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DIREITO DO TRABALHO - 2022 2

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DIREITO DO TRABALHO 
 
Roseane Aguiar 
ORIGEM 
 
1º MOMENTO 
 
• A primeira forma de trabalho foi a 
escravidão; 
• O único direito que um escravo tinha era 
o de trabalhar. 
• Na Grécia para Platão e Aristóteles, o 
trabalho compreendia apenas a força 
física, sendo que, a dignidade do homem 
era restrita em participar dos negócios 
da cidade; 
• Enquanto os escravos faziam o trabalho 
pesado, os outros poderiam ser livres 
 
2º MOMENTO 
 
• É a época de servidão, feudalismo, onde 
os senhores feudais davam a proteção 
política e militar aos servos 
• Os servos não eram livres, tinham que 
prestar serviços aos senhores feudais 
e, em troca, os senhores davam a eles o 
direito do uso da terra. 
 
3º MOMENTO 
 
• Começa nesse momento um pouco de 
liberdade ao trabalhador; 
• Inicia-se as cooperações de ofício; 
• Tratavam-se de grupos profissionais 
que começaram a se especializar na 
produção de determinados produtos; 
• Existiam três figuras: 
1. Os mestres (eram os 
proprietários das oficinas, pois 
já tinham passado pela prova 
‘obra-mestra’); 
2. Os companheiros (recebiam 
salários dos mestres); 
3. Os aprendizes (ficavam sob 
responsabilidade dos mestres, 
poderiam lhe propor castigos 
corporais). 
REVOLUÇÃO FRANCESA 
 
O fim dessas corporações veio com a revolução 
francesa, por serem consideradas 
incompatíveis com o ideal de liberdade do 
homem. 
Em 1789 na Constituição Francesa, foi 
reconhecido o primeiro direito econômico 
social: o direito do trabalho. Houve a 
transformação do trabalho em emprego, onde 
os trabalhadores em geral passaram a 
trabalhar por salários. 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
 
O direito e o contrato de trabalho passaram a 
desenvolver com o surgimento da revolução 
industrial (com os maquinários inventados 
ocorreu muito desemprego onde substituíram a 
mão de obra humana). 
O proprietário das máquinas era o patrão, o 
qual detinha o poder de direção em relação ao 
trabalhador. Inicia aí a diferença entre o 
patrão e empregador, pois o empregador tinha 
o maquinário e o empregado, nada tinha. 
Por essa desigualdade surgiu ainda mais a 
necessidade de proteção ao trabalhador. 
Então, passa a ter um intervencionismo do 
estado, para que pudesse criar o bem estar 
social e as condições do trabalho. 
 
 
Em 1819 aprovou-se a lei a qual proibia o 
trabalho do menor de 9 anos e ainda 
especificava que a jornada de trabalho dos 
menores de 16 anos, era de 12 horas diárias, 
nas prensas de algodão. 
EVOLUÇÃO NO BRASIL 
 
No brasil, as primeiras constituições 
constavam apenas as formas de estado e 
sistemas de governos onde só posteriormente 
que passaram a atuar em todos os ramos do 
direito, inclusive os trabalhistas. 
Em 1971 foi aceita a Lei do Ventre Livre (os 
filhos dos escravos nasciam livres – até 8 anos, 
ficavam com o senhor ou sua mãe e, após isso, 
poderiam optar em receber uma indenização do 
estado ou usufruir de seus serviços até os 21 
anos). 
Em 1885 foi aprovada a Lei do Sexagenário 
(libertava os escravos com mais de 60 anos) 
Em 1888 foi assinada a Lei Áurea, onde houve 
a abolição da escravidão. 
Com as revoluções na Europa e com as 
imigrações, começaram diversos movimentos 
operário reivindicando melhores condições de 
trabalho e salário. 
Apenas em 1934 a constituição passou a prever 
os direitos trabalhistas 
Surgiram diversas normas esparsas sobre as 
regras trabalhistas. Assim, veio a necessidade 
de uni-las e, então veio o Decreto-Lei 5452/43, 
aprovando a consolidação das Leis do trabalho 
(CLT). 
A CLT teve diversas reformas sendo a mais 
recente a Lei 13.467/2017 
 
PRINCIPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 
 
Os princípios são bases norteadoras do direito. 
Pode-se separar em 5 princípios: 
1. Princípio da proteção 
Preza pela tentativa de igualdade na relação 
empregado-empregador para que nenhum deles 
tenham vantagens sobre o outro, tendo em 
vista que o empregado é subordinado ao 
empregador em seus direitos trabalhistas. 
No direito do trabalho, a preocupação é 
proteger uma das partes (o hipossuficiente – 
empregado), na busca de uma igualdade 
substancial. Esse princípio se subdivide em: 
• Indúbio pró operário; 
Nesse subprincípio diz que, na dúvida entre as 
normas, aplica-se aquilo que mais favorece o 
empregado, pois deve resguardar os direitos 
daquele que está em grau de inferioridade na 
relação trabalhista. 
• Da aplicação da norma mais 
favorável; 
O operador do direito deve optar pela norma 
mais favorável em 3 situações distintas: no 
instante da elaboração da regra, no confronto 
entre regras confrontantes, na interpretação 
das regras jurídicas. 
• Da condição mais benéfica. 
É a garantia dada ao empregado ao longo do 
contrato de trabalho, da aplicação da condição 
que mais o beneficia, dando uma garantia da 
preservação das cláusulas mais benéficas ao 
empregado ao longo de todo o contrato de 
trabalho. 
2. Princípio da primazia da realidade; 
 
 
O direito do trabalho não observa apenas 
documentos e sim também a realidade dos 
fatos. O juiz caso observe que a realidade dos 
fatos está em desacordo com o contrato de 
trabalho, poderá considera-lo nulo. 
3. Princípio da continuidade; 
A regra é que o contrato de trabalho seja por 
prazo indeterminado e, caso haja necessidade 
do desligamento do empregado o empregador é 
quem deve provar o motivo do término do 
contrato, quando negados a prestação de 
serviço. 
4. Princípio da inalterabilidade contratual 
lesiva; 
Não é permitida a alteração do contrato de 
trabalho quando causar prejuízo ou lesividade 
ao empregado. Tendo duas exceções, poderá 
haver diminuição no salário do empregado 
quando a empresa está passando por uma 
situação de crise e em rebaixamento de 
trabalhador do patamar de cargo de confiança 
para cargo efetivo, o salário também poderá 
retroagir. 
5. Princípio da irrenunciabilidade de 
direitos. 
Esse princípio torna os direitos dos 
trabalhadores irrenunciáveis, indisponíveis e 
inderrogáveis. Dessa forma, confere um 
importante mecanismo de proteção ao 
empregado em face da pressão exercida pelo 
empregador. 
 
RELAÇÃO DE TRABALHO 
 
A relação de trabalho compreende qualquer 
contraprestação de serviços efetuada por 
pessoa física, mediante remuneração. 
TRABALHADOR AUTÔNOMO 
É aquele exercido sem subordinação jurídica 
entre o trabalhador e o tomador de serviços, 
portanto, sem vínculo empregatício. Assume os 
riscos de suas atividades. 
 
TRABALHADOR AVULSO 
São características do trabalho avulso a 
intermediação do sindicato do trabalhador na 
colocação da mão-de-obra, a curta duração do 
serviço prestado a um beneficiado e a 
remuneração paga basicamente em forma de 
rateio procedido pelo sindicato. 
 
TRABALHADOR EVENTUAL/TEMPORÁRIO 
É o trabalho realizado em caráter esporádico 
(não tem habitualidade), eventual, de curta 
duração, geralmente um trabalho não 
relacionado à atividade fim da empresa. Nessa 
relação, não há continuidade na prestação de 
serviços. 
 
TRABALHADOR INSTITUCIONAL 
 
É o servidor público, seu regime não é o 
celetista, como uma relação entre particulares. 
Seu regime jurídico vai depender de qual órgão 
o servidor mantem o vínculo empregatício. 
 
ESTAGIÁRIO 
Não é empregado; não tem os direitos 
previstos na CLT aplicáveis às relações de 
emprego. 
 
RELAÇÕES DE EMPREGO 
CONCEITO 
 
 
Dar-se quando uma pessoa realiza qualquer 
contraprestação de serviços, sob dependência 
desta, em forma voluntária e mediante o 
pagamento de uma remuneração, qualquer que 
seja o ato que lhe dê origem 
Para a caracterização de uma relação de 
emprego, a qual existira vinculo empregatício 
precisamos de 5 requisitos cumulativos: 
1. Pessoa física: quer dizer que não existe 
empregado como pessoa jurídica; 
2. Pessoalidade: empregado é um 
trabalhador que presta pessoalmente os 
serviços; 
3. Não eventualidade/Continuidade:empregado é um trabalhador não 
eventual; 
4. Subordinação: empregado é um 
trabalhador cuja atividade é exercida 
sob dependências; 
5. Onerosidade/Salário: empregado é um 
trabalhador assalariado, portanto, 
recebe uma retribuição. 
 
CONTRATO DE TRABALHO 
 
CONCEITO 
Haverá contrato de trabalho sempre que uma 
pessoa física se obriga a realizar atos, 
executar obras ou prestar serviços para outra 
e sob dependência desta, durante um período 
determinado ou indeterminado de tempo, 
mediante o pagamento de uma remuneração. 
O objeto do contrato é constituir uma 
obrigação, como qualquer outro contrato. 
Neste caso, a contraprestação do empregado é 
a prestação de serviço e do empregador é a 
remuneração mediante salário. São sujeitos ao 
contrato de trabalho: 
 
EMPREGADO 
Pessoa física a qual deve comparecer 
pessoalmente em seu serviço, com 
habitualidade, sob subordinação e salário de 
seu empregador 
‘’Considera-se empregada toda pessoa física 
que prestar serviços de natureza não eventual 
a empregador, sob dependência deste e 
mediante salário’’ (CLT, art. 3º) 
 
EMPREGADOR 
Empresa individual ou coletiva, que assume o 
risco da atividade, admite, assalaria e dirige a 
prestação de serviços. 
‘’Considera-se empregador a empresa, 
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos 
da atividade econômica, admite, assalaria e 
dirige a prestação de pessoal de serviço.’’ (CLT, 
art. 2º) 
CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO 
 
Direito privado: as partes (empregado e 
empregador) são livres para pactuarem seu 
contrato de trabalho, porém, sempre 
respeitando a CF e a CLT. 
Informal: o contrato de trabalho é informal, 
podendo ser tácito ou verbal (Art. 443, CLT). 
Bilateral: gera direitos e deveres para os dois 
lados (empregado de prestar serviços e 
empregador de remunerá-lo). 
Pessoalidade: o empregado não pode se fazer 
substituir. Deve prestar serviços 
pessoalmente. 
Comutativo: as prestações são expressas 
desde o início da contratação. 
 
 
Sinalagmático: as partes se comprometem à 
prestação de serviços recíprocas e antagônicas 
(oposto). 
Consensual: é de livre vontade e consentimento 
das partes 
Trato sucessivo: continua-se no tempo, ainda 
que por prazo determinado, ou seja, não é 
instantâneo 
Oneroso: a prestação de trabalho gera uma 
prestação de salário. 
CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO 
CONTRATO TÁCITO OU EXPRESSO 
Contrato tácito: é a sucessão de serviços 
prestados do empregado ao empregador, o qual 
não se opõe à prestação desses serviços, sem 
acordo expresso dessa prestação (seja verbal 
ou escrita). 
Contrato expresso; pode ser verbal ou escrito, 
porém, deve contar de forma clara todas as 
condições do pacto laboral. 
 
CONTRATO ESCRITO 
É aquele firmado de forma escrita, onde deve 
conter o nome e a qualificação, o objeto do 
contrato, os direitos e obrigações de cada 
parte, mediante assinatura na carteira de 
trabalho já configura um contrato escrito. 
 
CONTRATO VERBAL 
 
É expressamente admitido pela CLT, no artigo 
443. 
Obs: alguns contratos que devem ser 
expressamente escritos, que são os casos do 
menor aprendiz (art. 428, CLT) e contrato 
temporário (Lei 6.019/74, art. 11), por 
exemplo. 
CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO 
Inicia em determinada data, mas não há data 
para o seu término. O trabalho deve ser 
permanente, buscando o crescimento na 
empresa. Cabe ao empregador a prova em 
contrário (Súmula 212, TST). 
CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO 
É a exceção. Pode ser celebrado por um 
determinado tempo ou com previsão 
aproximada de término. 
O contrato não poderá ser estipulado por mais 
de dois anos e caso houver prorrogação, 
passará a vigorar por prazo indeterminado. Por 
exemplo: 
1. Contrato de serviço cuja natureza ou 
transitoriedade justifique a predeterminação 
do prazo; deve ser de natureza transitória e 
provisória. 
Ex: substituição de empregado permanente que 
está de férias. 
2. Contrato de atividades empresariais de 
caráter transitório: são os casos de atividades 
empresariais de caráter provisório. 
Ex: feiras industriais, agropecuárias ou 
atividades temporárias. 
3. Contrato de experiência 
É o contrato mais comum. Trata-se da hipótese 
em que o empregado pode ser efetivo na 
empresa após o prazo de experiência (90 dias). 
É considerado pela CLT, no art. 144, como uma 
das modalidades do contrato de trabalho a 
prazo. 
Duração mínima do contrato por prazo 
determinado: 15 dias (Se o funcionário não 
trabalhar pelo menos 15 
 
 
dias, não terá direito ao 13º salário 
proporcional e férias proporcionais). 
Duração máxima do contrato por prazo 
determinado: 2 anos (Entre um contrato e 
outro com o mesmo funcionário deve haver um 
prazo de 6 meses, sob pena de contrato ser 
estendido como prazo indeterminado). 
CONTRATO INTERMITENTE 
Deve conter o valor da hora trabalhada (nunca 
inferior a um salário mínimo ou aqueles 
empregados que exerçam a mesma função do 
estabelecimento). Foi incluído com a Lei 
13.467/17 o §3º do artigo 443, CLT, onde 
relata: 
‘’Considera-se como intermitente o contrato de 
trabalho no qual a prestação de serviços, com 
subordinação, não é contínua, ocorrendo com 
alternância de períodos de prestação de 
serviços e de inatividade, determinados em 
horas, dias ou meses, independentemente do 
tipo de atividade do empregado e do 
empregador, exceto para os aeronautas, 
regidos por legislação própria.’’

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