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TCC de Pedagogia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE 
ESCOLA DE HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ALISSYA Jeandra moraes de andrade
o impácto do corte de verbas públicas nas escolas municipais da cidade de manaus
 
Manaus - AM
2020
Alissya Jeandra MORaes de andrade
o impácto do corte de verbas públicas nas escolas municipais da cidade de manaus
Trabalho de Conclusão de Curso ou Monografia ou Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, apresentado a Coordenação do Curso de Licenciatura em pedagogia, da Universidade Uninorte Laurente. 
Orientador: Prof. Ana Claudia de Sá de Lima
Manaus - AM
2020
Dedico este trabalho aos meus amados pais Jefferson e Maria do Socorro. As minhas queridas irmãs Ana Jéssica, Ágimim Jasmim e Katiana, ao meu amado esposo Francisco ao meu querido filho Victor Miguel e a todos os educadores brasileiros que em cada Escola emancipam os seres humanos e transformam o mundo.
agradecimentos
A DEUS, que me deu força e coragem para vencer todos os obstáculos e dificuldades enfrentadas durante o curso, que me socorreu espiritualmente, dando-me serenidade e forças para continuar. 
 A minha professora e orientadora Ana Claudia de Sá Lima, por ter acreditado na possibilidade da realização deste trabalho, pelo seu incansável e permanente encorajamento, pela disponibilidade dispensada e sugestões que foram preciosas para a concretização desta monografia. 
A minha mãe, meu pai, meu filho, esposo e irmãs, com eles compartilho a realização deste trabalho que é um dos momentos mais importante da minha vida. A todos dessa instituição (Uninorte) que permitiram que eu chegasse onde estou. Agradeço especialmente aos professores, que me incentivaram a continuar lutando com garra e coragem e ao desempenho dos mesmos. 
Que todos os nossos esforços estejam sempre focados no desafio à impossibilidade. Todas as grandes conquistas humanas vieram daquilo que parecia impossível
 (Charles Chaplin).
RESUMO
ANDRADE, Alissya. O impacto dos cortes de verbas públicas nas escolas municipais da cidade de Manaus. Trabalho de conclusão de curso Licenciatura em Pedagogia - Universidade Uninorte Laurente. Manaus, 2020.
Elemento obrigatório, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo do estudo. O texto deverá conter no máximo 500 palavras e ser antecedido pela referência do estudo. Também, não deve conter citações. O resumo deve ser redigido em parágrafo único, espaçamento simples e seguido das palavras representativas do conteúdo do estudo, isto é, palavras-chave, em número de três a cinco, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. Usar o verbo na terceira pessoa do singular, com linguagem impessoal (pronome SE), bem como fazer uso, preferencialmente, da voz ativa.
Palavras-chave: Palavra 1. Palavra 2. Palavra 3. Palavra 4. Palavra 5. (separados entre si por ponto) 
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 
2 A ORIGEM DAS VERBAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO .................................
 3 FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL ............................ 
4 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS ........................................................
 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................
REFERêNCIAS ..................................................................................................
introdução
A educação é um direito social estabelecida pela Constituição Federal de 1988, independente de situação financeira, religião, credo, raça, cor, orientação sexual e sem distinguir qualquer trabalhador. Como saúde, moradia, alimentação e trabalho, a educação é dever do Estado, e cabe a ele proporcionar educação de qualidade a todas e a todos. Nesta qualidade de ensino e bem estar social devem estar incluídos cultura, lazer, tecnologia, pesquisa e inovação. Todos assegurados nos artigos da Constituição.
Para que se possa ter garantia de uma educação mínima de qualidade se faz necessário entender o papel dos governos em âmbito federal, estadual e municipal. Estes são responsáveis pela garantia dos investimentos em todas as áreas da educação, na melhoria em infraestrutura até a formação permanente dos docentes. Devem trabalhar conjuntamente em prol de um ensino digno a todos e a todas, desde o ensino básico até ao ensino superior.
Os financiamentos para educação se fazem necessários para que possamos usufruir de um ensino público de qualidade. Buscando na educação as ferramentas indispensáveis para construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Temos que ter a consciência que a base da educação, e quando falamos educação falamos do local e global, está no ensino básico, onde ocorre a verdadeira formação do aluno em ser cidadão e crítico. Atualmente, após a promulgação da Constituição de 88, a principal forma vinculante de financiamento público da educação são os fundos contábeis. Tendo como base a educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), implementado em 2007, apresenta-se como o atual instrumento de financiamento público da educação básica brasileira. O FUNDEB objetiva equalizar as condições de financiamento da educação entre os entes federativos, melhorar o nível educacional brasileiro e a valorizar a carreira dos professores.
Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo discutir o financiamento da Educação Básica, analisando seu desenvolvimento histórico da educação pública e os impactos da criação, implantação e vigência do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), como são aplicados essas verbas, políticas públicas adotadas e quais programas educacionais essas verbas abrangem.
Enfoca desde o modo como a educação estava inserida no sistema de tributação da Coroa até as determinações constantes nas diferentes Cartas Constitucionais promulgadas (ou decretadas) do decorrer dos últimos séculos. Como objetivos; específicos busca analisar as leis que definem os recursos públicos para custear as escolas públicas da cidade de Anori, identificar como são repassadas as verbas para as escolas de ensino fundamental da cidade de Manaus e identificar de que maneira as verbas públicas são utilizadas nas escolas municipais da cidade de Anori. Além desta introdução, o trabalho apresenta três capítulos e uma seção de considerações finais. 
No primeiro capítulo, foi feita uma revisão bibliográfica da origem das verbas públicas No capítulo seguinte, o tema principal foi o financiamento da educação básica no Brasil, para isso foram abordadas as formas de financiamento da educação, a trajetória do financiamento da educação nas Constituições Brasileiras e como está descrito o financiamento educacional na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). No terceiro capítulo, buscou-se compreender o funcionamento do FUNDEB, a partir da apresentação de seus mecanismos operacionais, objetivos e resultados obtidos com o emprego de seus recursos na educação básica brasileira. Finalmente, a última seção traz considerações finais sobre o tema discutido.
1 A ORIGEM DAS VERBAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
No Brasil, com base no trabalho de Pinto (200) a história do financiamento da educação é dividida em três fases: na primeira em 1549 a 1759 período em que os Jesuítas chegaram ao país o Estado delegou aos jesuítas a exclusividade do exercício do magistério público no país.
Na segunda os Jesuítas são expulsos da ordem religiosa, este momento é caracterizado pela busca de fontes autônomas de financiamento para a educação (como o subsídioliterário) ou se previam nas dotações orçamentárias os recursos para o ensino, na terceira, que se iniciou com a Constituição Federal (CF) de 1934 e perdura até hoje, define-se, como principal mecanismo, a vinculação de um percentual mínimo de recursos tributários para o financiamento da educação.
O período jesuítico durou quase dois séculos, as reformas pombalinas tiveram grande impacto nas colônias portuguesas, especialmente no Brasil, haja vista que, como elas, os jesuítas foram expulsos dos domínios portugueses. E a educação, antes administradas por esses missionários, passou a ser de responsabilidade do Estado Português. A expulsão da Ordem dos jesuítas ocorreu por intermédio do decreto de 3 de setembro de 1759, mas antes mesmo disso, Pombal havia elaborado um alvará no dia 28 de junho de 1759 para a criação das aulas régias, um sistema de ensino não-seriado, constituído de unidades isoladas, em que os professores eram nomeados diretamente pelo rei, em cargo vitalício (REZENDE PINTO, 2000). Este sistema de aulas, que perdurou até 1834, correspondia ao ensino primário e secundário, e tinha como características o caráter centralizador, a falta de autonomia pedagógica e o acesso à educação de uma parcela reduzida da população (FERREIRA, 2002, p.02). Dentre os motivos oficiais para a expulsão dos jesuítas, conforme consta no Alvará Régio de 1759, citado por Rezende Pinto (2000), alegam-se causas de natureza pedagógica, enfatizando que o ensino das “letras humanas”, base de todas as ciências, havia decaído no período em que fora confiado àqueles religiosos. E mais, afirmava que os alunos, após terem sido conduzidos por oito ou mais anos sob a responsabilidade daqueles religiosos, achavam-se: 
[...] tão ilaqueados nas miudezas da Gramática como destituídos das verdadeiras noções das línguas latina e grega para nelas falarem sem um tão extraordinário desperdício de tempo, com a mesma facilidade e pureza que se têm feito familiares a todas as outras nações da Europa que aboliram aquele pernicioso método [...] [Assim] Sou servido privar inteira e absolutamente os mesmos religiosos em todos os meus domínios, dos estudos que os tinha mandado suspender, para que do dia da publicação deste em diante se hajam, como efetivamente Lei, por extintas todas as classes e escolas, como se nunca houvessem existido em meus Reinos e domínios, onde têm causado tão enormes lesões e tão graves escândalos (p. 47). 
 As aulas régias tinham o nítido objetivo de preencher a lacuna deixada pelos jesuítas e secularizar o ensino. Com esse modelo de educação pombalino, deu-se ênfase aos estudos menores de aprendizagem, que se tornava mais rápida e eficaz.
No entanto, este novo modelo educacional carecia de funcionalidade, além de não contar com recursos financeiros suficientes, tentou-se minimizar essa condição quando em 1772 foi criado o subsídio literário, imposto a ser cobrado sobre a comercialização de diversos produtos – vinho, vinagre, cana verde, aguardente e a sua arrecadação era utilizada para financiar o ensino primário e médio nas terras portuguesas que correspondia a uma taxa de dez réis sobre cada “canada” (2.622 litros) de aguardente e de um real em cada “arrátel” (0,429 quilogramas) de carne para ser investido em educação. Os relatos da época indicam que havia um atendimento educacional extremamente precário, agravado pela falta de professores qualificados e com baixa remuneração.
Com a Independência do Brasil o quadro educacional existente embora a Constituição Imperial de 1824 determinasse a instrução primária gratuita a todos os cidadãos, a promulgação do Ato Adicional de 1834 transferindo para as províncias o direito de legislar e, por consequência, a obrigação de manter os ensinos primário e secundário desobrigou o governo central de responsabilizar-se por tal oferta, uma vez que limitou sua competência normativa apenas às escolas da capital do Império e às vinculadas ao ensino superior.
 O saldo para a educação brasileira no período de gestão do Marquês de Pombal foi o mais trágico possível, pois ele eliminou o sistema organizado feito pelos jesuítas e fez com que no início do século XIX a educação brasileira fosse praticamente inexistente, com práticas inadequadas e estagnadas sendo oferecidas aos pequenos brasileiros.
 Este verdadeiro caos educacional é modificado em 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. Para atender às suas necessidades, o imperador D.João VI cria uma verdadeira estrutura educacional com escolas de medicina, bibliotecas, imprensa e academias militares. Entre as mudanças que ocorreram com a vinda da Família Real para o Brasil, destacam-se:
A fundação do primeiro Banco do Brasil, em 1808
A criação da Imprensa Régia e a autorização para o funcionamento de tipografias e a publicação de jornais também em 1808
A criação da Academia Real Militar (1810)
A abertura de algumas escolas, entre as quais duas de medicina, uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro
A instalação de uma fábrica de pólvora e de indústrias de Ferro em Minas Gerais e em São Paulo
A vinda da missão artística Francesa, em 1816, e a fundação da Academia de Belas – Artes
A mudança de denominação das unidades territoriais, que deixaram de se chamar “capitanias” e passaram a denominar-se de “províncias” (1821)
A criação da Biblioteca Real (1810) do Jardim Botânico (1821) e do Museu Real (1818), mais tarde Museu Nacional.
A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891, ou Constituição de 1891, foi a primeira constituição republicana do país, promulgada em dois anos de negociações após a queda do imperador D. Pedro II. A CF de 1891 priorizou o papel a ser desempenhado pelas famílias em detrimento do Estado na garantia do direito à educação, reforçando a política oficial de alheamento do governo central em relação aos assuntos educacionais. No mesmo período, as mudanças estruturais relacionadas com a alteração do modo de produção escravocrata desencadearam, nos centros urbanos, o surgimento de uma incipiente sociedade civil que passa a reivindicar a oferta da escola pública (ROMANELLI, 1985).
A Revolução de 1930 reestrutura boa parte do arcabouço jurídico brasileiro, com forte impacto sobre a organização da educação. O Ministério da Educação foi criado em 1930, logo após a chegada de Getúlio Vargas ao poder. Com o nome de Ministério da Educação e Saúde Pública, a instituição desenvolvia atividades pertinentes a vários ministérios, como saúde, esporte, educação e meio ambiente. Até então, os assuntos ligados à educação eram tratados pelo Departamento Nacional do Ensino, ligado ao Ministério da Justiça.
Do ponto de vista do financiamento da educação a CF de 1934 inaugura um procedimento que perdura até hoje: a vinculação de um percentual mínimo da receita de impostos para ser aplicado em educação – vinculação constitucional de recursos – que expressa, no contexto das políticas governamentais, certa priorização da educação. De acordo com o texto constitucional de 1934, caberia à União e aos municípios aplicar, na manutenção e no desenvolvimento dos sistemas educativos, nunca menos de 10% da renda resultante dos impostos, e aos estados e distrito federal, no mínimo, 20%. Nessa ocasião, o artigo 156, parágrafo único, criou uma subvinculação de 20% da alíquota da União para o ensino rural (OLIVEIRA, 2001)
O golpe militar de 1964 suprimiu a vinculação constitucional de recursos para a educação, ou seja, diminuiu os investimentos governamentais em educação. Nesse período, houve um aumento significativo do número de matrículas na educação básica, mas com poucos recursos e pouca formação docente, ou seja, sem se preocupar com a qualidade ofertada.
Além disso, entrava em vigor a Lei 5.692 (BRASIL, 1971), que previa a ampliação da escolaridade obrigatória de quatro para oito anos. Nesse cenário, a adoção de tal medida afetaria consideravelmente a qualidade do ensino (MELCHIOR, 1987). A vinculação só retornaria integralmente ao texto com a Emenda Constitucional (EMC)14 – ou “Emenda Calmon” (BRASIL, 1996a) –, que estabeleceu um mínimo de 13% da receita de impostos por parte da União e 25% para estados e municípios.
A Constituição de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, é a que rege todo o ordenamento jurídico brasileiro hoje. Desde a independência do Brasil em 1822, é a sétima constituição que nosso país tem – e a sexta desde que somos uma República. 
Foi escrita com o processo de redemocratização do Brasil, que aconteceu após 1985, quando a chapa Tancredo Neves e José Sarney foi eleita para a Presidência da República. Conhecida como Constituição Cidadã, a Constituição de 1988 foi fruto de um amplo debate democrático, o qual envolveu diversas organizações populares e o engajamento de milhões de brasileiros. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96) é a legislação que regulamenta o sistema educacional (público ou privado) do Brasil da educação básica ao ensino superior. A LDB é a mais importante lei brasileira que se refere à educação.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências, foi criada para garantir o direito a toda população de ter acesso a educação gratuita e de qualidade, para valorizar os profissionais da educação, estabelecer o dever da União, do Estado e dos Municípios com a educação pública.
Durante um ano e oito meses foram realizados os esforços de produção, os quais resultaram na promulgação da Constituição no dia 5 de outubro de 1988. O texto final da Constituição foi apresentado por Ulysses Guimarães, o presidente da Constituinte. A Constituição de 1988 é considerada o símbolo máximo do período pós-ditadura, conhecido como Nova República.
Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus níveis. A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61). João Goulart publica em 20 de dezembro de 1961 a primeira LDBA Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) define e regulariza o sistema de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição. Foi citada pela primeira vez na Constituição de 1934.
A LDB é a mais importante lei brasileira que se refere à educação. Esta lei foi aprovada em dezembro de 1996 com o número 9394/96, foi criada para garantir o direito a toda população de ter acesso à educação gratuita e de qualidade, para valorizar os profissionais da educação, estabelecer o dever da União, do Estado e dos Municípios com a educação pública. Um marco na regulamentação do ensino no país, trouxe importantes inovações e permitiu colher avanços significativos. Mas algumas das transformações essenciais contidas no texto do então senador Darcy Ribeiro ainda não foram concretizadas.
2 FORMAS DE FINACIAMENTO DA EDUCAÇÃO 
O desenvolvimento da educação é a base para construção do conhecimento, este deve ser de acesso a todos e a todas gratuitamente sem distinção de classe social. É a partir do conhecimento que a sociedade passa a questionar e buscar respostas para melhoria do ambiente social, se tornando atuantes no contexto político social, aprimorando o senso de criticidade, tornando-se mais concreto e com base argumentativa para lutar por seus ideais e principalmente por uma sociedade mais justa.
A partir dessas discussões percebe-se muito a questão da busca constante da melhoria educacional brasileira, sempre ressaltando a educação universal e de qualidade. Está deve ser considerada de qualidade quando for aberta a comunidade escolar, buscando a participação de todos na construção de uma escola mais atrativa, com um projeto pedagógico coerente, com infraestrutura adequada e confortável, com acesso aos mais variados recursos, onde o educador e educando possam trabalhar conjuntamente para construção do conhecimento. É necessário também que o docente esteja preparado intelectualmente e emocionalmente, com uma conduta profissional baseada na ética. Sem falar da devida valorização dos mesmos, com remuneração adequada. Nesta perspectiva Moran (2000, p. 14) salienta que são três as variáveis, necessárias para a educação de qualidade: 
Uma organização inovadora, aberta, dinâmica, com um projeto pedagógico coerente, alerto, participativo; com infraestrutura adequada, atualizada, confortável; com tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas. Uma organização que congregue docentes bem preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente; bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais, onde haja circunstancias favoráveis a uma relação efetiva com alunos que facilite conhece-los acompanha-los, orienta-los.
Visando a melhoria na qualidade da educação foi criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, autarquia federal criada pela lei nº 5537 de 21 de novembro de 1968, e alterada pelo decreto lei nº 872 de 15 de setembro de 1969. Esta lei é responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação – MEC. Tendo em vista proporcionar melhorias e garantir educação de qualidade, visando à educação básica da rede pública de ensino. Atende os vinte e seis estados e mais de cinco mil municípios brasileiros. (Fonte: FND). Os repasses a educação são divididos em constitucionais, automáticos e voluntários (convênios). Apresenta diversos projetos e programas buscando melhorias na educação básica. Cabe ressaltar que estes projetos nem sempre são garantias de acesso à educação de qualidade. Sabe-se que nos últimos anos muitos programas auxiliaram no melhoramento do ensino, mas que ainda hoje há uma grande defasagem na qualidade do ensino da escola pública, e ainda crianças e adolescentes abandonam a escola e outros tantos jovens que não tem acesso ao ensino superior. 
Algumas destas Emendas Constitucionais, visando qualidade educacional, foi a de nº 53/2006 e regulamentada pela lei de nº 11494 e pelo Decreto nº 6253/2007 criando-se o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação – FUNDEB. A composição do FUNDEB se dá a partir de impostos, taxas e contribuições sociais municipais, estaduais e federais. O valor arrecadado através desses impostos é redistribuído aos estados e municípios de acordo com número de matrículas na rede escolar pública e/ou conveniada. FUNDEB, 2007, p.15: 
A lei que regulamenta o FUNDEB é a lei número 11.494, de 20 de junho de 2007. O fundo é de natureza contábil, pois os seus recursos – destinados à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica pública – são disponibilizados por unidades transferidoras ao Banco do Brasil, que distribui adequadamente os valores aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios, em contas únicas e específicas mantidas para esse fim (Cartilha do FUNDEB, 2007, p. 15).
O FUNDEB tem como duração inicial prevista para catorze anos (2007 a 2020), foi criado para substituir o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), tendo em vista corrigir algumas falhas emitidas por esta emenda, agregando toda educação básica e não somente o ensino fundamental. Conforme DAVIES, 2008, p. 760:
O FUNDEB, com duração prevista de 14 anos, foi criado para substituir o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) e pretende corrigir as falhas emitidas por esta fonte de recurso, entre elas a exclusão da Educação Infantil, Educação de Jovens e Adultos (EJA), e Ensino Médio, bem como a irrisória complementação Federal, embora alguns equívocos ainda continuem sendo cometidos.
Regulamentado em 2006, o FUNDEB representou um avanço no financiamento da educação pública brasileira. Ao vincular uma parcela considerável de receitas à manutenção de todas as modalidades de ensino básico. O fundo pode contribuir para alguns avanços no melhoramento da educação, como a redução do analfabetismo e universalização do ensino básico. O financiamento da educação pública tem como principais instrumentosos fundos contábeis que convertem os tributos pagos em investimentos. A partir da Constituição de 1988, esse tema entrou nos debates políticos e econômicos. Inicialmente, o ensino fundamental obteve uma maior atenção do governo brasileiro com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). No entanto, cercado de críticas, o FUNDEF foi substituído em 2007 em todo território nacional pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais de Educação (FUNDEB).
A principal e mais visível vantagem do FUNDEB em relação ao FUNDEF é a maior abrangência de financiamento a todos os níveis da educação básica, não apenas para o ensino fundamental, mas inclusas também, além do ensino fundamental, a educação infantil, o ensino médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). 
Ao longo dos anos vários foram os investimentos na educação pública brasileira, ao qual elevaram os índices do Brasil no IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Elevando o número de crianças e jovens dentro da sala de aula, diminuindo consideravelmente o número de analfabetos com programas educacionais para jovens e adultos, diminuindo as distâncias entre educando e escola, sociedade e educação. É necessário ressaltar que mesmo com importantes investimentos, ainda o Brasil ocupa uma “péssima” colocação no ranking da educação mundial. A qualidade da educação de nosso país é inferior a países com menores investimentos na rede de ensino público e menos desenvolvidos economicamente. Retratando a “péssima” qualidade de educação que nossas crianças, adolescentes e docentes enfrentam diariamente em sala de aula. Portanto, é evidente a necessidade de investimento na rede pública de ensino, sendo a educação pública alvo de retrocessos e de esquecimento dos órgãos federais em vigência.
Desta forma, é notória a relevância dos investimentos na rede de ensino pública, pois quanto mais investimentos a educação pública receber, melhores serão os resultados no futuro, pois instrução e conhecimento emancipam os sujeitos e os fazem ser atuantes nos processos de luta pela transformação da sociedade. Assim, a educação aparece como fator de redução das desigualdades sociais, pois aumenta sua ascensão social dos sujeitos, proporcionando retornos crescentes para a sociedade e para o setor produtivo, ao elevar ganhos salariais e a produtividade. 
 3 O USO DE VERBAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
O financiamento da educação básica pública no País se dá com base em recursos provenientes das três esferas de governo. Na educação infantil, tanto a oferta quanto o financiamento são responsabilidades dos municípios. Já a oferta e o financiamento do ensino médio cabem aos estados e ao Distrito Federal. No ensino fundamental, oferta e financiamento são responsabilidades das duas esferas: a municipal e a estadual, incluindo o Distrito Federal. À União compete apenas no que se refere ao financiamento, com papel redistributivo e supletivo.
 A União responde por cerca de 18% do total dos recursos da Educação, os estados e o Distrito Federal por 42% e os municípios pelos 40% restantes. O dinheiro que abastece a Educação deriva de duas fontes principais. A primeira, responsável por cerca de 20% do total de verbas, é o salário-educação, uma contribuição social feita pelas empresas ao governo com valor correspondente a 2,5% da folha de pagamento anual. Os outros 80% vêm dos impostos, que são convertidos em orçamento municipal, estadual ou federal. O passo seguinte, o repasse às escolas, é regulado pela Constituição brasileira por meio de uma regra pouco encontrada em outros países. É a chamada "vinculação de recursos", que determina um percentual mínimo do orçamento a ser investido em Educação.
(COLOCAR AQUI SOBRE O QUESTIONARIO)
No texto constitucional (artigo 211) cabe à União a responsabilidade pela manutenção das instituições federais de ensino e pela prestação de assistência técnica e financeira aos estados, distrito federal e municípios (em qualquer nível de ensino), para garantir oportunidades educacionais e um padrão mínimo de qualidade de ensino, aos estados exige-se o investimento prioritário no ensino médio e no fundamental, e aos municípios, a incumbência de oferecer o ensino fundamental e a educação infantil. Segundo a Lei 9 .394 (artigo 11, inciso V), os municípios só estão autorizados a investir em outros níveis de ensino, desde que atendidas as necessidades de sua área de competência e, mesmo assim, com recursos superiores aos vinculados constitucionalmente ao ensino
Com esses recursos cerca de 60% é destinado ao pagamento de gestores, professores e funcionários, outros 27% são destinados à manutenção e ao funcionamento das instituições de ensino, 6,6% para reformas e construções de novas escolas, 6% para os chamados encargos sociais (contribuições previdenciárias e trabalhistas) e apenas 0,4% na área de pesquisa e desenvolvimento. 
Deixo por aqui escrito que o país não gasta o suficiente com os alunos da educação básica deixando os mesmos numa precariedade sem tamanho, a Constituição determina que os municípios cuidem prioritariamente do ensino infantil e fundamental, mas isso não acontece na realidade. O novo ministro da Educação (Abraham Weintraub4) defende que o Brasil já gasta o bastante em educação e que precisa melhorar a forma como esse valor é gasto. Em sua campanha eleitoral Jair Bolsonaro mencionava o fato de que o orçamento do governo federal se dedicava mais à educação superior.
"Precisamos inverter a pirâmide: o maior esforço tem que ocorrer cedo, com a educação infantil, fundamental e média. Quanto antes nossas crianças aprenderem a gostar de estudar, maior será seu sucesso", dizia o documento.
O governo federal tem que aumentar os gastos com educação básica e não os retirar, ampliando o orçamento geral sem, no entanto, sem retirar verbas do nível superior. É loucura pensar que um governo acha que já gasta demais com educação e a vê como despesa e não como investimento que tirando verba de um lugar e colocar e outro possa resolver a situação quando a única solução viável e que não prejudique nenhum setor seja de aumentar os investimentos no setor precarizado. Quando se fala em retirar do ensino superior e colocar na educação básica, o que se quer é uma formação de baixo padrão, o ensino médio como terminativo. É a visão da mínima educação necessária para um mercado de trabalho de baixo padrão.
O Ministério da Educação (MEC) já fez bloqueios de R$ 5,7 bilhões, o que representa cerca de 23% de seu orçamento discricionário (não obrigatório), cortando verbas direcionadas a todas as etapas da educação. O congelamento de recursos compromete R$ 2,1 bilhões das universidades. Mas os cortes também chegaram à educação básica, apontada pelo presidente Jair Bolsonaro como prioridade.
 Com os cortes a Educação Básica perderá apoio à infraestrutura de escolas do ensino básico, essa verba é usada na manutenção, reforma e mobiliário das unidades escolares. Grande parte dos programas voltados à educação básica atingidos pelos cortes estão alocados no orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que perdeu, no total, R$ 984,8 milhões.
Em nota, o MEC afirmou que os bloqueios decorrem da "necessidade de o governo federal se adequar ao disposto na LRF, meta de resultado primário e teto de gastos". E diz que "o bloqueio pode ser revisto pelos ministérios da Economia e Casa Civil, caso a reforma da Previdência seja aprovada e as previsões de melhora da economia no segundo semestre se confirmem, pois podem afetar as receitas e despesas da União". Ou seja, todo o dinheiro dos cortes ao meu ver vai ser destinados a compra de votos para a aprovação da reforma da previdência (a reforma ao meu ver tem que ser feita, mas não de qual quer jeito como atualmente está sendo feita).
A educação em todas as suas etapas está sendo punida, vista como uma despesa ou estão tentando remanejar tentando ‘igualar” os ensinos para privilegiar a educaçãobásica e fundamental o que está totalmente controverso nas falas do senhor presidente Jair Bolsonaro e como explicitado não adiantara nada retirar verba de um lugar e colocar em outro a solução ideal seria aumentar verbas no setor precarizado.
Com a PEC 241 que congela as despesas do Governo Federal, com cifras corrigidas pela inflação, por até 20 anos não ajuda em nada a evolução educacional esperada para o Brasil, está
PEC tem como objetivo frear a trajetória de crescimento dos gastos públicos e tenta equilibrar as contas públicas. 
Vivemos uma profunda crise no âmbito educacional, limitar os gastos públicos por 20 anos não é a única maneira de contornar uma crise. O Congresso Nacional custa aos cofres públicos R$ 10,8 bilhões ao ano. O custo do legislativo brasileiro é o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Além do custo do Congresso ser equivalente ao contingenciamento da Educação, também é semelhante a toda a riqueza produzida anualmente por alguns Estados brasileiros, como Acre (R$ 13 bilhões) e Roraima (R$ 11 bilhões), dados de 2016. 
Cada deputado custa mais de R$ 2 milhões por ano, salário de R$ 33.763, auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 101,9 mil para contratar até 25 funcionários, de R$ 30.788,66 a R$ 45.612,53 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo, ressarcimento de gastos com médicos.
São esses privilégios que precisam ser revistos e/ou anulados para esta categoria e ter um olhar mais atencioso e colocar investimentos no que realmente possa elevar o Brasil a uma potência em educação.
4POLITICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS 
As políticas públicas de educação geralmente estão associadas aos momentos históricos de um país e do mundo e à interpretação de poder de cada época. No Brasil, elas são estabelecidas por um processo pedagógico nacional, no qual são discutidas as temáticas necessárias para garantir uma educação de qualidade, e apoiadas pela legislação. Exigem, ainda, a participação da sociedade como um todo educador, alunos, pais e governo. Política é uma palavra de origem grega, politikó, que exprime a condição de participação da pessoa que é livre nas decisões sobre os rumos da cidade, a pólis. Já a palavra pública é de origem latina, publica, e significa povo, do povo. Sendo assim, as políticas públicas podem ser divididas em três tipos: 
Política Publicas distributivas
As políticas públicas redistributivas consistem em redistribuição de “renda na forma de recursos e/ou de financiamento de equipamentos e serviços públicos” (Azevedo, 2003, p. 38). São exemplos de políticas públicas redistributivas os programas de bolsa-escola, bolsa-universitária, cesta básica, renda cidadã, isenção de IPTU e de taxas de energia e/ou água para famílias carentes, dentre outros.
Políticas Públicas Distributivas
As políticas públicas distributivas implicam nas ações cotidianas que todo e qualquer governo precisa fazer. Elas dizem respeito à oferta de equipamentos e serviços públicos, mas sempre feita de forma pontual ou setorial, de acordo com a demanda social ou a pressão dos grupos de interesse. São exemplos de políticas públicas distributivas as podas de árvores, os reparos em uma creche, a implementação de um projeto de educação ambiental ou a limpeza de um córrego, dentre outros. O seu financiamento é feito pela sociedade como um todo através do orçamento geral de um estado.
Políticas Públicas Regulatórias
Elas consistem na elaboração das leis que autorizarão os governos a fazerem ou não determinada política pública redistributiva ou distributiva. Se estas duas implicam no campo de ação do poder executivo, a política pública regulatória é, essencialmente, campo de ação do poder legislativo. Esse tipo de política possui importância fundamental, pois é por ela que os recursos públicos são liberados para a implementação das outras políticas. Contudo, o seu resultado não é imediato, pois enquanto lei ela não possui a materialidade dos equipamentos e serviços que atendem diariamente a população.
Políticas públicas educacionais é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer em educação. Porém, educação é um conceito muito amplo para se tratar das políticas educacionais. Isso quer dizer que políticas educacionais é um foco mais específico do tratamento da educação, que em geral se aplica às questões escolares. Em outras palavras, pode-se dizer que políticas públicas educacionais dizem respeito à educação escolar.
Esta observação é muito importante porque educação é algo que vai além do ambiente escolar. Tudo o que se aprende socialmente – na família, na igreja, na escola, no trabalho, na rua, no teatro, etc. –, resultado do ensino, da observação, da repetição, reprodução, inculcação, é educação. Porém, a educação só é escolar quando ela for passível de delimitação por um sistema que é fruto de políticas públicas.
Na esfera educacional, várias políticas públicas foram lançadas por todos os setores do governo federal para se alcançar os objetivos propostos pela Constituição Federal. A título de exemplo, entre outras políticas podem ser citadas as seguintes: a) 4 Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério- (FUNDEF) b) Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE); c) Programa de Dinheiro Direto na Escola (PDDE); d) Programa Bolsa Família; e) Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); f) Programa Nacional do Livro Didático (PNLD); g) Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE); h) Exame Nacional do Ensino Médio (ENEN; i) Sistema de Seleção Unificada (SISU); j) Programa Universidade para Todos (PROUNI); k) Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (PROINFÂNCIA).
O PDE foi lançado em 24 de abril de 2007, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na gestão do então ministro da Educação Fernando Haddad (PT). O PDE foi lançado em conjunto com o Plano Metas Compromisso Todos pela Educação, instituído pelo Decreto Lei nº 6.094. 
 O PDE foi um conjunto de programas que visaram melhorar a educação no Brasil, em todas as suas etapas. Lançado em 2007, tinha um prazo de quinze anos para ser completado, mas acabou descontinuado antes desse prazo. Apesar disso, muitos dos programas e iniciativas criados por ele se mantiveram, como o TV Escola e o Proinfo, da educação básica, e o Sinaes, no ensino superior. 
O PDE previa várias ações que visavam identificar e solucionar os problemas que afetam diretamente a Educação brasileira. Também incluiu ações de combate a problemas sociais que inibem o ensino e o aprendizado com qualidade, como o Saúde nas escolas, entre outros. O plano priorizou o desenvolvimento conjunto das ações pela articulação entre a União, estados e municípios.
Até o ano 2010, o plano contava com 130 programas distribuídos nas áreas: Educação Básica, Educação profissional e tecnológica, Educação Superior, alfabetização e diversidade.
As Políticas Públicas são importantes para o desenvolvimento de um estado. Essas ações buscam assegurar direitos de cidadania, as políticas públicas correspondem a direitos assegurados constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas e comunidades, entre outros.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabe-se que os financiamentos governamentais são de suma importância para uma base educacional que busca melhorias constantes na qualidade educacional de um país. Em contrapartida, apenas o financiamento não representa avanços completos, pois estamos falamos de dinheiro público, sendo que este é muitas vezes utilizado de forma indevida, através de desvios e usos inapropriados pelos governantes.
De forma indiscutível, o FUNDEB representou um grande salto uma vez que estendeu-se para todas as etapas do ensino básico, não apenaspara o ensino fundamental, atingindo uma parcela mais ampla de educandos, sendo incluídos a educação infantil, o ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), modificando o quadro anteriormente apresentado. Mas, em consequência do aumento numérico de educandos agora financiados (as), as verbas não conseguem suprir de forma completa todos e todas, pois o número de indivíduos supera o valor das verbas e não há a inclusão e renovação de novas fontes de recursos educacionais.
Os avanços na educação é a chave para a transformação da educação A qualidade da educação básica brasileira está bastante precária e necessita de mais investimentos do FUNDEB. Contudo, é importante salientar que os impactos e resultados de ações e programas educacionais aparecem no médio e longo prazo, sendo assim, será sempre necessário estudos para analisar os verdadeiros efeitos das políticas públicas e qual suas consequências no ingresso de mais educandos no ensino superior e até mesmo no mercado de trabalho.
É notório da educação básica pública para os governantes atuais não é prioridade e que a mesma é banalizada por esse governo que ao invés de aumentar os recursos e remunerar bem seus educadores corta o pouco que ainda tem para as escolas se manterem. Não podemos ter uma educação precária e estagnada no século passado, necessitamos de uma escola com recursos de qualidade que supram as lacunas dos nossos educandos do século XXI.
Para que possamos usufruir a melhor maneira de um ensino que dê condições dignas e igualitárias de ensino a todas e a todos, devemos lutar pelos direitos estabelecidos na Constituição Federal de 1988, lutando por uma educação universal e de qualidade. A escola deve ser o centro de formação social do educando, fazendo refletir e instigando seu lado crítico. Cabe ao Estado proporcionar mecanismos para formação de qualidade de nossos jovens, investindo e não desviando recursos dos programas de assistência a educação pública.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Sérgio de. Políticas públicas: discutindo modelos e alguns problemas de implementação. In: SANTOS JÚNIOR, Orlando A. Dos (et. al.). Políticas públicas e gestão local: programa interdisciplinar de capacitação de conselheiros municipais. Rio de Janeiro: FASE, 2003.
PINTO, J. M. R. Os recursos para a educação no Brasil no contexto das finanças públicas. 1. ed. Brasília: Plano, 2000.
FERREIRA, Lenira W. A formação, os modelos pedagógicos e as instituições educacionais rio-grandense no século XVII. Disponível em: http://www.ufpel.tche.br/fae/siteshospedados/8FERREIRA.htm Acesso em: 09 out.2019.
"Constituição de 1891". Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, Rio de Janeiro. Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/CrisePolitica/Constituicao1891>. Data de acesso: 09 de outubro de 2019.
MELCHIOR, J.C.A. O financiamento da educação no Brasil. São Paulo: EPU, 1987.
AZEVEDO, S. Políticas públicas: discutindo modelos e alguns problemas de implementação. In. SANTOS JUNIOR, A. O. et al. (Orgs.). Políticas públicas e gestão local: programa interdisciplinar de capacitação de conselheiros municipais. Rio de Janeiro, RJ: Fase, 2003. p. 38-44.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_3/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 19/06/2020
MORAN, J.M. Novas tecnologias e mediação pedagógica/ Jose Manuel Moran, Marcos T. Masetto, Marilda Aparecida – Campinas, SP: Papirus, 2000.

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