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PSICOLOGIA GERAL E JURÍDICA PROFª DRª LUCIANA LEONETTI CORREIA DRª EM SAÚDE MENTAL- FMRP-USP PSICÓLOGA JUDICIÁRIA PSICÓLOGA CLÍNICA @luleonetti A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA • Psicologia como Ciência Os estudos de Wundt proporcionaram o movimento da Psicologia científica e o surgimento das escolas de pensamento, ou seja, de grupos de pesquisadores que se associavam ideológica e, às vezes, geograficamente a um líder de um movimento. Os membros de uma escola de pensamento trabalhavam em problemas comuns e compartilhavam uma orientação teórica. Ø Estruturalismo; Ø Funcionalismo; Ø Associacionismo; Ø Behaviorismo; Ø Gestalt; Ø Psicanálise. Sec. XIX Sec. XX O surgimento de escolas de pensamento diferentes e, por vezes, simultâneas, e a substituição por outras, é uma das características mais marcantes da história da Psicologia. A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA Até esse momento... • Inicialmente, a Psicologia enquanto um ramo da Filosofia estudava a alma. • A Psicologia científica nasce de acordo com os padrões de ciência do século 19, ou seja, a Psicologia “sem alma” (conhecimento passa a ser aquele produzido em laboratórios, com o uso de instrumentos de observação e medição). • Se antes a Psicologia estava subordinada à Filosofia, a partir do século XX, passa a se ligar à especialidades da Medicina. • Novas escolas no século XX. A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA • Termo inglês: behavior significa comportamento • Behaviorismo, Comportamentalismo, Teoria Comportamental, Análise Experimental do Comportamento são termos utilizados para definir essa escola. • John Watson (1878- 1958): rompe com a Ps icologia introspectiva e reafirma status de ciência ao propor o comportamento como objeto mensurável, observável e passível de reprodução. • Objeto de estudo: Comportamento observável • Método: Experimental O comportamento seria um conjunto de respostas objetivamente observáveis, ativadas por um conjunto complexo de estímulos, provenientes do meio físico ou social em que o organismo se insere. BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA Previsão do comportamento: R=f(S) A resposta (R) depende da s i tuação (S ) , ou se ja , se conhecemos o estímulo podemos prever a resposta e vice- versa, ou seja, • O comportamento, entendido como interação indivíduo- ambiente, é a unidade básica de descrição e o ponto de partida para uma ciência do comportamento. • O homem começa a ser estudado a partir de sua interação com o ambiente, sendo tomado como produto e produtor dessas interações. BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO Hoje, o comportamento não é visto como uma ação isolada de um sujeito, e portanto, o Behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o indivíduo e o ambiente, entre as ações do indivíduo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações). A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO ESTUDOS COM O PEQUENO ALBERT: Watson sugeriu que todos os medos, todas as aversões e ansiedades do adulto eram, do mesmo modo, condicionados no início da infância. A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA • O mais importante dos behavioristas que sucedem Watson é B. F. Skinner (1904-1990). • O Behaviorismo de Skinner tem influenciado muitos psicólogos de vários outros países além dos EUA. Esta linha de estudo ficou conhecida por Behaviorismo radical para designar uma filosofia da Ciência do Comportamento por meio da análise experimental do comportamento. • A Análise Experimental do Comportamento é amplamente usada- educação, treinamento de empresas, c l ín ica psicológica, trabalho educativo de crianças com deficiência, publicidade- pois permite descrever os comportamentos em qualquer situação, ajudando-nos a modificá-los. BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO Caixa de Skinner A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA BEHAVIORISMO: O ESTUDO DO COMPORTAMENTO • DICA DE FILME: “O SHOW DE TRUMAN” A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA • Gestalt é um termo alemão de difícil tradução; O termo mais próximo em português seria forma ou configuração, que não é utilizado, por não corresponder exatamente ao seu real significado em Psicologia. • A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. • Para a Gesta l t , a at iv idade humana resulta de uma organização determinada pelo mundo exterior e integrada na totalidade psicológica do sujeito. • Objeto de estudo: Percepção e pensamento como totalidade • Método: Introspecção e experimental A Gestalt preocupa-se em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade. GESTALT A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA GESTALT Ponto de partida para compreensão do comportamento: PERCEPÇÃO Encontra-se entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA GESTALT O que você esta vendo? É possível ver as duas figuras ao mesmo tempo? A resposta está vinculada a percepção de cada um, a forma como cada um interpretou a figura. Existe a tendência de juntar os elementos em busca da boa forma. A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA • As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, nos seus aspectos econômicos, políticos, culturais e etc, ou seja, são produtos históricos criados por homens concretos, que vivem o seu tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o desenvolvimento do conhecimento. • Sigmund Freud (1856-1939): Importante médico vienense. Revolucionou o modo de pensar a vida psíquica. Ele ousou colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos. • A investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação da Psicanálise. PSICANÁLISE A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA • O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação (interpretativo: associações livres, atos fa lhos e sonhos) e a uma prát ica prof i ss iona l (tratamento: psicoterapias e análise). • Interesse: Perturbações Psicológicas ou Comportamentos Patológicos. A busca de Freud pela causa dos transtornos mudou a forma de compreensão humana. • A PRIMEIRA TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO PSÍQUICO- em 1900, no livro “A interpretação dos sonhos”, Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade e a existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente. PSICANÁLISE A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA PSICANÁLISE A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA • Objeto de estudo: Inconsciente. • Método: Analítico através da associação livre. Consistia em solicitar aos pacientes: “Conte-me tudo que lhe vem a mente”. Além disso, introduziu uma importante teoria sobre desenvolvimento da personalidade. Propôs que as causas e funcionamentos das perturbações psicológicas referiam-se a conflitos localizados nos primeiros anos de vida (sexualidade de s de o in í c io da v ida , co n c e i to d e l i b i d o, fa s e s d o desenvolvimento e complexo de Édipo). PSICANÁLISE A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA • A SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO- entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade. PSICANÁLISE A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA PSICANÁLISE DICA DE VÍDEO: FREUD ALÉM DA ALMA A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICAA EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA PSICOLOGIA EM CONSTRUÇÃO • As tendências teóricas já apresentadas constituíram-se em matrizes do desenvolvimento da ciência psicológica, propiciando o surgimento de inúmeras abordagens da Psicologia contemporânea. • a Psicologia Aplicada se expandiu- Psicologia Clínica, Avaliação Psicológica e Psicologia Educacional e propiciou o surgimento de novas abordagens teóricas. • Behaviorismo = surgiram abordagens do Behaviorismo Radical (B. Skinner), Neobehaviorismo (A. Bandura) • Gestalt = Fenomenologia (Heiddeger, Pearls) • Psicanálise = Psicologia Analítica (Jung), Psicologia Kleiniana (Melanie Klein), Lacaniana (J. Lacan) A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA Novas perspectivas científicas em Psicologia • Psicologia Sócio-Histórica (Vygotsky) • Psicologia Humanista (Carl Rogers) • Psicologia Cognitiva Comportamental (Beck) • Psicologia Analítica (Carl G. Jung) • Psicologia Reichiana (W. Reich) • Psicanálise Kleiniana (Melanie Klein) • Psicanálise Lacaniana (J. Lacan) • Etolologia (Bowlby) • Psicologia Cognitiva (processamento da informação) • Neuropsicologia e Neurociências PSICOLOGIA: CIÊNCIA EM CONSTANTE CONSTRUÇÃO! A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA Novas perspectivas científicas em Psicologia • O que a história da Psicologia nos mostra? • Durante mais de 100 anos de história, a Psicologia tem procurado, aceitado e rejeitado diferentes definições, mas nenhum sistema ou ponto de vista individual conseguiu unificar todas as posições. • Cada escola adere à sua própria orientação teórica e metodológica, abordando o estudo da natureza humana a partir de diferentes técnicas. Todas as abordagens adquirem um valor indispensável para a construção da ciência psicológica e nenhuma possui todas as respostas ou é superior às demais. A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA Novas perspectivas científicas em Psicologia • Vocês conseguem lembrar de quantas escolas de pensamento aprendemos nesse tópico? • Observaram a variedade e diversidade de teorias psicológicas apresentadas? • Por que motivo a Psicologia apresenta essa diversidade científica? O que vocês acham? A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA Novas perspectivas científicas em Psicologia • A diversidade de teorias e/ou escolas de pensamento na Psicologia é condição e resultado de uma ciência que tem por objeto o ser humano em toda a sua complexidade. A PSICOLOGIA POODE SER CONSIDERADA UMA CIÊNCIA? A Psicologia é considerada uma ciência em constante processo de construção. A ausência de leis universais que dêem conta de forma integral do comportamento humano não desqualif ica a psicologia como ciência. Ao contrário, oferecem desafios as tradicionais metodologias e construtos teóricos, possibilitando, assim, uma continuidade científica na busca de respostas e soluções para os mais diversos problemas. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM ATÉ O MOMENTO... Ø Psicologia como ciência Ø História da Psicologia Ø Escolas de pensamento da Psicologia Ø Estruturalismo; Ø Funcionalismo; Ø Associacionismo; Ø Behaviorismo; Ø Gestalt; Ø Psicanálise. Ø Psicologia do Desenvolvimento Ø Psicologia da Aprendizagem Ø Psicologia Jurídica* Ø Área/campo de conhecimento PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO • Cada fase do desenvolvimento humano (pré-natal, infância, adolescência e maturidade) apresentam características que as identificam e permitem o seu reconhecimento. • O estudo do desenvolvimento humano possibilita uma melhor observação, compreensão e interpretação do comportamento humano. • Pe r m i te a i n d a d i s t i n g u i r co m o n a s c e m e c o m o s e desenvolvem as funções psicológicas do ser humano para s u bs i d i a r a o rga n i za çã o d a s co n d i çõ e s p a ra o s e u desenvolvimento pleno. Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para a observação e interpretação dos comportamentos. FASES DO DESENVOLVIMENTO- segundo Pikunas (1991) Zigoto 0- 2 semanas Embrião 2 semanas – 2 meses Feto 2- 9 meses Neonatal (Início da 1ª infância) Nascimento 1ª Infância 2m - 1 a e 3m Final da 1ª Infância 1 a e 3m- 2a e 6m Início da 2ª Infância 2 a e 6m- 6a 2ª Infância (intermediária) 6ª- 9 ou 10 a Final da 2ª Infância ♀ 9- 11a 6m ♂ 10-12a 6m Puberdade ♀ 11a 6m- 14 a ♂ 12a 6m a 15 a 6m Adolescência ♀ 14 - 16 a ♂ 15 a 6m a 18 a Final da adolescência ♀ 16 a- 20 a ♂ 18 a – 22 a Início das fase adulta ♀ 20 a- 30 a ♂ 22 a – 35 a Fase adulta intermediária ♀ 30 a- 45 a ♂ 35 a – 50 a Final da fase adulta ♀ 45 a – 60 a ♂ 50 a – 65 a Senescência ♀ 60 a em diante ♂ 65 a em diante PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO HUMANO HEREDITARIEDADE MEIO CRESCIMENTO ORGÂNICO MATURAÇÃO NEUROLÓGICA O desenvolvimento humano é determinado pela interação de: PRINCÍPIOS DO DESENVOLVIMENTO 1. O desenvolvimento humano é um processo ordenado e contínuo; 2. O desenvolvimento humano se realiza da cabeça para as extremidades: sequência céfalo-caudal e próximo-distal; 3. O indivíduo tende a responder sempre de forma mais específica as estimulações do meio (movimento vai se especializando), ocorre do geral para o específico; 4. Os órgãos não crescem de maneira uniforme; 5. Cada indivíduo se desenvolve de acordo com um ritmo próprio, segundo seus padrões de hereditariedade, caso não for perturbado por influências externas (má alimentação) ou internas (doenças); 6. Todos os aspectos do desenvolvimento humano são inter- relacionados e influenciados por mútuas interferências. Dica de filme: O começo da vida ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO • Aspecto físico-motor: refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo. • Aspecto intelectual: inclui os aspectos de desenvolvimento ligados as capacidades cognitivas do indivíduo em todas as suas fases. • Aspecto afetivo emocional: é a capacidade do indivíduo de integrar suas experiências. São os sentimentos cotidianos que formam nossa estrutura emocional. • Aspecto Social: maneira como o indivíduo reage diante de situações que envolvem os aspectos relacionados ao convívio em sociedade. ABORDAGENS DO DESENVOLVIMENTO Principais teorias sobre o Desenvolvimento Humano O desenvolvimento cognitivo- Jean Piaget A perspectiva sócio-histórica- Lev Vygotsky O desenvolvimento psicossocial- Erik Erikson O desenvolvimento moral- Kolhberg TEORIAS DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Ø Desenvolvimento cognitivo Inteligência TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO • Passou a ser definida operacionalmente em termos dos testes destinados a medi-la- Galton; • Mensuração da inteligência pelos psicólogos franceses Binet e Simon- Escala de Inteligência Stanford-Binet- teste do Quociente de Inteligência (QI). Diz respeito a forma como o indivíduo estabelece, desde o nascimento, uma relação de interação com o meio-físico e social – e que promove seu desenvolvimento cognitivo. Piaget dividiu os períodos do desenvolvimento humano, de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, em: • 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos) • 2° período: Pré-operatório (2 a 7 anos) • 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) • 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante) Cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Porém o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais, sociais. INTELIGÊNCIA DO PONTO DE VISTA INTERACIONISTA Para Lev Vygotski, o desenvolvimento do conhecimento é fruto de uma grande influência das experiências do indivíduo. Para ele, desenvolvimentoe aprendizado estão intimamente ligados: nós só nos desenvolvemos se e quando aprendemos. • Porém, o desenvolvimento não dependeria apenas da maturação; para ser assimiladas as informações têm de fazer sentido. • A zona de desenvolvimento proximal corresponde à distância entre aquilo que a criança sabe fazer sozinha – o desenvolvimento real – e o que é capaz de realizar com a ajuda de alguém mais experiente – o desenvolvimento potencial. INTELIGÊNCIA DO PONTO DEVISTA INTERACIONISTA INTELIGÊNCIA DO PONTO DE VISTA INTERACIONISTA v Daniel Golemam afirma que temos dois tipos de inteligências distintas: • a tradicional que pode ser medida através de testes de QI • a inteligência emocional (QE), composta pelo: 1. auto co n h e c i m e nto ; 2 . a d m i n i st ra çã o d a s e m o çõ e s ; 3 . automotivação; 4. empatia e 5. arte do relacionamento. • QI pode lhe dar um emprego X QE garantirá promoções. v A Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner apresenta “uma visão pluralista da mente”. • Para ele “inteligência é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário”. • 8 tipos de inteligência: lógico-matemática; linguística; musical; espacial; corporal-cinestésica; interpessoal; intrapessoal e naturalista. UM CONCEITO MAIS ATUAL DE INTELIGÊNCIA UM CONCEITO MAIS ATUAL DE INTELIGÊNCIA DESENVOLVIMENTO SOCIAL SOCIALIZAÇÃO Tentativa da sociedade para moldar o comportamento da criança de acordo com seus valores e padrões de conduta Individuação: tentativa da pessoa de manter sua singularidade, enquanto faz algumas concessões aos grupos dos quais é membro A socialização na infância requer a imposição de certos controles e o estabelecimento de certas regras. Sem isso, não seria possível a aprendizagem de habilidades, atitudes e comportamentos necessários a vida em grupo. Teoria do Desenvolvimento Psicossocial: Erik Erikson criou alguns estágios, que ele chamou de psicossociais, onde ele descreveu algumas crises pelas quais o ego passa, ao longo do ciclo vital. A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências vividas. DESENVOLVIMENTO SOCIAL DESENVOLVIMENTO MORAL Para Kolberg, os indivíduos chegam a plena consciência moral, independentemente da cultura do grupo social. TEORIAS DA APRENDIZAGEM Ø Aprendizagem é um processo inseparável do ser humano e ocorre quando há uma modificação no comportamento, mediante a experiência ou a prática, que não podem ser atribuídas à maturação, lesões ou alterações fisiológicas do organismo. Ø Do ponto de vista funcional é a modificação sistemática do comportamento em caso de repetição da mesma situação estimulante ou na dependência da experiência anterior com dada situação. TEORIAS DA APRENDIZAGEM Para que haja a aprendizagem são necessárias determinadas condições: • Fatores Fisiológicos - maturação dos órgãos dos sentidos, do sistema nervoso central, dos músculos, glândulas etc.; • Fatores Psicológicos - motivação adequada, autoconceito positivo, confiança em sua capacidade de aprender, ausência de conflitos emocionais perturbadores etc.; • Experiências Anteriores - qualquer aprendizagem depende de informações, habilidades e conceitos aprendidos anteriormente. CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM • Processo dinâmico; • Processo contínuo (desde o início da infância, a aprendizagem está sempre presente); • Processo global (inclui sempre aspectos motores, emocionais e mentais, como produtos da aprendizagem) • Processo pessoal (ocorre de singular e individualizada); • Processo gradativo; • Processo cumulativo (as experiências vividas pelo indivíduo servem como patamar para novas aprendizagens). APRENDIZAGEM E MATURAÇÃO • A maturação é constituída no processo de desenvolvimento pelas mudanças do organismo que ocorrem de dentro para fora do indivíduo. • Estas mudanças dependem de uma predisposição natural no organismo do indivíduo e de estimulações no meio ambiente para se desenvolverem plenamente. A aprendizagem envolve uma mudança duradoura no indivíduo. A aprendizagem se constitui no processo de socialização do indivíduo e desenvolve gostos, habilidades, preferências, contribui para formação de preconceitos, vícios, medos e desajustamentos patológicos. Porém: A APRENDIZAGEM É CONDICIONADA PELA MATURAÇÃO FATORES RELACIONADOS À APRENDIZAGEM: • Desempenho: comportamento observável do indivíduo. Como a aprendizagem não pode ser observada diretamente, e la pode ser infer ida pelo comportamento ou pelo desempenho de uma pessoa. A característica principal é quando o desempenho da habilidade melhorou, durante um período de tempo no qual houve a prática, ou seja, a pessoa é mais capaz de desempenhar determinada habilidade do que era anteriormente. • Motivação: um dos mais importantes fatores que influenciam a aprendizagem. Sem motivação não há aprendizagem! O indivíduo motivado é aquele que se dispõe a iniciar ou a continuar o processo de aprendizagem. O QUE É PERSONALIDADE?? PERSONALIDADE Esse termo é empregado pelo senso comum com diferentes significados: • “Ele não tem nenhuma personalidade” ou “Ele tem muita personalidade”. • Um vendedor que procura “melhorar sua personalidade” tenta falar fluentemente sobre diversos assuntos, ser bem- humorado, adaptável, ter certa postura em público e etc. Portanto: Ø Não existem pessoas com “mais” ou “menos” personalidade do que as outras; Ø Cada um tem sua individualidade e singularidade; Ø De maneira geral, a personalidade pode ser definida como a maneira pela qual um indivíduo age, pensa e sente; Ø Além disso, representa as características duradouras de um indivíduo, que o diferenciam dos demais. PERSONALIDADE PE RS O N AL ID AD E Aspectos estruturais: conjunto de traços Aspectos dinâmicos: razões e motivos das ações do indivíduo Autopercepção ou autoconsciência: “Eu” Desenvolvimento da identidade BIO SOCIAL PSICO PERSONALIDADE NA ESFERA JURÍDICA A personalidade consiste no conjunto de caracteres próprios da pessoa. Ela não é um direito, mas ela apoia os direitos e deveres que dela irradiam e, por isso, é objeto do Direito. É o primeiro bem da pessoa para que ela possa ser o que é, para que ela possa sobreviver e se adaptar às condições do ambiente, servindo de critério para aferir, adquirir e ordenar outros bens (Diniz, 2002). • O art. 2º do Código Civil estabelece que a personalidade civil da pessoa começa ao nascimento (desde a gestação?)- os direitos do nascituro. Já o início da vida (da personalidade) tem relevância porque é a partir do seu reconhecimento que o homem se torna sujeito de seus direitos. • Os d i re i tos da pe rs ona l idade e stão v inc u lados a o reconhecimento de outros direitos, p. ex.: à vida, ao nome, à honra; à imagem e à integridade psíquica. SUBJETIVIDADE Todas as abordagens psicológicas nada mais são do que formas diferentes de compreender esse fenômeno. A subjetividade não é inata e pode ser definida como sendo uma “(...) síntese singular e individual que cada um de nós vai construindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; é uma síntese que nos identifica, de um lado por ser única, e que nos iguala, de outro lado, na medida em que os elementos que a const i tuem sa ̃o exper ienc iados no campo comum da objetividade social” (Teixeira, 2009). • A responsabilidade social depende da adaptação social, que ocorre quando os indivíduos, no contexto da expressão de sua subjetividade, passam a fazer parte e a contribuir no sentido do pleno desenvolvimento da vida digna dos membros da coletividade que habitam. SUBJETIVIDADE • A relação entre a psicologia e a organização social está, entre outros aspectos, em detectar a subjetividade adaptada e aquela que não se adaptaao contexto social. • No entanto, a utilização exclusiva de critérios de adequação social para a avaliação psicológica do indivíduo enquanto normal ou doente é questionável. • O entendimento do que venha a ser o “normal” e o “patológico” e onde mora o limite entre esses dois conceitos constitui discussão permanente no âmbito da psicologia e da psiquiatria. NORMAL vs PATOLÓGICO Questão de Grau • Culturas diferentes tem concepções diferentes sobre Saúde Mental; • Padrão Típico vs Atípico “NORMAL” •Padrões de comportamento ou traços de personalidade típicos ou que estejam em conformidade com certos padrões adequados e aceitáveis de se comportar e agir. PATOLÓGICO • Qualquer desajuste ou resposta contrária aos padrões e expectativas do sistema/ cultura. OS CONCEITOS DE NORMALIDADE/ ANORMALIDADE PSICOPATOLOGIAS Psicopatologia é a integração de psicologia com patologia. Karl Jaspers, o responsável por tornar a psicopatologia uma ciência autônoma e independente da psiquiatria, afirmava que o objetivo desta é "sentir, apreender e refletir sobre o que realmente acontece na alma do homem". A psicopatologia é um modo de abordar as funções perturbadas. Procura compreender os distúrbios subjacentes, ligados à personalidade inteira, atingida em sua estrutura e seu modo de existir (Minkowsky, 1966, p. 13), por meio de alterações de memória, percepção e consciência. PSICOPATOLOGIAS No campo da Psicologia Jurídica, o conhecimento da psicopatologia permite a compreensão de fenômenos que interessam diretamente ao: • Direito Civil (interdição, adoção, guarda, visitação); • Direito penal (inimputabilidade, responsabilidade penal diminuída, avaliação da personalidade do real); • Processo Penal (interrogatório do réu, oitiva das testemunhas e incidente de insanidade mental) • Além do Direito do Trabalho, Direito do Idoso e da criança e do Adolescente. Portanto, para uma melhor compreensão desses fenômenos, há uma necessidade de classificação de doenças/transtornos mentais com o objetivo de oferecer uma padronização diagnóstica útil e prática às áreas da saúde e social. PSICOPATOLOGIAS O Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais (DSM) é constantemente atualizado e encontra-se na versão cinco. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde (CID) também apresenta um capítulo sobre doenças mentais. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA CONSCIÊNCIA O termo consciência origina-se do latim cum scientia, correspondendo à noção de ser consciente. Segundo Dalgalarrondo, aplicam-se as seguintes definições para consciências sobre três prismas: • Neuropsicológico: clareza do sensório, lucidez, estar acordado. • Psicológico: soma das experiências conscientes de um indivíduo em dado momento, é seu contato com a realidade e sua interação. • Ético-filosófico: capacidade de tomar ciência de seus deveres éticos, assumir suas responsabilidades, deveres e direitos. É atributo do homem desenvolvido e responsável, inserido em uma comunidade com suas regras e valores. PSICOPATOLOGIAS Implicações forenses As alterações da consciência integram a sintomatologia de uma gama de quadros neuropsiquiátricos com implicações seja de ordem penal, seja de ordem cível. Esta observação deve-se ao fato de que, para o Direito, o princípio da determinação da racionalidade, ou seja, a sanidade mental (lucidez, ausência de loucura), a capacidade de perceber, compreender, raciocinar, planejar e executar (capacidade de entendimento) e o controle sobre a emoção e os impulsos (capacidade de auto-determinação) deve ser comprovado. Nas alterações da consciência, mesmo de forma transitória, haverá prejuízos sobre o domínio da razão e do autocontrole, cabendo a inimputabilidade para as questões penais e a ausência ou capacidade diminuída para as questões cíveis. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA ATENÇÃO A atenção representa a direção da consciência, o estado da atividade mental sobre determinado objeto. PSICOPATOLOGIAS Transtorno de Déficit de atenção/ hiperatividade e implicações forenses ü Esse tipo de transtorno é capaz de tornar crianças e adolescentes mais vulneráveis a comportamentos de risco, aumentando a razão da chance para a exposição a fatores oportunistas, como o consumo de drogas e delinquência. ü É um distúrbio neurobiológico caracterizado por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade que podem interferir no processo de aprendizagem, bem como nas relações sociais cotidianas do indivíduo. ü Este tipo de transtornos pode associar-se a outros ao transtorno de conduta e, mais tarde, ao de personalidade antissocial. Cabe aos operadores de direito, que lidam com m e n o r e s i n f r a t o r e s , v e r i f i c a r a o c o r r ê n c i a d e comportamentos antissociais e criminais. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA ORIENTAÇÃO • A orientação encontra-se diretamente relacionada às noções de tempo e espaço e se constitui de função psíquica básica que serve para aferir o estado de consciência com a atenção. • É um elemento básico da atividade mental, pois permite ao indivíduo situar-se em relação a si e ao mundo que o rodeia por meio da orientação autopsíquica, orientação do indivíduo em relação a si mesmo (identidade, individualidade, permanência, atividade) e da orientação alopsíquica, relativa à capacidade de orientar-se em relação ao mundo, ao tempo (temporal: dia, mês, ano, hora) e ao espaço (espacial: local, bairro, cidade, estado, país). PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA ORIENTAÇÃO As principais alterações são: • Estado confusional: ocorre por diminuição do nível de consciência, como a turvação da consciência; é a forma mais comum de desorientação. • Estado apático ou abúlico: fruto de uma marcante alteração de humor e da volição, por desinteresse e desmotivação. O indivíduo tende a responder a qualquer pergunta com um “não sei”. É comum em deprimidos graves. • Estado delirante: secundário à atividade delirante, podendo ter até perda da n identidade. É comum a dupla orientação, na qual a orientação falsa, delirante, coexiste com a correta, real. • Quadro amnéstico: ocorre por déficit da memória de fixação, no qual o indivíduo não consegue fixar as informações ambientais básicas. Geralmente o indivíduo perde a noção do fluir do tempo e do deslocamento no espaço. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA ORIENTAÇÃO Implicações forenses Os déficits de orientação derivam de outras alterações como os quadros disfuncionais da atenção e da memória, integrando tanto quadros puramente ps iquiátr icos ou neuropsiquiátricos. No processo da perícia, cabe ao avaliador a investigação minuciosa destes déficits para a adequada compreensão da extensão das dificuldades. Sendo assim, o contexto forense terá repercussões tanto cível como penal. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA MEMÓRIA A memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem: só se “grava” aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. Só se lembra daquilo que se grava, daquilo que foi aprendido. A memória é o armazenamento de informações, pautadas nas nossas experiências perceptivas, motoras, afet ivas (experiências emocionais) e cognitivas (pensamento). A capacidade de memorizar relaciona-se com o nível de consciência, da atenção e do interesse afetivo. Os processos relacionados ao aprendizado dependem intimamente da capacidade de memorizar. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA MEMÓRIA Implicações forenses As questões jurídicas imbricadas pelas disfunções da memória, conduzem duas linhas dividem e determinam a especificidade da aplicação da avaliação neuropsicológica forense: 1ª) Dos prejuízos da memória decorrente dos fatores orgânicos com estreita relação com a capacidade civil; 2ª) Compreendeas alegações de déficits de memória, por vezes fulcro dos processos de simulação, que participara tanto na esfera do direito penal, como o acusado que declara “não lembrar de nada”, quanto na esfera do direito do trabalho e previdenciário, nos quais a queixa do possível déficit tem haver com interesses de aposentadoria ou afastamentos. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA SENSOPERCEPÇÃO Sensopercepção reporta-se a um complexo sistema que liga o mundo físico e psicológico dos homens e dos animais. A sensação indica como os órgãos dos sentidos respondem aos estímulos externos e transmitem as respostas ao cérebro. A percepção representa o processamento, a organização e a interpretação dos sinais sensoriais que resultam em uma representação interna do estímulo. O estudo da sensopercepção depende da capacidade de discriminação de cor, forma, peso, temperatura, consistência, textura, sabor, por exemplo, capacidades essas que dependem da sensação e da percepção que nos permite reconhecer e discriminar os objetos. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA SENSOPERCEPÇÃO As principais alterações da sensopercepção podem ser: • Quantitativas: envolvem a hiperestesia (as percepções estão anormalmente aumentadas) que podem ocorrer em epilepsias, h i p e r t i r e o i d i s m o, e n xa q u e c a , q u a d r o s m a n í a c o s , esquizofrenias e etc.; a hipoestesia (as cores se tornam mais pálidas, sem brilho, alimentos com pouco sabor; alguns pacientes depressivos podem apresentar este quadro). • Qualitativas: incluem ilusão (que é uma percepção deformada e a l t e ra d a d e u m o b j e t o p re s e n t e , d e c o r re n t e d o rebaixamento da consciência e de estados afet ivos); alucinação (quando a pessoa tende a vivenciar a percepção de um objeto sem a sua presença) e podem ocorrer na esquizofrenia, nos quadros depressivos muito graves e nos quadros de manias). PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA SENSOPERCEPÇÃO Implicações forenses Estes quadros geralmente participam dos sintomas relativos a quadros psicóticos como as esquizofrenias, psicoses orgânicas, psicoses induzidas por abuso de álcool e substâncias psicoativas, além dos quadros demenciais. A necessidade da perícia dependerá do enquadre jurídico a que se aplica a ação, O que pode abarcar questões de responsabilidade penal, capacidade civil e capacidade laboral. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO E JUÍZO O pensamento representa uma das operações de maior relevância, uma vez que dele participam a compreensão intelectual (isto é, a apercepção), a ideação, a imaginação e a associação de representações e ideias. O processo do pensar envolve o curso, a forma e o conteúdo do pensamento. Assim, as possíveis alterações do pensamento mantem uma ligação estreita com o direito relativo à determinação da racionalidade, isto é, a ausência de loucura. As alterações do pensamento podem ser verificadas em seu curso (fluidez- lentidão ou aceleração), em sua forma (dissociação ou fuga de ideias), em seu conteúdo (delírios e seus quadros delirantes). PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO E JUÍZO Implicações forenses A compreensão dos conteúdos delirantes se reveste de uma importante relevância da psicopatologia e de implicações forenses, uma vez que, quando abordamos o termo juízo, estamos lidando em sua essência com o processo de julgamento sobre a realidade de uma determinada pessoa, que poderá incidir em questões jurídicas, já que a capacidade para avaliação subjetiva e de insight do seu estado está abolida. Por exemplo: delírios de perseguição podem incidir em comportamento violento como o homicídio, o que reportaria o processo dentro do direito penal. Já um caso que se enquadre em uma condição de querelância, por exemplo, poderá impetrar uma indenizatória por danos morais num ambiente de trabalho, por interpretá-lo como discriminador e persecutório. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO E JUÍZO Implicações forenses A esquizofrenia apresenta importante implicação forense, por ser um quadro de psicose crônica que altera profundamente a p e rs o n a l i d a d e e a c a p a c i d a d e d e e n t e n d i m e n t o e autodeterminação. Os transtornos psicóticos francos e bem estabelecidos justificam a interdição civil e a inimputabilidade. Mas as dúvidas surgem em relação aos períodos de início e de recuperação, quando a pessoa está perdendo ou recuperando o contato com a realidade. Interessa no laudo pericial a constatação ou não de que a pessoa tenha perdido a liberdade de pensar e atuar com lógica em decorrência de sua doença. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DO PENSAMENTO E JUÍZO Implicações forenses A incapacidade civil e a inimputabilidade penal se aplicam nos casos de psicoses, nas quais existe afastamento da realidade, associado a manifestações psicopatológicas produtivas e aberrantes que comprometem a percepção (alucinações), a memória, a orientação (do Eu, do tempo, do espaço, da situação), o pensamento (transtornos do juízo crítico, delírios), ao que podem agregar-se o estupor e a agitação. PSICOPATOLOGIAS Implicações forenses • Psicose puerperal: possível associação com o crime de infanticídio, que consiste em mata, sob influencia do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após (Código penal, art. 123), Assim o estado puerperal é atenuante devido às inúmeras modificações que ocorrem nesse período. Este estado pode variar desde uma disforia, até um depressão perinatal, chegando até o estado mais grave de psicose puerperal. Para casos de infanticídio em que se comprove o estado de psicose puerperal (transtorno mental), recomenda-se tratamento e reabilitação, pois não são punidas legalmente. Além disso, as puérperas são submetidas à perícia psiquiátrica e psicológica. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA LINGUAGEM No contexto da psicopatologia enfatizaremos a linguagem verbal, dada a sua participação direta na elaboração e expressão do pensamento. Quanto as alterações da linguagem, podemos identificar: • as afasias, que representam um quadro caracterizado pela perda parcial ou total da faculdade de exprimir os pensamentos por sinais. • o mutismo: caracterizado pela ausência de linguagem oral. Pode estar relacionado a traumas emocionais (nos casos de testemunho). • a esquizofasia: profunda alteração da expressão verbal, observada em alguns esquizofrênicos paranoides, na qual a linguagem se torna confusa e incoerente. • os neologismos empregados com significado desfigurado; comumente aparece na esquizofrenia. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DO AFETO E DO HUMOR A emoção é uma reação afetiva (entendendo afetividade como a manifestação de respostas dóceis, hostis, alegres, tristes etc.) de grande intensidade com participação de mecanismos biológicos e cognitivos, que normalmente é acompanhada de ativações de ordem vegetativa. Seu principal papel engloba um funcionamento complexo para a sobrevivência de humanos e animais. É um modulador do desenvolvimento da interação social, visto que a junção de mecanismos biológicos e cognitivos propicia, principalmente aos seres humanos, a capacidade de analisar, planejar e executar um padrão de ação diante dos estímulos agradáveis ou desagradáveis. Todavia, falhas ou inadequações dessa complexa estrutura põem em risco o próprio indivíduo em relação ao meio, como também em relação ao outro. A resposta emocional compreende os aspectos cognitivos, emocionais e psicomotores. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DO AFETO E DO HUMOR A emoção representa um estado de exc itação do organismo que se expressa diferentemente em três dimensões: a) A experiência emocional que compreende vivência cognitiva e afetiva frente a uma situação. b) O comportamento emocional que se refere ao padrão de ações do indivíduo. c) As alterações fisiológicas relacionadas à ativação do sistema nervoso autônomo.Já as alterações do humor implicam perturbações incapacitantes nas emoções que englobam desde a tristeza patológica da depressão a euforia e irritabilidade, que podem se manifestar em reações agressivas, na fase da mania. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DO AFETO E DO HUMOR Implicações forenses Três quadros apresentam importantes repercussões: • depressão grave: no contexto da Vara da Família, em termos de a pessoa não apresentar condições mínimas necessárias para os cuidados de filhos menores (principalmente a mulher). A depressão parental aumenta a probabilidade de diminuição da qual idade da prestação de cuidados instrumentais e emocionais. Já no contexto penal, a tomada de depoimento de testemunhas para fundamentar as provas é prática comum e, em casos de pessoas com depressão que podem expressar prejuízos de memória, pode ocasionar uma falsa identificação • transtorno afetivo bipolar: principalmente na fase da mania pela compulsão, quanto pela irr itabil idade, podem se enquadrar na esfera civil, com ações de interdição (parcial, na maioria dos casos) e na esfera criminal, por agressão, lesão corporal, tentativa de homicídio. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO A vontade constitui-se de um processo cognitivo, pautada na possibilidade de escolha entre várias possibilidades. Na prática trata-se de ação intencional com uma meta objetiva e direcionada. O indivíduo cujo comportamento é impulsivo, irrefletido ou impensado, geralmente faz coisas no calor do momento, porque está motivado para tal ou porque uma oportunidade se apresentou. Este aspecto da impulsividade relaciona-se à vontade que se configura com uma dimensão complexa da vida mental, relacionada intimamente à esfera instintiva, afetiva e intelectiva e ao conjunto de valores, princípios, hábitos e normas socioculturais do indivíduo. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO Transtornos do impulso • Transtorno explosivo intermitente: é caracterizado por episódios distintos de fracasso em resistir a impulsos agressivos, resultando em sérias agressões ou destruição de propriedades. Implicações forenses: lesão corporal, tentativa de homicídio. • Cleptomania: fracasso recorrente em resistir a impulsos de roubar objetos desnecessários para o uso pessoal ou em termos de valor monetário. Confundida com furtos ou roubos, acaba por ter implicações no direito penal. • Piromania: caracterizada por um padrão de comportamento incendiário por prazer, gratificação ou alívio de tensão. Pode ser enquadrada como tentativa de homicídio, dano ao patrimônio. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO Transtornos do impulso • O jogo patológico caracteriza-se por um comportamento mal adaptativo, recorrente e persistente, relacionado a jogos de azar e apostas. As consequências vão desde furtos a desfalques para conseguir o dinheiro, levando a pessoa a responder por crimes (direito penal), sendo passível de interdição no direito civil. Impulsos agressivos • Automutilação caracteriza-se pelo impulso ou compulsão seguido de ato de autolesão voluntária. Os pacientes costumam produzir escoriações na pele, arrancam cabelos, furam-se com pregos e vidros. Mutilações leves e moderadas são observadas em paciente com transtorno de personalidade borderline e indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO TRANSTORNOS DO IMPULSO RELACIONADOS ÀS PARAFILIAS O espectro dos transtornos sexuais compreende um padrão comportamental constituído desde os atos bizarros quanto à expressão da mais extrema forma de violência sexual, o estupro seguido de homicídio, configurando-se assim como crimes sexuais. Este padrão de comportamento sexual inadequado ou desviante caracteriza segundo o DSM-IV quanto na CID-10. As parafilias (do grego para, ao lado de, oposição e philos, amor, amante) podem corresponder ao fetichismo, transvestismo fetichista, exibicionismo, voyeurismo, necrofilia, pedofilia e etc. Configuram-se como uma sexualidade caracterizada por impulsos sexuais intensos e recorrentes, modulados por fantasias e manifestação de comportamentos não convencionais, provocando alterações desfavoráveis na vida familiar, ocupacional e social da pessoa por ser um padrão de comportamento caracterizado pela repetição como um quadro compulsivo. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO TRANSTORNOS DO IMPULSO RELACIONADOS ÀS PARAFILIAS O fato de uma pessoa apresentar preferências por determinadas partes do corpo, objetos e acessórios não representa necessariamente uma parafilia e, em muitos, não há riscos para condutas sexuais criminosas. Para identificar uma parafilia, deve-se considerar no seu portador os seguintes aspectos: 1) Caráter opressor, com perda de liberdade de opções e alternativas. O parafílico não consegue deixar de atuar dessa maneira. 2) Caráter rígido, significando que a excitação sexual só se consegue em determinadas situações e circunstâncias estabelecidas pelo padrão da conduta parafílica. 3) Caráter impulsivo, que se reflete na necessidade imperiosa de repetição da experiência. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO TRANSTORNOS DO IMPULSO RELACIONADOS ÀS PARAFILIAS Principais quadros de parafilias: fetichismo; exibicionismo: voyerismo; pedofi l ia; gerontofi l ia; zoofi l ia; compulsão à masturbação; necrofilia. DEPENDÊNCIA QUÍMICA A dependência química também se relaciona com as questões relativas aos transtornos do impulso, uma vez que: • o uso recorrente resulta num fracasso em cumprir obrigações importantes relativas ao seu papel na escola, no trabalho ou em casa; • o uso recorrente da substância em situações nas quais isso representa um perigo físico; • há problemas legais recorrentes relacionados ao uso dessas substâncias. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO DEPENDÊNCIA QUÍMICA Em dependência química ut i l izamos os seguintes conceitos: • A d i c ç ã o , q u e é a s í n d r o m e d e c o m p o r t a m e n t o neurocomportamental com influências genéticas, resulta em dependência psicológica no uso de substâncias para obter efeitos psíquicos caracterizados pelo uso compulsivo apesar do dano causado. É sinônimo de “dependência de drogas” ou de dependência psicológica. • Abuso de substâncias: é o uso de qualquer substância para fins não terapêuticos ou uso de medicação com outras finalidades que não aquelas para as quais foi prescrito o medicamento. • Tolerância é o estado fisiológico resultante do uso regular de uma droga, em que há necessidade de se aumentar a dose para produzir o mesmo efeito ou observa-se um efeito reduzido com a dose constante. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO DEPENDÊNCIA QUÍMICA O uso de substâncias entorpecentes pode acarretar alterações cognitivas e comportamentais. Em relação a atenção, memória, flexibilidade mental há uma grande variação de resultados, em geral relacionada à impulsividade. Usuários de cocaína apresentam comprometimento de memória em provas que exigem mais tempo, maior elaboração e maior agressividade. Usuários de crack apresentam alteração em todas as funções, expressam ansiedade como traço peculiar da personalidade e elevados índices de agressividade. PSICOPATOLOGIAS PSICOPATOLOGIA DA VONTADE E IMPULSO DEPENDÊNCIA QUÍMICA Implicações forenses Tanto para o usuário quanto para o dependente químico, p o d e s e a p l i c a r n o d i r e i t o p e n a l a i m p u t a b i l i d a d e , inimputabilidade ou semi-imputabilidade. No direito civil, a interdição parcial para alguns atos da vida civil ou a interdição total para os atos da vida civil. O que vai caracterizar o enquadre jurídico serão as circunstâncias nas quais as ações da pessoa na condição de usuário ou dependente ocorrerem. PSICOPATOLOGIAS DEFICIÊNCIA MENTAL Para as questões forenses, a relevânciado estudo da inteligência está na funcionabilidade que possa repercutir seja na responsabilidade penal, seja na capacidade civil. Estando o indivíduo com a integridade de sua capacidade intelectual, esta condição permitirá à pessoa o processamento da informação, a resolução de problemas, a criatividade, o raciocínio e a tomada de decisão. No caso do retardo mental há uma importante diminuição da capacidade intelectual, que irá determinar dificuldades para a pessoa representar em sua mente os modelos adequados da realidade, dos objetos e das pessoas. Nessas pessoas, não há uma capacidade adequada de raciocínio e das funções intelectuais superiores, bem como não existe adequada elaboração de conceitos. PSICOPATOLOGIAS DEFICIÊNCIA MENTAL Um dos importantes fatores do DM é a capacidade do funcionamento adaptativo, que significa a capacidade do indivíduo de estabelecer relações com o ambiente que resultem e m u m a a d a p t a ç ã o , g e r a n d o i n t e r a ç ã o , a d e q u a ç ã o , desenvolvimento pessoal e autonomia, independentemente de sua condição ou qualificação pedagógica. Implicações forenses O principal nexo causal entre DM e as questões jurídicas está contido no contexto da vulnerabilidade do portador de RM, uma vez que lhe falta crítica, capacidade de entendimento, capacidade de se autodeterminar e, consequentemente, ocorre falha acentuada no controle dos impulsos. Nesse sentido, a condição da pessoa com retardo mental será inquestionavelmente inimputável do direito penal e incapaz pelo direito civil. DSM-V Classificação TRANSTORNOS DISRUPTIVOS, DO CONTROLE DE IMPULSOS E DE CONDUTA Transtorno de conduta Transtorno opositor desafiante Incluem condições que envolvem problemas de autocontrole de emoções e de comportamentos Transtorno opositor desafiante Transtorno opositor desafiante • É caracterizado, principalmente, por comportamentos apresentados pela criança no sentido de agir contrariamente àquilo que se pede ou se espera dela. • Consiste de um padrão persistente de comportamentos negativistas, hostis e desafiadores na ausência de sérias violações de normas sociais ou direitos alheios. • Este tipo de comportamento pode estar presente em outros tipos de transtornos: TDAH e transtornos de aprendizagem. • Há evidências de que esse transtorno é moldado e mantido pelas relação entre a criança e os adultos significativos de seu convívio. Transtorno de opositor desafiador Os critérios do DSM-V são : • Humor irritado/irritável; • Comportamento argumentativo/desafiante; • Comportamento vingativo. Principais sintomas: • Perda frequente da paciência; • Discussões com adultos; • Desafio e recusa a obedecer solicitações ou regras; • Implicância com as pessoas, podendo responsabilizá-las por seus erros ou mau comportamento; • Irritação, ressentimento, aborrecimento, rancor e raiva; • Perturbam as pessoas deliberadamente; • Pode causar mais sofrimento àqueles que o cercam do que à própria criança. Transtorno de Conduta ü Trata-se de uma condição mais grave do que o transtorno opositor desafiante, com comportamentos agressivos ou vandalismo. ü Quando a regra é não ter regras. Transtorno de Conduta • Apresenta comportamentos que incomodam e perturbam, além do envolvimento em atividades perigosas e até mesmo ilegais; • Agressões a pessoas e animais com crueldade; • Não há sofrimento psíquico ou constrangimento com as próprias atitudes e não se importam em ferir os sentimentos das pessoas ou desrespeitar seus direitos; • Em geral, podem ser autores de bullying. • Os comportamentos antissociais tendem a persistir; parece faltar a capacidade de aprender com as consequências negativas dos próprios atos. Transtorno de Conduta • O s m e n i n o s a p re s e nta m e s s e t i p o t ra n sto r n o m a i s precocemente- entre 10 e 12 anos-, já as meninas, aos 14 e 16 anos. • Padrão repetitivo e persistente de comportamento agressivo e desafiador, indo contra regras de convivência social; • Tal comportamento deve ser suficientemente grave, indo além de travessuras ou de “rebeldia da adolescência”; • Estão frequentemente associados a ambientes com riscos psicossociais adversos. • Emoções pró-sociais limitadas e pouca preocupação com os sentimentos, desejos e bem-estar dos outros. Transtorno de Conduta Principais comportamentos: § Fuga de casa; § Mentira; § Consumo de álcool e drogas; § Comportamento sexual de risco; § Dificuldades de interações sociais; § Baixa tolerância à frustração; § Irritabilidade; § Baixo desempenho acadêmico; § Comportamento sádico. Transtorno de Conduta e neurociência Uma pesquisa monitorou a atividade cerebral de crianças inglesas que apresentavam problemas de conduta. A pesquisa deixou claro que o cérebro dessas crianças, quando são confrontadas com imagens de pessoas sofrendo, reage de maneira diferente da maioria das outras: as áreas associadas à empatia se mostram menos ativas em reação à dor alheia. Diante dos resultados, os cientistas sugeriram que a análise da atividade cerebral de crianças ao testemunhar cenas de sofrimento pode ajudar a apontar fatores de risco para o comportamento antissocial e a psicopatia na fase adulta (Lockwood, Sebastian, McCrory, Hyde, Gu, De Brito, & Viding, 2016). PSICOPATOLOGIAS • Tra n s t o r n o s d e p e r s o n a l i d a d e : s a ̃ o p a d r o ̃ e s d e comportamento profundamente arra igados que se manifestam como respostas inflexíveis a uma ampla série de situações pessoais e sociais. Estas respostas inflexíveis comprometem o funcionamento, social ou ocupacional, de modo significativo, além de vir acomppanhada de sofrimento subjetivo. No âmbito da psicologia jurídica, destacam-se: ü Transtorno de personalidade paranoide: o indivíduo sempre interpreta de maneira errada ou distorce as ações das outras pessoas, demonstrando desconfiança sistemática e excessiva. O comportamento e ́ generalizado. Toma medidas de segurança inoportunas e ofensivas. PSICOPATOLOGIAS • Transtornos de personalidade: ü Transtorno de personalidade dependente: o indivíduo torna- se incapaz de tomar, sozinho, deciso ̃es de alguma im- portância. Torna-se alvo fácil de pessoas inescrupulosas. Pode incorrer em sérios prejuízos porque não consegue decidir ou encontrar quem o faça. ü Transtorno de personalidade esquizóide: a pessoa isola-se, busca atividades solitárias e introspectivas. Não retribui as mi ́nimas manifestaço ̃es de afeto. Seu comportamento apresenta tendência a um contato frio e distante para com os demais. ü Transtorno de personalidade de evitação: a pessoa se isola, porém sofre por desejar o relacionamento afetivo, sem saber como conquistá-lo. O retraimento social, medo de críticas, rejeição ou desaprovação podem aparecer. PSICOPATOLOGIAS • Transtornos de personalidade: ü Transtorno de personalidade emocionalmente instável: o indivi ́duo oscila entre comportamentos extremamente opostos. Seus relacionamentos podem ser intensos, porém são instáveis. Ocorrem acessos de violência, e a falta de controle dos impulsos pode ser marcante. ü Transtorno de personalidade histriônica: manifesta-se no uso da sedução, na busca de atenção excessiva, na expressão das emoc ̧o ̃es de modo exagerado e inadequado. Procura satisfac ̧a ̃o imediata, tem acessos de raiva e sente-se desconfortável quando não é o centro das atenções. Os relacionamentos interpessoais não são gratificantes, apesar de serem intensos. É comum a presença de transtornos de ansiedade, depressão e conduta suicida, habitualmente sem risco de vida, ale ́m de alcoolismo e abuso de outras substâncias psicoativas. PSICOPATOLOGIAS • Transtornos de personalidade: ü Transtorno de personalidade antissocial: também de- nominado psicopatia, sociopatia, transtorno de caráter. Os psicopatas, que são os indivíduos acometidos dessa espéciede transtorno, manifestam crueldade fortuita. Apresentam um padrão de comportamento invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros. A reduzida tolerância à frustração, nesses indivíduos, conduz à violência fácil e gratuita. Não aprende com a punição. PSICOPATIAS PSICOPATIAS A psicopatia pode ser dividida por grau de severidade em: leve, moderado e severo. Nem todos os psicopatas apresentam as mesmas características. Para a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, a psicopatia NÃO É uma enfermidade mental, porque o psicopata não sofre de alucinações e delírios, não apresenta manifestações neuróticas nem desorientações quanto ao tempo, ao lugar e às pessoas e não tem intenso sofrimento mental, como ansiedade, depressão ou pânico. Ø A compreensão dos mecanismos biológicos e psicológicos e sua expressão no comportamento se configuram na atualidade de notável importância para se fundamentar a real interface do direito com a psicologia. Conhecer as patologias mais significativas para o direito facilita o entendimento da condição humana e de suas manifestações. Ø O detalhamento do funcionamento psíquico, bem como de suas alterações (a psicopatologia), constitui-se de ferramenta ímpar, que permite responder as questões relativas à capacidade civil ou de responsabilidade penal, respostas estas fundamentadas por evidências clínico-científicas e sempre ético-humanitárias. ØA classificação é úti l e necessária para que padrões de comportamento sejam identificados. Contudo, deve-se evitar a estigmatização do indivíduo, garantindo sua plena subjetividade, que consiste em uma visão integradora do indivíduo. Em resumo... Ø https://www.hipercultura.com/como-funciona-a-mente-dos- psicopatas-e-como-identificar/ Ø https://www.bbc.com/portuguese/geral-42001512 Øhttps://www.youtube.com/watch?v=GoPBn4-e5D0 Filmes com os Psicopatas Mais Famosos da Vida Real: § Ted Bundy- A irresistível face do mal; § A menina que matou os pais/ O menino que matou meus pais; § Série Netflix: Mindhunter QUER APROFUNDAR MAIS SOBRE ESSE TEMA? https://www.hipercultura.com/como-funciona-a-mente-dos-psicopatas-e-como-identificar/ https://www.bbc.com/portuguese/geral-42001512 https://www.youtube.com/watch?v=GoPBn4-e5D0 Próximas etapas Data Tema Grupo 10/06 Atribuições dos psicólogos nas varas de Família: separação conjugal, guarda de filhos, visitação 17/05 Ps ico log ia e Infânc ia e juventude: Estatuto da Criança e do Adolescente ( E C A ) ; D e l i n q u ê n c i a : m e d i d a s socioeducativas. 24/05 Adoção 31/05 Al ienação parenta l e mediação de conflitos 07/06 A violência e a criminalidade do ponto de vista da ciência psicológica e jurídica e, o sistema penitenciário. 14/06 Escuta especializada e Depoimento especial
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