPRODUTIVO ........................... ........ ............................................................................... 26 DIAGNOSTICO DE GESTAÇÃO ....................... .......... ........ . ................ ....... ..... . ................ .......... .... ...... ....... 27 GESTAÇÃO ................... . ........... .. .... ............. ........ ...... .. . ................. .... ..... ........................... ....... .. ..... ....... 27 PART0 ..................... .......... ......................... ....... ............................... ........... .......................... ... .. ............ 27 D ESMAME ........ ............. ........................ .. ................................................. ........................... .............. ..... 27 3.5- TRABALHO EXPEIUMEN1'AL ....................................................................... 28 3.5. 1 - ANIMAIS UTILIZADOS ....................... ....... ... ........... ........ ... ............ ...... ........ ....... .... ................ ...... 28 3.5.2 - RECOLHA DO SÉMEN ................ .. ...... ..... ........... ... ...... ...... ................. ...... ............................. ........ 28 3.5.3- PREPARAÇÃO DAS DOSES DE SÉMEN ...... ............................... .......... .......................... ... .. ...... ........ 30 3.5 .3 . I -PARÂMETROS UTfLIZADOS NA A V ALIAÇÃO DO EJACULADO 013TrDO ...... ............ ........... .. ..... ..... 30 PARÂMETROS MACROSCÓPICOS .... .. ....... ..................... ...... ........... ........ . .. .. ..... . .. ... ............. ............. ........ 30 PARÂMETROS MICROSCÓPICOS ..................................................... ............... ........................ ............. .. .... 31 3.5.3.2- DtLU1ÇÃO DO EJACULADO ..................... ................................ ............. ..................... ................. 31 3.5.3.3 - ARMAZENAGEM E CONSERVAÇÃO DAS DOSES DE SÉMEN ................................ ......................... 32 3.5.4 - T ÉCNICAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ........................... .... ............................ .. ........................ 32 3.5.4.1 -INSEMINAÇÃO CERVICAL .............. ................. . .. ... ............ ...... ........ ..... .. ............ .... ... ................. 33 3.5.4.2 -INSEMINAÇÃO PÓS-CERVICAL ........ .. ...... ..................................... ... ... ..... .... ............... ... .. .... ... .... 34 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 36 4 .1 - TRATAIVlENTO ESTATÍSTICO DOS DADOS ..... ................ ................. ........ ........ ...... ............ ........ ......... 36 4.2 - FERTILIDADE .............................................................................................................. . .............. ... .. 36 4.3 - RESULTADOS l)RODUTIVOS .............................................. ........................... 38 4.4- RESULTADOS ECONÓMICOS ....................................................................... 39 5 - CONCLUSÃO ......................................................................................................... 41 6- BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 43 III Índice de quadros Q UADRO]: RESULTADOS REPRODUTIVOS OBTIDOS COM A TÉCN ICA DE lA CERVICAL.. ... 14 Q UADRO 2: RESULTADOS PRODUTIVOS OBTIDOS COM A TÉCNJCA DE lA PÓS CERV ICAL EM TRÊS EXPLORAÇÕES DIFERENTES .......................... ...................................... .. ........... ] 7 QUADRO 3: COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS REPRODUTIVOS OBTIDOS COM A TÉCNICA DE IA CERVICAL E PÓS CERV ICAL, UTILIZANDO UM NÚMERO DIFERENTE DE SPZ POR DOSE . .. ...... .. ..... ........ ............. ......... ....... ..... ..................... ........ .... .. .. .. ..... . ........... .. ... . 18 Q 4·}) - - ?4 UADRO . ROGRAMA DE VACINAÇAO E DESPARASJTAÇAO .. ................ ............. .. ......... _ QUADRO 5- PROGRAMA DE MANEIO ALIMENTAR ............ .......... ... ............. .... ...... ........... 25 QUADRO 6: RESULTADOS DA TAXA DE FERTILIDADE OBTIDOS COM A TÉCNICA DE IA CERV ICAL EPÓS CERVICAL, UTILIZANDO O MESMO NÚMERO DE SPZ POR DOSE ....... 36 QUADRO 7: RESULTADOS DA TAXA DE FERTILIDADE OBTJDOS COM DO IS VARRASCOS DIFERENTES .................... ........................ .... .... ... . ........ .. .. . .... ............. . .... ..... ........ .. ... 37 Q UADRO 8: RESULTADOS DA TAXA DE FERTILIDADE OBTIDOS NAS CINCO SEMANAS DO ENSAIO ...... ................................. ........................ ............................... .................. ..... 37 Q UADRO 9: RESULTADOS PRODUTIVOS OBTIDOS COM A TÉCNICA DE lA CERVICAL E PÓS CERV ICAL, UTJLlZANDO O MESMO NÚMERO DE SPZ POR DOSE ................................ 38 QUADRO 10: RESULTADOS PRODUTIVOS OBTIDOS COM DOIS VARRASCOS DIFERENTES, UTILIZANDO O MESMO NÚMERO DE SPZ POR DOSE ... ......... ... ........ .... ............ .. .... ..... 39 QUADRO 11: CUSTO DE IA POR PORCA, PARA A ICE IPC ........ ...... ..... .... ......................... 40 IV Índice de figuras FIG. 1: MOTILIDADE DOS ESPERMATOZÓIDES (MAGAPOR, 2002) ..... .................. ... .. ... ....... 8 FIG. 2: AGLUTINAÇÃO DOS SPZ (MAGAPOR, 2002) .............. ... ......... .. ... ............ ..... ........... 9 FIG. 3: ANOMALIAS NA CABEÇA E NA CAUDA DOS SPZ (MAGAPOR, 2002) .......... ... ......... 11 FIG. 4: GOTAS CITOPLA SMA TlCAS DI STAIS E PROXIMAIS (MAGA POR, 2002) ...... ... .. ......... 11 FIG. 5: ACROSSOMlAS (FONTE: MAGAPOR) ............................. ....................... .......... ...... . 11 FIG. 6: RECONHECIMENTO DOCA VALETE E SALTO PARA OCA VALETE ............................. 29 fiG. 7 RECOLHA E PORMENOR DA FRACÇÃO RICA DO EJACULADO ....... ... ............. ............ 29 FIG. 8: DILUIDOR E SÉMEN EM BANHO-MARIA A 37"C; DILU!DOR E ÁGUA DESTILADA UTILIZADOS ............................. .... .... .... ... .......... ........ ..... .. ...... ...... ... ... ...... .......... ...... 3 Ü FIG. 9: COLORÍMETRO····································································································· 3] FIG. 10: ENCHIMENTO E SELAGEM DAS DOSES DE SÉMEN ...... ... ...................... ................. 32 FIG. 11: INTERIOR DA CÂMARA DE CONSERVAÇÃO DO SÉMEN . ........... .... ............. ... ......... 32 FIG. 12: CATETERES E RACORD - TC; PREPARAÇÃO DA INTRODUÇÃO DO CATETER- lC .. 33 F IG. 13: INTRODUÇÃO DO CATETER -lC; DEPOSIÇÃO DO SÉMEN - IC .......... ... ......... ...... .. 33 FIG. 14: CATETER INTERIOR E CATETER GUIA - IPC; INTRODUÇÃO DO CATETER GUI A - IPC ································································································································ 34 FIG. 15: LUBRIFICAÇÃO E INTRODUÇÃO DO CA TE TER INTERIOR - IPC .... ..... .................... 34 FIG. 16: CATETER fllC CORRECTAMENTE COLOCADO; DEPOSIÇÃO DO SÉMEN- IPC ... ..... 35 v Resumo O presente trabalho tem como objectivo comparar os resultados reprodutivos de uma nova técnica de inseminação artificial (IA),inseminação arlificial pós cervical (IPC) com a técnica de inseminação artificial cervical (IC), e verificar a viabilidade técnica e económica da introdução desta nova téc1úca numa exploração de suínos. Para a realização do trabalho, utilizaram-se 100 porcas resultantes de cruzamentos com as seguintes raças: Landrace, Large White e Chinois e 2 varrascos resultantes do cruzm11ento de Pietrain e Dmoc. Todas as porcas eram multíparas, sendo distribuídas de fonna aleatória pelas duas téc1úcas. Foram utilizadas doses de sémen do mesmo varrasco e do mesmo lote de recolha, nas duas técnicas, contendo um número de espem1atozóides (SPZ) por dose de 4 * 1 09 (I C) e 2 * 1 09 (IPC). Não foram observadas diferenças significativas entre tratamento.s para os principais parâmetros reprodutivos estudados entre as duas técnicas, sendo: a taxa de fertilidade de 82% para (IC) e 88% para (IPC); a média de leitões nascidos vivos foi 10,9 para (I C) e 1 I ,3 para (IPC), a média de leitões nascidos mortos foi 1,2 para (TC) e 1,0 para (IPC) e a média de leitões mumificados foi 0,4 para (IC) e 0,7 para (IPC). Em termos económicos a inseminação artificial pós cervical pode permitir obter uma receita líquida superior quando comparada com a inseminação artificial cervical .. Estas receitas superiores devem-se à necessidade de um número inferior de espermatozóides por dose, sendo necessário um menor número de varrascos, permitindo trabalhar apenas com reprodutores de maior potencial genético. Palavras - chave: inseminação artificial; cervical; pós cervical; viabilidade económica. Vl Abstract The aim of the present study is the comparison of reproductive results with the use of one new technique of artificial insemination (AI); post cervical insemination (IPC) with the technique of cervical insemination (IC). and check technical anel economical viability of introducing this new teclmique in a swine fam1. For the accomplislm1ent of this work we have used 100 sows resul1ing from the cross of Landrace, Large White and Chinois races and two boaTs resulting from the cross of Pietrain and Duroc. All the sows had one or more farrows, they've been distributed randomly by the two lA techniques. We have used sperm doses from the same boar and the same lote in the two teclmiques, containing the same mm1ber of spermatozoa per dose of 4*1 09(IC) and 2* 1 09(IPC). No significant differences were noticed between the treatments for the main reproductive parameters studied, being: the fanowing rate of 82% (IC) and 88% (IPC), the litter size of 10,9 (IC) and 11 ,3 (IPC) piglets bom per inseminated sow, 1,2 (IC) and 1 ,O (IPC) born dead piglets and 0,4 (I C) and 0,7 (IPC). In economical terms the IPC teclmique, may reach a lúgher profits compared with the IC teclmique. These higher profits are dueto the need of a smaller number of spermatozoa per dose, being needed a smaller number of boars, what allows us to work only with boars of higher genetic potential. Key words: Artificial insemination; cervical; post cervical; economical viability. VIl Lista das Abreviaturas IA - Inseminação artificial rc -lnsemÜ1ação artificial cervical IPC - Inseminação artificial pós cervical IUP - Inseminação artificial intra- uterina profunda N° - Número S 1 - Semana 1 (primeira semana de ensaio) S2- Semana 2 (seglmda semru1a de ensaio) S3 - Semana 3 (terceira semana de ensaio) S4- Semana 4 (quruta semana de ensaio) SS- Semana 5 (quinta semana de ensaio) SPZ - Espermatozóides V75 - Vanasco número 75 V76 - Van·asco número 76 VIII 1- Introdução As biotecnologias da reprodução agmpam um conjunto de técnicas colocadas em prática, a partir de conhecimentos sobre o genoma e o desenvolvimento emb1ionário. Técnicas como a inseminação artificial, transferência embrionária, fecw1dação in vitro, sexagem, criopreservação de gâmetas e embriões, clonagem e transgênese fazem parte deste processo. Estas biotecnologias possuem numerosos pontos em comum, que favorecem o melhoramento genético e sanitário (Bortolozzo, 2005). Na espécie suína, a prolificidade natural da espécie, provavelmente, retardou o desenvolvimento das biotecnologias da reprodução. No entanto, as necessidades de intercâmbios genéticos e as pressões sanitárias, constituíram um forte impulso para o desenvolvimento da inseminação artificial (Bortolozzo, 2005). A inseminação artificial em suínos não pode ser considerada uma técnica nova uma vez que a primeira inseminação em suínos aconteceu em 1932 por Milovanov na antiga URRS e que os primeiros trabalhos franceses conhecidos remontam aos anos quarenta (Oliveira, 2004). A inseminação artificial tem evoluído de uma forma significativa na espécie suína, a nível das pecuárias, hoje em dia estima-se que dos 72 milhões de porcas presentes no n11mdo, mais de 45% são porcas fertilizadas pela inseminação artificial. A sua h,'Tande difusão a nível mundial fica a dever-se às grandes vantagens que a utilização desta tecnologia traz para os produtores, entre as quais podemos citar: melhoria genética com a utilização de machos geneticamente supe1iores, diminuição da mão-de-obra, diminuição dos custos de produção, melhor aproveitamento das instalações, maior segurança sanitária, maiores cuidados higiénicos e eliminação de ejaculados impróprios (Oliveira, 2004). Apesar de todas estas marcantes vantagens, a inseminação artificial em suínos tem algumas limitações. Em suiniculturas, onde a produção de sémen é feita na própria exploração, é necessário um investimento inicial na construção e equipan1entos do laboratólio, bem como no profissionalismo e formação técnica da equipa envolvida no processo de produção das doses de sémen. Nas situações em que as doses de sémen são adquiridas no exterior da exploração, encontra-se como principal limitação o transporte das doses. Apesar das limitações, pode-se afinnar que actualmente a inseminação artificial em suínos representa uma técnica sólida, com aplicabilidade comercial que faz parte da rotina de produção (Bortolozzo, 2005). Nos últimos anos chegaram ao mercado novas tecnologias de inseminação artificial que pennitiram uma melhoria notável da sua eficiência, devido a uma melhor compreensão e aceitação dos procedimentos para a preparação das doses juntamente com o aumento de equipamentos por parte das industrias associadas á inseminação artificial. Estas novas técnicas pennitem uma diminuição significativa do número de espermatozóides por dose de inseminação, para além das vantagens económicas e de melhoria genética que esta técnica proporciona (Bortolozzo, 2005). Em Portugal existem duas estruturas de produção distintas: as grandes empresas integradoras, constituídas por 8 empresas que detêm cerca de 50% do efectivo nacional , e as pequenas e médias empresas particulares com um efectivo de 50 até 2000 fêmeas reprodutoras, que representam os restantes 50% do mercado nacional. O efectivo nacional é constituído por aproximadamente 230000 reprodutoras, 85% das quais estão sujeitas a inseminação artificial, onde em 6% é utilizada a técnica de inseminação artificial pós cervical (Magapor, 2009). Actualmente, a investigação em inseminação artificial da espécie suína está direccionada a três grandes áreas: progressos na conservação do sémen, momento ideal para a deposição deste no trato genital feminino e redução do número de espennatozóides/fêmealano (Bortolozzo, 2005). 2 2- Revisão bibliográfica 2.1 - Inseminação artificial em suínos 2. 1.1 - Vantagens da inseminação artificial (IA) A IA em suínos teve um !:,JTande crescimento e desenvolvimento nos últimos anos, permitindo aos suinicultores usufruírem de uma série de vantagens em relação á reprodução de efectivos baseada na monta natural, entre as quais se destacam: • Diminuição do numero de varrascos na exploração, havendo uma menor necessidade de espaço ediminuição dos custos de manutenção (Kubus, 1994) • Acesso a base genética de alta qualidade e rápida difusão do progresso genético (Lapuente e Gil, 2002) • Diminuição do risco de doenças infecto-contagiosas por via sexual (Magapor, 2002) • Produção de lotes de animais mms homogéneos com destino ao matadouro (Magapor, 2002) • Possibilidade de alojar os varrascos em condições ambientais óptimas, com temperatura constante ao longo do ano, evitando variações na qualidade e quantidade de esperma produzido, devido ás variações térmicas (Kubus, 1994) • Permite controlar a qualidade espermatica dos reprodutores (Magapor, 2002) • Redução da entrada de animais do exterior, potenciais portadores de doenças (Lapuente e Gil, 2002) • Utilização de material esterilizado e descartável, evitando o aparecimento e disseminação de doenças do foro reprodutivo da fêmea (Lapuente e Gil, 2002) • Permite cruzar machos e fêmeas de diferentes tamanhos (Oliveira, 2004) • Pennite optimizar a mão-de-obra, facilitando o maneio, reduzindo o tempo e o trabalho para a monta (Oliveira, 2004) • Evita problemas de stress em animais com problemas cardíacos (Magapor, 2002) • Permite uma diminuição dos custos (Magapor, 2002) Reproduced with permission of copyright owner. 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