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Caderno de Processos Psicológicos Básicos

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(
Processos Psicológicos Básicos
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Sumário
Unidade I
Introdução	04
Capítulo 1 - Bases teóricas e empíricas	05
Capítulo 2 - As implicações dos órgãos dos sentidos	00
Capítulo 3 - Sensopercepção: bases anatômicas, funcionais e biopsicossociais	00
Capítulo 4 - Consciência e suas bases anatômicas e funcionais	00
Capítulo 5 - Drogas e Consciência	00
Unidade II
Capítulo 6 - Memória	00
Capítulo 7 - Pensamento	00
Capítulo 7 - Linguagem	00
Capítulo 7 - Emoções	00
Capítulo 7 - Motivação	00
Capítulo 7 - Sonhos e Sono	00
04/05
Introdução
A Psicologia envolve o estudo da atividade mental e do comportamento.
Psicólogo: o termo é usado de forma ampla para descrever alguém cuja carreira profissional envolve compreensão da vida mental ou previsão de comportamento.
A Ciência Psicológica é o estudo, por meio da pesquisa científica, da mente, do cérebro e do comportamento.
Mente: se refere à atividade mental. 
São exemplos de mente em ação as experiências perceptivas (visões, odores, sabores, sons e toques) que temos ao interagir com o mundo.
A mente também é responsável por memórias, pensamentos e sentimentos.
A atividade mental resulta de processos biológicos que ocorrem junto ao cérebro.
Comportamento: descreve a totalidade das ações humanas (ou animais) observáveis. Essas ações variam de sutis a complexas. Algumas são observadas exclusivamente em seres humanos, como discutir filosofia ou realizar cirurgias. Outras são vistas em todos os animais, como comer, beber e acasalar. 
A tecnologia para observação da atividade do cérebro em ação permitiu que os psicólogos estudassem os estados mentais, levando assim a um conhecimento mais amplo do comportamento humano.
· A ciência psicológica ensina o pensamento crítico.
· O bom cientista é cético = ponderar em que acreditar.
· O Pensamento crítico = questionar e avaliar a informação com base em evidência bem-sustentada.
Estudo científico x Senso comum (tendenciosidades).
Raciocínio Psicológico: uso de evidências (pesquisas psicológicas) para tirar conclusões.
Ex.: Consumir açúcar demais faz as crianças se tornarem hiperativas? “Açúcar + criança = hiperatividade falso”. O cérebro humano é altamente eficiente em encontrar padrões e fazer conexões entre as coisas (Estabelecer relações). 
A ciência psicológica estabeleceu os erros típicos que as pessoas cometem ao raciocinar sobre o mundo que as cerca.
· Ignorar evidências que não sustentam as crenças de alguém (viés de confirmação),
· Falhar em julgar corretamente a credibilidade da fonte, interpretar as estatísticas de forma errada ou não usá-las.
· Enxergar relações inexistentes.
· Fazer comparações relativas.
· Aceitar explicações pós-fato.
· Pegar atalhos mentais e falhar em ver as próprias inadequações (viés de auto-serviço).
Exemplos de relações, padrões equivocados: olhar nuvens e enxergar palhaços, personagens; Tocar música ao contrário e ouvir música satânica; Enxergamos o que queremos ver; Não enxergamos os fatos que não se encaixam às nossas expectativas; Valorizamos fatos que correspondem a nossas crenças (Terapias suplementares para proporcionar aquilo que acreditam ser um tratamento médico ou psicológico real, cirurgias espirituais).
1. Ignorando a evidência (viés de confirmação) - “Não acredite em tudo que você pensa”.
· Quando o estudo é consistente com suas crenças há maior credibilidade.
· Quando o estudo contraria tais crenças, há defeitos ou outros problemas.
· Tendência a procurar informações que confirmem a crença = atenção seletiva (Web sites, Política, Sonhar e acontecer).
2. Falhando em julgar corretamente a credibilidade da fonte - “Em quem acreditar?”
Examinar as fontes, Procurar evidências, Evitar acreditar nas aparências. 
3. Interpretando equivocadamente ou ignorando a estatística - “Seguindo o que você sente”.
A estatística ajuda os cientistas, a saber, a probabilidade de os eventos acontecerem simplesmente devido ao acaso. Ignorá-la significa ignorar as probabilidades de um comportamento ocorrer (Ex. tabagismo causa câncer).
4. Enxergando relações que inexistem - “Criando algo do nada”.
Superstições: estabelecer relação entre dois eventos que ocorrem ao mesmo tempo.
Ex: camisa de time, Ritual antes de corrida, Pisar na risca, Coincidência. 
5. Aceitando explicações pós-fato - “Eu posso explicar!”.
Facilidade em explicar por que as coisas aconteceram, dificuldade em prever eventos (viés de retrospectiva).
Exemplo: atentados, eleições.
Os disparos de Sandy Hook. Em retrospectiva, houve sinais de alerta de que o atirador de Newtown, Adam Lanza, era problemático. Mas é muito difícil prever o comportamento violento. Explicações pós-fatos tendem a distorcer as evidencias.
6. Pegando atalhos mentais - “Mantendo as coisas simples”.
Regras simples (heurísticas): “atalhos” mentais valiosos porque produzem decisões sem esforços (Informação como guia do pensamento).
Ex: falar sobre um sequestro de criança promove comportamento excessivo de cuidado dos pais. Andar de carro e não de avião por medo do avião cair.
05/05
Capítulo 1 - Bases teóricas e empíricas.
Quais são as bases científicas da psicologia?
A psicologia teve origem na filosofia, na busca pela natureza humana.
Confúcio, filósofo chinês, interessou pelo desenvolvimento humano, a educação e as relações interpessoais, os quais continuam sendo tópicos contemporâneos em psicologia no mundo inteiro.
Na Europa do século XIX, a psicologia se desenvolveu como uma disciplina. A disseminação dessa disciplina pelo mundo levou a diferentes modos de pensar sobre o conteúdo da psicologia. 
Esses modos de pensar são chamados escolas de pensamento. 
A discussão natureza/criação tem uma longa história - “Por que os seres humano pensam e agem de certas formas?”
Aristóteles e Platão: a psicologia de um indivíduo é atribuível mais à natureza ou à criação? As características psicológicas são biologicamente inatas? Ou são aprendidas? Ou são adquiridas por meio da educação, experiência e cultura (crenças, valores, regras, normas e costumes existentes dentro de um grupo de pessoas que compartilham uma linguagem e ambiente comuns)?
Atualmente: tanto a natureza como a criação interagem de forma dinâmica no desenvolvimento psicológico humano. Psicólogos estudam os modos pelos quais a natureza e a criação influenciam uma à outra no modelamento da mente, do cérebro e do comportamento (São inseparáveis).
O problema mente/corpo
“Mente e corpo estão separados e são distintos, ou a mente é apenas a experiência subjetiva da atividade cerebral em curso?”
· Egípcios: a mente era residente em muitos órgãos. Embalsamavam o coração para pesá-lo no pós-vida e determinar seu destino, já o cérebro era jogado fora.
· Gregos e Romanos: o cérebro essencial ao funcionamento mental normal.
Mente separada do corpo é divina. Na religião a alma separa o homem do animal. Influencia religiosa a mente racional era divina e à parte do corpo.
· Leonardo da Vinci: percebe em 1500 que todas as mensagens sensoriais (visão, toque, cheiro, etc.) chegavam a um único local no cérebro, “sensus communis”. O centro do pensamento e do julgamento.
O trabalho de Da Vinci, foi o primeiro a estabelecer a relação entre a anatomia cerebral e as funções psicológicas.
· René Descartes promoveu a teoria influente do dualismo. Esse termo se refere à ideia de que mente e corpo estão separados, apesar de interconectados. As funções mentais eram o domínio soberano da mente, à parte das funções corporais.
· Descartes: o corpo nada mais era do que uma máquina orgânica governada pelo “reflexo”. Muitas funções mentais – como a memória e a imaginação resultavam das funções corporais.
Hoje, os psicólogos rejeitam o dualismo. A mente surge a partir da atividade cerebral e não existe em separado.
A psicologia experimental começou com a introspecção. Século XIX, a psicologia surgiu como uma área de estudo construída sobre o método experimental. 
Em “A System of” (1843), o filósofo John Stuart Mill: a psicologia deveria sair da filosofia e da introspecção e se tornar umaciência de observação e experimentação.
Em 1879, Wilhelm Wundt estabeleceu o primeiro laboratório e instituto de psicologia e formou oficialmente psicólogos, na Alemanha (Isolar Variáveis).
Wundt: percebeu que processos psicológicos, produtos das ações psicológicas no cérebro, demoravam a acontecer.
Método do tempo de reação: avaliar a velocidade com que as pessoas conseguiam responder aos eventos.
Apresentou a cada participante da pesquisa uma tarefa psicológica simples e outra relacionada, porém mais complexa. Cronometrou cada tarefa e realizou uma operação matemática (subtraiu o tempo gasto pelo participante para completar a tarefa simples do tempo gasto para completar a tarefa mais complexa). Esse método permitiu a Wundt inferir quanto tempo um evento mental em particular demorava a acontecer. 
Os pesquisadores ainda usam amplamente o tempo de reação para estudar processos psicológicos, só que os tipos de equipamento são claramente mais sofisticados do que aqueles usados por Wundt.
Wundt: Medir as experiências conscientes.
Método da Introspecção: exame sistemático das experiências mentais subjetivas que requer que as pessoas inspecionem e relatem o conteúdo de seus pensamentos. Pediu às pessoas para usarem a introspecção ao comparar suas experiências subjetivas durante a contemplação de uma série de objetos (p. ex., relatando qual experiência foi a mais prazerosa).
· Treino de pessoas para perceber os estímulos (identificar os elementos mentais).
· Diminuir a subjetividade da percepção.
Introspecção e outros métodos levaram ao estruturalismo
Edward Titchener, aluno de Wundt, usou métodos como a introspecção para desbravar uma escola de pensamento que se tornou conhecida como estruturalismo.
A experiência consciente pode ser dividida em seus componentes subjacentes básicos, de forma bastante semelhante ao modo como a tabela periódica divide os elementos químicos.
Titchener acreditava que o conhecimento dos elementos básicos da experiência consciente forneceria a base científica para a compreensão da mente. 
Diante de um estímulo (p. ex., nota musical) e, por meio da introspecção, analisar sua “qualidade”, “intensidade”, “duração” e “clareza”. O problema com a introspecção: experiência subjetiva.
Cada indivíduo traz um sistema perceptivo exclusivo para a introspecção e o acesso a ele é limitado. Além disso, o relato da experiência modifica a experiência. 
Introspecção é abandonada por não ser considerada confiável para a compreensão dos processos psicológicos.
O Funcionalismo abordava o propósito do comportamento
William James critica o estruturalismo. Leciona em Havard. E acreditava que a mente consiste em uma série de pensamentos em mudança constante.
Fluxo de consciência não pode ser congelado no tempo, por isso, as técnicas do estruturalismo eram estéreis e artificiais. Estabelecimento de relações entre os eventos e não estruturas. 
Os estruturalistas estudavam os tijolos, individualmente, para entender a casa. Para James, os tijolos juntos formam a casa, e esta tem uma função em particular. Os elementos da mente importam menos do que a utilidade da mente para as pessoas.
Funcionalismo: a mente passou a existir no decorrer do curso da evolução humana e atua como atua porque é útil para a preservação da vida e transmissão dos genes às futuras gerações. Ajuda os seres humanos a se adaptarem às demandas ambientais.
Evolução, Adaptação e Comportamento.
Uma das principais influências sobre o funcionalismo foi o trabalho do naturalista Charles Darwin. Em 1859, Darwin publicou Sobre a origem das espécies, que introduziu ao mundo a teoria evolutiva.
Teoria da Evolução: características físicas, habilidades e capacidades – aumentam as chances dos indivíduos de sobreviver e reproduzir.
Charles Darwin
Sobreviver e reproduzir, por sua vez, garantem que as mudanças venham a ser transmitidas às gerações futuras. As alterações transmitidas desse modo são chamadas adaptações.
Charles Darwin: mecanismo da evolução = seleção natural: processo pelo qual as alterações adaptativas (i.e., que favoreciam a sobrevivência e a reprodução) eram transmitidas e aquelas não adaptativas (i.e., que impediam a sobrevida e a reprodução) não o eram.
As espécies mais bem-adaptadas aos seus ambientes irão sobreviver e reproduzir-se, sobrevivência do mais adaptado. Nesse sentido, o termo mais adaptado tem a ver com sucesso reprodutivo e sobrevivência, e não meramente com força.
A Gestalt foi mais uma escola que se opôs ao estruturalismo.
Wolfgang Köhler difundiu as ideias da Gestalt. Teoria da Gestalt: o todo da experiência pessoal não é apenas a soma de seus elementos constituintes.
O movimento da Gestalt refletiu sobre uma ideia importante que estava no cerne das críticas ao estruturalismo – a saber, que a percepção dos objetos é subjetiva e dependente do contexto. Duas pessoas podem olhar um objeto e enxergar coisas distintas. 
A psicologia da Gestalt enfatizou os padrões e o contexto da aprendizagem.
Freud e os conflitos inconscientes
Freud: parte do comportamento humano é determinada pelos processos mentais que operam abaixo do nível da consciência. Esse nível subconsciente é chamado inconsciente (Francis Galton propôs a ideia antes).
Freud acreditava que forças mentais inconscientes, muitas vezes sexuais e conflituosas, produzem desconforto psicológico e, em alguns casos, chegam a causar transtornos mentais.
De acordo com o pensamento freudiano, muitos desses conflitos inconscientes surgem de experiências vivenciadas na infância e que a pessoa está bloqueando na memória. 
Fundador da Psicanálise: terapeuta e paciente trabalham juntos para trazer os conteúdos do inconsciente do paciente para sua percepção consciente.
Quando revelados os conflitos inconscientes do indivíduo, o terapeuta o ajuda a lidar com eles de maneira construtiva.
· Associação livre: o paciente fala sobre qualquer coisa que quiser e pelo tempo que desejar. 
· A associação livre: revelava os conflitos inconscientes que causaram os problemas psicológicos (Constructo teórico, sem comprovação cientifica). 
O Behaviorismo estudou as forças ambientais.
Em 1913, o psicólogo John B. Watson desafiou o foco da psicologia sobre os processos mentais conscientes e inconscientes como sendo inerentemente não científico. 
Watson: para ser uma ciência, a psicologia tinha que parar de tentar estudar os eventos mentais que não podiam ser observados diretamente.
Behaviorismo: enfatiza o papel do ambiente na determinação do comportamento.
Influenciado por Pavlov.
Watson: animais e os seres humanos – adquirem ou aprendem todos os comportamentos por meio da experiência ambiental.
Estímulos (ou deflagradores) ambientais em situações particulares. Conhecendo o estímulo, podemos prever as respostas comportamentais dos animais nessas situações.
Teoria do estímulo e resposta
Skinner (1970) sentimento, pensamento e comportamento estão sujeitos as mesmas leis.
Teoria: estímulo, resposta e consequência. Aceita a existência de fenômenos não observáveis (deferente de Watson). A pesquisa em psicologia cresce muito com o behaviorismo. 
Abordagens cognitivas enfatizaram a atividade mental.
A psicologia cognitiva está preocupada com as funções mentais, como inteligência, pensamento, linguagem, memória e tomada de decisão. 
A pesquisa cognitiva demonstrou que o modo de pensar das pessoas sobre as coisas influencia seus comportamentos.
O advento dos computadores e da inteligência artificial influenciou muitos psicólogos cognitivos que enfocaram exclusivamente o “software” e ignoraram o “hardware”.
A psicologia social estuda o modo como as situações moldam o comportamento.
Século XX: como os comportamentos das pessoas são afetados pela presença dos outros? 
As atrocidades antes e durante a II Grande Guerra, levam a questionar Por que alemães, poloneses e austríacos participaram voluntariamente do assassinato de inocentes – homens, mulheres e crianças? O mal era parte integral da natureza humana? Se era, por que algumas pessoas que viviam nesses países resistirame arriscaram a própria vida para salvar a de outros? 
Tópicos de interesse: Autoridade, obediência e comportamento grupal.
 Seriam crianças educadas por pais rígidos e opressores?
 Sofreriam influencia das situações sociais? (rejeitam Freud)
Pesquisadores pioneiros como Floyd Allport, Solomon Asch e Kurt Lewin, enfatizaram uma abordagem experimental científica para entender o modo como as pessoas são influenciadas por outras. 
Psicologia social, enfoca o poder da situação e o modo como os indivíduos são moldados ao longo de suas interações com os demais.
 As pessoas diferem em quanto são influenciadas pelas situações sociais. 
A psicologia da personalidade estuda os pensamentos, as emoções e os comportamentos característicos das pessoas e a maneira como diferem nas situações sociais, por exemplo, o porquê de algumas pessoas serem tímidas e outras expansivas
A ciência informa os tratamentos psicológicos
Abordagem Humanística: Carls Rogers e Abraham Maslow.
Enfatizou o modo como as pessoas podem vir a conhecer e aceitar a si mesmas para alcançar seus potenciais pessoais únicos. 
Algumas das técnicas desenvolvidas por Rogers, como meios específicos de questionamento e escuta durante a terapia, são os elementos principais do tratamento moderno. 
Foi somente nas últimas quatro décadas que emergiu uma abordagem científica para o estudo dos transtornos psicológicos.
Métodos desenvolvidos para tratar transtornos psicológicos espelharam os avanços ocorridos na ciência psicológica.
 O behaviorismo levou a um grupo de tratamentos projetados para a modificação do comportamento, em vez da abordagem de conflitos mentais hipotéticos. 
Os métodos de modificação comportamental são muito efetivos em uma variedade de situações, desde o treinamento de pessoas com comprometimentos intelectuais até o tratamento de pacientes especialmente ansiosos.
A revolução cognitiva no pensamento crítico levou os terapeutas a reconhecer o papel importante dos processos de pensamento nos transtornos psicológicos.
 Pioneiros como Albert Ellis e Aaron T. Beck desenvolveram tratamentos para correção decognições falhas (crenças equivocadas sobre o mundo).
Psicólogos atuais acreditam que muitos transtornos resultam tanto das “conexões” cerebrais (natureza) como do modo como as pessoas são criadas e tratadas (criação). 
Alguns transtornos psicológicos são mais propensos a ocorrer em certos ambientes, afetados pelo contexto.
As experiências das pessoas mudam suas estruturas cerebrais, que, por sua vez, influenciam suas experiências junto aos seus ambientes.
Pesquisas recentes indicam predisposições genéticas ao desenvolvimento de certos transtornos psicológicos em determinadas situações; os ambientes (criação) delas ativam seus genes (natureza).Predisposição.
O ambiente social é importante para o sucesso ou insucesso do tratamento desses e de outros transtornos. 
Exemplificando, os comentários negativos de familiares tendem a diminuir a efetividade de um tratamento.
Quais são as bases científicas da psicologia? RESUMO
 Embora as pessoas tenham ponderado as questões psicológicas durante milhares de anos, a disciplina formal de psicologia teve início no laboratório de Wilhelm Wundt, na Alemanha,em 1879.
 Wundt acreditava na necessidade de reduzir os processos mentais a suas partes “estruturais” constituintes. Essa abordagem ficou conhecida como estruturalismo. Edward Titchener foi outro estruturalista famoso.
 Os funcionalistas, como William James, argumentavam que é mais importante conhecer as funções adaptativas da mente do que identificar seus elementos constituintes.
 As pesquisas iniciais em psicologia foram em grande parte destinadas a compreender a mente subjetiva. O movimento Gestalt, por exemplo, enfocou as percepções das pessoas, enquanto Freud enfatizou a mente inconsciente.
O behaviorismo foi desenvolvido por John Watson e B. F. Skinner. O surgimento do behaviorismo deveu-se ao fato de o estudo da mente ser subjetivo demais e, portanto, não científico. Essa perspectiva resultou na ênfase ao estudo do comportamento observável.
 A revolução cognitiva ocorrida nos anos 1960, liderada pelos psicólogos George Miller e Ulric Neisser, fez a mente voltar ao palco central. Houve o florescimento da pesquisa sobre processos mentais, como memória, linguagem e tomada de decisão.
 A segunda metade do século XX também foi marcada por um interesse aumentado pela influência dos contextos sociais sobre o comportamento e a atividade mental. Essa abordagem foi impulsionada por psicólogos como Solomon Asch e Kurt Lewin.
Os avanços ocorridos na ciência psicológica ao longo do último século informaram o tratamento dos transtornos psicológicos.
Quais foram os últimos avanços ocorridos na psicologia?
Desde o surgimento do Behaviorismo a pesquisa em psicologia vem evoluindo e influenciando práticas.
A biologia está cada vez mais concentrada em explicar os fenômenos psicológicos e, com isso, podemos destacar 3 avanços científicos sobre os fenômenos psicológicos: 
o progresso do conhecimento sobre a bioquímica cerebral,
 os avanços da neurociência e 
os avanços na decodificação do genoma humano. 
BIOQUÍMICA CEREBRAL. 
Descoberta de que muitos compostos químicos estão envolvidos na função cerebral, e exercem papéis decisivos na atividade mental e no comportamento.
Por que, por exemplo, temos memórias mais precisas dos eventos que aconteceram quando estávamos alertas do que dos eventos ocorridos quando estávamos calmos? 
Bioquímica cerebral difere quando estamos em estado de alerta e quando estamos calmos, sendo que os mesmos compostos químicos influenciam os mecanismos neurais envolvidos na memória.
O GENOMA HUMANO. 
código genético básico, ou blueprint, do corpo humano. 
Quanto os fenômenos psicológicos, como a sensibilidade à dor, são influenciados ou até determinados pela nossa biologia?
Ciência psicológica representa um conhecimento fundamental ao estudo do modo como genes específicos – as unidades básicas da transmissão da herança – afetam pensamentos, ações, sentimentos e distúrbios.
 A identificação dos genes envolvidos na memória, permitirá desenvolver tratamentos, com base na manipulação genética, que auxiliem pessoas com problemas de memória.
Daqui a algumas décadas, pelo menos alguns defeitos genéticos possivelmente sejam corrigidos.
Enquanto isso, o estudo científico das influências genéticas esclareceu que pouquíssimos genes individuais determinam comportamentos específicos. 
Quase toda a atividade biológica e psicológica é afetada pelas ações de múltiplos genes. 
Muitas características físicas e mentais são herdadas. Em adição, os cientistas estão começando a compreender a relação existente entre situações, genes e comportamentos. 
Exemplificando, a presença ou ausência de fatores ambientais específicos pode influenciar o modo como os genes são expressos.
 A expressão genética, por sua vez, afeta o comportamento.
O pensamento evolucionista é cada vez mais influente
As alterações evolutivas cerebrais ocorreram em resposta aos problemas que nossos ancestrais tinham em relação à sobrevivência e à reprodução. 
Comportamentos estão fundamentados nos comportamentos dos nossos primeiros ancestrais, talvez voltando ao ancestral que compartilhamos com primatas não humanos. (sistema de luta e fuga)
 Outros comportamentos humanos são exclusivos de nossa espécie. (falta do dente do sizo) 
Muitos comportamentos humanos são universais, significando que são compartilhados ao longo das culturas (D. E. Brown, 1991) Emoções : alegria, medo, tristeza, raiva
A ciência psicológica hoje perpassa diferentes níveis de análise
Quatro níveis amplamente definidos de análise refletem os métodos de pesquisa mais comuns para estudo da mente e do comportamento.
O nível biológico de análise : influencia de processos bioquímicos e genéticos que acontecem no corpo, no comportamento.
O nível individual de análise : as diferenças individuais de personalidade e nos processos mentais que afetam o modo como as pessoaspercebem e conhecem o mundo. 
O nível social e cultural de análise envolve o modo como os contextos grupais afetam as formas de as pessoas interagirem e influenciarem umas às outras. 
O nível cultural de análise explora de que forma o modo de pensar, os sentimentos e as ações das pessoas se assemelham ou diferem ao longo das culturas.
As diferenças interculturais destacam o papel que as experiências culturais exercem no modelamento dos processos psicológicos, enquanto as similaridades interculturais evidenciam os fenômenos universais emergentes relacionados com as experiências culturais. 
os psicólogos investigam o modo como as preferências musicais variam entre os indivíduos e ao longo das culturas, como a música afeta os estados emocionais e os processos de pensamento e até como o cérebro percebe o som como música e não como barulho.
Nível Biológico: efeito do treino musical
Alterações do funcionamento cerebral e das estruturas cerebrais associadas à aprendizagem e á memória
Nível individual de análise: estuda os efeitos da música sobre o humor, a memória, a tomada de decisão e vários outros estados e processos mentais (Levitin, 2006). 
música ouvida na infância evocou memórias específicas daquele período (Janata, 2009; FIG. 1.27).
Ainda, a música afeta as emoções e pensamentos ex: Músicas tristes, evocam crianças a interpretarem uma história de forma negativa,
ouvir um fundo musical alegre as leva a interpretar a narrativa de maneira muito mais positiva (Ziv & Goshen, 2006). 
As nossas expectativas cognitivas também moldam o modo como vivenciamos a música 
Nível social de análise: preferência musical podem diferir quando pessoas estão em grupos versus quando estão sozinhas. 
Estilos musicais podem promoverem ou não comportamentos negativos entre os ouvintes. 	Exemplificando, pesquisadores de Quebec (Canadá) constataram que certos tipos de música rap, e não hip-hop, estavam associados a comportamentos mais desviantes, como violência e uso de drogas (Miranda & Claes, 2004). 
Associações como essa não significam que ouvir música causa os comportamentos estudados, mas poderia dizer simplesmente que as pessoas praticam os comportamentos primeiro e então desenvolvem essas preferências musicais.
· AS SUBÁREAS DA PSICOLOGIA ENFOCAM NÍVEIS DIFERENTES DE ANÁLISE
· Os psicólogos de neurociência/biologia estão particularmente interessados em examinar como os sistemas biológicos dão origem à atividade mental e ao comportamento.
· Ex: psicólogos podem estudar como certos compostos químicos presentes no cérebro controlam o comportamento sexual, como o dano a certas regiões cerebrais perturba a alimentação, ou como diferentes ambientes levam à expressão de genes distintos.
· Os psicólogos cognitivos estudam a cognição, a percepção e a ação. Eles investigam processos como pensamento, percepção, resolução de problemas, tomada de decisão, uso de linguagem e aprendizagem. 
· Os psicólogos do desenvolvimento: como as pessoas mudam no decorrer da expectativa de vida, desde a infância até a idade avançada. 
· Ex: como as crianças aprendem a falar, como elas se tornam seres morais, como os adolescentes formam suas identidades e como os adultos mais maduros podem manter suas habilidades mentais diante do declínio dessas faculdades associado à idade.
· Os psicólogos da personalidade: entender as características duradouras exibidas ao longo do tempo e das circunstâncias, como aquilo que faz algumas serem tímidas e outras expansivas. 
· Investigam como genes, circunstâncias e contexto cultural moldam a personalidade.
· Os psicólogos sociais : como as pessoas são afetadas pela presença de outros e como formam as impressões que têm dos outros.
· Ex: as crenças das pessoas relacionadas aos membros de outros grupos, quando elas são influenciadas por outros a acreditar de determinada maneira, ou como formam ou terminam relacionamentos íntimos.
· Os psicólogos culturais: como as pessoas são influenciadas pelas regras sociais que determinam o comportamento nas culturas em que elas são criadas. Ex: como as regras sociais moldam a autopercepção, como influenciam o comportamento interpessoal e se produzem diferenças de percepção e, ainda, de cognição.
· Os psicólogos clínicos: fatores que causam transtornos psicológicos e nos melhores métodos para tratá-los. 
· Ex: fatores que levam as pessoas a se sentirem deprimidas, os tipos de terapia mais efetivos para aliviar a depressão e os modos pelos quais o cérebro muda como resultado da terapia.
· Os psicólogos de aconselhamento: melhorar a vida diária das pessoas, mas trabalham mais com gente que enfrenta circunstâncias difíceis do que com portadores de transtornos mentais graves.
· EX: prestam aconselhamento matrimonial e familiar, fazem aconselhamento profissional e ajudam as pessoas a controlar o estresse.
· Os psicólogos escolares: trabalham em cenários educacionais.
· Ex: suporte a estudantes com problemas que interferem na aprendizagem, delineiam currículos adequados para a idade e conduzem avaliações e testes de desempenho.
· Os psicólogos organizacionais : comportamento e a produtividade na indústria e no ambiente de trabalho. Desenvolvem programas: Motivação; Satisfação, segurança, recrutamento e seleção.
· Os psicólogos esportivos : atletas na melhora do desempenho, talvez lhes ensinando a controlar os pensamentos em situações de pressão.
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Capítulo 2 - 
Sensação: recepção dos estímulos do meio pelos recpetores presentes em cada orgão do sentido.Percepção: interpretação do estimulo do meio capatado pelos receptores, que chegam ao cerebro. Ex: sensação= cheiro (estimulo quimico / percepção: interepretado do cheiro = bom, ruim, relacionado com alguma experiencia anterior.
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