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Tópico 14 - Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica

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Aspectos emocionais e estéticos 
relacionados à acústica	
Apresentação
A acústica tem influências tanto positivas quantos negativas no ser humano, pois cada um tem uma 
percepção do que se chama som ou ruído. Para isso, compreender a individualidade de cada ser 
para tratar isso da mesma forma no projeto acústico garante melhor qualidade de vida, seja 
no trabalho, em casa ou no lazer.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a definição da psicoacústica, vai aprender 
como ela interfere no nosso dia a dia e como pode alterar a nossa percepção desse ambiente. Vai 
aprender também a estabelecer relação entre a acústica e a estética.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir psicoacústica e sua influência nos projetos acústicos.•
Reconhecer a subjetividade do conceito de som e sua relação com conforto acústico.•
Relacionar estética e acústica.•
Desafio
A ergonomia é uma forma de adaptação do trabalho ao homem, procurando desenvolver uma 
integração perfeita entre as condições de trabalho, as capacidades e limitações físicas e 
psicológicas do trabalhador bem como a eficiência do sistema produtivo, a fim de agregar conforto 
e segurança no seu dia a dia. Ao observar ambientes barulhentos e locais que façam o indivíduo 
perder a concentração e que podem acarretar estresse, mau humor, entre outros, percebe-se que 
isso vai de encontro à ergonomia.
De que forma a acústica interfere ergonomicamente no dia a dia do indivíduo e como é possível 
atenuar as perturbações sonoras de um ambiente?
Infográfico
A forma como o ambiente influencia o bem-estar é fundamental para o melhor aproveitamento do 
espaço, do dia ou da atividade que se está realizando. O conforto é fundamental para o ser 
humano.
Confira no Infográfico como o ambiente influencia o nosso bem-estar.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/92a550df-78bf-4bf1-87fb-eef7345cf9ef/01eef6b4-6d82-4e37-8b6c-d0d89abc5d17.jpg
Conteúdo do livro
A acústica tem grande influência no dia a dia das pessoas, tornando um ambiente agradável ou não, 
de acordo com a nossa percepção. Daí a necessidade de tratar os espaços, transformando-os em 
ambientes que remetam a boas experiências para quem passa.
No capítulo Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica, da obra Acústica arquitetônica, 
você vai entender a psicoacústica e sua influência nos projetos acústicos, vai reconhecer a 
subjetividade do conceito de som e sua relação com o conforto acústico, além de aprender a 
estabelecer relação entre estética e acústica. 
ACÚSTICA 
ARQUITETÔNICA
Silvana Laiz Remorin
Aspectos emocionais e 
estéticos relacionados 
à acústica
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir psicoacústica e sua influência nos projetos acústicos.
  Reconhecer a subjetividade do conceito de som e sua relação com 
conforto acústico.
  Relacionar estética e acústica.
Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer a influência dos sons nos projetos e a 
psicoacústica, área que nos conta um pouco sobre essa relação da per-
cepção do homem com o som. Além disso, vai conhecer o conceito do 
som e sua relação com o conforto acústico, além da relação entre estética 
e acústica. Ainda, vai saber como verificar os inúmeros materiais acústicos, 
mesmo os que não foram planejados para essa função em um projeto. 
Estudo da psicoacústica e sua influência nos 
projetos acústicos
O estudo da psicoacústica surgiu no século XIX e é uma área da psicologia que 
estuda a percepção musical e como ela se insere na comparação com outras 
áreas. Essa é uma área científi ca que estuda a percepção sonora, aplicada ao 
indivíduo. Porres (2012) afi rma que a acústica é a área da física que estuda o 
som e a vibração, e a psicoacústica é uma área da psicofísica que estuda as 
relações entre estímulos físicos e a percepção por meio dos sentidos, sendo 
considerada uma ramifi cação da psicologia.
Porres (2012) aponta que há uma relação de “três mundos”, três processos 
de comunicação sonora, sendo:
1. mundo físico/som como fenômeno acústico;
2. entidade subjetivas/apercepção sonora;
3. informação/processamento e interpretação da informação sonora 
captada. 
Do mundo da matéria até o mundo da experiência, temos então um processo 
de “sensação”. Já do caminho da experiência à informação, temos o processo 
cognitivo. Do caminho da matéria à informação, temos a percepção. Observe 
o esquema:
  matéria/tom: sinal físico;
  experiências/sensação de tom: base sensorial da dissonância;
  informação/nota: processamento e interpretação de informação.
Porres (2012) também menciona que o mundo-matéria é o tom musical, 
como a vibração. A escuta (sensação) leva à experiência da sensação sonora. 
Ele ainda conclui que a área da psicoacústica é híbrida, diz respeito à acústica 
e à recepção do estímulo físico e à relação com o objeto sensorial. Estuda ainda 
a percepção da música, a cognição musical de uma forma geral. Mosquera 
Sánchez (2012) menciona que a psicoacústica analisa que para o início de um 
projeto com controle de qualidade sonora devem ser estudados os mecanismos 
de geração, a transmissão para o receptor e os mecanismos de recepção para 
o homem. Compreender como o homem interagem com o som é a base inicial 
para um bom projeto com qualidade sonora.
Gerges, Gomes e Lima (2004) definem que a sensação humana é uma 
avaliação do ambiente, não apenas pela audição, mas também da visão, do 
olfato, da gustação e do tato. A grandeza acústica quantifica alguns parâ-
metros, como o nível de pressão sonora, o nível de potência sonora e o nível 
de intensidade sonora, e essas grandezas quantificam o ruído, porém não 
refletem a percepção humana. Já a percepção humana é quantificada a partir 
do parâmetro da psicoacústica. 
Para Gonçalves, Silva e Coutinho (2009), a preocupação entre a relação do 
meio ambiente com a saúde não é um estudo recente, pois a poluição sonora 
vem se tornando um problema cada dia maior, exigindo ações e formas para 
minimizar os efeitos nocivos. Essa exposição aos ruídos interfere no rendi-
mento físico e mental do ser humano, diminuindo o rendimento de trabalho, 
Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica2
a produção e a concentração. Ele ressalta ainda que o ruído é o risco existente 
mais presente, gerando ainda 20% de perda de rendimento em ambientes 
ruidosos. Por isso, o ruído deve ser o mais baixo possível e o ambiente deve 
ser adaptado ao trabalho do homem.
A acústica arquitetônica lida com todos os tipos de sons no entorno e na 
construção, e o projeto acústico assegura que a distribuição desse som seja 
eficiente, excluindo sons indesejados (sons de telhado, piso, teto e paredes) 
e qualificando os sons internos, conforme mencionam Gonçalves, Silva e 
Coutinho (2009).
Conforme Maciel (2003), o estudo da percepção sonora em arquitetura é 
mais aplicado e estudado em locais mais óbvios, como teatros, salas de concerto, 
auditórios, etc., e os demais estudos são considerações encontradas na luta 
contra o ruído, trazendo a ideia de paisagem sonora aplicada à arquitetura como 
um resgate do espaço, da acústica, isto é, atribuir características acústicas ao 
espaço, estudando a linguagem sonora e a importância do “silêncio”.
O mesmo autor cita que há um termo, o soundscape, para relacionar o som 
no ambiente, mostrando com ênfase o modo como este é percebido pelo indiví-
duo ou pela sociedade. Afirma ainda que depende da relação entre o indivíduo 
e o ambiente e que, no Brasil, esse termo foi traduzido para “paisagem sonora”. 
A análise da paisagem sonora está baseada nos aspectos perceptivos, como 
ruído de fundo, sinais sonoros (nos externos que despertam a atenção), marcos 
sonoros (representativos para um grupo ou visitantes) e passeio sonoros. Essa 
terminologia expressaa ideia de que o som de uma localidade pode, como na 
arquitetura local, expressar a identidade do espaço e fazer o reconhecimento 
do local caracterizado em razão da paisagem sonora.
O ser humano percebe o ambiente não apenas com a visão, mas também 
com os demais sentidos e pelas sensações produzidas por estímulos, sendo que 
cada estímulo leva a sua relação psicológica. Vemos aqui que há uma distinção 
entre as sensações e as percepções, levando muitas vezes à percepção de um 
ambiente, com as sensações e lembranças que esse local nos traz. Se pensarmos 
assim, podemos afirmar que, da mesma forma como diversos lugares, cheiros 
e lembranças, os sons também podem nos trazer sensações e a representação 
de algum local marcado na memória (MACIEL, 2003).
O autor menciona, ainda, que a paisagem sonora está sempre em transfor-
mação, tornando-se mais barulhenta e marcada cada vez mais por um único 
ruído, o tráfego, nos trazendo a ideia de que esse planejamento urbano precisa 
ser cuidado e analisado, de forma que os ambientes se tornem espaços cada 
vez mais agradáveis. Se pensarmos em um café ou um restaurante, a sensação 
de boa lembrança do ambiente nos leva a recomendar e até mesmo a voltar 
3Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica
ao local. Vemos aqui uma possibilidade de mercado, de trazer cada vez mais 
a sensação da audição para um sentido emocional.
Som e sua relação com o conforto acústico
De acordo com Fernandes (2002), o som tem uma defi nição ambígua: som e 
ruído. Som é a designação que o homem dá para sons agradáveis ao seu ouvido, 
como uma música ou uma risada. Já o ruído é tratado quando o som é algo 
indesejado, como um som muito alto ou o ruído de máquinas trabalhando. O 
mesmo autor ainda ressalta duas defi nições: subjetiva, que é o ruído como uma 
sensação desagradável ou insalubre, e a defi nição física, que é o fenômeno 
acústico não periódico, sem componentes harmônicos.
Quando analisados na questão da física, o ruído é um som complexo, resul-
tante da superposição desarmônica de várias fontes, com um espectro confuso, 
sem ordem de composição. Nos últimos tempos, os ruídos se transformaram 
em formas de poluição sonora, afetando todas as pessoas e passando a ser 
tratado como um problema de saúde pública.
Gonçalves, Silva e Coutinho (2009) mencionam que o ruído urbano, cada 
dia mais presente no cotidiano, tanto nas residências quanto no ambiente de 
trabalho, pode prejudicar as relações pessoais, a comunicação, o compor-
tamento e o rendimento no trabalho, em sala de aula e na saúde em geral. 
A relação também é que os ruídos intensos, acima de 90 dB, dificultam a 
comunicação verbal.
A maior parte dos sons que ouvimos são ruídos, como o impacto de um 
objeto, uma porta que bate, um carro acelerando, entre outros (HEWITT, 
2012). Esse ruído são as vibrações irregulares dos tímpanos, produzidas de 
uma maneira irregular. Na Figura 1 temos essas duas diferenças, a variação 
da pressão do ar sobre o tímpano, em que na parte (a) temos um padrão de 
ruído e na parte (b) um som musical.
Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica4
Figura 1. Representação de ruído e música.
Fonte: Adaptada de Hewitt (2012).
(a) Ruído
Pr
es
sã
o
Pr
es
sã
o
(b) Música
Gonçalves, Silva e Coutinho (2009) mencionam ainda que a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) alerta que um ambiente ruidoso acarreta em prejuízos 
no desempenho humano, causando danos e saúde geral, ocasionando efeitos 
que vão desde fadiga, nervosismo, reação de estresse e ansiedade até falha de 
memória e irritabilidade. Complementa ainda que a preocupação acústica não 
é apenas de um condicionamento acústico do ambiente, mas de um controle 
de ruído e preservação da qualidade ambiental, pois esta tornou-se mais 
importante em razão do aumento do número de fontes produtoras de ruído e 
estão cada vez mais prejudiciais.
Para Lopes (2010), cada ambiente tem as suas individualidades específicas, 
com exigências específicas e que, por conta disso, o projeto deve ter áreas de 
atividades separadas em função da classificação e da sensibilidade ao ruído.
Em um edifício, o espaço, as formas e os materiais utilizados alteram 
diretamente a qualidade acústica do ambiente, por isso a importância do 
planejamento de cada espaço, de forma individual, promovendo a satisfação 
pessoal do indivíduo.
Nossas percepções sonoras envolvem fonte, meio e receptor, sendo que a fonte é o 
estímulo sonoro, o meio é a fronteira espacial e o receptor é o ouvido humano.
5Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica
Para a percepção da qualidade sonora, foram desenvolvidos atributos utili-
zados para descrever o som, sendo o volume, o timbre e a altura. Cada uma das 
qualidades depende de um ou mais parâmetros físicos para ser quantificado. A 
altura permite distinguir sons graves de agudos, o volume permite a percepção 
dos sons fracos e fortes e o timbre, que é considerado a “impureza” do som, 
é classificado também como a “personalidade” do som.
Para Maciel (2003), o assunto acústico arquitetônico tem sido tratado como 
algo a ser pensado na etapa final do projeto, como se a acústica fosse algo que 
não viesse concomitante com o projeto, deixando uma lacuna para a pouca 
importância da acústica ou como algo a ser planejado posteriormente. O que 
ocorre também é um estudo do entorno, do zoneamento acústico, analisando 
a paisagem sonora como um todo.
Kroemer e Grandjean (2015) apontam que estudos de fisiologia mostraram os efeitos 
que a exposição ao ruído produz:
  aumento da pressão sanguínea;
  aceleração da frequência cardíaca;
  contração dos vasos sanguíneos da pele;
  aumento do metabolismo;
  redução da velocidade de digestão;
  aumento da tensão muscular.
Kroemer e Grandjean (2015) ressaltam que essas são percepções e estados 
de alarme mental, gerado pelo sistema nervoso. Nada mais é do que o sistema 
de defesa do corpo se preparando para enfrentar um perigo, como uma fuga 
ou defesa (no mundo animal, a audição é o principal sistema de alarme contra 
perigo).
Os mesmos autores ainda mencionam que o sentido da audição é mais 
eficiente que o despertador do sono. Isso porque sons familiares são menos 
capazes de acordar alguém do que sons desconhecidos. Dormir com o barulho 
é normal para quem vive em locais agitados, porém, uma mãe preocupada 
com seu filho acorda na tosse mais leve que a criança tiver.
O mesmo ruído que pode nos despertar tem o poder de deixar as pessoas 
em condições de semiconsciência. Isso ocorre quando o ruído é repetitivo. 
Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica6
Os efeitos desses ruídos afetam o tempo do sono, a qualidade, a quantidade 
e o tempo para adormecer, causando ainda mais perturbação ao indivíduo.
Muitos ruídos têm relação emocional com as pessoas, são sons que des-
pertam sensações e lembranças e são considerados sons subjetivos, como 
observado por Kroemer e Grandjean (2015). Por exemplo, sons naturais como 
folhas ou cachoeiras são tidos como agradáveis.
Outra relação com a emoção é a atitude individual em relação ao ruído. 
Motociclista, motorista, trabalhador ou crianças não são perturbados pelos 
ruídos que geram, enquanto que algum pedestre pode se sentir desgastado 
por morar em uma avenida com trânsito. A extensão da perturbação varia 
também com a necessidade da pessoa afetada. Se for em um momento em que 
a concentração é necessária, ela ficará mais perturbada com qualquer ruído, 
independentemente se está acostumada ou não.
Não há estudos do quanto as pessoas se acostumam com o ruído, e que 
em algumas vezes é necessária uma certa adaptação do homem, embora, em 
outras, a adaptação do ambiente seja necessária. Caso contrário, o local se 
tornará improdutivo para qualquer indivíduo.
Relações entre estética e acústica
Gonçalves, Silva e Coutinho (2009) explicam que a conexão entre a acústica e 
a arquitetura se dá pela pluralidade da qualidade e do melhor aproveitamento 
do espaço. Essa relação é feitapor meio da estética, e o autor ainda reforça 
que essa relação proporciona a “sofi sticação” da geometria, das cores, das 
dimensões e da funcionalidade, aliada ao conforto ambiental.
Para Maciel (2003), o som e a arquitetura estão associados e são insepará-
veis, isso porque mesmo que a acústica não seja considerada em um espaço, 
todo material é um pouco acústico, então apresenta uma sonoridade, indiferente 
do espaço. Hoje, muitos dos problemas relacionados com a paisagem sonora 
é o fato de que o ruído, tão presente nas grandes cidades, não teve integração 
com os demais elementos, de forma concomitante com a arquitetura, dando 
importância à qualidade da paisagem sonora modificada com as novas obras, 
que tem uma preocupação maior com a aparência e a capacidade interna, e 
pouco se trabalha com o contexto geral.
A qualidade e a quantidade de inserção de sentidos na percepção da qua-
lidade do ambiente se destacam quando pensamos no ambiente urbano ou 
no ambiente interno de um edifício. Maciel (2003) comenta que identificar o 
ambiente é uma capacidade de todos os animais, e que o uso dos sentidos como 
7Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica
a sensação das cores, das formas, dos movimentos ou da polarização da luz 
faz diferença na forma como percebemos os espaços e a nossa aceitação neles. 
De acordo com Házyová et al. (2010), fazer uma análise estética é compli-
cado, pois o conceito varia muito de indivíduo para indivíduo. O mesmo autor 
reforça, ainda, que para estudar o comportamento acústico nos espaços fecha-
dos vale conhecer as características geométricas, as propriedades acústicas, a 
quantidade e o posicionamento dos materiais, como foram construídos, qual 
o revestimento e a quantidade e a qualidade das aberturas e, principalmente, 
o comportamento do som para a finalidade do espaço.
Mesmo que o ruído faça parte do ambiente em que vivemos e que tenha 
uma grande influência da percepção da qualidade da paisagem que percebemos 
a nossa volta, é necessário ter alguns cuidados em relação ao espaço. Ainda, 
se pensarmos nas barreiras acústicas nas ruas, não podemos vê-las apenas 
como barreiras, pois trazem uma importância na visualização da paisagem 
(HÁZYOVÁ et al., 2010). Por isso, é importante transformar esses isolamentos 
em algo que não seja apenas isolamento para o ruído, sendo possível também 
olhar essas barreiras como molduras e elementos que compõem a paisagem, 
tendo uma boa harmonia com o meio. 
Para o projeto de barreiras, está incluso o aspecto acústico, que é a escolha dos materiais 
(isolantes e absorventes) e das dimensões (para a difração sonora), e o aspecto não 
acústico, como a dificuldade de manutenção, a falta de acesso, a poluição do ar e o 
sombreamento.
Lopes (2010) afirma que é necessário considerar o posicionamento da edi-
ficação e se preocupar com o nível sonoro, sendo esta uma das possibilidades 
de solução, como a eliminação de aberturas voltadas para áreas com muito 
ruído do tráfego. Estabelecer a fonte de ruído e estipular diretrizes para a 
implementação no projeto, buscando a qualidade acústica, são necessidades 
para esse planejamento da edificação. Veja a seguir a Figura 2.
Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica8
Figura 2. Fachada com proteção de ruídos.
Fonte: Lopes (2010, p. 67).
O projeto das fachadas deve considerar o nível de ruído externo do edifício 
e também o nível de ruído de fundo aceitável no espaço interno, assim como 
a planta interna, que pode ser projetada para que espaços menos críticos 
funcionem como barreira entre os locais ruidosos e fontes de ruído.
Para Lopes (2010), em ginásios, escritórios de plantas abertas e fábricas 
podem ser utilizados painéis absorventes suspensos, proporcionando uma 
absorção sonora, que são instalados onde não é possível instalar painéis sus-
pensos absorvedores convencionais.
O uso de cortinas pesadas também pode ser utilizado para a absorção sonora. 
Em pisos, o material com melhor revestimento para a absorção de energia é 
o carpete (principalmente para frequências altas). Como exemplo, vemos sua 
aplicação em salas de música, teatros e auditórios. Observe a Figura 3.
9Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica
Figura 3. Absorvedores suspensos.
Fonte: Lopes (2010, p. 77).
Maciel (2003) menciona que a paisagem sonora está sempre em transfor-
mação, tornando-se mais barulhenta e marcada cada vez mais por um único 
ruído: o tráfego.
Nos parece razoável pensar que, em grandes linhas estruturais do projeto, 
são integradas desde o início da concepção da acústica. Entretanto, nesse 
encontro da concepção com a técnica, essa informação deve estar precisa 
e é necessária em cada estágio do desenvolvimento do projeto. Isso porque 
pensamos que a arquitetura trata de uma forma exclusiva de isolamento para 
preservar os ambientes do ruído exterior, ou, então, de salas com boa qua-
Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica10
lidade sonora. Porém, parece que os arquitetos esqueceram que o som tem 
a capacidade de caracterizar espaços e essa técnica, que engloba disciplinas 
científicas técnicas e artísticas, engloba aplicações ao projeto para a satisfação 
humana no espaço, segundo Maciel (2003).
A forma externa do edifício também pode auxiliar na proteção contra 
os ruídos externos, interrompendo a linha acústica de fontes ruidosas. Para 
isso, sacadas e varandas podem ser utilizadas como auxílio. Se o teto de cada 
sacada for tratado com material absorvente sonoro, vai impedir, ainda, que o 
som seja refletido para o interior.
O mesmo autor ainda ressalta que a paisagem sonora mundial inclui os sons 
naturais, como o som da água, do vento e dos pássaros, sons humanos, como 
a voz do corpo com o vestuário, os sons da sociedade, como comércio, shows, 
fábricas, sons mecânicos (trem, carros e construções), quietude e silêncio, e 
os sons indicadores (som de tempo, sinos e telefone).
Como alguns exemplos do uso da acústica para o espaço interno e da forma 
como a adequação acústica pode influenciar, e muito, na nossa percepção 
interna e no nosso bem-estar com o espaço, veja a Figura 4 a seguir sobre 
essa junção de arquitetura e acústica.
Figura 4. A acústica da sala foi resolvida com as chamadas “nuvens acústicas”.
Fonte: Gerolla (2012, documento on-line).
11Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica
Móbiles desenhados assumiram uma função de forro, garantindo a inteli-
gibilidade da palavra dentro do auditório (GEROLLA, 2012). Veja a Figura 5.
Figura 5. Nuvens acústicas em uma sala agradavelmente mais bonita, ampliando a boa 
compreensão da fala em uma aula mais tranquila.
Fonte: Zanatta (2017, documento on-line).
No projeto visto a seguir (Figura 6), nuvens acústicas feitas com Isosoft 
fazem o tratamento acústico na sala de aula, permitido boa compreensão da 
fala, maior atenção e melhor fixação do conteúdo. A aula se torna também 
mais tranquila, garantindo um estímulo de trabalho. Nesse projeto, se garantiu 
mais de 150% de concentração dos alunos (ZANATTA, 2017).
Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica12
Figura 6. Estética e acústica com o uso de caixas de madeira nas paredes em um auditório.
Fonte: Projeto Design (2017, documento on-line).
Buscando alinhar estática e boa acústica, o projeto visto a seguir (Figura 
7) teve forros e painéis executados em MDF ignífugo, isolando o ambiente 
e gerando uma boa dinâmica com a composição de caixas pretas, conforme 
Salamon (PROJETO DESIGN, 2017).
Figura 7. Diálogo entre a estética e a acústica para atrair e encantar quem passa. 
Fonte: ProAcústica (2018, documento on-line).
Nesse projeto, o diálogo entre estrutura e escolha de materiais condicionou 
um bom espaço cultural, garantindo que o uso da fachada em vidro garantisse 
que, à noite, o prédio também fosse atrativo.
13Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica
Percebemos então que o conjunto de elementos que caracterizam a edificação, 
sejam elesfuncionais, utilitários ou estético-formais, faz a caracterização do 
edifício. As formas arquitetônicas caracterizam os espaços de forma individual 
e, aliadas às questões acústicas, podem ser um excelente atrativo para os seus 
ocupantes, pois, além do espaço estar acusticamente agradável ao que ele se 
propõe, também é visualmente atrativo, fazendo com que o indivíduo tenha 
vontade de permanecer no espaço e tenha uma excelente sensação dentro do local.
FERNANDES, J. C. Acústica e ruídos. 2002. Disponível em: <http://temseguranca.com/
wp-content/uploads/2015/06/AC%DASTICA-E-RU%CDDOS-APOSTILA-1%BA-PARTE-
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GERGES, S. N. Y.; GOMES, M. A.; LIMA, F. Qualidade sonora dos ambientes e produtos. 
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unicamp.br/handle/REPOSIP/258534>. Acesso em: 7 jan. 2019.
MACIEL, M. A. Sinfonia da arquitetura: a busca da poética acústica na concepção 
dos espaços. In: I Seminário Nacional Sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura. 
Projetar. Natal, 2003.
Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica14
MOSQUERA SÁNCHEZ, J. A. Controle ativo acústico estrutural: projeto, simulação e análise 
de qualidade sonora. 2012. 160 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – 
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2012. Disponível em: <http://www.teses.usp.
br/teses/disponiveis/18/18149/tde-25092012-204752/en.php>. Acesso em: 7 jan. 2019.
PORRES, A. T. Modelos de psicoacústicos de dissonância para eletrônica ao vivo. 2012. 224 
f. Tese (Doutorado em Música) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponí-
vel em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-22022013-141622/
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PROACÚSTICA. Consonância entre arquitetura e acústica promove conforto sonoro no Ins-
tituto Moreira Salles. 2018. Disponível em: <http://www.proacustica.org.br/publicacoes/
cases-sobre-acustica/consonancia-entre-arquitetura-e-acustica-promove-conforto-
-sonoro-no-instituto-moreira-salles.html>. Acesso em: 7 jan. 2019.
PROJETO DESIGN. Estética e acústica com caixas de madeira. 2017. Disponível em: <https://
www.arcoweb.com.br/projetodesign/interiores/case-estetica-e-acustica-com-caixas-
-de-madeira>. Acesso em: 7 jan. 2019.
ZANATTA, K. Conforto acústico é a nova tendência no Brasil. 07 maio 2017. Disponível em: 
<http://www.portalrosachoque.com.br/noticias/3367/conforto-acustico-e-a-nova-
-tendencia-no-brasil/>. Acesso em: 7 jan. 2019.
Leituras recomendadas
BENTO COELHO, J. L. A paisagem sonora como instrumento de design e engenharia 
em meio urbano. In: ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ACÚSTICA, 23., 2010, 
Salvador. Anais... Santa Maria: SOBRAC, 2010. Disponível em: <http://www.fau.usp.br/
arquivos/disciplinas/au/aut0225/Acustica_Urbana/Bento%20Coelho%20Sobrac%20
2010.pdf>. Acesso em: 7 jan. 2019.
BERTOLI, S. R.; KOWALTOWSKI, D. C. C. K.; BARROS, L. A. F. Avaliação de desempenho 
acústico em creches de conjunto habitacional de interesse social: o caso de projetos 
padrão. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 5., 
1999, Fortaleza. Segunda Coletânea de Anais... Curitiba, 2003. Disponível em: <http://
www.dkowaltowski.net/1086.pdf>. Acesso em: 7 jan. 2019.
GONÇALVES, V. S. B. et al. Ruído ocupacional e a inteligibilidade em salas de aula. 2005. 
Disponível em: <http://www.higieneocupacional.com.br/download/ruido-valeria.
pdf>. Acesso em: 7 jan. 2018.
MAIORINO, A. V.; BERTOLI, S. R. Características arquitetônicas e o decaimento sonoro de 
salas acopladas: uma revisão da literatura. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, v. 
8, n. 3, 2017. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/
article/view/8650222>.Acesso em: 7 jan. 2019.
RODRIGUES, M. R.; SANTOS, M. J. O. O conforto acústico em espaços de trabalho. In: 
ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO EM AMBIENTE CONSTRUÍDO, 12., 2013, Brasília, 
DF. Anais... Brasília, DF: InfoHab, 2013. Disponível em: <http://www.infohab.org.br/
encac/files/2013/topico1artigo29.pdf>. Acesso em: 7 jan. 2019.
15Aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica
Conteúdo:
Dica do professor
A acústica está diretamente ligada à arquitetura no projeto de um ambiente como um auditório, por 
exemplo. Mas e se a arquitetura pudesse nos trazer mais sensações e conforto em um ambiente 
alinhando todas as nossas percepções do espaço?
Veja na Dica do Professor os aspectos emocionais e estéticos relacionados à acústica.
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Exercícios
1) Em uma apresentação de uma orquestra, os ouvintes conseguem perceber cada um dos sons 
dos diferentes instrumentos utilizados. Qual característica permite a distinção das diversas 
fontes sonoras?
A) Timbre.
B) Volume.
C) Frequência.
D) Intensidade.
E) Velocidade.
2) O barulho afeta o corpo e a mente e interfere no desempenho das nossas atividades diárias, 
diminuindo a nossa sensação de bem-estar e paz. Isso nos mostra que a diminuição da nossa 
sensação de bem-estar pode alterar a forma como vivemos com os sons. Essa forma 
prejudicial está expressa em qual afirmativa?
A) O som do ruído é subjetivo, pois cada indivíduo percebe o som de uma forma. Isso ocorre, por 
exemplo, em uma festa, onde o ruído para quem está no local é bom, porém, para vizinhos ao 
local, o ruído não é agradável.
B) A boa acústica é definida por vários fatores, integrando a boa inteligibilidade de fala e a 
proteção de ruídos indesejados, vindos de outros ambientes próximos.
C) Os problemas com o som podem afetar tanto fisicamente quanto psicologicamente, causando 
redução da produtividade e desconforto. Uma exposição a ruído excessivo pode resultar até 
mesmo em surdez.
D) As fontes interiores são classificadas pelo uso coletivo do espaço e o uso de máquinas, 
aparelhos sonoros e impactos contra pisos. São elementos que podem ser ajustados com o 
tratamento da fonte, o tratamento do caminho e a proteção do recebimento do receptor.
E) Os ruídos estão cada vez mais presentes devido ao crescimento das grandes cidades, porém é 
necessário que o homem saiba se adaptar e evolua na sua forma de trabalho na atualidade.
3) O som pode ser utilizado para duas situações distintas: como calmante ou como alerta ao ser 
humano. Das afirmativas a seguir, qual caracteriza o som apenas como um aviso, sem o uso 
para acalmar ou então sinalizar perigo?
A) A excitaçãopelo sistema auditivo pode reduzir a concentração, causando também a perda do 
sono.
B) Você anda distraído na rua e ouve o som da buzina. Com isso, percebemos que o som pode 
nos auxiliar a retomar a consciência, despertar e sair do caminho.
C) O som pode transmitir uma informação específica para a comunicação e a interação entre 
pessoas.
D) Como um alarme, o som é interpretado como ruído (indesejado) quando é alto e perturba.
E) O som aumenta o estado de alerta, acordando e colocando o indivíduo em alerta para alguma 
situação de perigo, como o alarme de incêndio.
4) Sabemos que a exposição ao ruído traz desconforto e prejudica a saúde, interferindo no 
desempenho do trabalho e até no seu comportamento como ser humano. Diante desse 
comentário, qual das citações abaixo melhor retrata o conforto acústico em um ambiente de 
trabalho?
A) O grande problema é a forma de relacionamento dos indivíduos com o ambiente. Este que 
deve ser trabalhado e tratado em casos especiais, como em um estúdio, por exemplo.
B) Quando há necessidade de um trabalho criativo, sons e ambientes com concentração de 
pessoas compõem o melhor lugar para criar.
C) É necessário tornar o ambiente tranquilo, respeitando a individualidade de cada ser e 
mantendo o som controlado.
D) O layout de planta aberta não pode ser adotado de forma alguma, pois a circulação das 
pessoas interfere na produção de alguns.
E) Em um ambiente criativo, mesas próximas, sem divisórias e grandes salas são as mais 
indicadas, pois permitem a troca de ideia junto com o trabalho.
5) Alguns ruídos são característicos de situações e incomodam o dia a dia do indivíduo, porém 
outros são feitos para gerar alerta, causando alguns efeitos fisiológicos no ser humano. Qual 
das alternativas é característica de um ruído e não de um alerta?
A) Tensão muscular.
B) Aceleração e frequência cardíaca.
C) Contração dos vasos.
D) Aumento do metabolismo.
E) Diminuição da concentração.
Na prática
A arquitetura e a acústica são elementos essenciais para que um local ofereça conforto 
e seja agradável visualmente. Dessa maneira, o ambiente pode ser aproveitado de forma integral e 
com o aconchego de um bom projeto.
Paisagens sonoras são variadas e diferenciam-se de acordo com os meios urbanos, os transportes, 
as atividades e o nível sonoro elevado. A nossa percepção do exterior é um fenômeno cognitivo 
complexo, que varia de acordo com a história de vivência. A percepção do ambiente passa por 
aspectos em que todos os sentidos se fazem presentes e estabelecem uma ligação com o ambiente.
Na arquitetura, não apenas a questão estética, mas o conforto também é algo primordial para a 
comodidade. Por isso, é possível afirmar que a arquitetura de um ambiente não deve apenas tratar 
da questão estética, mas unir elementos que são necessários para o conforto acústico de um 
determinado local, aliado a elementos que o tornem agradável visualmente.
Veja, a seguir, imagens que nos mostram como estética e funcionalidade estão unidas para o bem-
estar.
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/e662f556-2746-4b95-8fdf-dabcabbabf24/820d5f2c-b194-4f53-9d5d-0eaf7f35830d.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Psicoacústica, a nossa genética e a interpretação artística do 
produtor/engenheiro de áudio
Veja uma explicação, em vídeo, sobre a psicoacústica e o comportamento com a música (vibrações).
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Psicoacústica
Neste vídeo você vai entender que a paisagem sonora em uma cidade é muito variada e o controle 
de ruídos é fundamental para a redução deles.
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https://www.youtube.com/embed/At9U3hoABZo
https://www.youtube.com/embed/Rypl0oLsXpc

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