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Teorias e Técnicas Psicoterápicas na Infância

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O sintoma clínico e o sintoma estrutural na infância 
Teorias e Técnicas Psicoterápicas 2
Faculdade São Francisco de Assis
Profa. Dra. Cristina Py Mairesse
“O psicanalista atende a criança,
 mas sempre aponta ao sujeito (FLESLER, 2008, p. 178)”
OBJETO DA PSICANÁLISE
Uma porta de saída parece abrir-se se delimitamos qual é o objeto da psicanálise, a quem se dirige uma psicanálise. A criança não é o objeto da psicanálise, o objeto da psicanálise é o sujeito, a ele se dirige o ato analítico. Prefiro dizer então, que o analista atende a criança, mas aponta para o sujeito. Ao sujeito que se estrutura em tempos (FLESLER, 2008, p. 180). 
O sujeito na infância
Infantil do sujeito
O que da experiência infantil persiste como marca no sujeito adulto, como matriz inconsciente pelo resto da sua vida
Infância ou sujeito infantil 
Momento em que se estão construindo as operações primordiais que irão constituir o sujeito, armando seu fantasma/fantasia. Por isto mesmo, aqui não temos ainda decidida a posição psicopatológica que irá caracterizar o sujeito.
OBJETO DA PSICANÁLISE
O analista, ao atender uma criança, há de delimitar desde o início não só o tempo do sujeito, senão essencialmente os destempos e contratempos que expressam seus padecimentos (FLESLER, 2008, p. 179). 
OBJETO DA PSICANÁLISE
 Sua perspectiva não há de desdenhar as vissicitudes sofridas na infância, os enredos e as versões singulares em que se manifesta cada um dos tempos da infância. A consequência é imediata: ao localizá-los, o analista afina o alcance da operação analítica (FLESLER, 2008, p. 179). 
EXISTÊNCIA DO SUJEITO
E, desse ponto de vista, diversifica as intervenções na análise da criança, desprendendo seu saber-fazer de qualquer guia intuitivo, dando-lhes bússola e timão. No fim das contas, as variadas intervenções apontam a um só fim: que haja jogo do objeto para que o sujeito possa existir (FLESLER, 2008, p. 179). 
EXISTÊNCIA DO SUJEITO 
Lembrando: “À diferença de outros seres vivos, a existência do sujeito surge em profunda dependência do desejo de Outro. A própria vida se mostra dependente desse tempo necessário, mas contingente, tempo de antecipação no Outro (FLESLER, 2008, p. 182)”. 
A criança e o Outro
Em virtude do seu desamparo, de sua dependência, o indivíduo quando nasce está submetido a alguém que cuida dele, que assegura sua sobrevivência e lhe possibilita a entrada na Cultura. (MOURÃO, 2019, p. 34)
A criança acredita, inicialmente, que esse Outro, a quem chamamos de grande Outro, não tem falhas, que tudo sabe e que a tudo pode responder. Podemos chamar esse grande Outro de diversas maneiras: lugar da verdade, código. (MOURÃO, 2019, p. 34)
A criança e o Outro
A mãe inicialmente encarna esse grande Outro. Ocorre que, a certa altura, a criança descobre que esse Outro não é pleno, que algo lhe falta. É um grande Outro barrado. A introdução dessa falta é da maior importância para a estruturação psíquica da criança. (MOURÃO, 2019, p. 34)
A criança e o Outro
A forma como cada um vai se deparar com essa falta vai levar a diferentes estruturações psíquicas, pois implicam diferentes posições diante do desejo do Outro. (MOURÃO, 2019, p. 34)
Sintoma
(sinthome e Symptôme)
Como você define o sintoma para a psicanálise? 
SintomA
Sabemos, desde Freud, que o sintoma é um sinal e um substituto de uma satisfação pulsional que permaneceu recalcada, isto, fora da consciência (MEIRA, 1996, p.39). 
Resumindamente temos que uma situação de perigo, ligada a alguma satisfação pulsional proibida,ocasiona o aparecimento da angústia, e as defesas são acionadas (MEIRA, 1996, p.39).
SintomA
Perante o conflito entre a satisfação pretendida e o que interdita esta satisfação, surge o sintoma, que busca uma conciliação (MEIRA, 1996, p.39). 
Desta forma se satisfaz um pouco a pulsão e um pouco as defesas. O sintoma é, pois, um substituto deslocado, inibido e não reconhecível de uma satisfação, por estranho que isso possa parecer (MEIRA, 1996, p.39-40). 
sintomas de infância (Sinthome) 
Sintoma de estrutura ou da formação inconsciente da estrutura com que o sujeito responde à Demanda do Outro. 
Durante este processo de saber sobre sua posição em relação ao Outro e à castração podem surgir dificuldades que levem a uma falha na estruturação, porém, dependendo dos encontros que a criança terá durante a vida (terapeutas, professores, etc), isto poderá ser modificado. 
sintomas de infância (Sinthome) 
É por isto que não podemos falar em estruturas decididas na infância: segundo Jerusalinsky (2008) as estruturas psicopatológicas da infância são necessariamente indecididas do ponto de vista lógico, porque elas se decidem no andar dessa inscrição, na medida em que a experiência do sujeito vai lhe confirmando a falha com que foi inscrito.
Três variantes do Sinthome na criança (Jerusalinsky, 1997)
neurose
a criança simboliza; o ser é de brincadeira ou seja o brincar é a realidade (“Agora eu era o Batman, a Frozen, etc.”). 
psicose
a criança fica capturada no imaginário; o ser é a brincadeira ou seja a realidade é o brincar. (A criança responde como sendo Batman ou Frozen, não se diferenciando do personagem)
autismo
a criança fica presa no Real; o ser é sem brincadeira ou seja, não há realidade nem brincar. (Não há nem Batman, nem Frozen)
SINTOMA CLÍNICO 
(Symptôme)
se relacionam com a resolução do tempo que a criança atravessa, tempo de aberturas e fechamentos da estrutura, tempo de responder, a partir da sexuação, com uma produção própria da infância. 
Tem caráter provisório apesar de poderem vir a se cronificar, dependendo do sucesso ou fracasso da criança em elaborar uma resposta à demanda do Outro. 
Lembretes: 
A neurose, a psicose e a perversão definem modos de responder à castração e vão se tramando nos primeiros tempos de vida (FLESLER, 2008, p. 184). 
Os pais, na infância, estão presentes, não apenas porque trazem a criança, mas porque eles cumprem uma função estruturante; sua presença cumpre uma função estruturante nos tempos de constituição da transferência (FLESLER, 2008, p. 187). 
SINTOMA CLÍNICO 
(Symptôme)
É nele que vemos a queixa dos pais sobre uma enfermidade psíquica, uma manifestação a ser curada (fobias transitórias, enureses noturnas, mentiras, agressividade, etc).
As estruturas
psicótico
Rejeita a castração. Isto significa a presença da rejeição – a Verwerfung – que leva a uma destruição da realidade e a uma posterior reconstrução, através da criação de uma nova realidade, de acordo com os impulsos desejantes do id, como nos dizia Freud (MEIRA, 1996, p. 62).
Ele forclui a lei do pai, impossibilitando que ele se transporte de ser o falo para ter o falo, o que implicaria na marca do pai (MEIRA, 1996, p. 62). 
Falo
É o lugar para onde a mãe está olhando, como se fosse um objeto que ela poderia ter, que a faria completa (MEIRA, 1996, p. 60). 
Mas o falo vai marcar exatamente o contrário: que não existe objeto para tamponar a falta (MEIRA, 1996, p. 60). 
Perverso
O perverso, perante a castração do Outro, trazida pela diferença dos sexos,recusa esta castração, usando como operador esta recusa – Verleugnung (MEIRA, 1996, p. 62).
 Ante ao horror da falta, atribui um falo à mãe, assim recusando a dura realidade da falta que ele não consegue simbolizar, vivendo-a como uma possibilidade concreta (MEIRA, 1996, p. 62).
Perverso
Ao mesmo tempo, ele reconhece a castração, encontrando-se num estado de divisão do eu, que, progressivamente, se torna uma rachadura, como nos diz Freud, pois ele nem bem recalca seus desejos, nem bem rejeita a realidade (MEIRA, 1996, p. 62).
O fetiche é a sua solução: através dele, a castração do Outro é recusada e afirmada simultaneamente. 
neurose
Já para o neurótico, as coisas se passam de forma diferente (MEIRA, 1996, p. 62). 
Ele é submetido à castração e ao Édipo, utilizando basicamente o recalcamento, que consiste em manter afastadas da consciência representações censuradase perigosas (MEIRA, 1996, p. 62). 
O neurótico simboliza a castração, tem a marca do Édipo (MEIRA, 1996, p. 62). 
Infância e estrutura
Elsa Coriat é rigorosa ao defender que não é possível definir que uma criança será neurótica, psicótica ou perversa, pois os processos aos quais podemos, a posteriori, referir como determinantes da estruturação de um sujeito, durante a infância, estão em pleno curso (MANO, 2013, p. 455).
 
Pensar em estruturas não decididas implica considerar a mobilidade como atributo fundamental da estrutura nesse tempo constituinte (MANO, 2013, p. 455).
Infância e estrutura
O que quer dizer que, diante de uma criança cuja estruturação segue em determinado curso, a intervenção analítica é capaz de operar modificações substanciais na montagem da estrutura (MANO, 2013, p. 455).
Em adultos não se fala muito disso: a vasta maioria dos autores concorda que o final da adolescência constitui o período onde a estrutura definir-se-á de uma vez por todas (MANO, 2013, p. 456).

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