Buscar

Hartman - Vênus em dois atos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Hartman, Saidiya. Vênus em Dois Atos
Rio de Janeiro: Revista Ecopós, 2020.
Alexandre Teófilo de Souza
Resenha
O artigo disserta sobre a breve passagem de duas meninas escravizadas, enfrentando toda sorte do mundo de atrocidades, abusos e violências num navio negreiro, encarnando tantas outras meninas na mês situação. Neste ensaio, autora descreve a visão dos detentores do poder, como os capitães de navios negreiros e feitores, de que estas mesmas meninas não eram vistas como seres humanos, mas sim como uma mera mercadoria, que poderia ser contabilizada, vendida, abusadas ou até mesmo descartadas, pois para época, lhes faltavam humanidade. De uma forma impressionante e, dando a impressão de ter vivido na pele o acontecido, a autora, em sua fala, tenta reparar o irreparável: busca devolver a essas meninas, sua dignidade e o seu lugar como seres humanos nas suas breves passagens neste mundo.
Com o fragmentado material acerca do assunto, Hartman (2020) descreve de forma brilhante a dura passagem dessas meninas escravizadas em um navio negreiro, captando a realidade de uma mulher negra e escrava no translado de sua terra natal para o sua nova realidade, o local onde seria escravizada provavelmente até a morte. No artigo há menção de estupros, abusos e toda sorte de maldades ocorrida com essas jovens. No decorrer do mesmo, a autora exemplifica tal realidade através de fragmento de relatos de situações distintas como uma acusação judicial contra um capitão de um navio negreiro, e de que como para época, tal coisa era banal e que poderia ser “facilmente encontrado num livro de contabilidade, num registro de debito ou no diário de um feitor”, pois, na visão deles, se tratava apenas de mercadorias. Em outra passagem, menciona os constantes 
Neste artigo, a autora reivindica a essas meninas, o direito de ter na história, uma vida, uma existência, e com sutileza, mantendo a preocupação de não perpetuar as atrocidades descritas no texto e

Continue navegando