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Resumo parte 3 - Prof Carlos

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INTRODUÇÃO
Esse artigo pretende oferecer um panorama do financiamento da educação no Brasil, com base nas análises documentais e bibliográficas, descrevem e analisam as receitas e despesas vinculasse à educação, o Fundef e o Fundeb, e todos os seus percalços, como equívocos da legislação, dados que inclusive são pouco confiáveis.
Neste resumo também pretende-se apresentar alguns desafios do financiamento da educação brasileira. Só que é necessário esclarecer o caráter do Estado e todas as suas políticas. A sociedade ela é desigual, domina as ações estatais como públicas, uma vez que elas não são elaboraras a partir da iniciativa da maioria da população e visam seus interesses. A privatização recente, por exemplo, foi financiado em grande parte pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e “Social” (BNDES). 
As ditas políticas “sociais” são manifestações do potencial público, que depende da correlação de forças das classes populares/exploradas e das classes dominantes.
BREVE HISTÓRICO DOS RECURSOS VINCULADOS À EDUCAÇÃO: RECEITAS E DESPESAS EM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO
Apresentaremos um breve histórico da vinculação desde a Constituição Federal (CF) até hoje. Ela foi a primeira a obrigar governos a aplicarem um percentual mínimo de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino: o percentual da União e dos Municípios, e o dos Estados (também o Distrito Federal).
A Emenda Constitucional restabelecesse a vinculação de 20% da receita tributária para o ensino primário, as demais esferas de governo deixaram de ser obrigadas a aplicar um percentual mínimo em educação. O restabelecimento da vinculação só foi acontecer em 1983 com a EC nº. 24, conhecida como Emenda Calmon, que fixou o percentual mínimo de 13%, no caso da União e 25% no caso dos Estados, DF e Municípios.
O FUNDEF E O FUNDEB
Em outras disposições, criaram respectivamente, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que são iniciativas do governo federal. A primeira delas obrigou Estados, DF e Municípios a aplicarem 15% dos impostos no EF por 10 anos (até 2006). Porém, foi diminuído para 9%.
 
Apesar dos discursos governamentais a favor da melhoria da qualidade do ensino, o Fundef pouco ou nada contribui neste sentido. Pois, trouxe poucos recursos novos para o sistema educacional como um todo, uma vez que pela lógica o governo estadual e as prefeituras de cada Estado contribuíram com 15% de alguns dos impostos e recebiam de acordo o nº de matrículas no ensino fundamental regular.
Além da fragilidade, o Fundef padecia de muitas outras. Uma é que a complementação foi muito inferior à devida legalmente. Outra foi a ignorar a educação infantil, o ensino médio e a educação de jovens e adultos. Uma outra debilidade foi que, embora se apresentasse como um fundo de valorização do magistério, só se propôs a destinar um percentual mínimo (60%) para a remuneração, a qual não resulta necessariamente em valorização, sobretudo em governos que perderam com o Fundef e/ou estão perdendo com o Fundeb.
Em outras palavras, a diferença entre a contribuição para o Fundeb e a receita com ele resulta em ganhos para uns governos e perdas para outros na mesma proporção, com isso torna-se um jogo de soma zero, o que não acontece apenas quando existe complementação, a qual, embora bem maior do que o Fundef, é insignificante em termos nacionais. Pois, o governo federal só se compromete a destinar 10% da receita do Fundeb de 2010 a 2020, embora arrecade mais de 60% da receita nacional. Sem falar que o número de escolas estaduais e municipais caiu de 2007 a 2017, porém o de privadas cresceu 12,6% com grandes variações entre regiões e Estados.

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