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Resumo - Teoria dos Partidos Políticos e Tipologias Partidárias

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Teoria dos Partidos Políticos
MAURICE DUVERGER (França, 1917-2014), obra “Os Partidos Políticos”, de 1951:
· O autor inicia sua exposição explicando que a palavra partido encontra significado desde tempos antigos, contudo, até 1850, nenhum país do mundo, com exceção dos Estados Unidos, possuía partidos, pelo menos não na forma como se passou a defini-los na política moderna. Cem anos depois, em 1950, época de publicação do livro, os partidos eram realidade na maioria das nações;
· Na tentativa de compreender o que motivou tal variação no intervalo de um século, Duverger elabora a ideia de que o desenvolvimento partidário está amalgamado ao desenvolvimento das democracias. Sendo mais explícito, ele propõe que quando se amplia o direito de voto e se fortalece as atribuições parlamentares, mais se cria um cenário propício aos partidos políticos, uma vez que: quanto mais desenvolvida é a assembleia política, maior é a necessidade de agregação dos atores políticos com afinidades entre si; e quanto mais se estende o sufrágio, mais imperativa se faz a criação de forças organizadas para canalização dos votos;
· Estudo sistemático das organizações partidárias, buscando entender seu funcionamento interno;
· Construção de uma metodologia classificatória, baseada na observação de diversos casos para a construção de uma tipologia;
· A importância de sua contribuição está na construção e um modelo formal para a análise estrutural das organizações.
GIOVANNI SARTORI (Itália, 1924-2017), obra “Partidos e Sistemas Partidários”, de 1976:
· “O termo ‘partido’ entrou em uso, substituindo gradualmente a expressão depreciativa ‘facção’, com a aceitação da ideia de que um partido não é necessariamente uma facção, que não é necessariamente um mal e que não perturba necessariamente o [...] bem-estar comum. A transição de facção para partido foi, na verdade, lenta e tortuosa, tanto no domínio das ideias como no dos fatos”. (SARTORI, 1982, p. 23)
· “Etimológica e semanticamente, ‘facção’ e ‘partido’ não têm o mesmo significado. Facção, que é uma palavra bem mais antiga e consolidada, vem do verbo latino facere (fazer, agir) e factio logo passou a indicar [...] um grupo político empenhado em um facere perturbador e danoso”. (Ibid., p. 24)
· “’Partido’ também vem do latim, do verbo partire, que significa dividir. Mas não faz parte, de nenhuma maneira expressiva, do vocabulário político até o século XVII”. (Ibid., p. 24)
· Partido como parte de um todo pluralista;
· “Os partidos são canais de expressão. Isto é, pertencem, em primeiro lugar e principalmente aos meios de representação: são um instrumento ou uma agência de representação do povo, expressando suas reivindicações.” (SARTORI, 1982, p. 48);
· Então: o que é um partido político e para que serve?
Tipologias Partidárias
· Quando se fala em tipologias, fala-se em uma forma de classificação que recorre aos tipos ideais, ou seja, a modelos partidários que reuniram em si um conjunto de caracteres que os distinguem e os individualizam;
· A partir dessa apresentação, já se consegue perceber que tipos de limites pode ter a utilização da tipologia. Afinal, tal recurso pode sugerir que a trajetória dos partidos segue uma lógica evolutiva e linear, rumo sempre ao próximo estágio, uma forma de pensar própria da modernidade, que não necessariamente corresponde à realidade dos partidos no mundo;
· O que é uma tipologia? Conforme apontam Gunther e Diamond (2003), a construção de tipologias partidárias, no âmbito da ciência política, é algo que vem se praticando há cerca de um século, o que justifica a existência de inúmeras propostas. Cita-se, para efeitos ilustrativos: Neumann, Kirchheimer e Duverger, em trabalhos publicados nas décadas de 1950 e 1960; Panebianco, em obra de 1982; Katz e Mair, nos anos 90; Wolinetz, em artigo de 2002; e os próprios Gunther e Diamond, em 2003;
PARTIDOS DE QUADRO:
· Partidos de elites, ou de notáveis, com origem nos grupos parlamentares dos períodos iniciais da democracia representativa, ainda associados às oligarquias dominantes na política do século XIX.
PARTIDOS DE MASSA:
· Partidos operários emergentes, com origem externa ao sistema política, ligados a grupos sociais que se organizam politicamente no contexto de ampliação do sufrágio eleitoral, visando à inclusão da nova massa de novos eleitores na política.
PARTIDOS CATCH-ALL (pega-tudo):
· Partidos políticos que buscam atrair pessoas com diversos pontos de vista e de várias correntes ideológicas, ao contrário dos partidos que seguem uma linha ideológica concreta e que procuram atrair votantes que simpatizem com esses ideais.
PARTIDO CARTEL:
· Os partidos se distanciam da sociedade civil para se aproximarem do Estado;
· Os partidos se utilizam do Estado para garantir sua sobrevivência;
· Com a redução do ativismo partidário, os partidos passam a ter como recursos principais as subvenções estatais (financiamento público – fundo partidário –acesso aos meios de comunicação em massa - tempo de campanha no horário eleitoral gratuito);
· Cartel, pois, há incentivos para que os partidos cooperem entre si ao invés de competir. Quando se trata de repartir recursos, é possível que mais de um partido sobreviva simultaneamente.

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