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1° 
AULA FRO II 
Sistemas Cerâmicos 
INTRODUÇÃO 
 
Função e Estética 
Harmonia do sorriso – Autoestima – Relacionamento 
Interpessoal 
O sucesso da restauração depende da resistência as 
forças mastigatórias e as forças de tração. Longevidade 
resultante de uma prótese com boa adaptação 
marginal, que também evita o acúmulo de alimentos, a 
inflamação gengival e ate mesmo processos cariosos 
no remanescente dental, localizado abaixo da prótese. 
Sistema Ceramico livre de metal - Cerâmica (“keramos, 
“feito de terra”) 
Definição: Composto inorgânico com propriedades não 
metálicas, constituído por oxigênio e um ou mais 
elementos metálicos ou semimetálicos associados. Ex.: 
Prótese de Zircónica. 
As cerâmicas são amplamente utilizadas na odontologia, 
devido a sua capacidade de imitar as características 
ópticas do esmalte e da dentina, bem como sua 
biocompatibilidade e durabilidade química. Muitas 
cerâmicas apresentam uma estrutura vítrea e são 
reforçadas com outros materiais como alumina, leucita, 
porém, quando a cerâmica se apresenta policristalina, 
maior será a força de resistência e maior a tenacidade 
à fratura da cerâmica 
Vantagens Desvantagens 
1. Estética 
2. Baixa 
condutibilidade 
térmica e elétrica 
(ex.: café quente) 
3. Alta resistência a 
compressão 
4. Radiopacidade 
semelhante ao do 
dente 
5. Biocompatibilidade 
1. Friabilidade (fácil 
fraturar) 
2. Potencial de 
desgaste do 
antagonista 
3. Custo elevado 
4. Técnica apurada 
(é preciso 
respeitar as 
etapas) 
 
Evolução das cerâmicas 
“As cerâmicas foram utilizadas como material 
odontológico pela primeira vez em 1774, na fabricação 
de dentes para uma prótese total pelo químico Alexis 
Duchateau e pelo dentista Nicholas Dubois. Mais tarde, 
novas formas de manuseio das cerâmicas foram 
patenteadas e a confecção de coroas totalmente 
cerâmicas sobre uma lâmina de platina foram realizadas 
a partir da invenção do forno elétrico (1894) e da 
porcelana de baixa fusão (1898). Em 1903, as cerâmicas 
entraram para a odontologia restauradora após o 
emprego de coroas de jaqueta de porcelana.” 
Composição 
Cerâmicas= oxigénio (O) + 1 ou mais elementos 
metálicos ou semimetálicos (Al, Ca, B, Li, Mg, P, Si, etc.) 
1. Fase Cristalina= + Resistência Mecânica | - 
Translucidez 
2. Fase Vítrea= + Adesividade e translucidez | - 
Resistência Mecânica 
Classificação das cerâmicas quanto a: 
 Ao processamento 
Convencionais 
1. Pó e líquido sobre troquel refratário 
2. Pode sofrer de uma a várias queimas 
3. Método que permite caracterização artesanal 
Injetadas 
1. Fornecida em lingote 
2. Técnica de cera perdida 
3. Cor única (estratificação ou maquiada) 
Usinada 
1. Fornecida em blocos 
2. Cor única 
3. CAD-CAM 
4. Pode sofrer caracterização apos usinagem 
 Ponto de fusão ou temperaturas de 
sinetização 
Fusão Temperatura Indicação 
Alta fusão >1300°C Dentes para PT 
Media fusão 1101 - 1300°C Restaurações em 
cerâmica pura 
Baixa fusão 850 – 1100° C Restaurações 
metalocerâmicas 
Ultra baixa fusão 650 - 850°C Prótese sobre 
implante 
 
 Ao tipo 
Convencionais= Feldspática 
Reforçada= Leucita, Dissilicato de Lítio, Spinell, Alumina 
e Zircônia 
 Ao conteúdo 
Vítreas= Feldspática, Leucita e Dissilicato de Lítio. 
As cerâmicas vítreas são translúcidas apresentando 
reflexão de luz muito próxima à estrutura dental, 
denotando desta forma excelente qualidade ótica 
favorecendo as restaurações estéticas. 
Cristalinas ou policristalinas= Spinell, Alumina e Zircônia. 
Por apresentarem um alto conteúdo cristalino, as 
cerâmicas a base de alumina e zircônia apresentam 
baixa translucidez, aparecendo relativamente opacas à 
luz visível fazendo com que seja necessário o 
recobrimento das infra-estruturas com cerâmicas mais 
estéticas. 
Convencionais Vítreas – Feldspáticas 
As cerâmicas feldspáticas foram as pioneiras a serem 
confeccionadas em alta fusão, onde na associação com 
as lâminas de platina constituíam as coroas 
metalocerâmicas. 
Com ótima qualidade estética, as coroas puras de 
porcelanas feldspáticas foram utilizadas por longa data, 
entretanto, sua baixa resistência limitou sua indicação 
apenas para coroas unitárias anteriores em situações de 
pequeno stress oclusal (60 MPa). 
Indicações: usadas puras em laminados cerâmicos ou 
como cerâmica de revestimento sobre copings 
metálicos ou de cerâmicas mais resistentes. 
1. Composição= matriz vítrea Feldspato 
(60%) + Quartzo – Alumina 
2. Características: 
 Translucidez 
 Coeficiente de expansão térmica semelhante 
aos dentes 
 Resistência a compressão e degradação - 
fluidos orais 
 Sem potencial corrosivo 
 Baixa resistência a tração e flexão 
 Alta dureza 
Reforçadas por Leucita – Vítrea 
No intuito de melhorar a sua resistência, as cerâmicas 
feldspáticas foram reforçadas por leucita, sendo 
indicadas para restaurações do tipo facetas laminadas, 
inlays e onlays, contudo ainda apresentado uma 
resistência flexural de aproximadamente 180 MPa. 
Resistência 3% maior que as feldspáticas convencionais. 
Sistema injetado (IPS Empress) 
Reforçadas por Dissilicato de Lítio – Vítrea 
O acréscimo de cristais de dissilicato de lítio a 
formulação das cerâmicas feldspáticas, dispersos em 
uma matriz vítrea de forma interlaçada favoreceu as 
propriedades mecânicas sem, contudo, comprometer 
as propriedades ópticas das cerâmicas vítreas. 
Surgiu assim um novo sistema cerâmico denominado 
IPS Empress II (Ivoclair – Vivadent), apresentando 
resistência flexural de aproximadamente 400Mpa. 7x 
mais resistente que as feldspáticas convencionais. 
As cerâmicas de dissilicato de lítio, além de serem 
indicadas para inlays, onlays, coroas unitárias e facetas 
laminadas, também passaram a ser indicadas para 
próteses fixas de três elementos anteriores até 
segundo pré-molar. 
E-MAX 
Reforçadas Aluminizadas – Cristalina 
As cerâmicas aluminizadas foram desenvolvidas para 
proporcionar duas vezes mais resistência à fratura 
quando comparadas às cerâmicas feldspáticas 
convencionais. 130 MPa. 
Essa cerâmica contém 50% de óxido de alumina 
(Mclean) com melhor resistência a flexão, porém 
observou-se uma perda na translucidez e aumento na 
opacidade, devido à transmissão de luz ser limitada 
pelos cristais de alumina, além de uma resistência ainda 
insuficiente para uso na região posterior e construção 
de próteses parciais fixas, ficando somente indicada para 
próteses de três elementos na região anterior, e 
também passou a ser indicada para confecção de 
núcleos cerâmicos. 
Para eliminar porosidade, aumentar a força, e limitar a 
propagação de fissuras foram adicionadas partículas de 
vidro de lantânio, assim, as tensões de compressão 
melhoraram quando foram introduzidas mais forças 
sobre a cerâmica. 
InCeram Alumina 
 Apresenta grau de opacificação por apresentar 
um copping opaco e cerâmica feldspática para 
cobertura estética 
 Resistência flexural: 250-650 MPa 
 Indicações: Coroas unitárias anteriores e 
posteriores e prótese fixa de 03 elementos na 
região anterior 
 Diferencial importante: na confecção de 
abutments personalizados para implantes. 
InCeram Spinell 
 Maior translucidez 
 Menor resistência flexural (280-380 MPa) 
 Indicações: restaurações em regiões que não 
sofram grandes tensões mastigatórias. Não é 
indicada para região posterior pela alta 
translucidez e força mastigatória. 
Reforçadas por Zircônia – Cristalina 
A adição de óxidos teve o intuito de melhorar ainda 
mais a resistência das cerâmicas, onde a incorporação 
da zircônia, resultou em um aumento significativo da 
resistência à flexão (900–1200 MPa), conferindo um dos 
maiores valores de tenacidade entre os materiais 
cerâmicos. 
Porém conduziu a um sistema altamente opaco, como 
no sistema InCeram Zircônia (420–700 MPa) que 
apresenta uma mistura de aproximadamente69% de 
óxido de alumina (Al2O3) com 31% de óxido de zircônio 
(ZrO2). Suas indicações mais precisas limitaram-se, 
portanto, para regiões posteriores, tanto para coroas 
unitárias como para próteses fixas de três elementos. 
Alguns sistemas cerâmicos de Zircônia apresentam 
altas concentrações de óxido de alumínio, como por 
exemplo o sistema Procera - Nobel Biocare (Procera 
AllZircon). Este sistema, que tem como um dos seus 
diferenciais o processamento industrial 
computadorizado, utilizando tecnologia CAD/CAM 
(Computer-Aided Design/ Computer-Assisted 
Machining). Foi desenvolvido para criação de 
subestruturas de próteses cerâmicas utilizando óxido de 
alumínio altamente purificado e densamente sinterizado 
formado por mais de 99,5% de alumina (Al2O3). 
Devido à ocorrência de propagação de trincas em 
cerâmicas aluminizadas, surgiu a zircônia estabilizada por 
ítrio (Sistema Cercom, Vita InCeram Yz, IPS e-Max Zir 
CAD) que vem a ser uma nova geração de cerâmica 
dental que frequentemente tem demonstrado maior 
versatilidade devido as suas propriedades mecânicas, 
estética, biocompatibilidade, além de possuir elevada 
resistência à fratura e baixo módulo de elasticidade. 
A adição de óxido de ítrio a zircônia tem o intuito de 
diminuir a propagação de trincas controlando a 
expansão de volume e estabilizar a zircônia na fase 
tetragonal em altas temperaturas. O aumento de 
volume cria tensões de compressão na rachadura que 
visa neutralizar a tensão externa. Este fenômeno é 
conhecido como transformação e retardo na 
propagação de trincas. 
Esse mecanismo não impede a progressão de uma 
fratura, ele apenas torna mais difícil essa propagação. 
Com o aumento da resistência mecânica, essa 
cerâmica é mais recomendada para confecção de 
abutments comparado à alumina. 
Classificação das cerâmicas quanto à 
sensibilidade de superfície 
1) Cerâmicas ácido-sensíveis: a matriz vítrea da 
cerâmica se degrada na presença do ácido fluorídrico. 
Devido as características de adesividade ao substrato 
dental, as cerâmicas ácido-sensíveis são normalmente 
indicadas para facetas, lente de contato, fragmento 
cerâmico, inlays, onlays e coroas anteriores. 
As cerâmicas vítreas são passíveis ao condicionamento 
do ácido fluorídrico classificando-se como cerâmicas 
ácido-sensíveis, onde associada à aplicação do agente 
silano (agente de união) no interior da peça, possibilita 
altos índices de adesividade ao substrato dental, 
ganhando também em resistência à flexão. 
Dentre as cerâmicas ácidos sensíveis, pode-se citar as 
cerâmicas feldspáticas, leucíticas e dissilicato de lítio, 
sendo as cerâmicas de dissilicato de lítio as que 
possuem maior resistência flexural (400Mpa). 
2) Cerâmicas ácido-resistentes: cerâmicas que não são 
afetadas pelo tratamento de superfície por 
apresentarem baixo ou nenhum conteúdo de sílica, 
consequentemente sofrem pouca ou nenhuma 
degradação superficial na presença do ácido fluorídrico. 
As cerâmicas ácido-resistentes têm como indicação 
principal coroas unitárias anteriores e posteriores e 
próteses fixas anteriores e posteriores devido às suas 
características de alta resistência flexural. 
Por serem cerâmicas ácido-resistentes, ou seja, não 
serem passíveis de condicionamento ácido e não 
apresentarem união química de técnicas adesivas, são 
pouco indicadas para próteses ou restaurações com 
preparos sem princípios retentivos, como no caso de 
laminados cerâmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cimentação 
Cimento resinoso 
Porcelanas ácido- sensíveis: A base de sílica 
(feldspáticas e vítreas – dissilicato de lítio) 
1. Acido para limpeza e microrretenção: 
fluorídrico a 10% 
2. Remoção da matriz vítrea e exposição da 
carga cristalina 
3. Aplicação do silano 
4. Aplicação do adesivo 
5. Incorporação do cimento 
Porcelanas ácido-resistentes: Elevado conteúdo cristalino 
de alumina e zircônia. 
1. Jateamento com oxido de alumina ou sílica 
coloidal Laser 
2. Aplicação do silano 
3. Aplicação do adesivo 
4. Incorporação do cimento 
Sistemas de ativação do cimento resinoso 
Físico (luz) - Foto 
 Iniciador: canforoquinona 
 Deficiência de polimeração em pecas protéticas 
espessas e opacas. 
Químico 
 Reação peróxido de benzoílo com amina 
terciaria 
 Não apresentam controle sobre tempo do 
trabalho e polimerização 
Dual 
 Mais utilizado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2° 
AULA FRO II 
Seleção de Cor 
 
 Tríade Estética: Forma dos dentes, Textura e a 
Cor. 
 Uma das características mais importantes para o 
sucesso estético é a cor dos dentes artificiais, que 
deve ser exatamente igual à dos dentes vizinhos, 
naturais. Os dentes naturais apresentam amplo 
espectro de variações de tonalidades, mas se 
situam predominantemente dentro da faixa 
amarelo-laranja do espectro. 
Composição da cor dos dentes naturais: 
Apresentam uma estrutura complexa de reflexão e 
absorção de luz, que dá o aspecto vítreo e brilhante 
dos dentes, ao mesmo tempo em que a sua coloração 
é de um branco/amarelado leitoso. 
O esmalte apresentar em sua composição 96% de 
material inorgânico cristalino (cristais de hidroxiapatita) e 
apenas 1% de matéria orgânica, e por isso apresenta 
alta translucidez, ou seja, absorve a luz, enquanto a 
dentina apresenta 70% de material inorgânico e 20% 
de material orgânico, e por isso se apresenta opaca, 
refletindo a luz que nela incide. 
 Terço incisal: maior quantidade de esmalte que 
dentina; porção do dente bastante translucida 
que apresenta valor baixo. 
 Terço médio: grande porção de dentina e 
espessa camada de esmalte; confere alta 
opacidade e alto valor; zona de reflexão. 
 Terço cervical: grande quantidade de dentina e 
fina faixa de esmalte; maior opacidade e maior 
croma; valor medio; zona de absorção. 
Glossário: 
Fluorescência= Capacidade de reemissão de luz sob a 
incidência de raios UV, como os emitidos pelo Sol – 
baixo comprimento de onda –, quando a radiação 
absorvida se transforma em luz visível e o dente reflete 
um branco intenso. Quanto mais florescente, maior o 
valor. 
Opalescência= É a reflexão de luz cinza-azulado do 
esmalte quando recebe luz de alto comprimento de 
onda, deixando-o com um aspecto leitoso, e é melhor 
observada no terço incisal, devido à maior proporção 
de esmalte nessa área e à sua alta translucidez. 
Opacidade= qualidade, estado ou propriedade do que é 
opaco; ausência de transparência. 
Para a formação das cores, são necessários três 
fatores fundamentais: 
1. Matiz: É a cor propriamente dita (amarelo, azul, 
vermelho). 
2. Croma: É a saturação ou a quantidade de 
pigmentação que determinado matiz apresenta 
(vermelho claro, vermelho escuro). 
3. Valor: É a luminosidade ou brilho da cor, 
quantidade de cinza de um matiz (do mais claro 
ao mais escuro). 
Fatores que influenciam na seleção da cor: 
a) Ambiente: 
 Geralmente é o próprio consultório 
odontológico ou, eventualmente, o laboratório 
de prótese. 
 Deve ser constituído de cores neutras (gelo, 
bege, cinza, azul ou verde claro) para reduzir o 
cansaço visual, o estresse e a interferência 
desses fatores na seleção da cor. 
 Evitar interferência das cores das roupas do 
paciente, solicitar que remova qualquer 
maquiagem facial em excesso, principalmente o 
batom. Isso possibilita a determinação das cores 
dos dentes com a coloração natural dos lábios, 
simulando um sorriso, assim como do tecido 
gengival. 
b) Observador: 
 O CD, assim como o protético, aperfeiçoarem-
se em cursos, palestras, conferências, livros, 
artigos, etc., buscando compreensão e domínio 
das diferentes dimensões da cor. o. O domínio 
das cores é um aprendizado constante. 
 O paciente deve ser posicionado no mesmo 
nível dos olhos do observador, de tal forma que 
a luz incida de maneira similar no dente da 
escala e no objeto. 
 Manter distância similar à de conversaçãopara 
determinação da cor, correspondente a um 
braço esticado ou cerca de 60cm. 
 Fazer determinação rápida da cor, inicialmente 
do matiz, por aproximadamente 5 segundos 
para evitar cansaço da retina e visualizar as 
cores secundárias decorrentes desse cansaço. 
 Ao fenômeno óptico que causa alteração da 
percepção, pelo observador, da cor de um 
mesmo objeto quando submetido a diferentes 
fontes luminosas, dá-se o nome de Metameria. 
c) Objeto: 
 O objeto a ser reproduzido através de um 
material artificial estético como a porcelana, é o 
próprio dente. 
 A seleção da cor deve preceder o próprio 
preparo dentário e fazer parte do 
planejamento, que é um dos primeiros 
procedimentos odontológicos realizados. 
 É importante que o dente utilizado como 
referência tenha estrutura dentária suficiente, 
mantenha sua cor original e não tenha sido 
submetido a restaurações extensas, tratamento 
endodôntico, etc. 
 Fazer profilaxia prévia à determinação da cor 
através de jatos de bicarbonato ou taças de 
borracha e pasta profilática, eliminando manchas 
ou placa bacteriana eventualmente existente. 
 Umedecer a superfície do dente a ser 
compara do e do dente da escala. 
 Utilizar preferencialmente dentes vizinhos como 
primeira referência. Utilizar o dente homónimo 
do lado oposto como segunda referência. 
Como terceira utilizar dentes antagonistas. 
 Os caninos são excelente referência para 
seleção da cor por serem os dentes que 
apresentam maior quantidade de saturação ou 
croma, pois apresenta maior quantidade de 
dentina em relação ao lateral. 
d) Fonte de Luz: 
 Ênfase à importância e indispensabilidade da luz 
solar para um procedimento bem sucedido. 
Fazer seleção de cor durante o dia, 
aproveitando o máximo possível de luz natural, 
simultaneamente com lâmpadas corrigidas do 
tipo "luz do dia". 
 Desligar o refletor odontológico minutos antes 
da seleção de cor, evitando o efeito da luz 
halógena, que também ocorre com a 
incandescente, de acentuar o amarelo-laranja 
dos dentes. 
 O mesmo tipo de luz presente no consultório 
odontológico deve predominar no ambiente de 
trabalho do técnico de laboratório. 
e) Escalas de Cores: 
 Apresenta uma série de limitações: número 
reduzido de matizes quando comparado com 
as variações dentárias; confeccionadas de 
materiais diferentes das porcelanas; espessura 
não compatível com a da restauração; a 
maioria segue uma sequência logica de 
disposição de cores; ausência de variações de 
translucidez e opalescência. 
 Universalmente aceita tanto para porcelana 
como para resina composta é a escala da VITA. 
 Esta escala é ordenada em matizes (cor básica) 
através das letras A (marrom), B (amarelo), C 
(cinza) e D (vermelho), a todos eles pode se 
acrescentar o laranja, predominante na 
dentição natural. E saturação ou croma, 
determinados pelos números (os números, de 1 
a 4, correspondem à quantidade crescente de 
saturação ou croma). Deixa de levar em 
consideração a terceira dimensão da cor que é 
o valor (quantidade de cinza presente). 
f) Comunicação Cirurgião Dentista x 
Protético: 
 Um excelente trabalho estético só poderá ser 
obtido se os dois profissionais envolvidos 
apresentarem competência satisfatória: o CD, 
para ver e transmitir cor, variações e 
combinações da cor, e executar corretamente 
forma e textura e o protético, para passar à 
porcelana essas características. 
 O uso de fotografias, de diapositivos, de dentes 
da própria escala caracterizados, de modelos 
com delimitação das variações desejadas, são 
algumas das tentativas de suprir essa 
comunicação. 
 
Escala VITA classical 
 
Nessa escala, os matizes são determinados pelas letras 
A, B, C e D, sendo: 
A: Marrom 
B: Amarelo 
C: Cinza 
D: Vermelho 
Já o croma na odontologia é definido pelos números de 
1 a 4, em ordem crescente de saturação. 
 
 Escala Vitapan 3D Master 
 
O primeiro passo da seleção da cor é o da definição do 
nível de claridade (1-5). Escolha aquele que mais se 
aproxima da claridade do dente em questão. Deste nível 
selecione o grupo central M e estenda-o. 
 
Segundo passo – determine a intensidade da cor (1-3). 
Das amostras de cor do grupo M, escolha aquela que 
mais se aproxima do dente em questão. 
 
Terceiro passo – comprove a tonalidade (L, M, R). 
Verifique se o dente natural apresenta uma tonalidade 
mais amarelada (L) ou avermelhada (R) do que a 
amostra de cor do grupo M selecionada no segundo 
passo. Decida agora qual é a amostra que melhor 
coincide, e anote os dados correspondentes no 
esquema de comunicação de cores.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3° 
AULA FRO II 
Preparos minimamente invasivos 
e laminados cerâmicos 
 
INTRODUÇÃO 
 
Histórico dos laminados ceramicos 
Porcelana na odontologia – 1728 pelo médico frânces 
Pierre Fouchard. 
Material odontológico em 1774, na França, pelo químico 
Alex Duchateou e pelo dentista Nicholas Dubois. 
Proteses dentarias a base de porcelana possuiam maior 
resistencia ao manchamento bem como durabilidade 
quando comparadas as proteses dentais de marfim. 
O desenvolvimento das facetas laminadas aconteceu no 
início do século XX, quando se observou que os astros 
de cinemas precisavam melhorar a aparência de seus 
dentes esteticamente. 
Em 1983 Horn passa a confeccionar as facetas em 
porcela, o que revolucionou de vez a historia do 
laminado. 
Atualmente 
Com o avanço da Odontologia estética, dos materiais 
restauradores e odontológicos como os sistemas 
adesivos e os cimentos resinosos, a estética 
odontológica está em uma fase de constante 
modernização, a qual permite preparos dentais que são 
minimamente invasivos e restaurações de alta qualidade, 
estabilidade e longevidade. 
O que são Laminados Cerâmicos Indicações e 
Contraindicações 
Os laminados cerâmicos, popularmente conhecidos 
como facetas em porcelana e lentes de contato, 
consistem em uma modalidade de tratamento onde há 
adesão de um material cerâmico ao substrato dentário 
com preparos específicos, objetivando melhoras de 
função e estética. 
São indicados principalmente para: alteração de formato 
dentário em elementos com pouca projeção vestibular 
como dentes conoides, correções de imperfeiçoes na 
forma e alinhamento, fechamentos de diastemas, para 
dentes desgastados que perdeu a naturalidade incisal e 
dentes que não obtiveram sucesso no clareamento. 
São contraindicados para elementos com: grande 
alteração de cor e de estrutura, assim como para 
dentes com grandes restaurações e com necessidades 
de tratamentos ortodônticos. Dentes que tenham 
apinhamento, mordida topo-a-topo, bruxismo entre 
outros tratamentos multidisciplinares. 
Tipos de Materiais para Laminados 
As facetas podem ser confeccionadas pela técnica 
direta com resinas e pela técnica indireta com 
cerâmicas. Com o avanço da tecnologia dos materiais 
odontológicos, algumas opções de cerâmicas ganharam 
mais representatividade, pelas caraterísticas estéticas e 
funcionais do material utilizado. 
Dentre várias opções de materiais para cerâmicas 
como feldspato, dissilicato de lítio e leucita, os laminados 
com composição de dissilicato de lítio são comumente 
utilizados para o tratamento, devido à sua translucides e 
durabilidade. 
As cerâmicas de dissilicado de lítio possuem matriz 
vítrea, as quais os cristais de sua composição 
encontram-se espalhados e entrelaçados, oque torna 
mais dificultoso o surgimento de trincas. Além da 
resistência, tem um padrão estético excelente devido à 
refração da luz nesse material ser semelhante ao 
esmalte dentário, oque gera um sorriso mais harmônico 
e natural. 
Já as porcelanas a base de feldspato permitem a 
confecção de lâminas bem delgadas, porém, a fina 
espessura dificulta o recobrimento de cores em dentes 
escurecidos. A adição de leucita ocasionou um aumento 
de resistência, diminuindo assim a tensão, oqueevita 
possíveis rachaduras, porém, o dissilicato de lítio tem 
uma maior resistência entre leucita e feldspato por ter 
sua matriz entrelaçada. 
Preparos nos Elementos Dentais para 
Laminados Cerâmicos 
Como parte do procedimento de reabilitação com 
laminados cerâmicos, os preparos dentais são de 
extrema importância, de acordo com o planejamento 
de cada caso. 
Existem os tipos de preparos: tradicional para laminado 
cerâmico, preparo full veneer, preparos guiados pela 
superfície dental pré-existente e preparos guiados pelo 
volume final da restauração, com enceramento 
diagnóstico e mock-up. 
Um preparo dental que seja bem planejado e de forma 
minimamente invasiva influencia de forma direta na 
longevidade do tratamento, pois propicia melhores 
condições para realização da moldagem, melhor 
adaptação e encaixe das peças fabricadas, e o mais 
importante, proporciona a correta distribuição de forças 
mastigatórias e oclusais na restauração. 
Desgastes Não Invasivos 
Os laminados cerâmicos ultrafinos, também conhecidos 
como “lentes de contato”, consistem em restaurações 
cerâmicas com espessura inferior ou igual a 0,5 mm, 
de acordo com o preparo, cimentadas sobre os dentes 
com pouco ou nenhum desgaste dentário. Tem 
espessura capaz de envolver toda a face vestibular ou 
lingual. 
Fragmentos ceramicos: quando as restaurações 
cerâmicas são parciais com o limite em parte de uma 
face dental. 
Facetas 
“Modificações no formato dos preparos para as facetas 
cerâmicas podem ser variadas e encontrar uma 
infinidade de formas, sendo norteadas pelo defeito pré-
existente ou em função da dimensão antecipada da 
restauração definitiva e da cor do substrato.” 
As facetas cerâmicas têm espessura de cerca de 0,6 a 
0,7mm. 
Há duas formas de facetas: 
As de forma direta que é executado na clínica 
odontológica, com um preparo com ou sem o desgaste 
do elemento dental, oferece ao paciente baixo custo 
em comparação com o laminado indireto, entre outras 
abordagens protéticas, onde é aplicado na superfície do 
elemento dental um material de resina composta. 
A evolução da resina composta permite um serviço de 
qualidade, onde o profissional avalia o procedimento 
restaurador da seleção da cor até o estabelecimento da 
morfologia final, obtendo grandes resultados. 
Porém há limitações como instabilidade da cor devido a 
sua composição ter base plástica com partículas 
vítreas, fazendo com que sua parte plástica não 
mantenha estabilidade de cor ao decorrer do tempo, 
além disso, pode apresentar microinfiltração, tenacidade 
à fratura, desgastes que reduz a vida útil da restauração 
ocasionando complicações. 
Os laminados de sua forma indireta possuem alta 
durabilidade e resistência a atrito e fraturas, preparo 
conservador, correção de forma e cor, menos 
manchamento e obtenção de um resultado estético 
superior às facetas diretas em resina. 
Esse tratamento tem um preço mais elevado devido às 
técnicas e materiais utilizados, além de um valor à parte 
pelo serviço de um técnico em prótese dentária. 
Planejamento para confeccão dos laminados 
1ª consulta: 
Antes de indicar as facetas laminadas ao paciente, deve 
ser anamnese completa, realização de exames 
radiográficos, fotográficos e modelos de estudo, que 
serão de suma importância para complementar o 
exame clinico, o qual permitira uma avaliação completa 
da saúde bucal. 
 Planejamento digital – para que possa visualizar 
antecipadamente o resultado final do tratamento. 
Esse estudo é feito de forma individual e é único a 
cada paciente, observando a estética dos dentes, 
analisando seus hábitos, movimentos mastigatórios, 
oclusão, forma da face entre outros. 
A partir disso feito, considerando a expectativa do 
paciente e o seu grau de exigência, poderá ser feito o 
planejamento do caso e a avaliação de necessidade ou 
não de um tratamento multidisciplinar, que poderá 
otimizar o resultado final e deve ser feito antes da 
intervenção estética. 
2ª consulta: 
Na segunda consulta ocorre a seleção de cor – 
registro fotográfico da cor escolhida. 
O preparo do elemento dental: 
Feito todo o estudo, realiza-se a execução dos 
preparos dentários, tendo como suporte, o guia de 
silicone proveniente do enceramento diagnóstico, para 
que seja desgastado o mínimo de estrutura dental. 
 Pontas diamantadas- 2135 ou 2135, 4141 ou 4142, 1011 
ou 1012, 2134F ou 2135F, 2134FF ou 2135FF, 2200 
ou 2200F. 
 Técnica 1: confecção do Mock-up previamente ao 
preparo como guia de desgaste. Faz o desgaste 
nas áreas menores de resina para ter espaço de 
aplicar a cerâmica. 
 Técnica 2: uso de guias de silicona para auxílio do 
desgaste. 
 
 
 Outras técnicas de preparo: 
1. confecção do suco de orientação cervical= 
broca 1012 ou 1014. 
2. Confecção de canaletas vestibulares= 
broca 4138 (sentido cérvico oclusal) ou 1012 
1014 para mesial ou distal. 
3. Prepara o vestibular – união das canaletas= 
broca 4138. 
4. Redução incisal= broca 4138. 
5. Sem preparo= asperização. 
As fotos do substrato para protético – vista frontal e 
lateral 
A moldagem final ou enceramento – arcada de trabalho 
(moldagem com Silicona de Adição) e arcada 
antagonista (Alginato ou Silicona de Condensação) 
A confecção do provisório/mockup - previsibilidade de 
resultados para paciente profissional. Paciente fica com 
o provisório enquanto os laminados estão sendo 
confeccionados 
O correto planejamento de cada caso, tendo como 
base as análises faciais e dentais, enceramento 
diagnóstico e realização de mock-up é a chave para o 
sucesso de um tratamento reabilitador. 
O mock-up é um ensaio feito de resina bis-acrílica que 
permitirá o paciente visualizar como ficará o resultado 
final do seu caso. 
3ª consulta: 
Condicionamento dos laminados cerâmicos: 
Ácido fluorídrico a 10% por 20 segundos, lavagem com 
jato de água e ar por 60 segundos, secagem e limpeza 
com ácido fosfórico 37% por 60 segundos, com 
movimentos de fricçção, lavagem e secagem com 
jatos de água e ar e aplicação do silano (Prosil - FGM) 
por um minuto. 
Condicionamento da estrutura dental: 
Profilaxia com pedra pomes e água, inserção do fio 
retrator (visualização de campo e facilidade na remoção 
dos excessos de material), ácido fosfórico 37% por 30s, 
lavagem com água e secagem e aplicação do sistema 
adesivo. 
Cimentação definitiva dos laminados cerâmicos: 
Peças cerâmicas com 1,5 mm ou mais são necessários 
cimentos duais ou ativados quimicamente 
Peças cerâmicas com menos de 1,5 mm são 
necessários cimentos fotoativados. 
Parte interna do laminado cerâmico – preenchimento 
homogêneo com cimento resinoso 
Peça sobre o dente 6 segundos, remove-se os 
excessos grosseiros, completando a fotopolimerização 
com tempo de 60 segundos (palatina e vestibular) 
Materiais de Cimentação para Laminados: 
Os cimentos adesivos e os cimentos resinosos atuais 
permitem uma interação efetiva entre a cerâmica e 
estrutura dental. Entretanto, os cimentos resinosos 
apresentam características que variam desde cor à 
opacidade, o que pode ser viável quando há procura 
pela estética 
os cimentos resinosos podem ser classificados em 
quimicamente ativados, e fotoativados. Em junção às 
restaurações de sistemas cerâmicos, é possível notar 
características ópticas semelhantes aos dentes naturais, 
não apresenta grande zona de sombreamento nas 
regiões cervicais dos dentes, são biocompatíveis, tem 
estabilidade de cor e uma excelente estética. 
Os materiais cimentantes, podem ser divididos em cinco 
classes principais: cimento de fosfato de zinco, cimento 
de ionômero de vidro, cimento de ionômero de vidro 
modificado por resina, cimentos resinosos e cimentos 
autoadesivos. Ainda há dificuldade para se determinar a 
correta escolha clínica de um material cimentante. Além 
disso, cada classe requer cuidados e técnicas 
específicas, muitas vezessensíveis e detalhadas para 
sua utilização 
A estética deve ser levada em consideração na escolha 
do agente cimentante, pois este não deve interferir nas 
propriedades ópticas demonstradas pelos materiais 
restauradores cerâmicos e polímeros de vidro. 
A estabilidade de cor dos cimentos resinosos é outro 
fator importante e, por esta razão, muitos profissionais 
preferem o uso de sistemas de cimentação 
fotopolimerizáveis para facetas laminadas e coroas 
puras em dentes anteriores, exatamente por essa 
maior estabilidade de cor. Por outro lado, os cimentos 
convencionais são limitados no que se refere à seleção 
criteriosa de cor e à transmissão de luz, devido a sua 
opacidade, ficando seu uso limitado às restaurações que 
não sofrem influência da cor do agente cimentante. 
Os cimentos resinosos, em virtude da sua alta 
adesividade e resistência ao deslocamento da 
restauração, podem ser muito úteis quando o desenho 
geométrico dos preparos não são capazes de 
proporcionar retenção e estabilidade adequada. Em 
contrapartida, os cimentos convencionais mostram-se 
mais dependentes da biomecânica do preparo. 
Pastas matizadas Try-In: obtenção do resultado estético 
contribuindo no auxílio da seleção de cor do cimento 
resinoso definitivo, determina opacidade, translucidez e 
uniformidade de cor no ato da cimentação. 
 
 
4° 
AULA FRO II 
Prova da infraestrutura + 
Articulador e montagem em ASA 
 
INTRODUÇÃO 
Quando se realiza a montagem dos modelos em 
articuladores, tem-se como objetivo a reprodução do 
relacionamento oclusal do paciente com duas finalidades 
básicas: a) estudo da oclusão, no caso de patologias 
oclusais e planejamento para confecção de próteses; b) 
confecção de próteses fixas, totais, removíveis ou 
aparelhos inter-oclusais (placas). 
Sendo o objetivo principal: a reprodução o mais fiel 
possível, das posições estáticas e dinâmicas da 
mandíbula em relação à maxila, ou seja o articulador é 
uma ferramenta representativa da ATM onde os 
modelos mandibular e maxilar se relacionam com o 
objectivo de simular os movimentos mandibulares. 
Movimentos dinâmicos: abertura e fechamento, 
lateralidade e protusão (movimentos bordejantes, 
movimentos excêntricos mandibulares) 
Os articuladores podem ter utilidade durante a fase 
diagnóstica, durante o plano de tratamento e também 
durante o próprio tratamento. 
Durante a fase diagnóstica= Permite eliminar do campo 
de visão tecidos moles que podem impedir a 
visualização dos sectores posteriores e examinação das 
faces linguais dos dentes em oclusão, também facilita a 
reprodução de movimentos mandibulares sem a 
influência do sistema neuromuscular e acção de 
reflexos protectores 
No plano de tratamento= Podem ser utilizados para 
estabelecer alterações ao esquema oclusal apresentado; 
como no planeamento de desgaste selectivo, no 
enceramento de diagnóstico e planeamento cirúrgico e 
ortodôntico. 
Na fase de tratamento= O articulador servirá para a 
confecção de dispositivos oclusais que visam 
restabelecer a harmonia oclusal, as goteiras ou splints 
oclusais, ou permitir que as restaurações definitivas se 
enquadrem harmoniosamente nas arcadas e não 
perturbem movimentos mandibulares. Permitem 
também diminuir o tempo despendido durante os 
ajustes oclusais de próteses fixas. 
Tipos de articuladores 
Classificação quanto a capacidade de 
programação de guias excêntricas: 
ANA – Articulador Não Ajustável 
 Não podem ser programados para os 
movimentos específicos de cada paciente 
 Impossível duplicar com precisão um 
movimento excêntrico 
 A única posição fidedigna é a posição de 
contacto oclusal com a qual os modelos são 
montados (PIM p ex.) 
 EX: A charneira, o verticulador e o correlator. 
Charneira / Verticulador 
Não reproduzem os movimentos de lateralidade e 
protrusão da mandíbula; movimentos apenas no sentido 
vertical; reproduzem os movimentos de abertura e 
fechamento da mandíbula; aumento dos ajustes clínicos, 
na adaptação das restaurações protéticas. 
Charneira 
Vantagens: baixo custo; facilidade de montagem; curto 
tempo; dispensa arco facial e registra os mais elaborados. 
Desvantagens: não realiza movimentos excêntricos 
mandibulares; somente movimentos de abertura e 
fechamento; longo tempo clínico para ajustes. 
ATA – Articuladores Totalmente Ajustáveis 
 É o instrumento mais sofisticado, e permite por 
isso uma replicação mais fiel dos movimentos 
excêntricos do paciente 
 Permitem quatro tipos de registos: inclinação 
condilar, movimento de translação lateral 
(ângulo de Bennett), distância intercondilar e 
movimento de rotação condilar do lado de 
trabalho 
 Permite a utilização de arco facial 
 São complexos nos procedimentos de registro 
e montagem, aumentando o tempo de 
trabalho; equipamentos de alto custo. 
 Vantagens: próteses com menos interferência; 
relacionamento interoclusal mais estável; ajustes 
mínimos; grande capacidade de 
reprodutibilidade dos movimentos excêntricos 
mandibulares. Limitações: grandes 
complexidades para uso clínico rotineiro; maior 
tempo clínico; elevado custo. 
ASA – Articulador Semi-Ajustáveis 
 Maior capacidade de mimetizar movimentos 
condilares do que um ANA, porém apresenta 
limitações em relação aos ATA, mas podem 
ser perfeitamente compensadas através da 
personalização dos movimentos de lateralidade 
e protrusão. 
 Permitem três tipos de registos: inclinação 
condilar, movimento de translação lateral 
(ângulo de Bennett) e distância intercondilar 
 Duplica a posição de contacto oclusal e pode 
também mimetizar com proximidade 
movimentos excêntricos 
 Permite a utilização de arco facial 
 Simplicidade dos procedimentos de montagem 
 Custo acessível 
 Desvantagens – maior tempo para a 
transferência de informações do paciente para 
articulador 
Classificação de Bergstrom 
Arcon: Esferas condilares no ramo inferior e a guia 
condilar no ramo superior 
Não Arcon: Esferas condilares no ramo superior e a 
guia condilar no ramo inferior. 
Montagem em ASA - (tipo Arcon) 
 Ângulo de Bennet - 15° 
 Inclinação condilar - 30° 
 Distância intercondilar – S, M ou L (small, medium, 
large) 
Atenção sobre os conceitos: Lado de balanceio (lado oposto 
ao lado de trabalho, ex. esquerdo); Lado de trabalho (lado 
que a mandíbula percorre, ex. direito); Protrusão. 
Sequência de montagem: 
1. Moldagem com alginato; 
2. Tomada do arco facial; 
3. Montagem do modelo superior; 
4. Registro interoclusal; 
5. Montagem do modelo inferior 
Posição de trabalho: RC e MIH 
A definição da posição maxilo-mandibular deve ser o 
primeiro passo antes do registro oclusal. 
RC= é uma posição estritamente relacionado à posição 
condilar, não apresentando nenhuma relação com os 
contatos dentários. 
 Quando a oclusão está interferindo com a saúde do S.E. 
 Perda de estabilidade oclusal 
 Reabilitação oral extensa com comprometimento 
periodontal ou perda da DVO 
MIH= maior número de contatos dentários e, na maioria 
absoluta, ela não coincide com a relação cêntrica. 
 Quando houver estabilidade oclusal 
 Em casos de prótese fixa de pequena extensão e 
unitárias 
Quando RC coincide com MIH cria-se uma relação, a 
relação de oclusão cêntrica (ROC). 
Registro Intermaxilar 
 Registro da oclusão em cera, resina clínica 
vermelha ou silicona de adição apropriada 
 RC e MIH 
Técnicas de registro 
 RC= JIG (desprogramador. neuromuscular) + registro 
em cera, silicona ou resina acrílica ativada 
quimicamente 
 MIH= Justaposição dos modelos superior e 
inferior. 
Montagem da arcada inferior 
1. Posicionamento do modelo inferior seguindo o 
registro 
2. Fixação modelo inferior no superior 
3. Fixação do pino incisal 
Modelo de trabalho 
Cópia fiel dos dentes preparados e tecidos vizinhos, 
permitindo ao técnico acesso a área cervical dos 
preparos para execução correta do enceramento eselamento marginal. 
Prova da infraestrutura 
Copping – infraestrutura interna da coroa propriamente 
dita. 
Pode ser: metaloceramica ou somente ceramica (metal 
free) 
Duas etapas que precisam ser bem sucedidas: a) 
moldagem eficiente e a realização de troqueis; b) 
confeccao e a adaptação da infraestrutura. 
Remocao do provisoro e prova da infraestrutura. 
Necessario verificar toda a adaptação marginal, atraves 
de evenciadores de contato interno (carbonos liquidos), 
pelicula de elastomo, radiografia interproximal e sonda 
exploradora. 
.Pequeno espaço entre o copping e o dente preparado, 
evita a infiltração= gera degradação do cimento e 
acumulo de bacterias .

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