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Sistema Cardiovascular - Fisiologia - Super Material - SanarFlix

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SUMÁRIO
1. Sistema cardiovascular ........................................... 3
2. Sistema vascular linfático .....................................35
Referências bibliográficas ........................................39
3SISTEMA CARDIOVASCULAR
1. SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
O sistema cardiovascular é um tanto 
quanto complexo, cabe dividi-lo em 
dois componentes para ter uma me-
lhor compreensão. O sistema cardio-
vascular é composto por dois circui-
tos, o primeiro é o circuito pulmonar, 
já o segundo é o circuito sistêmico. 
Figura 1. Imagem ilustrativa. Fonte: sanarflix.
O circuito pulmonar segue a sua 
própria lógica, sendo ela: o sangue 
é conduzido do coração até o pul-
mão e, logo após, volta ao coração. 
É pertinente ressaltar o caráter quí-
mico desse sangue nessa etapa da 
circulação, sendo caracterizado como 
venoso, ou seja, um sangue pobre 
em oxigênio. Essa circulação tem iní-
cio quando o sangue sai do ventrículo 
direito pela artéria pulmonar em dire-
ção aos pulmões. A artéria pulmonar 
ramifica-se e segue cada uma para 
um pulmão. Ao ocorrer essa ramifi-
cação, há uma diminuição no calibre 
dessas artérias, formando-se assim 
em artérias de pequeno calibre até os 
capilares que irão envolver os alvé-
olos pulmonares. Nos alvéolos, ocor-
re um fenômeno importante que irá 
manter o sangue em uma condição 
propicia para o bom funcionamento 
dos sistemas, assim ocorrerá trocas 
gasosas (hematose), que se carac-
terizam pela passagem do gás car-
bônico do sangue para o interior dos 
alvéolos e do oxigênio presente nos 
alvéolos para o interior do capilar. Ou-
tra informação de grande relevância 
para a compreensão desse circuito, 
é entender o local onde começa essa 
circulação. O tronco da artéria pul-
monar é a origem da pequena cir-
culação ou então chamada, circula-
ção pulmonar. Ela tem a sua origem 
no ventrículo direito do coração, de 
quem recebe o sangue venoso, pobre 
em oxigênio, que deve ser dirigido até 
os (pulmões), onde ocorrerá a oxige-
nação. A partir daí, se divide em dois 
ramos, a artéria pulmonar esquerda e 
a artéria pulmonar direita. Após o pro-
cesso de hematose, o sangue segue 
pelas vênulas e, posteriormente, para 
4SISTEMA CARDIOVASCULAR
as veias pulmonares. Essas veias tem 
grande relevância, pois elas levam o 
sangue novamente para o coração. O 
sangue irá chegar a esse órgão pelo 
átrio esquerdo.
Figura 2. Sistema circulatório. Fonte: sanarflix.
A circulação sistêmica ou grande 
circulação, é um processo em que o 
sangue é levado do coração até os te-
cidos e, após isso, é levado novamen-
te para o coração. Essa circulação tem 
início quando o sangue sai do ventrí-
culo esquerdo pela artéria aorta. Na 
grande circulação, o sangue do ven-
trículo esquerdo vai para todo o orga-
nismo, por intermédio da artéria aorta, 
e retorna até o átrio direito do coração, 
pelas veias cava. É uma circulação 
que se caracteriza pela seguinte dinâ-
mica: coração-tecido-coração, entre 
o ventrículo esquerdo e o átrio direito 
do coração. Da artéria aorta, partem 
ramos que irão irrigar o corpo inteiro. 
Nos capilares sanguíneos, irá ocorrer 
trocas gasosas com células do tecido, 
após isso, o sangue irá se tornar rico 
em gás carbônico. Após ocorrer essas 
trocas gasosas, o sangue é coletado 
pelas vênulas que levam o sangue 
até as veias cavas superior e inferior. 
5SISTEMA CARDIOVASCULAR
A partir daí, as veias cavas levam o 
sangue para o coração, desembocan-
do no átrio direito.
Estrutura geral dos vasos 
sanguíneos 
O sistema circulatório, propriamen-
te dito, é considerado o responsável 
por conduzir elementos essenciais 
para todos os tecidos do corpo, como 
por exemplo, oxigênio para as células, 
hormônios (que são liberados pelas 
glândulas endócrinas) para os teci-
dos, a condução de dióxido de carbo-
no para sua eliminação nos pulmões, 
coleta de excretas metabólicos e ce-
lulares, e, posteriormente, a entrega 
desses rejeitos nos órgãos excreto-
res, como por exemplo, os rins. Além 
do mais, apresenta um papel essen-
cial no sistema imunológico contra 
infecções e na termorregulação. 
ARTÉRIAS VEIAS
PAREDE ESPESSA PAREDE DELGADA
DIÂMETRO EXTERNO MENOR DIÂMETRO EXTERNO MAIOR
LUZ DO LÚMEN ESTREITA LUZ DO LÚMEN AMPLA
A TÚNICA MÉDIA É MAIS ESPESSA QUE A TÚNICA 
ADVENTÍCIA
A TÚNICA ADVENTÍCIA É MAIS ESPESSA QUE A 
TÚNICA MÉDIA
 PRESENÇA DE LÂMINA ELÁSTICA INTERNA AUSÊNCIA DE LÂMINA ELÁSTICA INTERNA
VASO VASORUM EM MENOR QUANTIDADE VASO VASORUM EM MAIOR QUANTIDADE
Tabela 1. Tabela comparativa artérias x veias. Fonte: GARTNER, Leslie P. Tratado de histologia. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2017.
SE LIGA! Entre os vasos sanguíneos 
existem algumas diferenças, funcionais, 
morfológicas e até mesmo estruturais 
que permite que possa haver a distin-
ção entre elas. Entre os vasos, artérias 
e veias essa regra não é uma exceção, 
nota-se algumas diferenças particula-
res das quais diferenciam as artérias 
das veias. Contudo, só consegue se ob-
servar ao microscópio em cortes trans-
versais de um par formado por artéria 
e veia, a partir daí torna fácil comparar 
seus calibres e as espessuras das pare-
des. As artérias possuem paredes mais 
espessas, esse aumento na espessura é 
uma aplicação fisiológica, haja vista que 
o coração lança o sangue a pressões 
elevadas por meio das artérias e ele é 
transportado até chegar ao nível de ca-
pilares, onde ocorrem as trocas de subs-
tâncias, enquanto as veias possuem pa-
redes mais delgadas. Além disso, a luz 
do lúmen é mais estreita, devido a es-
pessura de suas túnicas, outra diferença 
é a presença da lâmina elástica interna 
nas artérias, enquanto que as veias não 
a possui. Sua função é separá-la da tú-
nica média, sendo o componente mais 
externo da camada. Há outra diferença 
muito pertinente, que é a quantidade de 
vaso vasorum, muito maior nas veias, 
pois sua túnica adventícia é mais espes-
sa que na artéria e isso fisiologicamente 
dificultaria a nutrição. 
6SISTEMA CARDIOVASCULAR
Os vasos sanguíneos em conjunto 
dão origem a uma rede de tubos que 
irão realizar o transporte do sangue 
pelo corpo. Esses tubos possuem al-
gumas especificações que servem 
como fator diferencial, como por 
exemplo, eles têm diferentes diâme-
tros e fazem circular o sangue arte-
rial (oxigenado) e venoso (rico em gás 
carbônico), constituindo o sistema 
cardiovascular ou circulatório. Esses 
vasos possuem estruturas morfoló-
gicas que compõem a parede desses 
vasos, formada por três camadas ou 
comumente conhecida, como túni-
cas, são elas: a túnica íntima, a túnica 
média e a túnica adventícia que é a 
camada mais externa. 
Figura 3. Túnicas. Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
As túnicas dos vasos sanguíneos 
A túnica íntima, é a camada mais 
interna da parede de um vaso, apre-
senta uma camada de células endo-
teliais que está apoiada em outra ca-
mada de tecido conjuntivo frouxo, 
que preenche espaços não ocupados 
por outros tecidos, apoia e nutre cé-
lulas epiteliais, envolve nervos, mús-
culos e vasos sanguíneos linfáticos, 
localizado na túnica íntima, é ex-
tremamente vantajoso do ponto de 
7SISTEMA CARDIOVASCULAR
vista fisiológico para essa túnica. É 
pertinente ressaltar ainda que o te-
cido conjuntivo subendotelial só é 
facilmente observado em microsco-
pia de luz, nos vasos mais calibrosos 
e é composto por fibras colágenas e 
elásticas, sintetizadas por fibroblas-
tos. As fibras colágenas ou conjunti-
vas são constituídas por proteína co-
lágeno, o que acaba proporcionando 
força e resistência às trações e fle-
xibilidade aos tecidos. Formam-se 
feixes de fibras brancas, geralmente 
de contorno ondulado, que se cruzam 
e entrelaçam, podendo mesmo rami-
ficar-se. Além disso, a camada su-
bendotelial, que pode conter células 
musculares lisas, possui uma con-
tração involuntária e lenta, compos-
ta por células fusiformes mononu-
cleadas. Além disso, é constituída de 
uma únicacamada de células endo-
teliais, achatadas, pavimentosas, que 
formam um tubo que reveste o lúmen 
do vaso, e o tecido conjuntivo suben-
dotelial subjacente. Por fim, a lâmi-
na elástica interna da túnica íntima 
apresenta em sua constituição bási-
ca a elastina, que é considerada uma 
proteína cuja função é estrutural, 
formando fibras elásticas, presentes 
nas artérias elásticas. Possui também 
pequenas aberturas que viabilizam a 
difusão de substâncias para células 
mais profundas no vaso, possibilitan-
do a sua nutrição, o que se configura 
extremamente vantajoso do ponto de 
vista fisiológico. 
HORA DA REVISÃO!
Como já pontuado anteriormente, o en-
dotélio é um constituinte da túnica íntima 
e a sua presença confere algumas fun-
ções para essa camada. A sua compo-
sição histológica é um tecido epitelial do 
tipo simples pavimentoso, com células 
tão achatadas que só podem ser reco-
nhecidas por seus núcleos, que frequen-
temente fazem saliência para a luz do 
vaso. Uma das funções das células en-
doteliais é a de secreção de colágeno dos 
tipos III, IV e V, lamina, endotelina, óxido 
nítrico e o fator de von Willebrand. Pa-
ralelo a isso, sob condições patológicas, 
as células endoteliais fabricam fatores 
trombogênicos, incluindo o fator tecidu-
al, o fator de von Willebrand e o fator ati-
vador de plaquetas. Tal fato revela uma 
extrema importância clínica, pois o fator 
de Von Willebrand ajuda na mediação 
da adesão das plaquetas ao subendoté-
lio lesado: funciona como uma ponte en-
tre receptores da plaqueta (glicoproteína 
Ib e glicoproteína IIb/IIIa) e o subendo-
télio lesado. Além disso, a constituição 
histológica do endotélio proporciona a 
diminuição da fricção do fluxo sanguí-
neo, assim como algumas propriedades 
anticoagulantes e antitrombogênicas - 
secretando o fator ativador do plasmi-
nogênio, trombomodulina, glicosamino-
glicanos, prostaglandinas e óxido nítrico. 
Estes dois últimos induzem uma respos-
ta das células musculares lisa, causan-
do o seu relaxamento. Outra função de 
grande relevância para a clínica é que o 
endotélio forma uma espécie de barrei-
ra semi-impermeável que se interpõe ao 
plasma sanguíneo e o fluido intersticial. 
As células endoteliais contém algumas 
enzimas que são ligadas à membrana, 
tais como a enzima conversora da an-
giotensina (ECA), que funciona clivando 
a angiotensina I gerando a angiotensina 
II, assim como enzimas que inativam a 
bradicinina, serotonina, prostaglandinas, 
8SISTEMA CARDIOVASCULAR
trombina e noradrenalina; ademais, elas 
ligam-se à lipase lipoprotéica, enzima 
que degrada lipoproteínas.
A túnica média, como o próprio nome 
já revela, se encontra entre as demais 
túnicas. Possui constituição histoló-
gica camadas de músculo liso com 
orientação helicoidal, sendo uma 
musculatura lisa ela pode ser consi-
derada de contração involuntária e 
lenta. A camada média possui célu-
las concêntricas que formam a túnica 
média compreendendo principalmen-
te células musculares do tipo lisas, 
que estão dispostas helicoidalmente. 
Entremeadas com as camadas de 
músculo liso, são encontradas lâmi-
nas elásticas (nas artérias de grande 
calibre), algumas fibras elásticas (nas 
artérias e veias de médio e pequeno 
calibre), colágeno do tipo III e prote-
oglicanos. É importante salientar que 
as lâminas elásticas são constituídas 
por proteína elastina, miofibrilas e 
fibrilina que se caracterizam por se-
rem separadas umas das outras, não 
constituindo feixes, como é o caso 
das fibras colágenas. Além disso, 
estas fibras podem ser divididas em 
delgadas e longas, possuindo capa-
cidade de estiramento até uma vez 
e meia o seu comprimento total. Es-
tas fibras são encontradas em locais 
que requerem uma maior flexibilida-
de para realizar sua função, como por 
exemplo, a parede de vasos. É perti-
nente ressaltar, ainda, que os vasos 
capilares e vênulas pós-capilares não 
possuem uma túnica média, entran-
do outro tipo de camada que exercerá 
uma função semelhante. 
Figura 4. Túnicas. Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017
9SISTEMA CARDIOVASCULAR
A túnica adventícia, é a camada 
mais externa dos vasos sanguíneos, 
justamente por ser a mais externa, 
funde-se com o tecido conjuntivo 
circundante. A composição histo-
lógica dessa camada é formada por 
fibroblastos, fibras de colágeno do 
tipo I e fibras elásticas orientadas 
longitudinalmente. É a mais comum; 
aparece no tecido conjuntivo frouxo 
comum, no tecido conjuntivo denso 
(onde é predominante sobre os outros 
tipos), sempre formando fibras e fei-
xes. A túnica adventícia é composta 
por um tecido conjuntivo denso não 
modelado cujas fibras são organiza-
das sem orientação definida. O tecido 
é classificado como conjuntivo den-
so não modelado, no qual as fibras 
formam uma trama que lhes confere 
certa resistência a trações exercidas 
em qualquer direção. Além disso, ele 
possui outro tipo de tecido, o tecido 
conjuntivo frouxo, que preenche es-
paços não ocupados por outros te-
cidos. Tem a função de apoiar e nu-
trir células epiteliais, envolve nervos, 
músculos e vasos sanguíneos linfá-
ticos, faz parte da estrutura de mui-
tos órgãos e desempenha importante 
papel em processos de cicatrização. 
Ainda é pertinente ressaltar a impor-
tância de outro componente dessa 
túnica, o vaso vasorum que fornece 
sangue para as paredes musculares 
dos vasos sangüíneos.
SE LIGA! Os vasos vasorum são peque-
nos vasos sanguíneos encontrados ao 
redor das paredes de grandes vasos na 
camada adventícia, servindo para sua 
nutrição.
A inervação dos vasos sanguíneos
É comum os vasos sanguíneos que 
contêm músculo liso em suas paredes 
serem providas por uma rede profusa 
de fibras não mielínicas da inervação 
simpática (nervos vasomotores), cujo 
neurotransmissor é a norepinefrina, 
responsável pelo controle da respira-
ção e da regeneração do tecido epi-
telial e nervoso, e atua promovendo 
a vasodilatação do vaso sanguíneo. 
Geralmente as terminações nervosas 
eferentes não penetram a túnica mé-
dia das artérias, e os neurotransmis-
sores precisam difundir-se por uma 
distância para poderem atingir as cé-
lulas musculares lisas da túnica mé-
dia. Esses neurotransmissores agem 
abrindo espaços entre as junções 
intercelulares das células muscula-
res lisas e, desse modo, a resposta 
ao neurotransmissor irá se propagar 
para as células musculares das ca-
madas mais internas dessa túnica. 
Há um conjunto de nervos vaso-
motores do componente simpático 
do sistema nervoso autônomo que 
inerva as células musculares lisas 
dos vasos sanguíneos. Estes nervos 
10SISTEMA CARDIOVASCULAR
simpáticos pós-ganglionares amie-
línicos são o motivo da vasoconstri-
ção das paredes dos vasos. Como foi 
pontuado anteriormente, muito raro 
os nervos penetram a túnica média 
dos vasos, eles não realizam sinapse 
diretamente com as células muscula-
res lisas. Em vez disso, eles liberam 
o neurotransmissor noradrenalina, 
que se difunde para a túnica média e 
age sobre as células musculares lisas 
próximas. Para que esses impulsos 
sejam propagados, é imprescindível 
a ação das junções comunicantes, 
células do tipo gap, que coordenam 
contrações de todas as camadas de 
células musculares lisas e reduzem, 
assim, o diâmetro do lúmen vascular.
SE LIGA! As artérias possuem um maior 
número de nervos vasomotores do que 
as veias, mas as veias também rece-
bem terminações vasomotoras na tú-
nica adventícia, além de contarem com 
um sistema mais efetivo de nutrição, o 
vaso vasorum. As artérias que irrigam 
os músculos esqueléticos também rece-
bem nervos colinérgicos (parassimpáti-
cos) para que ocorra a vasodilatação.
Classificação das artérias
As artérias são responsáveis por car-
rear o sangue a partir do coração, 
elas podem ser classificadas em 3 ti-
pos, artérias elásticas, que são con-
sideradas condutoras, artérias mus-
culares, que são classificadas como 
distribuidoras, e as arteríolas.
Grandesartérias elásticas
Figura 5. Grandes artérias elásticas. Fonte: BREIJE, T. C.; SORENSON, R. L. Histology guide: virtual histology labora-
tory. 2020. Disponível em: http://www.histologyguide.com/. Acesso em 04/05/2020.
11SISTEMA CARDIOVASCULAR
Estes vasos possuem uma coloração 
amarelada, devido a com composição 
ser praticamente toda de elastina, 
lembrando que a elastina tem função 
estrutural que forma fibras elásti-
cas. As artérias elásticas possuem 
todas as túnicas com algumas carac-
terísticas particulares, tome-se como 
exemplo, a túnica íntima que é cons-
tituída por um endotélio sustentado 
por uma estreita camada subjacente 
de tecido conjuntivo frouxo contendo 
poucos fibroblastos, células muscu-
lares lisas e fibras colágenas. A lâ-
mina elástica interna não costuma 
ser nítida na túnica íntima das arté-
rias elásticas, pois há muitas outras 
lâminas elásticas presentes na túnica 
média. Há também células endote-
liais nessa camada, unidas por jun-
ções de oclusão, compostas de duas 
proteínas, claudina e ocludina entre 
as camadas mais externas de células 
adjacentes, que servem de barreira à 
entrada de macromoléculas (lipídios, 
proteínas) nas células. Ainda nas cé-
lulas endoteliais, há corpúsculos de 
Weibel-Palade, grânulos revestidos 
por membrana, que possuem uma 
matriz densa com elementos tubu-
lares contendo alguns elementos, 
como por exemplo, a glicoproteína 
fator de von Willebrand. Este fator, 
que facilita a agregação e a adesão 
mútua das plaquetas durante a for-
mação do coágulo, é produzido pela 
maioria das células endoteliais, mas é 
armazenado somente nas artérias. 
A próxima camada é a túnica mé-
dia das artérias elásticas, composta 
por muitas lâminas fenestradas de 
elastina, conhecidas como membra-
nas fenestradas, que varia com ca-
madas circulares de células muscula-
res lisas. A matriz extracelular, que é 
secretada pelas células musculares 
lisas, é composta principalmente por 
condroitino-sulfato colágeno do 
tipo III (fibras reticulares) e elastina. A 
lâmina limitante elástica externa tam-
bém está presente na túnica média e 
ela marca a mudança da túnica media 
para a túnica adventícia. A túnica ad-
ventícia das artérias elásticas é fina 
e é constituída por tecido conjunti-
vo frouxo fibroelástico contendo al-
guns fibroblastos. Os vasa vasorum 
são abundantes na adventícia, pois 
permitem a nutrição do tecido con-
juntivo e das células musculares lisas 
com nutrientes e oxigênio. Leitos ca-
pilares se originam dos vasa vasorum 
e se estendem para os tecidos da tú-
nica. Um exemplo de artéria elástica 
é a aorta e os ramos que se origi-
nam do arco da aorta (a artéria caró-
tida comum e a artéria subclávia), as 
artérias ilíacas comuns e o tronco 
pulmonar. 
NA PRÁTICA! Indivíduos com a pato-
logia de von Willebrand, um distúrbio 
hereditário que leva a um defeito nas 
plaquetas, possuem um tempo de coa-
gulação prolongado e excesso de san-
gramento no local de uma lesão.
12SISTEMA CARDIOVASCULAR
Artérias musculares médias
Células 
musculares 
lisas
Vasa 
vasorum
Figura 6. Artérias musculares médias. Fonte: sanarflix
Tal como as artérias grandes elásti-
cas, as artérias musculares médias 
possuem todas as camadas com al-
gumas particularidades. A caracte-
rística mais marcante de uma artéria 
muscular média é a espessa túnica 
média constituída principalmente por 
células musculares lisas. Um dos 
exemplos das artérias musculares 
são a maioria dos vasos originários 
da aorta, exceto os grandes troncos 
que se originam do arco da aorta e da 
bifurcação terminal da aorta abdomi-
nal, pois, como visto anteriormente, 
essas são identificadas como artérias 
elásticas. A túnica íntima das arté-
rias musculares é mais fina do que a 
das artérias elásticas, contudo, a ca-
mada subendotelial contém poucas 
células musculares lisas, a lâmina li-
mitante elástica interna das artérias 
musculares é notória e apresenta 
uma superfície ondulada ao qual o 
endotélio se molda. Uma curiosida-
de pertinente nesse tipo de artéria é 
que a lâmina elástica interna é du-
pla, denominado lâmina limitante 
elástica interna bífida. As células 
endoteliais dessa camada possuem 
comunicação com as células muscu-
lares lisas da túnica média situadas 
próximo à túnica íntima, por meio das 
junções comunicantes do tipo gap. 
Já a túnica média das artérias muscu-
lares é composta principalmente por 
células musculares lisas. A maioria 
das células musculares lisas da tú-
nica média tem orientação circular; 
entretanto, no local onde a túnica 
média faz interface com as túnicas 
íntima e adventícia, alguns feixes de 
fibras musculares lisas podem estar 
dispostos de modo longitudinal. As 
artérias musculares de pequeno cali-
bre possuem três a quatro camadas 
de células musculares lisas, enquan-
to as artérias musculares de maior 
calibre possuem até 40 camadas de 
células musculares lisas dispostas 
circularmente. O número de cama-
das celulares diminui à medida que 
o diâmetro da artéria diminui. Além 
disso, é pertinente ressaltar que as 
túnicas musculares contam com vá-
rias fibras musculares que estão dis-
postas de forma concêntrica. Quando 
estas fibras estão relaxadas, as arté-
rias dilatam-se e, quando se contra-
em, o diâmetro arterial diminui. Este 
13SISTEMA CARDIOVASCULAR
mecanismo possibilita o controle, pelo 
sistema nervoso autónomo, do fluxo 
de sanguíneo que pode distribuir-se 
de diversos modos às diversas regi-
ões anatômicas, segundo as neces-
sidades de cada momento. A túnica 
adventícia das artérias musculares 
é composta por fibras elásticas, fi-
bras colágenas e substância fun-
damental constituída principalmente 
por dermatan-sulfato e heparan-
-sulfato. As fibras colágenas e elás-
ticas têm uma orientação longitudinal 
e fundem-se com o tecido conjuntivo 
circundante. Os vasa vasorum e as 
terminações nervosas amielínicas 
estão localizados nas regiões mais 
externas da adventícia.
NA PRÁTICA! O aneurisma é uma 
espécie de dilatação em formato de 
saco na parede de uma artéria, comu-
mente relacionado à idade. Possui al-
guns vasos que são mais suscetíveis 
à ocorrência do aneurisma, como por 
exemplo, a aorta abdominal. Quando 
descoberta, a área dilatada pode ser 
reparada, mas se não for descoberta 
e se romper, ocorre uma rápida perda 
de sangue, podendo resultar em morte 
do indivíduo. 
Arteríolas
As arteríolas são classificadas de 
acordo com o diâmetro, artérias com 
diâmetro menor que 0,1 mm são con-
sideradas arteríolas. Os vasos em foco 
são os vasos terminais que regu-
lam o fluxo sanguíneo para os leitos 
capilares. A camada subendotelial é 
muito fina, diferente das artérias de 
grande calibre. Nas arteríolas muito 
pequenas, a lâmina elástica inter-
na está ausente e a camada média 
geralmente é formada por uma ou 
duas camadas de células muscula-
res lisas circularmente organizadas; 
não apresentam nenhuma lâmina 
elástica externa. O endotélio da tú-
nica íntima é apoiado por uma fina 
camada de tecido conjuntivo su-
bendotelial, composta por colágeno 
do tipo III e poucas fibras elásticas 
imersas na substância fundamental. 
Nas arteríolas de pequeno calibre, a 
túnica média é formada somente 
por uma camada de células muscu-
lares lisas, que engloba totalmente 
as células endoteliais. Nas arteríolas 
maiores, a túnica média possui duas 
a três camadas de células musculares 
lisas. Com uma túnica média muito 
mais desenvolvida, composta de inú-
meras fibras musculares, é possível 
contrair ou relaxar, de modo a re-
duzir ou dilatar, respectivamente, a 
entrada, podendo fluir uma maior ou 
menor quantidade de sangue. Este 
mecanismo, igualmente controlado 
pelo sistema nervoso autônomo, é 
essencial na modulação da pressão 
arterial e na regulação da quantida-
de de sangue que passa para os ca-
pilares. A túnica adventícia das arte-
ríolas é escassa e é representada por 
tecido conjuntivo fibroelástico com 
poucos fibroblastos.
14SISTEMA CARDIOVASCULAR
SE LIGA! As arteríolas terminais que 
suprem de sangueos leitos capilares 
são denominadas metarteríolas. Estru-
turalmente, elas diferem das arteríolas 
por sua camada de músculo liso não ser 
contínua. 
Figura 7. Túnicas arteríolas. Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; 
CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: 
texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2017.
NA PRÁTICA! Quando há algum pro-
blema embrionário durante o processo 
de desenvolvimento, esse erro pode, de 
algum modo, enfraquecer as paredes 
dos vasos sanguíneos. Além disso, es-
sas paredes podem ser lesadas por al-
guma outra patologia, como por exem-
plo, aterosclerose, sífilis ou distúrbios do 
tecido conjuntivo, por exemplo, a síndro-
me de Marfan e a síndrome de Ehlers-
-Danlos. O local afetado pode dilatar-se, 
formando um aneurisma. Um enfraque-
cimento posterior pode causar a rotura 
do aneurisma, uma condição grave que 
pode levar à morte.
15SISTEMA CARDIOVASCULAR
Estruturas sensoriais 
especializadas das artérias
As estruturas sensoriais especiali-
zadas das artérias possuem funções 
essenciais para o bom funcionamen-
to do circuito sanguíneo, sendo con-
sideradas especializações que mo-
nitoram a pressão e a composição 
sanguíneas. As estruturas que serão 
abordas nesse tópico são: os seios 
carotídeos, os corpos carotídeos e os 
corpos aórticos.
O seio carotídeo é um barorrecep-
tor que pode ser encontrado na re-
gião da artéria carótida interna dis-
tal à bifurcação da artéria carótida 
comum. Antes de mais nada, é es-
sencial compreender a função dos 
barorreceptores para compreender o 
papel que o seio carotídeo desempe-
nha. O barorreceptor consegue notar 
mudanças na pressão do fluxo san-
guíneo e transmite esta informação 
ao sistema nervoso central. O seio 
carotídeo está presente na parede da 
artéria carótida interna e, neste local, 
a túnica adventícia deste vaso é mais 
espessa e muito rica em termina-
ções nervosas sensoriais originadas 
do nervo glossofaríngeo (nervo cra-
niano IX). Ao receber os impulsos dos 
nervos aferentes, o Sistema Nervo-
so Central processa a informação no 
cérebro com a função de controlar a 
vasoconstrição e manter a pressão 
sanguínea normal. 
O corpo carotídeo é outra especiali-
zação das artérias que funciona como 
um quimiorreceptor, que monitora 
ARTÉRIA TÚNICA ÍNTIMA TÚNICA MÉDIA TÚNICA ADVENTÍCIA
Artéria elástica 
(ex: Aorta)
Lâmina basal, camada subendo-
telial, lâmina limitante elástica 
interna incompleta pouco eviden-
te, endotélio com corpúsculos de 
weibel-palade
Células musculares lisas, 
lâmina elástica externa 
delgada e pouco evidente, 
vasa vasorum na metade 
externa
Delgada camada de tecido 
conjuntivo fibroelástico, 
vasa vasorum, vasos linfáti-
cos, fibras nervosas
Artéria muscular
(ex: Artéria 
femoral)
Endotélio com corpúsculos de 
weibel-palade, lâmina basal, 
camada subendotelial, lâmina 
limitante elástica interna espessa 
e bastante evidente
Células musculares lisas, 
lâmina elástica externa 
espessa e evidente
Delgada camada de tecido 
conjuntivo fibroelástico, 
vasa vasorum, vasos linfáti-
cos, fibras nervosas
Arteríola
Endotélio com corpúsculos de 
weibel-palade, lâmina basal, 
camada subendotelial não muito 
desenvolvida, lâmina limitante 
elástica interna bem definida em 
arteríolas maiores desaparecendo 
nas menores
Uma ou duas camadas de 
células musculares lisas
Tecido conjuntivo frouxo, 
fibras nervosas
Tabela 2. Artérias e suas túnicas
16SISTEMA CARDIOVASCULAR
as mudanças dos níveis de oxigênio 
e dióxido de carbono, assim como a 
concentração dos íons hidrogênio. 
A sua localização é extremamente 
positiva do ponto de vista fisiológico, 
pois são encontrados perto da bifur-
cação da artéria carótida comum. 
Essa especialização é irrigada por va-
sos capilares fenestrados que envol-
vem as células do tipo I e as do tipo II. 
As células do tipo I são denominadas 
de células glômicas que contêm vá-
rias vesículas que armazenam dopa-
mina, serotonina e epinefrina, essa 
última substância age diretamente 
sobre o sistema nervoso simpático. Já 
as células do tipo II, são conhecidas 
como células da bainha e são mais 
complexas, possuem longos prolon-
gamentos que englobam quase que 
por completo os prolongamentos das 
células glômicas. Ao adentrarem os 
grupos de células glômicas, as termi-
nações nervosas acabam perdendo 
suas células de Schwann e se tor-
nam cobertas pelas células da bai-
nha, de modo similar a células gliais, 
que formam bainhas em fibras no 
sistema nervoso central. O corpo 
carotídeo é inervado por dois nervos, 
o glossofaríngeo e o vago, com fi-
bras aferentes, que levam impulsos 
ao sistema nervoso central e promo-
vem as modulações necessárias para 
regular o pH. Em algumas sinapses, 
as células glômicas parecem funcio-
nar como corpos celulares de neurô-
nios pré-sinápticos, mas as relações 
específicas ainda são desconhecidas.
O corpo aórtico é também uma es-
pecialização das artérias e localiza-
-se no arco da aorta, entre a artéria 
subclávia direita e a artéria carótida 
comum direita, e entre a artéria ca-
rótida comum esquerda e a artéria 
subclávia esquerda. Sua estrutura e 
funções são similares às dos corpos 
carotídeos, ou seja, é composto por 
fibras aferentes que irão levar as 
alterações nos pH do sangue para 
o sistema nervoso central, e a partir 
dessa resposta é que irá ocorrer a re-
gulação, tendo em vista que o corpo 
aórtico é sensível à baixa tensão de 
oxigênio, à alta concentração de gás 
carbônico e ao baixo pH do sangue 
arterial. 
17SISTEMA CARDIOVASCULAR
SE LIGA! Fisiologicamente, a pressão 
arterial é regulada pelo centro vaso 
motor do encéfalo, por meio do refle-
xo barorreceptor. Ao ocorrer os circui-
tos sistêmicos e pulmonar do coração, 
o centro vasomotor do cérebro, como 
resposta ao monitoramento contínuo 
do coração, controla o tônus vasomotor 
ou estado de contração constante das 
paredes dos vasos, o qual é modulado 
através de vasoconstrição e de vasodi-
latação. Nesse sentido, com a ativação 
do sistema nervoso simpático, os nervos 
vasomotores promovem a vasocons-
trição; já a vasodilatação é uma função 
do sistema parassimpático, e ocorre da 
seguinte forma: a acetilcolina presente 
nas terminações nervosas da parede 
dos vasos promove a liberação de óxido 
nítrico (NO) localizado nas células endo-
teliais (que pode ser liberado também a 
partir da fricção que o sangue promove 
na parede do vaso), que processam a 
mensagem para as células musculares 
lisas. Essas ativam o sistema de mo-
nofosfato cíclico de guanosina (cGMP), 
resultando no relaxamento das células 
musculares, o que dilata, assim, o lúmen 
do vaso. Ademais, quando a pressão 
sanguínea está baixa, os rins secretam a 
enzima renina, que irá clivar o angioten-
sinogênio circulante no sangue, forman-
do, dessa forma, a angiotensina I que 
irá se converter em angiotensina II por 
meio de uma enzima angiotensina, ECA. 
A angiotensina II é um potente vaso-
constritor que irá iniciar a contração do 
músculo liso, reduzindo, desse modo, o 
diâmetro do lúmen vascular, o que resul-
tará no aumento da pressão sanguínea, 
pois haverá diminuição da área do vaso 
e, com isso, aumento da pressão. Em ca-
sos mais graves, onde ocorre uma perda 
muito significativa de sangue, irá ocorrer 
uma liberação na hipófise do hormônio 
antidiurético, ADH, ou a vasopressina, 
que irá promover uma vasoconstrição. 
Capilares
Os capilares são formados nas extre-
midades das arteríolas. São constituí-
dos de uma única camada de células 
endoteliais que se enrolam em forma 
de tubo. O diâmetro dos capilares va-
ria entre 7 a 9 mm e tem como exten-
são, no máximo, 50 mm. Esta camada 
dos capilares, geralmente é formada 
de 1 a 3 camadas de células. Essas 
células repousam sob uma lâmina 
basal cujos componentes molecu-
lares são produzidos pelas próprias 
células endoteliais. A forma que as 
células endoteliais se prendem uma a 
outra é denominada zônula de oclu-
são. Além disso, é lícito ressaltar a 
importância dos pericitos que estão 
localizadosao longo de toda a super-
fície externa da parede dos capilares 
e das pequenas vênulas, dentre as 
organelas que compõem os perici-
tos destacam-se: complexo de Golgi 
pouco desenvolvido, mitocôndrias, 
REG, microtúbulos e filamentos que 
se estendem para os prolongamen-
tos; além disso, essas células também 
possuem tropomiosina, isomiosina 
e proteína-quinase, todas tem rela-
ção com a contração que irá regular 
o fluxo de sangue através dos capila-
res. Os capilares ainda se subdividem 
em 4, são eles: contínuo , fenestrados, 
fenestrado e destituído de diafragma 
e sinusoides. 
18SISTEMA CARDIOVASCULAR
Figura 8. Capilar contínuo. Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e 
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Figura 9. Capilar fenestrado. Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e 
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
19SISTEMA CARDIOVASCULAR
Os capilares contínuos tem essa no-
menclatura, pois não têm fenestras, 
tão pouco furos em sua parede o que 
os diferenciam dos demais no aspecto 
visual. Os capilares contínuos podem 
ser localizados nos tecidos muscu-
lar, nervoso e conjuntivo; no tecido 
cerebral, eles são classificados como 
capilares contínuos modificados, ten-
do em vista que aquela região preci-
sa de diferenças morfológicas para 
suprir as necessidades fisiológicas 
daquele tecido. É pertinente ressaltar 
que as junções comunicantes que fi-
cam entre as suas células endoteliais 
são do tipo faixas de oclusão, esse 
tipo de junção comunicante é muito 
importante do ponto de vista fisiológi-
co, pois ela possui certa seletividade, 
impedindo a passagem de algumas 
moléculas, formando a barreira he-
matoencefálica. Substâncias como 
aminoácidos, glicose, nucleosídeos e 
purinas passam por essas junções, 
mas com o auxílio de carreadores. 
SE LIGA! As zônulas de oclusão têm um 
papel de extrema importância no que 
tange a fisiologia do sistema circulatório. 
Essas junções possuem permeabilidade 
variável a macromoléculas, consoante 
com o tipo de vaso sanguíneo, e desem-
penham um papel fisiológico significa-
tivo tanto em condições normais como 
patológicas.
Os capilares fenestrados, como o 
próprio nome revela, têm fenestras e 
podem ser classificados com ou sem 
Figura 10. Capilar sinusoide. Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e 
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
20SISTEMA CARDIOVASCULAR
diafragma. Este diafragma não tem 
a estrutura trilaminar típica de uma 
unidade de membrana. A lâmina ba-
sal dos vasos capilares fenestrados 
é contínua. Os capilares fenestrados 
podem ser localizados em tecidos 
nos quais ocorrem trocas rápidas 
de substâncias entre os tecidos e 
o sangue, como o rim, o intestino e 
as glândulas endócrinas. Estas trocas 
são possíveis justamente por conta 
das fenestras e da delgada cama-
da que compõe o diafragma. Uma 
exceção é o glomérulo renal, com-
posto por capilares fenestrados sem 
diafragma. Neste tipo de capilar, na 
altura das fenestras, o sangue só está 
separado dos tecidos por uma lâmina 
basal muito espessa e contínua, di-
ferentemente dos capilares fenestra-
dos com diafragma que contam com 
mais uma camada. 
NA PRÁTICA! O edema é caracterizado 
pelo aumento da quantidade de líquido 
intersticial em um tecido ou então no 
interior de uma cavidade. Esse líquido 
acumulado no edema é composto por 
uma solução aquosa de sais e proteínas 
do plasma sanguíneo. O edema pode ter 
várias causas, mas a que é pertinente 
á nossa discussão é o edema provoca-
do por alterações na parede de um ca-
pilar, tais como dano ao endotélio, em 
que pode haver passagem de água e 
íons para fora do vaso, ocasionando o 
acúmulo de líquido no interstício. Nor-
malmente ocorre em casos de alergias 
agudas.
Os capilares sinusoides têm células 
endoteliais e lâmina basal que são 
descontínuas e possuem muitas fe-
nestras grandes sem diafragma, au-
mentando as trocas entre o sangue e 
o tecido. A composição histológica é 
formada por células endoteliais que 
juntas formam uma camada descon-
tínua separadas por amplos espaços. 
Os sinusoides são revestidos por 
endotélio. Em alguns órgãos, o en-
dotélio é muito fino e contínuo, já em 
outros, ele pode ter áreas contínuas 
misturadas com áreas fenestradas, 
tome-se como exemplo, as glându-
las endócrinas. Além disso, consta-
ta-se que a lâmina basal tem uma 
descontinuidade durante o seu per-
curso. Há também a presença de ma-
crófagos entre as células endoteliais, 
mesmo as células endoteliais não 
possuindo vesículas pinocíticas. Os 
capilares sinusoides estão presen-
tes em alguns canais vasculares em 
certos órgãos do corpo, que incluem 
a medula óssea, o fígado, o baço, 
órgãos linfóides e algumas glându-
las endócrinas. A estrutura da pare-
de desses vasos possui uma grande 
vantagem fisiológica, haja vista que 
ela facilita o intercâmbio entre o san-
gue e os tecidos. 
21SISTEMA CARDIOVASCULAR
Classificação das veias
As veias são vasos que transportam 
o sangue de volta para o coração. 
O início desse circuito inicia-se no re-
torno venoso, em que há a condução 
do sangue dos órgãos e tecidos de 
volta para o coração, na extremidade 
distal dos capilares, onde se iniciam 
pequenas vênulas. A partir disso, as 
vênulas lançam seu conteúdo em 
veias que vão aumentando o seu 
calibre e se tornando cada vez maio-
res. Sob um panorama histológico, as 
veias seguem em paralelo às artérias; 
contudo, suas paredes em geral estão 
colabadas, pois são mais delgadas 
e menos elásticas do que a parede 
das artérias e o retorno venoso é um 
sistema de baixa pressão. As veias 
são classificadas em três grupos, com 
base em seu diâmetro e espessura 
de sua parede: de pequeno, médio e 
grande calibres.
Figura 11. Estrutura da veia. Fonte: https://mundoedu-
cacao.bol.uol.com.br/biologia/veias.htm.
As vênulas e veias de pequeno ca-
libre possuem esse nome, pois a 
classificação das veias é baseada no 
diâmetro do vaso. As vênulas pos-
suem paredes que se assemelham 
às dos capilares, com um fino endo-
télio revestido por fibras reticulares 
CAPILARES 
CONTÍNUOS
CAPILARES 
FENESTRADOS COM 
DIAFRAGMA
CAPILARES FE-
NESTRADOS SEM 
DIAFRAGMA
CAPILARES SINUSOIDES
Ausência de fenestras
Possui fenestras nas pare-
des endoteliais obstruídas 
por diafragma 
Possui fenestras, 
mas não apresentam 
diafragma; 
Contêm fenestras sem 
diafragma 
Encontrado em todos os 
tipos de tecido muscular, 
tecidos conjuntivos, glân-
dulas exócrinas e tecido 
nervoso 
Encontrados nos rins, 
intestinos e glândulas 
endócrinas 
Característico do glo-
mérulo renal 
Encontrados no fígado e 
órgãos hemocitopoéticos. 
Tabela 3. Tabela capilares
22SISTEMA CARDIOVASCULAR
e pericitos. Contudo, como diferença, 
os pericitos das vênulas pós capila-
res formam uma intrincada rede frou-
xa envolvendo o endotélio. À medida 
que o diâmetro da vênula aumen-
ta, as células musculares lisas dimi-
nuem o espaço entre elas e acabam 
por formar uma camada contínua nas 
vênulas musculares e nas veias de 
pequeno calibre. É válido lembrar que 
as vênulas pós-capilares possuem 
uma permeabilidade maior e, com 
isso, ocorre o intercâmbio de subs-
tâncias entre os espaços do tecido 
conjuntivo e o lúmen, não apenas nas 
vênulas pós-capilares que possuem 
uma maior permeabilidade, mas tam-
bém nos próprios capilares. Nesse 
local, ocorre a migração dos leucó-
citos da corrente sanguínea para os 
espaços teciduais. Estes vasos res-
pondem a agentes farmacológicos 
como a histamina e a serotonina. As 
células endoteliais das vênulas es-
tão localizadas nos órgãos linfoides 
em disposição cuboide e recebem o 
nome de vênulas de endotélio alto.
NA PRÁTICA! A histamina tem alguns 
efeitos, dentre eles está o efeito vasodi-
latador que predomina sobre os vasos 
sanguíneos finos, tendo como resposta 
o aumento da permeabilidade vascular, 
em rubor, queda da resistência periféricatotal e redução da pressão sanguínea. 
Figura 12. Vênula. Fonte: Sanarflix
As veias de médio calibre possuem 
menos de 1 cm de diâmetro e reali-
zam a drenagem na maior parte das 
regiões do corpo. Possuem uma tú-
nica íntima que inclui endotélio, lâ-
mina basal e fibras reticulares. Não 
há a formação de uma fibra elástica 
interna como em alguns tipos de ar-
térias, mas possuem uma rede elás-
tica que circunda o endotélio. Além 
disso, a túnica íntima possui tecido 
conjuntivo frouxo que tem função 
de preenchimento. Na túnica média, 
há a presença de células musculares 
lisas que se organizam em uma ca-
mada frouxa entremeada por fibras 
colágenas e elásticas. A túnica ad-
ventícia nesse tipo de veia costuma 
ser muito espessa e é composta por 
feixes de fibras colágenas e fibras 
elásticas dispostas longitudinalmen-
te, em conjunto com poucas células 
musculares lisas dispersas.
23SISTEMA CARDIOVASCULAR
Camada 
subendotelial
Túnica 
adventícia
Figura 13. Corte histológico veia. Fonte: Sanarflix
As veias de grande calibre realizam 
o retorno do sangue venoso vindo 
das extremidades, da cabeça, do fíga-
do, diretamente para o coração. São 
exemplos de veias de grande calibre: 
veias cavas, pulmonares, porta, re-
nal, jugular interna, ilíaca e ázigo. A 
túnica íntima das veias de grande ca-
libre tem algumas semelhanças com 
as veias de médio calibre, porém, as 
grandes veias têm uma espessa ca-
mada subendotelial de tecido con-
juntivo contendo fibroblastos e uma 
rede de fibras elásticas, diferente das 
veias médias, que são mais delgadas. 
As veias de grande calibre não pos-
suem túnica média, com exceção de 
algumas das veias principais, como 
por exemplo, as veias pulmonares. 
A túnica adventícia possui muitas fi-
bras elásticas, várias fibras colágenas 
e vasa vasorum, o que permite uma 
boa nutrição, enquanto que a veia 
cava inferior possui células muscula-
res lisas dispostas longitudinalmen-
te na sua túnica adventícia. É perti-
nente ressaltar, ainda, que as veias 
pulmonares e as veias cavas ao se 
aproximarem do coração, têm células 
musculares estriadas cardíacas na 
camada adventícia. 
Figura 14. Túnica das veias. Fonte: Sanarflix
SE LIGA! As valvas venosas são com-
postas por dois folhetos, cada um cons-
tituído por uma fina prega da túnica ínti-
ma, que sai da parede e se projeta para 
o lúmen. As valvas das veias são muito 
importantes, dentre elas, se destaca as 
valvas localizadas nas veias da perna, 
que atuam contra a força da gravidade.
24SISTEMA CARDIOVASCULAR
NA PRÁTICA! Podemos encontrar 
veias dilatadas e tortuosas, as denomi-
nadas veias varicosas, com formato al-
terado, acarretando em uma patologia 
muito conhecida pelos indivíduos, as 
famigeradas varizes, que surgem devido 
à insuficiência das válvulas, que desen-
cadeia refluxo e dilatação. Como resul-
tado disso, ocorre distensão contínua, as 
veias perdem sua elasticidade, e, devido 
à falta de elasticidade e ao mal funcio-
namento das válvulas, o sangue passa a 
ficar parado nelas, gerando mais dilata-
ção e mais refluxo. 
Figura 15. Comparação veia varicosa e veia 
normal. Fonte: https://www.msdmanuals.
com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%-
C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%-
C3%ADneos/dist%C3%BArbios-venosos/
veias-varicosas
VEIAS GRANDE CALIBRE MÉDIO CALIBRE PEQUENO CALIBRE
Túnica íntima
A camada subendotelial de 
tecido conjuntivo é relativa-
mente espessa 
Endotélio e fibras reticulares 
Endotélio delgado e 
com fibras reticulares e 
pericitos
Túnica média
Pouco desenvolvida; 
Possui células musculares, 
poucas fibras elásticas e 
reticulares. 
 Pouco desenvolvida ou pratica-
mente ausente 
Células musculares lisas entreme-
adas por fibras. 
Pouco desenvolvida
Túnica 
adventícia
Mais espessa que as 
anteriores 
 Bem desenvolvida 
Pode conter feixes de músculo liso 
Presença de agentes 
farmacológicos como a 
histamina e a serotonina
Tabela 4.
O tratamento das varizes varia de acor-
do com o paciente, sendo fundamental 
avaliar qual veia acometida. Dentre os 
tratamentos, destacam-se o cirúrgico e 
a escleroterapia (aplicação de medica-
mentos denominados esclerosantes).
Figura 16. Varizes em membros inferiores. 
Fonte: https://eigierdiagnosticos.com.br/blog/
doencas/como-acabar-com-varizes/
25SISTEMA CARDIOVASCULAR
XX
Classificação
VEIA
Grande calibre
Mais vasa vasorum
Leva o sangue de 
volta ao coração
Túnicas
Íntima
Média
Adventícia
Sangue venoso
Pouco O2
Muito CO2
Médio calibre
Pequeno calibre
Íntima
Média
Adventícia
Íntima
Média
Adventícia
Íntima
Média
Adventícia
Valvas
Menos desenvolvida
Mais espessa
Endotélio
Ausente
Vênulas
Classificação
ARTÉRIA
Grandes elásticasLeva o sangue do 
coração ao resto do corpo 
Pouco O2
Muito CO2
Túnicas
Íntima
Média
Adventícia
Sangue arterial 
e venoso
Musculares médias
Arteríolas
Íntima
Média
Adventicía
Íntima
Média
Íntima
Média
Adventícia
Sem lâmina 
elástica interna
Coloração Verhoeff
Vasa vasorum
Lâmina elástica 
interna
Vaso vasorum
Lâmina elástica 
interna
Sem lâmina elástica 
externa
Mal definida
26SISTEMA CARDIOVASCULAR
Coração
Figura 17. Imagem ilustrativa. Fonte: https://br.freepik.
com/fotos-premium/coracao-humano-3d_2953615.
htm
O coração é um órgão muscular que 
bombeia o sangue através dos vasos 
sanguíneos do sistema circulatório. 
O sangue que flui no sistema circu-
latório fornece ao corpo oxigênio e 
alguns nutrientes e ajuda a eliminar 
resíduos metabólicos. 
HORA DA REVISÃO!
O coração está localizado no mediasti-
no, cerca de dois terços de sua massa 
está à esquerda da linha mediana. Tem 
a forma de um cone deitado de lado. 
Seu ápice é a parte inferior pontiaguda; 
sua base é a ampla parte superior. Essa 
eficaz bomba fica recoberta por uma 
membrana, denominada pericárdio, que 
possui a função primordial de proteção 
contra choques mecânicos. Entre uma 
camada e outra do pericárdio encontra-
-se um líquido lubrificante, que reduz o 
atrito pericárdico entre as duas mem-
branas. Fisiologicamente e anatomica-
mente, o coração conta com 4 câmaras 
eficazes, duas delas são os ventrículos, 
o direito recebe sangue do átrio direito, 
já o ventrículo esquerdo bombeia o san-
gue oxigenado através da valva da aorta 
até a aorta. O coração conta ainda com 
mais duas câmaras, os átrios: o direito 
recebe sangue da veia cava superior, 
veia cava inferior e seio coronário por 
meio da atrioventricular direita. O átrio 
esquerdo recebe o sangue arterial (com 
O2) do pulmão conduzido pelas veias 
pulmonares.
Figura 18. Box anatomia. Fonte: https://www.
passeidireto.com/multiplo-login?returnUrl=%-
2Farquivo%2F69557375%2Fanatomia-cora-
cao
27SISTEMA CARDIOVASCULAR
Camadas da parede cardíaca
As camadas da parede cardíaca con-
tam com 3 tipos diferentes, endo-
cárdio, miocárdio e o epicárdio. 
A primeira camada, a mais interna, 
é o endocárdio, formado por um en-
dotélio do tipo epitélio simples pa-
vimentoso e pelo tecido conjuntivo 
subendotelial, que tem como função 
revestir o lúmen do coração. O en-
docárdio é contínuo com a túnica 
íntima dos vasos sanguíneos. Mais 
internamente, encontra-se uma ca-
mada de tecido conjuntivo denso, 
rico em fibras elásticas misturadas 
com algumas células musculares 
lisas. Abaixo do endocárdio, situa-se 
uma camada subendocárdica, cuja 
constituição histológica é compos-
ta de tecido conjuntivo frouxo, que 
contém pequenos vasos sanguíne-
os, nervos e fibras de Purkinje do 
sistema de condução do coração. 
A camada subendocárdica consti-
tui o limite do endocárdio, através do 
qual esta túnica se liga ao endomísio 
do músculo cardíaco. É lícito pontuar 
que o endomísio é uma camada de 
tecido conjuntivo que engloba uma 
fibra muscular e é composta, princi-
palmente, por fibras reticulares. Além 
disso, contém capilares, nervos e va-
sos linfáticos.
Figura 19. Corte histológico do coração. Fonte: BREIJE, T. C.; SORENSON, R. L. Histology guide: virtual histology 
laboratory. 2020. Disponível em: http://www.histologyguide.com/.Acesso em 04/05/2020.
28SISTEMA CARDIOVASCULAR
A camada intermediária é o miocár-
dio, muito importante do ponto de 
vista fisiológico no que concerne a 
transmissão do impulso nervoso. 
O miocárdio é a mais espessa das 
três camadas do coração, forma-
da por células musculares estria-
das cardíacas dispostas em espi-
rais complexas ao redor dos orifícios 
das câmaras. Tais células muscula-
res estriadas cardíacas são impor-
tantes no que concerne à fixação 
do miocárdio ao esqueleto fibroso 
do coração. Outras células possuem 
especializações para secreções en-
dócrinas, assim como para geração 
ou condução dos impulsos cardí-
acos. Essa camada ainda conta com 
um importante marcapasso natural, 
o nó sinoatrial. É pertinente ressal-
tar que o nodo sinoatrial é uma mas-
sa de células musculares cardíacas 
especializadas, formadas por células 
fusiformes, menores do que as célu-
las musculares do átrio e apresentam 
menor quantidade de miofibrilas. Al-
gumas células musculares do nodo 
atrioventricular sofrem modificações, 
e passam a ser reguladas por impul-
sos provenientes do feixe atrioven-
tricular (feixe de His). As fibras do 
feixe atrioventricular passam pelo 
septo interventricular conduzindo 
o impulso para o músculo cardía-
co, produzindo assim uma contra-
ção rítmica. Anatomicamente falan-
do, mais distalmente, essas células 
tornam-se maiores e adquirem uma 
forma característica. Elas são conheci-
das como células de Purkinje e pos-
suem um ou dois núcleos centrais e 
citoplasma rico em mitocôndrias e gli-
cogênio. Tais células transmitem os 
impulsos para as células muscula-
res estriadas cardíacas localizadas 
no ápice do coração. Células mus-
culares cardíacas especializadas, que 
se localizam primariamente na pare-
de atrial e no septo interventricular, 
produzem e secretam um conjunto de 
pequenos peptídeos. Tome-se como 
exemplo, a atriopeptina, polipeptí-
deo natriurético atrial, cardiodila-
tina e cardionatrina, que são libera-
dos nos capilares circundantes. Estes 
hormônios auxiliam na manutenção 
de fluidos e no balanço eletrolítico e 
diminuem a pressão sangüínea.
Figura 20. Corte histológico - disco intercalado. Fonte: 
BREIJE, T. C.; SORENSON, R. L. Histology guide: virtual 
histology laboratory. 2020. Disponível em: http://www.
histologyguide.com/. Acesso em 04/05/2020.
29SISTEMA CARDIOVASCULAR
Figura 21. Miocárdio. Fonte: BREIJE, T. C.; SOREN-
SON, R. L. Histology guide: virtual histology laboratory. 
2020. Disponível em: http://www.histologyguide.com/. 
Acesso em 04/05/2020.
SE LIGA! A camada intermediária, o 
miocárdio, possui algumas especializa-
ções, dentre elas está o nó sinoatrial, 
atrioventricular e feixe de His (fibras de 
purkinje). Nó ou nodo sinoatrial é um 
marcapasso fisiológico natural, localiza-
-se na junção da veia cava superior com 
o átrio direito. Estas células musculares 
cardíacas nodais especializadas tendem 
a se despolarizar espontaneamente 70 
vezes por minuto, gerando um impulso 
que se espalha pelas paredes da câma-
ra atrial, através de vias internodais até 
o nó ou nodo atrioventricular, localizado 
na parede septal, logo acima da valva 
tricúspide. Além disso, há o feixe de His, 
situado no interior do músculo cardíaco 
do septo interventricular. A composição 
histológica desse feixe é por cardiomió-
citos, ou seja, células musculares cardí-
acas especializadas, que não possuem 
a capacidade contrátil para se tornarem 
condutoras rápidas de impulsos ner-
vosos, facilitado por meio do fluxo iô-
nico, que passam através das junções 
comunicantes. 
Figura 22. Condução de impulsos anato-
mia. Fonte: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; 
ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e 
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2017.
O epicárdio é a camada mais exter-
na do coração, também é denomina-
do camada visceral do pericárdio, 
constituído por um epitélio simples 
pavimentoso, denominado meso-
télio. A camada subepicárdica é for-
mada por tecido conjuntivo frouxo 
que contém vasos coronários, nervos 
e gânglios. Além disso, essa é a re-
gião em que a gordura é armazenada 
na superfície do coração. Há também 
as raízes dos vasos que entram e 
saem do coração, onde há a forma-
ção do pericárdio, que é dividido 
em fibroso e seroso. O pericárdio é 
uma espécie de saco que recobre o 
coração, possuindo, como dito ante-
riormente, duas estruturas: a exter-
na que é fibrosa, e a interna, serosa. 
30SISTEMA CARDIOVASCULAR
A fibrosa recobre externamente os 
grandes vasos, e a interna possui 
uma constituição mais serosa, o pe-
ricárdio seroso, constituído por duas 
lâminas: a lâmina parietal e a lâmina 
visceral. A lâmina parietal é a mais 
externa e recobre a superfície interna 
do pericárdio fibroso e a lâmina visce-
ral, ou epicárdio, é a reflexão ao nível 
dos grandes vasos da lâmina parietal 
em direção ao coração. O pericárdio 
fibroso possui uma constituição his-
tológica composta por uma camada 
densa de faixas colágenas que se 
entrelaçam com o esqueleto de fibras 
elásticas. É importante assinalar ain-
da que o coração está preso no me-
diastino por ligamentos, como por 
exemplo a base do coração que está 
presa ao centro tendíneo do múscu-
lo diafragma, por meio do ligamento 
freno-pericárdio. 
Figura 23. Camadas do coração. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/416653403020778303.
Fonte: https://lacunoesc.wordpress.com/2015/07/25/anatomia-cardiaca-parte-1/
31SISTEMA CARDIOVASCULAR
NA PRÁTICA! Algumas patologias são decorrentes de alguns distúrbios no 
tecido cardíaco, dentre elas doença coronariana e pericardite. 
Figura 24. Doença coronarianA. Fonte: https://www.brasil247.com/geral/
doenca-coronariana-imagiologia-para-monitorar-as-arterias
A Cardiopatia Isquêmica é uma doença provocada pela obstrução nas arté-
rias coronárias, vasos que levam sangue para o coração, em decorrência do 
acúmulo de placas de colesterol que pode levar ao infarto do miocárdio ou até 
à insuficiência cardíaca. Os tratamentos incluem mudanças no estilo de vida, 
medicamentos, angioplastia e cirurgia
Figura 25. Pericardite. Fonte: https://cardiologiahmt.com.br/pericardite-idiopatica/
Já a pericardite é uma inflamação da membrana que recobre e protege o co-
ração, podendo ser classificada como aguda ou crônica. O sintoma mais co-
mum é dor aguda no peito com irradiação para o ombro esquerdo e pescoço. 
A pericardite geralmente tem início rápido, contudo não dura muito tempo. A 
maioria dos casos é leve e costuma melhorar por conta própria. O tratamento 
dos casos mais graves pode incluir medicamentos e, raramente, cirurgia.
32SISTEMA CARDIOVASCULAR
Esqueleto fibroso cardíaco
O esqueleto cardíaco, ou ânulo (anel) 
fibroso do coração, não é uma estru-
tura óssea como o esqueleto do corpo 
humano, mas um suporte estrutural 
fibroso para as câmaras do coração, 
o órgão principal do sistema cardio-
vascular. Sua constituição histológica 
é de tecido conjuntivo denso não 
modelado, incluindo três componen-
tes principais: anéis fibrosos, trígo-
no fibroso e o septo membraná-
ceo. Os anéis fibrosos localizam-se 
em torno da base da aorta, da artéria 
pulmonar e dos orifícios atrioventricu-
lares. O trígono fibroso é localizado 
na vizinhança da área da cúspide da 
valva aórtica. Já o septo membraná-
ceo forma a porção superior do sep-
to interventricular. De modo geral, o 
esqueleto cardíaco possui algumas 
funções, dentre elas a ancoragem 
das cúspides das valvas cardíacas, 
função muito importante, tendo em 
vista que de certo modo ela fixa as 
cúspides para que nenhum movi-
mento brusco a desloque. Além dis-
so, impede a distensão das valvas 
atrioventriculares e semilunares, 
haja vista que nas valvas atrioventri-
culares passam um grande fluxo de 
sangue, e o esqueleto fibroso impede 
que haja uma distensão excessiva. É 
importante pontuar ainda que possui 
duas funções extremamente impor-
tantes: serve como inserção dos fei-
xes do músculo cardíaco e promove 
o isolamento elétrico.
Válvulas cardíacas 
As válvulas cardíacassão estrutu-
ras fibrosas, posicionadas na entrada 
e saída dos ventrículos, cuja função é 
garantir que o sangue siga numa 
única direção, sempre dos átrios para 
os ventrículos, e destes para a aorta 
e artérias pulmonares. É importan-
te salientar que tanto as válvulas de 
entrada como as de saída, em condi-
ções normais, se fecham em perfeita 
sincronia a cada batimento cardíaco. 
Qualquer distúrbio em umas das vál-
vulas prejudica o bom funcionamento 
do sistema circulatório, podendo cau-
sar trombos, coagulação no interior 
do vaso sanguíneo, fruto da agrega-
ção plaquetária. Algumas válvulas se 
destacam, como a válvula tricúspide 
(VT), localizada entre o átrio e o ven-
trículo direito. Ela possui três folhetos 
que se fecham no início da contração 
ventricular, impedindo que o sangue 
retorne do ventrículo ao átrio direito. 
Os folhetos são sustentados em for-
ma de um guarda-chuva pelas cor-
doalhas tendinosas. Além disso, há a 
válvula pulmonar (VP), posicionada 
na saída do fluxo sanguíneo do ven-
trículo direito para o tronco da artéria 
pulmonar. Seus folhetos se fecham no 
final da contração ventricular, evitan-
do que o sangue que atingiu a artéria 
pulmonar retorne para o ventrículo di-
reito. O diâmetro dessa válvula é me-
nor do que a válvula tricúspide. A vál-
vula mitral (VM), situada entre o átrio 
e o ventrículo esquerdo, tem como 
33SISTEMA CARDIOVASCULAR
função evitar o refluxo de sangue do 
ventrículo para o átrio esquerdo. É im-
portante pontuar que a VM se fecha 
no início da contração ventricular.
APLICAÇÃO CLÍNICA: A febre reumá-
tica (FR), também chamada de reuma-
tismo infeccioso, é uma doença infla-
matória que se desenvolve após uma 
infecção anterior provocada pelo estrep-
tococo. Um dos sintomas da FR é a in-
flamação no músculo do coração (cardi-
te), além do sopro cardíaco, quando há 
comprometimento das válvulas do co-
ração. O tratamento é medicamentoso, 
que incluem: prescrição de antibióticos 
específicos, tendo em vista que o agente 
infeccioso é uma bactéria. Além da pres-
crição de medicamentos anti-inflamató-
rios e de medicamentos anticonvulsivos.
34SISTEMA CARDIOVASCULAR
Endocárdio
Camadas
Camadas
FUNÇÕES Exemplos
Válvulas cardíacas Esqueleto fibroso
Miocárdio
Pericárdio
Intermediária
Mais interna
Mais externa
Seroso
Fibroso
Lâmina visceral
Lâmina pariental
Impulsos nervosos
Nó sinoatrial 
Fibras de Purkinje 
Nó atrioventricular
Fluxo de sangue 
unidirecional
Válvula tricúspide
Válvula mitral
Válvula pulmonar
FUNÇÕES
Anéis fibrosos
Aorta
Trígono fibroso
Artéria pulmonar
Ancoragem
Impede a distensão
Isolante elétrico
Valva aórtica
Septo membranáceo
Septo interventricular
35SISTEMA CARDIOVASCULAR
2. SISTEMA VASCULAR 
LINFÁTICO
Além dos vasos sanguíneos, o corpo 
humano conta com um sistema de 
canais, cujas paredes são finas e re-
vestidas por endotélio que coleta o 
fluido dos espaços intersticiais e o 
retorna para o sangue. Este fluido é 
denominado linfa. Os vasos linfáti-
cos possuem uma estrutura similar à 
das veias, exceto por não apresenta-
rem uma separação clara entre as tú-
nicas (íntima, média, adventícia) e pe-
las paredes mais finas. A função do 
sistema linfático é realizar o retorno 
do sangue ao fluido dos espaços 
intersticiais. Ao entrar nos vasos ca-
pilares linfáticos, esse fluido contribui 
para a composição da parte líquida 
da linfa. Além disso, contribui ainda 
para a circulação de linfócitos e outros 
fatores imunológicos que penetram 
os vasos linfáticos quando eles atra-
vessam os órgãos linfoides.
SE LIGA! O sistema vascular linfático 
se caracteriza por ser um sistema aber-
to, em que não há bomba, diferenciado 
do sistema cardiovascular que tem o 
coração como uma bomba que realiza 
a circulação do sangue em um sistema 
fechado. 
Capilares linfáticos
Os capilares linfáticos possuem uma 
única camada de células endoteliais 
extremamente achatadas e uma lâ-
mina basal incompleta. É importante 
assinalar que eles se originam como 
vasos finos e sem aberturas termi-
nais. As células endoteliais ficam em 
uma conformação que se sobrepõem 
umas às outras em alguns locais, mas 
existem fendas intercelulares que 
facilitam o acesso ao lúmen do vaso. 
Além do mais, os capilares linfáticos 
se caracterizam por não apresenta-
rem fenestras e não estabelecerem 
junções de oclusão umas com as 
outras. Os feixes de filamentos de 
ancoragem linfáticos (5 a 10 nm de 
diâmetro) terminam na membrana 
plasmática luminal. Pesquisas ainda 
estão sendo feitas e acredita-se que 
estes filamentos possam desempe-
nhar um papel mantendo a patência 
do lúmen destes vasos delicados. 
Vasos linfáticos
Os vasos linfáticos de pequeno e 
médio calibres se caracterizam por 
possuírem valvas com espaçamento 
próximo. Os grandes vasos linfáti-
cos assemelham-se estruturalmen-
te às pequenas veias, exceto por 
seus lúmens serem maiores e suas 
paredes mais finas. Os grandes vasos 
linfáticos possuem uma fina camada 
de fibras elásticas e uma delgada 
camada de células musculares li-
sas. Esta camada de músculo liso é 
envolta por fibras elásticas e colá-
genas que se fundem com o tecido 
conjuntivo circundante, assemelhan-
do-se muito a uma túnica adventícia, 
contudo os estudiosos não entraram 
36SISTEMA CARDIOVASCULAR
em consenso sobre os capilares linfá-
ticos terem túnicas. Nas porções entre 
as válvulas, os vasos linfáticos apre-
sentam- se mais dilatados e exibem 
um aspecto nodular ou “em colar de 
contas’’. Os vasos linfáticos possuem 
válvulas em forma de bolso, como as 
das veias, e elas asseguram o flu-
xo da linfa numa só direção. Estão 
ausentes no sistema nervoso central 
(SNC), na medula óssea, nos múscu-
los esqueléticos (mas não no tecido 
conjuntivo que os reveste) e em es-
truturas avasculares.
SE LIGA! A anatomia dos vasos linfáti-
cos superficiais e profundos atravessam 
os linfonodos em seu trajeto no sentido 
proximal, tornando-se maiores à medida 
que se englobam com os vasos que dre-
nam em regiões adjacentes. Os grandes 
vasos linfáticos entram em grandes va-
sos coletores denominados troncos lin-
fáticos, que se unem para formar o ducto 
linfático direito ou ducto torácico.
CAPILARES 
LINFÁTICOS
Finas
VASOS 
LINFÁTICOS
Paredes
Características
Camadas Lâmina basal incompleta
Única camada 
endotelial
Alta permeabilidade
Não possuem 
fenestras
Não possuem 
junções de oclusão
Calibre
Valvas
Camada Fibras elásticas
Tecido conjuntivo
Fluxo unidirecional
Pequeno
Grande
Células 
musculares lisas
37SISTEMA CARDIOVASCULAR
Ductos linfáticos
Os ductos linfáticos são semelhan-
tes às grandes veias, com algumas 
diferenças, pois lançam seu conte-
údo nas grandes veias do pescoço. 
O ducto torácico e o ducto linfático 
direito, desembocam na junção das 
veias jugular interna esquerda com 
a veia subclávia esquerda na con-
fluência da veia subclávia direita 
e a veia jugular direita interna. Ao 
longo de seu trajeto, os vasos linfáti-
cos atravessam os linfonodos. O duc-
to linfático direito tem como função 
recolher a linfa do quadrante superior 
direito do corpo, já o ducto torácico 
recolhe a linfa do restante do corpo. 
Dentre todos os ductos o maior, o 
ducto torácico, tem sua origem no ab-
dome como a cisterna do quilo, e as-
cende através do tórax e do pescoço 
para desembocar na junção das veias 
jugular interna e subclávia esquerdas. 
A túnica íntima dos ductos linfáti-
cos tem sua constituição histológica 
formada por um endotélio e muitas 
camadas de fibras elásticas e colá-
genas. A túnica média possui uma 
camada condensada de fibras elás-
ticas que se assemelha a uma lâmina 
elástica interna, contudo não pode ser 
nomeada de lâmina elástica interna. 
Além disso, encontram-se presentes 
na túnica média camadas de múscu-
lo liso em disposições longitudinal e 
circular. A túnica adventícia contém 
células musculares lisas com orien-
tação longitudinal e fibras colágenas 
que se fundem com o tecido conjun-
tivo circundante. Ao penetrar nas pa-
redesdo ducto torácico, existem pe-
quenos vasos semelhantes aos vasa 
vasorum das artérias.
NA PRÁTICA! Células de tumores ma-
lignos, em especial os carcinomas, se 
confluem pelo corpo por meio dos va-
sos linfáticos. Quando as células ma-
lignas chegam até um linfonodo, elas 
ficam mais lentas e multiplicam-se, sur-
gindo, assim, a metástase, ou seja, um 
tumor em local secundário. Por isso, na 
remoção cirúrgica de um crescimento 
canceroso, o exame dos linfonodos e a 
extração tanto dos linfonodos aumenta-
dos como dos vasos linfáticos associa-
dos daquele trajeto são essenciais para 
a prevenção do crescimento secundário 
do tumor.
38SISTEMA CARDIOVASCULAR
Veia
SISTEMA
CIRCULATÓRIO
Coração
Válvulas
Camadas
Esqueleto fibroso
Febre reumática
Endocárdio
Anéis fibrosos
Miocárdio
Trígono fibroso
Pericárdio
Septo 
membranáceo
Artéria
Capilares
Sistema 
Cardiovascular
Capilares linfáticos
Ductos linfáticos
Vasos linfáticos
Sistema Vascular 
Linfático
Pequeno calibre 
e vênulas
Médio calibre
Grande calibre
Elástica
Musculares médias
Arteríolas
Contínuo
FenestradosCom diafragma
Sem diafragma
Sinusoide
Paredes finas
Camadas
Alta permeabilidade
1 camada endotelial
Ducto direito
Ducto torácico
Cisterna do quilo
Válvulas
Calibre Grande
Pequeno
39SISTEMA CARDIOVASCULAR
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
BREIJE, T. C.; SORENSON, R. L. Histology guide: virtual histology laboratory. 2020. Disponí-
vel em: http://www.histologyguide.com/. Acesso em 04/05/2020.
GARTNER, Leslie P. Tratado de histologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. 
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KOEPPEN, B.M.; STANTON, B.A. Berne & Levy: Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2009. 864 p
40SISTEMA CARDIOVASCULAR

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