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Organização da saúde bucal na atenção básica Apresentação A perpetuação do modelo assistencial-privatista e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde bucal na rede pública resultaram no reforço da concepção da odontologia predominantemente assistencialista, mutiladora e individualizada. A partir do ano de 2003, com a criação da Política Nacional de Saúde Bucal e do programa Brasil Sorridente pelo Ministério da Saúde, iniciou-se o processo de reorientação do modelo de saúde bucal. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender a estrutura organizacional da saúde bucal no Brasil e vai conhecer as atribuições dos profissionais que compõem as equipes. Você vai estudar as estratégias e ações instituídas para atender às demandas dos usuários. Ao final, vai estar apto a aplicar esses conhecimentos na sua vida profissional como cirurgião-dentista da rede pública. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os profissionais de saúde bucal habilitados a atuar na atenção básica.• Organizar a demanda de usuários para a rede de atenção básica na saúde bucal.• Analisar quais os campos de atuação do profissional de saúde bucal dentro da atenção básica.• Desafio No contexto da atenção básica, o dentista tem atribuições que vão além do atendimento odontológico clínico dentro da unidade básica de saúde (UBS). É imprescindível que, durante as ações externas, o profissional seja capaz de identificar as demandas e as necessidades do usuário e de direcioná-lo ao atendimento de acordo com elas. Confira a situação a seguir: Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. A partir dos quadros descritos, quais são as medidas a serem tomadas por você, adequando-as à situação de cada usuário? https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/34be4dbd-d208-492d-bf37-0a788e48d930/49e4bb88-60ca-4c5c-a7d3-ee1e488b71a4.jpg Infográfico A atenção básica ou atenção primária à saúde se configura como a porta de entrada do usuário ao SUS. Dessa forma, torna-se um desafio propiciar o acesso dele como forma de garantir a universalidade. Neste Infográfico, você vai conhecer e entender quais são as ações da equipe de saúde bucal. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c9762925-859d-469f-b1e3-09ee91d07830/7dcf1ba4-dcc7-4c3b-94d8-30f8df2d0a57.jpg Conteúdo do livro O conhecimento das ações de atuação do cirurgião-dentista, dos campos de trabalho e de como são organizados o fluxo e a demanda dos usuários é um dos pré-requisitos para a atuação da atenção básica. Precisamos entender os aspectos técnicos e científicos das doenças e, em simultâneo, compreender os conceitos de integralidade, universalidade, equidade, acesso, território e outros aspectos que influenciam o processo saúde-doença, como os determinantes sociais. No capítulo Organização da saúde bucal na atenção básica, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender a estrutura e os processos de trabalho da equipe de saúde bucal e a sua integração com a média e alta complexidade. Boa leitura. SAÚDE BUCAL COLETIVA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Identificar os profissionais de saúde bucal habilitados a atuar na atenção básica. > Organizar a demanda de usuários para a rede de atenção básica na saúde bucal. > Analisar quais os campos de atuação do profissional de saúde bucal dentro da atenção básica. Introdução A Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), lançada em 2004, propôs a reo- rientação da prática de saúde bucal na atenção básica, de forma a ampliar o acesso e contemplar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2004). Entretanto, a complexidade da construção do cuidado se deve a múltiplos fatores, incluindo a perpetuação de um modelo de saúde bucal predominan- temente tecnicista e individualizado. As diretrizes da PNSB modificaram o entendimento da saúde bucal, que antigamente era tratada como ausência de doença, e propiciaram o direcionamento da atenção aos determinantes sociais da saúde e do ser humano em sua maior complexidade. Organização da saúde bucal na atenção básica Mayara Simões Bispo A atenção básica é o primeiro contato da população com os serviços públicos de saúde, por isso é construída com base no estabelecimento de vínculo e no acolhimento, buscando suprir às demandas dos usuários de forma efetiva. Com isso, é uma grande responsabilidade das equipes de saúde bucal pautar seus processos de trabalho nos conceitos de território-família-comunidade, humanização da atenção e coordenação do cuidado. Neste capítulo, você vai conhecer os processos de trabalho da equipe de saúde bucal, com ênfase no papel de cada profissional. Além disso, vai estudar o fluxo de atendimento e organização da demanda dos usuários. Por fim, vai identificar os campos de atuação, caso queira se inserir no SUS durante a sua trajetória profissional. Papel dos profissionais da equipe de saúde bucal na atenção básica Historicamente, a trajetória da prática odontológica no Brasil trilhou os ca- minhos caracterizados pelas ações predominantemente curativas, de caráter individualista, mutilador e de difícil acesso, ficando restrita aos grupos de maior nível socioeconômico. Até o início da primeira década do século XXI, não havia uma política pública que direcionasse as ações em saúde bucal. Esse cenário culminou nas péssimas condições de saúde bucal da população, com alto índice de cárie, doença periodontal e edentulismo. A partir de 2004, com a implantação da PNSB no Brasil, mais conhecida como Brasil Sorridente, foi necessário repensar as antigas práticas e reorientar o modelo, pautando-se nas novas diretrizes do Ministério da Saúde (OLIVEIRA; MORAIS; GOES, 2014; PERES NETO; CORTELLAZZI; SOUSA, 2021). O processo de trabalho da equipe de saúde bucal requer a integração e o comprometimento dos profissionais para suprir a demanda individual e coletiva da população, atendendo aos princípios de universalidade, equidade, integralidade da atenção, trabalho em equipe e interdisciplinar, foco de atu- ação centrado no território-família-comunidade, humanização da atenção, responsabilização e vínculo (LUCENA; PUCCA JÚNIOR; SOUSA, 2011). As equipes de saúde bucal são compostas pelo cirurgião-dentista, pelo auxiliar de saúde bucal e/ou pelo técnico de saúde bucal. Elas podem ser classificadas em três modalidades; veja a seguir (BRASIL, 2018). 1. Dois profissionais: cirurgião-dentista e auxiliar de saúde bucal ou técnico de saúde bucal. Organização da saúde bucal na atenção básica2 2. Três profissionais: cirurgião-dentista, técnico de saúde bucal e auxiliar de saúde bucal. 3. Profissionais das modalidades anteriores que operam em unidade odontológica móvel (UOM). A modalidade da equipe de saúde bucal implica na verba de custeio re- passada pelo Ministério da Saúde para sua manutenção. Vale ressaltar que, normalmente, as equipes devem cumprir uma carga horária de 40 horas, mas as equipes da modalidade 1 podem atuar com carga horária diferenciada (de 20 ou 30 horas), causando a redução da verba de custeio. Além do atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS), a equipe de saúde bucal pode atuar em UOMs, ofertando acesso a serviços de saúde a populações com dificuldade de acesso, como em áreas isoladas (modalidade 3) (BRASIL Sorridente, c2022). Para melhor organizar as funções e atribuições dos profissionais da equipe de saúde bucal, a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 (BRASIL, 2011), revisa as atribuições mínimas para cada profissional atuante na atenção básica (Quadro 1). Quadro 1. Atribuições do cirurgião-dentista, do técnico em saúde bucal e do auxiliar em saúde bucal Profissional Atribuição Cirurgião- -dentista � Realizar diagnóstico para obter o perfil epidemiológico para o planejamento ea programação em saúde bucal. � Realizar a atenção a saúde em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, indivíduos e grupos específicos, de acordo com planejamento da equipe, com resolubilidade. � Realizar os procedimentos clínicos da atenção básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados com a fase clínica da instalação de próteses dentárias elementares. � Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea. � Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais. � Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar. (Continua) Organização da saúde bucal na atenção básica 3 Profissional Atribuição Cirurgião- -dentista � Realizar a supervisão técnica do técnico em saúde bucal e do auxiliar em saúde bucal. � Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o funcionamento adequado da UBS. Técnico em saúde bucal � Realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva a todas as famílias, indivíduos e grupos específicos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais. � Coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos. � Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar. � Apoiar as atividades dos auxiliares em saúde bucal e dos agentes comunitários de saúde nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal. � Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o funcionamento adequado da UBS. � Participar do treinamento e da capacitação do auxiliar em saúde bucal e dos agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde. � Participar das ações educativas, atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais. � Participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador. � Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea. � Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal. � Fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista. � Realizar fotografias e tomadas de uso odontológicos exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas. � Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, vedado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista. � Fazer a limpeza e a antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares. � Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos. (Continuação) (Continua) Organização da saúde bucal na atenção básica4 Profissional Atribuição Auxiliar em saúde bucal � Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde. � Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea. � Executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho. � Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas. � Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal. � Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe de saúde da família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar. � Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos. � Processar filme radiográfico. � Selecionar moldeiras. � Preparar modelos em gesso. � Manipular materiais de uso odontológico. � Participar na realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador. Fonte: Adaptado de Brasil (2011). Nesta seção, conhecemos os profissionais de saúde bucal que trabalham na atenção básica. A seguir, vamos estudar como funciona a organização da rede de atenção para o atendimento das demandas dos usuários. Organização da rede de atenção para atendimento às demandas dos usuários Entre os principais desafios enfrentados pelos gestores e profissionais, está a organização da demanda, pois ela deve englobar toda a área de abrangência da UBS e, em muitos casos, a população sem cobertura. Deve-se: (Continuação) Organização da saúde bucal na atenção básica 5 [...] unificar a porta de entrada com a área de médico-enfermagem; garantir acesso à demanda espontânea; desenvolver ações programadas de promoção da saúde, prevenção de doenças e de assistência, voltadas ao controle das patologias crô- nicas e/ou às populações mais vulneráveis do território; organizar uma atenção domiciliar; reordenar a atenção de média complexidade (BRASIL, 2008, p. 21-22). Para a atenção integral do usuário, é necessária a avaliação minuciosa, de modo a classificar as necessidades e tratá-las adequadamente. Há diferentes formas de classificar indivíduos ou grupos de maior prioridade, considerando aspectos como vulnerabilidade, risco familiar e quesitos epidemiológicos, sanitários e sociais (PERES NETO; CORTELLAZZI; SOUSA, 2021). Assim, são respeitados os princípios de equidade, integralidade e universalidade. A escala de risco familiar de Coelho-Savassi é o instrumento usado para estratificar o risco familiar. Esse instrumento é uma classificação objetiva, utilizando escores de pontuação, com o objetivo de determinar o potencial de adoecimento de cada núcleo familiar. Para o cálculo de risco familiar, são consideradas, em maior grau, a presença de membro familiar acamado, portador de deficiência física ou mental, baixas condições de saneamento, desnutrição grave e relação morador/cômodo maior que 1. Além disso, critérios de saúde sistêmica, como membro portador de hipertensão arterial sistêmica ou diabetes mellitus, também são considerados fatores de risco, porém em menor grau. A soma dos critérios classifica o risco em mínimo, com escore 5 e 6, médio, com escore 7 e 8, e máximo, com escore acima de 9. Com isso, é possível compreender e planejar as ações, direcionando-as aos grupos de maior vulnerabilidade (SAVASSI; LAGE; COELHO, 2012). Apesar da existência desse sistema, o mais comumente utilizado é o sistema de classificação das necessidades quanto à condição clínica, proposto pelo Ministério da Saúde a partir de uma adaptação de um modelo proposto pelo município de Porto Alegre (RS) (BRASIL, 2018). Assim, é possível direcionar o plano terapêutico para melhor atender às demandas dos usuários, espe- cificamente quanto à condição atual de saúde bucal. O Quadro 2 detalha a classificação das necessidades de acordo com a condição bucal. Organização da saúde bucal na atenção básica6 Q ua dr o 2. C la ss ifi ca çã o de n ec es si da de s d e ac or do co m a co nd iç ão d e sa úd e bu ca l e p la no p re ve nt iv o- te ra pê ut ic o (P PT ) p ro po st o Có di go pe rm an en te / de cí du o Co nd iç ão Pl an o PP T Nú m er o de co ns ul ta s su ge ri do Re to rn o Pr of is si on ai s en vo lv id os n o PP T CN – 0 N ão a pr es en ta n ec es si da de cl ín ic a Al ta c lín ic a 1 a 2 es co va çõ es de nt ai s su pe rv is io na da s 1 an o Au xi lia r d e sa úd e bu ca l, té cn ic o de s aú de b uc al e ci ru rg iã o- de nt is ta CN – 1 Ge ng iv ite s em fa to r r et en ti vo de p la ca es em a ti vi da de d e cá ri e In st ru çã o de hi gi en e or al 1 a 4 es co va çõ es de nt ai s su pe rv is io na da s 8 m es es Au xi lia r d e sa úd e bu ca l, té cn ic o de s aú de b uc al e ci ru rg iã o- de nt is ta CN – 2 At iv id ad e de c ár ie n ão ca vi ta da e /o u ge ng iv ite s em fa to r r et en ti vo d e pl ac a In st ru çã o de hi gi en e or al e ap lic aç ão tó pi ca de fl úo r 4 a 6 co ns ul ta s pa ra ap lic aç ão tó pi ca d e flú or (i nd iv id ua l o u co le ti va ) 90 a 1 20 di as Té cn ic o de s aú de b uc al e ci ru rg iã o- de nt is ta CN – 3 1 a 3 (n ec es si da de s cl ín ic as ) ca vi da de s e/ ou e xt ra çõ es in di ca da s e/ ou n ec es si da de de ra sp ag em , a lis am en to e po lim en to Ag en da r 2 a 3 co ns ul ta s cl ín ic as p ro gr am ad as 1 an o Té cn ic o de s aú de b uc al e ci ru rg iã o- de nt is ta (C on tin ua ) Organização da saúde bucal na atenção básica 7 Có di go pe rm an en te / de cí du o Co nd iç ão Pl an o PP T Nú m er o de co ns ul ta s su ge ri do Re to rn o Pr of is si on ai s en vo lv id os n o PP T CN – 4 4 a 7 (n ec es si da de s cl ín ic as ) ca vi da de s e/ ou e xt ra çõ es in di ca da s e/ ou n ec es si da de de ra sp ag em , a lis am en to e po lim en to Ag en da r 4 a 5 co ns ul ta s cl ín ic as p ro gr am ad as 1 an o Té cn ic o de s aú de b uc al e ci ru rg iã o- de nt is ta CN – 5 8 ou m ai s (n ec es si da de s cl ín ic as ) c av id ad es e /o u ex tr aç õe s in di ca da s e/ ou ne ce ss id ad e de ra sp ag em , al is am en to e p ol im en to Ag en da r 6 a 7 co ns ul ta s pr og ra m ad as 6 a 8 m es es Té cn ic o de s aú de b uc al e ci ru rg iã o- de nt is ta CN – 6 Al te ra çã o de te ci do m ol e Ag en da r o u en ca m in ha r pa ra o C en tr o de Es pe ci al id ad es O do nt ol óg ic as (C EO ) Pe lo m en os 1 co ns ul ta c lín ic a pr og ra m ad a Co nf or m e o ca so Ci ru rg iã o- de nt is ta CN – 7 Do r e sp on tâ ne a Ag en da r e m 24 h or as o u ir em p ro nt o at en di m en to 1 at en di m en to c lín ic o de u rg ên ci a Co nf or m e o ca so Ci ru rg iã o- de nt is ta Fo nt e: A da pt ad o de B ra si l ( 20 18 ). (C on tin ua çã o) Organização da saúde bucal na atenção básica8 A Rede de Atenção à Saúde Bucal (RASB) é complexa e multidirecional. Ela é composta por Unidades de Saúde Família (USF), UBS, CEO, UOM, Centros de Apoio Diagnóstico (CAD), Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), farmácias e hospitais de referência, conforme mostra a Figura 1 (BRASIL, 2018). Figura 1. Rede de atenção à saúde bucal em diferentes níveis de complexidade. Fonte: Secretaria de Atenção Primária à Saúde (c2022, documento on-line). É importante ressaltar que os serviços especializados servem como apoio à porta de entrada, que é a atenção básica, não devendo ser delegado a eles a função de manter o usuário em tratamento ou cuidado contínuo. De acordo com os critérios de encaminhamento corretos para procedimentos realizados, os usuários podem e devem ser referenciados aos CEOs, UPAs e hospitais, não deixando de lado a contrarreferência. Assim, é garantida a continuidade da atenção com uma equipe que já compreende as demandas e necessidades do paciente, além de já ter sido estabelecido o vínculo. Organização da saúde bucal na atenção básica 9 A equipe de saúde bucal precisa ter conhecimentos de várias áreas da odontologia, como periodontia, dentística, odontopediatria, cirurgia, endodontia, estomatologia, prótese dentária, odontologia para pacientes com necessidades especiais, ortodontia e urgência odontológica. O que diferencia a atuação do cirurgião-dentista do setor privado para o do setor público são as ações de prevenção, promoção e reabilitação da saúde. Campos de atuação do profissional de saúde bucal na atenção primária à saúde A inserção dos profissionais de saúde bucal se deu de forma paralela à orga- nização dos outros serviços de saúde. Os profissionais de saúde bucal estão inseridos na atenção primária desde 1995, mas apenas com a criação da PNSB essa inclusão ocorreu em âmbito nacional. A inclusão da saúde bucal na atenção primária à saúde a diferencia dos modelos vigentes em outros países e exige a integração de várias áreas do conhecimento (SCHERER et al., 2018). Assim, o atendimento clínico é apenas um dos campos de atuação, ocorrendo concomitantemente ações intersetoriais, educativas e de promoção à saúde (BRASIL, 2008). Ações intersetoriais As ações intersetoriais são definidas como “intervenções para mudar circuns- tâncias sociais e ambientais que afetam a saúde coletivamente e que possam conduzir a ambientes saudáveis. Envolvem estabelecimento de parcerias com setores e atores fora da área da saúde” (BRASIL, 2008, p. 24). O processo de construção dessas ações é complexo e depende da troca coletiva dos saberes entre vários setores. Servem para equacionar determinada questão sanitária, de modo que seja possível produzir soluções inovadoras quanto à melhoria da qualidade de vida (MORETTI et al., 2010). Esse processo propicia a cada setor a ampliação de sua capacidade de analisar e de transformar seu modo de operar a partir do convívio com a perspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esforços de todos sejam mais efetivos. Organização da saúde bucal na atenção básica10 Ações educativas As ações educativas são o reconhecimento da educação como instrumento de transformação social baseado na construção coletiva, tanto por meio dos conhecimentos acadêmicos quanto por meio da mobilização dos saberes populares (BRASIL; SANTOS, 2018). A partir das estratégias de educação em saúde, busca-se promover a autonomia e estimular a tomada de decisão frente às condições de saúde a níveis individual e coletivo. Essas estratégias devem se basear em formas de comunicação efetivas, para que o receptor da mensagem seja capaz de se apropriar do conteúdo. De acordo com Brasil e Santos (2018), um agente facilitador das práticas educativas é a ludicidade, pois ela torna as atividades prazerosas tanto para os profissionais quanto para a população. Contudo, as ações lúdicas devem estar acompanhadas de conteúdo, a fim de estimular a troca de saberes. Como sugerido pelo Ministério da Saúde, as ações de educação em saúde bucal devem abordar as formas de prevenção e de manifestação dos principais agravos em saúde bucal, como: [...] as principais doenças bucais, como se manifestam e como se previnem; a importância do autocuidado, da higiene bucal, da escovação com dentifrício fluo- retado e o uso do fio dental; os cuidados a serem tomados para evitar a fluorose; as orientações gerais sobre dieta; a orientação para autoexame da boca; os cui- dados imediatos após traumatismo dentário; a prevenção à exposição ao sol sem proteção; e a prevenção ao uso de álcool e fumo (BRASIL, 2008, p. 25). De maneira ideal, as ações educativas devem ser conduzidas pelos profis- sionais auxiliares, contando com o auxílio dos agentes comunitários de saúde. Embora essa também seja uma das atribuições do cirurgião-dentista, ele desempenha um maior papel no planejamento dessas ações (BRASIL, 2008). Ações de promoção à saúde A Política Nacional de Promoção à Saúde tem como objetivo principal a pro- moção da qualidade de vida e a redução da vulnerabilidade e dos riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes(BRASIL, 2008). Todavia, o cumprimento dos requisitos da promoção da saúde em seu conceito mais amplo é um desafio para os profissionais. Como destacado por Moretti et al. (2010, p. 1832): Organização da saúde bucal na atenção básica 11 O conceito e a prática da intersetorialidade precisam ser inseridos na rotina de gestores e profissionais de saúde para que ações de promoção de saúde não se tornem a repetição de modelos conhecidos e reconhecidamente pouco impactantes na melhoria de condições de saúde bucal da população. A responsabilidade sobre essa nova forma de olhar e cuidar não deve ser atribuída exclusivamente a esses atores, mas em políticas voltadas a facilitar a articulação dos setores governa- mentais e não governamentais, controle e responsabilização social, estimulando a educação continuada de profissionais de saúde no protagonismo dessas ações. Ações de assistência As ações de assistência são “intervenções clínicas curativas, de cunho indivi- dual ou coletivo, ofertadas de maneira a impactar os principais problemas de saúde da população” (BRASIL, 2008, p. 30). É importante ressaltar que as ações devem ocorrer de forma integrada. Por exemplo, no momento do atendimento clínico de uma criança, é feito o inquérito de hábitos alimentares, hábitos de higiene bucal e demais fatores de risco para cárie com o responsável. Nesse momento, ao se identificar um risco considerável, são feitas ações educativas e/ou de promoção de saúde, visando à modificação do quadro atual. Além das ações citadas, o trabalho em saúde bucal requer ações adicio- nais, como estímulo à participação e controle social, educação permanente, trabalho integrado em equipe e busca por melhores condições de trabalho (SCHERER et al., 2018). Para avaliar a qualidade das ações, é imprescindível o constante monitoramento e, se necessário, o replanejamento. Todas as ações devem ser adequadas aos principais agravos em saúde bucal: a cárie dentária, a doença periodontal (gengivite e periodontite), o edentulismo, a maloclusão, o câncer de boca, a fluorose dentária e os trauma- tismos dentários (BRASIL, 2018). Além disso, o levantamento dos indicadores no território pode direcionar as práticas para a resolução das necessidades de determinada população. A Figura 2 mostra as principais atividades de- senvolvidas no território e o fluxo de atendimento de acordo com os grupos. Organização da saúde bucal na atenção básica12 Figura 2. Resumo do campo de atuação, da rede de atenção e das atividades desempenhadas pela equipe de saúde bucal no território. Fonte: Brasil (2008, p. 30). Organização da saúde bucal na atenção básica 13 É importante ressaltar que as ações de assistência não devem se basear na ordem de chegada como forma de organização da priori- dade no atendimento, mas sim no grau de sofrimento e na maior necessidade de atenção. Uma das bases do atendimento à demanda espontânea é o acolhimento, que se diferencia de triagem. Na triagem, há uma seleção de quais usuários se enquadram nos critérios de entrada no serviço. Por outro lado, o acolhimento trata do entendimento das necessidades e dos riscos. Neste capítulo, adquirimos o conhecimento necessário para adequar a atuação do cirurgião-dentista aos requisitos dos serviços de saúde do SUS. Vale lembrar que a inserção do cirurgião-dentista na atenção básica é com- plexa, precisando de habilidades muitas vezes não trabalhadas no cotidiano do atendimento clínico. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes da política nacional de saúde bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. A saúde bucal no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. (Série A. Normas e Manuais Técnicos; Cadernos de Atenção Básica, n. 17). BRASIL. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF)... Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/ prt2488_21_10_2011.html. Acesso em: 2 maio 2022. BRASIL, P. R. C.; SANTOS, A. M. Desafios às ações educativas das equipes de saúde bucal na atenção primária à saúde: táticas, saberes e técnicas. Physis – Revista de Saúde Coletiva, v. 28, n. 4, p. 1-23, 2018. BRASIL Sorridente: atenção primária. Ministério da Saúde (Brasil), c2022. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/ape/brasilsorridente/atencaobasica. Acesso em: 2 maio 2022. LUCENA, E. H. G.; PUCCA JÚNIOR, G. A.; SOUSA, M. F. A Política Nacional de Saúde Bucal no Brasil no contexto do Sistema Único de Saúde. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, v. 5, n. 3, p. 53-63, 2011. MORETTI, A. C. et al. Intersetorialidade nas ações de promoção de saúde realizadas pelas equipes de saúde bucal de Curitiba (PR). Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. 1, p. 1827-1834, 2010. Organização da saúde bucal na atenção básica14 OLIVEIRA, R. S.; MORAIS, H. M. M.; GOES, P. S. A. A prática odontológica ontem e hoje. In: GOES, P. S. A. (org.). Gestão da prática em saúde bucal. São Paulo: Artes Médicas, 2014. p. 13-24. PERES NETO, J.; CORTELLAZZI, K. L.; SOUSA, M. L. R. Organização da demanda em saúde bucal e a vulnerabilidade familiar. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 3623-3633, 2021. Supl. 2. SAVASSI, L. C. M.; LAGE, J. L.; COELHO, F. L. G. Sistematização de um instrumento de estratificação de risco familiar: Escala de Risco Familiar de Coelho-Savassi. Journal of Management and Primary Health Care, v. 3, n. 2, p. 179-185, 2012. SCHERER, C. I. et al. O trabalho em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família: uma difícil integração? Saúde Debate, v. 42, n. 2, p. 233-246, 2018. SECRETARIA de Atenção Primária à Saúde. Ministério da Saúde (Brasil), c2022. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/. Acesso em: 2 maio 2022. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os edito- res declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Organização da saúde bucal na atenção básica 15 Dica do professor A atuação dos profissionais de saúde bucal na atenção básica é complexa e baseada no conceito ampliado de saúde. Busca-se ampliar o acesso, o acolhimento e o vínculo por meio do trabalho em equipe e em paralelo com os demais serviços de saúde e fora deles. Nesta Dica do Professor, você vai conhecer os campos de atuação dos profissionais da saúde bucal na atenção básica. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/d348301ec42716f379abc6358886bd7f Exercícios 1) A equipe de saúde bucal, a depender da sua estruturação, é composta basicamente pelo cirurgião-dentista, pelo auxiliar em saúde bucal e/ou pelo técnico em saúde bucal. No que diz respeito à atribuição das ações de saúde bucal, assinale a alternativa correta. A) As ações de prevenção e promoção da saúde em grupo podem ser executadas por qualquer profissional da equipe, sendo coordenadas e planejadas pelo técnico em saúde bucal. B) O cirurgião-dentista deve direcionar 50% da sua carga horária de trabalho para o atendimento clínico, estando o restante direcionado às atividades coletivas. C) O técnico em saúde bucal está habilitado a realizar diagnóstico da condição bucal e planejamento terapêutico, assim facilitando a organização do atendimento pelo cirurgião- dentista. D) O gerenciamento dos insumos para o funcionamento da unidade é responsabilidade do pessoal técnico-auxiliar,é facultativa a participação do cirurgião-dentista. E) O auxiliar em saúde bucal atua na organização dos instrumentais e materiais e na instrumentação do cirurgião-dentista e do técnica em saúde bucal, portanto seu papel na equipe é fundamental. 2) Sabe-se que a organização da demanda dos usuários deve se basear em uma classificação de necessidades. Essa classificação coloca em ordem de prioridade os indivíduos com mais necessidade, respeitando o princípio da equidade. Sobre a classificação de necessidades e a determinação do plano preventivo-terapêutico, assinale a alternativa correta. A) Os indivíduos sem necessidade clínica devem receber alta clínica sem nenhuma intervenção sugerida. Não há indicação de serem incluídos nas atividades coletivas, visto que apresentam baixo risco de cárie. B) Usuários apresentando alterações de tecidos moles devem ser encaminhados ao CEO. No centro darão seguimento ao tratamento clínico necessário, sem necessidade de contrarreferência para a atenção básica. C) Uma vez identificado quadro de urgência com dor espontânea, o usuário deve ser direcionado para atendimento em UPA ou CEO para resolução do quadro apresentado. D) Em casos nos quais o usuário apresente entre quatro e sete cavidades, extrações indicadas e/ou necessidades de RAP, o tratamento pode ser finalizado em consultas clínicas programadas e o retorno deve ser realizado anualmente. E) A presença de fatores retentivos de placa não deve ser considerada para classificar as necessidades em saúde bucal. Apenas se deve analisar a presença ou a ausência de lesões de cárie cavitadas. • 3) O Ministério da Saúde redefiniu, no ano de 2006, os indicadores de saúde bucal com o intuito de otimizar o monitoramento e a avaliação das ações e dos serviços de saúde bucal. Em relação aos indicadores, analise as afirmativas a seguir: I - Proporção de procedimentos odontológicos especializados em relação às ações odontológicas individuais. II - Média de procedimentos odontológicos básicos individuais. III - Cobertura de consultas odontológicas de pronto atendimento. Quanto às proposições, assinale a alternativa que contém apenas indicadores de saúde bucal utilizados na atenção básica: A) Apenas I. B) Apenas II. C) I e II. D) II e III. E) I e III. 4) O Caderno de Atenção Básica no 17 sugere os principais procedimentos a serem adequadamente referenciados das UBS e para as especialidades inseridas no CEO, a fim de organizar a demanda dos usuários. Considerando os critérios de encaminhamento para as especialidades, assinale a alternativa que descreve apenas situações clínicas que devem ser referenciadas ao CEO: A) Correção de hipertrofia de rebordo alveolar, gengivoplastia por hemiarcada, cirurgias complexas de tecidos duros e moles e exodontias simples de raízes residuais. B) Selamento de cavidades, frenectomia lingual, osteotomia corretiva, tratamento de perfuração radicular e cirurgia de dentes inclusos/semi-inclusos. C) Tratamento endodônico em dente permanente unirradicular, tratamento periodontal em situação de emergência e cirurgia pré-protética. D) Pacientes com indicação de tratamento endodôntico em dente decíduo unirradicular e adequação de meio bucal em mulheres grávidas. E) Pacientes com nódulos com infartamento ganglionar, exodontia múltipla com alveoloplastia e aplicação de flúor em pacientes com necessidades especiais. 5) Os levantamentos epidemiológicos realizados pelo Ministério da Saúde em nível nacional, denominados Projetos SB Brasil, detalham a situação da saúde bucal em relação aos principais agravos: cárie dentária, doença periodontal, edentulismo, maloclusão, câncer de boca, fluorose dentária e traumatismos dentários. Sobre os principais agravos em saúde bucal, assinale a alternativa correta. A) Os levantamentos epidemiológicos nacionais mostram a queda na prevalência de cárie no Brasil ao longo dos anos, com distribuição homogênea quanto às faixas etárias e entre as regiões do país. B) São considerados fatores de risco para o desenvolvimento da cárie dentária: fatores culturais e socioeconômicos, falta de acesso ao flúor, hábitos como tabagismo e doenças crônicas como o diabetes. C) As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas associadas a hábitos deletérios durante a gestação. Assim, é papel do cirurgião-dentista na atenção básica orientar as gestantes sobre os fatores de risco para esse agravo em saúde bucal. D) A inclusão dos laboratórios regionais de prótese dentária (LRPD) possibilitou a resolução do edentulismo como problema de saúde pública por facilitar o acesso à reabilitação oral. E) A instituição de água e dentifrícios fluoretados para controle de cárie causou aumento signifivativo do nível de severidade de fluorose, com alto percentual de fluorose grave em todas as regiões do Brasil. Na prática A atenção primária à saúde se baseia em princípios de coordenação do cuidado, da criação e da continuidade de vínculo, integralidade e humanização. Os profissionais devem sempre orientar sua prática às necessidades manifestadas pelos usuários e construir uma rede de trocas complexas, a qual traz benefícios para todos. Na saúde bucal, a atuação do cirurgião-dentista, do auxiliar e do técnico em saúde bucal vai além das dificuldades técnicas inerentes a essas profissões e requisita habilidades mais complexas. Assim, para romper com as antigas formas de trabalho da odontologia, é necessário capacitar os novos profissionais para uma mudança de paradigmas. Conheça, Na Prática, um estudo de caso exemplificando a relação da saúde bucal com a saúde sistêmica no contexto da atenção básica e as diversas ações realizadas por uma equipe de saúde bucal. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/257dc431-9793-4227-a29e-a31aaaea1acd/e6cf3b7d-d787-489f-b748-15cfab2953df.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Gestão da Prática em Saúde Bucal (Série Abeno) No Capítulo 3 deste livro, intitulado Abordagem comunitária da prática em saúde bucal, você vai compreender como se dá a abordagem comunitária, compreendendo como utilizar os determinantes sociais da saúde e o diagnóstico dos problemas do território para o planejamento da saúde bucal. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Problemas éticos na saúde bucal no contexto da atenção primária à saúde Neste artigo você vai conhecer e entender quais são os principais dilemas éticos enfrentados pelos profissionais de saúde bucal na atenção básica, desvelando os problemas desse tipo que ocorrem nas relações de trabalho e na produção do cuidado em saúde bucal a partir de uma série de entrevistas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Processo de trabalho em saúde bucal: disparidade entre as equipes no Brasil Neste artigo você vai saber se há diferença no desempenho das equipes de saúde bucal tipos I e II no Brasil e entender essa relação. O trabalho objetivou comparar as equipes de saúde bucal das modalidades I e II quanto ao desempenho no processo de trabalho e, assim, identificar diferenças nesse cuidado entre as regiões brasileiras. https://viewer.bibliotecaa.binpar.com/viewer/9788536702483/35 https://publica.sagah.com.br/publicador/objects/attachment/642435486/Gomesetal.2019.pdf?v=1465427354 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O papel dos profissionais na equipe de atenção primária à saúde Neste vídeo você vai entender as atividades realizadas em uma unidade de saúde de atenção primária à saúde e a importância de cada profissional. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://publica.sagah.com.br/publicador/objects/attachment/1452478586/Amorimetal.2021.pdf?v=953085536https://www.youtube.com/embed/GpFo5hr0vAc
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