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Organização da Saúde Bucal na Atenção Básica

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Prévia do material em texto

Organização da saúde bucal na 
atenção básica
Apresentação
A perpetuação do modelo assistencial-privatista e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde 
bucal na rede pública resultaram no reforço da concepção da odontologia predominantemente 
assistencialista, mutiladora e individualizada. A partir do ano de 2003, com a criação da Política 
Nacional de Saúde Bucal e do programa Brasil Sorridente pelo Ministério da Saúde, iniciou-se o 
processo de reorientação do modelo de saúde bucal.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender a estrutura organizacional da saúde bucal 
no Brasil e vai conhecer as atribuições dos profissionais que compõem as equipes. Você vai estudar 
as estratégias e ações instituídas para atender às demandas dos usuários. Ao final, vai estar apto a 
aplicar esses conhecimentos na sua vida profissional como cirurgião-dentista da rede pública.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os profissionais de saúde bucal habilitados a atuar na atenção básica.•
Organizar a demanda de usuários para a rede de atenção básica na saúde bucal.•
Analisar quais os campos de atuação do profissional de saúde bucal dentro da atenção básica.•
Desafio
No contexto da atenção básica, o dentista tem atribuições que vão além do atendimento 
odontológico clínico dentro da unidade básica de saúde (UBS). É imprescindível que, durante as 
ações externas, o profissional seja capaz de identificar as demandas e as necessidades do usuário e 
de direcioná-lo ao atendimento de acordo com elas.
Confira a situação a seguir:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
A partir dos quadros descritos, quais são as medidas a serem tomadas por você, adequando-as à 
situação de cada usuário?
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/34be4dbd-d208-492d-bf37-0a788e48d930/49e4bb88-60ca-4c5c-a7d3-ee1e488b71a4.jpg
Infográfico
A atenção básica ou atenção primária à saúde se configura como a porta de entrada do usuário ao 
SUS. Dessa forma, torna-se um desafio propiciar o acesso dele como forma de garantir a 
universalidade.
Neste Infográfico, você vai conhecer e entender quais são as ações da equipe de saúde bucal.
 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c9762925-859d-469f-b1e3-09ee91d07830/7dcf1ba4-dcc7-4c3b-94d8-30f8df2d0a57.jpg
Conteúdo do livro
O conhecimento das ações de atuação do cirurgião-dentista, dos campos de trabalho e de como 
são organizados o fluxo e a demanda dos usuários é um dos pré-requisitos para a atuação da 
atenção básica. Precisamos entender os aspectos técnicos e científicos das doenças e, em 
simultâneo, compreender os conceitos de integralidade, universalidade, equidade, acesso, território 
e outros aspectos que influenciam o processo saúde-doença, como os determinantes sociais.
No capítulo Organização da saúde bucal na atenção básica, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai compreender a estrutura e os processos de trabalho da equipe de saúde 
bucal e a sua integração com a média e alta complexidade.
Boa leitura.
SAÚDE BUCAL 
COLETIVA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Identificar os profissionais de saúde bucal habilitados a atuar na atenção 
básica.
 > Organizar a demanda de usuários para a rede de atenção básica na saúde 
bucal.
 > Analisar quais os campos de atuação do profissional de saúde bucal 
dentro da atenção básica.
Introdução
A Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), lançada em 2004, propôs a reo-
rientação da prática de saúde bucal na atenção básica, de forma a ampliar o 
acesso e contemplar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 
2004). Entretanto, a complexidade da construção do cuidado se deve a múltiplos 
fatores, incluindo a perpetuação de um modelo de saúde bucal predominan-
temente tecnicista e individualizado. As diretrizes da PNSB modificaram o 
entendimento da saúde bucal, que antigamente era tratada como ausência de 
doença, e propiciaram o direcionamento da atenção aos determinantes sociais 
da saúde e do ser humano em sua maior complexidade.
Organização da 
saúde bucal na 
atenção básica
Mayara Simões Bispo
A atenção básica é o primeiro contato da população com os serviços públicos 
de saúde, por isso é construída com base no estabelecimento de vínculo e no 
acolhimento, buscando suprir às demandas dos usuários de forma efetiva. 
Com isso, é uma grande responsabilidade das equipes de saúde bucal pautar 
seus processos de trabalho nos conceitos de território-família-comunidade, 
humanização da atenção e coordenação do cuidado.
Neste capítulo, você vai conhecer os processos de trabalho da equipe de 
saúde bucal, com ênfase no papel de cada profissional. Além disso, vai estudar 
o fluxo de atendimento e organização da demanda dos usuários. Por fim, vai 
identificar os campos de atuação, caso queira se inserir no SUS durante a sua 
trajetória profissional.
Papel dos profissionais da equipe de saúde 
bucal na atenção básica
Historicamente, a trajetória da prática odontológica no Brasil trilhou os ca-
minhos caracterizados pelas ações predominantemente curativas, de caráter 
individualista, mutilador e de difícil acesso, ficando restrita aos grupos de 
maior nível socioeconômico. Até o início da primeira década do século XXI, não 
havia uma política pública que direcionasse as ações em saúde bucal. Esse 
cenário culminou nas péssimas condições de saúde bucal da população, com 
alto índice de cárie, doença periodontal e edentulismo. A partir de 2004, com 
a implantação da PNSB no Brasil, mais conhecida como Brasil Sorridente, foi 
necessário repensar as antigas práticas e reorientar o modelo, pautando-se 
nas novas diretrizes do Ministério da Saúde (OLIVEIRA; MORAIS; GOES, 2014; 
PERES NETO; CORTELLAZZI; SOUSA, 2021).
O processo de trabalho da equipe de saúde bucal requer a integração e 
o comprometimento dos profissionais para suprir a demanda individual e 
coletiva da população, atendendo aos princípios de universalidade, equidade, 
integralidade da atenção, trabalho em equipe e interdisciplinar, foco de atu-
ação centrado no território-família-comunidade, humanização da atenção, 
responsabilização e vínculo (LUCENA; PUCCA JÚNIOR; SOUSA, 2011).
As equipes de saúde bucal são compostas pelo cirurgião-dentista, pelo 
auxiliar de saúde bucal e/ou pelo técnico de saúde bucal. Elas podem ser 
classificadas em três modalidades; veja a seguir (BRASIL, 2018).
1. Dois profissionais: cirurgião-dentista e auxiliar de saúde bucal ou 
técnico de saúde bucal.
Organização da saúde bucal na atenção básica2
2. Três profissionais: cirurgião-dentista, técnico de saúde bucal e auxiliar 
de saúde bucal.
3. Profissionais das modalidades anteriores que operam em unidade 
odontológica móvel (UOM).
A modalidade da equipe de saúde bucal implica na verba de custeio re-
passada pelo Ministério da Saúde para sua manutenção. Vale ressaltar que, 
normalmente, as equipes devem cumprir uma carga horária de 40 horas, mas 
as equipes da modalidade 1 podem atuar com carga horária diferenciada (de 
20 ou 30 horas), causando a redução da verba de custeio. Além do atendimento 
na Unidade Básica de Saúde (UBS), a equipe de saúde bucal pode atuar em 
UOMs, ofertando acesso a serviços de saúde a populações com dificuldade 
de acesso, como em áreas isoladas (modalidade 3) (BRASIL Sorridente, c2022).
Para melhor organizar as funções e atribuições dos profissionais da equipe 
de saúde bucal, a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 (BRASIL, 2011), 
revisa as atribuições mínimas para cada profissional atuante na atenção 
básica (Quadro 1).
Quadro 1. Atribuições do cirurgião-dentista, do técnico em saúde bucal e 
do auxiliar em saúde bucal
Profissional Atribuição
Cirurgião- 
-dentista
 � Realizar diagnóstico para obter o perfil epidemiológico para 
o planejamento ea programação em saúde bucal.
 � Realizar a atenção a saúde em saúde bucal (promoção e 
proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, 
tratamento, acompanhamento, reabilitação e manutenção 
da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, 
indivíduos e grupos específicos, de acordo com 
planejamento da equipe, com resolubilidade.
 � Realizar os procedimentos clínicos da atenção básica 
em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências, 
pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos 
relacionados com a fase clínica da instalação de próteses 
dentárias elementares.
 � Realizar atividades programadas e de atenção à demanda 
espontânea.
 � Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à 
promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais.
 � Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes 
à saúde bucal com os demais membros da equipe, 
buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma 
multidisciplinar.
(Continua)
Organização da saúde bucal na atenção básica 3
Profissional Atribuição
Cirurgião- 
-dentista
 � Realizar a supervisão técnica do técnico em saúde bucal e 
do auxiliar em saúde bucal.
 � Participar do gerenciamento dos insumos necessários para 
o funcionamento adequado da UBS.
Técnico em 
saúde bucal
 � Realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva a 
todas as famílias, indivíduos e grupos específicos, segundo 
programação e de acordo com suas competências técnicas 
e legais.
 � Coordenar a manutenção e a conservação dos 
equipamentos odontológicos.
 � Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes 
à saúde bucal com os demais membros da equipe, 
buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma 
multidisciplinar.
 � Apoiar as atividades dos auxiliares em saúde bucal e dos 
agentes comunitários de saúde nas ações de prevenção e 
promoção da saúde bucal.
 � Participar do gerenciamento dos insumos necessários para 
o funcionamento adequado da UBS.
 � Participar do treinamento e da capacitação do auxiliar em 
saúde bucal e dos agentes multiplicadores das ações de 
promoção à saúde.
 � Participar das ações educativas, atuando na promoção da 
saúde e na prevenção das doenças bucais.
 � Participar na realização de levantamentos e estudos 
epidemiológicos, exceto na categoria de examinador.
 � Realizar atividades programadas e de atenção à demanda 
espontânea.
 � Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde 
bucal.
 � Fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação 
técnica definida pelo cirurgião-dentista.
 � Realizar fotografias e tomadas de uso odontológicos 
exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas.
 � Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais 
odontológicos na restauração dentária direta, vedado 
o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo 
cirurgião-dentista.
 � Fazer a limpeza e a antissepsia do campo operatório, antes 
e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares.
 � Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, 
manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos.
(Continuação)
(Continua)
Organização da saúde bucal na atenção básica4
Profissional Atribuição
Auxiliar em 
saúde bucal
 � Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal 
para famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento 
local e protocolos de atenção à saúde.
 � Realizar atividades programadas e de atenção à demanda 
espontânea.
 � Executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização 
do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do 
ambiente de trabalho.
 � Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções 
clínicas.
 � Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde 
bucal.
 � Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à 
saúde bucal com os demais membros da equipe de saúde da 
família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de 
forma multidisciplinar.
 � Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, 
transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos 
odontológicos.
 � Processar filme radiográfico.
 � Selecionar moldeiras.
 � Preparar modelos em gesso.
 � Manipular materiais de uso odontológico.
 � Participar na realização de levantamentos e estudos 
epidemiológicos, exceto na categoria de examinador.
Fonte: Adaptado de Brasil (2011).
Nesta seção, conhecemos os profissionais de saúde bucal que trabalham 
na atenção básica. A seguir, vamos estudar como funciona a organização da 
rede de atenção para o atendimento das demandas dos usuários.
Organização da rede de atenção para 
atendimento às demandas dos usuários
Entre os principais desafios enfrentados pelos gestores e profissionais, está a 
organização da demanda, pois ela deve englobar toda a área de abrangência 
da UBS e, em muitos casos, a população sem cobertura. Deve-se:
(Continuação)
Organização da saúde bucal na atenção básica 5
[...] unificar a porta de entrada com a área de médico-enfermagem; garantir acesso 
à demanda espontânea; desenvolver ações programadas de promoção da saúde, 
prevenção de doenças e de assistência, voltadas ao controle das patologias crô-
nicas e/ou às populações mais vulneráveis do território; organizar uma atenção 
domiciliar; reordenar a atenção de média complexidade (BRASIL, 2008, p. 21-22).
Para a atenção integral do usuário, é necessária a avaliação minuciosa, de 
modo a classificar as necessidades e tratá-las adequadamente. Há diferentes 
formas de classificar indivíduos ou grupos de maior prioridade, considerando 
aspectos como vulnerabilidade, risco familiar e quesitos epidemiológicos, 
sanitários e sociais (PERES NETO; CORTELLAZZI; SOUSA, 2021). Assim, são 
respeitados os princípios de equidade, integralidade e universalidade.
A escala de risco familiar de Coelho-Savassi é o instrumento usado para 
estratificar o risco familiar. Esse instrumento é uma classificação objetiva, 
utilizando escores de pontuação, com o objetivo de determinar o potencial 
de adoecimento de cada núcleo familiar. Para o cálculo de risco familiar, 
são consideradas, em maior grau, a presença de membro familiar acamado, 
portador de deficiência física ou mental, baixas condições de saneamento, 
desnutrição grave e relação morador/cômodo maior que 1. Além disso, critérios 
de saúde sistêmica, como membro portador de hipertensão arterial sistêmica 
ou diabetes mellitus, também são considerados fatores de risco, porém em 
menor grau. A soma dos critérios classifica o risco em mínimo, com escore 
5 e 6, médio, com escore 7 e 8, e máximo, com escore acima de 9. Com isso, 
é possível compreender e planejar as ações, direcionando-as aos grupos de 
maior vulnerabilidade (SAVASSI; LAGE; COELHO, 2012).
Apesar da existência desse sistema, o mais comumente utilizado é o sistema 
de classificação das necessidades quanto à condição clínica, proposto pelo 
Ministério da Saúde a partir de uma adaptação de um modelo proposto pelo 
município de Porto Alegre (RS) (BRASIL, 2018). Assim, é possível direcionar 
o plano terapêutico para melhor atender às demandas dos usuários, espe-
cificamente quanto à condição atual de saúde bucal. O Quadro 2 detalha a 
classificação das necessidades de acordo com a condição bucal.
Organização da saúde bucal na atenção básica6
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Organização da saúde bucal na atenção básica8
A Rede de Atenção à Saúde Bucal (RASB) é complexa e multidirecional. Ela 
é composta por Unidades de Saúde Família (USF), UBS, CEO, UOM, Centros de 
Apoio Diagnóstico (CAD), Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD), 
Unidades de Pronto Atendimento (UPA), farmácias e hospitais de referência, 
conforme mostra a Figura 1 (BRASIL, 2018).
Figura 1. Rede de atenção à saúde bucal em diferentes níveis de complexidade.
Fonte: Secretaria de Atenção Primária à Saúde (c2022, documento on-line).
É importante ressaltar que os serviços especializados servem como apoio 
à porta de entrada, que é a atenção básica, não devendo ser delegado a eles 
a função de manter o usuário em tratamento ou cuidado contínuo. De acordo 
com os critérios de encaminhamento corretos para procedimentos realizados, 
os usuários podem e devem ser referenciados aos CEOs, UPAs e hospitais, não 
deixando de lado a contrarreferência. Assim, é garantida a continuidade da 
atenção com uma equipe que já compreende as demandas e necessidades 
do paciente, além de já ter sido estabelecido o vínculo.
Organização da saúde bucal na atenção básica 9
A equipe de saúde bucal precisa ter conhecimentos de várias áreas da 
odontologia, como periodontia, dentística, odontopediatria, cirurgia, 
endodontia, estomatologia, prótese dentária, odontologia para pacientes com 
necessidades especiais, ortodontia e urgência odontológica. O que diferencia 
a atuação do cirurgião-dentista do setor privado para o do setor público são 
as ações de prevenção, promoção e reabilitação da saúde.
Campos de atuação do profissional de 
saúde bucal na atenção primária à saúde
A inserção dos profissionais de saúde bucal se deu de forma paralela à orga-
nização dos outros serviços de saúde. Os profissionais de saúde bucal estão 
inseridos na atenção primária desde 1995, mas apenas com a criação da 
PNSB essa inclusão ocorreu em âmbito nacional. A inclusão da saúde bucal 
na atenção primária à saúde a diferencia dos modelos vigentes em outros 
países e exige a integração de várias áreas do conhecimento (SCHERER et al., 
2018). Assim, o atendimento clínico é apenas um dos campos de atuação, 
ocorrendo concomitantemente ações intersetoriais, educativas e de promoção 
à saúde (BRASIL, 2008).
Ações intersetoriais
As ações intersetoriais são definidas como “intervenções para mudar circuns-
tâncias sociais e ambientais que afetam a saúde coletivamente e que possam 
conduzir a ambientes saudáveis. Envolvem estabelecimento de parcerias com 
setores e atores fora da área da saúde” (BRASIL, 2008, p. 24). O processo de 
construção dessas ações é complexo e depende da troca coletiva dos saberes 
entre vários setores. Servem para equacionar determinada questão sanitária, 
de modo que seja possível produzir soluções inovadoras quanto à melhoria 
da qualidade de vida (MORETTI et al., 2010).
Esse processo propicia a cada setor a ampliação de sua capacidade de 
analisar e de transformar seu modo de operar a partir do convívio com a 
perspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esforços de 
todos sejam mais efetivos.
Organização da saúde bucal na atenção básica10
Ações educativas
As ações educativas são o reconhecimento da educação como instrumento 
de transformação social baseado na construção coletiva, tanto por meio dos 
conhecimentos acadêmicos quanto por meio da mobilização dos saberes 
populares (BRASIL; SANTOS, 2018). A partir das estratégias de educação em 
saúde, busca-se promover a autonomia e estimular a tomada de decisão 
frente às condições de saúde a níveis individual e coletivo. Essas estratégias 
devem se basear em formas de comunicação efetivas, para que o receptor 
da mensagem seja capaz de se apropriar do conteúdo.
De acordo com Brasil e Santos (2018), um agente facilitador das práticas 
educativas é a ludicidade, pois ela torna as atividades prazerosas tanto para 
os profissionais quanto para a população. Contudo, as ações lúdicas devem 
estar acompanhadas de conteúdo, a fim de estimular a troca de saberes.
Como sugerido pelo Ministério da Saúde, as ações de educação em saúde 
bucal devem abordar as formas de prevenção e de manifestação dos principais 
agravos em saúde bucal, como:
[...] as principais doenças bucais, como se manifestam e como se previnem; a 
importância do autocuidado, da higiene bucal, da escovação com dentifrício fluo-
retado e o uso do fio dental; os cuidados a serem tomados para evitar a fluorose; 
as orientações gerais sobre dieta; a orientação para autoexame da boca; os cui-
dados imediatos após traumatismo dentário; a prevenção à exposição ao sol sem 
proteção; e a prevenção ao uso de álcool e fumo (BRASIL, 2008, p. 25).
De maneira ideal, as ações educativas devem ser conduzidas pelos profis-
sionais auxiliares, contando com o auxílio dos agentes comunitários de saúde. 
Embora essa também seja uma das atribuições do cirurgião-dentista, ele 
desempenha um maior papel no planejamento dessas ações (BRASIL, 2008).
Ações de promoção à saúde
A Política Nacional de Promoção à Saúde tem como objetivo principal a pro-
moção da qualidade de vida e a redução da vulnerabilidade e dos riscos à 
saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes(BRASIL, 2008). 
Todavia, o cumprimento dos requisitos da promoção da saúde em seu conceito 
mais amplo é um desafio para os profissionais. Como destacado por Moretti 
et al. (2010, p. 1832):
Organização da saúde bucal na atenção básica 11
O conceito e a prática da intersetorialidade precisam ser inseridos na rotina de 
gestores e profissionais de saúde para que ações de promoção de saúde não se 
tornem a repetição de modelos conhecidos e reconhecidamente pouco impactantes 
na melhoria de condições de saúde bucal da população. A responsabilidade sobre 
essa nova forma de olhar e cuidar não deve ser atribuída exclusivamente a esses 
atores, mas em políticas voltadas a facilitar a articulação dos setores governa-
mentais e não governamentais, controle e responsabilização social, estimulando 
a educação continuada de profissionais de saúde no protagonismo dessas ações.
Ações de assistência
As ações de assistência são “intervenções clínicas curativas, de cunho indivi-
dual ou coletivo, ofertadas de maneira a impactar os principais problemas de 
saúde da população” (BRASIL, 2008, p. 30). É importante ressaltar que as ações 
devem ocorrer de forma integrada. Por exemplo, no momento do atendimento 
clínico de uma criança, é feito o inquérito de hábitos alimentares, hábitos de 
higiene bucal e demais fatores de risco para cárie com o responsável. Nesse 
momento, ao se identificar um risco considerável, são feitas ações educativas 
e/ou de promoção de saúde, visando à modificação do quadro atual.
Além das ações citadas, o trabalho em saúde bucal requer ações adicio-
nais, como estímulo à participação e controle social, educação permanente, 
trabalho integrado em equipe e busca por melhores condições de trabalho 
(SCHERER et al., 2018). Para avaliar a qualidade das ações, é imprescindível o 
constante monitoramento e, se necessário, o replanejamento.
Todas as ações devem ser adequadas aos principais agravos em saúde 
bucal: a cárie dentária, a doença periodontal (gengivite e periodontite), o 
edentulismo, a maloclusão, o câncer de boca, a fluorose dentária e os trauma-
tismos dentários (BRASIL, 2018). Além disso, o levantamento dos indicadores 
no território pode direcionar as práticas para a resolução das necessidades 
de determinada população. A Figura 2 mostra as principais atividades de-
senvolvidas no território e o fluxo de atendimento de acordo com os grupos.
Organização da saúde bucal na atenção básica12
Figura 2. Resumo do campo de atuação, da rede de atenção e das atividades desempenhadas 
pela equipe de saúde bucal no território.
Fonte: Brasil (2008, p. 30).
Organização da saúde bucal na atenção básica 13
É importante ressaltar que as ações de assistência não devem se 
basear na ordem de chegada como forma de organização da priori-
dade no atendimento, mas sim no grau de sofrimento e na maior necessidade de 
atenção. Uma das bases do atendimento à demanda espontânea é o acolhimento, 
que se diferencia de triagem. Na triagem, há uma seleção de quais usuários se 
enquadram nos critérios de entrada no serviço. Por outro lado, o acolhimento 
trata do entendimento das necessidades e dos riscos.
Neste capítulo, adquirimos o conhecimento necessário para adequar a 
atuação do cirurgião-dentista aos requisitos dos serviços de saúde do SUS. 
Vale lembrar que a inserção do cirurgião-dentista na atenção básica é com-
plexa, precisando de habilidades muitas vezes não trabalhadas no cotidiano 
do atendimento clínico.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes da política nacional de saúde bucal. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. A saúde bucal no Sistema 
Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde bucal. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2008. (Série A. Normas e Manuais Técnicos; Cadernos de Atenção 
Básica, n. 17).
BRASIL. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de 
Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização 
da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF)... Brasília: Ministério da 
Saúde, 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/
prt2488_21_10_2011.html. Acesso em: 2 maio 2022.
BRASIL, P. R. C.; SANTOS, A. M. Desafios às ações educativas das equipes de saúde bucal 
na atenção primária à saúde: táticas, saberes e técnicas. Physis – Revista de Saúde 
Coletiva, v. 28, n. 4, p. 1-23, 2018.
BRASIL Sorridente: atenção primária. Ministério da Saúde (Brasil), c2022. Disponível em: 
https://aps.saude.gov.br/ape/brasilsorridente/atencaobasica. Acesso em: 2 maio 2022.
LUCENA, E. H. G.; PUCCA JÚNIOR, G. A.; SOUSA, M. F. A Política Nacional de Saúde Bucal 
no Brasil no contexto do Sistema Único de Saúde. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 
v. 5, n. 3, p. 53-63, 2011.
MORETTI, A. C. et al. Intersetorialidade nas ações de promoção de saúde realizadas 
pelas equipes de saúde bucal de Curitiba (PR). Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. 1, p. 
1827-1834, 2010.
Organização da saúde bucal na atenção básica14
OLIVEIRA, R. S.; MORAIS, H. M. M.; GOES, P. S. A. A prática odontológica ontem e hoje. 
In: GOES, P. S. A. (org.). Gestão da prática em saúde bucal. São Paulo: Artes Médicas, 
2014. p. 13-24.
PERES NETO, J.; CORTELLAZZI, K. L.; SOUSA, M. L. R. Organização da demanda em saúde 
bucal e a vulnerabilidade familiar. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 3623-3633, 2021. 
Supl. 2.
SAVASSI, L. C. M.; LAGE, J. L.; COELHO, F. L. G. Sistematização de um instrumento de 
estratificação de risco familiar: Escala de Risco Familiar de Coelho-Savassi. Journal 
of Management and Primary Health Care, v. 3, n. 2, p. 179-185, 2012.
SCHERER, C. I. et al. O trabalho em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família: uma 
difícil integração? Saúde Debate, v. 42, n. 2, p. 233-246, 2018.
SECRETARIA de Atenção Primária à Saúde. Ministério da Saúde (Brasil), c2022. Disponível 
em: https://aps.saude.gov.br/. Acesso em: 2 maio 2022.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os edito-
res declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Organização da saúde bucal na atenção básica 15
Dica do professor
A atuação dos profissionais de saúde bucal na atenção básica é complexa e baseada no conceito 
ampliado de saúde. Busca-se ampliar o acesso, o acolhimento e o vínculo por meio do trabalho em 
equipe e em paralelo com os demais serviços de saúde e fora deles.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer os campos de atuação dos profissionais da saúde bucal 
na atenção básica.
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Exercícios
1) A equipe de saúde bucal, a depender da sua estruturação, é composta basicamente pelo 
cirurgião-dentista, pelo auxiliar em saúde bucal e/ou pelo técnico em saúde bucal.
No que diz respeito à atribuição das ações de saúde bucal, assinale a alternativa correta.
A) As ações de prevenção e promoção da saúde em grupo podem ser executadas por qualquer 
profissional da equipe, sendo coordenadas e planejadas pelo técnico em saúde bucal.
B) O cirurgião-dentista deve direcionar 50% da sua carga horária de trabalho para o 
atendimento clínico, estando o restante direcionado às atividades coletivas.
C) O técnico em saúde bucal está habilitado a realizar diagnóstico da condição bucal e 
planejamento terapêutico, assim facilitando a organização do atendimento pelo cirurgião-
dentista.
D) O gerenciamento dos insumos para o funcionamento da unidade é responsabilidade do 
pessoal técnico-auxiliar,é facultativa a participação do cirurgião-dentista.
E) O auxiliar em saúde bucal atua na organização dos instrumentais e materiais e na 
instrumentação do cirurgião-dentista e do técnica em saúde bucal, portanto seu papel na 
equipe é fundamental.
2) Sabe-se que a organização da demanda dos usuários deve se basear em uma classificação de 
necessidades. Essa classificação coloca em ordem de prioridade os indivíduos com mais 
necessidade, respeitando o princípio da equidade.
Sobre a classificação de necessidades e a determinação do plano preventivo-terapêutico, 
assinale a alternativa correta.
A) Os indivíduos sem necessidade clínica devem receber alta clínica sem nenhuma intervenção 
sugerida. Não há indicação de serem incluídos nas atividades coletivas, visto que apresentam 
baixo risco de cárie.
B) Usuários apresentando alterações de tecidos moles devem ser encaminhados ao CEO. No 
centro darão seguimento ao tratamento clínico necessário, sem necessidade de 
contrarreferência para a atenção básica.
C) Uma vez identificado quadro de urgência com dor espontânea, o usuário deve ser direcionado 
para atendimento em UPA ou CEO para resolução do quadro apresentado.
D) Em casos nos quais o usuário apresente entre quatro e sete cavidades, extrações indicadas 
e/ou necessidades de RAP, o tratamento pode ser finalizado em consultas clínicas 
programadas e o retorno deve ser realizado anualmente.
E) 
A presença de fatores retentivos de placa não deve ser considerada para classificar as 
necessidades em saúde bucal. Apenas se deve analisar a presença ou a ausência de 
lesões de cárie cavitadas.
•
3) O Ministério da Saúde redefiniu, no ano de 2006, os indicadores de saúde bucal com o 
intuito de otimizar o monitoramento e a avaliação das ações e dos serviços de saúde bucal.
Em relação aos indicadores, analise as afirmativas a seguir:
I - Proporção de procedimentos odontológicos especializados em relação às ações 
odontológicas individuais.
II - Média de procedimentos odontológicos básicos individuais.
III - Cobertura de consultas odontológicas de pronto atendimento.
Quanto às proposições, assinale a alternativa que contém apenas indicadores de saúde bucal 
utilizados na atenção básica:
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) I e II.
D) II e III.
E) I e III.
4) O Caderno de Atenção Básica no 17 sugere os principais procedimentos a serem 
adequadamente referenciados das UBS e para as especialidades inseridas no CEO, a fim de 
organizar a demanda dos usuários.
Considerando os critérios de encaminhamento para as especialidades, assinale a alternativa 
que descreve apenas situações clínicas que devem ser referenciadas ao CEO:
A) Correção de hipertrofia de rebordo alveolar, gengivoplastia por hemiarcada, cirurgias 
complexas de tecidos duros e moles e exodontias simples de raízes residuais.
B) Selamento de cavidades, frenectomia lingual, osteotomia corretiva, tratamento de perfuração 
radicular e cirurgia de dentes inclusos/semi-inclusos.
C) Tratamento endodônico em dente permanente unirradicular, tratamento periodontal em 
situação de emergência e cirurgia pré-protética.
D) Pacientes com indicação de tratamento endodôntico em dente decíduo unirradicular e 
adequação de meio bucal em mulheres grávidas.
E) Pacientes com nódulos com infartamento ganglionar, exodontia múltipla com alveoloplastia e 
aplicação de flúor em pacientes com necessidades especiais. 
5) Os levantamentos epidemiológicos realizados pelo Ministério da Saúde em nível nacional, 
denominados Projetos SB Brasil, detalham a situação da saúde bucal em relação aos 
principais agravos: cárie dentária, doença periodontal, edentulismo, maloclusão, câncer de 
boca, fluorose dentária e traumatismos dentários.
Sobre os principais agravos em saúde bucal, assinale a alternativa correta.
A) Os levantamentos epidemiológicos nacionais mostram a queda na prevalência de cárie no 
Brasil ao longo dos anos, com distribuição homogênea quanto às faixas etárias e entre as 
regiões do país.
B) São considerados fatores de risco para o desenvolvimento da cárie dentária: fatores culturais 
e socioeconômicos, falta de acesso ao flúor, hábitos como tabagismo e doenças crônicas 
como o diabetes.
C) As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas associadas a hábitos deletérios 
durante a gestação. Assim, é papel do cirurgião-dentista na atenção básica orientar as 
gestantes sobre os fatores de risco para esse agravo em saúde bucal.
D) A inclusão dos laboratórios regionais de prótese dentária (LRPD) possibilitou a resolução do 
edentulismo como problema de saúde pública por facilitar o acesso à reabilitação oral.
E) A instituição de água e dentifrícios fluoretados para controle de cárie causou aumento 
signifivativo do nível de severidade de fluorose, com alto percentual de fluorose grave em 
todas as regiões do Brasil.
Na prática
A atenção primária à saúde se baseia em princípios de coordenação do cuidado, da criação e da 
continuidade de vínculo, integralidade e humanização. Os profissionais devem sempre orientar sua 
prática às necessidades manifestadas pelos usuários e construir uma rede de trocas complexas, a 
qual traz benefícios para todos.
 
Na saúde bucal, a atuação do cirurgião-dentista, do auxiliar e do técnico em saúde bucal vai além 
das dificuldades técnicas inerentes a essas profissões e requisita habilidades mais complexas. 
Assim, para romper com as antigas formas de trabalho da odontologia, é necessário capacitar os 
novos profissionais para uma mudança de paradigmas.
 
Conheça, Na Prática, um estudo de caso exemplificando a relação da saúde bucal com a saúde 
sistêmica no contexto da atenção básica e as diversas ações realizadas por uma equipe de saúde 
bucal.
 
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Gestão da Prática em Saúde Bucal (Série Abeno)
No Capítulo 3 deste livro, intitulado Abordagem comunitária da prática em saúde bucal, você vai 
compreender como se dá a abordagem comunitária, compreendendo como utilizar os 
determinantes sociais da saúde e o diagnóstico dos problemas do território para o planejamento da 
saúde bucal.
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Problemas éticos na saúde bucal no contexto da atenção 
primária à saúde
Neste artigo você vai conhecer e entender quais são os principais dilemas éticos enfrentados pelos 
profissionais de saúde bucal na atenção básica, desvelando os problemas desse tipo que ocorrem 
nas relações de trabalho e na produção do cuidado em saúde bucal a partir de uma série de 
entrevistas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Processo de trabalho em saúde bucal: disparidade entre as 
equipes no Brasil
Neste artigo você vai saber se há diferença no desempenho das equipes de saúde bucal tipos I e II 
no Brasil e entender essa relação. O trabalho objetivou comparar as equipes de saúde bucal das 
modalidades I e II quanto ao desempenho no processo de trabalho e, assim, identificar diferenças 
nesse cuidado entre as regiões brasileiras.
https://viewer.bibliotecaa.binpar.com/viewer/9788536702483/35
https://publica.sagah.com.br/publicador/objects/attachment/642435486/Gomesetal.2019.pdf?v=1465427354
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
O papel dos profissionais na equipe de atenção primária à 
saúde
Neste vídeo você vai entender as atividades realizadas em uma unidade de saúde de atenção 
primária à saúde e a importância de cada profissional.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://publica.sagah.com.br/publicador/objects/attachment/1452478586/Amorimetal.2021.pdf?v=953085536https://www.youtube.com/embed/GpFo5hr0vAc

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