Buscar

1_PSICOLOGIA_GERAL_E_JURIDICA_-_aula_3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 114 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 114 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 114 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA GERAL 
E JURÍDICA
PROFª DRª LUCIANA LEONETTI CORREIA
DRª EM SAÚDE MENTAL- FMRP-USP
PSICÓLOGA JUDICIÁRIA
PSICÓLOGA CLÍNICA
@luleonetti
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
 
• Psicologia como Ciência
Os estudos de Wundt proporcionaram o movimento da 
Psicologia científica e o surgimento das escolas de pensamento, 
ou seja, de grupos de pesquisadores que se associavam 
ideológica e, às vezes, geograficamente a um líder de um 
movimento. Os membros de uma escola de pensamento 
trabalhavam em problemas comuns e compartilhavam uma 
orientação teórica. 
Ø Estruturalismo;
Ø Funcionalismo;
Ø Associacionismo;
Ø Behaviorismo;
Ø Gestalt;
Ø Psicanálise.
Sec. XIX
Sec. XX
O surgimento de escolas de 
pensamento diferentes e, 
por vezes, simultâneas, e a 
substituição por outras, é 
uma das características mais 
marcantes da história da 
Psicologia. 
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
Até esse momento...
• Inicialmente, a Psicologia enquanto um ramo da Filosofia 
estudava a alma.
• A Psicologia científica nasce de acordo com os padrões de 
ciência do século 19, ou seja, a Psicologia “sem alma” 
(conhecimento passa a ser aquele produzido em laboratórios, 
com o uso de instrumentos de observação e medição).
• Se antes a Psicologia estava subordinada à Filosofia, a partir 
do século XX, passa a se ligar à especialidades da Medicina.
• Novas escolas no século XX.
 
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
• Termo inglês: behavior significa comportamento 
• Behaviorismo, Comportamentalismo, Teoria Comportamental, 
Análise Experimental do Comportamento são termos 
utilizados para definir essa escola. 
• John Watson (1878- 1958): rompe com a Ps icologia 
introspectiva e reafirma status de ciência ao propor o 
comportamento como objeto mensurável, observável e 
passível de reprodução. 
• Objeto de estudo: Comportamento observável 
• Método: Experimental
O comportamento seria um conjunto de respostas 
objetivamente observáveis, ativadas por um conjunto complexo 
de estímulos, provenientes do meio físico ou social em que o 
organismo se insere.
BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
Previsão do comportamento: R=f(S)
A resposta (R) depende da s i tuação (S ) , ou se ja , se 
conhecemos o estímulo podemos prever a resposta e vice-
versa, ou seja,
• O comportamento, entendido como interação indivíduo-
ambiente, é a unidade básica de descrição e o ponto de 
partida para uma ciência do comportamento. 
• O homem começa a ser estudado a partir de sua interação 
com o ambiente, sendo tomado como produto e produtor 
dessas interações. 
BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
Hoje, o comportamento não é visto como uma ação isolada de 
um sujeito, e portanto, o Behaviorismo dedica-se ao estudo das 
interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do 
indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações). 
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
ESTUDOS COM O PEQUENO ALBERT: 
Watson sugeriu que todos os medos, 
todas as aversões e ansiedades do 
adulto eram, do mesmo modo, 
condicionados no início da infância.
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
• O mais importante dos behavioristas que sucedem Watson é 
B. F. Skinner (1904-1990). 
• O Behaviorismo de Skinner tem influenciado muitos 
psicólogos de vários outros países além dos EUA. Esta linha de 
estudo ficou conhecida por Behaviorismo radical para 
designar uma filosofia da Ciência do Comportamento por 
meio da análise experimental do comportamento. 
• A Análise Experimental do Comportamento é amplamente 
usada- educação, treinamento de empresas, c l ín ica 
psicológica, trabalho educativo de crianças com deficiência, 
publicidade- pois permite descrever os comportamentos em 
qualquer situação, ajudando-nos a modificá-los. 
BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
Caixa de Skinner
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO
• DICA DE FILME: “O SHOW DE TRUMAN”
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
• Gestalt é um termo alemão de difícil tradução; O termo mais 
próximo em português seria forma ou configuração, que não 
é utilizado, por não corresponder exatamente ao seu real 
significado em Psicologia. 
• A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais 
coerentes e coesas da história da Psicologia. 
• Para a Gesta l t , a at iv idade humana resulta de uma 
organização determinada pelo mundo exterior e integrada na 
totalidade psicológica do sujeito. 
• Objeto de estudo: Percepção e pensamento como totalidade 
• Método: Introspecção e experimental
A Gestalt preocupa-se em compreender quais os 
processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o 
estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma 
diferente da que ele tem na realidade. 
GESTALT
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
GESTALT
Ponto de partida para compreensão do comportamento: 
PERCEPÇÃO
Encontra-se entre o estímulo que o meio fornece e a 
resposta do indivíduo
 
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
GESTALT
O que você esta vendo?
É possível ver as duas figuras ao mesmo tempo?
A resposta está vinculada a percepção de cada um, a forma 
como cada um interpretou a figura. Existe a tendência de juntar 
os elementos em busca da boa forma. 
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
• As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da 
vida social, nos seus aspectos econômicos, políticos, culturais 
e etc, ou seja, são produtos históricos criados por homens 
concretos, que vivem o seu tempo e contribuem ou alteram, 
radicalmente, o desenvolvimento do conhecimento. 
• Sigmund Freud (1856-1939): Importante médico vienense. 
Revolucionou o modo de pensar a vida psíquica. Ele ousou 
colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas 
“regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os 
esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas 
científicos. 
• A investigação sistemática desses problemas levou Freud à 
criação da Psicanálise.
PSICANÁLISE
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
• O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um 
método de investigação (interpretativo: associações livres, 
atos fa lhos e sonhos) e a uma prát ica prof i ss iona l 
(tratamento: psicoterapias e análise).
• Interesse: Perturbações Psicológicas ou Comportamentos 
Patológicos. A busca de Freud pela causa dos transtornos 
mudou a forma de compreensão humana.
• A PRIMEIRA TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO 
PSÍQUICO- em 1900, no livro “A interpretação dos sonhos”, 
Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o 
funcionamento da personalidade e a existência de três 
sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente 
e consciente. 
PSICANÁLISE
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
PSICANÁLISE
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
• Objeto de estudo: Inconsciente. 
• Método: Analítico através da associação livre. Consistia em 
solicitar aos pacientes: “Conte-me tudo que lhe vem a mente”.
Além disso, introduziu uma importante teoria sobre 
desenvolvimento da personalidade. Propôs que as causas e 
funcionamentos das perturbações psicológicas referiam-se a 
conflitos localizados nos primeiros anos de vida (sexualidade 
de s de o in í c io da v ida , co n c e i to d e l i b i d o, fa s e s d o 
desenvolvimento e complexo de Édipo).
PSICANÁLISE
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
• A SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO- entre 1920 e 
1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e 
introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos 
três sistemas da personalidade. 
PSICANÁLISE
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
PSICANÁLISE
DICA DE VÍDEO: FREUD ALÉM DA ALMA
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICAA EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
PSICOLOGIA EM CONSTRUÇÃO
• As tendências teóricas já apresentadas constituíram-se em 
matrizes do desenvolvimento da ciência psicológica, 
propiciando o surgimento de inúmeras abordagens da 
Psicologia contemporânea. 
• a Psicologia Aplicada se expandiu- Psicologia Clínica, Avaliação 
Psicológica e Psicologia Educacional e propiciou o surgimento 
de novas abordagens teóricas.
• Behaviorismo = surgiram abordagens do Behaviorismo Radical 
(B. Skinner), Neobehaviorismo (A. Bandura) 
• Gestalt = Fenomenologia (Heiddeger, Pearls) 
• Psicanálise = Psicologia Analítica (Jung), Psicologia Kleiniana 
(Melanie Klein), Lacaniana (J. Lacan)
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
Novas perspectivas científicas em Psicologia
• Psicologia Sócio-Histórica (Vygotsky)
• Psicologia Humanista (Carl Rogers) 
• Psicologia Cognitiva Comportamental (Beck)
• Psicologia Analítica (Carl G. Jung) 
• Psicologia Reichiana (W. Reich) 
• Psicanálise Kleiniana (Melanie Klein) 
• Psicanálise Lacaniana (J. Lacan)
• Etolologia (Bowlby)
• Psicologia Cognitiva (processamento da informação) 
• Neuropsicologia e Neurociências
PSICOLOGIA: CIÊNCIA EM CONSTANTE 
CONSTRUÇÃO!
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
Novas perspectivas científicas em Psicologia
• O que a história da Psicologia nos mostra?
• Durante mais de 100 anos de história, a Psicologia tem 
procurado, aceitado e rejeitado diferentes definições, mas 
nenhum sistema ou ponto de vista individual conseguiu 
unificar todas as posições. 
• Cada escola adere à sua própria orientação teórica e 
metodológica, abordando o estudo da natureza humana a 
partir de diferentes técnicas. Todas as abordagens adquirem 
um valor indispensável para a construção da ciência 
psicológica e nenhuma possui todas as respostas ou é 
superior às demais.
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
Novas perspectivas científicas em Psicologia
• Vocês conseguem lembrar de quantas escolas de pensamento 
aprendemos nesse tópico? 
• Observaram a variedade e diversidade de teorias psicológicas 
apresentadas? 
• Por que motivo a Psicologia apresenta essa diversidade 
científica? O que vocês acham?
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
Novas perspectivas científicas em Psicologia
• A diversidade de teorias e/ou escolas de pensamento na 
Psicologia é condição e resultado de uma ciência que tem por 
objeto o ser humano em toda a sua complexidade. 
A PSICOLOGIA POODE SER CONSIDERADA UMA CIÊNCIA?
A Psicologia é considerada uma ciência em constante 
processo de construção.
A ausência de leis universais que dêem conta de forma 
integral do comportamento humano não desqualif ica a 
psicologia como ciência. Ao contrário, oferecem desafios as 
tradicionais metodologias e construtos teóricos, possibilitando, 
assim, uma continuidade científica na busca de respostas e 
soluções para os mais diversos problemas.
PSICOLOGIA DO 
DESENVOLVIMENTO 
E DA 
APRENDIZAGEM
ATÉ O MOMENTO...
Ø Psicologia como ciência
Ø História da Psicologia
Ø Escolas de pensamento da Psicologia
Ø Estruturalismo;
Ø Funcionalismo;
Ø Associacionismo;
Ø Behaviorismo;
Ø Gestalt;
Ø Psicanálise.
Ø Psicologia do Desenvolvimento 
Ø Psicologia da Aprendizagem
Ø Psicologia Jurídica*
Ø Área/campo de 
conhecimento 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
• Cada fase do desenvolvimento humano (pré-natal, infância, 
adolescência e maturidade) apresentam características que as 
identificam e permitem o seu reconhecimento. 
• O estudo do desenvolvimento humano possibilita uma 
melhor observação, compreensão e interpretação do 
comportamento humano. 
• Pe r m i te a i n d a d i s t i n g u i r co m o n a s c e m e c o m o s e 
desenvolvem as funções psicológicas do ser humano para 
s u bs i d i a r a o rga n i za çã o d a s co n d i çõ e s p a ra o s e u 
desenvolvimento pleno.
Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as 
características comuns de uma faixa etária, permitindo-nos 
reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para 
a observação e interpretação dos comportamentos. 
FASES DO DESENVOLVIMENTO- segundo Pikunas (1991)
Zigoto 0- 2 semanas
Embrião 2 semanas – 2 meses
Feto 2- 9 meses
Neonatal (Início da 1ª infância) Nascimento
1ª Infância 2m - 1 a e 3m
Final da 1ª Infância 1 a e 3m- 2a e 6m
Início da 2ª Infância 2 a e 6m- 6a
2ª Infância (intermediária) 6ª- 9 ou 10 a
Final da 2ª Infância ♀ 9- 11a 6m ♂ 10-12a 6m
Puberdade ♀ 11a 6m- 14 a ♂ 12a 6m a 15 a 6m 
Adolescência ♀ 14 - 16 a ♂ 15 a 6m a 18 a
Final da adolescência ♀ 16 a- 20 a ♂ 18 a – 22 a
Início das fase adulta ♀ 20 a- 30 a ♂ 22 a – 35 a 
Fase adulta intermediária ♀ 30 a- 45 a ♂ 35 a – 50 a 
Final da fase adulta ♀ 45 a – 60 a ♂ 50 a – 65 a 
Senescência ♀ 60 a em diante ♂ 65 a em diante
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO 
HUMANO
HEREDITARIEDADE
MEIO
CRESCIMENTO 
ORGÂNICO
MATURAÇÃO 
NEUROLÓGICA
 
O desenvolvimento humano é determinado pela interação de:
PRINCÍPIOS DO DESENVOLVIMENTO
1. O desenvolvimento humano é um processo ordenado e 
contínuo;
2. O desenvolvimento humano se realiza da cabeça para as 
extremidades: sequência céfalo-caudal e próximo-distal;
3. O indivíduo tende a responder sempre de forma mais 
específica as estimulações do meio (movimento vai se 
especializando), ocorre do geral para o específico; 
4. Os órgãos não crescem de maneira uniforme; 
5. Cada indivíduo se desenvolve de acordo com um ritmo 
próprio, segundo seus padrões de hereditariedade, caso não 
for perturbado por influências externas (má alimentação) ou 
internas (doenças); 
6. Todos os aspectos do desenvolvimento humano são inter-
relacionados e influenciados por mútuas interferências. 
Dica de filme: O começo da vida
ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO
• Aspecto físico-motor: refere-se ao crescimento orgânico, à 
maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de 
objetos e de exercício do próprio corpo. 
• Aspecto intelectual: inclui os aspectos de desenvolvimento 
ligados as capacidades cognitivas do indivíduo em todas as 
suas fases. 
• Aspecto afetivo emocional: é a capacidade do indivíduo de 
integrar suas experiências. São os sentimentos cotidianos que 
formam nossa estrutura emocional. 
• Aspecto Social: maneira como o indivíduo reage diante de 
situações que envolvem os aspectos relacionados ao convívio 
em sociedade. 
ABORDAGENS DO DESENVOLVIMENTO
Principais teorias sobre o Desenvolvimento Humano 
O desenvolvimento cognitivo- Jean Piaget 
A perspectiva sócio-histórica- Lev Vygotsky
O desenvolvimento psicossocial- Erik Erikson
O desenvolvimento moral- Kolhberg
TEORIAS DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Ø Desenvolvimento cognitivo Inteligência 
TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
• Passou a ser definida operacionalmente em termos dos 
testes destinados a medi-la- Galton;
• Mensuração da inteligência pelos psicólogos franceses Binet 
e Simon- Escala de Inteligência Stanford-Binet- teste do 
Quociente de Inteligência (QI).
Diz respeito a forma como o indivíduo estabelece, desde 
o nascimento, uma relação de interação com o meio-físico e 
social – e que promove seu desenvolvimento cognitivo. 
Piaget dividiu os períodos do desenvolvimento humano, 
de acordo com o aparecimento de novas qualidades do 
pensamento, em:
• 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
• 2° período: Pré-operatório (2 a 7 anos) 
• 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
• 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante) 
Cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o 
indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Porém o início e 
o término de cada uma delas dependem das características 
biológicas do indivíduo e de fatores educacionais, sociais. 
INTELIGÊNCIA DO PONTO DE VISTA INTERACIONISTA
Para Lev Vygotski, o desenvolvimento do conhecimento 
é fruto de uma grande influência das experiências do indivíduo. 
Para ele, desenvolvimentoe aprendizado estão intimamente 
ligados: nós só nos desenvolvemos se e quando aprendemos.
• Porém, o desenvolvimento não dependeria apenas da 
maturação; para ser assimiladas as informações têm de fazer 
sentido. 
• A zona de desenvolvimento proximal corresponde à 
distância entre aquilo que a criança sabe fazer sozinha – o 
desenvolvimento real – e o que é capaz de realizar com a 
ajuda de alguém mais experiente – o desenvolvimento 
potencial. 
INTELIGÊNCIA DO PONTO DEVISTA INTERACIONISTA
INTELIGÊNCIA DO PONTO DE VISTA INTERACIONISTA
v Daniel Golemam afirma que temos dois tipos de inteligências 
distintas: 
• a tradicional que pode ser medida através de testes de QI 
• a inteligência emocional (QE), composta pelo: 1. auto 
co n h e c i m e nto ; 2 . a d m i n i st ra çã o d a s e m o çõ e s ; 3 . 
automotivação; 4. empatia e 5. arte do relacionamento.
• QI pode lhe dar um emprego X QE garantirá promoções.
v A Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner apresenta 
“uma visão pluralista da mente”. 
• Para ele “inteligência é a capacidade de resolver problemas 
ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural 
ou comunitário”. 
• 8 tipos de inteligência: lógico-matemática; linguística; 
musical; espacial; corporal-cinestésica; interpessoal; 
intrapessoal e naturalista. 
UM CONCEITO MAIS ATUAL DE INTELIGÊNCIA
UM CONCEITO MAIS ATUAL DE INTELIGÊNCIA
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
SOCIALIZAÇÃO 
Tentativa da 
sociedade para 
moldar o 
comportamento 
da criança de 
acordo com seus 
valores e padrões 
de conduta
Individuação: 
tentativa da pessoa 
de manter sua 
singularidade, 
enquanto faz 
algumas 
concessões aos 
grupos dos quais é 
membro
A socialização na infância requer a imposição de certos 
controles e o estabelecimento de certas regras. Sem isso, não 
seria possível a aprendizagem de habilidades, atitudes e 
comportamentos necessários a vida em grupo. 
Teoria do Desenvolvimento Psicossocial: 
Erik Erikson criou alguns estágios, que ele chamou de 
psicossociais, onde ele descreveu algumas crises pelas quais o 
ego passa, ao longo do ciclo vital. A cada crise, a personalidade 
vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as 
experiências vividas.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
DESENVOLVIMENTO MORAL
Para Kolberg, os indivíduos chegam a plena consciência 
moral, independentemente da cultura do grupo social. 
TEORIAS DA APRENDIZAGEM 
Ø Aprendizagem é um processo inseparável do ser humano e 
ocorre quando há uma modificação no comportamento, 
mediante a experiência ou a prática, que não podem ser 
atribuídas à maturação, lesões ou alterações fisiológicas do 
organismo. 
Ø Do ponto de vista funcional é a modificação sistemática do 
comportamento em caso de repetição da mesma situação 
estimulante ou na dependência da experiência anterior com 
dada situação. 
TEORIAS DA APRENDIZAGEM 
Para que haja a aprendizagem são necessárias determinadas 
condições: 
• Fatores Fisiológicos - maturação dos órgãos dos sentidos, do 
sistema nervoso central, dos músculos, glândulas etc.; 
• Fatores Psicológicos - motivação adequada, autoconceito 
positivo, confiança em sua capacidade de aprender, ausência de 
conflitos emocionais perturbadores etc.; 
• Experiências Anteriores - qualquer aprendizagem depende de 
informações, habilidades e conceitos aprendidos anteriormente.
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 
• Processo dinâmico;
• Processo contínuo (desde o início da infância, a aprendizagem 
está sempre presente);
• Processo global (inclui sempre aspectos motores, emocionais 
e mentais, como produtos da aprendizagem)
• Processo pessoal (ocorre de singular e individualizada);
• Processo gradativo;
• Processo cumulativo (as experiências vividas pelo indivíduo 
servem como patamar para novas aprendizagens).
APRENDIZAGEM E MATURAÇÃO
• A maturação é constituída no processo de desenvolvimento 
pelas mudanças do organismo que ocorrem de dentro para 
fora do indivíduo. 
• Estas mudanças dependem de uma predisposição natural no 
organismo do indivíduo e de estimulações no meio ambiente 
para se desenvolverem plenamente. 
A aprendizagem envolve uma mudança duradoura no 
indivíduo. 
A aprendizagem se constitui no processo de socialização 
do indivíduo e desenvolve gostos, habilidades, preferências, 
contribui para formação de preconceitos, vícios, medos e 
desajustamentos patológicos. Porém:
A APRENDIZAGEM É CONDICIONADA PELA MATURAÇÃO
FATORES RELACIONADOS À APRENDIZAGEM:
• Desempenho: comportamento observável do indivíduo. 
Como a aprendizagem não pode ser observada diretamente, 
e la pode ser infer ida pelo comportamento ou pelo 
desempenho de uma pessoa. A característica principal é 
quando o desempenho da habilidade melhorou, durante um 
período de tempo no qual houve a prática, ou seja, a pessoa 
é mais capaz de desempenhar determinada habilidade do 
que era anteriormente. 
• Motivação: um dos mais importantes fatores que influenciam 
a aprendizagem. Sem motivação não há aprendizagem! O 
indivíduo motivado é aquele que se dispõe a iniciar ou a 
continuar o processo de aprendizagem. 
O QUE É 
PERSONALIDADE??
PERSONALIDADE 
Esse termo é empregado pelo senso comum com 
diferentes significados: 
• “Ele não tem nenhuma personalidade” ou “Ele tem muita 
personalidade”. 
• Um vendedor que procura “melhorar sua personalidade” 
tenta falar fluentemente sobre diversos assuntos, ser bem-
humorado, adaptável, ter certa postura em público e etc. 
Portanto:
Ø Não existem pessoas com “mais” ou “menos” personalidade 
do que as outras; 
Ø Cada um tem sua individualidade e singularidade;
Ø De maneira geral, a personalidade pode ser definida como a 
maneira pela qual um indivíduo age, pensa e sente; 
Ø Além disso, representa as características duradouras de um 
indivíduo, que o diferenciam dos demais. 
PERSONALIDADE 
PE
RS
O
N
AL
ID
AD
E
Aspectos estruturais: conjunto 
de traços 
Aspectos dinâmicos: razões e 
motivos das ações do indivíduo 
Autopercepção ou 
autoconsciência: “Eu”
Desenvolvimento da identidade
BIO SOCIAL PSICO
PERSONALIDADE NA ESFERA JURÍDICA 
A personalidade consiste no conjunto de caracteres 
próprios da pessoa. Ela não é um direito, mas ela apoia os 
direitos e deveres que dela irradiam e, por isso, é objeto do 
Direito. É o primeiro bem da pessoa para que ela possa ser o 
que é, para que ela possa sobreviver e se adaptar às condições 
do ambiente, servindo de critério para aferir, adquirir e ordenar 
outros bens (Diniz, 2002).
• O art. 2º do Código Civil estabelece que a personalidade civil 
da pessoa começa ao nascimento (desde a gestação?)- os 
direitos do nascituro. Já o início da vida (da personalidade) 
tem relevância porque é a partir do seu reconhecimento que 
o homem se torna sujeito de seus direitos. 
• Os d i re i tos da pe rs ona l idade e stão v inc u lados a o 
reconhecimento de outros direitos, p. ex.: à vida, ao nome, à 
honra; à imagem e à integridade psíquica.
SUBJETIVIDADE
Todas as abordagens psicológicas nada mais são do que formas 
diferentes de compreender esse fenômeno. 
A subjetividade não é inata e pode ser definida como 
sendo uma “(...) síntese singular e individual que cada um de 
nós vai construindo conforme vamos nos desenvolvendo e 
vivenciando as experiências da vida social e cultural; é uma 
síntese que nos identifica, de um lado por ser única, e que nos 
iguala, de outro lado, na medida em que os elementos que a 
const i tuem sa ̃o exper ienc iados no campo comum da 
objetividade social” (Teixeira, 2009).
• A responsabilidade social depende da adaptação social, que 
ocorre quando os indivíduos, no contexto da expressão de 
sua subjetividade, passam a fazer parte e a contribuir no 
sentido do pleno desenvolvimento da vida digna dos 
membros da coletividade que habitam.
SUBJETIVIDADE
• A relação entre a psicologia e a organização social está, entre 
outros aspectos, em detectar a subjetividade adaptada e 
aquela que não se adaptaao contexto social.
• No entanto, a utilização exclusiva de critérios de adequação 
social para a avaliação psicológica do indivíduo enquanto 
normal ou doente é questionável.
• O entendimento do que venha a ser o “normal” e o 
“patológico” e onde mora o limite entre esses dois conceitos 
constitui discussão permanente no âmbito da psicologia e da 
psiquiatria.
NORMAL vs PATOLÓGICO
Questão de Grau
• Culturas diferentes tem concepções 
diferentes sobre Saúde Mental;
• Padrão Típico vs Atípico
“NORMAL”
•Padrões de comportamento ou 
traços de personalidade típicos ou 
que estejam em conformidade 
com certos padrões adequados e 
aceitáveis de se comportar e agir. 
PATOLÓGICO
• Qualquer desajuste ou 
resposta contrária aos 
padrões e expectativas 
do sistema/ cultura.
OS CONCEITOS DE NORMALIDADE/ ANORMALIDADE 
PSICOPATOLOGIAS 
Psicopatologia é a integração de psicologia com 
patologia. 
Karl Jaspers, o responsável por tornar a psicopatologia 
uma ciência autônoma e independente da psiquiatria, afirmava 
que o objetivo desta é "sentir, apreender e refletir sobre o que 
realmente acontece na alma do homem".
A psicopatologia é um modo de abordar as funções 
perturbadas. Procura compreender os distúrbios subjacentes, 
ligados à personalidade inteira, atingida em sua estrutura e seu 
modo de existir (Minkowsky, 1966, p. 13), por meio de 
alterações de memória, percepção e consciência.
 
PSICOPATOLOGIAS 
No campo da Psicologia Jurídica, o conhecimento da 
psicopatologia permite a compreensão de fenômenos que 
interessam diretamente ao:
• Direito Civil (interdição, adoção, guarda, visitação);
• Direito penal (inimputabilidade, responsabilidade penal 
diminuída, avaliação da personalidade do real);
• Processo Penal (interrogatório do réu, oitiva das testemunhas 
e incidente de insanidade mental)
• Além do Direito do Trabalho, Direito do Idoso e da criança e 
do Adolescente.
Portanto, para uma melhor compreensão desses 
fenômenos, há uma necessidade de classificação de 
doenças/transtornos mentais com o objetivo de oferecer 
uma padronização diagnóstica útil e prática às áreas da 
saúde e social. 
PSICOPATOLOGIAS 
O Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais 
(DSM) é constantemente atualizado e encontra-se na versão 
cinco. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e 
Problemas relacionados à Saúde (CID) também apresenta um 
capítulo sobre doenças mentais.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA CONSCIÊNCIA 
O termo consciência origina-se do latim cum scientia, 
correspondendo à noção de ser consciente. 
Segundo Dalgalarrondo, aplicam-se as seguintes 
definições para consciências sobre três prismas: 
• Neuropsicológico: clareza do sensório, lucidez, estar 
acordado. 
• Psicológico: soma das experiências conscientes de um 
indivíduo em dado momento, é seu contato com a realidade 
e sua interação. 
• Ético-filosófico: capacidade de tomar ciência de seus deveres 
éticos, assumir suas responsabilidades, deveres e direitos. É 
atributo do homem desenvolvido e responsável, inserido em 
uma comunidade com suas regras e valores.
PSICOPATOLOGIAS 
Implicações forenses 
As alterações da consciência integram a sintomatologia 
de uma gama de quadros neuropsiquiátricos com implicações 
seja de ordem penal, seja de ordem cível. 
Esta observação deve-se ao fato de que, para o Direito, o 
princípio da determinação da racionalidade, ou seja, a sanidade 
mental (lucidez, ausência de loucura), a capacidade de perceber, 
compreender, raciocinar, planejar e executar (capacidade de 
entendimento) e o controle sobre a emoção e os impulsos 
(capacidade de auto-determinação) deve ser comprovado. 
Nas alterações da consciência, mesmo de forma 
transitória, haverá prejuízos sobre o domínio da razão e do 
autocontrole, cabendo a inimputabilidade para as questões 
penais e a ausência ou capacidade diminuída para as questões 
cíveis.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA ATENÇÃO 
A atenção representa a direção da consciência, o estado 
da atividade mental sobre determinado objeto. 
PSICOPATOLOGIAS 
Transtorno de Déficit de atenção/ hiperatividade e implicações 
forenses
ü Esse tipo de transtorno é capaz de tornar crianças e 
adolescentes mais vulneráveis a comportamentos de risco, 
aumentando a razão da chance para a exposição a fatores 
oportunistas, como o consumo de drogas e delinquência.
ü É um distúrbio neurobiológico caracterizado por sintomas de 
desatenção, inquietude e impulsividade que podem interferir 
no processo de aprendizagem, bem como nas relações sociais 
cotidianas do indivíduo.
ü Este tipo de transtornos pode associar-se a outros ao 
transtorno de conduta e, mais tarde, ao de personalidade 
antissocial. Cabe aos operadores de direito, que lidam com 
m e n o r e s i n f r a t o r e s , v e r i f i c a r a o c o r r ê n c i a d e 
comportamentos antissociais e criminais.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA ORIENTAÇÃO 
• A orientação encontra-se diretamente relacionada às noções 
de tempo e espaço e se constitui de função psíquica básica 
que serve para aferir o estado de consciência com a atenção.
• É um elemento básico da atividade mental, pois permite ao 
indivíduo situar-se em relação a si e ao mundo que o rodeia 
por meio da orientação autopsíquica, orientação do indivíduo 
em relação a si mesmo (identidade, individualidade, 
permanência, atividade) e da orientação alopsíquica, relativa 
à capacidade de orientar-se em relação ao mundo, ao tempo 
(temporal: dia, mês, ano, hora) e ao espaço (espacial: local, 
bairro, cidade, estado, país).
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA ORIENTAÇÃO 
As principais alterações são: 
• Estado confusional: ocorre por diminuição do nível de 
consciência, como a turvação da consciência; é a forma mais 
comum de desorientação. 
• Estado apático ou abúlico: fruto de uma marcante alteração de 
humor e da volição, por desinteresse e desmotivação. O 
indivíduo tende a responder a qualquer pergunta com um 
“não sei”. É comum em deprimidos graves.
• Estado delirante: secundário à atividade delirante, podendo 
ter até perda da n identidade. É comum a dupla orientação, na 
qual a orientação falsa, delirante, coexiste com a correta, real. 
• Quadro amnéstico: ocorre por déficit da memória de fixação, 
no qual o indivíduo não consegue fixar as informações 
ambientais básicas. Geralmente o indivíduo perde a noção do 
fluir do tempo e do deslocamento no espaço.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA ORIENTAÇÃO 
Implicações forenses 
Os déficits de orientação derivam de outras alterações 
como os quadros disfuncionais da atenção e da memória, 
integrando tanto quadros puramente ps iquiátr icos ou 
neuropsiquiátricos.
No processo da perícia, cabe ao avaliador a investigação 
minuciosa destes déficits para a adequada compreensão da 
extensão das dificuldades. Sendo assim, o contexto forense terá 
repercussões tanto cível como penal.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA MEMÓRIA 
A memória é a aquisição, a formação, a conservação e a 
evocação de informações. A aquisição é também chamada de 
aprendizagem: só se “grava” aquilo que foi aprendido. A 
evocação é também chamada de recordação, lembrança, 
recuperação. Só se lembra daquilo que se grava, daquilo que foi 
aprendido.
A memória é o armazenamento de informações, pautadas 
nas nossas experiências perceptivas, motoras, afet ivas 
(experiências emocionais) e cognitivas (pensamento). 
A capacidade de memorizar relaciona-se com o nível de 
consciência, da atenção e do interesse afetivo. Os processos 
relacionados ao aprendizado dependem intimamente da 
capacidade de memorizar.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA MEMÓRIA 
Implicações forenses 
As questões jurídicas imbricadas pelas disfunções da 
memória, conduzem duas linhas dividem e determinam a 
especificidade da aplicação da avaliação neuropsicológica 
forense:
1ª) Dos prejuízos da memória decorrente dos fatores orgânicos 
com estreita relação com a capacidade civil;
2ª) Compreendeas alegações de déficits de memória, por vezes 
fulcro dos processos de simulação, que participara tanto na 
esfera do direito penal, como o acusado que declara “não 
lembrar de nada”, quanto na esfera do direito do trabalho e 
previdenciário, nos quais a queixa do possível déficit tem haver 
com interesses de aposentadoria ou afastamentos.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA SENSOPERCEPÇÃO 
Sensopercepção reporta-se a um complexo sistema que 
liga o mundo físico e psicológico dos homens e dos animais. A 
sensação indica como os órgãos dos sentidos respondem aos 
estímulos externos e transmitem as respostas ao cérebro. A 
percepção representa o processamento, a organização e a 
interpretação dos sinais sensoriais que resultam em uma 
representação interna do estímulo. 
O estudo da sensopercepção depende da capacidade de 
discriminação de cor, forma, peso, temperatura, consistência, 
textura, sabor, por exemplo, capacidades essas que dependem da 
sensação e da percepção que nos permite reconhecer e 
discriminar os objetos.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA SENSOPERCEPÇÃO 
As principais alterações da sensopercepção podem ser:
• Quantitativas: envolvem a hiperestesia (as percepções estão 
anormalmente aumentadas) que podem ocorrer em epilepsias, 
h i p e r t i r e o i d i s m o, e n xa q u e c a , q u a d r o s m a n í a c o s , 
esquizofrenias e etc.; a hipoestesia (as cores se tornam mais 
pálidas, sem brilho, alimentos com pouco sabor; alguns 
pacientes depressivos podem apresentar este quadro). 
• Qualitativas: incluem ilusão (que é uma percepção deformada 
e a l t e ra d a d e u m o b j e t o p re s e n t e , d e c o r re n t e d o 
rebaixamento da consciência e de estados afet ivos); 
alucinação (quando a pessoa tende a vivenciar a percepção de 
um objeto sem a sua presença) e podem ocorrer na 
esquizofrenia, nos quadros depressivos muito graves e nos 
quadros de manias).
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA SENSOPERCEPÇÃO 
Implicações forenses 
Estes quadros geralmente participam dos sintomas 
relativos a quadros psicóticos como as esquizofrenias, psicoses 
orgânicas, psicoses induzidas por abuso de álcool e substâncias 
psicoativas, além dos quadros demenciais. 
A necessidade da perícia dependerá do enquadre jurídico 
a que se aplica a ação, O que pode abarcar questões de 
responsabilidade penal, capacidade civil e capacidade laboral.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO E JUÍZO 
O pensamento representa uma das operações de maior 
relevância, uma vez que dele participam a compreensão 
intelectual (isto é, a apercepção), a ideação, a imaginação e a 
associação de representações e ideias. O processo do pensar 
envolve o curso, a forma e o conteúdo do pensamento. 
Assim, as possíveis alterações do pensamento mantem 
uma ligação estreita com o direito relativo à determinação da 
racionalidade, isto é, a ausência de loucura. 
As alterações do pensamento podem ser verificadas em 
seu curso (fluidez- lentidão ou aceleração), em sua forma 
(dissociação ou fuga de ideias), em seu conteúdo (delírios e seus 
quadros delirantes).
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO E JUÍZO 
Implicações forenses 
A compreensão dos conteúdos delirantes se reveste de 
uma importante relevância da psicopatologia e de implicações 
forenses, uma vez que, quando abordamos o termo juízo, 
estamos lidando em sua essência com o processo de julgamento 
sobre a realidade de uma determinada pessoa, que poderá incidir 
em questões jurídicas, já que a capacidade para avaliação 
subjetiva e de insight do seu estado está abolida. 
Por exemplo: delírios de perseguição podem incidir em 
comportamento violento como o homicídio, o que reportaria o 
processo dentro do direito penal. Já um caso que se enquadre em 
uma condição de querelância, por exemplo, poderá impetrar uma 
indenizatória por danos morais num ambiente de trabalho, por 
interpretá-lo como discriminador e persecutório. 
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO E JUÍZO 
Implicações forenses 
A esquizofrenia apresenta importante implicação forense, 
por ser um quadro de psicose crônica que altera profundamente 
a p e rs o n a l i d a d e e a c a p a c i d a d e d e e n t e n d i m e n t o e 
autodeterminação.
Os transtornos psicóticos francos e bem estabelecidos 
justificam a interdição civil e a inimputabilidade. Mas as dúvidas 
surgem em relação aos períodos de início e de recuperação, 
quando a pessoa está perdendo ou recuperando o contato com a 
realidade. 
Interessa no laudo pericial a constatação ou não de que a 
pessoa tenha perdido a liberdade de pensar e atuar com lógica 
em decorrência de sua doença. 
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO E JUÍZO 
Implicações forenses 
A incapacidade civil e a inimputabilidade penal se aplicam 
nos casos de psicoses, nas quais existe afastamento da realidade, 
associado a manifestações psicopatológicas produtivas e 
aberrantes que comprometem a percepção (alucinações), a 
memória, a orientação (do Eu, do tempo, do espaço, da situação), 
o pensamento (transtornos do juízo crítico, delírios), ao que 
podem agregar-se o estupor e a agitação.
PSICOPATOLOGIAS 
Implicações forenses 
• Psicose puerperal: possível associação com o crime de 
infanticídio, que consiste em mata, sob influencia do estado 
puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após 
(Código penal, art. 123), Assim o estado puerperal é 
atenuante devido às inúmeras modificações que ocorrem 
nesse período. Este estado pode variar desde uma disforia, 
até um depressão perinatal, chegando até o estado mais 
grave de psicose puerperal. 
Para casos de infanticídio em que se comprove o estado 
de psicose puerperal (transtorno mental), recomenda-se 
tratamento e reabilitação, pois não são punidas legalmente. 
Além disso, as puérperas são submetidas à perícia psiquiátrica e 
psicológica. 
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA LINGUAGEM
No contexto da psicopatologia enfatizaremos a linguagem 
verbal, dada a sua participação direta na elaboração e expressão 
do pensamento.
Quanto as alterações da linguagem, podemos identificar:
• as afasias, que representam um quadro caracterizado pela 
perda parcial ou total da faculdade de exprimir os pensamentos 
por sinais.
• o mutismo: caracterizado pela ausência de linguagem oral. 
Pode estar relacionado a traumas emocionais (nos casos de 
testemunho). 
• a esquizofasia: profunda alteração da expressão verbal, 
observada em alguns esquizofrênicos paranoides, na qual a 
linguagem se torna confusa e incoerente.
• os neologismos empregados com significado desfigurado; 
comumente aparece na esquizofrenia. 
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DO AFETO E DO HUMOR 
A emoção é uma reação afetiva (entendendo afetividade 
como a manifestação de respostas dóceis, hostis, alegres, tristes 
etc.) de grande intensidade com participação de mecanismos 
biológicos e cognitivos, que normalmente é acompanhada de 
ativações de ordem vegetativa.
Seu principal papel engloba um funcionamento complexo 
para a sobrevivência de humanos e animais. 
É um modulador do desenvolvimento da interação social, 
visto que a junção de mecanismos biológicos e cognitivos propicia, 
principalmente aos seres humanos, a capacidade de analisar, 
planejar e executar um padrão de ação diante dos estímulos 
agradáveis ou desagradáveis. Todavia, falhas ou inadequações 
dessa complexa estrutura põem em risco o próprio indivíduo em 
relação ao meio, como também em relação ao outro. A resposta 
emocional compreende os aspectos cognitivos, emocionais e 
psicomotores. 
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DO AFETO E DO HUMOR 
A emoção representa um estado de exc itação do 
organismo que se expressa diferentemente em três dimensões:
a) A experiência emocional que compreende vivência cognitiva e 
afetiva frente a uma situação. 
b) O comportamento emocional que se refere ao padrão de 
ações do indivíduo. 
c) As alterações fisiológicas relacionadas à ativação do sistema 
nervoso autônomo.Já as alterações do humor implicam perturbações 
incapacitantes nas emoções que englobam desde a tristeza 
patológica da depressão a euforia e irritabilidade, que podem se 
manifestar em reações agressivas, na fase da mania.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DO AFETO E DO HUMOR 
Implicações forenses 
Três quadros apresentam importantes repercussões:
• depressão grave: no contexto da Vara da Família, em termos de 
a pessoa não apresentar condições mínimas necessárias para 
os cuidados de filhos menores (principalmente a mulher). A 
depressão parental aumenta a probabilidade de diminuição da 
qual idade da prestação de cuidados instrumentais e 
emocionais. Já no contexto penal, a tomada de depoimento de 
testemunhas para fundamentar as provas é prática comum e, 
em casos de pessoas com depressão que podem expressar 
prejuízos de memória, pode ocasionar uma falsa identificação
• transtorno afetivo bipolar: principalmente na fase da mania 
pela compulsão, quanto pela irr itabil idade, podem se 
enquadrar na esfera civil, com ações de interdição (parcial, na 
maioria dos casos) e na esfera criminal, por agressão, lesão 
corporal, tentativa de homicídio.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
A vontade constitui-se de um processo cognitivo, pautada 
na possibilidade de escolha entre várias possibilidades. Na prática 
trata-se de ação intencional com uma meta objetiva e direcionada. 
O indivíduo cujo comportamento é impulsivo, irrefletido ou 
impensado, geralmente faz coisas no calor do momento, porque 
está motivado para tal ou porque uma oportunidade se 
apresentou. 
Este aspecto da impulsividade relaciona-se à vontade que 
se configura com uma dimensão complexa da vida mental, 
relacionada intimamente à esfera instintiva, afetiva e intelectiva e 
ao conjunto de valores, princípios, hábitos e normas socioculturais 
do indivíduo.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
Transtornos do impulso 
• Transtorno explosivo intermitente: é caracterizado por 
episódios distintos de fracasso em resistir a impulsos agressivos, 
resultando em sérias agressões ou destruição de propriedades. 
Implicações forenses: lesão corporal, tentativa de homicídio. 
• Cleptomania: fracasso recorrente em resistir a impulsos de 
roubar objetos desnecessários para o uso pessoal ou em 
termos de valor monetário. Confundida com furtos ou roubos, 
acaba por ter implicações no direito penal. 
• Piromania: caracterizada por um padrão de comportamento 
incendiário por prazer, gratificação ou alívio de tensão. Pode ser 
enquadrada como tentativa de homicídio, dano ao patrimônio.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
Transtornos do impulso 
• O jogo patológico caracteriza-se por um comportamento mal 
adaptativo, recorrente e persistente, relacionado a jogos de 
azar e apostas. As consequências vão desde furtos a desfalques 
para conseguir o dinheiro, levando a pessoa a responder por 
crimes (direito penal), sendo passível de interdição no direito 
civil.
Impulsos agressivos
• Automutilação caracteriza-se pelo impulso ou compulsão 
seguido de ato de autolesão voluntária. Os pacientes costumam 
produzir escoriações na pele, arrancam cabelos, furam-se com 
pregos e vidros. Mutilações leves e moderadas são observadas 
em paciente com transtorno de personalidade borderline e 
indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). 
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
TRANSTORNOS DO IMPULSO RELACIONADOS ÀS PARAFILIAS 
O espectro dos transtornos sexuais compreende um 
padrão comportamental constituído desde os atos bizarros quanto 
à expressão da mais extrema forma de violência sexual, o estupro 
seguido de homicídio, configurando-se assim como crimes sexuais.
Este padrão de comportamento sexual inadequado ou 
desviante caracteriza segundo o DSM-IV quanto na CID-10. As 
parafilias (do grego para, ao lado de, oposição e philos, amor, 
amante) podem corresponder ao fetichismo, transvestismo 
fetichista, exibicionismo, voyeurismo, necrofilia, pedofilia e etc. 
Configuram-se como uma sexualidade caracterizada por impulsos 
sexuais intensos e recorrentes, modulados por fantasias e 
manifestação de comportamentos não convencionais, provocando 
alterações desfavoráveis na vida familiar, ocupacional e social da 
pessoa por ser um padrão de comportamento caracterizado pela 
repetição como um quadro compulsivo.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
TRANSTORNOS DO IMPULSO RELACIONADOS ÀS PARAFILIAS 
O fato de uma pessoa apresentar preferências por 
determinadas partes do corpo, objetos e acessórios não 
representa necessariamente uma parafilia e, em muitos, não há 
riscos para condutas sexuais criminosas. 
Para identificar uma parafilia, deve-se considerar no seu 
portador os seguintes aspectos: 
1) Caráter opressor, com perda de liberdade de opções e 
alternativas. O parafílico não consegue deixar de atuar dessa 
maneira. 
2) Caráter rígido, significando que a excitação sexual só se 
consegue em determinadas situações e circunstâncias 
estabelecidas pelo padrão da conduta parafílica. 
3) Caráter impulsivo, que se reflete na necessidade imperiosa de 
repetição da experiência.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
TRANSTORNOS DO IMPULSO RELACIONADOS ÀS PARAFILIAS 
Principais quadros de parafilias: fetichismo; exibicionismo: 
voyerismo; pedofi l ia; gerontofi l ia; zoofi l ia; compulsão à 
masturbação; necrofilia.
DEPENDÊNCIA QUÍMICA 
A dependência química também se relaciona com as 
questões relativas aos transtornos do impulso, uma vez que:
• o uso recorrente resulta num fracasso em cumprir obrigações 
importantes relativas ao seu papel na escola, no trabalho ou 
em casa;
• o uso recorrente da substância em situações nas quais isso 
representa um perigo físico; 
• há problemas legais recorrentes relacionados ao uso dessas 
substâncias.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
DEPENDÊNCIA QUÍMICA 
Em dependência química ut i l izamos os seguintes 
conceitos: 
• A d i c ç ã o , q u e é a s í n d r o m e d e c o m p o r t a m e n t o 
neurocomportamental com influências genéticas, resulta em 
dependência psicológica no uso de substâncias para obter 
efeitos psíquicos caracterizados pelo uso compulsivo apesar do 
dano causado. É sinônimo de “dependência de drogas” ou de 
dependência psicológica. 
• Abuso de substâncias: é o uso de qualquer substância para fins 
não terapêuticos ou uso de medicação com outras finalidades 
que não aquelas para as quais foi prescrito o medicamento. 
• Tolerância é o estado fisiológico resultante do uso regular de 
uma droga, em que há necessidade de se aumentar a dose para 
produzir o mesmo efeito ou observa-se um efeito reduzido com 
a dose constante.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
DEPENDÊNCIA QUÍMICA 
O uso de substâncias entorpecentes pode acarretar 
alterações cognitivas e comportamentais. Em relação a atenção, 
memória, flexibilidade mental há uma grande variação de 
resultados, em geral relacionada à impulsividade. Usuários de 
cocaína apresentam comprometimento de memória em provas 
que exigem mais tempo, maior elaboração e maior agressividade. 
Usuários de crack apresentam alteração em todas as funções, 
expressam ansiedade como traço peculiar da personalidade e 
elevados índices de agressividade.
PSICOPATOLOGIAS 
PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO 
DEPENDÊNCIA QUÍMICA 
Implicações forenses 
Tanto para o usuário quanto para o dependente químico, 
p o d e s e a p l i c a r n o d i r e i t o p e n a l a i m p u t a b i l i d a d e , 
inimputabilidade ou semi-imputabilidade. No direito civil, a 
interdição parcial para alguns atos da vida civil ou a interdição 
total para os atos da vida civil. 
O que vai caracterizar o enquadre jurídico serão as 
circunstâncias nas quais as ações da pessoa na condição de 
usuário ou dependente ocorrerem.
PSICOPATOLOGIAS 
DEFICIÊNCIA MENTAL
Para as questões forenses, a relevânciado estudo da 
inteligência está na funcionabilidade que possa repercutir seja na 
responsabilidade penal, seja na capacidade civil. 
Estando o indivíduo com a integridade de sua capacidade 
intelectual, esta condição permitirá à pessoa o processamento da 
informação, a resolução de problemas, a criatividade, o raciocínio 
e a tomada de decisão.
No caso do retardo mental há uma importante diminuição 
da capacidade intelectual, que irá determinar dificuldades para a 
pessoa representar em sua mente os modelos adequados da 
realidade, dos objetos e das pessoas. Nessas pessoas, não há uma 
capacidade adequada de raciocínio e das funções intelectuais 
superiores, bem como não existe adequada elaboração de 
conceitos.
PSICOPATOLOGIAS 
DEFICIÊNCIA MENTAL
Um dos importantes fatores do DM é a capacidade do 
funcionamento adaptativo, que significa a capacidade do 
indivíduo de estabelecer relações com o ambiente que resultem 
e m u m a a d a p t a ç ã o , g e r a n d o i n t e r a ç ã o , a d e q u a ç ã o , 
desenvolvimento pessoal e autonomia, independentemente de 
sua condição ou qualificação pedagógica.
Implicações forenses 
O principal nexo causal entre DM e as questões jurídicas está 
contido no contexto da vulnerabilidade do portador de RM, uma 
vez que lhe falta crítica, capacidade de entendimento, capacidade 
de se autodeterminar e, consequentemente, ocorre falha 
acentuada no controle dos impulsos. Nesse sentido, a condição da 
pessoa com retardo mental será inquestionavelmente inimputável 
do direito penal e incapaz pelo direito civil.
DSM-V Classificação 
TRANSTORNOS DISRUPTIVOS, DO 
CONTROLE DE
IMPULSOS E DE CONDUTA
Transtorno de conduta Transtorno opositor 
desafiante
Incluem condições que envolvem problemas de 
autocontrole de emoções e de comportamentos
Transtorno opositor desafiante
Transtorno opositor desafiante
• É caracterizado, principalmente, por comportamentos 
apresentados pela criança no sentido de agir contrariamente 
àquilo que se pede ou se espera dela.
• Consiste de um padrão persistente de comportamentos 
negativistas, hostis e desafiadores na ausência de sérias 
violações de normas sociais ou direitos alheios.
• Este tipo de comportamento pode estar presente em outros 
tipos de transtornos: TDAH e transtornos de aprendizagem.
• Há evidências de que esse transtorno é moldado e mantido 
pelas relação entre a criança e os adultos significativos de 
seu convívio.
Transtorno de opositor desafiador
Os critérios do DSM-V são : 
• Humor irritado/irritável; 
• Comportamento argumentativo/desafiante; 
• Comportamento vingativo. 
Principais sintomas:
• Perda frequente da paciência;
• Discussões com adultos;
• Desafio e recusa a obedecer solicitações ou regras;
• Implicância com as pessoas, podendo responsabilizá-las 
por seus erros ou mau comportamento;
• Irritação, ressentimento, aborrecimento, rancor e raiva;
• Perturbam as pessoas deliberadamente;
• Pode causar mais sofrimento àqueles que o cercam do 
que à própria criança.
Transtorno de Conduta
ü Trata-se de uma condição mais grave do que o transtorno 
opositor desafiante, com comportamentos agressivos ou 
vandalismo.
ü Quando a regra é não ter regras.
Transtorno de Conduta
• Apresenta comportamentos que incomodam e perturbam, 
além do envolvimento em atividades perigosas e até mesmo 
ilegais; 
• Agressões a pessoas e animais com crueldade;
• Não há sofrimento psíquico ou constrangimento com as 
próprias atitudes e não se importam em ferir os sentimentos 
das pessoas ou desrespeitar seus direitos; 
• Em geral, podem ser autores de bullying.
• Os comportamentos antissociais tendem a persistir; parece 
faltar a capacidade de aprender com as consequências 
negativas dos próprios atos.
Transtorno de Conduta
• O s m e n i n o s a p re s e nta m e s s e t i p o t ra n sto r n o m a i s 
precocemente- entre 10 e 12 anos-, já as meninas, aos 14 e 16 
anos.
• Padrão repetitivo e persistente de comportamento agressivo e 
desafiador, indo contra regras de convivência social;
• Tal comportamento deve ser suficientemente grave, indo além 
de travessuras ou de “rebeldia da adolescência”;
• Estão frequentemente associados a ambientes com riscos 
psicossociais adversos.
• Emoções pró-sociais limitadas e pouca preocupação com os 
sentimentos, desejos e bem-estar dos outros.
Transtorno de Conduta
Principais comportamentos:
§ Fuga de casa; 
§ Mentira; 
§ Consumo de álcool e drogas;
§ Comportamento sexual de risco;
§ Dificuldades de interações sociais;
§ Baixa tolerância à frustração;
§ Irritabilidade;
§ Baixo desempenho acadêmico;
§ Comportamento sádico.
Transtorno de Conduta e neurociência
Uma pesquisa monitorou a atividade cerebral de crianças 
inglesas que apresentavam problemas de conduta. A pesquisa 
deixou claro que o cérebro dessas crianças, quando são 
confrontadas com imagens de pessoas sofrendo, reage de 
maneira diferente da maioria das outras: as áreas associadas à 
empatia se mostram menos ativas em reação à dor alheia.
Diante dos resultados, os cientistas sugeriram que a 
análise da atividade cerebral de crianças ao testemunhar cenas 
de sofrimento pode ajudar a apontar fatores de risco para o 
comportamento antissocial e a psicopatia na fase adulta 
(Lockwood, Sebastian, McCrory, Hyde, Gu, De Brito, & Viding, 
2016). 
PSICOPATOLOGIAS 
• Tra n s t o r n o s d e p e r s o n a l i d a d e : s a ̃ o p a d r o ̃ e s d e 
comportamento profundamente arra igados que se 
manifestam como respostas inflexíveis a uma ampla série de 
situações pessoais e sociais. Estas respostas inflexíveis 
comprometem o funcionamento, social ou ocupacional, de 
modo significativo, além de vir acomppanhada de sofrimento 
subjetivo.
No âmbito da psicologia jurídica, destacam-se:
ü Transtorno de personalidade paranoide: o indivíduo sempre 
interpreta de maneira errada ou distorce as ações das outras 
pessoas, demonstrando desconfiança sistemática e excessiva. 
O comportamento e ́ generalizado. Toma medidas de 
segurança inoportunas e ofensivas.
PSICOPATOLOGIAS 
• Transtornos de personalidade: 
ü Transtorno de personalidade dependente: o indivíduo torna-
se incapaz de tomar, sozinho, deciso ̃es de alguma im- 
portância. Torna-se alvo fácil de pessoas inescrupulosas. Pode 
incorrer em sérios prejuízos porque não consegue decidir ou 
encontrar quem o faça.
ü Transtorno de personalidade esquizóide: a pessoa isola-se, 
busca atividades solitárias e introspectivas. Não retribui as 
mi ́nimas manifestaço ̃es de afeto. Seu comportamento 
apresenta tendência a um contato frio e distante para com os 
demais.
ü Transtorno de personalidade de evitação: a pessoa se isola, 
porém sofre por desejar o relacionamento afetivo, sem saber 
como conquistá-lo. O retraimento social, medo de críticas, 
rejeição ou desaprovação podem aparecer.
PSICOPATOLOGIAS 
• Transtornos de personalidade: 
ü Transtorno de personalidade emocionalmente instável: o 
indivi ́duo oscila entre comportamentos extremamente 
opostos. Seus relacionamentos podem ser intensos, porém 
são instáveis. Ocorrem acessos de violência, e a falta de 
controle dos impulsos pode ser marcante.
ü Transtorno de personalidade histriônica: manifesta-se no uso 
da sedução, na busca de atenção excessiva, na expressão das 
emoc ̧o ̃es de modo exagerado e inadequado. Procura 
satisfac ̧a ̃o imediata, tem acessos de raiva e sente-se 
desconfortável quando não é o centro das atenções. Os 
relacionamentos interpessoais não são gratificantes, apesar 
de serem intensos. É comum a presença de transtornos de 
ansiedade, depressão e conduta suicida, habitualmente sem 
risco de vida, ale ́m de alcoolismo e abuso de outras 
substâncias psicoativas.
PSICOPATOLOGIAS 
• Transtornos de personalidade: 
ü Transtorno de personalidade antissocial: também de- 
nominado psicopatia, sociopatia, transtorno de caráter. Os 
psicopatas, que são os indivíduos acometidos dessa espéciede transtorno, manifestam crueldade fortuita. Apresentam 
um padrão de comportamento invasivo de desrespeito e 
violação dos direitos dos outros. A reduzida tolerância à 
frustração, nesses indivíduos, conduz à violência fácil e 
gratuita. Não aprende com a punição. 
PSICOPATIAS 
PSICOPATIAS 
A psicopatia pode ser dividida por grau de severidade 
em: leve, moderado e severo. 
Nem todos os psicopatas apresentam as mesmas 
características.
Para a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, a psicopatia 
NÃO É uma enfermidade mental, porque o psicopata não sofre 
de alucinações e delírios, não apresenta manifestações 
neuróticas nem desorientações quanto ao tempo, ao lugar e às 
pessoas e não tem intenso sofrimento mental, como ansiedade, 
depressão ou pânico. 
Ø A compreensão dos mecanismos biológicos e psicológicos e sua 
expressão no comportamento se configuram na atualidade de 
notável importância para se fundamentar a real interface do 
direito com a psicologia. Conhecer as patologias mais significativas 
para o direito facilita o entendimento da condição humana e de 
suas manifestações.
Ø O detalhamento do funcionamento psíquico, bem como de suas 
alterações (a psicopatologia), constitui-se de ferramenta ímpar, 
que permite responder as questões relativas à capacidade civil ou 
de responsabilidade penal, respostas estas fundamentadas por 
evidências clínico-científicas e sempre ético-humanitárias. 
ØA classificação é úti l e necessária para que padrões de 
comportamento sejam identificados. Contudo, deve-se evitar a 
estigmatização do indivíduo, garantindo sua plena subjetividade, 
que consiste em uma visão integradora do indivíduo.
Em resumo...
Ø https://www.hipercultura.com/como-funciona-a-mente-dos-
psicopatas-e-como-identificar/
Ø https://www.bbc.com/portuguese/geral-42001512
Øhttps://www.youtube.com/watch?v=GoPBn4-e5D0
Filmes com os Psicopatas Mais Famosos da Vida Real:
§ Ted Bundy- A irresistível face do mal;
§ A menina que matou os pais/ O menino que matou meus pais;
§ Série Netflix: Mindhunter
QUER APROFUNDAR MAIS SOBRE ESSE TEMA?
https://www.hipercultura.com/como-funciona-a-mente-dos-psicopatas-e-como-identificar/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-42001512
https://www.youtube.com/watch?v=GoPBn4-e5D0
Próximas etapas
Data Tema Grupo
10/06 Atribuições dos psicólogos nas varas de 
Família: separação conjugal, guarda de 
filhos, visitação
17/05 Ps ico log ia e Infânc ia e juventude: 
Estatuto da Criança e do Adolescente 
( E C A ) ; D e l i n q u ê n c i a : m e d i d a s 
socioeducativas.
24/05 Adoção
31/05 Al ienação parenta l e mediação de 
conflitos
07/06 A violência e a criminalidade do ponto de 
vista da ciência psicológica e jurídica e, o 
sistema penitenciário.
14/06 Escuta especializada e Depoimento 
especial

Outros materiais