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Patologias do trato genital Inferior

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Patologias do trato genital Inferior
Doenças benignas do colo do útero .
CONDILOMA
-Uma das formas de manifestação da infecção
pelo HPV (HPV 6 e 11)
-Podem ocorrer em qualquer parte do epitélio
cervical, vaginal ou vulvar.
-A maioria das lesões condilomatosas na
localização do colo uterino se manifesta
sobressaindo a coloração esbranquiçada com a
aplicação do ácido acético na concentração de
3% a 5%.
-O período de incubação varia de 3 semanas a 8
meses e ocorre particularmente em pacientes
jovens.
-A transmissão ocorre pelo contato sexual e as
verrugas podem durar anos ou regredir
espontaneamente após algum tempo.
Sendo classi�cados em acuminado, plano e
atípico.
-Após a aplicação do ácido acético, os
condilomas acuminados se tornam
aceto-brancos e seus vasos capilares menos
proeminentes. Coram-se irregularmente ao
teste de Schi�er, o que con�rma o seu aspecto
benigno.
O diagnóstico é geralmente feito pela
inspeção, sendo a biópsia necessária se houver
dúvida quanto à presença de atipia, o que pode
trazer di�culdade diagnóstica, sobretudo na
localização do colo uterino.
- Embora a remissão espontânea seja
frequente após algum tempo, o tratamento
geralmente se faz necessário para reduzir a
transmissão da doença e, quando localizado
externamente, para conforto, devido à
ansiedade da paciente.
- Atualmente, um dos tratamentos com
melhores resultados é o uso do imiquimode, um
imunomodulador que propicia o reconhecimento
do HPV pelo sistema imune, auxiliando no
desenvolvimento de uma memória imunológica.
PÓLIPOS CERVICAIS
Lesões polipóides são de�nidas como protusões
de epitélio e estroma subjacente e são
classi�cadas em ecto e endocervical, conforme
o revestimento epitelial.
-Podem ser únicos ou múltiplos, de base
estreita (pediculados) ou de base ampla
(sésseis).
🩺 Gabrielle Palmanhani - 5 ano -Ginecologia 1
- Ocorrem com maior frequência durante a
idade reprodutiva, especialmente após os 40
anos.
-frequentemente assintomáticos,
eventualmente podendo haver queixas de
sangramento pós-coital, intermenstrual e
pós-menopausa.
-Os pólipos endocervicais são os mais comuns,
podendo ou não ocorrer processos metaplásicos
na superfície, podendo ser total ou
parcialmente epitelizado e, portanto, está
sujeito a infecção pelo HPV. Os pólipos
ectocervicais são menos frequentes e
localizam-se totalmente na ectocérvice. Em
geral, originam-se de processos cicatriciais.
-A retirada está indicada em lesões
volumosas (acima de 3 cm) ou sintomáticas.
- Após a retirada, sua base deve ser curetada e a
posterior cauterização pode reduzir a chance de
recorrência
Doenças benignas da vulva .
TUMORES BENIGNOS
Os tumores benignos da vulva são classi�cados
de acordo com o tecido de origem – epitelial,
dérmicos, melanocíticos, vascular, tecido
subcutâneo e tecido muscular.
Dentre os de origem epitelial, destacam-se a
queratose seborreica e o cisto epidérmico.
- A queratose seborreica é bem mais
frequente em áreas
de pele não genital,
caracteriza-se por
lesão verrucosa,
levemente
sobrelevada. Não é necessário seu tratamento,
pois é uma lesão assintomática e sem potencial
de malignização.
-O cisto epidérmico ocorre com maior
frequência nos grandes lábios, podendo ser
único ou múltiplo, caracterizado pelo aspecto de
pequenos nódulos hipocrômicos, móveis,
contendo material queratinoso no interior. O
tratamento não é necessário, visto que são
assintomáticos, mas a excisão pode ser
realizada por motivos estéticos.
2
O cisto de Bartholin ocorre em 2% de novas
pacientes ginecológicas e é o mais prevalente.
Forma-se pela oclusão do ducto da glândula e
acúmulo de muco, decorrente de processo
infeccioso prévio.
Corrimento vaginal .
Abordagem do corrimento vaginal
Toda paciente que procure auxílio médico com
queixa de corrimento vaginal deverá passar
pelas etapas relacionadas a seguir
1. Anamnese direcionada
investigar sobre quantidade, coloração, odor ou
prurido associados. É relevante ainda questionar
sobre o tempo de duração das citadas queixas,
além de associá-las ao período menstrual
2. Exame ginecológico especí�co
No exame da genitália externa, investiga-se a
presença de edema, eritema e/ou outros sinais
�ogísticos.
Ao exame especular dos genitais internos,
observam-se as paredes vaginais quanto ao seu
tro�smo ou sinais in�amatórios, examinando-se
também os fundos de saco e sua coloração, e as
características das secreções. Quando
presentes, veri�car quantidade, cor, odor,
�uidez e presença de bolhas
O exame do colo é essencial, pois a queixa de
corrimento pode advir da presença de uma área
extensa de ectopia, lembrando que o epitélio
endocervical é secretor e produz muco com
aspecto hialino �siológico que, em determinadas
situações, pode ser confundido com corrimento
infeccioso pelas pacientes.
Exames que podem ser realizados na ocasião da
consulta
Determinação do pH vaginal
baseia-se na modi�cação da cor do papel
colorimétrico com indicativos de faixas de
diferentes valores de pH.
-Coloca-se a �ta em contato com a parede
vaginal lateral, evitando o conteúdo do fundo de
saco vaginal ou o colo uterino. O pH entre 3,5 a
4,5 é considerado normal
-Quando os valores ultrapassam 4,5, isso
sugere alteração da �ora vaginal (�ora tipo 3)
em situações como tricomoníase, vaginose
bacteriana ou vaginite aeróbia
Testes das aminas
Realiza-se da seguinte forma: coloca-se 1 a 2
gotas de KOH a 10% em superfície (espátula ou
lâmina) com conteúdo vaginal, e sente-se o
odor de aminas quando a paciente apresenta
alterações que levam a aumento da �ora vaginal
anaeróbia (vaginose bacteriana, tricomoníase
vaginal, vaginite aeróbica decorrente de
microtraumatismos ou ulcerações).
3
Exame bacterioscópico
Orienta-se a coleta do conteúdo da parede
vaginal usando-se espátula de madeira ou swab
de Dacron. O material deverá ser disposto em
três lâminas de vidro em forma de esfregaço
�no. A primeira lâmina deverá ser deixada secar
para ser corada pelo Gram; na segunda,
coloca-se uma gota de soro �siológico a 0,9%;
na terceira, uma gota de KOH a 10%.
VULVOVAGINITES
Vulvovaginites infecciosas
● Vaginose bacteriana
A vaginose bacteriana (VB) é uma síndrome
polimicrobiana caracterizada pelo aumento
maciço de germes anaeróbios, particularmente
a Gardnere�a vaginalis e espécies de Mobiluncus
e Bacteroides em substituição dos Lactobaci�us
produtores de peróxido de hidrogênio.
-A queixa mais frequentemente encontrada
na VB é a de odor desagradável, que piora após o
coito e no período perimenstrual, pois a
alcalinização da vagina pelo esperma ou sangue
menstrual reage com substâncias produzidas
pelos anaeróbios liberando aminas voláteis
- O corrimento vaginal, no entanto, costuma
ser discreto, homogêneo e escasso
Os critérios mais conhecidos e divulgados são
os de Amsel e os de Nugent.
Critérios de Amsel
Considerar pelo menos três dos relacionados a
seguir: 
•Corrimento vaginal branco-acinzentado.
•pH . 4,5.
•Teste de aminas (Whi�) positivo
(desprendimento de aminas aromáticas
com odor semelhante a “peixe podre” ao
se adicionar duas gotas de KOH a 10% ao
conteúdo vaginal).
•Presença ao exame bacterioscópico de clue
ce�s (células epiteliais super�ciais
recobertas por cocobacilos Gram lábeis)
Critérios de Nugent
Os critérios de Nugent são um sistema de
escore para o diagnóstico de VB com coloração
pelo Gram que quanti�ca os elementos
microbiológicos tornando-se mais objetivos.
-Os escores representam: como padrão de
normalidade, escores variando de 0 a 3; �ora
vaginal inde�nida, escore de 4 a 6; e o
diagnóstico de vaginose bacteriana, escore de 7
a 10
Exame bacterioscópico
Na VB, são encontradas células-guia (clue ce�s
– células epiteliais recobertas por Gardnere�a
vaginalis, dando aspecto de “rendilhado”) e
comma ce�s (Mobi�uncus sp. recobrindo as
4
células epiteliais) são achados sugestivos dessa
infecção.
O exame bacterioscópico é considerado o
padrão para o diagnóstico etiológico das
vulvovaginites infecciosasTratamento
Os derivados imidazólicos ainda se constituem
na primeira opção terapêutica.
-O metronidazol é um antibiótico e
antiparasitário de primeira linha da família dos
nitroimidazólicos que erradica praticamente
todos os anaeróbios.
-A dose recomendada para a vaginose
bacteriana é de 400 mg, de 12 em 12 horas,
durante 7 dias, ou 2 g em dose única, de mais
fácil adesão;
● Candidíase vaginal
Processo descamativo e transudativo, que
acomete o epitélio vulvovaginal causado pela
presença de fungos, associado invariavelmente
a quadro in�amatório local de maior ou menor
intensidade.
Diagnóstico
Queixa do corrimento branco leitoso, em
quantidade variável, inicia seus sintomas na
fase que antecede o período menstrual. Sem
dúvida alguma, o prurido e, eventualmente, a
queimação nos genitais são as principais
reclamações das mulheres
O exame ginecológico pode demonstrar uma
vulvite importante, muitas vezes com
hiperemia, edema, escoriação e �ssuras.
-. O �uxo vaginal, quando típico, mostrará um
conteúdo pastoso, �ocular, branco-esverdeado,
aderente à mucosa, assemelhando-se a “leite
coalhado” ou “ricota”
-O exame de medida de pH vaginal, quase
sempre abaixo de 4,5, e o teste de Whi� negativo
ajudarão a afastar a presença da vaginose
bacteriana.
-Os exames microbiológicos de observação
direta por meio de microscopia óptica são muito
simples de serem feitos e decisivos para a
con�rmação diagnóstica.
Classi�cação
A candidíase simples ocorre em mulheres
sadias envolvendo sintomas esporádicos e
infrequentes. Esses casos ocorrem no máximo
uma vez ao ano e respondem muito bem à
terapia antifúngica convencional. São causadas,
na maior parte das vezes, pela Candida albicans,
única e exclusivamente.
As candidíases complicadas são aquelas que
podem ter sinais e sintomas muito graves,
recorrência igual ou superior a três episódios
por ano, exame bacterioscópico (KOH) apenas
5
com blastósporos e sem a presença de hifas
havendo preferência por tratamentos mais
prolongados com antifúngicos de qualidade
superior usados por via sistêmica, e a ajuda de
medicação coadjuvante em muitos casos.
Tratamento
Forma simples
•Tratamento tópico (vaginal): terconazol a
0,8% por 5 dias ou miconazol a 2% por 10
dias, ou outro imidazólico tópico.
•Tratamento sistêmico: �uconazol, 150 mg
em dose única VO ou itraconazol 200 mg
VO, de 12 em 12 horas, por 1 dia.
•Seguimento: 7 e 30 dias.
Forma complicada
•Tratar preferencialmente por via oral.
•Fase aguda: �uconazol 150 mg, 1 vez ao
dia, ou itraconazol 200 mg, de 12 em 12
horas, durante 1 dia. Repetir o
tratamento após 5 a 7 dias.
● Tricomoníase vaginal
A tricomoníase é a doença sexualmente
transmissível curável de etiologia não viral
-Em gestantes, predispõe à ruptura prematura
de membranas, trabalho de parto prematuro e
ao nascimento de bebês de baixo peso.
Manifestações clínicas
pode variar de quadros praticamente
assintomáticos (cerca de um terço) a vulvites
exuberantes acompanhadas de corrimento
profuso. Esses sintomas são cíclicos e se
acentuam durante o período menstrual.
No exame ginecológico, observam-se sinais de
irritação vulvar com edema, hiperemia, calor
local, com ou sem escoriações e/ou erosões.
As paredes vaginais e a ectocérvice uterina
apresentam-se avermelhadas com pontilhados
hemorrágicos. Essas alterações em colo uterino
são denominadas colpite em framboesa
-Nas infecções crônicas, os sintomas
predominantes são o prurido e a dispareunia,
onde esses indivíduos têm mais chance de
transmitir o parasita.
Diagnóstico
Os sintomas sozinhos ou em conjunto com os
aspectos clínicos não são su�cientes para a
instituição de tratamentos medicamentosos,
sendo necessário con�rmar a presença do
parasita, o que geralmente é feito por meio do
exame a fresco do conteúdo vaginal
- Para a realização do exame a fresco,
coleta-se uma amostra do conteúdo
vaginal, colocando-o em lâmina de vidro
juntamente com uma gota de solução
salina, o que possibilita a visualização
desses microrganismos que geralmente
estão em movimen to sob visão
6
microscópica. A leitura deve ser feita
imediatamente após a coleta do
material vaginal. 
Tratamento
Atualmente, o tratamento padrão para
tricomoníase é o metronidazol, 250 mg VO, 3
vezes ao dia durante 7 dias, ou 2 g em dose
única. O parceiro da paciente, mesmo que
assintomático, deve ser tratado para prevenir a
reinfecção.
● Vaginite aeróbia
A vaginite aeróbia (VA) é uma alteração na
�ora vaginal que difere de vaginose bacteriana
(VB). A VA é caracterizada por uma micro�ora
vaginal anormal; no entanto, é acompanhada de
reação in�amatória e resposta imune local, em
oposição à VB. Está associada a microrganismos
aeróbios, Streptococcus agalactiae e
Escherichia coli. Determina resposta imune no
hospedeiro com acentuada produção de citocinas
pró-in�amatórias no �uido vaginal, o que a
diferencia da vaginose bacteriana.
Pode estar mais relacionada com
complicações na gravidez (corioamnionite,
ruptura prematura de membranas e parto
pré-termo)
Os principais sinais clínicos são: processo
in�amatório com corrimento amarelado e
dispareunia.
Os principais critérios microscópicos de
diagnóstico são: grau de lactobacilidade, número
de leucócitos, proporção de leucócitos tóxicos -
atividade lisossomal, �ora de fundo e proporção
de células basais.
Tratamento
•Clindamicina: 300 mg, VO, de 12 em 12
horas, ou vaginal (creme 2%), 1 vez à
noite, por 5 a 7 dias.
•Metronidazol: 500 mg, de 12 em 12 horas,
ou vaginal (creme 0,75%), por 5 a 7 dias.
•Floxacin: 400 mg, de 12 em 12 horas, por 6
dias.
•Amoxicilina: 500 mg, de 8 em 8 horas, por
6 dias.
CERVICITES
In�amaçãoda mucosa endocervical (epitélio
colunar do colo uterino).
Principais agentes etiológicos
•Chlamydia trachomatis.
•Neisseria gonorrhoeae.
•Outros agentes: Mycoplasma hominis,
Urea plasma urealiticum
Chlamydia trachomatis
Manifestações clínicas
7
•Em sua maioria, as cervicites por
Chlamyidia são assintomáticas.
Quando tem quadro clínico, se apresenta
como: colo edemaciado (volume
aumentado), hiperemiado, mucorreia
(eventualmente purulenta), friável (sangra
fácil ao toque).
•Dor no ato sexual e à mobilização do colo
uterino ao exame ginecológico.
Diagnóstico laboratorial
•Imuno�uorescência direta – a coleta deve
ser realizada com swab endocervical e/ou
uretral. Sua sensibilidade e especi�cidade
dependem diretamente da forma de
coleta.
•Biologia molecular (captura híbrida e PCR
[polimerase chain reaction]) – apresenta
alta sensibilidade e especi�cidade
Tratamento
•Recomendação CDC (2006):
Azitromicina 1 g, via oral (dose única)
ou
Doxiciclina 100 mg, 2x/dia, por 7 dias.
Em mulheres com sintomatologia persistentes
e com colo �brosado, a ablação parcial pode ser
considerada.
•Tratamento do parceiro sexual: Recomenda-se 
tratar o(s) contactante(s) sexual(is).
Tratamento das gestantes
•Azitromicina, 1g VO, em dose única ou
•Eritromicina, 500 mg VO, de 6 em 6 horas,
por 7 dias, ou a cada 12 horas, por 14 dias.
•
Neisseria gonorrhoeae
Manifestações clínicas
A maioria dos casos das cervicites é
assintomática, sendo descobertos apenas
durante a investigação diagnóstica. Por isso, é
importante investigar cervicites especialmente
nas mulheres que procuram assistência médica
por outros motivos.
Quando sintomática, a cervicite por Ng é muito
mais exuberante, causando processo
in�amatório intenso
Sinais mais importantes
1. Exsudato purulento ou mucopurulenta
endocervical visível no canal endocervical
ou em uma amostra de swab endocervical
8
2. Sangramento endocervical facilmente
induzido pela passagem suave de um
cotonete ou escovinha através do orifício
endocervical.
Diagnóstico laboratorial
•Bacterioscopia de secreção endocervical:
swab endocervical disposto em esfregaço
corado pelo Gram.
Tratamento
•Azitromicina uma grama VO, dose única;
mais O�oxacina 400 mg, VO, dose única.
•Doxiciclina solúvel 100 mg,VO, de 12 em
12 horas, durante 7 dias; mais Tianfenicol
500 mg, VO, de 12 em 12 horas, por 7
dias.
Tratamento das gestantes
•Estearato de eritromicina 500 mg, VO, de
6 em 6 horas, por 10 dias.
•Ampicilina 3,5 g, em dose única, VO,
precedido de Probenecide, 1 g em dose
única.
Recomendações �nais
Tratar os parceiros sexuais: Azitromicina, 2
comprimidos de 500 mg, VO, em dose única,
mais O�ocaxina 400 mg, VO, em dose única.
As cervicites aumentam o risco de
transmissão e aquisição do HIV.
Micoplasmose genital
Estão claramente relacionados com a atividade
sexual e os hormônios sexuais.
Características clínicas e diagnósticas
•Reação in�amatória imprevisível, desde
mínimas manifestações.
•Disúria.
•Polaciúria.
•Dispareunia.
•Corrimento vaginal incaracterístico.
•Infecção urinária e genital.
Diagnóstico laboratorial
•Exame bacterioscópico citológico (método
de Leishman), que é direcionado às
células cervicais e vaginais.
•Cultura é bastante factível, apesar de
trabalhosa.
•Biologia molecular (PCR).
Tratamento
Tetraciclinas, macrolídios e quinolonas.
Opções terapêuticas (usar apenas uma das
 opções):
1. Doxiciclina: 100 mg – 2x/dia, por 7 dias.
2. Tetraciclina: 500 mg – 4x/dia, por 7 dias.
3. Azitromincina: 1.000 mg (dose única), ou
500 mg/dia por 5 dias.
9
HPV e Condiloma Genital .
PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
O HPV está envolvido no desenvolvimento do
câncer do colo do útero em cerca de até 99,7%
dos casos.
Com relação à transmissão do vírus, é
preferencialmente por meio do contato com
alguém que tenha a infecção,(é essencialmente
por contato sexual).
Apesar de a infecção pelo HPV ser essencial
para o desenvolvimento do câncer invasivo, ela
não é causa su�ciente, são necessários outros
fatores associados.
Os HPV que infectam a região anogenital
foram agrupados de acordo com seu potencial
oncogênico, em baixo e alto risco oncogênico.
-Os HPV genitais podem infectar o epitélio
escamoso do colo do útero, da vagina, da vulva,
do pênis e da região perianal e induzir ao
aparecimento de verrugas genitais, lesões
intraepiteliais escamosas e ao câncer.
-No entanto, para se estabelecer na
epider me, o HPV necessita infectar células
metabolicamente ativas, como as células da
camada basal do epitélio .Os
microtraumatismos do epitélio que ocorrem na
relação sexual possibilitam a entrada de vírions
e que estes se instalem nas células da camada
basal, onde ocorre o primeiro efeito
citopatogênico. O período de incubação do HPV
para condiloma acuminado em geral é de 2 a 3
meses.
CONDILOMA GENITAL
O condiloma genital ou verruga genital é uma
doença sexualmente transmissível (DST)
causada pelo papilomavírus humano (HPV), que
envolve tanto homens como mulheres.
-Os subtipos de HPV responsáveis pela
formação de verrugas genitais são, em 90% dos
casos, o HPV 6 e o HPV 11.
DIAGNÓSTICO
Os condilomas são geralmente assintomáticos,
mas podem se manifestar de forma atípica,
dependendo do tamanho e da localização, com
irritação, prurido, leucorreia ou sangramento
pós-coital.
O exame clínico é su�ciente para se
diagnosticar condilomas anogenitais típicos
-Na mulher, deve-se realizar o exame especular
e a colpocitologia sistemática. No caso de
alteração citológica, está indicada a colposcopia,
e a anuscopia na presença de condiloma
perianal.
10
-É importante também investigar outras
doenças sexualmente transmissíveis, tais como
HIV, sí�lis e clamídia.
O estudo histopatológico de verrugas genitais
deve ser feito quando há dúvida do diagnóstico
clínico da lesão; quando a lesão não responde ao
tratamento padrão; se a doença piorar com o
tratamento; em paciente com imunidade
comprometida ou nas verrugas pigmentadas,
endurecidas, �xas, que sangram ou estão
ulceradas.
TRATAMENTO
O objetivo do tratamento é atuar sobre as
lesões detectáveis no sentido de estimular o
sistema imunológico da paciente e prevenir a
transmissão. Como não existe terapia antiviral
especí�ca, os tratamentos disponíveis são para
as condições causadas pelo HPV, e não contra o
vírus propriamente dito.
Os fatores que in�uenciam a seleção de um
tratamento são: tamanho, morfologia e
extensão da(s) verruga(s), preferência da
paciente.
Os métodos terapêuticos para as pacientes com
condilomatose são:
•Tratamento químico:
•Ácido tricloroacético: é usado na
concentração de 80% a 90%, em pele e
mucosa e deve ser aplicado pelo
médico. Realiza-se uma a duas
aplicações por semana e se faz o
acompanhamento do processo de
reparação das lesões. A média é de três
a quatro aplicações. Pode ser usado
com segurança em gestantes, por não
ser absorvido.
•Podo�lotoxina: é um extrato de planta
com atividade antimitótica, que inibe a
metáfase da divisão celular. Existe
apresentação em creme a 0,15% ou
solução diluída a 0,5% que pode ser
aplicado pela própria paciente. Seu uso
está restrito a lesões verrucosas da
pele (não deve ser usado em mucosa).
Aplica-se duas vezes ao dia, por 3 dias,
descansa-se 4 dias e pode ser repetido
semanalmente até o desaparecimento
das lesões, em um total de 4 semanas.
Não deve ser usado em gestantes.
Atualmente, existe a vacina pro�lática contra o
HPV, Está indicada para prevenção da infecção
primária e existem duas vacinas a quadrivalente
(HPV 6, 11,16 e 18) e outra bivalente (HPV 16 e
18). A vacina está indicada em mulheres entre 9
a 26 anos de idade, que nunca entraram em
contato com o HPV. Para a prevenção das
verrugas genitais, a vacina quadrivalente é a
11
indicada por conter VLP dos vírus 6 e 11 mais
comuns nos condilomas.
Câncer do colo de útero .
AVALIAÇÃO CITOLÓGICA
O câncer invasivo do colo do útero pode ser
detectado no exame colpocitológico de
rastreamento.
O aspecto do esfregaço varia na dependência
de o tumor ser espinocelular não
queratinizante, queratinizante ou
adenocarcinoma.
O subtipo espinocelular não queratinizante é
o mais comum. Nele, as células podem se
apresentar como agrupamentos sinciciais em
que seus limites não são bem-de�nidos. Os
nucléolos exibem a cromatina muito irregular,
podendo ser vistos como macronucléolos.
No tipo queratinizante, as células são
pleomór�cas, algumas bizarras, e há intensa
hipercromasia nuclear.
No adenocarcinoma, as células atípicas se
apresentam agrupadas. Os núcleos são
vesiculosos e exibem pleomor�smo moderado.
CLÍNICA
Na doença inicial costuma não haver
manifestações de sintomas e/ou sinais.
Quando houver manifestação, a mais
corriqueira é o sangramento anormal, via
vaginal, referida como menstruações alteradas
do tipo menorragia ou hipermenorreia, ou
sangramento durante e/ou após relação sexual.
-O sangramento pode ocorrer de forma
discreta e se manifestar como corrimento
aquoso, de cor rosa, tipo água de carne.
-À medida que a doença evolui, a descarga
vaginal estará presente e será acompanhada de
odor putrefato, consequência de colonização
bacteriana em tecido necrótico.
EXAME FÍSICO
A paciente deve ser avaliada quanto ao estado
nutricional, sinais de anemia, palpação das
cadeias linfonodais super�ciais – cervical,
clavicular, axilar e inguinal, exame das
extremidades, do tórax e do abdome.
Exame ginecológico
Exame especular
No tumor visível devem ser observadas suas
características, tamanho, área comprometida da
superfície do colo e se há infecção,
sangramentos e invasão da vagina.
O câncer do colo do útero desenvolve e se
apresenta sob três aspectos. O mais comum é o
exofítico, que ocupa parte ou toda a ectocérvice.
A lesão se apresenta como massa polipoide,
friável, que sangra com facilidade. Quando o
12
tumor cresce dentro do canal cervical ele
distende todo o colo do útero, dando-lhe a forma
de barril.
O segundo aspecto é a do tumor in�ltrativo,
sem a massa exofítica, e é caracteristicamente
bastante endurecido.
A terceira forma de apresentação é o tumor
ulcerado. O crescimento é erosivo e o colo está
parcial ou totalmente destruído, formando uma
cratera geralmente infectadae coberta com
resíduo seropurulento.
Exame de toque
O exame de toque, para �ns de avaliação
oncológica, visa à avaliação do tumor e busca
informações sobre a ocorrência de in�ltração
local. Por isso, além do toque vaginal, é feito
também o toque retal. O objetivo é a melhor
avaliação de comprometimento dos
paramétrios.
Quando comprometidos, os paramétrios �cam
endurecidos e encurtam, o que é traduzido pela
menor mobilidade uterina.
Também podem ser percebidos nódulos, que é
um sinal altamente suspeito de haver invasão
tumoral.
PATOLOGIA
O tipo histológico mais comum do câncer do
colo do útero é o carcinoma de células
escamosas, que corresponde entre 85% a 90%
dos casos. A seguir, está o adenocarcinoma
correspondendo a 15% dos casos.
Propagação e disseminação
A propagação do câncer do colo do útero se dá
por continuidade e contiguidade com
consequente comprometimento locorregional.
Inicialmente, o crescimento local altera a
morfologia e a aparência do colo do útero. Ao
mesmo tempo, ou na sequência, haverá o
comprometimento dos tecidos adjacentes –
paramétrios e vagina superior.
Na propagação, as células tumorais têm
acesso às vias de drenagem linfática do colo do
útero, o que torna possível a metástase à
distância.
ESTADIAMENTO
As neoplasias malignas do colo do útero são
estadiadas em avaliações clínicas.
A FIGO considera cistoscopia,
retossigmoidoscopia e urogra�a excretora como
exames auxiliares do exame clínico.
A ressonância nuclear magnética (RNM) tem
grande utilidade na avaliação locorregional do
tumor, tendo valor preditivo negativo quanto ao
comprometimento das paredes da bexiga e do
reto. Na possibilidade da sua realização poderá
ser dispensada a avaliação desses órgãos com os
métodos invasivos: cistoscopia e
retossigmoidoscopia.
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TRATAMENTO
Tratamento cirúrgico
A indicação da cirurgia como modalidade de
abordagem primária é aplicada para os estágios
iniciais do câncer do colo do útero
Estágio clínico I
Como a neoplasia é microscópica, o diagnóstico
só será possível se toda a lesão for estudada. -
Estágio Ia1
Estágio Ia1 | Adenocarcinoma do colo do útero
Não havendo desejo de gestação, a histerectomia
simples extrafascial é o tratamento adequado.
A conização realizada com bisturi frio, ou com
aparelho de alta frequência (CAF) ou com laser
para o tratamento, é considerada su�ciente para
pacientes com desejo de manter futuro
reprodutivo, desde que as margens da peça
operatória não estejam comprometidas.
Estágio Ia2
Em torno da metade dos casos ocorre invasão do
espaço linfovascular (IELV).
Em decorrência disso, a cirurgia tipo B ou
classe II com linfadenectomia pélvica é indicada
neste estágio.
Nos casos de menor risco, como a não invasão
do espaço linfovascular, a histerectomia
simples, tipo A ou classe I, associada à
linfadenectomia pélvica pode ser considerada
como opção terapêutica.
Para pacientes com desejo de manter a
capacidade reprodutiva existem alternativas
como a traquelectomia radical e a conização
ampliada com linfadenectomia pélvica.
Caso haja contraindicação para cirurgia, a
alternativa é a braquiterapia, associada ou não à
radioterapia externa.
Estágios Ib1 e IIa1
O agrupamento desses dois estágios para �ns de
estabelecimento de conduta se deve ao fato de o
tamanho do tumor ser menor que 4 cm no maior
diâmetro, em ambos.
A cirurgia é a histerectomia radical com
linfadenectomia pélvica.
Estágios avançados
O tratamento do tumor avançado, que inclui os
localmente avançados e os disseminados, é com
irradiação.
deve ser tratado com radioterapia associada à
quimioterapia preferentemente com droga
única.
Radioterapia
A complementação terapêutica com irradiação é
indicada em pacientes que têm fatores de risco
de recorrência da doença: tumor maior que 4 cm
no maior diâmetro, invasão do espaço
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linfovascular, invasão do paramétrio e
constatação de comprometimento linfonodal.
O sucesso da radioterapia depende de: a) a
paciente estar em boas condições, b) os tecidos
normais não neoplásicos, próximos da área que
será irradiada, estarem em condições adequadas
de recuperação e c) a sensibilidade das células
tumorais ser maior que a das células normais
dos tecidos adjacentes.
SEGUIMENTO
O tempo mínimo é de 5 anos. A maioria das
recidivas – cerca de 90% dos casos – ocorre nos
dois primeiros anos após o tratamento. Por
isso, nesse período, o controle é mais rigoroso,
com intervalo entre 3 e 4 meses. Após o
segundo ano, os controles serão semestrais.
Os exames sugeridos para acompanhamento
são o clínico e ginecológico, associados à coleta
colpocitológica. Os exames de imagem são
individuali zados.
No seguimento após o tratamento do estágio
Ia, com sua subdivisão Ia1 e Ia2, nenhum outro
exame tem indicação de rotina.
Em estágio acima de Ia2, quando tratado por
quimioirradiação, a RNM faz parte do
seguimento.
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