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Aula 9 Biomédico na saúde pública

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Disciplina: Bases da Biomedicina
Aula 9: Biomédico na saúde pública
Apresentação
O pro�ssional sanitarista participa do planejamento e da execução de programas de Saúde em instituições públicas e
privadas.
O biomédico, com base de conhecimentos em epidemiologia e análises clinicas, está apto a participar em várias estratégias
para saúde coletiva.
A escolha dessa habilitação aproxima o biomédico aos princípios de universalização, equidade e integralidade da Saúde no
Brasil.
Objetivos
Reconhecer as funções e ações de saúde pública;
Listar as ações de saúde coletiva;
De�nir as competências do pro�ssional sanitarista.
Premissa
O que signi�ca saúde pública e saúde coletiva?
Será que 75% da população brasileira, que depende dos serviços de saúde e de
campanhas, estão totalmente descobertos em relação à saúde?
Estamos um pouco “anestesiados” com a convivência diária dos problemas da prática biomédica como a insatisfação de
pacientes e médicos, a formação inadequada de recursos humanos, entre outras notícias, mas ainda assim é evidente que há
melhoria na saúde da população.
Fica claro perceber isso em campanhas de Saúde que atingem igualmente todos na população. Não existem mais campanhas
pontuais ou sazonais como em décadas atrás. Todos têm acesso à informação e serviços com base na saúde universal e na
integralidade. Entretanto, é visível que algumas melhorias poderiam ser facilmente alcançadas com a maior participação de todos
os pro�ssionais da Saúde, como os biomédicos.
Comentário
A Biomedicina evoluiu muito nos últimos anos com os avanços tecnológicos na área de Biologia molecular e Genética. No
entanto, permanece um distanciamento das ações primárias de Saúde, que são contato com o paciente, a continuidade do
cuidado e a integralidade quando se aborda fatores não biológicos que promovem a doença, ampliando o conceito de saúde.
E você deve estar se perguntando, como o biomédico pode
atuar nessa atenção à saúde, visto que a sua formação não é
clínica?
Podemos considerar o biomédico como um aglutinador nas
equipes multipro�ssionais. Suas habilitações em educação
sanitária, análise laboratorial e a pesquisa por agentes
patogênicos mais frequentes na região são só alguns
exemplos onde o biomédico pode atuar na Saúde. Isso
abordando apenas o fator biológico da doença.
Só por essas competências o biomédico contribui, em boa
parte, sobre os determinantes para promoção de saúde. O fato
é que a crescente especialização pro�ssional sobre os efeitos
da doença, infelizmente, provoca uma distância no
conhecimento adquirido sobre os fatores, a raiz e a
complexidade das condições de ausência de saúde.
 Fonte: Angellodeco (Shutterstock)
Recentemente o Ministério da Saúde lançou o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde, o PET-Saúde, para que ocorram
práticas de atividades educacionais entre estudantes de todas as áreas da Saúde e pro�ssionais dos serviços de saúde para
efetivamente conscientizar o papel de cada pro�ssional em equipes de saúde.
São ações de ensino, pesquisa e extensão, e comunidade, e faz parte do Plano de Implementação da Educação Interpro�ssional
no Brasil, uma resposta à chamada da Organização Pan-Americana da Saúde.
Conceito
A saúde pública é de�nida como a produção de conhecimentos voltados para a compreensão da saúde e a explicação de seus
determinantes sociais, bem como o âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para a sua promoção. Deve ser direcionada
para práticas de prevenção e o cuidado a agravos e doenças, tomando por objeto não apenas os indivíduos, mas, sobretudo, os
grupos sociais, portanto, a coletividade. Assim, ela está baseada na ação de grupos, a população, ou seja, em práticas de saúde
para o coletivo.
A saúde pública e a saúde coletiva ampliam os conceitos de saúde.
De uma forma mais simples, o governo ou os grupos privados atuam em planejamentos para a Saúde que são executados nas
ações de saúde coletiva.
 Fonte: CP DC Press (Shutterstock)
Distinções
Para entender melhor é importante perceber que a saúde pública e a saúde coletiva não são iguais. A coletiva vem de um
movimento sanitário que surgiu no SUS, e você vai conhecer essa história mais adiante.
Saúde coletiva
A saúde coletiva faz parte das questões sociais que
fazem parte das políticas de saúde pública,
pensando no coletivo. 
Saúde pública
E a saúde pública comporta uma série de ações e
serviços para combater e prevenir doenças que
possam colocar a população em risco.
Mas pensando no coletivo, na saúde coletiva nem sempre ela é executada pelas ações públicas. Vamos ver exemplos disso.
O setor privado pode atuar em medidas de prevenção da saúde do trabalhador, isso é
coletivo, mas privado. O mesmo quando são realizadas ações de pro�laxia ou higiene oral
em escolas particulares, não necessariamente em escolas públicas. Todas essas ações são
de saúde coletiva, e o setor privado quando atua na prevenção de saúde do trabalhador pode
fazer uma parceria nas estratégias de saúde coletiva.
As estratégias de saúde coletiva são construídas a partir de
políticas públicas, como na vacinação infantil e tantas outras
que você pode acompanhar no Portal do Ministério da Saúde
<http://portalms.saude.gov.br/campanhas> .
A OPAS a�rma que as funções da saúde pública são monitorar,
analisar e avaliar a situação de saúde e a vigilância, a
investigação, o controle de riscos e danos à saúde, entre várias
funções.
A Vigilância em Saúde é o setor responsável por ações de
vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis,
pela vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de
doenças crônicas não transmissíveis, saúde ambiental e do
trabalhador e também pela análise de situação de saúde da
população brasileira.
Essa é uma das atribuições da saúde pública. Existe ainda o
desenvolvimento de planejamento e gestão pública da saúde,
a avaliação do acesso de todos aos serviços de saúde
necessários. Além disso, a saúde pública, como é esperado
também promove pesquisas e a incorporação de tecnologias
em Saúde.
 
 Campanhas nacional de
vacinação (Fonte: Ministério da
Saúde)
 Campanhas nacional e
tuberculose (Fonte: Ministério da
Saúde)
http://portalms.saude.gov.br/campanhas
Atividade
1. Podemos a�rmar que as estratégias de saúde coletiva são construídas a partir:
a) Da opinião popular dos habitantes da região.
b) De políticas públicas que visam, por exemplo, à prevenção de doenças.
c) De pesquisas de opinião em setores privados da saúde, como os planos de saúde.
d) De projetos em instituições de pesquisa básica.
e) De ações internacionais comuns na América do Sul.
Histórico
Agora, vamos aprender sobre a história da saúde coletiva e do SUS. O início desse processo foi na década de 1970, junto com os
primeiros cursos de Medicina social. Grupos de médicos começaram a criticar duramente o modelo sanitário brasileiro. Havia, na
época, um sistema de Saúde dividido entre:
1
Medicina previdenciária
Com ações individuais para trabalhadores formais residentes
nas zonas urbanas.
2
Saúde pública
Voltada para as zonas rurais e aos setores mais pobres da
população, com atividades principalmente de prevenção.
Nessa mesma época, começou a franca expansão do setor privado da saúde, os chamados planos de saúde.
Com isso, os pro�ssionais de Saúde, não somente médicos e os movimentos comunitários, e também a Igreja católica
começaram a atuar em ações de atenção aos aglomerados humanos nos grandes centros urbanos, em ações mais abrangentes
de saúde. Esse processo continuou e culminou com a reforma sanitária dos anos 1980 e a construção do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Atenção
É importante lembrar desse avanço, pois o capítulo sobre Saúde na Constituição Federal de 1988 contou com vários
pesquisadores, entre eles Sérgio Arouca que construíram os princípios do SUS. São eles a universalização, equidade e
integralidade.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula9.html
É importante que a saúde e as políticas públicas, Ministério da Saúde, estejam
alinhadas paraassegurar que ações entre os vários setores possam levar qualidade de
vida aos indivíduos.
Atividade
2. No Brasil, a saúde pública é representada pelos Sistema Único de Saúde, assinale a opção que representa um dos princípios
desse modelo de gestão em saúde:
a) Racionalidade.
b) Assistência aos povos indígenas.
c) Equidade.
d) Sensibilidade.
e) Gestão pública.
O sanitarista
Com tudo que aprendemos sobre a saúde pública e coletiva, podemos colocar o biomédico nas ações especi�cas do pro�ssional
sanitarista. O pro�ssional sanitarista trabalha com o sistema de saúde nas questões sociais e políticas, participando do
planejamento e da avaliação de programas de saúde em instituições públicas e privadas.
O biomédico não participa de ações de assistência individual. As áreas são de promoção de saúde identi�cando os determinantes
do processo saúde-doença, proteção e recuperação da saúde.
Saiba mais
O biomédico que deseja a habilitação de sanitarista deve fazer um curso de pós-graduação em saúde pública. Para conhecimento
pode também fazer cursos de extensão oferecido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva e em instituições como
Universidade Federal do Pernambuco, Universidade Federal da Bahia, e a Escola Nacional de Saúde Pública — Fundação Oswaldo
Cruz, entre tantas outras. As novas demandas por pro�ssionais especializados têm aumentado a oferta de cursos, inclusive
cursos livres e a distância.
Em relação às competências, o biomédico sanitarista exerce várias atividades dentro das secretarias municipais, estaduais e do
Ministério da Saúde nas áreas descritas anteriormente.
Com base nas suas habilitações especi�cas, pode:
1 exercer atividades técnicas em Análises clínicas e Citologia oncótica dentro dos serviços públicos;
2 desenvolver e implementar projetos do Ministério da Saúde como o Doença Sexualmente Transmissível-Aids, projetos emdoenças crônicas como a diabetes, hipertensão, doença renal crônica, tuberculose;
3 participar ativamente das vigilâncias sanitárias e epidemiológicas de zoonose, doenças infectocontagiosas, saúde dotrabalhador, atendimento indígena e à população carcerária.
Existem processos de seleção para o Programa Treinamento
em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS).
Esse programa é coordenado pela Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, em colaboração com o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�co e
Tecnológico (CNPq) e oferece bolsas para formação de
pro�ssionais de nível superior em Epidemiologia de campo e
Vigilância em saúde.
Vale lembrar também que alguns laboratórios em institutos de
pesquisa são referências para estudos de epidemiologia de
campo e molecular de doenças infecciosas e parasitárias, de
importância para a saúde pública, como leishmaniose e a
doença de Chagas.
Eles podem ser encontrados nas sedes do Rio de Janeiro e
Amazônia. Um exemplo dessas ações na Amazônia é a
atenção primária à saúde em áreas rurais com população
indígena e outras populações vulneráveis.
 Floresta amazônica vista de cima. Fonte: Filipe Frazao (Shutterstock)
Competências do biomédico sanitarista:
1 analisar, acompanhar e �scalizar processos de terceirização de serviços médicos e diagnósticos;
2 prestar assessoria e consultoria em levantamentos estatísticos da população participando dos Conselhos Municipais eEstaduais de Saúde.
Por �m, podemos concluir que o pro�ssional sanitarista tem foco na saúde pública local,
analisando prioridades para propor soluções e recursos necessários a �m de que medidas
sejam executadas para o coletivo. É um pro�ssional que só se enriquece com o contato com
outras pro�ssões da saúde, como a Enfermagem, Medicina, Farmácia, Biologia, Veterinária,
fazendo disso o exercício de todos com a mesma proposta.
Atividade
3. Assinale a opção abaixo que representa uma das competências do biomédico sanitarista:
a) Participação em Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde, prestando assessoria e consultoria em levantamentos estatísticos da
população.
b) As visitas domiciliares em atendimentos clínicos.
c) Participação em Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde, prestando consultoria clínica para projetos envolvendo doenças crônicas.
d) Na acupuntura, fazendo parte de terapias preventivas para o bem-estar social.
e) Em ações sociais como o dia da cidadania.
Notas
Sérgio Arouca
Antônio Sérgio da Silva Arouca (1941-2003) foi um médico sanitarista e político brasileiro.
Referências
BRASIL. Conselho Federal de Biomedicina. Brasília: CFBM, 2019. Disponível em: http://cfbm.gov.br/ <http://cfbm.gov.br/> .
Acesso em: 25 fev. 2019.
 
FIOCRUZ Amazônia. Instituto Leônidas & Maria Deane. In: Revista Fiocruz Amazônia. Manaus, ano 2, n. 3, 2018. Disponível em:
https://amazonia.�ocruz.br/publicacoes/revista_�ocruz_amazonia_terceira_edicao.pdf
<https://amazonia.�ocruz.br/publicacoes/revista_�ocruz_amazonia_terceira_edicao.pdf> . Acesso em: 14 mar. 2019.
 
PAIVA, C. H. A.; TEIXEIRA, L. A. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde: notas sobre contextos e autores. In:
História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 15-35, jan./mar. 2014. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-21-1-00015.pdf <http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-
21-1-00015.pdf> . Acesso em: 14 mar. 2019.
PERINAZZO, J. et al. A atuação do pro�ssional biomédico na atenção primária a saúde: desa�os na formação. In: Revista Saúde
Integrada, v. 8, n. 15-16, 2015.
 
SILVA, A. R. da et al. O papel do biomédico na saúde pública. In: Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. ano 2, v. 2,
Número Especial, jun. 2014.
Próxima aula
Habilitações da Biomedicina historicamente associadas a pesquisas cientí�cas;
Diferenças entre pesquisa básica, clínica e translacional;
Caminhos para a escolha da vida acadêmica.
http://cfbm.gov.br/
https://amazonia.fiocruz.br/publicacoes/revista_fiocruz_amazonia_terceira_edicao.pdf
http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-21-1-00015.pdf
Explore mais
A história da saúde pública no Brasil — 500 anos na busca de soluções. <https://www.youtube.com/watch?
v=7ouSg6oNMe8>
Campanha de vacinação do Programa Nacional de Imunizações: Vacinar é proteger.
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/campanhas/PNI/Ze-Gotinha-30---Sarampo---ONLINE-WEB.mp4>
Campanha de prevenção e tratamento do câncer do Instituto Nacional do Câncer (INCA): #VontaDedeViver.
<https://www.youtube.com/watch?v=Qn6KuWaMfa4&index=19&list=PL_rQTI99G4P_-unL7CklJq18CU1JStKZc>
https://www.youtube.com/watch?v=7ouSg6oNMe8
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/campanhas/PNI/Ze-Gotinha-30---Sarampo---ONLINE-WEB.mp4
https://www.youtube.com/watch?v=Qn6KuWaMfa4&index=19&list=PL_rQTI99G4P_-unL7CklJq18CU1JStKZc

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