Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Eduarda Senna 1 Dor crônica Dor crônica é aquela que? Persiste ou é recorrente por mais de 3 meses; Persiste por mais de 1 mês após a resolução de uma lesão tecidual; Acompanha uma lesão que não se cura. A dor crônica perde o caráter de alerta apresentado pela dor aguda e exibe como características o comprometimento funcional, sofrimento, incapacidade física e emocional progressiva com interferência significativa na qualidade de vida. Causas: Fatores psicológicos: podem aumentar a dor – a persistência da dor crônica geralmente se torna desproporcional aos processos físicos identificáveis. Associação com sistema límbico Lesões que levam a sensibilização: Mesmo leves, podem levar a alterações a longo prazo do sistema nervoso – sensibilização- dor persistente na ausência de estimulo nociceptivo continuo. Com a sensibilização, o desconforto decorrente de uma doença praticamente resolvida e que poderia ser percebido sob outros aspectos como brando ou trivial é, em vez disso, percebido como dor significativa. Sensibilização: Um mesmo estimulo neuronal é causado por um estimulo nocivo cada vez menor, o que causara a hiperalgia (uma mesma dor é causada por um estimulo nocivo cada vez menor) Doenças duradouras e sem resolução: Câncer, artrite, reumatoide, hernias de disco, asteoartrite, fibromialgia, neuropatias (diabéticas, hanseníase, etc). Em alguns casos, o agente original da dor é remoto ou oculto: cefaleia crônica e dor facial atípica Eduarda Senna 2 A dor causa ativação das células da glia com aumento da expressão do Tool-like receptores liberados durante lesão, infecção crônica ou necrose de célula e ligantes exógenos (quimioterápicos) leva a produção de citocinas pró-inflamatórias manutenção e prolongamento de resposta nociceptiva. Células envolvidas: micróglia e astrócitos Quimioterápicos que ligam ao TLRs da micróglia a micróglia libera mais citocinas pró-inflamatórios dor. Teoria mais bem aceita. Sinais e Sintomas Sinais vegetativos que se desenvolvem gradualmente: cansaço, distúrbio de sono, diminuição do apetite, perda do paladar por comida, perda ponderal, diminuição de libido, constipação intestinal. Depressão e ansiedade: a dor consiste e persistente pode interferir em quase todas as atividades. Os pacientes podem se tornar inativos, socialmente afastados e preocupados com a saúde física. O prejuízo psicológico e social pode ser grave, causando ausência de função na pratica. Alguns pacientes tem história de tratamento médico e cirúrgico que falharam, testes diagnósticos múltiplos (e duplicados), uso de vários fármacos (as vezes envolvendo abuso ou vicio) e uso inadequado de assistência médica. Diagnostico Avaliação de causa física inicialmente Deve-se estimar o efeito da dor na vida do paciente (verificar se necessita a avaliação de um terapeuta ocupacional). Considerar a avaliação psiquiátrica formal se houver suspeita de transtorno psiquiátrico preexistentes (depressão maior ou transtorno de ansiedade) como sendo a causa ou efeito. Alivio da dor e melhora funcional são improváveis se os transtornos psiquiátricos concomitantes não forem tratados. Tratamento Tratamento Farmacológico: Anti-inflamatório não esteroides (AINEs); Analgésicos opioides; Analgésicos adjuvantes (antidepressivos ou anticonvulsionantes). Fisioterapia: Técnicas spray-and-stretch podem aliviar os pontos-gatilho miofasciais; A estimulação nervosa elétrica (ENET) utiliza baixa corrente em uma osculação de baixa frequência para ajudar a tratar a dor. Técnicas de medicina integrativa: Acupuntura, técnicas mentecorpo (meditação, yoga), técnicas envolvendo manipulação e terapias corporais (quiropraxia, osteopatia, massagem terapêutica) e terapias energéticas (p ex, toque terapêutico reiki). Programas de reabilitação da dor: programas multidisciplinares. Terapia cognitiva – comportamental; Fisioterapia; Simplificação do regime medicamentoso; Desintoxicação e diminuição dos analgésicos. Dor oncológica A dor oncológica, geralmente, pode ser classificada em uma de duas categorias. Dor nociceptiva: causada por danos aos tecidos corporais, geralmente descrita como aguda, dolorida ou latejante (metástase óssea, muscular, articular, bloqueio vascular) Dor neuropática: causada pela lesão efetiva de nervos, muitas vezes descrita como uma sensação pesada, de queimação ou dormência. A dor neuropática pode ser causada por um tumor pressionando um nervo ou grupo de nervos. Causas: O próprio câncer 46 – 92% dos casos Invasão óssea tumoral; Invasão tumoral visceral; Invasão tumoral do sistema nervoso periférico; Hiperatividade metabólica das células de glia e a dor crônica Eduarda Senna 3 Extensão direita as partes moles; Aumento da pressão intracraniana. Relacionada ao câncer 12 – 29% dos casos Espasmos musculares Linfedema Ulceras de pressão Constipação intestinal, entre outras Associadas ao tratamento antitumoral 5 – 20% dos casos Pós-operatório: dor aguda, pós-toracotomia, pós-mastectomia, pós-esvaziamento cervical, pós-amputação (dor fantasma). Pós quimioterapia: mucosite, neuropatia periférica, nevralgia pós-herpética, espasmos vesicais, necrose da cabeça do fêmur, pseudo- reumatismo (corticoterapia); Pós-radioterapia: Mucosite, esofagite, retite acpnica, radiodermite, mielopatia acpnica, fibrose acpnica de plexo braquial e lombar. Desordens concomitantes 8 – 22% dos casos Osteoartrite, espondloartrose, entre outras. Tratamento: farmacológico, neuroestimulação, bloqueio de nervo periférico Recursos auxiliares para o tratamento da dor oncológica Radioterapia antiálgica: a radioterapia oferece excelentes resultados em alguns casos, como: Dor óssea por metástase, com alivio total em 55% a 66% dos casos e melhora excessiva em 90% dos casos. Dor por compressão medular Dor torácica secundaria a câncer inoperável Disfagia com dor devido a câncer de esôfago e carda Quimioterapia: em tumores responsivos, quimioterapia pode prover excelente alivio da dor de longa duração, especialmente em casos a seguir: Doença leptomeníngea ou metástases intracranianas; Metástases hepáticas múltiplas; Câncer colorretal; Câncer pancreático carcinoma epidermóide recorrente da cabeça e pescoço.
Compartilhar