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Tópico 3 - Características térmicas dos materiais de construção e acabamentos

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Características térmicas dos materiais de 
construção e acabamentos
Apresentação
O projeto de arquitetura é um planejamento em que são inseridas todas as informações 
importantes e indispensáveis para uma obra bem feita. A especificação dos materiais faz parte de 
qualquer projeto executivo de arquitetura, e saber especificar materiais adequados para o 
desempenho proposto é fundamental para o sucesso de uma construção.
Cabe ao arquiteto conhecer o desempenho dos materiais para que os especifique corretamente no 
projeto e para cada tipo de obra. Muitos problemas no uso da edificação decorrem de erros de 
especificação.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você compreenderá que o desempenho da construção em 
relação ao conforto térmico, bem como a correta especificação e a escolha dos materiais podem 
fazer diferença na viabilidade da construção, tornando-a inclusive mais econômica.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar resistência térmica de componente de capacidade térmica de componente.•
Comparar, termicamente, os elementos opacos dos materiais transparentes ou translúcidos.•
Analisar componentes com camadas homogêneas, não homogêneas e câmara de ar.•
Desafio
As leis vigentes, as normas técnicas, as condições locais e as características dos materiais em toda a 
sua diversidade são de grande relevância para o profissional.
Imagine que você foi contratado para fazer o projeto de habitação em um contêiner para uma 
pequena família, composta de um casal e um filho pequeno, na zona urbana de Vitória, no Espírito 
Santo.
O clima local é composto por verão curto, quente e opressivo, com precipitação e céu quase 
encoberto, e por inverno longo, agradável, abafado, com ventos fortes e céu quase sem nuvens; em 
geral, a temperatura varia de 19°C a 32°C, sendo raramente inferior a 16°C ou superior a 34°C.
Com base nessas informações, relacione, pelo menos, cinco cuidados que você deverá tomar para 
adequar a construção a fim de proporcionar conforto térmico à família.
Infográfico
Para o sucesso de um projeto arquitetônico, é fundamental seguir alguns passos em determinada 
ordem lógica de prioridades. Por exemplo: se você compreender as características dos materiais a 
serem empregados, mas não conhecer as condições de insolação e de vento do local onde está o 
terreno da edificação a ser construída antes de definir os materiais ou a forma, essa compreensão 
pouco adianta para alcançar o objetivo desejado.
Neste Infográfico, veja os seis passos básicos para o processo de um projeto, considerando os 
aspectos de conforto térmico da edificação a ser projetada. Entenda, ainda, o quanto é importante 
seguir a ordem natural dos processos do projeto.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/7ceeea53-825b-4320-a9bd-c3651c4b42c0/47aa558a-60c6-4508-8e18-ed14b0222101.png
Conteúdo do livro
A maneira como o arquiteto projeta uma edificação residencial pode, muitas vezes, parecer algo 
intuitivo e cercado de escolhas estéticas, porém a adequação dos materiais especificados no 
projeto de arquitetura executiva faz a diferença entre o sucesso e o fracasso do uso da construção. 
Lembre-se de que as adequações humanas nas edificações se referenciam nos dados climáticos e 
nas necessidades corporais do ser humano, dessa forma, a assertividade do projeto com relação aos 
seus aspectos térmicos será um grande diferencial para a construção.
No capítulo Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos, da obra 
Conforto ambiental: iluminação natural, você vai conhecer as variáveis arquitetônicas e os índices 
calculáveis dos componentes e como usá-los na prática para o conforto dos usuários das 
edificações residenciais. 
Boa leitura. 
CONFORTO 
AMBIENTAL: 
ILUMINAÇÃO 
NATURAL
Laura Jane Lopes Barbosa
Características térmicas dos 
materiais de construção 
e dos acabamentos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Diferenciar resistência térmica de componente de capacidade térmica 
de componente.
 � Comparar, termicamente, os elementos opacos dos materiais trans-
parentes ou translúcidos.
 � Analisar componentes com camadas homogêneas, não homogêneas 
e câmara de ar.
Introdução
Neste capítulo, você vai ler sobre como a arquitetura pode atender às 
necessidades do ser humano relativas ao conforto térmico. Vai estudar as 
atribuições dos materiais de construção e dos acabamentos necessárias 
para formar um ambiente confortável termicamente e as diferenças entre 
esses materiais, além de ver como melhor usar os recursos por meio do 
conhecimento das capacidades térmicas de cada material e de seu uso 
na construção.
As adequações nas edificações se tornam cada vez menos frequentes 
a partir do momento em que os projetos são executados de maneira cor-
reta e cuidadosa, considerando a localização da edificação, a forma como 
é inserida no terreno e os materiais bem especificados. Proporcionar as 
condições de conforto aos usuários da edificação transforma o ambiente 
e, consequentemente, o cotidiano de quem vive nele.
Van Lengen (2004) afirma que a função da casa é nos proteger das 
condições de calor, frio ou umidade do clima. Com base nesse conceito, 
que, em sua simplicidade, mostra a importância do contexto desse es-
tudo, pode-se compreender que não há como ignorar os conceitos de 
conforto térmico para o exercício projetual da arquitetura.
As adequações humanas nas edificações se apoiam nos dados 
climáticos e nas necessidades corporais do ser humano; dessa forma, 
a assertividade do projeto quanto aos seus aspectos térmicos será um 
grande diferencial para a construção. 
1 Resistência térmica de componente versus 
capacidade térmica de componente
De modo geral, o conforto térmico das edificações é atingido por alguns 
fatores, como localização geológica, locação da obra conforme a insolação, 
vento dominante e materiais de construção e acabamentos com que foram 
construídas. Conforme Frota e Schiffer (2009), as necessidades térmicas do 
corpo humano se relacionam com o funcionamento do seu organismo, que 
precisa liberar calor o suficiente para manter sua temperatura interna em 
37°C. Há muitas formas de se projetar gerando conforto térmico em uma 
edificação, e a correta especificação de materiais é uma delas, resultado de 
estudos avançados, melhorados consideravelmente pela tecnologia atual.
Algumas características de materiais de construção e acabamentos têm 
seu estudo de extrema importância para a melhor especificação dos materiais 
no projeto. Considerando o conforto térmico das edificações, entender cada 
uma delas é fundamental. 
Dentro das trocas de calor, a sensação térmica é percebida mediante as 
diferenças sofridas no corpo humano pelo ambiente. Um lugar mais fresco e 
com ventilação adequada pode parecer ainda mais confortável depois de um 
lugar quente e com muita umidade, ao passo que um lugar quente e fechado 
pode ser refrescante depois da experiência de um lugar frio e com vento 
(UNWIN, 2013).
Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos2
No contexto de conforto térmico nas edificações, a resistência térmica e a 
capacidade térmica dos componentes, combinadas, formam o que a física chama 
de impedância térmica, que demonstra a possibilidade de um componente 
ou sistema de fazer troca de calor. Essas trocas são feitas de três formas: a 
condução, a convecção e a irradiação térmica. 
A resistência térmica de componente é a capacidade de um componente 
de reter o calor incidido sob sua superfície, não o conduzindo através de sua 
massa. É o inverso da condutibilidade térmica, que, por sua vez, tem o poder 
de conduzir o calor através de sua massa e aumenta à medida que a temperatura 
incidida também aumenta. Essa condição influencia, consideravelmente, no 
confortoambiental.
O conforto não é somente uma das maiores aspirações humanas, mas também é 
de relevante importância econômica, considerando que, em qualquer processo de 
trabalho, o desconforto pode diminuir a eficiência e o rendimento, podendo gerar, 
inclusive, aumento do número de acidentes (RORIZ, 2008).
Um bom exemplo para entendermos esse conceito é pensarmos na diferença de dois 
componentes de uma panela: o corpo da panela, que é sempre feito de um material 
de alta condutibilidade térmica e baixa resistência térmica, e seu cabo, que tem alta 
resistência térmica e quase nenhuma condutibilidade térmica. Há algumas variáveis 
no processo de cálculo da resistência térmica, como refletividade e absortividade, 
sendo as cores das superfícies fortes influenciadoras na absorção ou reflexão de calor. 
3Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos
Para conhecer a resistência térmica de um material é necessário que se-
jam conhecidas a espessura (L) do material de fechamento e o seu índice de 
condutibilidade (l), conforme mostra a Figura 1.
Figura 1. Fórmula para cálculo da resistência térmica.
A capacidade térmica de componente estabelece a quantidade de ca-
lor a que um corpo precisa ser submetido para modificar sua temperatura. 
A capacidade térmica (CT) é a razão da quantidade de calor (Q) recebida e a 
variação de sua temperatura (ΔT) após essa incidência em sua massa. Essa 
capacidade de retenção depende da massa de cada corpo. Afirma Romero 
(2000) que a capacidade térmica dos componentes pode reduzir a produção 
de calor do ambiente interno durante o dia. 
Mesmo tendo dois corpos de mesmo material, se eles tiverem massas di-
ferentes, serão necessárias diferentes quantidades de calor para cada um para 
que alcancem a mesma temperatura. Portanto, uma parede de 10 centímetros 
de espessura feita em alvenaria e emboçada com cimento precisa de menor 
incidência de calor para mudar sua temperatura do que uma parede com o 
mesmo material, mas com 20 centímetros de espessura. Sua relação é dada 
matematicamente pela expressão: 
A Figura 2 mostra graficamente a definição da capacidade térmica
Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos4
Figura 2. Capacidade térmica.
Fonte: Adaptada de Lamberts, Dutra e Pereira (2004).
Text.Text.
Tint. Tint.
Capacidade térmica - quantidade de calor necessária para elevar em uma
unidade a temperatura de um compontente, por unidade de área
- Unidade: KJ/m °C
Resumidamente, a resistência térmica e a capacidade térmica são critérios 
de conforto térmico que fazem grande diferença na especificação do projeto de 
arquitetura, considerando o atendimento às normas técnicas atuais. Conhecer 
o quanto é necessário ter informações de onde e quando usar determinado 
material tem sido não só um diferencial de qualidade em um projeto, mas 
uma obrigação geral na confecção dele. A especificação de material correta 
evita muitos problemas no uso e, juridicamente falando, na responsabilidade 
técnica pelo projeto.
As normas NBR 15220, de 29 de abril de 2005, e 15575, de 19 de fevereiro de 2013, 
ambas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelecem os critérios 
de conforto térmico das unidades residenciais — sendo que as formas de avaliação 
simplificada de desempenho térmico são estabelecidas pela ABNT NBR 15575/2013. 
É obrigatório que os projetos de edificações residenciais de qualquer porte atendam 
aos requisitos da norma ABNT NBR 15575/2013 no que for pertinente, e o responsável 
direto desse atendimento é o projetista da edificação. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2005; 2013).
5Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos
2 Elementos opacos e materiais transparentes
Visualmente, dentro dos materiais de construção e acabamentos, a compara-
ção entre os elementos opacos e os materiais transparentes é inconfundível, 
com formas e funções muito diferentes. Dentro dos padrões estabelecidos e 
comprovados de conforto térmico das edificações, eles são diametralmente 
opostos quando colocados em suas funções de fechamento. Não há, neste caso, 
material melhor ou pior, há sim o mau ou o bom uso de cada um. 
Segundo Lamberts, Dutra e Pereira (2004), as trocas de energia entre o 
interior e exterior, seja de luz, seja de calor, têm como ponto principal os 
elementos que envolvem o ser humano, o chamado envelope construtivo. 
O estudo do envelope construtivo deve abranger, ao mesmo tempo, todos os 
fatores de interferência no problema, sendo a radiação solar um desses fatores, 
pois interfere diretamente nos materiais de construção, que se comportam de 
maneiras diferentes. 
Por esse motivo, os elementos que envolvem os usuários das edificações 
podem ser divididos em fechamentos opacos e fechamentos transparentes. 
Sua principal diferença é a capacidade, no caso dos materiais transparentes, 
e a incapacidade, no caso dos opacos, de transmitir radiação solar para o 
interior da edificação.
Dentro desse princípio básico de uso de materiais em função da transmissão 
de calor, principalmente por meio da radiação solar, entende-se que o bom 
uso de cada um para o fim correto determinará, categoricamente, o conforto 
térmico da edificação, considerando sempre o que dizem as normas vigentes 
sobre o assunto. O conhecimento da carta climática local e da geometria do sol 
complementarão as informações necessárias para a escolha correta do material.
Fechamentos opacos
A transmissão de calor ocorre através de um fechamento opaco quando há 
diferença de temperatura interna e externa. O fluxo de calor ocorre na direção 
da superfície mais quente para a mais fria. Isso ocorre, basicamente, em três 
fases distintas: 
 � troca de calor com o meio exterior;
 � condução através do fechamento;
 � troca de calor com o meio interior.
Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos6
Acompanhe essas fases na Figura 3. 
Figura 3. As três fases da transmissão de calor nos fechamentos opacos.
Ambiente interno
Radiação
Convecção
Fl
ux
o
18°C27°C
1 2 3
Ambiente interno
Calor
A radiação solar incidente no fechamento opaco tem a fração absorvida, 
que se transforma em calor, e a fração refletida. Nos corpos opacos, a soma 
da absortância e da refletância é igual a 1. Dessa forma, é possível determinar 
a propriedade de uma por meio da outra (DORNELLES; RORIZ, 2007).
Na fase 1, troca de calor com o meio exterior, a radiação que incide sobre o 
material de fechamento opaco terá uma parcela refletida e outra absorvida, e 
seu valor dependerá da refletividade (a) e da absortividade (r) do material. Já 
na fase 2, condução através do fechamento, a área interna se diferenciará da 
externa pela elevação da temperatura no exterior. A troca térmica então se dá 
por condução, e a condutibilidade térmica (l) influirá, conforme a espessura 
do material, na intensidade do fluxo de calor que fluirá por ele. Fianlizando 
na fase 3, troca de calor com o meio interior, as trocas térmicas voltam a ser 
por convecção e por radiação.
7Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos
Na Figura 4, você pode observar graficamente a diferença da transmissão 
da radiação nos fechamentos opcaos e nos fechamentos transparentes.
Figura 4. Transmissão da radiação nos fechamentos opacos e transparentes.
Vidro
(Fechamento
transparente)
Parede
(Fechamento
opaco)
Fechamentos transparentes
Os fechamentos transparentes são responsáveis pelas principais trocas de calor 
em uma edificação, sejam em janelas, sejam em vãos de iluminação natural, 
claraboias ou mesmo portas em material transparente. Eles fazem as trocas 
térmicas das três maneiras: condução, convecção e radiação. A condução e a 
convecção são feitas da mesma maneira que os elementos opacos, porém, no 
caso de janelas e portas, há a possível de troca de ar, por terem a possibilidade 
de abertura. De maneira diferenciada, a radiação se torna mais latente e inci-
siva por sua transmissãoser direta ao interior, dependendo da transparência 
e transmissividade do material (t), o que não ocorre nos fechamentos opacos.
Akerman (2000) defende que o vidro, o principal fechamento transparente 
e mais conhecido e utilizado, é mau condutor de calor. Normalmente, ele é 
aquecido pelo lado exposto à fonte de calor, mas leva certo tempo para chegar 
a outra face, conforme os fechamentos opacos.
Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos8
É o projeto arquitetônico que define as variáveis que determinam a quantidade de 
calor que será transmitida pelos fechamentos transparentes. A orientação geográfica, 
o tamanho da abertura, o tipo de material transparente e os elementos de proteção 
solar utilizados, ou não, são as principais variáveis.
Na concepção de fechamentos transparentes, o principal elemento usado e 
largamente difundido é o vidro, porém existem muitos tipos de vidros, trata-
mentos de vidros, além outros materiais que terão suas características como 
fonte determinante das diferenças de transmissão de calor. Os principais tipos 
de materiais transparentes são os vidros simples (transparentes), vidro verde, 
películas e vidros absorventes (como os fumês), películas e vidros reflexivos, 
camadas múltiplas, vidros com texturas e os plásticos. 
 Westphal (2016) afirma que, sendo o comportamento do clima externo 
dinâmico, a influência do vidro no desempenho térmico da edificação tam-
bém sofrerá variações no decorrer do dia e do ano, com as estações. Por isso 
é importante um estudo detalhado do clima e das propriedades do material.
A radiação solar que incide sobre um fechamento transparente pode 
ser calculada por absortividade (a), refletividade (r), e transmissividade (t). 
No caso da reflexão, o ângulo de incidência da radiação solar fará a diferença 
na intensidade do reflexo. Dependendo da transparência do material, a radiação 
solar é transmitida diretamente para o interior. 
Elementos ou materiais cujos componentes têm características distintas, 
quando usados de modo inapropriado nas construções, podem modificar 
significativamente o desempenho e atingir até mesmo a funcionalidade da 
edificação. Para uso de muitos deles nem é preciso muita técnica ou cálcu-
los para saber se podem ou não afetar termicamente o espaço construído. 
Há obviedades impostas e prementes que quase intuitivamente podemos 
perceber se estão corretos ou não. Tudo depende da função a que a edificação 
se destina. 
Segundo Castro (2006), se um material transparente for mal dimensionado 
ou posicionado em uma fachada, pode gerar calor demasiado no verão ou 
excessivo frio no inverno no ambiente interno. Alguns materiais são corretos 
para uma função e inabilitados a outras. A escolha mal feita desses compo-
nentes compromete o dinheiro gasto, a reputação do profissional e a vida das 
pessoas que se utilizarão do ambiente, ou seja, um preço muito alto a pagar.
9Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos
3 Componentes com camadas homogêneas, 
não homogêneas e câmara de ar 
O conhecimento da composição dos materiais de construção e acabamentos é, 
de fato, fundamental para a boa prática do exercício projetual da arquitetura. 
Todos os processos aqui já vistos podem ajudar a não comprometer um tra-
balho de planejamento para a construção de qualquer edificação residencial. 
As composições, os efeitos, as variáveis arquitetônicas, a localização, as quali-
dades térmicas desses materiais são vistos como conhecimento imprescindível 
ao processo de trabalho de planejamento e projeto arquitetônico. Nessa lista 
também se inclui a composição das camadas e os bolsões de ar nos materiais, 
que interferem profundamente na carga térmica dos ambientes.
Por meio de processos químicos é possível obter diversas matérias-primas 
de composição dos materiais de construção — inclusive o ar. Considerando 
a característica da condutibilidade térmica dos materiais de construção e, no 
caso deste estudo, para fechamentos internos e externos de uma residência, 
pode-se também identificar os componentes cujas camadas sejam homogê-
neas ou heterogêneas, e ainda os fechamentos que consistem em camadas de 
materiais mais camada de ar confinado.
Segundo Granja (2002), para se compreender o fenômeno da inércia tér-
mica em fechamentos opacos é muito importante analisar a transmissão 
periódica de calor em fechamentos homogêneos. Essa análise, entretanto, deve 
ser estendida aos fechamentos compostos, já que a maioria das construções 
assim são executadas. Esse processo de cálculo dos fechamentos compostos vai 
se complicando mais a cada camada de materiais adicionados ao fechamento.
A análise se baseia no cálculo do coeficiente global de transmissão térmica 
(k), que quantifica a capacidade do material de ser transpassado por um fluxo 
de calor induzido pela diferença de calor entre os ambientes interno e externo 
do elemento construtivo de fechamento. O coeficiente considera e abrange 
as trocas térmicas superficiais, normalmente por convecção e radiação, e as 
trocas térmicas por condução, dada pelo material utilizado e suas características 
como espessura da camada, coeficiente de condutibilidade térmica, posição 
da camada ou camadas (horizontal ou vertical) e a direção do fluxo de calor. 
As fórmulas descritas e dimensionadas para o cálculo da resistência térmica 
e da capacidade térmica de componentes com camadas homogêneas, não 
homogêneas e com camadas de ar são detalhadas no corpo da ABNT NBR 
15220/2005. Elas estão representadas no Quadro 1.
Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos10
Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2005).
Símbolos
Símbolo Variável Unidade
A Área m2
R Resistência térmica de um componente (m2∙K)/W
U Transmitância térmica de um componente W/(m2∙K)
CT Capacidade térmica de um componente KJ/(m
2∙K)
$ Atraso térmico de um componente horas
FSo Fator solar de elementos opacos —
FSt Fator solar de elementos 
transparentes ou translúcidos
—
CS Coeficiente de sombreamento —
c Calor específico KJ(kg∙K)
e Espessura de uma camada m
≓ Condutividade térmica do material W/(m∙K)
‴ Densidade de massa aparente do material kg/m3
⊍ Emissividade hemisférica total —
Subscritos
Subscrito Descrição
ar Referente a uma câmara de ar
n Número total de seções ou camadas (a, b, c, …, 
n − 1, n) de um elemento ou componente
s Superfície
e Exterior da edificação
i Interior da edificação
t Total, superfície a superfície
T Total, ambiente a ambiente
Quadro 1. Símbolos para formação das fórmulas de cálculo de resistência e capacidade 
térmica de elementos com camadas homogêneas, não homogêneas e camadas de ar
11Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos
Segundo Ching (2013), as características da forma e a praticidade do 
seu conceito prático de proporção, tamanho, textura e acústica dependem, 
em última análise, das propriedades de vedação do espaço. Analisando as 
diferenças de cada tipo de componente, no caso da resistência térmica, os 
componentes de camadas não homogêneas têm seu cálculo feito por meio da 
soma dos componentes de cada camada. Essa soma pode ser feita em série 
ou em paralelo. A resistência térmica de componente homogêneo é calculada 
pela fórmula destacada na Figura 1, que vimos anteriormente. 
Para reduzir as trocas de calor de um fechamento opaco, é evidente que a 
escolha dos materiais com índice de condutibilidade mais baixa é condição 
fundamental para um bom resultado. Assim como a execução de fechamentos 
de camadas múltiplas também coloca bons resultados a redução da troca de 
calor. A câmara de ar pode ser uma dessas camadas, fazendo sua troca térmica 
por convecção e radiação, e não por condução, dependendo da direção do 
fluxo e da inclinação do fechamento. 
As determinantes de cálculo da capacidade térmica para os componentes 
de camadas homogêneas e não homogêneas se tornam quase ignoráveis, pois 
a capacidade térmicade um material cujo índice é muito alto determinará o 
efeito da troca de calor dos outros, contribuindo na inércia térmica do ambiente 
fechado por ele. Considerando, nesse aspecto, a câmara de ar, que tem uma 
diferença mínima de capacidade térmica, ela também não influenciará no 
processo se inserida. Assim, o cálculo da capacidade térmica de um componente 
homogêneo e não homogêneo, com ou sem câmara de ar, pode ser executado 
da mesma forma, considerando o material inserido nas camadas que melhor 
retêm o calor como base para o cálculo.
Segundo Lima et al. (2018), o nível mais alto de isolamento das fachadas 
formadas por blocos de tijolo duplo com câmara de ar fornece um nível maior 
de inércia térmica para a edificação, o que é altamente preconizado pela 
arquitetura bioclimática. 
Procure no YouTube o vídeo “Transferência de calor: resistência térmica”, do canal 
Desenrolando, e complemente seus conhecimentos sobre a especificação dos materiais 
de uma obra. 
Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos12
Estudar o clima antes de traçar o projeto
Para todas as variáveis arquitetônicas estudadas neste capítulo, cálculos e 
determinações normativas, deve-se considerar que a base de tudo é o clima. 
Esse elemento não pode ser ignorado, obviamente, porém é muito importante 
destacar que nenhuma fórmula matemática até hoje estudada é capaz de 
modificar o clima da localidade. 
As ações de proteção ao meio ambiente no mundo contribuem para a 
estabilização de mudanças feitas no decorrer de séculos de interferência do 
homem na Terra, mas especificar materiais de uma edificação com o objetivo 
de trazer conforto térmico ao usuário sem considerar a situação climática local 
é um erro grosseiro e imperdoável no processo de projeto. Em decorrência dos 
estudos sobre conservação e uso racional de energia elétrica e da necessidade 
da preservação ambiental, nasce um novo pensamento em arquitetura, com 
base nas necessidades dos edifícios se adaptarem aos requisitos ambientais 
(DI TRAPANO, 2008).
Conhecer as capacidades e resistências térmicas dos materiais só fará sen-
tido se você souber usá-las em favor do usuário da edificação no local onde será 
implantada. O conhecimento das cartas climáticas e a observação pessoal do 
local, da topografia do terreno, e o programa de necessidades do projeto serão 
informações de base para o bom uso dos elementos e componentes a serem 
escolhidos. As normas técnicas auxiliam os processos do exercício projetual, 
facilitando nas decisões e especificações dos materiais e a firma de uso.
Segundo Brown e Dekay (2004), a topografia, a radiação solar e a venti-
lação, quando combinadas entre si, produzem microclimas que evidenciam 
algumas características do macroclima da região. Dessa forma, evidencia-se 
a importância do estudo do clima para a adequação da construção.
As boas práticas da construção civil já estudaram e testaram diversas situ-
ações e, por isso mesmo, normatizam as atividades de cálculo, especificação 
e projeto, dando aos profissionais condições de segurança para a prática das 
atividades da profissão. 
13Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos
O edifício conhecido por Walkie-Talkie, localizado em Londres, na Inglaterra, é um bom 
exemplo do mal uso da combinação forma, localização e material no projeto. O edifício 
construído reflete a luz solar e irradia raios que aumentam a temperatura entre 60°C a 
até 92°C, como em uma lente, chegando a derreter objetos que estão na linha desse 
reflexo. Esse é um exemplo de um grande erro de projeto que atinge diretamente o 
investidor, o projetista e, principalmente, a população ao redor.
Com o conhecimento técnico específico, o auxílio das normas e pesqui-
sas das necessidades dos usuários da edificação a ser projetada, além das 
informações gerais do clima e até mesmo das medições de temperatura local 
e conhecimento das características de cada material, é possível realizar o 
planejamento de uma obra de maneira eficiente e eficaz. Com isso, gera-se 
conforto e proteção térmica aos usuários, beneficiando até mesmo a saúde 
física e mental dos moradores.
Os erros provocados pela não observação desses fatores podem gerar prejuízos 
irreversíveis ao urbanismo, às pessoas e aos construtores das edificações. Cabe 
ao projetista a maior parcela de responsabilidade pelas escolhas erradas. De 
acordo com Daychoum (2008), as grandes organizações já podem sofrer com 
planos mal elaborados ou executados de maneira incorreta, e os projetistas, que 
muitas vezes se arriscam em escolhas intuitivas, podem sofrer muito mais. Por-
tanto, o estudo e o uso correto das informações disponíveis para as escolhas dos 
materiais mais adequados e eficientes do projeto de arquitetura é fundamental.
AKERMAN, M. Natureza, estrutura e propriedades do vidro. Brasil: CETEV, 2000. Disponível 
em: https://www.unifal-mg.edu.br/ppgcemateriais/files/file/processo%20seletivo/
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15220-2:2005: Desempe-
nho térmico de edificações: parte 2: Método de célulo da transmitância térmica, da 
capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes 
de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. Cancelada em 09/06/2008. Substituída por: 
ABNT NBR 15220-2:2005 Versão Corrigida:2008.
Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos14
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15575-1:2013: edificações 
habitacionais: desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 
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Alegre: Bookman, 2004.
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nharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 
2006. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/257744/1/
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CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
DAYCHOUM, M. Manual de sobrevivência a reformas. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.
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action=&co_obra=136217. Acesso em: 26 mar. 2020.
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GRANJA, A. D. Transmissão de calor em regime periódico: efeito da inércia térmica em 
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LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. 2. ed. São 
Paulo: ProLivros, 2004.
LIMA, M. V. de et al. Análise de desempenho térmico e conforto ambiental de sistemas 
construtivos em habitação de interesse social. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE 
CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS, 7., 2018, Passo Fundo. Anais eletrônicos... Disponível em: 
https://bit.ly/2y5nn5T. Acesso em: 26 mar. 2020.
ROMERO, M. A. B. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. [Brasil], 2000. Disponível 
em: http://airesfernandes.weebly.com/uploads/5/1/6/5/5165255/princpios_bioclimti-
cos_para_o_desenho_urbano.pdf. Acesso em: 26 mar. 2020.
RORIZ, M. Conforto e desempenho térmico de edificações. São Carlos:Universidade Federal 
de São Carlos, 2008.
UNWIN, S. A análise da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2013.
VAN LENGEN, J. Manual do arquiteto descalço. Porto Alegre: Livraria do Arquiteto, 2004.
15Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
WESTPHAL, F. S. Manual técnico do vidro plano para edificações. São Paulo: Simplíssimo 
Livros, 2016.
Leituras recomendadas
ARQUITETO FALA. Norma de desempenho de edificações entra em vigor: ABNT 15575. [S. l.], 
2013. Disponível em: http://arquitetofala.blogspot.com/2013/07/norma-de-desempe-
nho-de-edificacoes.html. Acesso em: 26 mar. 2020.
CÂMARA BRASILEIRA DE INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Desempenho de edificações 
habitacionais: guia orientativo para atendimento a norma ABNT NBR 15575/2013. 
Brasil: CBCI, 2013. 
COMO foi que um arranha-céus 'derreteu' um carro?. BBC Brasil, 2013. Disponível em: 
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/09/130904_como_luzrefletida_der-
rete_carro_an. Acesso em: 26 mar. 2020.
MOUNT, H. Skyscraper?: on reflection it's more like a 37-storey barbecue: Harry Mount 
braves the death rays of the City tower that can melt cars. Daily Mail Online, 2013. 
Disponível em: https://www.dailymail.co.uk/news/article-2410490/Skyscraper-On-
-reflection-like-37-storey-barbecue-HARRY-MOUNT-braves-death-rays-City-tower-
-melt-cars.html. Acesso em: 26 mar. 2020.
TRANSFERÊNCIA de calor: resistência térmica. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (7 min). Publicado 
pelo canal Desenrolando. Disponível em: https://youtu.be/CAN1PLIQDmk. Acesso 
em: 26 mar. 2020.
Características térmicas dos materiais de construção e dos acabamentos16
Dica do professor
Para o bom andamento do processo de um projeto de edificações residenciais, é necessário 
entender a importância das escolhas corretas dos materiais. Para isso, é preciso considerar, 
principalmente, os aspectos térmicos, hoje regulamentados por normas e leis, que asseguram ao 
profissional ótimos projetos e especificações adequadas, garantindo a qualidade da obra aos 
usuários da edificação e gerando valor ao imóvel.
Nesta Dica do Professor, você vai entender como a escolha correta de materiais, considerando seus 
aspectos térmicos, pode ajudar na valorização do imóvel, fazendo deste um bom investimento 
financeiro tanto para o comprador quanto para o usuário da edificação.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/de297703c30bcde73384b1a20a693cc8
Exercícios
1) O conforto térmico das edificações normalmente é atingido por fatores externos e internos. 
Alguns desses fatores não podem ser modificados pelo projetista, apenas considerados para 
a melhor adequação do projeto. Assinale a alternativa que contém esses fatores.
A) A localização geológica e os materiais de construção utilizados.
B) O vento dominante e os materiais de construção utilizados.
C) O vento dominante e a localização da obra.
D) A insolação e o vento dominante.
E) Os acabamentos e a insolação.
2) A Norma 15220/2003 determina algumas definições a respeito do desempenho térmico das 
edificações. Baseado no que diz a referida norma, qual das alternativas a seguir representa 
mais corretamente o que é resistência térmica de componente?
A) É a quantidade de calor a que um corpo precisa ser submetio para modificar sua temperatura.
B) É a adequação necessária de um componente para que o ambiente seja devidamente 
resfriado.
C) É a situação inversa da condutibilidade térmica que conduz o calor por meio de sua massa.
D) É o quociente da capacidade térmica de um componente de material de acabamento pela sua 
área.
E) É a composição entre os ambientes interno e externo, considerando o que incide 
externamente no componente.
3) Nos fechamentos opacos, a transmissão de calor ocorre quando há diferenças de 
temperaturas interna e externa, e isso ocorre em três fases distintas. Entre as alternativas a 
seguir, assinale a ordem que essas fases ocorrem.
A) Radiação, convecção e fluxo.
B) Troca de calor como o exterior, condução pelo fechamento e troca com o interior.
C) Troca de calor com o meio interior, condução e troca com o meio exterior.
D) Radiação transmitida, fluxo e troca de calor com o exterior.
E) Convecção por indução, troca de calor com o exterior e fluxo.
4) Segundo as normas brasileiras, as vedações das paredes internas e externas devem garantir 
estanqueidade, proteção acústica contra sons externos e conforto térmico. Para estabelecer 
esses padrões, a norma utiliza algumas condicionantes. Assinale a principal condicionante.
A) As condições de massa do material a ser empregado.
B) As condições de condutibilidade e de resistência térmica.
C) As condições dos ventos dominantes.
D) As condições de insolação e de climática mundial.
E) As condições climáticas de cada região.
5) Os fechamentos de uma edificação são responsáveis por grande parte do conforto térmico 
gerado aos usuários e aos moradores e determinam, na maioria das vezes, a temperatura do 
ambiente. Com base na conceituação e na comparação dos fechamentos opacos e dos 
fechamentos transparentes, é possível afirmar que:
A) os fechamentos transparentes são os principais elementos de troca de calor na edificação.
B) a transmissão de calor é diretamente incidida no interior por meio da condução nos 
fechamentos opacos e menos nos transparentes.
C) as trocas de calor entre elementos opacos e transparentes são feitas por convecção, radiação 
e condução da mesma maneira.
D) a radiação solar incidente em um fechamento transparente só pode ser feita por 
absortividade e não por transmissividade.
E) o ângulo e a incidência da radiação solar nos fechamentos transparentes não fazem diferença 
em seu reflexo.
Na prática
O erro projetual impede o sucesso de outros trabalhos do profissional. 
O preço que se paga por ignorar conceitos, cuidados e teorias já analisadas, bem como as 
características locais em todas as suas circunstâncias e todas as variáveis possíveis, torna o técnico 
do serviço um mero espectador e culpado por pequenas e grandes tragédias construtivas.
Neste Na Prática, você vai conhecer a história de um esportista que confiou seu investimento a um 
arquiteto que não enxergou a necessidade do cuidado e da atenção a essas condicionantes e teve 
um grande prejuízo.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/85cd6ed3-0e4e-4c8e-a7c5-fe40f23150c5/f94b5d96-d9fb-4f11-85c2-c2a6ca4f7fd8.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Conforto térmico em habitações de interesse social - um estudo 
de caso
Neste link, você vai encontrar um estudo de caso que mostra muitas informações importantes na 
ótica de um engenheiro mecânico.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Como a simulação de materiais durante o projeto garante um 
bom desempenho da construção
Quanto mais informações corretas e seguras na fase de projetos, melhor é a viabilização da 
construção. O texto a seguir aborda a simulação dos materiais em várias ferramentas e métodos 
existentes, promove uma condição segura e assertiva de construção com bom desempenho 
térmico, atendendo melhor às normas de desempenho da construção e, consequentemente, ao 
conforto do usuário.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Desempenho térmicoO desempenho térmico nas edificações tem estudos fundamentados e amparados por normas 
brasileiras que ajudam o profissional a determinar as interferências necessárias para uma edificação 
eficiente em todos os aspectos. Neste link, você vai conhecer melhor como avaliar o desempenho 
térmico das edificações sob o ponto de vista regulamentar das normas brasileiras.
https://revista.pgsskroton.com/index.php/uniciencias/article/view/5116
https://www.archdaily.com.br/br/930355/simular-materiais-na-etapa-projetual-pode-garantir-o-desempenho-da-construcao?ad_source=search&ad_medium=search_result_all
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https://www.youtube.com/embed/51qNTOHXZPg

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